Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Revolta republicana de 31 de janeiro de 1891
1.
2. A 11 de janeiro de 1890 o governo britânico de Lord Salisbury enviou ao governo português
um ultimato, exigindo a retirada das forças militares portuguesas compreendido entre as colónias
de Angola e Moçambique (actualmente Zimbabwe e Zâmbia), zona reivindicada por Portugal ao
abrigo do Mapa Cor-de-Rosa.
A pronta cedência portuguesa às exigências britânicas foi vista como uma humilhação nacional,
iniciando-se um profundo movimento de descontentamento em relação ao novo rei de
Portugal, D. Carlos, à família real e à instituição da monarquia, vistos como responsáveis pelo
alegado processo de decadência nacional.
3. Na cidade do Porto, no dia 31 de janeiro de 1891, registou-se um levantamento militar contra a
monarquia constituído principalmente por sargentos e praças.
Os revoltosos, que tinham como hino uma canção de cariz patriótico composta em reação ao
ultimato britânico, A Portuguesa, tomaram os Paços do Concelho, de cuja varanda, o jornalista e
político republicano Augusto Manuel Alves da Veiga proclamou a implantação da república em
Portugal e hasteou uma bandeira vermelha e verde, pertencente ao Centro Democrático Federal.
4. O movimento foi, pouco depois, sufocado por um destacamento da guarda municipal que se
manteve fiel ao governo, resultando 12 mortos e 40 feridos.
Os revoltosos capturados foram julgados, tendo 250 sido condenados a penas entre os 18 meses e
os 15 anos de degredo em África.
A Portuguesa foi proibida.
Embora tendo fracassado, a revolta de 31 de janeiro de 1891 foi a primeira grande ameaça sentida
pelo regime monárquico e um prenúncio do que viria a suceder quase duas décadas mais tarde.
5. Os republicanos achavam que à frente do País não devia estar um rei, o qual nem
sempre tinha as capacidades necessárias para o cargo, mas sim um presidente eleito
pelos Portugueses e que apenas governasse durante alguns anos.
Consideravam, portanto, que a forma de governo do País tinha de ser alterada. A
monarquia devia ser substituída por uma república.
6. A maior parte da população vivia
mal
Atraso do
desenvolvimento agrícola
e industrial
O País tinha grandes
dívidas
Grande agitação e falta de liberdade
Promessas do Partido
Republicano
Humilhação sentida pela
cedência ao Ultimato
7. No dia 1 de fevereiro de 1908, em Lisboa, dá-se um atentado contra a
família real, onde são mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D.
Luís Filipe.
D.Carlos D. Luís Filipe
8. Com a morte de D. Carlos e do
príncipe herdeiro, Luís Filipe,
foi aclamado rei D. Manuel II,
que tinha apenas 18 anos.
9. Apos um banquete com Hermes da Fonseca, D. Manuel II regressara ao Paço das Necessidades,
ficando na companhia de alguns oficiais. Jogavam bridge quando os revolucionários começaram
a bombardear o local.
O rei tentou telefonar, mas encontrou a linha cortada, conseguindo apenas informar a rainha/mãe,
acerca da situação.
Pouco depois chegaram unidades realistas que conseguem repelir os ataques dos revolucionários.
10. Cerca das nove horas o rei recebeu um telefonema do presidente do Conselho,
aconselhando-o a procurar refúgio em Mafra ou Sintra, dado que os revoltosos
ameaçavam bombardear o Paço das Necessidades.
D. Manuel II recusou-se a partir, dizendo no entanto aos presentes: "Vão vocês se
quiserem, eu fico. Desde que a constituição não me marca outro papel senão o de me
deixar matar, cumpri-lo-ei."
11. Com a chegada da bateria móvel de Queluz, as peças foram dispostas nos
jardins do paço de forma a poderem bombardear o revoltado quartel dos
marinheiros, que ficava a escassos 100 metros do paço.
No entanto, antes de poder começar, o comandante da bateria recebeu
ordem de cancelar o bombardeamento e juntar-se às forças que saiam do
paço, integradas na coluna que iria atacar os revoltosos na Artilharia 1 e
na Rotunda.
Cerca do meio-dia os cruzadores Adamastor e São Rafael, que desde há
uma hora haviam fundeado em frente ao quartel dos marinheiros,
começaram a bombardear o Paço das Necessidades, o que desmoralizou
as forças monárquicas aí presentes.
12. O rei refugiou-se numa pequena casa no parque do palácio de onde conseguiu telefonar
a Teixeira de Sousa, pois os revolucionários apenas haviam cortado as linhas de
telefone especiais do estado mas não as da rede geral.
Ordenou ao primeiro-ministro que mandasse para as Necessidades a bateria de Queluz
para impedir o desembarque dos marinheiros, mas este retorquiu-lhe que a ação
principal se passava na Rotunda e que todas as tropas eram aí necessárias.
