1. PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DE RISCOS E AGRAVOS PARA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Geyse Chrystine Pereira Souza Fernandes1
¹ Faculdade Guanambi (Guanambi - Ba, Brasil)
Correspondência para: geysefisioterapia@gmail.com
Introdução: Na caracterização de violências contra adolescentes, a violência sexual
representa a maioria dos atendimentos em saúde; vindo em seguida as agressões psicológicas,
as físicas, seguindo-se as negligências e abandono. A residência foi o local onde ocorreu
metade das violências, seguida pela via pública. Desconhecidos tiveram a maior taxa como
prováveis autores das agressões, seguido por amigos e conhecidos e por pais. As pessoas
negras, nos dois sexos, foram as que sofreram maior vitimização. Em relação à criança,
estudiosos afirmam que o âmbito familiar também é o locus privilegiado destes atos sociais.
Nesse contexto, o setor da saúde visa a promoção do direito à saúde de todas as pessoas, à
garantia dos direitos da criança e do adolescente articulando ações intersetoriais para
notificação de casos, atendimento integral, prevenção de agravos e promoção de saúde.
Objetivo: Identificar as ações de promoção de saúde e de prevenção de riscos e agravos para
as crianças e os adolescentes. Método: Foi realizada uma revisão integrativa com artigos da
base de dados Scielo entre os anos de 1994 e 2002, utilizando as palavras-chave: “violência”,
“criança” e “adolescente”. A amostra final constituiu de 05 artigos que atenderam aos
critérios de inclusão e a síntese foi apresentada num quadro sinóptico. Resultados: No artigo
que analisou a atuação dos Centros Regionais de Atenção aos Maus-Tratos na Infância
(Cramis), os pontos mais sugestivos foram: tomar a família como o alvo da atuação e
envolver os vários serviços e instituições. Já o artigo que discutiu as principais dificuldades
dos profissionais de saúde na notificação conclui que, a legislação brasileira, embora clara
quanto à obrigatoriedade de notificar, oferece pouca orientação aos profissionais. No artigo
que analisou a percepção de profissionais de uma unidade pública de saúde sobre a
abordagem dos casos de maus-tratos cometidos contra a criança e o adolescente, revelou um
certo despreparo em relação à temática, embora tenha havido um avanço nos últimos anos.
Quanto ao artigo de análise das propostas de prevenção da violência contra crianças e
adolescentes, em artigos publicados em periódicos nacionais, concluiu que o conhecimento
2. acerca da violência tem peculiaridades a serem tratadas, tanto do indivíduo quanto das
condições socioeconômicas e geográficas em que as crianças e os adolescentes estão
envolvidos. Em geral, todas as propostas dos autores estudados destacam a necessidade de se
adotar um trabalho interdisciplinar por parte dos profissionais. E por último o artigo que
procurou mapear as principais linhas de pesquisa em violência familiar no âmbito da Saúde
Coletiva, percebeu que parece crucial entender a violência familiar como um fenômeno
complexo que envolve todos os integrantes do núcleo familiar e traz como consequência a
necessidade de integrar diferentes profissionais através da formação de equipes
interdisciplinares. Conclusão: Concluiu-se que as ações de prevenção devem ter a família
como alvo de atuação e que o trabalho deve ser interdisciplinar, destacando a notificação.
Palavras-chave: criança e adolescente, promoção de saúde, violência.