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REVISÕES DE LITERATURA
O USO DE ANTIINFLAMATÓRIOS
ESTEROIDAIS E NÃO ESTERIODAIS NO
CONTROLE DA DOR E DO EDEMA EM
CIRURGIA DE TERCEIROS MOLARES
Ricardo Natã Fonseca Silva*, Lúcia Coelho Garcia Pereira**
Autor correspondente: Ricardo Natã Fonseca Silva - ricardoodonto51@hotmail.com
* Mestrando em Patologia pela Universidade Federal de Goiás. Cirurgião Dentista - Centro Universitário de Anápolis
** Doutora em Dentística - Faculdade de Odontologia de Bauru/Universidade de São Paulo. Professora do Centro
Universitário de Anápolis
Resumo
Introdução: Terceiros molares são os últimos dentes a irromperem na cavidade oral, e em alguns
casos sofrem agenesia, impacção ou permanecem inclusos. Durante a cirurgia de remoção, ocorrem
injúrias aos tecidos orais, provocando sintomatologia dolorosa e edema. Para o combate destes, faz-
-se necessária a utilização de fármacos que controlam a inflamação, como os anti-inflamatórios não-
-esteroidais (AINES) e corticosteróides. Para se obter um melhor resultado, a combinação de AINES
e anti-inflamatórios esteroidais pode ser utilizada em pacientes, tanto como medicação preemptiva,
como pós-operatória. Objetivo: realizar uma revisão da literatura com o intuito de verificar quais clas-
ses de medicamentos apresentam melhores resultados pós-operatórios diante dos quadros de dor e
edema em exodontias de terceiros molares. Materiais e métodos: Como técnica para a seleção dos
trabalhos optou-se por incluir estudos presentes nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed publica-
dos entre os anos de 2000 a 2014. Considerações Finais: O uso de corticostróides se faz de maneira
preemptiva com o objetivo de reduzir o quadro de edema, enquanto os AINES tem maior utilização
no pós-operatório, na tentativa de amenizar a sensação dolorosa.
Palavras-chaves: Terceiros molares; Dor; Edema.
• Artigo submetido para avaliação em 13/12/2015 e aceito para publicação em 17/02/2016 •
DOI: 2238-2720revbahianaodonto.v7i1.769
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
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PAIN AND SWELLING CONTROL THROUGH NON-
STEROIDAL ANTI-INFLAMMATORY DRUGS (NSAIDS)
AND CORTICOSTEROIDS IN THIRD MOLARS
SURGICAL EXTRACTION
Abstracts
Introduction: Third molars are the last teeth to erupt through the oral cavity and in some cases they are congenitally
missing, display impaction or remain included. There are many reasons for their removal: decay, lack of space in
the dental arch or problems during its eruption. During surgical extraction, oral tissues may be injured, which
causes painful symptoms and edema. To combat these surgical complications, it is necessary the use of drugs that
fight inflammation, non-steroidal anti-inflammatory drug (NSAIDs) and corticosteroids. To obtain best results,
the combination of NSAIDs and steroidal anti-inflammatory drugs are used in patients, either as preemptive
medication and as postoperative medication. Objective: Performing a literature review in order to determine which
drug classes have better postoperative outcomes for pain and swelling in of third molars extraction. Materials and
methods: Studies present in SciELO, Lilacs and Pubmed databases published between 2000-2014 were included.
Final considerations: Corticosteroids are used preemptively in order to reduce swelling frame, while NSAIDs have
greater use in the postoperative period, in an attempt to reduce the pain. 
Keywords: Third molars; Pain; Swelling.
1 INTRODUÇÃO
Quando os terceiros molares irrompem na cavida-
de oral, podem ou não erupcionar em alinhamento
correto e funcional.(1)
Isso se deve ao fato de os ter-
ceiros molares serem os últimos dentes a comple-
tarem sua formação e cronologicamente serem os
últimos a irromperem, ficando susceptíveis à fal-
ta de espaço no arco dentário ou não conseguem
romper o denso revestimento ósseo, ou o tecido
mole sobreposto.(2)
Chaves Júnior et al.(1)
afirmam que, quando in-
clusos, são potencialmente capazes de causar
transtornos e prejuízos à saúde bucal do indivíduo,
como doença periodontal, pericoronarite, reabsor-
ção radicular dos dentes adjacentes e desenvol-
vimento de cistos e tumores, sendo a exodontia
indicada.
A idade recomendada para exodontia de tercei-
ros molares com menores índices de complicações
e um melhor prognóstico é entre 17 e 18 anos.(3)
As complicações mais comuns das exodontias
são: infecção, alveolite, disestesia, parestesia, he-
morragia, dor e trismo.(3)
Quanto aos acidentes
transoperatórios mais frequentes são apontadas a
fratura dento alveolar, injúria ao dente vizinho, fra-
tura da mandíbula, dano a ATM, hemorragias, le-
sões nervosas, comunicação buco sinusal e lesões
aos tecidos moles.(4,5)
O uso de analgésicos e anti-inflamatórios não es-
teroidais, analgésicos de ação central e esteroides
têm sido empregado para o controle da dor e ede-
ma no pós-operatório.(6)
O edema cirúrgico alcança sua expressão máxima
em 48 a 72 horas após o procedimento, começando
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
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3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 TERCEIROS MOLARES
Segundo Hupp et al(2)
os terceiros molares, são os
últimos dentes a erupcionar na cavidade oral, re-
duzindo a possibilidade de encontrar espaço nos
maxilares para irromperem, podendo então ficar
impactados.
Segundo Marzola(9)
a impacção dos terceiros
molares pode aumentar o risco de manifestação
de lesões, como mobilidade dentária, reabsorção
radicular de dentes vizinhos e tumores odontogê-
nicos, em virtude de que, os dentes em questão
estejam aplicando alguma força, coronária e/ou
radicular, sobre os segundos molares, promoven-
do uma reabsorção óssea na crista alveolar tendo
como resultado negativo a mobilidade dentária.
