Este documento apresenta uma proposta de projeto de pesquisa interdisciplinar sobre drogas lícitas e ilícitas para alunos do 3o ano do ensino médio. O projeto visa ensinar química por meio de pesquisa contextualizada, abordando o tema "Drogas lícitas e ilícitas: a química das sensações" de forma interdisciplinar. O documento descreve os objetivos, procedimentos, cronograma e conteúdos a serem trabalhados no projeto.
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
A química das sensações e drogas
1.
2. 1
Ficha Catalográfica Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2010
Título A PESQUISA COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O
ENSINO DE QUÍMICA: CONSTRUIR CONHECIMENTOS
QUÍMICOS PELA CONTEXTUALIZAÇÃO E
INTERDISCIPLINARIDADE
Autor Regiane Cristina Mareze Sipioni Castione
Escola de Atuação Colégio Estadual Prof. Flávio Warken – E F M
Município da escola Foz do Iguaçu
Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu
Orientador Silvia Costa Beber
Instituição de Ensino Superior UNIOESTE
Área do Conhecimento Química
Produção Didático-Pedagógica Unidade didática
Relação Interdisciplinar Biologia, matemática, geografia, história,
português, sociologia.
Público Alvo Alunos do 3º ano do ensino médio, professores de
biologia, matemática, geografia, história,
português, sociologia.
Localização e nome da escola de
implementação
Colégio Estadual Prof. Flávio Warken – E F M
Rua Sapucaí, 689 – Vila C TEL. 35733023
3. 2
Apresentação: A proposta metodológica visa trabalhar com
alunos da 3ª série do ensino médio, cuja iniciação
da pesquisa científica será relevante para o estudo
da química do carbono. A abordagem se fará
através do tema ―Drogas lícitas e ilícitas: a química
das sensações‖ numa perspectiva interdisciplinar e
contextualizada. O objetivo é tornar o aluno agente
do processo de construção do conhecimento sobre
o tema utilizando a pesquisa como instrumento de
apoio pedagógico e didático do professor,
despertando nos alunos meios para contextualizar
o conteúdo escolar com o seu cotidiano. Sendo
assim o conhecimento científico adquirido por esta
metodologia mediada pelo professor proporcionará
subsídios ao aluno para que faça reflexão sobre as
suas atitudes/atos sobre a ação/sensação das
diferentes drogas no organismo, proporcionando
formas para socializar o conhecimento adquirido
com os colegas do ensino fundamental e da
comunidade escolar, utilizando a linguagem como
estratégia. Pretende-se assim, para a conclusão
final do trabalho a criação de um grupo antidrogas,
ao qual fariam parte: alunos de diversas turmas,
professores, funcionários de diversos setores da
escola, médicos, psicólogos, pais de alunos e
outros, constituindo assim a base para a
continuação do projeto nos próximos anos.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Cotidiano, interdisciplinaridade, drogas
5. 4
A PESQUISA COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO
DE QUÍMICA: CONSTRUIR CONHECIMENTOS QUÍMICOS PELA
CONTEXTUALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE
6. 5
APRESENTAÇÃO
Prezado Professor
Dentro de polêmicas que estão surgindo em torno das drogas, das
campanhas pela legalização da maconha, das ações que estão sendo preparadas
pelos nossos governantes para investimento na recuperação de drogados e na
prevenção do uso de drogas, nos fizeram refletir sobre o papel do professor de
química na participação destas polêmicas. Sempre ouvimos falar que as drogas são
proibidas, que elas fazem mal, destroem famílias, mas porque as pessoas não
explicam por que isto acontece? Por que a droga vicia? Baseado nestes
questionamentos elaborou-se um projeto de pesquisa como proposta metodológica,
com o objetivo de proporcionar ao aluno o conhecimento químico sobre as drogas.
Este projeto deve internalizar e permitir a busca das informações científicas pelo
aluno fornecerá subsídios para participar de discussões públicas, tomada de
decisões pessoais, e até mesmo orientar pessoas que estão envolvidas com o tema.
Pensando assim, nós, professores de química devemos proporcionar um
conhecimento contextualizado na CTS (Ciência - Tecnologia - Sociedade), com uma
abordagem interdisciplinar da química das sensações. O material aqui produzido foi
elaborado para ser utilizado no período de um ano aproximadamente, ele
proporciona a você professor apenas uma orientação básica para o desenvolvimento
do projeto, pois, o objetivo principal é que o aluno construa o conhecimento químico
através da pesquisa. Uma metodologia diferenciada, que busca na
interdisciplinaridade os caminhos norteadores dos conhecimentos, baseada na
epistemologia e ontologia. Cada indivíduo tem uma forma de aprender, e é através
da busca do conhecimento para o aprendizado é que permitirá a ele construir o
conhecimento.
7. 6
Tema de estudo do Professor PDE
A pesquisa como proposta metodológica para o ensino de química.
Justificativa do tema de estudo
Utilizar a pesquisa como proposta alternativa de ensino visando contextualizar o
conteúdo escolar com a realidade vivenciada pelo aluno na sua comunidade
Pretende-se a partir dos conhecimentos científicos adquiridos através do conteúdo
da disciplina de química, biologia, sociologia, matemática, geografia entre outras,
socializar com a comunidade ações e estratégias de informações para que esta
possa fornecer subsídios relevantes para a tomada de decisões.
Público Alvo: 3º ano do ensino médio
Introduzir a pesquisa como metodologia de ensino de química.
Objetivos
Introduzir a pesquisa como metodologia de ensino de química.
Oportunizar a construção do conhecimento químico através de uma
metodologia pautada na participação efetiva do aluno;
Inserir o aluno na relação interdisciplinar com professores de biologia,
sociologia, matemática e demais área;
8. 7
Introduzir a literatura científica a partir da fórmula química trabalhada em sala
de aula e relacionar a molécula com seus efeitos e ações no organismo,
podendo assim fazer a interdisciplinaridade;
Diferenciar drogas lícitas e ilícitas em seus usos e aplicações;
Estimular a ruptura de paradigmas mediando à construção do conhecimento
científico com a realidade do dia a dia do aluno, para a troca de informações,
que o leve a analisar, questionar, e vivenciar ações construtoras;
Conduzir o trabalho para que os alunos elaborem diferentes formas de
socializar o conteúdo estudado com os colegas;
Propor a exposição dos resultados para a comunidade escolar, junto com a
criação de um grupo antidrogas na escola.
PROCEDIMENTOS:
Socialização do projeto com os professores da escola.
Conceitos e definição de vida.
Texto da revista QMCWEB ano 1 nº 19- Como a Vida é Definida.
Texto do capitulo 1 do livro Química das Sensações (Carolina R. Godinho e
Pedro Faria).
Elementos principais constituinte da vida-Carbono.
Atividade experimental 1.
Apresentação da pesquisa para os alunos do terceiro ano.
Divisão e formação de grupos de acordo com a classificação das drogas.
Realização de levantamento estatístico na escola junto com os alunos de
todas as turmas da escola.
Construção de gráficos e interpretação dos resultados obtidos do
levantamento estatístico.
Início da pesquisa.
9. 8
Atividade ver as animações no site do dia a dia educação sobre ação das
drogas no Sistema Nervoso Central.
Estudo dos Hidrocarbonetos.
Pesquisa sobre radicais.
Representação de estruturas utilizando bolinhas coloridas de papel ou sagu.
Texto do livro A síntese da uréia de Wölher: a Química Orgânica Começa a
Fazer Sentido e Kekulé: A arquitetura Molecular A Partir dos Sonhos.
Atividade experimental 2.
Matéria da revista escola e vídeo do youtube sobre como montar a garrafa
que fuma.
Estudo dos Compostos Oxigenados.
Atividade experimental 3.
Atividade experimental 4.
Textos do caderno temático sobre Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.
Vídeo da matéria exibida na TV senado exibido em 20/06/2011 sobre crack.
Discussão em grupo sobre os temas acima.
Estudo dos compostos nitrogenados.
Estudo mais detalhado das funções aminas e amidas.
Conhecimento dos neurotransmissores e suas ações.
Texto do capitulo 2 paginas 37 a 40 e 49 a 56, capitulo 9 e capitulo 10 pagina
213 a 215 do livro química das sensações.
Construção dos modelos das moléculas em 3D.
Video do youtube sobre sinapse e liberação de neurotransmissores.
Interações entre os neurotransmissores e receptores.
Reportagem da RBS sobre as drogas.
Reportagem do canal futura no programa um pé de quê?
Estudo da maconha.
Texto da revista QMCWEB nº 18 sobre neuroquímica.
Estudo da cocaína e crack e sua diferenciação
Reportagem do programa A liga na TV bandeirantes.
10. 9
Entrega do trabalho científico.
Apresentação do trabalho científico em Power Point.
Socialização dos resultados da pesquisa para as turmas e para comunidade
escolar.
Discussão em grupo dos resultados obtidos.
Execução do projeto de acordo com o cronograma previsto
MÊS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PARTICIPANTES
Agosto Elaboração do plano de trabalho Alunos do 3º ano do ensino médio
com os alunos, divisão dos grupos e
turmas
elaboração do questionário sócio ambiental
Coleta de dados.e interpretação dos
resultados
Setembro Fundamentação teórica em sala de aula Professores de diversas disciplinas
Inicio da pesquisa e construção de material
de estudo
Outubro Aprofundamento teórico.e análise de dados Professores de diversas disciplinas
Palestras com entidades que trabalham com
dependentes químicos, médicos, entre Palestrantes
Outros.
Novembro
Socialização dos resultados para a
comunidade Todos os alunos da escola
escolar.
Elaboração de um trabalho científico
12. 11
1 INTRODUÇÃO
Como parte integrante deste estudo, vamos primeiramente conhecer alguns
conceitos referentes aos seres vivos e como a química está presente em nossa vida.
Sabemos hoje que a química faz parte do nosso dia a dia, ela está presente nos
alimentos que consumimos, nos produtos de limpeza que utilizamos nos
medicamentos utilizados para tratar a nossa saúde, entre outras. Neste estudo que
desenvolveremos será abordado um tema pouco estudado nos conteúdos escolares,
vamos conhecer como a química interage no nosso organismo, em nossas emoções
e sensações. Num relacionamento, seja ele pessoal familiar ou social, interagimos,
sentimos emoções. Podemos amar e odiar, sentir raiva, ansiedade, tristeza, paixão e
felicidade. Este universo de sensações deve ser compreendido. Para isto,
precisamos entender o que é a vida, como ela se originou, quais são os conceitos
que temos sobre ela, estabelecer as diversas relações com as demais disciplinas
curriculares e o conteúdo da química, estabelecer analogias do dia a dia vivenciado
pelo aluno, tendo assim no contexto elementos necessários para a discussão e
compreensão do estudo proposto. A disciplina de química pode auxiliar a construção
do conhecimento, rompendo paradigmas culturais, formar novos conceitos
científicos, estabelecendo uma superação da dicotomia social/individual. O assunto
em questão permitirá questionamentos, levantamento de hipóteses, formulação de
conceitos próprios, explicações, proporcionará discussões em grupo embasando
assim um cidadão com conhecimento científico na linguagem química. Somos seres
constituídos por elementos químicos, que ao interagirem formam substâncias,
produzem energia para nossa sobrevivência, e enviam mensagem através de uma
linguagem própria do organismo. Todo ser vivo é constituído principalmente de
átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, algumas estruturas
encontramos os elementos nitrogênio e enxofre e metais que são importantes para o
metabolismo e transporte de oxigênio para as células.
Os diversos elementos químicos constituem grupos de carboidratos1
,
proteínas2
, lipídios3
e ácidos nucléicos compostos presentes nos seres vivos além
13. 12
do DNA e RNA, algumas destas substâncias fazem parte do crescimento e
manutenção do organismo, outras trazem a informação do material genético. Neste
universo de interações, surgem as sensações, que nós traduzimos como
percepções, sentimentos que serão expressos pelas nossas atitudes, ações.
