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Roma antiga – Resumo
Os antepassados dos romanos eram povos agricultores que habitavam a Europa central. Organizados em diferentes tribos (latinos,
sabinos, ilírios, volscos, samnitas, etc), eles eram conhecidos como italiotas.
Por volta do ano 1.000 a.C., esses povos emigraram para a península Itálica.
Extensão do território Romano no auge do Império [1].
(Veja no mapa, a península Itálica em formato de uma bota), ocupando a parte centro-norte. A tribo dos latinos instalou-se na
margem sul do rio Tibre, na planície à qual deram o nome de Lácio. Aí, entre colinas, fundaram diversos povoados. Nas
proximidades do Lácio – região central da península, onde fica a cidade de Roma – viviam os etruscos. Segundo a maioria dos
historiadores, Roma se originou de uma fortaleza fundada pelos latinos para defendê-los da ameaça dos etruscos.
Antes de continuar, veja o vídeo [2] :
Império Romano
De uma pequena fortaleza, Roma acabou se transformando no centro de um vasto império. Essa trajetória pode ser dividida em
três grandes períodos: Monárquico; Republicano e Imperial.
Hoje: Roma é uma grande cidade, capital da Itália.
1. Período Monárquico – 753 – 509 a.C.:
 Período de domínio político dos etruscos; nesse período, Roma adquiriu aspecto de cidade, com a realização de diversas obras
públicas como templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgotos.
 A sociedade romana – nesse período – estava organizada em:
 - Patrícios ou nobres: descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de
terra e de gado.
 - Plebeus – Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não
tinham direitos políticos.
 - Clientes: grupo originário da plebe que, para sobreviver, colocava-se a serviço de um patrício, denominado patrono (patronus,
um predecessor de padrinho, patrão). Os clientes recebiam dos patrícios assistência jurídica e terras para cultivo.
 - Escravos – Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram
considerados bens materiais. Não tinham nenhum direito civil ou político.
 O fim do período monárquico é marcado pela expulsão e assassinato do último rei etrusco, Tarquínio, o Soberbo, em 509 a.C. Em
seu lugar, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules.
2. Período Republicano – 509 – 27 a.C.:
 Nesse período, os patrícios detêm o poder político, econômico, religioso e jurídico, em benefício próprio, enquanto para os
plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.
 Os dois cônsules – que substituíram o rei – exerciam o cargo por um ano, auxiliados por um conselho de 100 cidadãos,
responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia ainda promulgar
as leis elaboradas pela Assembleia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.
 À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os
plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (IV – III a.C.), conquistando
diversos direitos, como:
- o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe;
- poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais a seus interesses;
- proibição da escravização por dívidas;
- estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para patrícios quanto para plebeus, o que lhes garantiam um julgamento mais
justo;
- igualdade civil (como a autorização do casamento entre patrícios e plebeus);
- igualdade política (como o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul);
- igualdade religiosa (com o direito de exercer funções sacerdotais).
 Expansão romana: ==> Entre 509 e 270 a.C., os romanos conquistam quase toda a península Itálica e, partem, então, em busca
de outras regiões do Mediterrâneo.
 => Observe a expressão “Mare nostrum”, nome dado pelos antigos romanos para o mar Mediterrâneo,
em http://pt.wikipedia.org/wiki/Mare_Nostrum.
 Nesse espírito expansionista, os romanos defrontam-se com os interesses da cidade deCartago – cidade fundada pelos fenícios no
século IX a.C., localizada no norte da África. As três guerras contra Cartago, acontecidas no século III a.C, foram chamadas
de Guerras Púnicas.
- na Primeira Guerra Púnica (264 – 241 a.C.), os cartagineses foram derrotados, perdendo a Sicília, a Sardenha e a Córsega;
- na Segunda Guerra Púnica (218 – 201 a.C.), Cartago conseguiu impor duras derrotas aos romanos, vencendo diversas
batalhas, mas acabou também derrotada;
- na Terceira Guerra Púnica (150 – 146 a.C.), Cartago é destruída e cerca de 40 mil cartagineses são transformados em escravos
e suas terras distribuídas entre os ricos proprietários de Roma.
