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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
GEOMORFOLOGIA – GEO402
PROFESSORA: LUIZA CAMARA BESERRA NETA
EZEQUIAS GUIMARÃES
NAYARA FREITAS
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE CAMPO DA DISCIPLINA DE GEOMORFOLOGIA
Boa Vista, RR.
2017
EZEQUIAS GUIMARÃES
NAYARA FREITAS
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE CAMPO DA DISCIPLINA DE
GEOMORFOLOGIA
Relatório de Campo apresentado à
disciplina Geomorfologia (GEO 402)
do departamento do curso de
Bacharelado em Geologia, Instituto
de Geociências da Universidade
Federal de Roraima ministrada pela
doutora Luiza Camara Beserra Neta
como requisito parcial para obtenção
de nota.
Boa Vista, RR.
2017.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Localização da área de estudo. ....................................................................................7
Figura 2. Contextualização geológica da área. ...........................................................................8
Figura 3: (A) Domínios estruturais do Estado de Roraima e (B) mapa geológico simplificado
da região Norte do Estado de Roraima com destaque para a Serra do Tepequém. ....................9
Figura 4: Seção esquemática da Formação Tepequém na Serra homônima. ...........................12
Figura 5: Mapa de Compartimentação do relevo segundo a CPRM (2003).............................14
Figura 6: Divisão dos compartimentos geomorfológicos do Estado segundo Beserra Neta &
Tavares Júnior (2004). ..............................................................................................................15
Figura 7: Compartimenção do relevo na porção norte de Roraima. .........................................16
Figura 8: (A) Vista geral do afloramento, (B) Unidade de relevo Pediplano Rio Branco – Rio
Negro, (C) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (D) Unidade de relevo Planalto
sedimentar de Roraima. ............................................................................................................21
Figura 9: (A) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (B) Serra Aricamã, (C)
Concavidade das serras, (D) Colinas pouco elevadas, (E) Topos em forma de pontão. ..........23
Figura 10: (A) Vista geral da Serra do Tepequém, (B) Forma Tabular da Serra, (C) Planalto
do Interflúvio Amazonas- Orenoco visto de cima da Serra, (D) Rochas sedimentares expostas
no Igarapé do Preto, (E) Vista do Pontão NE da Serra e (F) Superfície Pediplanada
Intramontana vista de cima da Serra.........................................................................................25
Figura 11: (A) e (B) Voçoroca do Morro do Entorno. .............................................................28
Figura 12: Perfil estratigráfico da voçoroca do Morro do Entorno ..........................................29
Figura 13: Modelo geomorfológico do Norte do estado de Roraima. ......................................30
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................5
2. OBJETIVOS ..................................................................................................................6
3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO................................................................7
4. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA REGIONAL ..................................................9
4.1. GEOLOGIA REGIONAL ........................................................................................9
4.1.1. Grupo Surumu: ..............................................................................................10
4.1.2. Grupo Arai:.....................................................................................................10
4.1.3. Formação Igarapé do Funil:..........................................................................10
4.1.4..Formação Cabo Sobral:.................................................................................10
4.1.5. Formação Igarapé do Paiva: .........................................................................10
4.1.3. Grupo Suapi:...................................................................................................11
4.1.4. Serra Tepequém: ............................................................................................11
4.2. GEOMORFOLOGIA REGIONAL ........................................................................12
4.2.1. Planalto Sedimentar Roraima (1):................................................................16
4.2.2. Planalto do Interflúvio Amazonas (2) – Orenoco:.......................................17
4.2.3. Superfícies Pediplanadas Intramontanas (3):..............................................17
4.2.4. Planalto Dissecado Norte da Amazônia (4):.................................................17
4.2.5. Pediplano Rio Branco (5) – Rio Negro: ........................................................17
4.2.6. Relevos Residuais (inselbergs) (6):................................................................17
5. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................19
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................20
6.1. Ponto 1: ..................................................................................................................20
6.2. Ponto 2: ..................................................................................................................22
6.3. Ponto 3:...................................................................................................................24
6.4. Ponto 4: ..................................................................................................................26
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................30
REFERÊNCIAS...............................................................................................................31
5
1. INTRODUÇÃO
Roraima é o estado mais setentrional do Brasil, possui área territorial de 225.116,10
km² e tem Boa Vista como capital. É seccionado pela linha imaginária do Equador, sendo Boa
Vista a única capital brasileira no hemisfério norte.. O estado abarca duas fronteiras
internacionais: Venezuela a norte e noroeste e Guiana ao leste. Ao sul limita-se com o
Amazonas e a sudeste, com o Pará.