Quanto aos tumores odontogênicos, podem ocor-
rer ao redor da coroa de um dente impactado, nor-
malmente inferior.(10)
O avanço de técnicas radiográficas, como a ra-
diografia panorâmica, tomografia computadoriza-
da e técnicas de localização radiográficas como
Parma e Donovan, permitem a previsão precoce
da retenção destes dentes e sua extração tornou-se
um procedimento comum e rotineiro para o cirur-
gião buco maxilo facial.(11)
Existem fatores como ausência de espaço na ar-
cada dentária, indicação ortodôntica, impacção,
presença de tumores circundando a coroa dos den-
tes em questão e destruição coronária, que levam
à necessidade de exodontia. Para o planejamento
da cirurgia é necessário a identificação do posicio-
namento dentário, previsão de osteotomia e ava-
liação da necessidade ou não de seccionamento
do elemento dentário, visando intervenção menos
traumática e prevenção de acidentes e complica-
ções trans e pós-operatórias como hemorragias,
traumas, comprometimento de estruturas nervo-
sas, fraturas radiculares e ósseas, danos aos dentes
vizinhos, dor, edema e infecção.(3)
No estudo radio-
gráfico as impacções dentárias, são classificadas
a regredir por volta do terceiro dia e tem sua reso-
lução normalmente em um período de 7 dias, afir-
ma Poeschl et al.(7)
O uso de anti-inflamatórios es-
teroidais no pré-operatório reduz significativamente
o edema.(8)
Já a dor pós-operatória atinge seu pico em torno
de 12 horas após o fim da exodontia, diminuindo ra-
pidamente após este período. Em situações de nor-
malidade, o quadro doloroso desaparece em torno
de dois dias após o procedimento cirúrgico.(2)
O objetivo do presente trabalho é verificar quais
classes de medicamentos apresentam melhores re-
sultados pós-operatórios diante dos quadros de dor
e edema em exodontias de terceiros molares.
2 MÉTODOS
Como técnica de seleção dos trabalhos optou-se
por incluir estudos presentes nas bases de dados
Scielo, Lilacs e Pubmed. Os critérios de inclusão
estabelecidos foram: artigos originais disponibili-
zados na íntegra e na forma online no idioma por-
tuguês ou inglês, capítulos de livros e dissertações
ou teses publicadas no período compreendido
entre os anos de 2000 e 2014. Como critérios de
exclusão foram estabelecidos artigos de pesquisa
bibliográfica e de reflexão e artigos repetidos em
diferentes bases de dados.
Após seleção dos artigos relacionados ao tema
proposto, fizemos uma revisão de literatura, com
intuito de comprovarmos os fármacos que surtem
resultados pós-operatórios mais positivos diante
de dor e edema em cirurgias de terceiros molares.
	 Foram selecionados apenas os trabalhos
que continham as seguintes palavras chave, anti-
-inflamatórios, edema, dor e terceiros molares, que
são referentes ao tema “O uso de anti-inflamató-
rios esteroidais e não-esteroidais no controle da
dor e do edema em cirurgia de terceiros molares”.
Após a seleção prévia destes trabalhos, esses fo-
ram reavaliados pelos autores desse estudo, para
seleção final dos mesmos e elaboração da Revisão
de Literatura
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
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segundo a angulação (mesioangular, horizontal,
vertical e distoangular), em relação a borda ante-
rior do ramo mandibular (Classe 1, 2 e 3) e em re-
lação ao plano oclusal (Classe A, B e C), facilitando
o estabelecimento de técnicas e recursos para as
extrações.(11)
O procedimento de exodontia de terceiros mo-
lares frequentemente resulta em dor pós-operató-
ria, edema e limitação da abertura bucal devido ao
trauma cirúrgico, sendo que a cicloxigenase e as
prostaglandinas desempenham função primordial
nesse processo. Uma boa técnica cirúrgica e a ma-
nipulação cuidadosa dos tecidos minimizam a in-
flamação pós-operatória, mas não a previne. Fato-
res tais como idade, gênero, história médica, uso
de métodos anticoncepcionais, presença de peri-
coronarite, má higiene oral, tabagismo, tipo de in-
clusão, duração do procedimento, técnica cirúrgi-
ca, experiência do cirurgião, uso de antibióticos no
perioperatório ou de medicamentos intra-alveola-
res podem influenciar significativamente a dor e a
inflamação desse tipo de intervenção.(12)
3.2 DOR PÓS-OPERATÓRIA
Peixoto et al.(13)
e Teixeira(14)
definem dor como uma
experiência sensorial e emocional desagradável,
sendo considerada apenas como um sintoma,
que irá orientar o diagnóstico das morbidades do
indivíduo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) esca-
lona a dor de forma uni e multidimensional. A es-
cala unidimensional verbal, utiliza expressões para
analisar o nível da dor, sendo elas: nenhuma dor,
dor leve, dor moderada, dor forte e dor insuportá-
vel. Na escala numérica é utilizado uma escala de
0 a 10, sendo zero nenhuma dor e 10 maior dor
possível.(15)
Além da avaliação do nível de dor, estabelecido
pela escala numérica, a OMS também preconiza a
escala de faces, que proporciona uma visão mais
ampla, a partir do momento em que você conse-
gue ver o paciente e estabelecer um grau de dor,
olhando para este e comparando com o que nos foi
proposto. Seguindo isto, temos a face dividida em
cinco categorias de dor: ausência de dor, dor leve,
dor moderada, dor forte e dor insuportável.(15)
Já a escala multidimensional, avalia aspectos
psicofísicos como: aspectos sensoriais, afetivos,
avaliativos e intensidade da dor. Aspectos senso-
riais são propriedades mecânicas, técnicas de vivi-
dez e espaciais de dor; Aspectos afetivos: tensão,
medo e respostas neurodegenerativas; Aspectos
avaliativos: avaliação global da experiência doloro-
sa; Aspectos de intensidade de dor: expressões fa-
ciais como olhos cerrados, sobrancelhas franzidas,
língua tensa e côncava.(15)
De acordo com Wannmacher et al(16)
a caracteri-
zação da dor é importante para a seleção da con-
duta analgésica a ser adotada. Sendo assim, clas-
sifica-se a dor segundo critérios temporais (aguda
e crônica), topográficos (localizada e generalizada,
tegumentar e visceral), fisiopatológica (orgânica e
psicogênica) e de intensidade (leve, moderada e in-
tensa).(17)
A intensidade da dor após a exodontia de ter-
ceiros molares impactados pode ser influenciada
por fatores como, o uso de diferentes sais anesté-
sicos antes do procedimento, sendo que anestési-
cos com uma maior estabilidade em suas ligações
possuem um maior tempo de duração, e a utiliza-
ção de lasers de baixa potência.(18)
Negreiros(19)
e
Aguiar et al,(20)
afirmam que o aumento da dor pós-
-operatória pode também ser em virtude da expan-
são de tecido causado pelo trauma cirúrgico, onde
há uma intensa liberação de mediadores químicos
responsáveis pelo processo inflamatório.
3.3 EDEMA PÓS-OPERATÓRIO
Edema é a expressão de exsudato ou transudação,
e em uma cirurgia, provavelmente ambos os even-
tos ocorrem.(21)
O edema no pós-operatório contribui muito
para o aumento da dor, pois há um crescimento da
tensão nos tecidos, ocorrendo principalmente por
volta do segundo e terceiro dia, após um trauma
cirúrgico.(21)
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
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Os principais fatores que contribuem para o
edema são a duração da cirurgia e a dificuldade ci-
rúrgica, podendo também estar relacionado com o
Existem fatores, que influenciam em uma maior
ou menor prevalência de edema, como sexo, idade,
grau de dificuldade cirúrgica, experiência do cirur-
gião, o tamanho da incisão e a manipulação dos
tecidos.(20)
Para uma melhor avaliação, existem métodos
para medição do edema. Silva,(23)
descreve que um
dos métodos mais utilizados é o de Markovick e
Todorovic, consistindo na mensuração da ponta do
mento até o bordo inferior do lobo auricular, sendo
realizada no pré e pós-operatório para uma poste-
rior comparação.