Compreender essa química é compreender o seu mundo. Cada indivíduo tem a
capacidade de perceber o que nos rodeia de um modo diferente, pois o que chama a
atenção, por exemplo, numa pessoa é percebido de forma diferente por outra,
Mortimer (2000,p.68) comenta que Bachelard em 1940 já dizia que as pessoas
exibem diferentes formas de ver e representar a realidade à sua volta, chamando de
―noção de perfil epistemológico‖, contextualizando, portanto, a química das
sensações que vem até nós explicar cientificamente como esta percepção
real/científica pode ser explicada. Exemplificando de forma simples o gosto pelas
cores, uns gostam mais do amarelo, outros do vermelho e assim por diante. Ao
conjunto das percepções chamou-se de sensação. A sensação é transmitida pelo
sistema nervoso central através dos neurônios, numa linguagem popular
poderíamos dizer que é a comunicação química entre as células. Apresentamos aqui
a maneira pela qual compreenderemos a química, inicialmente pelas visões da vida,
seguida do ciclo do carbono, a importância deste elemento, a constituição das
substâncias e como as drogas podem destruir a vida, além dos momentos onde será
inserida a interdisciplinaridade. Sugestões de textos, livros, vídeos, aulas
experimentais, cadernos temáticos, revistas entre outros, farão parte para
fundamentação teórica do professor para implantação da pesquisa como proposta
metodológica de ensino.
____________
1-Carboidratos ou glicídios: são macromoléculas formadas pela condensação de monossacarídeos, unidos por meio
de ligações glicosídicas. Ex. açucares.
2-Proteínas: são macromoléculas de massa molecular elevada (entre 15000 e 20000000), sintetizadas pelos seres
vivos por meio de ligações peptídicas. Ex. hemoglobina, caseína.
3- Lipídios ou gorduras: materiais elaborados por organismos vivos que, produzem ácidos graxos. Ex. óleo,
manteiga.
14. 13
2 Vida
No dicionário de língua portuguesa, Soares Amora tem a seguinte definição
para a vida: Estado de atividade funcional, comum aos animais e aos vegetais. Na
revista eletrônica de química da Universidade Federal de Santa Catarina - QMCWEB
(ano 1 nº 19 Como a Vida é definida
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/exemplar19.html acesso em 17/07/2011) temos
várias visões sobre a vida/seres vivos.
Visão filosófica: que nos diz que é uma das teorias mais difíceis de definir,
pois cada filósofo define a vida de uma maneira.
Visão da fisiologia: a definição para um ser vivo é aquele que é capaz de se
alimentar, respirar, metabolizar.
Visão metabólica: o objeto finito que troca matéria continuamente com as
vizinhanças, mas sem alterar suas propriedades gerais, possui vida, como
exceção pode citar certas sementes e esporos que podem ficar imutáveis por
anos/séculos, e depois nascerem, e a chama de uma vela que tem forma
definida e troca matéria continuamente com a vizinhança.
Visão bioquímica: diz que os seres vivos são aqueles que contêm uma
informação hereditária reproduzível codificada em moléculas de ácidos
nucléicos e que controlam a velocidade de reação de metabolização pelo uso
de catálise com proteínas especiais chamadas de enzimas, tendo como
exceção, um tipo de vírus que contém ácido nucléico e é capaz de se
reproduzir sem a utilização do ácido nucléico do hospedeiro.
Visão genética: um ser vivo é aquele capaz de evoluir através de uma
seleção natural, sendo esta a teoria de Charles Darwin em 1869.
Visão termodinâmica: baseia-se na segunda lei da termodinâmica diz que
em um sistema fechado, nenhum processo fechado que leve a alteração da
15. 14
ordem interna do sistema pode ocorrer. Em um organismo vivo a ordem da
entropia aumenta. Uma planta utiliza moléculas ordinárias de água e gás
carbônico e as transforma, em clorofila, açucares e outros carboidratos,
moléculas mais bem elaboradas e ordenadas. Isto ocorre porque um ser vivo
é um sistema aberto que troca energia com a vizinhança. A ordem aumenta e
isto acaba formando ciclos, o mais comum é o do Carbono. (ano 1 nº 19
QMCWEB ).
Ciclo do Carbono
http://cmfcps.arteblog.com.br/283116/Processo-do-Ciclo-do-Carbono-na-Natureza-Porto-Seguro-BA/
Sugestão de leitura para o aluno- Capítulo 1 livro Químico Das Sensações -
Autores: Carolina Godinho Retondo e Pedro Faria. Este texto traz uma reflexão
para questionarmos sobre a vida, o que ela representa, e principalmente o que
sentimos como funciona a nossa mente, é apenas a introdução para o nosso
trabalho.
16. 15
3 CONHECENDO O INÍCIO DA VIDA/SENSAÇÕES ATRAVÉS DO
CARBONO: UM ELEMENTO INTRIGANTE
Não podemos falar em vida se não falarmos em carbono, o principal elemento
constituinte dos seres vivos. Este elemento químico é representado pela letra C,
possui número atômico 6 e massa atômica 12. Destacamos dois cientistas que
estudou sobre o carbono, Archibald Scott Couper (1831-1892) que escreveu um
artigo sobre a propriedade de o carbono ligar-se entre si, e Kekulé, porém o artigo
de Archibald foi publicado depois do de kekulé,(1829-1896). Kekulé, portanto
avançou nos estudos sobre o comportamento químico do carbono. Postulando
assim que, o carbono é:
1. tetracovalente,
2. As quatro valências são iguais entre si,
3. podem ligar-se entre si formando cadeias.
Além disto, este elemento possui uma propriedade chamada alotropia que
consiste em diferentes arranjos espaciais na organização molecular, permitindo
obter substâncias simples, mas com propriedades diferentes. Temos assim o
carbono grafite, o carbono diamante, e mais recentemente em 1985 Robert Floyd
Curl Jr, descobre os fulerenos, estruturas de carbono em forma de gaiola ou esferas
ocas, formadas por anéis de cinco ou seis átomos de carbono (semelhante a bola de
futebol), com capacidade de aprisionar átomos, moléculas ou gases em seu interior
e que estão sendo importantes para o estudo da nanotecnologia.
Vejamos a fórmula estrutural do carbono que possui geometria tetraédrica.
18. 17
Os compostos do na sua maioria são orgânicos, levam este nome, pois são os
compostos dos seres vivos, ou seja, todo ser vivo possui átomos de carbono. A
química orgânica é a química que estuda os compostos do carbono. Uma das
propriedades do carbono que permite a formação destes compostos é a do
encadeamento, ou seja, o carbono forma cadeias, pois pode ligar-se entre si.
Vejamos agora como podemos classificar o carbono.
1- Classificação em relação ao número de carbonos que se ligam entre si.
Carbono primário: ligado a um ou nenhum outro carbono
Carbono secundário: ligado a dois outros carbonos
Carbono terciário: ligado a três outros carbonos
Carbono quaternário: ligado a quatro outros carbonos.
2-Classificação em relação a maneira como os átomos estão unidos,
formando cadeias.
Cadeias Carbônicas
saturada
Normal
Insaturada
Homogênea
Abertas Heterogênea
Acíclica
Alifática
saturada
Ramificada Insaturada
Homogênea
Heterogênea
19. 18
normal
Alicílica
Ramificada
Homogêna
Fechada
cíclica Heterogênea
Mononuclear
Aromática
Polinuclear
Estamos agora com condições de provocar discussão sobre a constituição de
um ser vivo, saber como é o conceito de vida do nosso aluno, analisar junto com
eles porque temos tantas definições sobre ela e assim por diante. Após estas
discussões, colocaremos para os alunos o projeto de pesquisa, que será feito em
grupo de acordo com o número de alunos em sala. Este projeto seguirá paralelo à
exposição dos conteúdos ministrados em sala (construção do conhecimento,
ensino/pesquisa), as estratégias utilizadas serão importantes para cada fase, a
relação conteúdo/pesquisa deverá sempre considerar a epistemologia, ontologia e a
vivência do aluno dentro do contexto escola/sociedade. À medida que o aluno for
pesquisando o conteúdo, será necessário o diálogo com o professor ou com a turma
e que poderá ser realizada em qualquer momento a contextualização deste
conteúdo. Uma das formas do professor saber como está a pesquisa do aluno, além
do diálogo, poderá ser através de relatórios. Para cada etapa desenvolvida, o aluno
deverá entregar um relatório, que será norteador para a continuidade das etapas
seguintes da pesquisa. O professor tem a liberdade de estabelecer o tempo/etapas.
Como sugestão, o prazo entre as etapas deverá ser no máximo de dois meses. Na
primeira etapa, para que não fique excessivo o número de turmas entrevistadas,
sugiro que sejam divididas as turmas da escola com os grupos de trabalho, assim
cada grupo deverá entrevistar de três a cinco turmas e cada turma terá somente que
responder a uma pesquisa, lembrando que esta divisão será feita de acordo com
número de alunos/turmas de cada escola. A segunda e terceira etapa são as de
20. 19
pesquisa de conteúdo, e para última etapa propomos no último mês de aula, uma
apresentação para sala em que estuda e também para as turmas que foram
entrevistadas, além disto, deverá ser entregue por escrito os resultados da pesquisa
dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, (esta
estrutura poderá ser trabalhada junto com o professor da língua portuguesa).
Dependendo do nível dos resultados da pesquisa, propõe-se a socialização do
mesmo para a comunidade. É importante ressaltar que a condução da pesquisa
deverá levar o aluno a compreender e interpretar as informações obtidas. Não se
deve esquecer que ao falar deste tema, o fator social e a família estarão presentes,
e que deverá ser contextualizado com as disciplinas geografia e a sociologia, em
algumas escolas, dependendo do currículo, poderá ser incorporada a filosofia. Todo
o conteúdo estudado pelo aluno deve ser compartilhado com os demais professores
da escola, esta comunicação pode ser feita tanto pelo aluno quanto pelo professor,
quanto mais professores estiverem conosco, melhor será o resultado obtido. A
disciplina de biologia será relevante para quando o aluno chegar aos efeitos que a
droga provoca no organismo, suas conseqüências e como é que está relacionado o
sistema nervoso central. Segue, portanto a maneira como será exposta a pesquisa
para o aluno.
4 Projeto Interdisciplinar: A Química Das Sensações-Drogas e Vida.
O projeto será executado por grupos de no máximo cinco alunos, para cada
grupo será sorteado um tema contendo um ou mais tipos de drogas (depende esta
etapa do número de alunos em sala).
Grupo 1-Drogas Estimulante do Sistema Nervoso Central, NATURAIS: cocaína,
cafeína e nicotina (cigarro).
SINTÉTICOS: anfetaminas, crack e Oxi
21. 20
Grupo 2- Drogas Depressoras do Sistema Nervoso Central, NATURAIS: álcool e
opiáceos.
SINTÉTICOS: sedativos, ansiolíticos, antidepressivo-inalantes.
Grupo 3- Drogas Perturbadoras do Sistema Nervoso Central, NATURAIS: maconha,
ayauasca e cogumelo.
SINTÉTICAS: LSD e esctasy.
4.1 Atividades a serem realizadas pelo grupo da pesquisa:
1- Os alunos deverão elaborar inicialmente 10 questões que sejam relevantes
para levantamento estatístico da pesquisa que eles irão realizar com a
comunidade escolar, o tema norteador é sobre droga e o conhecimento que
demais integrantes da escola têm sobre o mesmo, além disto deverá ser
considerado a faixa etária, sexo, idade. Após este levantamento, será
construído um gráfico com os resultados (o apoio será dado pelo professor de
matemática).Sugerimos assim que seja consultado os resultados de uma
pesquisa publicada na internet com o título I levantamento nacional sobre uso
de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 capitais
brasileiras, encontra-se disponível no site www.senad.gov.br. Acesso em:
17/07/2011.