Do ponto de vista geológico ocupa a porção central do escudo das Guianas, inserido
ao norte do cráton Amazonas (SANTOS, 2006). Apesar do escasso numero de trabalhos
realizados na região Norte, em especial Roraima, é notório o fato de que o estado apresenta
uma diversidade de feições geomorfológicas, que contribuem no estabelecimento de uma
paisagem bem distinta e quase única dentro do cenário amazônico (BESSERA NETA;
TAVARES JÚNIOR, 2004).
Os primeiros levantamentos geológicos sistemáticos na região ocorreram por volta da
década de 70 com o Projeto Radar na Amazônia (RADAM) que utilizou imagens aéreas de
radares de aviões para fins de mapeamentos sistemáticos de toda região, estendendo-se para
todo Brasil através do RADAMBRASIL, os quais contêm inúmeras descrições de material
geológico. Estes levantamentos deram um grande suporte ao avanço do conhecimento
geológico, estrutural, geofísico e geocronológico do cráton Amazonas que hoje dão subsídio
para diversos estudos mais refinados, contribuindo para o entendimento geodinâmico de sua
evolução crustal.
6
2. OBJETIVOS
Realizar uma breve descrição dos diferentes tipos de relevo da paisagem no município
de Amajari, no norte do estado de Roraima através do estudo dos compartimentos
geomorfológicos do estado.
7
3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O acesso para a Serra do Tepequém a partir de Boa Vista é feito pela rodovia federal
BR 174 e pela rodovia estadual RR 203, que interliga a BR 174 ao núcleo urbano de Amajari,
prolongando-se até a Serra do Tepequém, totalizando 220 km a partir da sede do município de
Boa Vista. Está inserida na área da Reserva Ecológica da Ilha de Maracá, em uma região entre
as reservas indígenas de São Marcos, a leste, e a Yanomame, a oeste.
As áreas de estudo possuem acesso relativamente fácil aos afloramentos, pelo fato de
serem locais próximos às margens das estradas ou em locais com acesso facilitado por conta
do turismo (Figura 01).
Figura 1. Localização da área de estudo.
Fonte: Os autores.
8
Os pontos visitados compreenderam diversas unidades litoestratigráficas, como o
Grupo Cauarane, Grupo Arai e Grupo Surumu entre outras litologias. O mapa logo abaixo
(figura 2) representa a contextualização geológica da área de estudo.
Figura 2. Contextualização geológica da área.
Fonte: Os autores..
9
4. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA REGIONAL
4.1. GEOLOGIA REGIONAL
A região estudada no norte do Estado de Roraima compreende rochas da base do
Supergrupo Roraima, localizada na porção centro-norte do Escudo das Guianas, no domínio
litoestrutural Uraricoera (REIS et al. 2003) caracterizado por rochas vulcânicas do Grupo
Surumu e os depósitos do Supergrupo Roraima. Este domínio é limitado pelos domínios
Parima (oeste) e Guiana Central (sul) e possui lineamentos estruturais importantes nas
direções E-W, WNW-ESE e NW-SE conforme a figura 3.
Figura 3: (A) Domínios estruturais do Estado de Roraima e (B) mapa geológico simplificado da região Norte do
Estado de Roraima com destaque para a Serra do Tepequém.
Fonte: FERNANDES FILHO (2012) modificado de Fraga et al. (1999).
10
4.1.1. Grupo Surumu:
As rochas dessa unidade ocupam a maior parte da área estudada e compreendem tipos
vulcânicos de composição ácida a intermediária, representados por riolitos, dacitos, andesitos
e rochas piroclásticas. As rochas piroclásticas desta unidade caracterizam o topo do Grupo
Surumu e constituem o embasamento para as rochas sedimentares do Supergrupo Roraima
(CPRM 2010).