3.4 CORTICOSTEROIDES NO CONTROLE
DA DOR E EDEMA
Drogas anti-inflamatórias esteroidais são capazes
de reduzir a dor e o edema pós-operatório depois
da exodontia de terceiros molares impactados. O
tratamento cirúrgico induz a uma complexa inte-
ração entre a inflamação local e respostas neuro-
-hormonais em nível microscópico manifestando
os cinco sinais cardinais da inflamação: calor, ru-
bor, edema, dor e perda de função.(24)
Peixoto et al(13)
e Simone et al(25)
afirmam que
corticosteroides previnem hiperalgesia através da
inibição da fosfolipase A2 e inibem a liberação da
grau de impacção. Diante da classificação de Pell e
Gregory, os molares na posição III e C, apresentam
um aumento na dificuldade cirúrgica e por isso um
edema mais prevalente.(20)
Figura 1 - Classificação da posição dos terceiros molares segundo Pell e Gregory(22)
Fonte: Adaptada de Pell e Gregory.
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
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cicloxigenase. Os mesmos atuam inibindo rea-
ções em cadeia que degradam os fosfolipídios
das membranas celulares lesionadas responsáveis
pela resposta inflamatória, portanto quanto menor
a concentração destes mediadores nos tecidos,
mais fraca é a resposta inflamatória. Desse modo,
corticosteroides tornam-se a droga de opção mais
aceita, usada tanto antes quanto após o procedi-
mento cirúrgico de remoção de terceiros mola-
res.(25)
Murugesan et al(26)
perceberam ainda que,
os corticosteroides afetam o movimento, ativação
e função dos leucócitos e previnem a síntese de
prostaglandinas por inibição da cascata do ácido
araquidônico.
Em um estudo comparativo feito por Muruge-
san et al,(26)
entre corticoides (dexametasona) e en-
zimas (serratiopeptidase), o anti-inflamatório es-
teroidal apresentou resultado mais favorável em
relação à enzima no controle da dor e do edema
pós-operatório.
Segundo Simone et al(25)
quando o efeito analgé-
sico preemptivo de corticosteroides e Anti-Inflama-
tórios Não Esteroides (AINEs) são comparados
através de escalas médias de dor durante as primei-
ras 72 horas, observa-se que o grupo tratado com
corticoides apresenta baixos valores na escala ana-
lógica de dor, enquanto o grupo tratado com AINEs
e placebo obtiveram altos valores na escala visual
analógica. Resultados mostraram que os corticoste-
roides são mais eficazes no controle da dor.
O melhor desempenho do corticosteroide com-
parado com o AINEs pode ser atribuído ao meca-
nismo de ação desta droga. Sua provável ação está
na microvascularização e no efeito celular, impe-
dindo também a degola endotelial de leucócitos e
diapedese através da parede capilar.(27)
Em um estudo realizado por Leone et al(27)
com-
parando o efeito do corticosteroide (metilpred-
nisolona) com o anti-inflamatório não esteroidal
(cetoprofeno) para alívio da dor, pôde notar que
não houve diferenças significativas no alivio da
dor após exodontia de terceiros molares. Entretan-
to, utilizando o corticosteroide como medicação
preemptiva nota-se a inibição na liberação de me-
diadores químicos (bradicininas e outros) que mi-
nimizam a sensação dolorosa pós-operatória.
Quanto à redução do edema, Kocer et al(28)
rela-
tam a administração de injeção de dexametasona
no músculo masseter obtendo um resultado satis-
fatório se comparado a outras vias de administra-
ção do fármaco, como por exemplo a via oral. Essa
redução se dá em virtude do processo farmacodi-
nâmico, onde na administração enteral o fármaco
necessita passar por todo o trato gastrointestinal,
em contrapartida, na via parenteral há a deposição
do medicamento diretamente no local da inflama-
ção.(29)
3.5 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO
ESTEROIDAIS NO CONTROLE DA DOR
E DO EDEMA
A classe de fármacos denominados Anti-Inflama-
tórios Não Esteroides (AINEs) inclui diversos áci-
dos orgânicos independentes, que compartilham
propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e an-
tipiréticas, sendo utilizados no tratamento da dor
branda a moderada.(17)
Os AINEs inibem as cicloxigenase 1 (COX 1) e a
cicloxigenase 2 (COX 2), isoenzimas da cicloxige-
nase, que assim agem como inibidores diretos da
síntese de prostaglandina e tromboxano a partir do
ácido araquidônico. COX 1 é a forma constitutiva
da COX, encontrada em plaquetas, células endo-
teliais vasculares, estômago e rins, estando envol-
vida na proteção da parede do estômago (prosta-
glandina E2), agregação plaquetária (tromboxano
A2) e função renal (prostaglandina I2).(30)
COX 2 é
a forma induzida na presença de inflamação, mas
pode também ser encontrada em tecidos cerebrais
e renais, na ausência de inflamação. Os AINES in-
dividuais inibem a COX1 e COX2 em graus varia-
dos e, portanto, quando utilizados em doses equi-
valentes, os perfis de segurança destes fármacos
variam individualmente, mas há pouca diferença
de um para outro em termos de eficácia.(29)
Devido
ao processo inflamatório, células de defesa são ati-
vadas e sinalizam moléculas das células do ácido
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
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araquidônico. Durante esta ativação, os metabó-
litos do ácido araquidônico, prostaglandina I2 e
prostaglandina E2 causam vasodilatação, e espe-
cificamente a PGE2, aumenta a sensibilidade para
estímulos de dor podendo mediar a febre e poten-
cializar o edema.(30)
AINEs administrados no pré-operatório previnem
sensibilização periférica com diminuição na sensi-
bilidade de nociceptores periféricos induzidos por
mediadores inflamatórios, tal como prostaglandi-
nas, liberados no local da injúria.(30)
Em um estudo
duplo-cego cruzado realizado por Calvo et al(30)
em
que foram feitas exodontias de terceiros molares in-
feriores bilateralmente medicando os pacientes no
pós-operatório com AINEs inibidores seletivos da
COX-2 (etoricoxib 120mg) e AINEs convencionais
(Ibuprofeno 600mg), os resultados não apresenta-
ram diferenças em relação ao controle da dor pós-
-operatória.(28)
Após a remoção cirúrgica de terceiros molares,
o curso pós-operatório é caracterizado por dor e
edema afetando vários graus na qualidade de vida
do paciente. “Esta lesão de tecidos provoca a libe-
ração da ciclooxigense-2, que induz a atividade de
prostaglandinas que sensibilizam nociceptores pe-
riféricos e induzem sintomas da inflamação”.(30)
4 DISCUSSÃO
O uso de anti-inflamatórios não esteroidais inibem
as cicloxigenases, impedindo a liberação de prosta-
glandinas com isso o quadro inflamatório no local
da injúria tecidual se faz de maneira mais branda.