2- Realizar uma pesquisa sobre o tema sorteado para o grupo, dando enfoque a
fórmula química, toxicidade, ação no Sistema Nervoso Central, como é
transmitida a informação através do neurônio e a sensação, o que ela produz
(solicitar o apoio do professor de biologia). No site
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 6/07/2011 o professor/aluno
terá acesso a várias animações sobre como a informação é transmitida pelo
22. 21
neurônio. Estas animações estão inseridas na disciplina de biologia com os
temas: Ação da Cocaína e Crack no Sistema Nervoso Central, Ação da
Cannabis Sativa no Sistema Nervoso Central, Ação do Álcool no Sistema
Nervoso Central, Ação da Nicotina no Organismo, Ação dos
Benzodiazepínicos no Sistema Nervoso Central.
3- Construir a estrutura da molécula em estudo em 3D, assim como a
representação do neurônio no momento em que acontece a sinapse. Utilizar
material reciclável para a atividade.
4- Identificar os grupos funcionais e a função química a que pertence a estrutura,
bem como se tiver mais de uma, relacionar estas ao estudo e ao dia a dia.
5- Qual mecanismo explica por que a droga vicia, qual a diferença entre as
lícitas e ilícitas.
6- Elaborar um diagnóstico com ações sobre a pesquisa realizada com os
alunos da escola.
7- Entregar um trabalho escrito seguindo a metodologia científica(este será
doado para a biblioteca da escola, o professor de português poderá auxiliar
nesta etapa).
8- Fazer uma apresentação em Power Point de no mínimo 20 e no máximo 30
minutos para a turma em que estuda e para a que fez a entrevista.
9- Socializar o trabalho para a comunidade escolar. Pode ser em forma de
teatro, mostra cultural, feira de ciências.
10-Analisar as propostas que irão surgir, discutir e ver a possibilidade de criar um
grupo permanente sobre o estudo das drogas.
Para que haja compreensão do tema abordado é necessário que o aluno tenha
conhecimento de todas as funções orgânicas, o enfoque principal será para as
funções aminas e amidas.
5 CONTEÚDO ESTRUTURANTE PARA O PROJETO DE PESQUISA
23. 22
Funções Orgânicas
Atualmente são conhecidas milhões de compostos orgânicos, a semelhança
destes no comportamento químico agrupa-os em funções orgânicas, este
agrupamento é feito pela União Internacional de Química Pura e Aplicada-IUPAC.
5.1 Hidrocarbonetos
São compostos constituídos exclusivamente por carbono e hidrogênio, e que
a partir destes derivam-se as demais funções orgânicas.
Aula Experimental 1: Ação desidratante do ácido sulfúrico
Material:
Ácido sulfúrico concentrado
Sacarose
Béquer
Procedimento
Coloque uma pequena quanticade de açúcar em um béquer e lentamente
faça o ácido sulfúrico escorrer pelas paredes laterais internas do béquer.
C12H22O11 (S) 12C(S) + 11 H20 (V)
24. 23
A abordagem deste experimento é para provar que os compostos orgânicos
são constituídos de C e H, Esta é um reação de análise.
5.1.1 Estudo da nomenclatura do Carbono.
A nomenclatura da cadeia carbônica normal é constituída em três partes:
Prefixo de C
Tabela 1 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
PREFIXO INFIXO SUFIXO
25. 24
Infixo
Tabela 2 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Sufixo (prefixo indicativo da função)
Tabela 3 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Para a nomenclatura de hidrocarbonetos com ramificação, devemos seguir as
seguintes regras:
1-Localize a cadeia principal (esta deve ser a que contenha a sequência com maior
número de átomos de carbono)
2-Numere os carbonos da cadeia principal, baseando-se em dois pontos, se a
cadeia for insaturada, comece pela extremidade mais próxima da instauração. Se a
cadeia for saturada, comece pela extremidade que tenha uma ramificação mais
próxima a ela.
3-Escreva o número de localização da ramificação e, a seguir, separe com um hífen,
o nome do grupo orgânico que corresponde á ramificação. Os prefixos di, tri, tetra,
26. 25
penta etc. devem preceder o nome dos grupos, a fim de indicar sua quantidade.
Escreva o nome e o número de localização das ramificações seguindo a ordem
alfabética (ignorando os prefixos di, tri, etc. e também sec e terc, mas não isso).
4-Finalmente escreva o nome do hidrocarboneto correspondente á cadeia principal,
separando-o do nome da ramificação por um hífen.
Exemplo de cadeias normais e ramificadas.
Figura 1 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Figura 3 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Figura 2 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
27. 26
Figura 4 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Como sugestão proponha aos alunos pesquisarem sobre os radicais sua
nomenclatura e como exercício que representem as estruturas destes no caderno
utilizando materiais recicláveis. (pode ser bolinhas coloridas de furador de papel).
5.1.1.2 Classificação dos Hidrocarbonetos:
Tabela 4 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
28. 27
5.1.2 Alcanos
São também denominados de parafinas, apresentam cadeia carbônica aberta e
saturada, possui fórmula geral Cn H2n+2.
Ex. CH4, conhecido como gás dos pântanos ou biogás (obtido pela degradação
do lixo).
CH3-CH2-CH3, propano (constituinte do gás de cozinha).
Figura 5 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
5.1.3 Alcenos
São também denominados Alquenos, possuem cadeia carbônica aberta e
apresenta uma insaturação (dupla ligação) apresenta fórmula geral CnH2n.
Ex. CH2=CH2, Eteno ou etileno (amadurecimento das frutas, pode ser natural ou
artificial, composto utilizado também para fabricação de plástico.
29. 28
Figura 6 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Nas cadeias que tenham mais de três carbonos, é necessário indicar qual
carbono está à posição da dupla ligação. A numeração se faz pela extremidade mais
próxima da dupla ligação.
Ex. CH3-CH2-CH=CH-CH3 2-penteno
5.1.4 Alcinos
São os compostos que apresentam cadeia carbônica aberta, apresenta uma
insaturação (tripla ligação), apresenta fórmula geral CnH2n-2.
Ex. CH CH etino, conhecido como acetileno e é utilizada em soldas a base de
oxigênio (oxiacetileno).
As regras para numeração da posição da tripla ligação é a mesma dos alcenos.
5.1.5 Alcadienos
30. 29
São compostos com cadeia carbônica aberta e possuem duas dupla ligação,
apresenta fórmula geral CnH2n-2.
EX. CH2=CH-CH=CH2 but - 1,3-dieno
Figura 7 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Estes grupos de compostos são a principal matéria-prima para a fabricação
de borracha.
5.1.6 Ciclanos
São hidrocarbonetos de cadeia fechada com ligação simples. Possuem fórmula
geral CnH2n . A nomenclatura deste composto segue a regra dos alcanos, antes do
nome do mesmo acrescentas-se a palavra ciclo.
Ex.
Ciclo hexano
Ciclo propano
31. 30
5.1.7 Ciclenos
São hidrocarbonetos de cadeia fechada com ligações dupla. Possui fórmula geral
CnH2n-2
Ex. ciclo propeno ciclo hexeno
Obs.: Só numera a cadeia se tiver mais de uma ligação, e de tal maneira que tenha
o menor número.
5.1.8 Aromáticos
São compostos que apresentam anéis benzênicos em sua estrutura. Possui
nomenclatura particular.
Ex. Benzeno ou
naftaleno
32. 31
OBS: os compostos aromáticos podem ter dois grupos ligados ao anel, neste caso
utiliza-se os prefixos orto, meta e para para indicar as posições 1,2; 1,3; 1,4
Ex.
http://beneficiosdaquimica.blogspot.com/2010_09_01_archive.html acesso em 29/07/2011
Neste ponto das atividades desenvolvidas será solicitado aos alunos que leiam
os textos extraídos do livro Descobertas Acidentais em Ciências- Royston M.
Roberts 2ª Edição:
1- A Síntese da uréia de Wöhler- A Química Orgânica Começa a Fazer Sentido.
2-KEKULÉ: A Arquitetura Molecular A Partir dos Sonhos
Exercícios de Fixação: Os exercícios poderão ser feitos a partir dos que estão no
livro texto, sugerindo para os alunos que utilizem bolinhas de sagu colorida ou
bolinhas de papel crepom ou ainda feitas com furador. Estas representam os átomos
dos elementos C e H. Este tipo de exercício é lúdico e dá ao aluno a noção de
distribuição espacial, fixação das propriedades do carbono e todos os conceitos
aprendidos até o momento.
Como sugestão de aula prática propõe-se o fumódromo artificial, onde se
pode discutir toda a toxicidade de seus componentes, efeito no organismo, visto que
a maioria das substâncias presentes no fumo é formada por hidrocarbonetos.
Aula experimental 2: Construção de uma garrafa que fuma
Fumódromo artificial
Materiais
1 lata de leite em pó, vazia e sem tampa;
2 rolhas;
1 tubo de plástico (com cerca de 10 centímetros de comprimento e 1 de diâmetro);
33. 32
1 mangueira de borracha (com meio metro de comprimento e diâmetro igual ao do
tubo);
1 bacia funda ou um balde; uma garrafa de vidro de boca larga (com capacidade
para mais ou menos 100 centímetros cúbicos);
água limpa; 2 ou 3 cigarros e fósforos para acendê-los; e
um pedaço pequeno de câmara de ar de automóvel.
Monte a engenhoca e ponha para funcionar como indica a figura. À medida
que a máquina “fuma”, a água do vidro vai escurecendo. A cor resultante vem das
substâncias contidas na fumaça do cigarro. Lembre que a nicotina e o alcatrão estão
entre os ingredientes mais nocivos dessa mistura. Que outras substâncias tóxicas os
estudantes conseguem listar?
A imagem do equipamento pode ser vista no site da revista escola. Se não
tiver como realizar o experimento na escola, sugerimos que se assista ao vídeo do
youtube.
1. Fure a lata e cubra o buraco com o pedaço de câmara de ar, que deve ficar preso
de um lado e solto do outro, formando uma lingüeta
2. O ar que passa pelo cigarro arrasta a fumaça para a água da garrafa, que vai
borbulhar. O líquido retém as impurezas do fumo
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/crie-maquina-fumar-aponte-riscos-tabaco-431584.shtmlcil acesso em ‗17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=4iRtLtdL0gU&feature=related acesso 17/07/2011
6 CLASSES FUNCIONAIS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
Definem-se classe funcional ou função química as substâncias que
apresentam propriedades químicas semelhantes.
34. 33
6.1 COMPOSTOS OXIGENADOS
6.1.1 ÁLCOOIS
Composto orgânico que apresenta carbono, hidrogênio e grupo funcional
-OH, apresenta fórmula geral R-OH.
Figura 8 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Nomenclatura dos alcoóis: Segue de acordo com a IUPAC as mesmas regras
dos hidrocarbonetos,, só que empregando o sufixo ol.
Grupo funcional: átomo ou grupo de
átomos responsáveis pela
propriedade química pertencente a
uma determinada função química.
35. 34
Ex. CH3-CH-CH3 Propan-2-ol
OH
CH3-CH2-OH Etanol
Aproveitaremos o tema e faremos duas aulas experimentais.
Aula experimental 3: Produção de álcool através do processo de fermentação.
Será solicitado aos alunos que pesquisem com familiares/amigos/internet
algumas receitas de fabricação caseira de bebidas, e que seja trazido para sala de
aula, e escolhido uma das receitas para fazer o experimento (o motivo deste
experimento é mostrar ao aluno como é a produção de álcool. Será observado como
atua o fermento no processo de decomposição do açúcar, como é a estrutura deste
fungo, bem como se observará o mesmo no microscópio, também será discutido o
processo de produção/comercialização, será estabelecida a diferença entre álcool
combustível/uso medicinal/desinfecção/ graduação alcoólica. Como forma de
avaliação os alunos deverão trazer um relatório da aula prática. Outra prática
sugerida será o teste do bafômetro, abordando aqui a toxicidade/abuso do álcool.