4.1.2. Grupo Arai:
Recobre discordantemente as rochas vulcânicas do Grupo Surumu, e inclui termos
sedimentares eminentemente de natureza continental (REIS et al. 1990), registrando inter-
relacionamento das fácies de um sistema deposicional desértico e fluvial entrelaçado. As
rochas sedimentares presentes na serra Tepequém foram reunidas por Borges e D’Antona
(1988) na então formação Arai, tendo sido subdividida em três principais membros, a partir de
critérios puramente litológicos. Essa divisão da base para o topo constitui os membros Paiva,
Funil e Cabo Sobral (FERNANDES FILHO 1990).
4.1.3. Formação Igarapé do Funil:
Os principais litotipos são arenitos finos a médios em parte argilosos, ritmitos
arenito/pelito, pelitos e subordinadas brechas. Esses litotipos normalmente são friáveis com
estruturas sedimentares preservadas, como estratificação cruzada acanalada e gretas de
contração (FERNANDES FILHO, 2012). Os depósitos desta unidade afloram
preferencialmente em áreas mais arrasadas como voçorocas. As exposições são descontínuas,
porém mais extensas, geralmente apresentam-se basculadas com ângulos baixos de mergulho,
entretanto exposições com mergulho alto e horizontalizadas também são encontradas
(FERNANDES FILHO 2010).
4.1.4..Formação Cabo Sobral:
Compreende arenitos grossos conglomeráticos com intercalações de conglomerados
(FERNANDES FILHO, 2012).
4.1.5. Formação Igarapé do Paiva:
Os principais litotipos são arenitos médios a grossos e conglomerados, com pelitos e
arenitos finos subordinados, localmente silicificados, e com estruturas sedimentares
preservadas (FERNANDES FILHO, 2010). O topo da unidade é dominado por arenitos
grossos a conglomeráticos com estratificação cruzada e estruturas de corte-e-preenchimento.
As camadas apresentam atitude entre N35-65°E e mergulhos de 5-25° para NW ou SE. Uma
11
discordância litológica e erosiva é sugerida para o contato entre a unidade sedimentar basal e
as rochas vulcânicas Surumu (FERNANDES FILHO, 2012). Os depósitos afloram geralmente
de maneira descontínua, geralmente basculados, alcançando espessuras de aproximadamente
100 m. e 50 m na cachoeira do funil.
4.1.3. Grupo Suapi:
O Grupo Suapi recobre discordantemente a Formação Arai, encontrando-se
subdividido nas formações Uiramutã (base), Verde, Pauré, Cuquenán e Quinô (topo). Estas
unidades caracterizam os diversos processos progradacionais e retrogradacionais que
assinalam a presença e desenvolvimento de um sistema transicional (ambiente flúvio-deltaico)
ou de plataforma/litorâneo a marinho raso (FERNANDES FILHO, 2012).
4.1.4. Serra Tepequém:
A serra, particularmente, representa um testemunho de rochas paleoproterozoicas do
Supergrupo Roraima, assentadas discordantemente sobre as rochas vulcânicas do Grupo
Surumu. As rochas da sucessão sedimentar da serra são correlatas aos depósitos dos grupos
Arai e Suapi, unidades basais do Supergrupo Roraima, e encontram-se parcialmente
deformadas (FERNANDES FILHO 1990, TRUCKENBRODT et al. 2008).
A porção sedimentar inferior corresponde ao Membro Paiva, e encontra-se
representada inicialmente por uma sequência conglomerática com uma espessura aproximada
de 60 m, matriz argilosa, composta por calhaus e seixos subangulares a arredondados de rocha
vulcânica de variada composição. Em seguida ocorrem seixos de arenitos e de quartzo.
Encimando aqueles psefitos aflora uma sequência eminentemente pelítica que foi relacionada
ao Membro Funil. A unidade topo, pertinente ao Membro Cabo Sobral, está representada na
base por arenito de granulação grossa, às vezes com material ferruginoso, gradacional a
arenito conglomerático (FERNANDES FILHO 1990, TRUCKENBRODT et al. 2008).