 Em 59 a.C., Roma voltou-se para a região norte da Europa. Julio César, um ambicioso aristocrata romano, invadiu a Gália, que
corresponde a uma parte da França atual, e conquistou toda a região a oeste do rio Reno.
 As sucessivas conquistas militares provocaram grandes transformações sociais, econômicas, políticas e culturais em Roma,
colaborando, por exemplo, para maior concentração de terras – inclusive dos plebeus –, nas mãos dos patrícios, que recebiam
parcelas dos territórios conquistados, originando, assim os latifúndios (grandes propriedades rurais que pertenciam a um único
dono ou família). No cultivo dos latifúndios, os patrícios utilizavam escravos, geralmente prisioneiros de guerra. Em razão das
conquistas, os escravos eram numerosos.
 Os pequenos proprietários, sem condições de competir com a produção dos latifúndios, maior e mais barata, foram forçados a
migrar para as cidades em busca de oportunidades de trabalho. O êxodo rural foi de tal ordem que, no século I a. C., existia na
cidade de Roma um grande número de pessoas sem meios para garantir o próprio sustento.
 As conquistas contribuíram ainda para intensificar atividades como o comércio e o artesanato, propiciando o surgimento de um
novo grupo social com grande riqueza: oshomens novos ou cavaleiros. Nesse grupo incluíam-se ainda os militares, que tinham
feito fortuna nas guerras. Esse novo grupo social tinha reduzida participação no governo da república, aliando-se aos plebeus
empobrecidos, na luta por melhor redistribuição da terra mediante uma reforma agrária.
 Tentativas de Reforma Agrária => As lutas dos plebeus estendem-se de 133 a 27 a.C., caracterizando a fase de declínio da
República romana, nas quais podemos destacar o trabalho dos irmãos Graco:
- Os irmãos Graco (133 – 121 a.C.): eleitos tribunos da plebe, os irmãos Tibério e Caio Graco procuraram realizar as reformas
almejadas pelos plebeus e pelos homens novos. Em 133 a. C., Tibério apresentou uma proposta da Lei Agrária. De acordo com
essa proposta, as terras do Estado, em posse dos latifundiários, deveriam ser divididas em pequenos lotes e distribuídas entre os
pobres. Nos comícios, Tibério defendia seu projeto com muita eloquência. A Lei Agrária foi aprovada, mas os patrícios
conseguiram, nos anos seguintes, anular todos os seus efeitos. Cercado no Capitólio por senadores e patrícios, Tibério Graco foi
assassinado, juntamente com 500 de seus partidários. Em 123 a.C., dez anos após a morte de Tibério, Caio Graco obteve o apoio
das camadas populares e procurou levar adiante os programas defendidos por seu irmão. Porém, em 121 a.C., os patrícios
provocaram um confronto com Caio e seus partidários. Encurralado numa colina fora da cidade, sem possibilidades de escapar,
Caio pediu a seu escravo que o matasse. Cerca de 250 seguidores do tribuno morreram em luta. Outras 3 mil pessoas foram
assassinadas na repressão que se seguiu.
==> Veja o artigo:
Latifúndios e Reforma Agrária: na Roma Antiga e no Brasil
3. Período Imperial – 27 a.C. – 476 d.C.:
 A passagem da república para o império é marcada por diversos conflitos sociais e disputas políticas que agitaram Roma, entre
133 e 27 a.C.
 Os generais, líderes militares – parte de um exército organizado – que ganhavam popularidade com as vitórias nas guerras de
conquistas, sucederam-se no poder até a implantação definitiva do império.
 Em 107 a.C., Mário, general de grande prestígio popular, foi eleito cônsul e implantou reformas no exército, instituindo o
pagamento de salários aos soldados. Com o apoio do exército, ele reduziu a autoridade do Senado, restringiu os privilégios dos
patrícios e realizou reformas de cunho popular.
 Em 86 a.C., com a morte de Mário, o general Sila assumiu o poder apoiado pelos patrícios e pelo Senado, que lhe conferiu o título
de ditador. Em 82 a.C., Sila reprimiu violentamente revoltas de origem popular, restabeleceu os privilégios dos patrícios e
concedeu poderes ao Senado.