Aula Experimental 4: teste do bafômetro
Material:
• Um pequeno vidro transparente (pode ser de remédio);
• Um vidro grande vazio com tampa (de maionese de 250 ou 500 ml);
• Tubo de látex;
• Cola de secagem rápida (durepoxi);
• Solução de dicromato de potássio (50 ml a 0,1 mol/L);
• Solução de ácido Sulfúrico (20% v/v);
• Álcool comum.
Construção do equipamento:
Você irá precisar de dois tubos de látex, um deles vai até o fundo do vidro
grande e o outro ultrapassa apenas um pouco da tampa (esse deverá formar uma
36. 35
conexão com o vidro de remédio). Esta tampa deverá estar encaixada e com furos
que permitam somente a entrada dos tubos de látex.
Preparo da solução: acrescente à solução de dicromato de potássio igual volume de
solução de ácido Sulfúrico.
Procedimentos:
1. Coloque álcool no vidro maior até ¼ de sua capacidade;
2. Coloque a solução ácida de dicromato de potássio no vidrinho de remédio até à
metade de sua capacidade;
3. Sopre para dentro do vidro grande e observe o borbulhamento dentro do vidro
menor (que contém dicromato de potássio).
Conclusão: Você irá observar com esse bafômetro a reação do álcool com o
dicromato, essa reação é que produz o borbulhar da solução.
Relação dos efeitos no comportamento humano com a concentração alcoólica
do sangue:
- 0,05 % de álcool no sangue: euforia, sensação de relaxamento e bem-estar, visão
reduzida;
- 0,10 %: alterações na coordenação motora e confusão mental;
- 0,15 %: demora na resposta a fatos externos e maior dificuldade de coordenação;
- 0,20 %: alterações de humor;
- 0,30 %: fala distorcida;
37. 36
- 0,35 %: estupor - falta profunda de resposta onde o indivíduo só desperta com um
estímulo energético (sacudidas, beliscões, gritos);
- 0,45 %: coma alcoólico, do qual o indivíduo não pode ser despertado.
Acima de 0,45 %: morte.
Vejam bem, estas duas práticas levam ao aluno vários tipos de
questionamento, e o professor poderá fazer abordagem relacionando
produção/indústria/consumo e principalmente consequências do uso e abuso do
álcool e aproveitar e englobar a questão social e política. Consulte os textos do
caderno temático sobre Prevenção ao Uso Indevido de Drogas no endereço
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/arquivos/File/cadernos/drogas.pdf. Acesso em:
6/07/2011
6.1.2 Aldeídos
Possuem grupo funcional carbonila
Figura 9 Odor da canela asiática é o aldeído cinâmico-
Arquivo pessoal Regiane C. M. S. Castione
38. 37
Sua nomenclatura segue as regras dos hidrocarbonetos, empregando-se o
sufixo AL.
Ex. Etanal, propan-1-al.
Destacam-se como responsável pelos odores do limão, canela e amêndoas,
além disso, podem aparecer no processo de fermentação de vinhos.
6.1.3 Cetonas
Possuem grupo funcional carbonila, só que diferente dos aldeídos esta estará
sempre entre dois carbonos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cetona- acesso em 18/06/2011
As cetonas também seguem as regras dos hidrocarbonetos utilizando-se o
sufixo ona.
Ex. propanona, 2-metil-pentan-3-ona
39. 38
6.1.4 Ácidos Carboxílicos
Possuem como grupo funcional a carboxila
Como regra para nomenclatura o sufixo utilizado é óico. Deve-se considerar
a numeração da cadeia carbônica sempre pelo grupo funcional, portanto a prioridade
é dada pelo grupo funcional e não pelas ramificações. Um ácido importante nesta
classe é o etanóico, também conhecido como vinagre, possui sabor azedo,
destacamos também a título de informação e curiosidade o ácido que está presente
na manteiga quando fica velha, é o ácido butanóico, conhecido pelo odor
característico do ranço. O queijo roquefort utilizado no preparo de alguns tipos de
pizza tem no seu odor característico o ácido pentanóico.Todos estes compostos
citados acima possuem uma nomenclatura também chamada de nomenclatura
usual, é uma nomenclatura que persiste até hoje (linguagem popular), vejamos
alguns exemplos:
Ácido fórmico, encontrado em algumas formigas, ao picar libera-se esta
substância, a palavra é derivada do latim fórmica, que significa formiga.
Formaldeído, conhecido popularmente como formol, é utilizado como
conservante e em alguns tipos de produtos para alisamento dos cabelos.
A cetona utilizada como removedor de esmalte é a propanona, e
comercialmente utiliza-se o nome da função.
40. 39
6.1.5 Éteres
São os compostos que possuem grupo funcional R–O—R1 entre dois grupos
orgânicos. Na sua nomenclatura escreve-se a palavra éter e o nome do grupo em
ordem alfabética acrescido da terminação ico. Além desta a IUPAC também
recomenda uma nomenclatura que consiste em agrupar os grupos CH3-O- (metóxi),
CH3-CH2-O- (etóxi), etc. como substituintes da cadeia principal
Ex.
CH3-O-CH3 metóxi-metano,
CH3-CH2-O-CH2-CH3 (etóxi-etano)
6.1.6 Ésteres
Podemos dizer que são derivados dos ácidos carboxílicos, onde o hidrogênio
da carboxila é substituído por um grupo orgânico.
41. 40
Figura 10 butanoato de etila, está presente no abacaxi,
Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Os ésteres são importantes para a área de alimentos, pois são responsáveis
pelos flavorizantes artificiais dos alimentos, por exemplo, o butanoato de etila simula
o abacaxi, o acetato de octila imita o aroma da laranja, já o cheiro característico dos
esmaltes são acetato de etila, acetato de butila e acetato de pentila ( este também é
um dos componentes da essência de banana). O 3-metilbutanoato de 3-metilbutila, é
o aroma da maçã vermelha. Nomenclatura destes compostos é baseada no
reconhecimento da molécula que veio do ácido e a que corresponde ao grupo que
substituiu o H.
Nomenclatura
-ico nome do grupo
Nome do ácido de
+ato orgânico + a
42. 41
7 COMPOSTOS NITROGENADOS
7.1 Nitrocompostos
São compostos que apresentam o grupo funcional -NO2 . A nomenclatura
oficial manda escrever a palavra nitro seguida do nome do hidrocarboneto.
Ex. H3C – CH2 – NO2 nitroetano
H3C – NO2 nitrometano
7.2 Nitrilas
São compostos que apresentam o grupo funcional -CN. A nomenclatura
recomenda o nome do hidrocarboneto seguido da palavra nitrila
Ex. H3C – CN Etanonitrila
H3C – CH2 – CH2 – CN Butanonitrila
Aqui, iremos assistir ao vídeo da matéria exibida na TV senado no dia 20/06/2011
http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=1&txt_titulo
_menu=Em
43. 42
Discussão&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=S&COD_PROGRAMA=291&COD
_MIDIA=95004&COD_VIDEO=90242&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1.
A matéria apresentada no programa em discussão é constituída em 3 partes,
trás uma discussão sobre uma das drogas mais devastadoras, neste debate
participam psicólogos, psiquiatras, e outros profissionais envolvidos na área. O
enfoque é sobre o perigo, causas e conseqüências sobre o uso do crack e possíveis
soluções para o problema que também atinge crianças, adolescentes e adultos.Além
desta droga, também é comentado sobre as drogas licitas e seu consumo, informa
sobre as últimas pesquisas a respeito do consumo das drogas lícitas/ilícitas,
destacando que houve a redução do consumo de maconha, mas em compensação
aumentou-se o consumo das anfetaminas, o cigarro por sua vez teve uma redução
de consumo, passando de 40% para 25%. Após a matéria ser exibida, deverá ser
realizado um debate em sala para estimular o estudo da composição química das
drogas e das substâncias que ela irá liberar, iniciando assim questionamentos sobre
o que acontece no organismo quando uma pessoa ingere droga e o que é essa
droga?
7.3 Aminas
São compostos nitrogenados representados por –NH2 pode ter um ou mais
hidrogênio substituído, formando-se assim as aminas primárias, secundárias, e
terciárias. A nomenclatura se dá pelo nome do grupo orgânico acrescido da palavra
amina. Estas substâncias são muito utilizadas como corantes (anilina), e estão
presentes em alguns tipos de odores característico de peixes.
44. 43
Figura 11 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
Ex. CH3-CH2—NH—CH2—CH3 dietilamina
CH3—NH—CH3 dimetilamina
7.4 Amidas
São compostos que apresenta a carbonila ligada diretamente ao nitrogênio,
sua nomenclatura se dá pelo prefixo de carbono infixo do tipo de ligação mais a
palavra amida. Uma das amidas mais importantes é utilizada principalmente na
agricultura como adubo, é a uréia, além de ser matéria prima para plásticos, e
indústria farmacêutica.
Ex
Figura 12 Arquivo Pessoal Regiane C. M. S. Castione
As aminas e amidas são substâncias que estão presentes nas
sensações/emoções no stress, no uso da drogas lícitas/ilícitas, e principalmente tem
45. 44
um papel importante nos neurotransmissores ( moléculas simples sintetizadas e
estocadas nos neurônios-neurotransmissores). Ex. estruturas químicas dos
neurotransmissores.
8 AÇÃO DAS DROGAS NO ORGANISMO E SUA RELAÇÃO COM AS AMINAS E
AMIDAS
Sugerimos aqui que seja feito a leitura dos capítulos 2 paginas 37 a 40 e 49 a
56, capítulo 9 e capitulo 10 paginas 213 a 215 do livro química das sensações.
Todos os capítulos aprofundam o conteúdo, dependendo do nível de entendimento
do aluno, poderá ser realizada a leitura completa do capítulo 10. Vejamos o estudo,
agora mais minucioso sobre a ação das drogas no organismo. Observando e
analisando as substâncias presentes nestas funções químicas e que são
responsáveis pelas as sensações, emoções, prazer e felicidade, podemos dizer que
46. 45
quando uma droga é ingerida, ela irá alterar o funcionamento do sistema nervoso
central, interagindo com os neurônios que liberam os neurotransmissores, a forma
de ingestão da droga seja ela por via oral, inalação, contato da pele ou olhos, por
aspiração ou injeção, poderá influenciar no tempo/rapidez que se levará para o
indivíduo sentir a sensação. A administração por via oral leva, por exemplo, de 20 a
30 min. para fazer efeito, já as que são pingadas nos olhos levam de 5 a 10 min. as
inaladas de 3 a 5 min. as que são aspiradas como a cocaína e o crack, levam de 7 a
10 segundos, e as injetáveis como cocaína, heroína e morfina de 15 a 30 segundos.
As drogas licitas são geralmente indicadas em um tratamento médico para
várias doenças, onde o médico faz o controle da dosagem/tempo sem provocar o
vício, já as drogas ilícitas não existem controle nestas dosagem/tempo, e o usuário
somente age no sentido de obter prazer, ―esquecer os problemas‖, ter a sensação.