12
Figura 4: Seção esquemática da Formação Tepequém na Serra homônima.
Fonte: FERNANDES FILHO (2012), adaptada da descrição de Borges & D'Antona (1988).
A espessura do pacote sedimentar foi estimada em 210 m e seus membros são
concordantes. Borges & D'Antona (1988) interpretam o pacote como resultante da deposição
em leques aluviais, dunas e sistema fluvial entrelaçado, mas sugere-se que o Membro Funil
represente uma fácies lacustre. Encontra-se representada por arenitos finos, siltitos e argilitos,
via de regra laminados (FERNANDES FILHO, 2012).
4.2. GEOMORFOLOGIA REGIONAL
Desde os primeiros trabalhos sobre a compartimentação do relevo de Roraima, ainda
na década de 30, até os dias de hoje, bastantes informações foram acrescentadas na descrição
desses compartimentos, além da introdução de novos compartimentos a partir do refinamento
das informações realizados por meio de imagens de satélites e estudos de campo. No âmbito
dos diversos trabalhos sobre a geomorfologia do Estado destacam-se principalmente os
trabalhos de Franco et. al. (1975) e SUDAM (1975), realizados a partir dos estudos do Projeto
13
Radar na Amazônia (RADAM BRASIL), Costa (1999), CPRM (2003) e BRASIL (2005).
Conforme relatório da CPRM (2014) Roraima é o estado com maior variedade
geomorfológica de toda Amazônia brasileira. Seus terrenos apresentam desde superfícies
muito baixas e extremamente planas, principalmente na região sul, até os relevos mais
movimentados e mais altos, como o Monte Roraima, com seus 2875 metros de altitude na
região norte.
Para a CPRM (2014), as características do relevo roraimense atual, portanto, é
resultado de inúmeros processos agindo sobre a paisagem e formando diversos tipos de
modelados, podendo ser sintetizado como as consequências do embate eterno entre forças
exógenas (processos erosivos e de deposição) e as forças endógenas (orogênese e
epirogênese) que atuam no planeta.
A compartimentação do relevo segundo a CPRM não será utilizada como base para
este trabalho, porém é importante chamar a atenção para esta classificação devido à divisão
das unidades morfoesculturais definidas para o estado de Roraima a partir dos conjuntos
litológicos de naturezas distintas. Conforme o mapa na figura 5 a CPRM divide as unidades
morfoesculturais em Terrenos Proterozoicos do Escudo das Guianas e Domínio das
Coberturas Sedimentares Fanerozoicas.
14
Figura 5: Mapa de Compartimentação do relevo segundo a CPRM (2003).
Fonte: CPRM (2014).
Para a realização desse relatório preferiu-se adotar a nomenclatura das unidades
propostas por Beserra Neta & Tavares Júnior (2004), que separam a geomorfologia do estado
em três grandes regiões geográficas com unidades de relevo distintas e limites estabelecidos
de maneira informal, utilizando a nomenclatura anteriormente já adotada por outros trabalhos.
Dessa forma destacam-se as regiões geográficas norte, central e sul do estado.
Na porção norte erguem-se abruptamente planaltos que atingem altitudes de 2.739
metros, a exemplo do Monte Roraima, nas áreas de fronteira com a Venezuela, estes são
bordejados por pediplanos intramontanos onde emergem relevos colinosos a tabular (700 a
1.100 m) gradando para a superfície de aplanaimento (altitudes de 80 a 150 m); na porção
central encontram-se planaltos residuais e dissecados com altitudes que podem atingir até
800 metros, a exemplo da Serra da Lua, destacando-se numa paisagem suavemente plana a
colinosa (100 a 150 m) e por fim, na porção sul erguem-se planaltos residuais, a exemplo
da serra da Mocidade, bem como extensas deposições arenosas inundáveis com altitudes
15
não superiores a 150 metros (BESERRA NETA, TAV
ARES JÚNIOR, 2004).
De maneira geral a figura 6 apresenta os limites geográficos de cada região, com seus
respectivos compartimentos geomoforlógicos.
Figura 6: Divisão dos compartimentos geomorfológicos do Estado segundo Beserra Neta & Tavares Júnior
(2004).
