SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Baixar para ler offline
COMO ELABORAR UM
RELATÓRIO CIENTÍFICO
1. O que é um relatório?
Um relatório de uma actividade prática, é uma exposição escrita de um
determinado trabalho ou experiência laboratorial.
Não é apenas uma descrição do modo de proceder (técnicas, reagentes, material,
etc.), pois este conjunto de informações constitui o protocolo.
Um relatório é o conjunto da descrição da realização experimental, dos resultados
nele obtidos, assim como das ideias associadas, de modo a constituir uma compilação
completa e coerente de tudo o que diga respeito a esse trabalho.
De alguma forma, elaborar um relatório deve ser visto pelo aluno como uma etapa
importante na sua formação académica, para que mais tarde, como profissional,
possa ter adquirido e desenvolvido a praxis e o raciocínio crítico necessários à
elaboração de um artigo científico.
A elaboração do relatório deve passar por um esboço
(planeamento da informação) e, quase sempre, por
alguns rascunhos.
O aspecto geral e qualidade gráfica do relatório
têm uma importância primordial. Por isso deve evitar-se
rasurar, riscar ou utilizar corrector.
Apertar a letra, diminuir o espaço entre linhas,
ocupar as margens tornará a leitura difícil e a
apresentação pouco atraente.
É importante deixar-se sempre margens interiores
(esquerdas) e superiores com, aproximadamente, três
centímetros e margens exteriores (direitas) e inferiores com,
aproximadamente, dois centímetros (ver figura).
2- Como escrever?
O relatório como instrumento de trabalho deverá utilizar uma
linguagem simples, clara, objectiva e precisa.
A clareza do raciocínio, característica do método científico,
deverá transparecer na forma como o relatório é escrito.
Um relatório deverá ser conciso e coerente, incluindo a
informação indispensável à compreensão do trabalho.
A forma pela qual alguma informação pode ser apresentada
(tabelas, gráficos, ilustrações), pode contribuir
consideravelmente para reduzir a extensão de um relatório.
As frases utilizadas devem ser completas, para que, através
da sua leitura seja possível seguir um raciocínio lógico.
Em ciência, todas as afirmações devem ser baseadas em
provas factuais e não em opiniões não fundamentadas.
Factos especulativos não podem tomar o lugar de outros já
demonstrados.
De igual modo, o aluno (futuro investigador e/ou professor)
deve evitar o excesso de conclusões, sendo estas precisas e
sintéticas.
As conclusões devem, igualmente, ser coerentes com a
discussão dos resultados.
A linguagem deve ser cuidada e cientificamente correcta.
Por exemplo, é preferível :
"graus célcius" em vez de "graus centígrados“
"quantidade química" em vez de "número de moles“
"banho de água" em vez de "banho maria“
A escrita de símbolos e fórmulas químicas,
bem como de unidades e grandezas,
obedecem a regras e normas que devem ser
respeitadas.
3- Estrutura dum relatório
A divisão metodológica de um relatório em várias secções ajuda à sua organização
e escrita por parte dos autores e, de igual modo, permite ao leitor encontrar mais
facilmente a informação que procura.
Um relatório de actividade experimental não tem
obrigatoriamente uma estrutura rígida.
No entanto deverá, sempre que possível, apresentar um
conjunto de linhas gerais mais ou menos fixas.
É preferível utilizar uma estrutura menos subdividida pois
assim consegue-se uma melhor adaptação a diferentes
trabalhos laboratoriais.
Por exemplo, se tivéssemos:
Introdução, Objectivos, Fundamentos Teóricos, Material,
Procedimento, Observações, Resultados, Cálculos, Análise
dos Resultados, Discussão, Conclusão,
seria mais complicado situar a informação em cada uma
destas partes, distinguir se um dado tópico deveria figurar na
discussão ou nas conclusões, e se outro tópico deveria estar
na apresentação ou na análise dos resultados.
3.1. Título, autor(es) e data
