Não resta mais dúvida sobre a importância crescente dos oceanos como fonte de energia, alimentos e minerais, além de regulador do clima. É assunto obrigatório em todas as agendas do desenvolvimento sustentado (na ONU, na Comissão Europeia, etc). No Brasil, porém, o tema ainda permanece restrito à Marinha, a membros da comunidade científica e ao Itamaraty (pelas suas implicações diplomáticas).
Para ampliar o conhecimento sobre os desafios econômicos, ambientais e diplomáticos relacionados à exploração de recursos marinhos, faremos este que é o terceiro seminário dedicado ao tema. Mais uma vez, contaremos com representantes da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores e da comunidade científica, atores-chave para o crescimento sustentável da chamada Amazônia Azul. O evento contemplará também a experiência do Ceará, que pioneiramente incorporou a economia do mar no planejamento estratégico do Estado e do município de Fortaleza.
CONTRA-ALMIRANTE SERGIO GAGO GUIDA
Contra-almirante da Marinha do Brasil, é secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM). Graduado em Ciências Navais, comandou o Navio Patrulha “Guajará”(1989-1999) e a Base Naval do Rio de Janeiro e participou de diversos voos de apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Foi condecorado com a Ordem do Mérito Naval e a Medalha do Mérito Marinheiro (duas Âncoras).
Desafios e oportunidades para as energias renováveis no Brasil - Elbia Silva ...
A Economia e a Geopolítica do Mar - Sergio Gago Guida
1.
2. Coordenar os assuntos da Política Nacional para os Recursos do Mar
(PNRM) e implementar o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR)
Dec. nº 74.557/1974
1973: III Conf.
1982
1979: PROANTAR
5. 80% da população
a menos de
200 km do litoral
Litoral: 17 Estados
(78,36% PIB Nacional)
13 Capitais
Litoral: 17 Estados
(78,36% PIB Nacional)
13 Capitais
93% da produção
industrial
85% da energia
ECONOMIA AZUL
280 Municípios
34 milhões de pessoas
Salários: R$ 500 bilhões
280 Municípios
34 milhões de pessoas
Salários: R$ 500 bilhões
PIB do MAR
R$ 2 Trilhões
2010
Petróleo e Gás; Defesa; Portos
e Transporte Marítimo;
Indústria Naval; Extração
Mineral;
Turismo e Esportes Náuticos;
Pesca e Aquicultura.
SETORES
Atividades
Econômicas
com influência
direta do Mar
6. Arquipélago de S. Pedro e S.Paulo
- Sulfetos Polimetálicos
- Procordilheira
Elevação do Rio Grande
- Petróleo e gás
- Crostas Cobaltíferas
ESTUDOS DE CASO
Foz do Rio Amazonas
ANTÁRTICA
- Importância de ses ter uma Estação
SUSTENTABILIDADE
Pré-sal
13. Áreas das Propostas Revisadas
REGIÃO ORIENTAL /REGIÃO ORIENTAL /
MERIDIONALMERIDIONAL
ERG
Margem Equatorial
Proposta Revista Parcial
2º Relatório
Margem Oriental -
Meridional
Proposta Revista Parcial
3º Relatório
Região Sul
Proposta Revista Parcial
1º Relatório
Áreas:
Submissão inicial (2004) 950 mil km2
Propostas Revisadas 2.160 mil km2
No Brasil cerca de 80% da população vive a menos de 200km do litoral, e os principais centros industriais estão localizados nesta faixa do nosso território.
MACRO VALORES A MENOS DE 200KM:
-Receita da União- 78 %
População 80%;
Consumo de energia elétrica 85%
Há possíveis interferências entre a pesquisa científica marinha voltada ao novo bioma recifal e aos interesses de exploração de petróleo e gás natural naquela área. O que poderá inviabilizar o aprofundamento dos estudos sísmicos para a verificação do potencial exploratório e em a consequente exploração de petróleo na região.
Novamente a área do pre-sal e a área de interesse da petrobras, que na submissão de 2004 já estava localizada em área de plataforma continental além das 200 M.
A inclusão da ERG não alterou este fato. Esta região inclusive já teve a concordancia da CLPC, nas suas recomedações, de que é PC brasileira.
Aqui um exemplo de licitação de blocos na PC além das 200M.
É a margem Canadense, ao leste de Newfoundland. O campo está a 196 M contudo os depósitos se estendem offshore.
A inclusão da ERG foi aprovada pela CIRM em 22 de agosto de 2016 a partir da identificação de evidências de que a região da ERG possui características continentais, mesmo considerando que este pleito enfrentará dificuldades de defesa e aceitação, tanto internacionalmente como dentro da Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU, uma vez que a ERG não foi contemplada na submissão entregue em 2004 por desconhecimento da região, estando, atualmente, sob o regime da ÁREA (patrimônio comum da humanidade).
A inclusão da ERG no relatório de submissão foi aprovada mesmo sabendo-se que haviam dados insuficientes para suportar o pleito, e que mais dados seriam necessários para tornar a proposta mais consistente.
A CIRM criou um Grupo de Trabalho e dois Subgrupos de Trabalho (Legislação e Planejamento Espacial Marinho).