O usuário não consegue fazer o controle do tempo e dosagem, a ingestão de uma
droga altera a comunicação química interferindo na sinapse, isso faz com que se
utilize uma quantidade cada vez maior para sentir a mesma sensação. A
interdisciplinariedade com a biologia poderá facilitar a compreensão deste nosso
estudo, relembrando alguns conceitos aprendidos em anos anteriores tais como:
neurônios, neurotransmissores, sistema nervoso central. Quando estudamos sobre
as células que estão no nosso sistema nervoso central, aprendemos que os
responsáveis pelo comando da condução do impulso elétrico ou da comunicação
química no cérebro, são os neurônios, constituído por corpo celular, dentritos, soma
e axônio, e que é através destes impulsos que se dá a comunicação entre eles
transmitindo assim as sensações/percepções. O axônio é um filamento longo que
sai do soma e é o responsável pela comunicação química e elétrica entre as células,
através dos chamados impulsos nervosos ou potenciais de ação. Existe um neurônio
transmissor e um receptor. Quando um neurônio receptor recebe um estímulo, este
sofre uma alteração no seu potencial (ddp – diferença de potencial) e libera uma
substância que será captada por outro neurônio receptor, chegando assim na
sinapse. Observe a figura abaixo:
47. 46
http://www.sogab.com.br/anatomia/sistemanervosojonas.htm - acesso em 23/06/2011
A região que fica entre o final de um axônio de um neurônio e receptor de
outro é denominada sinapse, sendo que esta será a região de destaque para a
química das sensações. Observe a sinapse:
Livro química das sensações pg.38
Retondo e Farias, no livro Química das Sensações explicam que a parte final
do axônio de um neurotransmissor é chamada região pré-simpática, e aquela onde
se encontra os receptores, a pós-simpática. Quando há mudança no potencial do
receptor, isso faz com que libere uma substância que será captada por um neurônio
receptor, que irão interagir todas as informações recebidas, que pode gerar um
potencial de ação que será conduzido ao longo do axônio, até chegar à sinapse. A
integração entre os vários neurônios é que faz com que a informação seja analisada
e interpretada.
48. 47
O potencial de ação se dá na parte interna do neurônio, existe uma solução
aquosa de íons Na+
, K+
, Ca2+
, Cl-
, além de proteínas carregadas negativamente. Os
íons se movimentam por canais iônicos existentes na membrana, estas permitem
apenas moléculas lipossolúveis ou apolares e íons. Sendo assim o movimento pode
ser intra ou extracelular. No caso de moléculas polares ou carregadas que não
possuem canais para transportá-las, ficam isoladas. Quando os canais estão
abertos, os íons movimentam-se por difusão. Quando um neurônio recebe um
estímulo, os canais de sódio se abrem estes íons entram então no neurônio por
difusão, por um instante seu interior fica positivo em relação ao exterior
(despolarização), a diferença de potencial pode chegar a 40 mV e essa
despolarização é o que chamamos de potencial de ação ou impulso nervoso. Um
potencial de ação é uma variação muito rápida do potencial de membrana, seguida
por retorno ao potencial de repouso (excitação /repouso). A propagação deste
potencial se dá ao longo do axônio. Para voltar ao repouso os canais de sódio são
fechados e abrem-se os de potássio e estes são empurrados para fora, fazendo com
que o potencial volte a ser negativo, depois se reorganiza os íons para que um novo
potencial seja gerado. Quando chega ao final do axônio, a membrana despolarizada
pela ação do potencial, faz os canais de cálcio se abrir, estes então entram no
neurônio, há um aumento de íons cálcio e a liberação dos neurotransmissores para
a região da sinapse. Podemos dizer que esta é a comunicação química que
acontece entre os neurônios. Podemos então dizer que os neurotransmissores são
substâncias químicas sintetizadas e estocadas pelos neurônios, e só são liberadas
se tiver um estímulo. Estas substâncias são: aminoácidos, aminas e peptídeos.
Dentre as aminas podemos citar; serotonina, adrenalina, noradrenalina, dopamina,
acetilcolina, histamina, e recentemente foi descoberta uma amida que age como
neurotransmissor a anandamida que está envolvido com a percepção da dor e com
a analgesia e que o THC (maconha) interage com este. Veja através destes vídeos
como acontece a sinapse, e a liberação das substâncias neurotransmissoras.
http://www.youtube.com/watch?v=EdfQlKdU5nA&feature=related acesso em
17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=XTFUOkAH5MY&feature=related acesso em
17/07/2011
49. 48
As aminas noradrenalina, dopamina, adrenalina encontram-se em regiões
que fazem a regulação do movimento, da atenção das funções viscerais e do humor.
A dopamina age com comportamentos motivados tais como fome, sede, sexo e
prazer, se houver superatividade nas sinapses destes neurônios, pode desencadear
a esquizofrenia (citamos como exceção o caso do matemático ganhador do premio
Nobel de matemática Jonh Nash e que apresenta este distúrbio), sua vida é
retratada no filme Uma Mente Brilhante. O mal de Parkinson pode ser ocasionado
por perda de dopamina (citamos aqui o exemplo que acontece no filme Tempo de
Despertar do neurologista Oliver Sacks).
Ao sentirmos emoções fortes como raiva, medo, tensão, ansiedade, terror,
podemos liberar adrenalina e noradrenalina. Em relação ao stress há a liberação de
adrenalina, que além de quebrar o glicogênio em glicose, aumenta assim a sua
quantidade tornando-o disponível para suprir as necessidades do organismo.
A serotonina está relacionada com a atenção e age sobre o emocional e sono
além do prazer. Drogas como cocaína, LSD e outros alucinógenos irão interferir nas
sinapses para liberar este neurotransmissor.
A histamina exerce sua ação nas reações alérgicas e como hormônio, ativa a
reação inflamatória e controla o músculo liso e as glândulas. No SNC é encontrada
no hipotálamo que, por sua vez regula o sistema nervoso vegetativo e a secreção de
hormônios pela hipófise.
A anandamida descoberta recentemente está relacionada com a memória,
percepção da dor de cabeça, com o inconsciente, com movimentos e com
sensações emocionais, como se citou acima, ela interage com os receptores do
THC.
Até aqui, pudemos nos situar da importância destas funções químicas, e
relacionar a química e a biologia. Vejamos agora uma reportagem da RBS exibida
no youtube no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=1-Y6dWjjwAQ.Acesso
em 6/07/2011 Após este vídeo veremos como acontece a interação entre os
neurotransmissores com receptores.
50. 49
8.1 Interações Entre Neurotransmissores e Receptores
Um neurotransmissor pode ter vários tipos de receptores, fazendo com que
tenhamos diferentes sensações. No pH fisiológico, os aminoácidos que estão nos
receptores se encontram ionizados, podem assim interagir com grupos carregados
positivamente ou negativamente. Surgem interações íon-dipolo e dipolo-dipolo, além
disto, o neurotransmissor pode interagir com os receptores através das forças de
London ou interação de Van der Walls. Podem ainda existir interações hidrofóbicas
(com moléculas apolares), eu estão solvatadas por camadas de moléculas de água,
tendo então um aumento na entropia do sistema. Podem também acontecer às
interações por pontes de hidrogênio.
Os neurônios receptores podem ser classificados em:
1- canais iônicos,
2- acoplados a proteína G,
3- autoreceptores.
É importante, mostrarmos aqui para o nosso aluno que um neurotransmissor
possui poros e que estes só são abertos quando existe um estímulo, e o íon
específico deste canal passará através dele, sendo que este será recebido pelo
outro neurônio, dependendo do tipo de canal o efeito será inibitório ou excitatório. A
combinação destes efeitos a partir da várias sinapses é que fará que este produza
ou não um potencial de ação. Com os receptores acoplados a proteína G acontecerá
à mesma coisa. Os autoreceptores podem ativar um neurotransmissor localizado no
mesmo neurônio que o sintetizou. Quando um neurotransmissor é liberado na
sinapse, quase que instantaneamente os canais iônicos por apenas um ou dois mili
segundos aproximadamente, este tempo é suficiente para causar a inibição ou
excitação. Se os neurotransmissores se ligarem a proteína G este tempo é maior,
chegando a minutos ou horas, dependendo da parte do SN envolvida. Após este
período de ação o neurotransmissor é removido para que possa ocorrer um novo
51. 50
ciclo da comunicação química. Esta remoção acontece no próprio neurônio que o
sintetizou chamando, portanto de recaptação ou então pela degradação enzimática
que ocorre na sinapse. A enzima monoaminoxidase degrada os neurotransmissores
de aminas, dopamina, serotonina, adrenalina e noradrenalina. Cada neurônio
compartilha cerca de 10 mil sinapses. Toda vez que temos uma sensação, não
importa qual seja acontecerá o que foi descrito acima. Vejamos agora algumas
curiosidades sobre a maconha numa reportagem do programa um pé de quê? do
canal futura.
http://www.youtube.com/watch?v=HDjkqaeqsAM reportagem do canal futura no
programa um pé de quê? Parte 1acesso em 6/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=vL3gFVTZFf0 reportagem do canal futura no
programa um pé de quê? Parte 2 acesso em 6/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=1yLN76BFwd4 reportagem do canal futura no
programa um pé de quê? Parte 3 acesso em 6/07/2011
9 UM PEQUENO ESTUDO SOBRE AS DROGAS MAIS COMENTADAS
ATUALMENTE
9.1 MACONHA.
Figura 13 THC
52. 51
Fórmula estrutural do princípio ativo THC contendo anel benzênico e grupo
OH além do oxigênio entre dois carbonos, possui dupla ligação e radicais metila. É
extraída de uma erva chamada Cannabis sativa, planta originária da Ásia Central, se
adapta facilmente no solo, clima e altitude podem causar problemas com
concentração e memória, levando a pessoa a ter dificuldades no processo de
aprendizagem e tarefas simples como por ex: dirigir e operar máquinas. Devido ao
uso contínuo a pessoa pode ter tosse crônica, alteração da imunidade, redução dos
níveis de testosterona, depressão, crises de pânico, redução de interesse pela vida,
hipersensibilidade a estímulos sensoriais e alterações da percepção do tempo.
Doses elevadas causam perturbações da memória, alterações no pensamento,
sentimentos de estranheza, alucinações e despersonalização. (Apud, revista
eletrônica da UFSC QMC WEB, Nº 18 matéria sobre neuroquímica: a química do
cérebro http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/arquivo.html acesso em 17/07/2011.)
Pesquisadores do Neurosciences Institute, publicaram na revista nature um artigo
sobre as substâncias neuroativas presentes no chocolate, no SNC, se ligam aos
mesmos receptores do THC. Estas substâncias são chamadas anandamidas, e são
produzidas naturalmente no SNC, e se ligam aos receptores do prazer.
9.2 COCAÍNA/CRACK
Reportagem do programa A Liga da TV bandeirante sobre crack. Exibido em
21/06/2011. O tema desta reportagem teve como objetivo acompanhar durante 24
horas do dia como é a vida de um usuário de crack.
http://www.youtube.com/watch?v=R6_ZzSOHKZc parte 1 acesso em 17/06/2011
http://www.youtube.com/watch?v=Y0ErxvvnkDw&feature=related parte 2 acesso em
17/06/2011
53. 52
http://www.youtube.com/watch?v=u6zeLq_Qnq4&feature=related parte 3 acesso em
17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=u6zeLq_Qnq4&feature=related parte 4acesso em
17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=_A153olARMI&feature=related parte 5acesso em
17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=29mtRZgRswQ&feature=related parte 6 acesso
em 17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=vX_F1Uca6L4&feature=related parte 7 acesso em
17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=JhLJK5g-Dhg&feature=related parte 8 acesso em
17/07/2011
9.2.1 DIFERENÇA ENTRE CRACK E COCAÍNA
A cocaína foi a primeira substância utilizada como anestésico de ação local no
mundo, as civilizações pré-colombianas já a utilizavam a cerca de 4500 anos,
extraída da folha da planta Erythroxylon coca, no fim do séc XVI a Espanha a
utilizava como função medicinal além de afrodisíaca. Albert Niemann descobriu que
ela causava anestesia na língua, que era tóxica e que causava dependência
química. Freud chegou a utilizá-la em tratamentos para várias doenças, inclusive foi
usuário (desenvolvendo teste/dosagem para seus estudos) por quatro anos, mas
depois concluiu que ela causava dependência. Esta planta também chegou a ser
utilizada em bebidas tais como ―Vin Mariani, em 1863 (por um químico chamado
Ângelo Mariani), em 1886 John Styth Pemberton, inventou a coca-cola, que era
utilizada como tônico para o cérebro e para os nervos. Em 1885 um químico
54. 53
chamado Parke Davis descobriu como produzir a cocaína, esta foi então
industrializada, como conseqüência, aumentou-se casos de toxicidade, tolerância,
dependência e morte. Atualmente sabe-se que ela é um bom anestésico e é
utilizada em tratamento de dores em pacientes com câncer. Sua forma pode se
converter facilmente na forma iônica. Apresentam em sua estrutura anel benzênico,
éster e amina, além de cloro na forma iônica.