Identificação do trabalho (título).
Identificação dos autores.
Data em que o relatório foi realizado.
Disciplina a que diz respeito.
O relatório deve ter uma capa.
No entanto, sobretudo se for pequeno, pode dispensar uma encadernação.
Deve conter a informação seguinte pela ordem indicada:
1º nome da instituição ou entidade onde a investigação foi realizada,
2º título do trabalho, (destacado com letra maior ou sublinhado)
3º nome do autor e identificação do mesmo,
4º âmbito de realização o trabalho (disciplina, projecto, unidade, programa, etc.)
5º local e data
O título deve dar uma indicação clara do assunto tratado explicitando o
problema resolvido.
Na maioria das vezes pode utilizar-se o título do procedimento experimental.
Se realizarmos um determinado trabalho laboratorial sobre sabões este pode ter o
título: " Estudo sobre Sabões".
No entanto este título é pouco informativo. É necessário um título que seja mais
indicativo da natureza do trabalho realizado.
Alguns exemplos são:“
"Estudo das Propriedades de Sabões"
"Análise Química de um Sabão"
"Síntese Laboratorial de Sabão"
"Preparação de Sabões"
"Investigação sobre impacto ambiental da Utilização de Sabões"
"Determinação do Poder Detergente de Sabões".
3.2. Objectivos
Deverá incluir sumariamente qual ou quais os objectivos do trabalho a realizar.
3.3. Introdução
Nesta parte do relatório deve ser introduzido o trabalho experimental a realizar,
bem como as noções teóricas que servem de base ao mesmo.
A introdução deve conter a informação essencial à compreensão do trabalho.
A introdução deve apresentar o tema geral do trabalho experimental.
Poderá ser uma breve explicação do princípio científico estudado ou então uma
referência aos produtos/materiais que estão a ser testados.
Poderá referir-se a utilidade e alcance do trabalho laboratorial desenvolvido."
Pode indicar alguma informação acerca do tema em estudo, nomeadamente, parâmetros
com as quais se pretende comparar os resultados obtidos e as previsões, ou seja, os
resultados que se esperam obter.
Por exemplo:
- num trabalho de análise de água para consumo humano deve indicar-se o Valor
Máximo Recomendado e o Valor Máximo Admitido para o parâmetro que está a ser
analisado.
- na identificação de um metal por determinação da sua densidade pode fornecer-se
um quadro com valores da densidade de vários metais.
- na determinação do ponto de fusão ou ebulição de determinada substância devem
indicar-se os valores obtidos através da pesquisa bibliográfica.
Deverá ainda indicar de modo claro e breve quais são os objectivos do trabalho (o
propósito), ou seja, qual é o problema a ser resolvido.
Evidentemente, é quem orienta a investigação/pesquisa/estudo que deve definir,
claramente, quais são os objectivos do trabalho.
A maior parte das vezes 3 ou 4 parágrafos, bem escritos e fundamentados em
bibliografia adequada, são suficientes para introduzir o assunto a tratar.
De pouco vale copiar de livros e enciclopédias longos textos que não se percebem,
abordando aspectos irrelevantes e enfadonhos, utilizando linguagem e conceitos que não
se dominam e, por vezes até, repetindo várias vezes a mesma ideia.
3.4. Procedimento Experimental
Deve ser sintético mas preciso, contendo, no entanto, informação suficiente de
modo que, no caso da experiência vir a ser repetida por outrem, possam ser
obtidos resultados idênticos.
Normalmente considerado como um ponto secundário do trabalho, esta parte do
relatório é, no entanto, essencial para a compreensão da
experiência a realizar.
O procedimento experimental seguinte refere-se à purificação por recristalização (técnica
utilizada) do ácido acetilsalicílico:
"1. Medir cerca de 50 cm3 de do solvente fornecido(água + álcool 8:1) para um erlenmeyer.
2. Dissolver uma dada porção de ácido acetilsalicílico a quente.
3. Filtrar a quente com filtro de pregas para um copo (colocar previamente o funil e papel de