Os corticosteroides promovem a inibição da fosfo-
lipase A2 impedindo a liberação do ácido araqui-
dônico seguido de seus metabólitos (prostaglandi-
nas, prostaciclinas e tromboxano).(25)
Silva(15)
descreveu maneiras para diminuir os si-
nais e sintomas pós-operatórios, utilizando os cor-
ticoides, que reduzem de maneira considerável o
edema, melhorando desse modo, o nível de satis-
fação e conforto do paciente. Já os AINEs em dosa-
gens recomendadas, mostram efeitos similares no
controle de edema e abertura bucal.
Saar et al,(24)
Murugesan et al(26)
relatam que o
uso de corticosteroides em exodontias de tercei-
ros molares apresentam uma diferença significan-
te na melhora da dor e do edema nos três primei-
ros dias. Após este período, o quadro de melhora é
equivalente, ou seja, tanto com AINEs quanto com
o próprio anti-inflamatório esteroidal.
Menezes e Cury(31)
mostraram que o uso de AI-
NEs, preferencialmente meloxican e nimesulida,
apresentam um controle na dor e no edema pós-
-operatório. Estes sintomas também podem ser
amenizados pela administração de ibuprofeno.(31)
Quanto ao efeito analgésico preemptivo de cor-
ticoides e AINEs a comparação é feita por meio de
escalas médias de dor durante as primeiras 72 ho-
ras, observando que o grupo tratado com corticoi-
des apresentou baixos valores na escala analógica
de dor, enquanto o grupo tratado com AINEs e pla-
cebo obtiveram altos valores. Resultados mostra-
ram que o corticoide é mais eficaz no controle da
dor. O melhor desempenho do corticoide compa-
rado com o AINEs pode ser atribuído ao mecanis-
mo de ação desta droga.(31)
Diversos cirurgiões buco maxilo faciais fazem o
uso de medicação preemptiva em cirurgias de ter-
ceiros molares na tentativa de minimizar principal-
mente o edema. Simone et al(25)
e Leone,(27)
com-
pararam o efeito pré-operatório da administração
das classes de antiinflamatórios, confirmando que
o corticosteroide se comparado ao AINEs mostra
uma melhora na redução do quadro de edema.
Associações de fármacos também são bastante
utilizadas (corticosteroides + AINEs, corticoste-
roides + analgésicos de ação periférica, corticos-
teroides + analgésicos de ação central). Kocer et
al(28)
defendem a associação de fármacos, relatan-
do que há uma melhora significativa se compara-
do à administração dos fármacos isoladamente.
Na vivência clínica do cirurgião buco maxilo fa-
cial tanto AINEs quanto corticoides são administra-
dos rotineiramente, entretanto existem algumas li-
mitações quanto ao uso de anti-inflamatórios não
esteroidais, por exemplo em pacientes renais crô-
nicos e com problemas gástricos, sendo necessário
· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
38
a prescrição de corticosteroides, mesmo que estes
não sejam a primeira opção.(16)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a literatura consultada foi possí-
vel constatar que o uso de corticoides se faz mais
acentuadamente como medicação preemptiva na
tentativa de reduzir o quadro de edema em exo-
dontias de terceiros molares. Em relação ao uso de
AINEs, há uma maior prevalência de sua prescri-
ção no pós-operatório para promover uma modu-
lação da sensação dolorosa.
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· Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 ·
39
19.	 Negreiros RM. Cirurgia de terceiros molares:
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São Paulo: Universidade de São Paulo; 2010.
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25.	 Simone JL, Jorge WA, Horliana ACRT, Canaval
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maxillofac. surg. 2014;43:639-643.
29.	 Trindade PAK, Fernando PM, et al. Sublingual
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radiol. endod. 2012;114(1):27-34.
30.	Calvo AM et al. Comparasion of the efficacy
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odontol. Univ. São Paulo. 2006;18(1): 29-36.
31.	 Menezes SAF; Cury PR. Efficacy of nimeluside
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Uso de aines e aies cirurgia iii molares

  • 1. REVISÕES DE LITERATURA O USO DE ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS E NÃO ESTERIODAIS NO CONTROLE DA DOR E DO EDEMA EM CIRURGIA DE TERCEIROS MOLARES Ricardo Natã Fonseca Silva*, Lúcia Coelho Garcia Pereira** Autor correspondente: Ricardo Natã Fonseca Silva - ricardoodonto51@hotmail.com * Mestrando em Patologia pela Universidade Federal de Goiás. Cirurgião Dentista - Centro Universitário de Anápolis ** Doutora em Dentística - Faculdade de Odontologia de Bauru/Universidade de São Paulo. Professora do Centro Universitário de Anápolis Resumo Introdução: Terceiros molares são os últimos dentes a irromperem na cavidade oral, e em alguns casos sofrem agenesia, impacção ou permanecem inclusos. Durante a cirurgia de remoção, ocorrem injúrias aos tecidos orais, provocando sintomatologia dolorosa e edema. Para o combate destes, faz- -se necessária a utilização de fármacos que controlam a inflamação, como os anti-inflamatórios não- -esteroidais (AINES) e corticosteróides. Para se obter um melhor resultado, a combinação de AINES e anti-inflamatórios esteroidais pode ser utilizada em pacientes, tanto como medicação preemptiva, como pós-operatória. Objetivo: realizar uma revisão da literatura com o intuito de verificar quais clas- ses de medicamentos apresentam melhores resultados pós-operatórios diante dos quadros de dor e edema em exodontias de terceiros molares. Materiais e métodos: Como técnica para a seleção dos trabalhos optou-se por incluir estudos presentes nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed publica- dos entre os anos de 2000 a 2014. Considerações Finais: O uso de corticostróides se faz de maneira preemptiva com o objetivo de reduzir o quadro de edema, enquanto os AINES tem maior utilização no pós-operatório, na tentativa de amenizar a sensação dolorosa. Palavras-chaves: Terceiros molares; Dor; Edema. • Artigo submetido para avaliação em 13/12/2015 e aceito para publicação em 17/02/2016 • DOI: 2238-2720revbahianaodonto.v7i1.769
