Nas eleições de 2022, o povo brasileiro terá que optar entre Civilização ou Barbárie e Democracia ou Ditadura. O povo brasileiro elegerá Presidente da República, Governadores e parlamentares comprometidos com a os valores da civilização e da democracia ou os que defendem a barbárie e a ditadura.
THE NECESSARY RESTRUCTURING OF THE UN TO AVOID THE EXTINCTION OF HUMANITY (40...
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ELEIÇÕES DE 2022 E A DEFESA DA CIVILIZAÇÃO E DA DEMOCRACIA NO
BRASIL
Fernando Alcoforado*
Nas eleições de 2022, o povo brasileiro terá que optar entre Civilização ou Barbárie e
Democracia ou Ditadura. O povo brasileiro elegerá Presidente da República,
Governadores e parlamentares comprometidos com a os valores da civilização e da
democracia ou os que defendem a barbárie e a ditadura. É preciso observar que a
Civilização é considerada o estágio mais avançado que uma sociedade humana pode
alcançar do ponto de vista político, econômico e social. O contrário de Civilização é a
Barbárie que é a condição daquilo que é selvagem, cruel, desumano e grosseiro, ou seja,
quem ou o que é tido como bárbaro que atenta contra o progresso político, econômico e
social. O termo barbárie significa uma ruptura com os padrões morais que regulam a vida
em sociedade e os controles sociais baseados nos fundamentos da civilização dando lugar
à violência desenfreada e o desprezo pela democracia e pelo ser humano com a
implantação de uma ditadura. A barbárie sempre se caracterizou ao longo da história do
Brasil por grupos que usam a força e a crueldade para alcançar seus
objetivos. Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. Os
cidadãos são os detentores do poder e confiam parte desse poder ao Estado para que possa
organizar a sociedade. Democracia é um regime político em que todos os cidadãos
elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na
proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governabilidade
através do sufrágio universal e de plebiscito ou referendo. O contrário de democracia é
ditadura que é um regime governamental no qual todos os poderes do Estado estão
concentrados em um indivíduo, um grupo ou um partido. O ditador não admite oposição
a seus atos e ideias, e tem grande parte do poder de decisão. É um regime antidemocrático
no qual não existe a participação da população.
Existem alguns elementos geralmente aceitos por todos sobre o que tornaria um governo
comprometido com os valores da civilização e da democracia: 1) oferecer segurança
garantida para todos os cidadãos que não devem temer a perda de suas vidas ou ter danos
físicos; 2) prover assistência médica da melhor qualidade possível para todos os membros
da sociedade; 3) conceder acesso à comida e água para todos os cidadãos de modo que
nenhuma pessoa passe fome ou sede; 4) prover as condições básicas de habitação para
todos os cidadãos; 5) possuir um sistema legislativo democrático cujas leis sejam
estabelecidas para preservar o bem-estar da população; 6) prover um sistema educacional
que garanta igualdade de acesso à educação de alto nível para todas as pessoas visando
tornar sua população altamente educada; 7) defender o meio ambiente; 8) garantir o pleno
emprego para a população economicamente ativa; e, 9) assegurar para a população a
liberdade de pensamento, crença, religião, afiliação e expressão e o direito de participar
das decisões de governo através de plebiscito e referendo. O Brasil não atende a nenhum
destes requisitos. O grande desafio do Brasil na era contemporânea é fazer com que, após
as eleições de 2022, o presidente da República, governadores de Estado e parlamentares
federais e estaduais estejam comprometidos com a adoção dos valores da civilização e da
democracia.
No Brasil, ano a ano, década a década, a barbárie e o desprezo pelo ser humano têm
aumentado parecendo não haver um limite para este fenômeno. A barbárie aumentou
enormemente durante o governo Bolsonaro porque sua política econômica e social tem
sido desastrosa ao adotar os princípios do neoliberalismo mais radical buscando
desmantelar o Estado brasileiro desenvolvimentista construído desde 1930 por Getúlio
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Vargas e mantido por outros governantes até 1980. A política de geração de emprego do
governo Bolsonaro não é sua preocupação fundamental ao nada fazer para reativar a
economia brasileira disto resultando no maior nível de desemprego com mais de 12
milhões de desempregados, 27 milhões de trabalhadores subutilizados e 32 milhões de
pessoas passando fome. A política econômica do governo Bolsonaro é lesiva aos
interesses nacionais por tornar o Brasil extremamente dependente do exterior ao
contribuir para a desnacionalização da economia brasileira e à desindustrialização do
País. A política ambiental do governo Bolsonaro é responsável pelo crescimento das
queimadas e do desmatamento na Amazônia e pela desobediência ao Acordo de Paris de
combate à mudança climática global. A política de ciência e tecnologia do governo
Bolsonaro promoveu a destruição do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
(SNCTI) construído ao longo dos últimos 60 anos. A política de educação e cultura do
governo Bolsonaro se caracteriza por uma guerra santa ultraconservadora de caráter
neofascista contra os ideais progressistas e democráticos. A política dos direitos sociais
do governo Bolsonaro se caracteriza por desprezar os direitos fundamentais previstos na
Constituição de 1988, não considerar o amparo aos desempregados e à população pobre
e demonstrar seu desapego à democracia e falta de respeito quando se dirige a amplos
setores sociais e sua desastrosa política de saúde pública fracassou no combate à
propagação da covid 19 e de outras doenças ao tornar inoperante o Ministério da Saúde,
além de sabotar todas as medidas postas em prática por governadores e prefeitos para
combater a propagação do novo Coronavirus.