filtro na estufa).
4. Deixar cristalizar por arrefecimento.
5. Filtrar a pressão reduzida de modo a separar e secar os cristais de ácido acetilsalicílico.
6.Lavar com água fria."
3.5. Resultados
Descrição do que se observa na experiência. Inclui o registo e tratamento dos
dados, bem como os esquemas e ou as figuras das observações efectuadas.
.
Pode chamar-se Apresentação e Análise de Resultados, Registo e Tratamento de
Resultados ou ainda Observações.
Se for importante para a análise e interpretação dos resultados obtidos, deve fazer-se
uma caracterização dos produtos/amostras/reagentes utilizados de preferência em
quadro ou tabela.
A apresentação dos resultados deve constituir uma compilação do conjunto de
dados/resultados/observações obtidos durante a realização experimental.
Sempre que possível, devem ser apresentados em tabelas, quadros, esquemas ou
gráficos.
Muitas vezes a apresentação dos resultados resume-se à caracterização das amostras
obtidas e/ou às observações efectuadas durante a realização do trabalho.
A análise dos resultados não deverá ter um carácter interpretativo, deverá limitar-
se a destacar os resultados considerados mais evidentes ou então a dar-lhes uma
forma mais compreensível, geralmente através do seu tratamento matemático,
estatístico ou gráfico.
Nestes casos, deve apresentar-se apenas um exemplo claro e bem explicado de
cada cálculo efectuado.
As medições efectuadas e os resultados de cálculos devem apresentar-se sempre
com as respectivas unidades e com o número de algarismos significativos correcto
ou com as incertezas respectivas
3.6. Discussão
Interpretação dos resultados.
A discusão deve comparar os resultados obtidos face ao objectivo pretendido.
Não se devem tirar hipóteses especulativas que não possam ser fundamentadas nos
resultados obtidos.
A discussão constitui uma das partes mais importantes do relatório, uma vez que é
nela (e não na introdução) que os autores evidenciam todos os conhecimentos
adquiridos, através da profundidade com que discutem os resultados obtidos.
Também pode chamar-se Comentários Finais.
Será necessário realçar os principais resultados e comentá-los de um ponto de vista crítico,
traduzindo a opinião do autor sobre o seu interesse e qualidade.
Isso implica avaliar se estes são aceitáveis tendo em consideração os objectivos iniciais do
trabalho e aquilo que estava previsto ou estipulado, o que, por vezes, envolve uma
comparação entre os dados obtidos experimentalmente e a informação bibliográfica.
No final desta avaliação deve apresentar-se, claramente, a resposta ao problema
enunciado na introdução.
Os fenómenos ou resultados imprevistos devem ser aqui referidos e, sempre que possível,
interpretados.
Devem apontar-se as possíveis causas de afastamento dos resultados em relação aquilo
que era esperado
(erros/incertezas experimentais? de que tipo? de que grandeza? Quais os mais
importantes? Deficiências do método utilizado?).
Quando o objectivo do trabalho for utilizar uma determinada técnica experimental,
deverão ser indicadas as dificuldades sentidas e limitações identificadas.
Podem ser apresentadas recomendações ou propostas de decisões a tomar em função
dos resultados obtidos.
Podem também indicar-se sugestões para investigações posteriores ou ainda,
alterações ao procedimento seguido ou à técnica utilizada.
3.7. Conclusões
Esta parte do relatório deve sumarizar as principais conclusões obtidas no decurso do
trabalho realizado.
3.7. Referências bibliográficas
A bibliografia deve figurar no fim do relatório.
Nela devem ser apresentadas todas as referências mencionadas no texto, que
podem ser livros (ou capítulos de livros), artigos científicos, CD-ROMs e
websites consultados.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Poesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoPoesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoGijasilvelitz 2
 