Tendo em conta que as tropas disponíveis não eram suficientes para cercar os revoltosos
na Rotunda, o ministro fez ver ao rei a conveniência de se retirar para Sintra ou Mafra
de forma a libertar as forças estacionadas no Paço para sua proteção e que eram
necessárias na Rotunda.
13. Às duas da tarde as viaturas com o D. Manuel II e seus assessores partiram do palácio
em direção a Mafra, onde a Escola Prática de Infantaria disporia de forças suficientes
para proteger o soberano.
A comitiva chegou sem problemas a Mafra cerca das quatro da tarde, mas aí depararam
com um problema: devido às férias, não se encontravam na Escola Prática mais do que
100 praças, ao invés das 800 que seria de esperar e o comandante, coronel Pinto da
Rocha, afirmou não dispor de meios para proteger o rei.
14. Bombardeamento do Palácio
Real pelos republicanos.
Fuga do rei D. Manuel II para
Inglaterra.
Prisão dos padres jesuítas
pelos republicanos.
Barricadas republicanas na Rotunda.
Desembarque da marinha no Terreiro do Paço.
Proclamação da República na Câmara Municipal.
Visita do Governo Provisório aos revolucionários acampados na Rotunda.
15. Na manhã de 5 de Outubro de 1910, José Relvas e outros membros do
directório do Partido Republicano Português, à varanda da Câmara
Municipal de Lisboa e perante milhares de pessoas, proclamaram a
República.
16. O verde, simboliza a liberdade.
O vermelho, representa a vida.
A esfera armilar simboliza o mundo que os navegadores
Portugueses descobriram.
Os sete castelos simbolizam a independência de Portugal.
O escudo com as cinco quinas representa o nascimento da Nação.
17. Três Repúblicas é uma expressão para definir um conturbado
e instável período da política portuguesa que sucedeu
à proclamação da República por parte do republicanos.
Primeira República Portuguesa, ou República parlamentar;
Segunda República Portuguesa, a República salazarista, ou
Estado Novo;
Terceira República Portuguesa, ou República democrática.
18. A Primeira República Portuguesa (também referida como República
Parlamentar), cujo nome oficial era apenas República Portuguesa, foi o
sistema político vigente em Portugal após a queda da Monarquia
Portuguesa, entre a revolução republicana de 5 de outubro de 1910 e
o golpe de 28 de maio de 1926, que deu origem à Ditadura Militar,
mais tarde Ditadura Nacional e posteriormente Estado Novo.
Neste período de 16 anos houve sete parlamentos, 8 presidentes da
República, 45 governos, 40 chefias de governo (um presidente do
Governo Provisório e 38 presidentes do Ministério).
19. Manuel de Arriaga
1911–1915
Teófilo Braga
1915
Bernardino
Machado
1915–1917
Sidónio Pais
1917–1918
João do Canto e
Castro
1918–1919
António José de
Almeida
1919–1923
Bernardino
Machado
1925–1926
Manuel Teixeira
Gomes
1923–1925
José Mendes
Cabeçadas
1926
Manuel Gomes da
Costa
1926
20. Estado Novo é o nome do regime político autoritário, autocrata e corporativista de
Estado que vigorou em Portugal durante 41 anos sem interrupção, desde a aprovação
da Constituição de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
Ao Estado Novo alguns historiadores também chamam de Segunda República
Portuguesa, por exemplo a História de Portugal de José Hermano Saraiva.
No entanto, tal designação jamais foi assumida pelo regime fundado por Salazar, que
conservou a forma de governo republicano mas nunca adotou a designação "II
República", preferindo designar-se oficiosamente, como um "Estado Novo".
22. A Terceira República Portuguesa é o período da história de Portugal que
correspondente ao actual regime democrático estabelecido após a Revolução de 25 de
Abril de 1974, que pôs fim ao regime autoritário do Estado Novo de António de
Oliveira Salazar e Marcello Caetano.
A censura foi proibida, a liberdade de expressão e de reunião garantidas, os prisioneiros
políticos libertados, as maiores instituições do Estado Novo foram extintas, e foi
concedida a independência às colónias africanas.
Este período foi caracterizado inicialmente por uma grande instabilidade.
Em 1976 foi aprovada uma nova constituição.
Subsequentemente iniciou-se um processo de abertura do país que levou à adesão
de Portugal à CEE (actual União Europeia) em 1986.
23. António de Spínola
1974
Francisco da Costa
Gomes
1974–1976
António Ramalho
Eanes
1976–1986
Mário Soares
1986–1996
Jorge Sampaio
1996–2006
Aníbal Cavaco Silva
2006–2016
Marcelo Rebelo de Sousa
2016–atualidade