Cocaína-forma iônica (cloridrato e sal de amônio quaternário), Crack - forma não iônica
Retondo e Farias (química das sensações, 2009), nos explicam que a diferença
entre crack e cocaína está entre as ligações intermoleculares e na química ácido-
base das aminas. O nitrogênio básico da molécula sem carga pode aceitar um
próton, enquanto que o próton do ácido do cloridrato pode ser doado para a base,
conferindo assim propriedades diferentes aos tipos de interações intermoleculares.
Vejamos: a molécula sem carga é mais volátil, possui menor ponto de fusão e é
mais solúvel em solventes de baixa polaridade, porque não tem atrações iônicas ou
pontes de hidrogênio, já a outra forma tem alto ponto de fusão, alta solubilidade em
água, portanto a forma não iônica será a primeira a romper a barreira hemato-
encefálica, por isso o crack é mais forte que a cocaína.
55. 54
10 AVALIAÇÃO
Durante todo o desenvolvimento do projeto o aluno estará sendo avaliado de
forma direta e indireta. Na forma direta o mesmo terá quantificado seu trabalho após
a entrega de cada atividade, podendo ser relatório, apresentações, análises de
gráficos e trabalho científico, ou outra forma que ocorrer no desenvolvimento da
pesquisa e que seja significativa. Na forma indireta será observado o resultado das
suas ações através de uma pesquisa com a comunidade escolar após socialização
dos resultados. Não pretendemos fazer prova, o aluno não deverá saber quanto
valerá cada atividade, este deverá assumir o compromisso com o professor de
realizá-la com a intenção de obter a máxima pontuação se preocupando apenas
com o conhecimento adquirido e não com a quantificação lhe imposta para tirar.No
final do bimestre será divulgada sua nota e discutida com o aluno seu desempenho,
bem como lhe será solicitada uma avaliação pessoal.
11 ORIENTAÇÕES GERAIS
Acredito professor, que demos o primeiro passo para que o aluno possa ser
estimulado a pesquisar mais sobre este assunto. O tema é bastante extenso, existe
muito material disponível sobre ele, as referências citadas são apenas norteadoras
do caminho para um conhecimento prévio do professor. Nós devemos orientar o
aluno para atingirmos a meta proposta inicialmente. A partir do momento em que se
utiliza este tipo de metodologia, devemos analisar a capacidade de cada turma para
podermos aprofundar o conteúdo, pois sabemos que nem todas as turmas têm o
mesmo desenvolvimento, mas pela linguagem que será exposta e a pesquisa
desenvolvida pelo aluno, poderemos nos surpreender com os resultados que
teremos. O mais importante de tudo nunca desprezar a pesquisa do aluno por mais
56. 55
insignificante que seja, busque utilizá-la junto com ele em algum ponto, ou deixe ele
mesmo avaliar se é valida ou não para seu trabalho.
12 PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
Esta unidade didática foi elaborada para subsidiar o professor no
desenvolvimento de um projeto de pesquisa a ser realizado pelo aluno, é uma
proposta de mudança metodológica. O material todo se compõe de uma
apresentação em Power-point para ser utilizada em sala de aula e auxiliar no
direcionamento da execução da proposta, bem como trabalhar a conscientização e
incentivar o aluno na busca pelo conhecimento. O conteúdo da unidade didática é
apenas norteador e foi elaborado para ser aplicado em um ano letivo, embora a
primeira execução dele seja em apenas dois bimestres. Este tema escolhido deve
ser atualizado no dia a dia pelo professor, as informações são muitas. Procurei
colocar somente dados confiáveis, assim o professor tem uma fonte segura para seu
apoio. Assim como encontramos bons materiais também encontramos aqueles são
de conteúdo duvidoso, por isso devemos analisar muito bem o que será trazido para
sala de aula pelo nosso aluno. Espero que os vídeos, textos, sugestões de leitura e
filmes atinjam o objetivo esperado pelo professor, se achar necessário, poderá ser
complementado com outros recursos ou mesmo com outras propostas que irão
surgir no desenvolvimento deste. Acho importante que sempre se tenha contato com
pessoas experientes sobre o tema e de preferência ao PROERD da sua cidade.
Procurei repassar informações gerais sobre como as drogas agem no organismo e
citei apenas algumas mais comentadas no meio escolar, que são maconha, cocaína
e crack. Não citei aqui nomes ou temas de palestras que podem ser incorporadas ao
projeto, justamente porque dependemos de horários, palestrantes e voluntários que
queiram participar. Também não foram citadas algumas funções químicas, pois não
as considerei relevantes para o tema, embora possa ser abordada com os alunos, a
57. 56
carga horária da disciplina de química pode não ser suficiente para trabalhar todas
as funções. Sugestões e discussões poderão ser enviadas para o e-mail:
regicastione@hotmail.com. Uma frase que gosto muito e faço das palavras de Anita
Dolly Panec minhas também é:
‖Aos estudantes e jovens profissionais vou repetir o que sempre
recomendo: que trabalhem como se não necessitassem de dinheiro, que
amem como se nunca tivessem passado por uma dor e que dancem, como
se ninguém estivesse olhando. Parafraseando Proust, eu diria que a
verdadeira viagem ao desconhecido não consiste na busca de novas terras,
e sim em enxergar com novos olhos‖. Anita Dolly Panec-2011
Bom trabalho a todos
58. 57
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
MORTIMER, E.F, Linguagem E Formação de Conceitos no Ensino De Ciências,
Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006.
_____.Secretaria de Estado da Educação. CDEC.Cadernos Temáticos: Prevenção
Ao Uso Indevido De Drogas. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/arquivos/File/cadernos/drogas.pdf >Acesso em:
06 jul, 2011.
PERUZO, F.M; CANTO E, Quimica Na Abordagem Do Cotidiano, 4ªed,São Paulo,
Moderna, 2006.
RETONDO, C.G; Faria Pedro. Química das Sensações. Campinas, Editora Átomo,
2008.
RETONDO, C.G, Trajetória Complexa: Aspectos Científicos E Educacionais Do
Abuso de Drogas. Campinas, Editora Átomo, 2009.
59. 58
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA.Revista Eletrônica Do
Departamento De Química DIPONÍVEL EM:
<http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/arquivo.html> Acesso em 15 jul, 2011.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Revista Eletrônica Do
Departamento De Química, DISPONÍVEL EM:
<http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/exemplar18.html> Acesso em 17 jul, 2011.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA.Revista Eletrônica Do
Departamento De Química. Disponível em:
<http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/exemplar19.html> Acesso em: 17 jul, 2011.
_______.Revista Do Curso De Especialização Em Dependência Química. UNIAD,
JUNHO 2011. Disponível em:< HTTP://.uniad.org.br/images/stories/pdf/RCEDQ
04junho2011.pdf.> Acesso em: 17 jul, 2011.
ROBERTS, R, M. Descobertas Acidentais Em Ciências. 2.ed. Campinas: Editora
Papirus, 1995
60. 59
SARDELLA, A. Química. vol. único, São Paulo: Editora Ática, 2000
_____.Secretaria de Estado da Educação. CDEC.Cadernos Temáticos: Prevenção
Ao Uso Indevido De Drogas. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/arquivos/File/cadernos/drogas.pdf > Acesso em 6
jul, 2011.
VIGOSTSKI, L, S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
62. 61
Sugestões de links
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/exemplar19.html Acesso em: 17/07/2011
www.senad.gov.br. Acesso em: 17/07/2011.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 6/07/2011
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/crie-maquina-fumar-aponte-riscos-
tabaco-431584.shtmlcil .Acesso em: ‗17/07/2011
http://www.youtube.com/watch?v=4iRtLtdL0gU&feature=related. Acesso em:
17/07/2011.
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/arquivos/File/cadernos/drogas.pdf.Acesso em:
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http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=1&txt_titulo
_menu=Em
Discussão&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=S&COD_PROGRAMA=291&COD
_MIDIA=95004&COD_VIDEO=90242&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1.
Acesso em: 06/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=EdfQlKdU5nA&feature=related Acesso em:
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http://www.youtube.com/watch?v=XTFUOkAH5MY&feature=related Acesso em:
17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=1-Y6dWjjwAQ.Acesso em: 17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=HDjkqaeqsAM reportagem do canal futura no
programa um pé de quê? parte 1.Acesso em: 6/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=vL3gFVTZFf0 reportagem do canal futura no
programa um pé de quê? parte 2. Acesso em: 6/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=1yLN76BFwd4 reportagem do canal futura no
programa um pé de quê? parte 3. Acesso em: 6/07/2011.
63. 62
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/arquivo.html Acesso em: 17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=R6_ZzSOHKZc parte 1. Acesso em: 17/06/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=Y0ErxvvnkDw&feature=related parte 2 acesso em:
17/06/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=u6zeLq_Qnq4&feature=related parte 3 acesso em:
17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=u6zeLq_Qnq4&feature=related parte 4acesso em:
17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=_A153olARMI&feature=related parte 5acesso em:
17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=29mtRZgRswQ&feature=related parte 6 acesso
em: 17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=vX_F1Uca6L4&feature=related parte 7 acesso em:
17/07/2011.
http://www.youtube.com/watch?v=JhLJK5g-Dhg&feature=related parte 8 acesso em:
17/07/2011.
65. 64
PARANÁ
GOVERNO
DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Regiane Cristina Mareze Sipioni Castione
Área: Química
NRE: Foz do Iguaçu
Professora Orientadora: Silvia Costa Beber
Escola de Implementação: Colégio Estadual Prof. Flávio Warken – VilaC
Público objeto da intervenção: 3º ano do Ensino Médio
66. 65
TEMA DE ESTUDO
A pesquisa como proposta metodológica para o ensino de
química.
http://footbicancas.blogspot.com/2007/07/os-cinco-sentidos.html acesso em 07/07/2011
DELIMITAÇÃO DO TEMA
Drogas e
interdisciplinaridade, uma
abordagem
contextualizada do ensino
de química orgânica para o
3º ano do Ensino Médio.
http://casa.abril.com.br/arquitetura/livr
e/edicoes/0205/jardim/mt_81239.sht
ml acesso em 02/07/2011.
67. 66
TÍTULO
A pesquisa como proposta
metodológica para o ensino de
química: construir
conhecimentos químicos pela
contextualização e
interdisciplinaridade.
JUSTIFICATIVA DO TEMA DE
ESTUDO
Utilizar a pesquisa como proposta alternativa de
ensino visando contextualizar o conteúdo escolar
com a realidade vivenciada pelo aluno na sua
comunidade. Pretende-se a partir dos
conhecimentos científicos adquiridos através do
conteúdo da disciplina de química, biologia,
sociologia, matemática, geografia entre outras,
socializar com a comunidade ações e estratégias
de informações para que esta possa fornecer
subsídios relevantes para a tomada de decisões.
68. 67
PROBLEMATIZAÇÃO E
HIPÓTESES DA PESQUISA
A pesquisa pode despertar no aluno o interesse pelo
conhecimento científico partindo da sua realidade?