Análise do Sermão da Sexagésima
Análise do Sermão da SexagésimaAnálise do Sermão da Sexagésima
Análise do Sermão da SexagésimaAna Castro
 
Solubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e MiscibilidadeSolubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e MiscibilidadeAlex Junior
 
Coesão interfrásica
Coesão interfrásicaCoesão interfrásica
Coesão interfrásicaMarluce Brum
 
Literatura contemporânea
Literatura contemporâneaLiteratura contemporânea
Literatura contemporâneaBeatriz Araujo
 
Relatório Técnico Científico
Relatório Técnico CientíficoRelatório Técnico Científico
Relatório Técnico CientíficoLucas De Paula
 
A governação do Marquês de Pombal
A governação do Marquês de PombalA governação do Marquês de Pombal
A governação do Marquês de PombalZé Mário
 
Artigo de opinião título
Artigo de opinião  títuloArtigo de opinião  título
Artigo de opinião títuloAndrea Alves
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃORELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃOEzequias Guimaraes
 
Salazar e o Estado Novo
Salazar e o Estado NovoSalazar e o Estado Novo
Salazar e o Estado NovoRui Nobre
 
Aula fichamento e resenha
Aula  fichamento e resenhaAula  fichamento e resenha
Aula fichamento e resenhaArisdelia
 
Recensão crítica
Recensão críticaRecensão crítica
Recensão críticaguestb6868d
 

Mais procurados (20)

padre antónio vieira
padre antónio vieirapadre antónio vieira
padre antónio vieira
 
Estrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opiniãoEstrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opinião
 
Poesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoPoesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - Contextualização
 
Análise do Sermão da Sexagésima
Análise do Sermão da SexagésimaAnálise do Sermão da Sexagésima
Análise do Sermão da Sexagésima
 
Solubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e MiscibilidadeSolubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e Miscibilidade
 
Coesão interfrásica
Coesão interfrásicaCoesão interfrásica
Coesão interfrásica
 
Agualusa 2
Agualusa 2Agualusa 2
Agualusa 2
 
3 a abertura europeia ao mundo
3   a abertura europeia ao mundo3   a abertura europeia ao mundo
3 a abertura europeia ao mundo
 
Literatura contemporânea
Literatura contemporâneaLiteratura contemporânea
Literatura contemporânea
 
Relatório Técnico Científico
Relatório Técnico CientíficoRelatório Técnico Científico
Relatório Técnico Científico
 
A governação do Marquês de Pombal
A governação do Marquês de PombalA governação do Marquês de Pombal
A governação do Marquês de Pombal
 
Como elaborar resumo
Como elaborar resumoComo elaborar resumo
Como elaborar resumo
 
Funções Sintáticas
Funções SintáticasFunções Sintáticas
Funções Sintáticas
 
Artigo de opinião título
Artigo de opinião  títuloArtigo de opinião  título
Artigo de opinião título
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃORELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
 
Salazar e o Estado Novo
Salazar e o Estado NovoSalazar e o Estado Novo
Salazar e o Estado Novo
 
Coordenação. Subordinação
Coordenação. SubordinaçãoCoordenação. Subordinação
Coordenação. Subordinação
 
Aula fichamento e resenha
Aula  fichamento e resenhaAula  fichamento e resenha
Aula fichamento e resenha
 
Relatório, medição de pH
Relatório, medição de pHRelatório, medição de pH
Relatório, medição de pH
 
Recensão crítica
Recensão críticaRecensão crítica
Recensão crítica
 

Semelhante a ComoElaborarUmRelatorio.pdf

Relatorio instrucoes unifesp_2013
Relatorio instrucoes unifesp_2013Relatorio instrucoes unifesp_2013
Relatorio instrucoes unifesp_2013FRSensato
 
Como elaborar um relatório
Como elaborar um relatórioComo elaborar um relatório
Como elaborar um relatórioJosé Pedro
 
Como elaborar um relatório
Como elaborar um relatórioComo elaborar um relatório
Como elaborar um relatórioTiago Oliveira
 
Sandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentais
Sandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentaisSandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentais
Sandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentaisProfª Cristiana Passinato
 
Sandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas Experimentais
Sandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas ExperimentaisSandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas Experimentais
Sandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas ExperimentaisProfª Cristiana Passinato
 