 Em 78 a.C., após a morte de Sila, destacaram-se no cenário político: Crasso, que conseguira pôr fim à revolta de escravos liderada
por Espártaco, e Pompeu, que conquistara importantes vitórias em campanhas militares e eliminara os últimos escravos
revoltosos. Em 70 a.C., ambos foram eleitos cônsules.
 => Os Triunviratos – governos exercidos por três governantes:
- Primeiro Triunvirato – formado em 60 a.C., por Pompeu, Crasso e Júlio César. Apoiados pelo exército, reduziram o poder do
Senado e assumiram o governo.
Júlio César: general romano (100 a.C. – 44 a.C. ), considerado um dos fundadores do Império Romano, inicia sua carreira
política como advogado em 78 a.C. Em 60 a.C., participa do governo de Roma com o general Pompeu e o banqueiro Crasso, no
Primeiro Triunvirato. Ganha fama, fortuna e poder ao conquistar a Gália e a Bretanha, entre 58 e 50 a.C. Com a morte de
Crasso, disputa o poder com Pompeu, que é apoiado pelo Senado. Destituído do cargo de governador da Gália, recebe do
Senado ordens para depor armas, mas, em vez de obedecer, decide avançar sobre Roma. Conquista a cidade e a península Itálica
e invade o Egito, perseguindo Pompeu, que acaba sendo morto por um oficial de Ptolomeu XIII, irmão de Cleópatra, ambos reis
do país à época. Já como ditador, governa a África e a Espanha e derrota os partidários de Pompeu. De volta a Roma, em 46
a.C., reorganiza e centraliza a política, enfraquecendo o poder do Senado. Torna-se cônsul vitalício e ditador perpétuo.
Incomodado com a perda de privilégios, um grupo de senadores arquiteta seu assassinato. Atacado na escadaria do Senado,
César defende-se até ver seu protegido Brutus, ex-aliado de Pompeu, a quem perdoara e dera a província da Gália para
governar. Ao perceber a traição, deixa de lutar. Morre com 23 facadas.
- Segundo Triunvirato – o assassinato de Júlio César provocou revoltas populares e os conspiradores foram derrotados. Formou-
se, então, o Segundo Triunvirato, composto de Marco Antônio, Otávio e Lépido. Em seguida houve uma disputa política entre
eles: Lépido foi afastado e Otávio venceu Marco Antônio, em 30 a.C., concentrando em suas mãos todo o poder.
Otávio – 63 a.C. a 14 d.C.: possuía o titulo de “César“ (pessoa de dignidade pessoal, que teve origem com Júlio César); após
vencer Marco Antônio, recebe ainda diversos títulos que lhe conferem grande poder; o título de “Augusto” (consagrado,
majestoso divino), foi lhe dado em 27 a.C., pelo Senado; depois, recebe o título de imperador, ficando conhecido então como o
imperador “Otávio César Augusto”; durante seu governo, nasceu Jesus Cristo, fundador do Cristianismo, na Palestina, uma
província romana;
=> Tibério César – 42 a.C. a 37 d.C.: sucede seu padrasto, César Augusto, em 14 d.C. e governa até sua morte, em 37;
=> “… dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (MT 22.21). “Os césares representam um marco para a
história mundial. (…) classe de doze governantes romanos, abrangendo um período de 141 anos, que vai desde Júlio César 45
a.C. até Domiciano em 96 d.C.” (Veja: http://geografia-biblica.blogspot.com). A consagrada expressão, no entanto, foi proferida
por Jesus para se referir ao pagamento de imposto a César (governo) e a adoração (Deus). Quem governava, na época, era
Tibério César…
Veja o Artigo:
O Cristianismo na Roma Antiga: de sua Origem ao Edito de Milão
 Pax Romana: Nos governos de Otávio e Tibério César aconteceu o auge da chamada “Pax Romana” – expressão latina para “a
paz romana”, longo período de relativa paz, que teve início em 29 a. C., quando Augusto César declarou o fim das guerras civis e
durou até o ano da morte de Marco Aurélio, em 180. Era uma expressão, usada na época, com o sentido de segurança, ordem e
progresso para todos os povos dominados por Roma, graças, também, a uma série de medidas que visavam controlar os conflitos
sociais.
 => Pão e circo: política criada, nessa época, que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a
insatisfação popular contra os governantes. (Veja mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o_e_circo).