  • 2. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 32 PAIN AND SWELLING CONTROL THROUGH NON- STEROIDAL ANTI-INFLAMMATORY DRUGS (NSAIDS) AND CORTICOSTEROIDS IN THIRD MOLARS SURGICAL EXTRACTION Abstracts Introduction: Third molars are the last teeth to erupt through the oral cavity and in some cases they are congenitally missing, display impaction or remain included. There are many reasons for their removal: decay, lack of space in the dental arch or problems during its eruption. During surgical extraction, oral tissues may be injured, which causes painful symptoms and edema. To combat these surgical complications, it is necessary the use of drugs that fight inflammation, non-steroidal anti-inflammatory drug (NSAIDs) and corticosteroids. To obtain best results, the combination of NSAIDs and steroidal anti-inflammatory drugs are used in patients, either as preemptive medication and as postoperative medication. Objective: Performing a literature review in order to determine which drug classes have better postoperative outcomes for pain and swelling in of third molars extraction. Materials and methods: Studies present in SciELO, Lilacs and Pubmed databases published between 2000-2014 were included. Final considerations: Corticosteroids are used preemptively in order to reduce swelling frame, while NSAIDs have greater use in the postoperative period, in an attempt to reduce the pain.  Keywords: Third molars; Pain; Swelling. 1 INTRODUÇÃO Quando os terceiros molares irrompem na cavida- de oral, podem ou não erupcionar em alinhamento correto e funcional.(1) Isso se deve ao fato de os ter- ceiros molares serem os últimos dentes a comple- tarem sua formação e cronologicamente serem os últimos a irromperem, ficando susceptíveis à fal- ta de espaço no arco dentário ou não conseguem romper o denso revestimento ósseo, ou o tecido mole sobreposto.(2) Chaves Júnior et al.(1) afirmam que, quando in- clusos, são potencialmente capazes de causar transtornos e prejuízos à saúde bucal do indivíduo, como doença periodontal, pericoronarite, reabsor- ção radicular dos dentes adjacentes e desenvol- vimento de cistos e tumores, sendo a exodontia indicada. A idade recomendada para exodontia de tercei- ros molares com menores índices de complicações e um melhor prognóstico é entre 17 e 18 anos.(3) As complicações mais comuns das exodontias são: infecção, alveolite, disestesia, parestesia, he- morragia, dor e trismo.(3) Quanto aos acidentes transoperatórios mais frequentes são apontadas a fratura dento alveolar, injúria ao dente vizinho, fra- tura da mandíbula, dano a ATM, hemorragias, le- sões nervosas, comunicação buco sinusal e lesões aos tecidos moles.(4,5) O uso de analgésicos e anti-inflamatórios não es- teroidais, analgésicos de ação central e esteroides têm sido empregado para o controle da dor e ede- ma no pós-operatório.(6) O edema cirúrgico alcança sua expressão máxima em 48 a 72 horas após o procedimento, começando
  • 3. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 33 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 TERCEIROS MOLARES Segundo Hupp et al(2) os terceiros molares, são os últimos dentes a erupcionar na cavidade oral, re- duzindo a possibilidade de encontrar espaço nos maxilares para irromperem, podendo então ficar impactados. Segundo Marzola(9) a impacção dos terceiros molares pode aumentar o risco de manifestação de lesões, como mobilidade dentária, reabsorção radicular de dentes vizinhos e tumores odontogê- nicos, em virtude de que, os dentes em questão estejam aplicando alguma força, coronária e/ou radicular, sobre os segundos molares, promoven- do uma reabsorção óssea na crista alveolar tendo como resultado negativo a mobilidade dentária. Quanto aos tumores odontogênicos, podem ocor- rer ao redor da coroa de um dente impactado, nor- malmente inferior.(10) O avanço de técnicas radiográficas, como a ra- diografia panorâmica, tomografia computadoriza- da e técnicas de localização radiográficas como Parma e Donovan, permitem a previsão precoce da retenção destes dentes e sua extração tornou-se um procedimento comum e rotineiro para o cirur- gião buco maxilo facial.(11) Existem fatores como ausência de espaço na ar- cada dentária, indicação ortodôntica, impacção, presença de tumores circundando a coroa dos den- tes em questão e destruição coronária, que levam à necessidade de exodontia. Para o planejamento da cirurgia é necessário a identificação do posicio- namento dentário, previsão de osteotomia e ava- liação da necessidade ou não de seccionamento do elemento dentário, visando intervenção menos traumática e prevenção de acidentes e complica- ções trans e pós-operatórias como hemorragias, traumas, comprometimento de estruturas nervo- sas, fraturas radiculares e ósseas, danos aos dentes vizinhos, dor, edema e infecção.(3) No estudo radio- gráfico as impacções dentárias, são classificadas a regredir por volta do terceiro dia e tem sua reso- lução normalmente em um período de 7 dias, afir- ma Poeschl et al.(7) O uso de anti-inflamatórios es- teroidais no pré-operatório reduz significativamente o edema.(8) Já a dor pós-operatória atinge seu pico em torno de 12 horas após o fim da exodontia, diminuindo ra- pidamente após este período. Em situações de nor- malidade, o quadro doloroso desaparece em torno de dois dias após o procedimento cirúrgico.(2) O objetivo do presente trabalho é verificar quais classes de medicamentos apresentam melhores re- sultados pós-operatórios diante dos quadros de dor e edema em exodontias de terceiros molares. 2 MÉTODOS Como técnica de seleção dos trabalhos optou-se por incluir estudos presentes nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: artigos originais disponibili- zados na íntegra e na forma online no idioma por- tuguês ou inglês, capítulos de livros e dissertações ou teses publicadas no período compreendido entre os anos de 2000 e 2014. Como critérios de exclusão foram estabelecidos artigos de pesquisa bibliográfica e de reflexão e artigos repetidos em diferentes bases de dados. Após seleção dos artigos relacionados ao tema proposto, fizemos uma revisão de literatura, com intuito de comprovarmos os fármacos que surtem resultados pós-operatórios mais positivos diante de dor e edema em cirurgias de terceiros molares. Foram selecionados apenas os trabalhos que continham as seguintes palavras chave, anti- -inflamatórios, edema, dor e terceiros molares, que são referentes ao tema “O uso de anti-inflamató- rios esteroidais e não-esteroidais no controle da dor e do edema em cirurgia de terceiros molares”. Após a seleção prévia destes trabalhos, esses fo- ram reavaliados pelos autores desse estudo, para seleção final dos mesmos e elaboração da Revisão de Literatura