Como fazer um Relatório
Como fazer um RelatórioComo fazer um Relatório
Como fazer um RelatórioBibPFerreiro
 
Apostila qui 200_2013-2
Apostila qui 200_2013-2Apostila qui 200_2013-2
Apostila qui 200_2013-2Josué Fogaça
 
Normas para elaboração de um relatório científico
Normas para elaboração de um relatório científicoNormas para elaboração de um relatório científico
Normas para elaboração de um relatório científicoCarlos Moutinho
 
Relatório - estrutura
Relatório - estruturaRelatório - estrutura
Relatório - estruturaZé Almeida
 
5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)
5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)
5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)Joelma Lima
 
Comunicacao científica
Comunicacao científicaComunicacao científica
Comunicacao científicaRenato Vicente
 
Carina modelo de_relatorio
Carina modelo de_relatorioCarina modelo de_relatorio
Carina modelo de_relatorioCarinaswaguie
 
Apostila sobre elaboração de relatórios
Apostila sobre elaboração de relatóriosApostila sobre elaboração de relatórios
Apostila sobre elaboração de relatóriosKauê Monteiro
 
Tcc exemplo-130410183157-phpapp02
Tcc exemplo-130410183157-phpapp02Tcc exemplo-130410183157-phpapp02
Tcc exemplo-130410183157-phpapp02Nancy Carla
 
Modelo de um_relatorio_jose_9c
Modelo de um_relatorio_jose_9cModelo de um_relatorio_jose_9c
Modelo de um_relatorio_jose_9cZENOBRE
 

Semelhante a ComoElaborarUmRelatorio.pdf (20)

Relatorio instrucoes unifesp_2013
Relatorio instrucoes unifesp_2013Relatorio instrucoes unifesp_2013
Relatorio instrucoes unifesp_2013
 
Como elaborar um relatório
Como elaborar um relatórioComo elaborar um relatório
Como elaborar um relatório
 
Como elaborar um relatório
Como elaborar um relatórioComo elaborar um relatório
Como elaborar um relatório
 
Sandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentais
Sandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentaisSandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentais
Sandrogreco Modelo%20de%20relat%F3rio%20das%20aulas%20experimentais
 
Sandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas Experimentais
Sandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas ExperimentaisSandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas Experimentais
Sandrogreco Modelo De RelatóRio Das Aulas Experimentais
 
Como fazer um Relatório
Como fazer um RelatórioComo fazer um Relatório
Como fazer um Relatório
 
Apostila qui 200_2013-2
Apostila qui 200_2013-2Apostila qui 200_2013-2
Apostila qui 200_2013-2
 
Normas para elaboração de um relatório científico
Normas para elaboração de um relatório científicoNormas para elaboração de um relatório científico
Normas para elaboração de um relatório científico
 
Modelo de relatório_25
Modelo de relatório_25Modelo de relatório_25
Modelo de relatório_25
 
Modelo de relatório_25
Modelo de relatório_25Modelo de relatório_25
Modelo de relatório_25
 
Modelo 21
Modelo 21Modelo 21
Modelo 21
 
Relatório
RelatórioRelatório
Relatório
 
Relatório - estrutura
Relatório - estruturaRelatório - estrutura
Relatório - estrutura
 
Para escrever artigo ou tese
Para escrever artigo ou tesePara escrever artigo ou tese
Para escrever artigo ou tese
 
5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)
5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)
5 como elaborar um relatorio de aula pratica (2)
 
Comunicacao científica
Comunicacao científicaComunicacao científica
Comunicacao científica
 
Carina modelo de_relatorio
Carina modelo de_relatorioCarina modelo de_relatorio
Carina modelo de_relatorio
 
Apostila sobre elaboração de relatórios
Apostila sobre elaboração de relatóriosApostila sobre elaboração de relatórios
Apostila sobre elaboração de relatórios
 