Como fazer a ligação entre a educação formal, informal ou
não formal utilizando a fórmula química de uma droga ilícita?
O aluno internalizará o conhecimento adquirido,
estabelecendo que a química orgânica aprendida na sala de
aula se relaciona com as reações que estão acontecendo no
seu organismo?
Qual linguagem deve ser utilizada pelo professor para que o
aluno organize e estruture seu pensamento a partir da
vivência formal e informal na química do dia a dia?
Podemos relacionar as substâncias químicas que estão
presentes no nosso organismo são responsáveis por nos
transmitir emoções e sensações?
Como o aluno conseguirá elementos no contexto para
que analise e interprete quimicamente as interações que
acontecem quimicamente nas células do organismo e
que leva o indivíduo a ter sensação e a percepção?
Quais benefícios poderão ter o aluno participante da
pesquisa ao socializar o conhecimento com os alunos do
ensino fundamental?
Ao se trabalhar com a interdisciplinariedade, os
professores participantes conseguirão atingir os objetivos
propostos para que o aluno consiga relacionar o
conteúdo da química orgânica com as suas disciplinas?
Este projeto trará benefícios para a comunidade escolar?
69. 68
OBJETIVO GERAL
Introduzir a pesquisa como metodologia de ensino de
química.
http://www.not1.com.br/medicamentos-naturais-tratamentos-e-sabedoria-popular-plantas/acesso em
18/07/2011.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Oportunizar a construção do conhecimento químico
através de uma metodologia pautada na participação
efetiva do aluno;
Inserir o aluno na relação interdisciplinar com
professores de biologia, sociologia, matemática e demais
área;
Introduzir a literatura científica a partir da fórmula
química trabalhada em sala de aula e relacionar a
molécula com seus efeitos e ações no organismo,
podendo assim fazer a interdisciplinaridade;
Diferenciar drogas lícitas e ilícitas em seus usos e
aplicações;
70. 69
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Oportunizar a construção do conhecimento químico
através de uma metodologia pautada na participação
efetiva do aluno;
Inserir o aluno na relação interdisciplinar com
professores de biologia, sociologia, matemática e demais
área;
Introduzir a literatura científica a partir da fórmula
química trabalhada em sala de aula e relacionar a
molécula com seus efeitos e ações no organismo,
podendo assim fazer a interdisciplinaridade;
Diferenciar drogas lícitas e ilícitas em seus usos e
aplicações;
Estimular a ruptura de paradigmas mediando à
construção do conhecimento científico com a realidade
do dia a dia do aluno, para a troca de informações, que o
leve a analisar, questionar, e vivenciar ações
construtoras;
Conduzir o trabalho para que os alunos elaborem
diferentes formas de socializar o conteúdo estudado com
os colegas;
Propor a exposição dos resultados para a comunidade
escolar, junto com a criação de um grupo antidrogas na
escola.
71. 70
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Baseada nas obras de Ana Carolina Retondo e Pedro
Faria
Química das Sensações;
Trajetória complexa aspectos científicos educacionais no
abuso de drogas.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA-AUTORES
Otávio Maldaner
Wildson Santos
Roseli Schneltzler
Eduardo Fleury Mortimer
Wigotsky
Vázques
Pedro Demo
Ana Maria Pessoa de Carvalho
Otávio Maldaner
Wildson Santos
Roseli Schneltzler
Eduardo Fleury Mortimer
Wigotsky
Vázques
Pedro Demo
Ana Maria Pessoa de Carvalho http://www.ciadaformula.com
.br/manip_florais.php acesso
em 17/07/2011
72. 71
PROPOSTA- QUÍMICA DAS
SENSAÇÕES DROGAS
LÍCITAS/ILÍCITAS
Na primeira etapa do trabalho
será feito um levantamento
de campo em todas as
turmas da escola, através de
um questionário desenvolvido
pelos alunos com perguntas
sobre o conhecimento que
eles têm sobre as drogas;
Resultados serão então
quantificados em um gráfico,
e analisado;
Nesta pesquisa o objetivo
principal é que ela seja
elaborada pelo grupo, e
mediada pelo professor. Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
Na quarta etapa uma
proposta para criação de
grupos de estudos para
pais e membros da
comunidade que
necessitem de maiores
informações;
Pretende-se envolver
além de alunos e
professores, médicos,
psicólogos, sociólogos,
enfermeiros e outros
profissionais.
http://comuniquel.blogspot.com/2010/11/sentidos.html acesso
em 17/07/2011
73. 72
A segunda etapa da pesquisa
inicia-se com referências
bibliográficas em diversas
literaturas;
Envolve os professores de
filosofia, geografia, sociologia,
química, português, biologia,
matemática entre outras;
Enfoque principal será as
fórmulas estruturais das
substâncias, nomenclatura,
sua ação no organismo,
efeitos provocados por ela,
comportamento das pessoas,
sociedade, família, em fim tudo
o que norteia o ambiente do
usuário da droga.
Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
Na quarta etapa uma
proposta para criação de
grupos de estudos para
pais e membros da
comunidade que
necessitem de maiores
informações;
Pretende-se envolver
além de alunos e
professores, médicos,
psicólogos, sociólogos,
enfermeiros e outros
profissionais.
http://comuniquel.blogspot.com/2010/11/sentidos.html acesso
em 17/07/2011
74. 73
Na terceira etapa
ocorrerá apresentação
do trabalho para as
turmas entrevistadas;
Haverá em um dia
especial a socialização
do conhecimento para
os pais dos alunos e
toda comunidade
escolar. Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
AVALIAÇÃO
Durante todo o desenvolvimento
do projeto o aluno estará sendo
avaliado de forma direta e
indireta:
•Na forma direta o mesmo terá
quantificado seu trabalho após a
entrega de cada relatório, dados
analisados e trabalho científico;
•Na forma indireta serão
observados o resultado das suas
ações e como a comunidade
escolar avaliou sua proposta
através de pesquisa após
socialização dos resultados.
Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
75. 74
RELEVÂNCIA PARA ESCOLA
Vivenciar a interdisciplinaridade;
Proporcionar aos alunos estímulo pelo conteúdo
curricular;
Envolver efetivamente alunos e professores;
Criar ambientes vivos;
Aumentar o número de atividades práticas;
Aproximar os pais na escola;
Informar/socializar as ações dos estudos desenvolvidos
pelas turmas com a comunidade.
Cronograma
JULHO AGOSTO
Apresentação da proposta
de trabalho e formação dos
grupos
Elaboração do plano de
trabalho com os alunos;
Elaboração do questionário
sócio ambiental;
Divisão de grupos e turmas
a serem entrevistadas;
Coleta de dados;
Interpretação dos
resultados.
76. 75
NOVEMBRO DEZEMBRO
Socialização dos resultados
para a comunidade escolar;
Elaboração de um trabalho
científico.
Avaliação final.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, A. M. P (ORG). Ensino de Ciências. São Paulo,
Thomson, 2004.
DEMO, P. Educar Pela Pesquisa. Campinas- SP, Editora AUTORES
ASSOCIADOS, 1996.
MALDANER, O. A; A Formação Inicial e Continuada de Professores
de Química. Ed. rev. Ijuí, Editora UNIJUÌ, 2003.
RETONDO, C.G; Faria Pedro. Química das Sensações. Campinas,
Editora Átomo, 2008.
SANTOS, W. L. P, MÓL, G. S.(ORG). Química na Sociedade. Vol.1
Brasília, Editora UNB, 1998.
SANTOS, W. L.P; SCHNELTZLER, R. P. Compromisso Com a
Cidadania. Ijui: Editora UNIJUÌ, 1997.
77. 76
SCHNELTZLER, R. P. Formação Continuada de Professores
– Momentos de discussão sobre educação escolar no Brasil.;
Seminário – FE/UNICAMP, Campinas, novembro de 1996.
SCHNELTZLER, R. P.A Pesquisa no Ensino de Química e a
Importância da Química Nova na Escola. Química Nova na
Escola, nº 20, p.49-54, Nov. 2004.
VÁZQUEZ, A. S; Filosofia da Práxis. Tradução e organização:
Maria Encarnación Moya. São Paulo, SP Expressão Popular,
2007.
VIGOSTSKI, L. S; Pensamento e Linguagem. São Paulo,
Martins Fontes, 2008.
MORTIMER, E.F, Linguagem E Formação de Conceitos no
Ensino De Ciências, Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006.
Aos estudantes e jovens profissionais vou repetir o que
sempre recomendo: que trabalhem como se não
necessitassem de dinheiro, que amem como se nunca
tivessem passado por uma dor e que dancem, como se
ninguém estivesse olhando. Parafraseando Proust, eu diria
que a verdadeira viagem ao desconhecido não consiste na
busca de novas terras, e sim em enxergar com novos olhos.
Anita Dolly Panec-2011
78. 77
Quimica das Sensações
Química da vida
VIDA COMEÇA COM:
Átomos
Moléculas
Substâncias
http://fma.if.usp.br/convite/ConvitesHTML/todososconvites/2007-03-14.html
acesso em 07/08/2011
79. 78
QMCWEB
• Não existe uma definição definitiva sobre o
que seja vida. Para a ciência um ser vivo é algo
que atenda o conjunto de definições abaixo:
• Visão filosófica
• Visão metabólica
• Visão bioquimica
• Visão genética
• Visão termodinâmica
Vida
• Definição: Estado de atividade
funcional, comum aos animais e aos
vegetais.(def. extraída do dicionário
de língua portuguesa, Soares
Amora).
80. 79
Visão filosófica
• Na filosofia, o conceito de vida é o desafio
mais difícil e direto que se pode colocar a
qualquer corrente filosófica.
• Cada filósofo tem sua teoria, um ser vivo é
aquele que é capaz de realizar algumas
funções básicas tais como comer, metabolizar,
respirar............
Visão fisiológica
• um ser vivo é aquele que é capaz de realizar
algumas funções básicas tais como comer,
metabolizar, respirar............
81. 80
Definição metabólica
• Objeto finito que troca matéria
continuamente com as vizinhanças, mas sem
alterar suas propriedades gerais.
• Exceções: certas sementes e esporos podem
ficar imutáveis por anos/séculos, e depois
nascerem.
• Chama de uma vela tem forma definida e
troca matéria continuamente com a
vizinhança.
Visão bioquimica
• Seres vivos são seres que contém uma
informação hereditária reproduzível
codificada em moléculas de ácidos nucléicos e
• Que controlam a velocidade de reação de
metabolização pelo uso de catálise com
proteínas especiais chamadas de enzimas.
• Exceção, um tipo de vírus que contém ácido
nucléico e é capaz de se reproduzir sem a
utilização do ácido nucléico do hospedeiro.
82. 81
Visão Genética
• Um sistema vivo é capaz de evolução por
seleção natural. 1859-Teoria de Charles
Darwin.
Visão Termodinâmica
• Baseia-se na segunda lei da termodinâmica.
• Que diz que: em um sistema fechado, nenhum
processo fechado que leve a alteração da
ordem interna do sistema pode ocorrer.
• Em um organismo vivo a ordem da entropia
aumenta.
83. 82
• Uma planta pega moléculas ordinárias de
água e gás carbônico e as transforma, em
clorofila, açucares e outros carboidratos,
moléculas mais bem elaboradas e ordenadas.
• Isto ocorre porque um ser vivo é um sistema
aberto que troca energia com a vizinhança.
• A ordem aumenta e isto acaba formando
ciclos, o mais comum é o do Carbono.(ano 1
nº 19 QMCWEB.