 => “Todos os caminhos levam à Roma”: trata-se da comunicação entre Roma, o centro do vasto império, e as demais regiões,
garantida pela existência de uma extensa rede de estradas, construídas principalmente, durante os governos de Otávio Augusto, no
início da chamada “Pax Romana”.
Tradicionalmente, costuma ser dividido em dois momentos:
 a) Alto Império, período em que Roma alcançou grande esplendor (estende-se até o século III d.C.). Após a morte de Augusto
(14 d.C.) até o fim do século II, quatro dinastias se sucederam no poder:
=> Dinastia Júlio-Claudiana (14 – 68). Com os imperadores Tibério, Calígula e Nero, essa dinastia esteve ligada à aristocracia
patrícia romana. Principal característica dessa fase: os constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.
=> Dinastia Flavia (68 – 96). Com os imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano, apoiados pelo exercito, o Senado foi
totalmente submetido.
=> Dinastia Antonina (96 – 193). Com Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio, Marco Aurélio e Cômodo, assinalou-se uma fase
de grande brilho do Império Romano. Os imperadores dessa dinastia, exceto o último, procuraram adotar uma atitude conciliatória
em relação ao Senado.
=> Dinastia Severa (193 – 235). Com Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre, caracterizou-se pelo
início de crises internas e pressões externas, exercidas por povos diversos, prenunciando o fim do Império Romano, a partir do
século III da era cristã.
b) Baixo Império, fase marcada por crises que conduziram à desagregação do Império Romano (do século III ao século V).
- falta de reabastecimento de escravos para trabalhar nas grandes propriedades rurais;
- os escravos deram lugar, aos poucos, aos colonos. Pelo sistema de colonato, os colonos estavam ligados por laços pessoais e
jurídicos aos grandes proprietários e não podiam abandonar a terra;
- ao mesmo tempo em que a vida no campo se transformava, um grande número de pessoas começou a deixar as cidades em
direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da produção artesanal;
- arrecadando menos impostos por causa da diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as
enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos.
 Divisão do Império - Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do Ocidente, com
capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, com o objetivo de fortalecer o Império e
proteger as fronteiras contra ataques de povos invasores. Os romanos chamavam esses povos de bárbaros por terem costumes
diferentes dos seus e não falarem latim. A divisão estabelecida por Teodósio não surtiu, no lado ocidental, o efeito esperado.
Diversos povos passaram a ocupar o território romano. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e,
comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo. O fim do poderio romano constitui um longo processo, que
durou centenas de anos. No decorrer desses séculos, começou a se formar uma nova organização social, política e econômica, o
feudalismo, que predominou na Europa ocidental até o século XV.
Veja também:
Cultura Romana
Notas:
[2] O Império Romano em 117. Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano. Acesso em 23/08/2013.
[2] Vídeo Império Romano. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JRW4R7G7kJc. Acesso em 23/08/2013.
ATIVIDADE
 1. Caracterize a península Itálica e sua ocupação pelos italiotas.
 2. Relacione os patrícios com fim da monarquia e com o poder político no período republicano.
 3. Descreva a situação dos plebeus na monarquia e suas conquistas no período Republicano.
 4. Relacione – final da República – Triunviratos – Júlio César (como este chegou ao poder).
 5. Relacione: expansão romana – Guerras Púnicas – Latifúndios – aumento de escravos (durante o Império).
 6. Comente o objetivo das lutas dos irmãos Graco e as suas consequências.
 7. Comente as palavras ou expressões:
 a) “Pax Romana”.
 b) “Todos os caminhos levam à Roma”.
 c) “Daí a Cesar o que é de César…”.