Tcc exemplo-130410183157-phpapp02
Tcc exemplo-130410183157-phpapp02Tcc exemplo-130410183157-phpapp02
Tcc exemplo-130410183157-phpapp02
 
Modelo de um_relatorio_jose_9c
Modelo de um_relatorio_jose_9cModelo de um_relatorio_jose_9c
Modelo de um_relatorio_jose_9c
 

Último

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 

Último (20)

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 

ComoElaborarUmRelatorio.pdf

  • 2. 1. O que é um relatório? Um relatório de uma actividade prática, é uma exposição escrita de um determinado trabalho ou experiência laboratorial. Não é apenas uma descrição do modo de proceder (técnicas, reagentes, material, etc.), pois este conjunto de informações constitui o protocolo.
  • 3. Um relatório é o conjunto da descrição da realização experimental, dos resultados nele obtidos, assim como das ideias associadas, de modo a constituir uma compilação completa e coerente de tudo o que diga respeito a esse trabalho.
  • 4. De alguma forma, elaborar um relatório deve ser visto pelo aluno como uma etapa importante na sua formação académica, para que mais tarde, como profissional, possa ter adquirido e desenvolvido a praxis e o raciocínio crítico necessários à elaboração de um artigo científico.
  • 5. A elaboração do relatório deve passar por um esboço (planeamento da informação) e, quase sempre, por alguns rascunhos. O aspecto geral e qualidade gráfica do relatório têm uma importância primordial. Por isso deve evitar-se rasurar, riscar ou utilizar corrector. Apertar a letra, diminuir o espaço entre linhas, ocupar as margens tornará a leitura difícil e a apresentação pouco atraente. É importante deixar-se sempre margens interiores (esquerdas) e superiores com, aproximadamente, três centímetros e margens exteriores (direitas) e inferiores com, aproximadamente, dois centímetros (ver figura).
  • 6. 2- Como escrever? O relatório como instrumento de trabalho deverá utilizar uma linguagem simples, clara, objectiva e precisa. A clareza do raciocínio, característica do método científico, deverá transparecer na forma como o relatório é escrito. Um relatório deverá ser conciso e coerente, incluindo a informação indispensável à compreensão do trabalho. A forma pela qual alguma informação pode ser apresentada (tabelas, gráficos, ilustrações), pode contribuir consideravelmente para reduzir a extensão de um relatório.
  • 7. As frases utilizadas devem ser completas, para que, através da sua leitura seja possível seguir um raciocínio lógico. Em ciência, todas as afirmações devem ser baseadas em provas factuais e não em opiniões não fundamentadas. Factos especulativos não podem tomar o lugar de outros já demonstrados. De igual modo, o aluno (futuro investigador e/ou professor) deve evitar o excesso de conclusões, sendo estas precisas e sintéticas. As conclusões devem, igualmente, ser coerentes com a discussão dos resultados.
  • 8. A linguagem deve ser cuidada e cientificamente correcta. Por exemplo, é preferível : "graus célcius" em vez de "graus centígrados“ "quantidade química" em vez de "número de moles“ "banho de água" em vez de "banho maria“ A escrita de símbolos e fórmulas químicas, bem como de unidades e grandezas, obedecem a regras e normas que devem ser respeitadas.
  • 9. 3- Estrutura dum relatório A divisão metodológica de um relatório em várias secções ajuda à sua organização e escrita por parte dos autores e, de igual modo, permite ao leitor encontrar mais facilmente a informação que procura.
  • 10.
  • 11. Um relatório de actividade experimental não tem obrigatoriamente uma estrutura rígida. No entanto deverá, sempre que possível, apresentar um conjunto de linhas gerais mais ou menos fixas. É preferível utilizar uma estrutura menos subdividida pois assim consegue-se uma melhor adaptação a diferentes trabalhos laboratoriais. Por exemplo, se tivéssemos: Introdução, Objectivos, Fundamentos Teóricos, Material, Procedimento, Observações, Resultados, Cálculos, Análise dos Resultados, Discussão, Conclusão, seria mais complicado situar a informação em cada uma destas partes, distinguir se um dado tópico deveria figurar na discussão ou nas conclusões, e se outro tópico deveria estar na apresentação ou na análise dos resultados.