  • 4. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 34 segundo a angulação (mesioangular, horizontal, vertical e distoangular), em relação a borda ante- rior do ramo mandibular (Classe 1, 2 e 3) e em re- lação ao plano oclusal (Classe A, B e C), facilitando o estabelecimento de técnicas e recursos para as extrações.(11) O procedimento de exodontia de terceiros mo- lares frequentemente resulta em dor pós-operató- ria, edema e limitação da abertura bucal devido ao trauma cirúrgico, sendo que a cicloxigenase e as prostaglandinas desempenham função primordial nesse processo. Uma boa técnica cirúrgica e a ma- nipulação cuidadosa dos tecidos minimizam a in- flamação pós-operatória, mas não a previne. Fato- res tais como idade, gênero, história médica, uso de métodos anticoncepcionais, presença de peri- coronarite, má higiene oral, tabagismo, tipo de in- clusão, duração do procedimento, técnica cirúrgi- ca, experiência do cirurgião, uso de antibióticos no perioperatório ou de medicamentos intra-alveola- res podem influenciar significativamente a dor e a inflamação desse tipo de intervenção.(12) 3.2 DOR PÓS-OPERATÓRIA Peixoto et al.(13) e Teixeira(14) definem dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável, sendo considerada apenas como um sintoma, que irá orientar o diagnóstico das morbidades do indivíduo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) esca- lona a dor de forma uni e multidimensional. A es- cala unidimensional verbal, utiliza expressões para analisar o nível da dor, sendo elas: nenhuma dor, dor leve, dor moderada, dor forte e dor insuportá- vel. Na escala numérica é utilizado uma escala de 0 a 10, sendo zero nenhuma dor e 10 maior dor possível.(15) Além da avaliação do nível de dor, estabelecido pela escala numérica, a OMS também preconiza a escala de faces, que proporciona uma visão mais ampla, a partir do momento em que você conse- gue ver o paciente e estabelecer um grau de dor, olhando para este e comparando com o que nos foi proposto. Seguindo isto, temos a face dividida em cinco categorias de dor: ausência de dor, dor leve, dor moderada, dor forte e dor insuportável.(15) Já a escala multidimensional, avalia aspectos psicofísicos como: aspectos sensoriais, afetivos, avaliativos e intensidade da dor. Aspectos senso- riais são propriedades mecânicas, técnicas de vivi- dez e espaciais de dor; Aspectos afetivos: tensão, medo e respostas neurodegenerativas; Aspectos avaliativos: avaliação global da experiência doloro- sa; Aspectos de intensidade de dor: expressões fa- ciais como olhos cerrados, sobrancelhas franzidas, língua tensa e côncava.(15) De acordo com Wannmacher et al(16) a caracteri- zação da dor é importante para a seleção da con- duta analgésica a ser adotada. Sendo assim, clas- sifica-se a dor segundo critérios temporais (aguda e crônica), topográficos (localizada e generalizada, tegumentar e visceral), fisiopatológica (orgânica e psicogênica) e de intensidade (leve, moderada e in- tensa).(17) A intensidade da dor após a exodontia de ter- ceiros molares impactados pode ser influenciada por fatores como, o uso de diferentes sais anesté- sicos antes do procedimento, sendo que anestési- cos com uma maior estabilidade em suas ligações possuem um maior tempo de duração, e a utiliza- ção de lasers de baixa potência.(18) Negreiros(19) e Aguiar et al,(20) afirmam que o aumento da dor pós- -operatória pode também ser em virtude da expan- são de tecido causado pelo trauma cirúrgico, onde há uma intensa liberação de mediadores químicos responsáveis pelo processo inflamatório. 3.3 EDEMA PÓS-OPERATÓRIO Edema é a expressão de exsudato ou transudação, e em uma cirurgia, provavelmente ambos os even- tos ocorrem.(21) O edema no pós-operatório contribui muito para o aumento da dor, pois há um crescimento da tensão nos tecidos, ocorrendo principalmente por volta do segundo e terceiro dia, após um trauma cirúrgico.(21)
  • 5. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 35 Os principais fatores que contribuem para o edema são a duração da cirurgia e a dificuldade ci- rúrgica, podendo também estar relacionado com o Existem fatores, que influenciam em uma maior ou menor prevalência de edema, como sexo, idade, grau de dificuldade cirúrgica, experiência do cirur- gião, o tamanho da incisão e a manipulação dos tecidos.(20) Para uma melhor avaliação, existem métodos para medição do edema. Silva,(23) descreve que um dos métodos mais utilizados é o de Markovick e Todorovic, consistindo na mensuração da ponta do mento até o bordo inferior do lobo auricular, sendo realizada no pré e pós-operatório para uma poste- rior comparação. 3.4 CORTICOSTEROIDES NO CONTROLE DA DOR E EDEMA Drogas anti-inflamatórias esteroidais são capazes de reduzir a dor e o edema pós-operatório depois da exodontia de terceiros molares impactados. O tratamento cirúrgico induz a uma complexa inte- ração entre a inflamação local e respostas neuro- -hormonais em nível microscópico manifestando os cinco sinais cardinais da inflamação: calor, ru- bor, edema, dor e perda de função.(24) Peixoto et al(13) e Simone et al(25) afirmam que corticosteroides previnem hiperalgesia através da inibição da fosfolipase A2 e inibem a liberação da grau de impacção. Diante da classificação de Pell e Gregory, os molares na posição III e C, apresentam um aumento na dificuldade cirúrgica e por isso um edema mais prevalente.(20) Figura 1 - Classificação da posição dos terceiros molares segundo Pell e Gregory(22) Fonte: Adaptada de Pell e Gregory.