 8. Quem eram chamados “bárbaros” pelos romanos?
 9. Relacione a divisão e a crise e a queda do Império Romano.

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  • 2. - igualdade civil (como a autorização do casamento entre patrícios e plebeus); - igualdade política (como o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul); - igualdade religiosa (com o direito de exercer funções sacerdotais).  Expansão romana: ==> Entre 509 e 270 a.C., os romanos conquistam quase toda a península Itálica e, partem, então, em busca de outras regiões do Mediterrâneo.  => Observe a expressão “Mare nostrum”, nome dado pelos antigos romanos para o mar Mediterrâneo, em http://pt.wikipedia.org/wiki/Mare_Nostrum.  Nesse espírito expansionista, os romanos defrontam-se com os interesses da cidade deCartago – cidade fundada pelos fenícios no século IX a.C., localizada no norte da África. As três guerras contra Cartago, acontecidas no século III a.C, foram chamadas de Guerras Púnicas. - na Primeira Guerra Púnica (264 – 241 a.C.), os cartagineses foram derrotados, perdendo a Sicília, a Sardenha e a Córsega; - na Segunda Guerra Púnica (218 – 201 a.C.), Cartago conseguiu impor duras derrotas aos romanos, vencendo diversas batalhas, mas acabou também derrotada; - na Terceira Guerra Púnica (150 – 146 a.C.), Cartago é destruída e cerca de 40 mil cartagineses são transformados em escravos e suas terras distribuídas entre os ricos proprietários de Roma.  Em 59 a.C., Roma voltou-se para a região norte da Europa. Julio César, um ambicioso aristocrata romano, invadiu a Gália, que corresponde a uma parte da França atual, e conquistou toda a região a oeste do rio Reno.  As sucessivas conquistas militares provocaram grandes transformações sociais, econômicas, políticas e culturais em Roma, colaborando, por exemplo, para maior concentração de terras – inclusive dos plebeus –, nas mãos dos patrícios, que recebiam parcelas dos territórios conquistados, originando, assim os latifúndios (grandes propriedades rurais que pertenciam a um único dono ou família). No cultivo dos latifúndios, os patrícios utilizavam escravos, geralmente prisioneiros de guerra. Em razão das conquistas, os escravos eram numerosos.  Os pequenos proprietários, sem condições de competir com a produção dos latifúndios, maior e mais barata, foram forçados a migrar para as cidades em busca de oportunidades de trabalho. O êxodo rural foi de tal ordem que, no século I a. C., existia na cidade de Roma um grande número de pessoas sem meios para garantir o próprio sustento.  As conquistas contribuíram ainda para intensificar atividades como o comércio e o artesanato, propiciando o surgimento de um novo grupo social com grande riqueza: oshomens novos ou cavaleiros. Nesse grupo incluíam-se ainda os militares, que tinham feito fortuna nas guerras. Esse novo grupo social tinha reduzida participação no governo da república, aliando-se aos plebeus empobrecidos, na luta por melhor redistribuição da terra mediante uma reforma agrária.  Tentativas de Reforma Agrária => As lutas dos plebeus estendem-se de 133 a 27 a.C., caracterizando a fase de declínio da República romana, nas quais podemos destacar o trabalho dos irmãos Graco: - Os irmãos Graco (133 – 121 a.C.): eleitos tribunos da plebe, os irmãos Tibério e Caio Graco procuraram realizar as reformas almejadas pelos plebeus e pelos homens novos. Em 133 a. C., Tibério apresentou uma proposta da Lei Agrária. De acordo com essa proposta, as terras do Estado, em posse dos latifundiários, deveriam ser divididas em pequenos lotes e distribuídas entre os pobres. Nos comícios, Tibério defendia seu projeto com muita eloquência. A Lei Agrária foi aprovada, mas os patrícios conseguiram, nos anos seguintes, anular todos os seus efeitos. Cercado no Capitólio por senadores e patrícios, Tibério Graco foi assassinado, juntamente com 500 de seus partidários. Em 123 a.C., dez anos após a morte de Tibério, Caio Graco obteve o apoio das camadas populares e procurou levar adiante os programas defendidos por seu irmão. Porém, em 121 a.C., os patrícios provocaram um confronto com Caio e seus partidários. Encurralado numa colina fora da cidade, sem possibilidades de escapar, Caio pediu a seu escravo que o matasse. Cerca de 250 seguidores do tribuno morreram em luta. Outras 3 mil pessoas foram assassinadas na repressão que se seguiu. ==> Veja o artigo: Latifúndios e Reforma Agrária: na Roma Antiga e no Brasil 3. Período Imperial – 27 a.C. – 476 d.C.:  A passagem da república para o império é marcada por diversos conflitos sociais e disputas políticas que agitaram Roma, entre 133 e 27 a.C.  