  • 12. 3.1. Título, autor(es) e data Identificação do trabalho (título). Identificação dos autores. Data em que o relatório foi realizado. Disciplina a que diz respeito.
  • 13. O relatório deve ter uma capa. No entanto, sobretudo se for pequeno, pode dispensar uma encadernação. Deve conter a informação seguinte pela ordem indicada: 1º nome da instituição ou entidade onde a investigação foi realizada, 2º título do trabalho, (destacado com letra maior ou sublinhado) 3º nome do autor e identificação do mesmo, 4º âmbito de realização o trabalho (disciplina, projecto, unidade, programa, etc.) 5º local e data
  • 14.
  • 15. O título deve dar uma indicação clara do assunto tratado explicitando o problema resolvido. Na maioria das vezes pode utilizar-se o título do procedimento experimental. Se realizarmos um determinado trabalho laboratorial sobre sabões este pode ter o título: " Estudo sobre Sabões". No entanto este título é pouco informativo. É necessário um título que seja mais indicativo da natureza do trabalho realizado. Alguns exemplos são:“ "Estudo das Propriedades de Sabões" "Análise Química de um Sabão" "Síntese Laboratorial de Sabão" "Preparação de Sabões" "Investigação sobre impacto ambiental da Utilização de Sabões" "Determinação do Poder Detergente de Sabões".
  • 16. 3.2. Objectivos Deverá incluir sumariamente qual ou quais os objectivos do trabalho a realizar.
  • 17. 3.3. Introdução Nesta parte do relatório deve ser introduzido o trabalho experimental a realizar, bem como as noções teóricas que servem de base ao mesmo. A introdução deve conter a informação essencial à compreensão do trabalho.
  • 18. A introdução deve apresentar o tema geral do trabalho experimental. Poderá ser uma breve explicação do princípio científico estudado ou então uma referência aos produtos/materiais que estão a ser testados. Poderá referir-se a utilidade e alcance do trabalho laboratorial desenvolvido." Pode indicar alguma informação acerca do tema em estudo, nomeadamente, parâmetros com as quais se pretende comparar os resultados obtidos e as previsões, ou seja, os resultados que se esperam obter.
  • 19. Por exemplo: - num trabalho de análise de água para consumo humano deve indicar-se o Valor Máximo Recomendado e o Valor Máximo Admitido para o parâmetro que está a ser analisado. - na identificação de um metal por determinação da sua densidade pode fornecer-se um quadro com valores da densidade de vários metais. - na determinação do ponto de fusão ou ebulição de determinada substância devem indicar-se os valores obtidos através da pesquisa bibliográfica.
  • 20. Deverá ainda indicar de modo claro e breve quais são os objectivos do trabalho (o propósito), ou seja, qual é o problema a ser resolvido. Evidentemente, é quem orienta a investigação/pesquisa/estudo que deve definir, claramente, quais são os objectivos do trabalho. A maior parte das vezes 3 ou 4 parágrafos, bem escritos e fundamentados em bibliografia adequada, são suficientes para introduzir o assunto a tratar. De pouco vale copiar de livros e enciclopédias longos textos que não se percebem, abordando aspectos irrelevantes e enfadonhos, utilizando linguagem e conceitos que não se dominam e, por vezes até, repetindo várias vezes a mesma ideia.
  • 21. 3.4. Procedimento Experimental Deve ser sintético mas preciso, contendo, no entanto, informação suficiente de modo que, no caso da experiência vir a ser repetida por outrem, possam ser obtidos resultados idênticos. Normalmente considerado como um ponto secundário do trabalho, esta parte do relatório é, no entanto, essencial para a compreensão da experiência a realizar.