Diante da perspectiva de ser derrotado nas próximas eleições presidenciais, Jair
Bolsonaro busca se manter no poder procurando desmoralizar o sistema eleitoral do País
que é acusado por ele sem provas de fraudar eleições desde 2014 como fez no dia 18/07
ao fazer uma preleção para dezenas de embaixadores convidados se empenhando em
desmoralizar as eleições no Brasil. Um dia após o presidente Jair Bolsonaro repetir
mentiras sobre a confiança no sistema eleitoral brasileiro em encontro com embaixadores,
três associações de servidores da Polícia Federal emitiram em 19/07 uma nota conjunta
manifestando confiança nas urnas eletrônicas afirmando que nunca foi apresentada
qualquer evidência de fraude no sistema eleitoral. O documento é assinado pela
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional
dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia
Federal (Fenadepol). Como é improvável sua vitória nas eleições presidenciais,
Bolsonaro procura conturbar a vida nacional com um ataque recheado de mentiras
repetidas contra a cúpula do Judiciário do Brasil. Bolsonaro sabe que sua derrota é
iminente e que, para evitar ser afastado do poder poderá desencadear um golpe de estado
sob o falso argumento de que houve fraude nas eleições para implantar uma ditadura de
extrema direita no Brasil.
Mas, não basta derrotar Bolsonaro para evitar o golpe de estado e a prevalência da
barbárie e da ditadura no Brasil. É preciso, também, que seja eleito um presidente da
República e seja eleita uma maioria parlamentar constituída por homens e mulheres que
abandonem o nefasto modelo neoliberal adotando uma política econômica e social
nacional desenvolvimentista capaz de promover o progresso do Brasil e o bem estar da
população brasileira e afastar do parlamento políticos corruptos que buscam se utilizar de
recursos públicos para se enriquecerem e se perpetuarem no poder como bem exemplifica
o orçamento secreto incorporado ao Orçamento da União para 2023. É fundamental eleger
uma representação parlamentar que seja capaz de acabar com o teto de gasto que
compromete o desenvolvimento do Brasil além de excluir aberrações entre as quais o
orçamento secreto. É preciso que o povo brasileiro eleja uma maioria parlamentar
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constituída por homens e mulheres que visam o progresso do Brasil e o bem estar da
população a fim de que o Senado da República e a Câmara dos Deputados não sejam
comandadas pelos inimigos do povo e corruptos. Esta maioria parlamentar constituída
por homens e mulheres que visam o progresso do Brasil e o bem estar da população
brasileira deve respaldar as ações do futuro Presidente da República cujo nome preferido
da maioria da população brasileira, de acordo com todas as pesquisas eleitorais, é o do
ex-presidente Lula.
Meu candidato preferencial à Presidência da República é Ciro Gomes porque tem um
"projeto nacional de desenvolvimento" em antítese ao fracassado modelo econômico
neoliberal em vigor implantado em 1990 pelo governo Fernando Collor e mantido pelos
governos Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (FHC), Lula, Dilma Rousseff,
Michel Temer e Jair Bolsonaro. Ciro Gomes defende a necessidade de recuperação da
ideia de projeto nacional de desenvolvimento a partir da sua coordenação estratégica. Ciro
Gomes tem o melhor programa de governo entre todos os candidatos, mas não é capaz de
aglutinar em torno de seu nome a maioria da população brasileira em apoio a seu projeto
nacional desenvolvimentista, razão pela qual se tornou inviável eleitoralmente conforme
demonstram as pesquisas eleitorais. Da mesma forma que a candidatura Ciro Gomes, a
de Simone Tebet é mais inviável ainda de acordo com as pesquisas eleitorais. Nem Ciro
Gomes nem Simone Tebet têm condições de suplantar Bolsonaro e muito menos Lula.
Diante da inviabilidade de suas candidaturas e da necessidade imperiosa de derrotar
Bolsonaro, se possível, no primeiro turno, Ciro Gomes e Simone Tebet agiriam de forma
racional e inteligente como bons democratas e patriotas renunciando imediatamente a
suas candidaturas e apoiando a candidatura de Lula que é a única alternativa capaz de
impedir que a barbárie e a ditadura se estabeleçam no Brasil com a manutenção de Jair
Bolsonaro no poder.
É um imperativo derrotar Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022 porque a barbárie
e a ditadura por ele defendidas são as grandes ameaças ao futuro do Brasil. Nas eleições
de 2022, o Brasil precisa eleger, também, governadores de Estado e uma maioria
parlamentar comprometida com os valores da civilização e da democracia que se
sobreponham à pretendida barbárie e ditadura bolsonarista. O Brasil precisa resgatar os
ideais de busca da felicidade humana, da justiça e da igualdade social preconizados desde
a idade Média na Europa pelo Iluminismo.
* Fernando Alcoforado, 82, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário
(Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento
empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-
Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de
Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os
condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora
Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos
na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica,
Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate
ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores
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Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no
Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba,
2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV,
Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua
convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro
para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua
sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021) e A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da
história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022).