Os generais, líderes militares – parte de um exército organizado – que ganhavam popularidade com as vitórias nas guerras de conquistas, sucederam-se no poder até a implantação definitiva do império.  Em 107 a.C., Mário, general de grande prestígio popular, foi eleito cônsul e implantou reformas no exército, instituindo o pagamento de salários aos soldados. Com o apoio do exército, ele reduziu a autoridade do Senado, restringiu os privilégios dos patrícios e realizou reformas de cunho popular.  Em 86 a.C., com a morte de Mário, o general Sila assumiu o poder apoiado pelos patrícios e pelo Senado, que lhe conferiu o título de ditador. Em 82 a.C., Sila reprimiu violentamente revoltas de origem popular, restabeleceu os privilégios dos patrícios e concedeu poderes ao Senado.  Em 78 a.C., após a morte de Sila, destacaram-se no cenário político: Crasso, que conseguira pôr fim à revolta de escravos liderada por Espártaco, e Pompeu, que conquistara importantes vitórias em campanhas militares e eliminara os últimos escravos revoltosos. Em 70 a.C., ambos foram eleitos cônsules.  => Os Triunviratos – governos exercidos por três governantes: - Primeiro Triunvirato – formado em 60 a.C., por Pompeu, Crasso e Júlio César. Apoiados pelo exército, reduziram o poder do Senado e assumiram o governo. Júlio César: general romano (100 a.C. – 44 a.C. ), considerado um dos fundadores do Império Romano, inicia sua carreira política como advogado em 78 a.C. Em 60 a.C., participa do governo de Roma com o general Pompeu e o banqueiro Crasso, no Primeiro Triunvirato. Ganha fama, fortuna e poder ao conquistar a Gália e a Bretanha, entre 58 e 50 a.C. Com a morte de Crasso, disputa o poder com Pompeu, que é apoiado pelo Senado. Destituído do cargo de governador da Gália, recebe do Senado ordens para depor armas, mas, em vez de obedecer, decide avançar sobre Roma. Conquista a cidade e a península Itálica e invade o Egito, perseguindo Pompeu, que acaba sendo morto por um oficial de Ptolomeu XIII, irmão de Cleópatra, ambos reis
  • 3. do país à época. Já como ditador, governa a África e a Espanha e derrota os partidários de Pompeu. De volta a Roma, em 46 a.C., reorganiza e centraliza a política, enfraquecendo o poder do Senado. Torna-se cônsul vitalício e ditador perpétuo. Incomodado com a perda de privilégios, um grupo de senadores arquiteta seu assassinato. Atacado na escadaria do Senado, César defende-se até ver seu protegido Brutus, ex-aliado de Pompeu, a quem perdoara e dera a província da Gália para governar. Ao perceber a traição, deixa de lutar. Morre com 23 facadas. - Segundo Triunvirato – o assassinato de Júlio César provocou revoltas populares e os conspiradores foram derrotados. Formou- se, então, o Segundo Triunvirato, composto de Marco Antônio, Otávio e Lépido. Em seguida houve uma disputa política entre eles: Lépido foi afastado e Otávio venceu Marco Antônio, em 30 a.C., concentrando em suas mãos todo o poder. Otávio – 63 a.C. a 14 d.C.: possuía o titulo de “César“ (pessoa de dignidade pessoal, que teve origem com Júlio César); após vencer Marco Antônio, recebe ainda diversos títulos que lhe conferem grande poder; o título de “Augusto” (consagrado, majestoso divino), foi lhe dado em 27 a.C., pelo Senado; depois, recebe o título de imperador, ficando conhecido então como o imperador “Otávio César Augusto”; durante seu governo, nasceu Jesus Cristo, fundador do Cristianismo, na Palestina, uma província romana; => Tibério César – 42 a.C. a 37 d.C.: sucede seu padrasto, César Augusto, em 14 d.C. e governa até sua morte, em 37; => “… dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (MT 22.21). “Os césares representam um marco para a história mundial. (…) classe de doze governantes romanos, abrangendo um período de 141 anos, que vai desde Júlio César 45 a.C. até Domiciano em 96 d.C.” (Veja: http://geografia-biblica.blogspot.com). A consagrada expressão, no entanto, foi proferida por Jesus para se referir ao pagamento de imposto a César (governo) e a adoração (Deus). Quem governava, na época, era Tibério César… Veja o Artigo: O Cristianismo na Roma Antiga: de sua Origem ao Edito de Milão  Pax Romana: Nos governos de Otávio e Tibério César aconteceu o auge da chamada “Pax Romana” – expressão latina para “a paz romana”, longo período de relativa paz, que teve início em 29 a. C., quando Augusto César declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte de Marco Aurélio, em 180. Era uma expressão, usada na época, com o sentido de segurança, ordem e progresso para todos os povos dominados por Roma, graças, também, a uma série de medidas que visavam controlar os conflitos sociais.  => Pão e circo: política criada, nessa época, que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação popular contra os governantes. (Veja mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o_e_circo).  => “Todos os caminhos levam à Roma”: trata-se da comunicação entre Roma, o centro do vasto império, e as demais regiões, garantida pela existência de uma extensa rede de estradas, construídas principalmente, durante os governos de Otávio Augusto, no início da chamada “Pax Romana”. Tradicionalmente, costuma ser dividido em dois momentos:  a) Alto Império, período em que Roma alcançou grande esplendor (estende-se até o século III d.C.). Após a morte de Augusto (14 d.C.) até o fim do século II, quatro dinastias se sucederam no poder: => Dinastia Júlio-Claudiana (14 – 68). Com os imperadores Tibério, Calígula e Nero, essa dinastia esteve ligada à aristocracia patrícia romana. Principal característica dessa fase: os constantes conflitos entre o Senado e os imperadores. => Dinastia Flavia (68 – 96). Com os imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano, apoiados pelo exercito, o Senado foi totalmente submetido. => Dinastia Antonina (96 – 193). Com Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio, Marco Aurélio e Cômodo, assinalou-se uma fase de grande brilho do Império Romano. Os imperadores dessa dinastia, exceto o último, procuraram adotar uma atitude conciliatória em relação ao Senado. => Dinastia Severa (193 – 235). Com Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre, caracterizou-se pelo início de crises internas e pressões externas, exercidas por povos diversos, prenunciando o fim do Império Romano, a partir do século III da era cristã. b) Baixo Império, fase marcada por crises que conduziram à desagregação do Império Romano (do século III ao século V). - falta de reabastecimento de escravos para trabalhar nas grandes propriedades rurais; - os escravos deram lugar, aos poucos, aos colonos. Pelo sistema de colonato, os colonos estavam ligados por laços pessoais e jurídicos aos grandes proprietários e não podiam abandonar a terra; - ao mesmo tempo em que a vida no campo se transformava, um grande número de pessoas começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da produção artesanal; - arrecadando menos impostos por causa da diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos.  Divisão do Império - Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, com o objetivo de fortalecer o Império e proteger as fronteiras contra ataques de povos invasores. Os romanos chamavam esses povos de bárbaros por terem costumes diferentes dos seus e não falarem latim. A divisão estabelecida por Teodósio não surtiu, no lado ocidental, o efeito esperado. Diversos povos passaram a ocupar o território romano. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e, comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo. O fim do poderio romano constitui um longo processo, que durou centenas de anos. No decorrer desses séculos, começou a se formar uma nova organização social, política e econômica, o feudalismo, que predominou na Europa ocidental até o século XV. Veja também: Cultura Romana Notas: [2] O Império Romano em 117. Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano. Acesso em 23/08/2013. [2] Vídeo Império Romano. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JRW4R7G7kJc. Acesso em 23/08/2013.
  • 4. ATIVIDADE  1. Caracterize a península Itálica e sua ocupação pelos italiotas.  2. Relacione os patrícios com fim da monarquia e com o poder político no período republicano.  3. Descreva a situação dos plebeus na monarquia e suas conquistas no período Republicano.  4. Relacione – final da República – Triunviratos – Júlio César (como este chegou ao poder).  5. Relacione: expansão romana – Guerras Púnicas – Latifúndios – aumento de escravos (durante o Império).  6. Comente o objetivo das lutas dos irmãos Graco e as suas consequências.  7. Comente as palavras ou expressões:  a) “Pax Romana”.  b) “Todos os caminhos levam à Roma”.  c) “Daí a Cesar o que é de César…”.  8. Quem eram chamados “bárbaros” pelos romanos?  9. Relacione a divisão e a crise e a queda do Império Romano.