  • 22. O procedimento experimental seguinte refere-se à purificação por recristalização (técnica utilizada) do ácido acetilsalicílico: "1. Medir cerca de 50 cm3 de do solvente fornecido(água + álcool 8:1) para um erlenmeyer. 2. Dissolver uma dada porção de ácido acetilsalicílico a quente. 3. Filtrar a quente com filtro de pregas para um copo (colocar previamente o funil e papel de filtro na estufa). 4. Deixar cristalizar por arrefecimento. 5. Filtrar a pressão reduzida de modo a separar e secar os cristais de ácido acetilsalicílico. 6.Lavar com água fria."
  • 23. 3.5. Resultados Descrição do que se observa na experiência. Inclui o registo e tratamento dos dados, bem como os esquemas e ou as figuras das observações efectuadas. .
  • 24. Pode chamar-se Apresentação e Análise de Resultados, Registo e Tratamento de Resultados ou ainda Observações. Se for importante para a análise e interpretação dos resultados obtidos, deve fazer-se uma caracterização dos produtos/amostras/reagentes utilizados de preferência em quadro ou tabela. A apresentação dos resultados deve constituir uma compilação do conjunto de dados/resultados/observações obtidos durante a realização experimental. Sempre que possível, devem ser apresentados em tabelas, quadros, esquemas ou gráficos. Muitas vezes a apresentação dos resultados resume-se à caracterização das amostras obtidas e/ou às observações efectuadas durante a realização do trabalho.
  • 25.
  • 26. A análise dos resultados não deverá ter um carácter interpretativo, deverá limitar- se a destacar os resultados considerados mais evidentes ou então a dar-lhes uma forma mais compreensível, geralmente através do seu tratamento matemático, estatístico ou gráfico. Nestes casos, deve apresentar-se apenas um exemplo claro e bem explicado de cada cálculo efectuado. As medições efectuadas e os resultados de cálculos devem apresentar-se sempre com as respectivas unidades e com o número de algarismos significativos correcto ou com as incertezas respectivas
  • 27. 3.6. Discussão Interpretação dos resultados. A discusão deve comparar os resultados obtidos face ao objectivo pretendido. Não se devem tirar hipóteses especulativas que não possam ser fundamentadas nos resultados obtidos. A discussão constitui uma das partes mais importantes do relatório, uma vez que é nela (e não na introdução) que os autores evidenciam todos os conhecimentos adquiridos, através da profundidade com que discutem os resultados obtidos.
  • 28. Também pode chamar-se Comentários Finais. Será necessário realçar os principais resultados e comentá-los de um ponto de vista crítico, traduzindo a opinião do autor sobre o seu interesse e qualidade. Isso implica avaliar se estes são aceitáveis tendo em consideração os objectivos iniciais do trabalho e aquilo que estava previsto ou estipulado, o que, por vezes, envolve uma comparação entre os dados obtidos experimentalmente e a informação bibliográfica. No final desta avaliação deve apresentar-se, claramente, a resposta ao problema enunciado na introdução. Os fenómenos ou resultados imprevistos devem ser aqui referidos e, sempre que possível, interpretados.
  • 29. Devem apontar-se as possíveis causas de afastamento dos resultados em relação aquilo que era esperado (erros/incertezas experimentais? de que tipo? de que grandeza? Quais os mais importantes? Deficiências do método utilizado?). Quando o objectivo do trabalho for utilizar uma determinada técnica experimental, deverão ser indicadas as dificuldades sentidas e limitações identificadas. Podem ser apresentadas recomendações ou propostas de decisões a tomar em função dos resultados obtidos. Podem também indicar-se sugestões para investigações posteriores ou ainda, alterações ao procedimento seguido ou à técnica utilizada.
  • 30. 3.7. Conclusões Esta parte do relatório deve sumarizar as principais conclusões obtidas no decurso do trabalho realizado.
  • 31. 3.7. Referências bibliográficas A bibliografia deve figurar no fim do relatório. Nela devem ser apresentadas todas as referências mencionadas no texto, que podem ser livros (ou capítulos de livros), artigos científicos, CD-ROMs e websites consultados.