  • 6. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 36 cicloxigenase. Os mesmos atuam inibindo rea- ções em cadeia que degradam os fosfolipídios das membranas celulares lesionadas responsáveis pela resposta inflamatória, portanto quanto menor a concentração destes mediadores nos tecidos, mais fraca é a resposta inflamatória. Desse modo, corticosteroides tornam-se a droga de opção mais aceita, usada tanto antes quanto após o procedi- mento cirúrgico de remoção de terceiros mola- res.(25) Murugesan et al(26) perceberam ainda que, os corticosteroides afetam o movimento, ativação e função dos leucócitos e previnem a síntese de prostaglandinas por inibição da cascata do ácido araquidônico. Em um estudo comparativo feito por Muruge- san et al,(26) entre corticoides (dexametasona) e en- zimas (serratiopeptidase), o anti-inflamatório es- teroidal apresentou resultado mais favorável em relação à enzima no controle da dor e do edema pós-operatório. Segundo Simone et al(25) quando o efeito analgé- sico preemptivo de corticosteroides e Anti-Inflama- tórios Não Esteroides (AINEs) são comparados através de escalas médias de dor durante as primei- ras 72 horas, observa-se que o grupo tratado com corticoides apresenta baixos valores na escala ana- lógica de dor, enquanto o grupo tratado com AINEs e placebo obtiveram altos valores na escala visual analógica. Resultados mostraram que os corticoste- roides são mais eficazes no controle da dor. O melhor desempenho do corticosteroide com- parado com o AINEs pode ser atribuído ao meca- nismo de ação desta droga. Sua provável ação está na microvascularização e no efeito celular, impe- dindo também a degola endotelial de leucócitos e diapedese através da parede capilar.(27) Em um estudo realizado por Leone et al(27) com- parando o efeito do corticosteroide (metilpred- nisolona) com o anti-inflamatório não esteroidal (cetoprofeno) para alívio da dor, pôde notar que não houve diferenças significativas no alivio da dor após exodontia de terceiros molares. Entretan- to, utilizando o corticosteroide como medicação preemptiva nota-se a inibição na liberação de me- diadores químicos (bradicininas e outros) que mi- nimizam a sensação dolorosa pós-operatória. Quanto à redução do edema, Kocer et al(28) rela- tam a administração de injeção de dexametasona no músculo masseter obtendo um resultado satis- fatório se comparado a outras vias de administra- ção do fármaco, como por exemplo a via oral. Essa redução se dá em virtude do processo farmacodi- nâmico, onde na administração enteral o fármaco necessita passar por todo o trato gastrointestinal, em contrapartida, na via parenteral há a deposição do medicamento diretamente no local da inflama- ção.(29) 3.5 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS NO CONTROLE DA DOR E DO EDEMA A classe de fármacos denominados Anti-Inflama- tórios Não Esteroides (AINEs) inclui diversos áci- dos orgânicos independentes, que compartilham propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e an- tipiréticas, sendo utilizados no tratamento da dor branda a moderada.(17) Os AINEs inibem as cicloxigenase 1 (COX 1) e a cicloxigenase 2 (COX 2), isoenzimas da cicloxige- nase, que assim agem como inibidores diretos da síntese de prostaglandina e tromboxano a partir do ácido araquidônico. COX 1 é a forma constitutiva da COX, encontrada em plaquetas, células endo- teliais vasculares, estômago e rins, estando envol- vida na proteção da parede do estômago (prosta- glandina E2), agregação plaquetária (tromboxano A2) e função renal (prostaglandina I2).(30) COX 2 é a forma induzida na presença de inflamação, mas pode também ser encontrada em tecidos cerebrais e renais, na ausência de inflamação. Os AINES in- dividuais inibem a COX1 e COX2 em graus varia- dos e, portanto, quando utilizados em doses equi- valentes, os perfis de segurança destes fármacos variam individualmente, mas há pouca diferença de um para outro em termos de eficácia.(29) Devido ao processo inflamatório, células de defesa são ati- vadas e sinalizam moléculas das células do ácido
  • 7. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 37 araquidônico. Durante esta ativação, os metabó- litos do ácido araquidônico, prostaglandina I2 e prostaglandina E2 causam vasodilatação, e espe- cificamente a PGE2, aumenta a sensibilidade para estímulos de dor podendo mediar a febre e poten- cializar o edema.(30) AINEs administrados no pré-operatório previnem sensibilização periférica com diminuição na sensi- bilidade de nociceptores periféricos induzidos por mediadores inflamatórios, tal como prostaglandi- nas, liberados no local da injúria.(30) Em um estudo duplo-cego cruzado realizado por Calvo et al(30) em que foram feitas exodontias de terceiros molares in- feriores bilateralmente medicando os pacientes no pós-operatório com AINEs inibidores seletivos da COX-2 (etoricoxib 120mg) e AINEs convencionais (Ibuprofeno 600mg), os resultados não apresenta- ram diferenças em relação ao controle da dor pós- -operatória.(28) Após a remoção cirúrgica de terceiros molares, o curso pós-operatório é caracterizado por dor e edema afetando vários graus na qualidade de vida do paciente. “Esta lesão de tecidos provoca a libe- ração da ciclooxigense-2, que induz a atividade de prostaglandinas que sensibilizam nociceptores pe- riféricos e induzem sintomas da inflamação”.(30) 4 DISCUSSÃO O uso de anti-inflamatórios não esteroidais inibem as cicloxigenases, impedindo a liberação de prosta- glandinas com isso o quadro inflamatório no local da injúria tecidual se faz de maneira mais branda. Os corticosteroides promovem a inibição da fosfo- lipase A2 impedindo a liberação do ácido araqui- dônico seguido de seus metabólitos (prostaglandi- nas, prostaciclinas e tromboxano).(25) Silva(15) descreveu maneiras para diminuir os si- nais e sintomas pós-operatórios, utilizando os cor- ticoides, que reduzem de maneira considerável o edema, melhorando desse modo, o nível de satis- fação e conforto do paciente. Já os AINEs em dosa- gens recomendadas, mostram efeitos similares no controle de edema e abertura bucal. Saar et al,(24) Murugesan et al(26) relatam que o uso de corticosteroides em exodontias de tercei- ros molares apresentam uma diferença significan- te na melhora da dor e do edema nos três primei- ros dias. Após este período, o quadro de melhora é equivalente, ou seja, tanto com AINEs quanto com o próprio anti-inflamatório esteroidal. Menezes e Cury(31) mostraram que o uso de AI- NEs, preferencialmente meloxican e nimesulida, apresentam um controle na dor e no edema pós- -operatório. Estes sintomas também podem ser amenizados pela administração de ibuprofeno.(31) Quanto ao efeito analgésico preemptivo de cor- ticoides e AINEs a comparação é feita por meio de escalas médias de dor durante as primeiras 72 ho- ras, observando que o grupo tratado com corticoi- des apresentou baixos valores na escala analógica de dor, enquanto o grupo tratado com AINEs e pla- cebo obtiveram altos valores. Resultados mostra- ram que o corticoide é mais eficaz no controle da dor. O melhor desempenho do corticoide compa- rado com o AINEs pode ser atribuído ao mecanis- mo de ação desta droga.(31) Diversos cirurgiões buco maxilo faciais fazem o uso de medicação preemptiva em cirurgias de ter- ceiros molares na tentativa de minimizar principal- mente o edema. Simone et al(25) e Leone,(27) com- pararam o efeito pré-operatório da administração das classes de antiinflamatórios, confirmando que o corticosteroide se comparado ao AINEs mostra uma melhora na redução do quadro de edema. Associações de fármacos também são bastante utilizadas (corticosteroides + AINEs, corticoste- roides + analgésicos de ação periférica, corticos- teroides + analgésicos de ação central). Kocer et al(28) defendem a associação de fármacos, relatan- do que há uma melhora significativa se compara- do à administração dos fármacos isoladamente. Na vivência clínica do cirurgião buco maxilo fa- cial tanto AINEs quanto corticoides são administra- dos rotineiramente, entretanto existem algumas li- mitações quanto ao uso de anti-inflamatórios não esteroidais, por exemplo em pacientes renais crô- nicos e com problemas gástricos, sendo necessário