Ciclo do Carbono
http://www.presenteparahomem.com.br/ecologia-o-ciclo-do-
carbono-na-atmosfera/ acesso em 24/03/2011
85. 84
C
Carbono
• Fórmula estrutural • Formas alotrópicas
http://professorclaysson.blogspot.com/2009/08/carb
ono-tetraedrico.html acesso em 24/03/2011
http://www.infoescola.com/elementos-
quimicos/carbono/ acesso em 24/03/2011
88. 87
• Símbolo C
• Número atômico 6
• Elétrons de valência 4
• Número de Massa 12
Carbono
Distribuição eletrônica segundo
Linus Pauling
Diagrama Hibridização
• 1s2, 2s2, 2p2
http://www.vestibulandoweb.com.br/quimi
ca/teoria/distribuicao-eletronica.asp
acesso em 23/04/2011
89. 88
Estrutura de
Lewis
Ligações covalentes do
carbono
C
• Hidrogênio H
• Carbono C
O carbono pode ligar-se entre si
Formando cadeias Formando compostos
orgânicos
• Constituem a parte
fundamental de todo o ciclo
da vida existente na terra
• -C-C-C-C-
103. 102
E aí ?
São benéficas? São maléficas
Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
http://segurancasaude.blogspot.com/2010/08/drogas-
identifica-las-para-combate-las.htmlacesso em 2/07/2011
As substâncias são benéficas ou
maléficas
MALÉFICAS
• são vários os fatores que
devemos considerar, para
que substância seja
prejudicial, tais como:
• Uso
• Forma de ingresso no
organismo
• Toxicidade
• Quantidade
ingerida/eliminação pelo
organismo.
BENÉFICAS
• Algumas substâncias são
benéficas ao organismo.
• Quando trazem soluções
para nossos problemas de
saúde.
• Quando transformam os
alimentos para que
possamos ingerir na nossa
dieta alimentar.
104. 103
• Tudo o que está ao nosso redor é formado por
substâncias químicas. O ar, a terra, a água.
• Os organismos vivos também são formados
por substâncias químicas.
• Algumas substâncias, são produzidas pela
natureza, enquanto outras são produzidas
pelo homem (artificial).
• Quando as substâncias reagem, às vezes
ocorrem fatos bastante visíveis que
confirmam a ocorrência da reação e dentre
eles, podemos destacar: desprendimento de
gás e luz, mudança de coloração e cheiro,
formação de precipitados, etc.
105. 104
Sensações
• Sensação: é uma análise que o nosso organismo
confere aos estímulos do ambiente.
• Os receptores sensoriais, que estão presentes nos
órgãos do sentido como olho, nariz, ouvido, pele,
boca, enviam informações do ambiente para os
neurônios, que são células capazes de conduzir essas
informações, através de impulsos nervosos e de uma
comunicação química.
Sensação e Percepção
• A partir dessa comunicação que ocorre entre
neurônios de diferentes partes do cérebro é
que a sensação é interpretada.
• A seleção, a organização, a integração e a
interpretação de todas essas sensações é o
que chamamos de percepção.
107. 106
• Nossa percepção de mundo são modeladas,
modificadas e constantemente avaliadas, de
acordo com as reflexões que fazemos,
baseadas nas experiências que vivenciamos ao
nos relacionarmos com todos esses aspectos.
• Através da linguagem, que inventamos para
nos comunicar e para expressar os conteúdos
que estão em nossa mente, podemos chegar a
um acordo social sobre os conteúdos que a
habitam quando conversamos com outra
pessoa, por isso, acreditamos que todos
temos sensações similares.
• Sentimos e percebemos um conjunto e
respondemos a ele, através dos nossos
pensamentos e comportamentos, socialmente
referenciados dentro de nossa cultura.
108. 107
Passado
• Está em nossa mente e na das pessoas com
quem convivemos, são nossas lembranças,
nossas percepções das sensações que já
tivemos. Mas também são as lembranças e
percepções das pessoas que conviveram
conosco.
Presente
• É um momento, estamos tendo sensações que
estão se organizando em percepções em
nossa consciência. Estamos atentos apenas
aos estímulos que mais chamam nossa
atenção, pois estes entram, de verdade, em
nossa mente.
109. 108
• Desta maneira, neste momento você está
lendo, ouvindo, estas palavras, você poderá
concordar, confundir-se, ter dúvidas, mas
muitas farão você lembrar de algo e
estabelecer associações com os outros
conteúdos que estão em sua mente. Por mais
inteligente que seja uma pessoa, ela não
consegue se lembrar exatamente de tudo.
futuro
• É algo que ainda não chegou, mas que
imaginamos! Muitas vezes, vivemos um
presente imaginando o futuro, planejamos,
medimos as consequências, criamos um
mundo que ainda não existe em nossa mente.
110. 109
Entender Sensações é Se Entender
Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
E o que tem a ver Sensações com
as Drogas?
http://semeandovaloreseconhecimento.blogspot.com/2011/02/os-5-sentidos.html acesso em
25/07/2011
111. 110
Drogas
• Altera o estado da pessoa
proporcionando sensações
de alívio, prazer,
Sensações
Arquivo Pessoal: Regiane C. M. S. Castione
Droga?
http://ideiascriativas.wordpress.com/2009/11/20/quadros-de-fumaca - acesso em
25/07/2011
112. 111
Definição
Substância natural ou
sintética que
provocam alterações
no organismo
Droga
• podem ser absorvidas de várias
formas: aspiração, injeção, por
inalação, via oral, intravenosa ou
aplicadas via retal (supositório).
• Podem ser lícitas ou ilícitas
•
Fonte:www.antidrogras.com.brcessoem25/07/2011
113. 112
Classificam-se em
Sintéticas naturais
http://www.inforegion.pe/portada/57063/investigan-
consumo-de-droga-sintetica-en-la-comunidad-
andina/acesso em 25/07/2011
http://www.moob.com.br/posts/nova-plantacao-de-maconha-
foi-descoberta-pela-policia acesso em 25/07/2011
Nosso corpo não diferencia drogas
Naturais
-Estimulantes do SNC
Cocaína, cafeína, nicotina
-Depressoras do SNC
Álcool, opiáceos
-Pertubadoras do SNC
Maconha, ayauasca e cogumelo
Sintéticas
-Estimulantes do SNC
Anfetaminas, crack, oxi.
-Depressoras do SNC
Sedativos, ansiolíticos,
antidepressivos- inalantes
-Pertubadoras do SNC
LSD e Ecstasy
114. 113
Apenas sentimos as sensações das substâncias
químicas que são produzidas/liberadas pelos
neurotransmissores.
http://www.euniverso.com.br/Psyche/Psicologia/neuropsi/neuronios.htm acesso em 25/07/2011
O que são neurotransmissores?
• São substâncias químicas
sintetizadas e estocadas
pelos neurônios e só são
liberadas quando há um
estímulo.
115. 114
Substâncias presentes nos
neurotransmissores
Como elas são liberadas?
• Um estímulo gera uma
mudança no potencial do
neurônio receptor, este
libera uma substância
que será captada por
outro neurônio receptor,
haverá então a interação
das informações gerando
um novo potencial de
ação até chegar na
sinapse.
• Potencial de ação
• Ocorre na parte interna
do neurônio, ali tem-se
uma solução de íons Na+,
K+, Ca2+, Cl- além de
proteínas carregadas
negativamente. Os íons
se movimentam por
canais iônicos existentes
na membrana (esta
permite a passagem de
moléculas lipossolúveis,
apolares e íons.
116. 115
• O movimento pode ser
intra e extracelular.
Quando acontece um
estímulo os canais de
sódio são abertos, e por
instante o interior do
neurônio fica positivo em
relação ao exterior tendo
assim uma ddp que pode
chegar a 40mV. Essa
despolarização é o que
chamamos de potencial
ação.
• Ao voltar ao repouso
os canais de sódio se
fecham e abrem-se
os de potássio, estes
são empurrados para
fora, fazendo com
que o potencial volte
a ser negativo, depois
se reorganiza os íons
para que um novo
potencial seja gerado.
• A membrana
despolarizada faz com
que seja aberto os canais
de cálcio, estes entram
nos neurônios há um
aumento dos íons cálcio
e a liberação dos
neurotransmissores na
região da sinapse
• Assista o vídeo sobre
sinapse.
• http://www.youtube.co
m/watch?v=XTFUOkAH
5MY&feature=related
118. 117
Qual a sensação que tenho quando
o neurotransmissor é liberado?
• Adrenalina e noradrenalina - fortes emoções, raiva,
terror,medo, tensão, ansiedade.
• Adrenalina - numa situação de stress, o choro faz com
que se libere esta substância dando tranquilidade e
alívio.
• Química do amor
noradrenalina-hormônio responsável pelo desejo sexual.
Dopamina-sensação de felicidade.
Adrenalina – acelera o coração.
Anandamida – prazer/dor
Serotonina - prazer
CURIOSIDADE
Filme- Tempo de despertar
• Falta do
neurotransmissor
dopamina
• Doença -mal de
Parkinson
Filme-Uma Mente Brilhante
• Excesso do
neurotransmissor
dopamina
• Doença -
Esquisofrenia
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O quê me dá prazer
Chocolate? Frutas?
http://expressomineiro2000.blogspot.com/2011/03/dia-do-
chocolate.html acesso em 25/07/2011 http://opoderdasfrutas.wordpress.com/acesso em 25/07/2011
Qual a sensação que tenho quando
olhos estas fotos
http://acordincc.blogspot.com/2011/03/drogas-efeitos-no-organismo-e.html acesso
em 02/07/2011
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Qual o caminho correto a
escolher?
http://acmnani.blogspot.com/2009/02/o-que-letra-de-barack-obama-diz-sobre.html acesso
em 25/07/2011
Vamos conhecer um pouco mais
• Maconha
• Cocaína e crack
121. 120
O que é a maconha??
• É uma droga produzida a partir da
planta Cannabis sativa. Possui como
princípio ativo o delta-9-
tetrahidrocarbinol. Em 1735, o
botânico Carl Lineu nomeou a
Maconha como Cannabis sativa. A
mesma foi chamada de Cannabis
indica, pelo biólogo francês, Jean
Baptiste Lamarck.
Assim como outras plantas, a
maconha possui dois gêneros:
macho e fêmea. Em um mesmo pé
pode ter ambas as estruturas
sexuais. É a flor do macho que
produz o pólen que fecunda a
fêmea, quando a flor da fêmea é
fecundada ela se enche de
sementes e depois morre.
Quando não ocorre fecundação da
fêmea, essa excreta uma grande
quantidade de resina pegajosa
composta por dezenas de substâncias
diferentes. Dentre as várias
substâncias, existe a THC (delta-9-
tetrahidrocanabinol) que serve de filtro
solar para a planta, pois essa é de
clima desértico. Apesar do THC estar
presente em toda a planta é na flor da
fêmea que se encontra a maior
concentração da substância. A real
droga da maconha é essa flor.
http://www.brasilescola.com/drogas/maconha.htm acesso em 25/07/2011
O THC tem uma propriedade bem curiosa, gruda em
algumas moléculas das paredes dos neurônios de
animais, até mesmo do homem, tais moléculas são
conhecidas como receptores de canabinóides,
quando ocorre a ligação o receptor opera sutis
mudanças químicas dentro da célula, mas não se
sabe dizer ao certo quais são elas. Em 1992, o
pesquisador israelense Ralph Mechoulam descobriu
o motivo pelo qual temos tal receptor. O receptor
serve para ligar-se à outra molécula, a mesma
fabricada pelo próprio cérebro, muito semelhante ao
THC. A molécula foi batizada por Rauph de
anandamida (ananda, em sânscrito, significa
―felicidade‖). Enfim, o cérebro produz uma
substância com efeitos parecidos com os do THC,
em doses bem menores.
Não se sabe qual a finalidade da anandamida no
cérebro, mas está relacionada ao controle da dor.
Pelo fato de haver receptores de canabinóides em
células fora do cérebro, leva a pensar que a
anandamida desempenha um papel mais
abrangente do que parece. http://www.brasilescola.com/drogas/maconha.htm
acesso em 25/07/2011