  • 8. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 38 a prescrição de corticosteroides, mesmo que estes não sejam a primeira opção.(16) 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com a literatura consultada foi possí- vel constatar que o uso de corticoides se faz mais acentuadamente como medicação preemptiva na tentativa de reduzir o quadro de edema em exo- dontias de terceiros molares. Em relação ao uso de AINEs, há uma maior prevalência de sua prescri- ção no pós-operatório para promover uma modu- lação da sensação dolorosa. REFERÊNCIAS 1. Chaves Junior AC, Pereira ACL, Fronza BR, Oliveira HTR, Chagas OL, Silva TSN. Técnica cirúrgica para a remoção de terceiros molares inferiores e a classificação de Pell – Gregory: um estudo relacional. Rev. cir. traumatol. buco- maxilo-fac. 2006;6(4):65-72. 2. Hupp JR. Princípio do tratamento de dentes impactados. In: Hupp JR, III EE, Tucker MR. Cirurgia oral e maxillofacial contemporãnea. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009. p. 160-164. 3. Sato FR, Aspirino L, de Araújo DE, Moraes M. Short-term outcome of postoperative patient recovery perception after surgical removal of third molar. J. oral maxilofac. surg. 2009;67(5):1083-1091. 4. Mercier P, Precious D. Risks and benefits of removal of impacted third molars. A critical review of the literature. Int. j. oral maxilofac. surg. 1992;21(1):17-21. 5. Negreiros RM, Milani BS, Bauer HC. Acidentes nas exodontias de terceiros molares. In: Callegari A, Marcelo MCS, Bombana AC, coordenadores. Atualização clínica em odontológica: clínica do dia-a-dia. São Paulo: Aretes Médicas; 2008. p. 370-383. 6. Taube S, Pironen I, Yliparavalniemi P. Helium- neon laser therapy in the prevention of postoperative swelling and pain after wisdom tooth extraction. Proc. finn. dent. soc. 1990; 86(1):23-7. 7. Poeschl PW, Eckel D, Poeschl E. Postoperative prophylactic antibiotic treatment in the third molar surgery – a necessity? J. oral maxilofac. surg. 2004;62:3-8. 8. Esen E, Tassar F, Akhan O. Determination of the anti-inflammatory effects of methylprednisolone on the sequelae of third molar surgery. J. oral maxilofac. surg. 1999; 57(10):1201-1206. 9. Marzola C. Técnica exodôntica. 3ª Ed. São Paulo: Pancast; 2000. 10. Waldron CA. Cistos e tumores odontogênicos. In: Neville BW, Damm DD, et al. Patologia oral e maxillofacial. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009. p. 684-688. 11. Frederiksen NL. Técnicas especiais de imagem. In: White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral (Fundamentos e Interpretação). 5ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007. p. 247-64. 12. Bouloux GF, Steed MB, Perciaccante VJ. Complications of third molar surgery. Oral maxillofac. surg. clin. North Am. 2007;19(1):117- 128. 13. Peixoto et al. Controle da dor pós-operatória em cirurgia oral: revisão da literatura. Rev. bras. ciênc. saúde. 2011;15(4):465-70. 14. Teixeira MJ. Fisiopatologia da Nocicepção e da supressão da dor. Jornal brasileiro de oclusão, ATM e dor orofacial. 2001;1(4):329-334. 15. Silva JA, Ribeiro-Filho NP. A dor como um problema psicofísico. Rev. dor. 2011; 12(2): 138- 151. 16. Wannmacher L, Ferreira MBC. Princípios gerais do correto tratamento da dor. In: Wannmacher L, Ferreira MBC. Farmacologia clínica para dentistas. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara; 2007. p. 99-103. 17. Ministério da Saúde (BR). Cuidados paliativos oncológicos – controle da dor. Rio de Janeiro: INCA; 2002. p. 328:13-117. (Manuais técnicos). 18. Bottega FH, Fontana RT. A dor como quinto sinal vital: utilização da escala de avaliação por enfermeiros de um hospital geral. Texto & contexto enferm. 2010;19(2):283-290.
  • 9. · Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):31-39 · 39 19. Negreiros RM. Cirurgia de terceiros molares: avaliação da dor, edema, qualidade de vida e variações conforme posição dental [mestrado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2010. 20. Aguiar ASW, Oliveira ACX, Martins PC, Freire ROM. Avaliação do grau de abertura bucal e dor pós-operatória após a remoção de terceiros molares inferiores retidos. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. 2005;5(3):57-64. 21. Sortino F, Cicciù M. Strategies used to inhibit postoperative swelling following removal of impacted lower third molar. Dent. res. j. 2011;8(4):162-170. 22. Pell GJ, Gregory BT. Impacted mandibular third molars classification and modified technique for removal. Dental dig. 1933;39:330-8. 23. Silva JCL. Avaliação de dois protocolos em exodontias de terceiros molares inferiores retidos [mestrado]. Piracicaba: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba; 2011. 24. Saar JT, Leibur E, Tamme TO. Efeito da prednisolona na redução de reclamações depois da remoção cirúgica de terceiros molares impactados. Stomatologija. 2010;12:17-22. 25. Simone JL, Jorge WA, Horliana ACRT, Canaval TG, Tortamano IP. Comparative analysis of preemptive analgesic effect of dexamethasone and diclofenac following third molar surgery. Braz. oral res. 2013;27(3):266-71. 26. Murugesan; et al. Comparassion of the roles serratiopeptidase and dexametasone in the control of inflammation and trismus following impacted third molars surgery. Indian j. dent. res. 2012;23(6):709-716. 27. Leone M, Richard O, Antonini F, Rousseau S, Chabaane W, Guyot L, Martin C. Comparasion of methylprednisolone and ketoprofen after multiple third molar extraction: a randomized controlled study. Oral surg. oral med. oral pathol. oral radiol. endod. 2007; 103(1):7-9. 28. Koccer G, Yuce E, Tuzuner Oncul A, Dereci O, Koskan O. Effect of the route of administration of methylprednisolone on edema and trismus in impacted lower third molar surgery. J. oral maxillofac. surg. 2014;43:639-643. 29. Trindade PAK, Fernando PM, et al. Sublingual ketorolac and sublingual piroxicam are equally effective for postoperative pain, trismus and swelling management in lower third molar removal. Oral surg. oral med. oral pathol. oral radiol. endod. 2012;114(1):27-34. 30. Calvo AM et al. Comparasion of the efficacy of etoricoxib and ibuprofen in pain and trismus control after lower third molar removal. Rev. odontol. Univ. São Paulo. 2006;18(1): 29-36. 31. Menezes SAF; Cury PR. Efficacy of nimeluside versus meloxican in the control of pain, swelling and trismus following extraction of impacted lower third molar. J. oral maxillofac. surg. 2010;39:580-4.