Fonte: BESERRA NETA, TAV
ARES JÚNIOR (2004).
A área de estudo deste relatório está compreendida dentro dos limites norte segundo a
classificação adotada. Apresenta relevo plano por vezes interrompido por pequenas
ondulações até se tornar mais montanhoso na porção lesta. Desde a década de 30 até final dos
anos 80 essa região sofreu intensa atividade extrativista relacionada à garimpagem de ouro e
diamante. A figura 7 apresenta a amplitude dessa área a partir de imagem de satélite com
destaque para as formas de relevo encontradas e logo abaixo são caracterizadas de acordo
com a classificação de Beserra Neta & Tavares Júnior (2004).
16
Figura 7: Compartimenção do relevo na porção norte de Roraima.
Fonte: TAVARES JÚNIOR (2003).
4.2.1. Planalto Sedimentar Roraima (1):
Caracteriza-se por formas tabulares de topos irregularmente aplainados, escarpas
abruptas representando recuo de planos de falhas normais, com vertentes de declividade muito
alta (superior a 30º). Correspondem as maiores altitudes da área, com cotas atingindo valores
entre 575 a 1100m. A Serra do Tepequém está situada dentro desse compartimento, elaborada
sobre rochas sedimentares do Paleoproterozoico relacionadas à Formação Tepequém (CPRM,
1999). Segundo Costa (2005) trata-se de um relevo francamente em processo de dissecação
tendo como principais características uma grande densidade de incisões resultantes da atuação
da erosão pluvial resultando em enxame de ravinas. O autor também classifica esse
compartimento relevo como de aplainamento. Beserra Neta et al. (2007) destacam que o topo
da serra do Tepequém apresenta desníveis de até 500 metros de altitude, tais características o
diferem de feições com superfície tabular.
17
4.2.2. Planalto do Interflúvio Amazonas (2) – Orenoco:
Constitui um conjunto de serras e colinas com altitudes entre 600 a 1500 m, com topos
na forma de cristas e pontões, orientadas na direção NE-SW e elaboradas em rochas graníticas
e vulcânicas ácidas. Costa (2005) classifica este compartimento de relevo como de
aplainamento. O relevo montanhoso fronteiriço com a Venezuela é sustentado por sequências
vulcanossedimentares e granitoides recobertos por densa cobertura vegetal. Em termos
morfológicos caracteriza-se por formas dissecadas em cristas e colinas com vertentes
ravinadas de forte declive e vales encaixados, resultantes, em grande parte, do controle
tectono – estrutural de zonas de cisalhamento transcorrentes e fraturamentos.
4.2.3. Superfícies Pediplanadas Intramontanas (3):
É formada por áreas aplainadas e rebaixadas em relação aos relevos dos planaltos do
Interflúvio Amazonas – Orenoco e Dissecado Norte da Amazônia. Apresentam orientação
geral E-W, localmente mostram uma dissecação em cristas geralmente orientadas
principalmente em colinas elaboradas nas rochas do Grupo Surumu.
4.2.4. Planalto Dissecado Norte da Amazônia (4):
É representada por colinas com vales encaixados e encostas ravinadas associadas a
cristas ou pontões, alcançando altitudes de até 900 m e sustentadas por rochas de composição
granítica e vulcânicas ácidas a básicas paleoproterozoicas. Corresponde a maior parte do
relevo da região.
4.2.5. Pediplano Rio Branco (5) – Rio Negro:
Caracteriza-se por uma superfície de aplainamento, constituída em sua grande parte
por sedimentos pouco consolidados. Corresponde ao nível altimétrico mais baixo da área,
com cotas não superiores a 160 m. Geomorfologicamente, esse compartimento inclui relevo
suave, representando cotas regionais baixas, com altitudes variando de 87 metros, nas
drenagens mais expressivas, a 140 m às proximidades das grandes elevações. Segundo Costa
(2005) a mesma recorta litologias pré-cambrianas e fanerozoicas, sendo interrompida
principalmente pelos Planaltos Residuais de Roraima.
4.2.6. Relevos Residuais (inselbergs) (6):
A maior parte das ocorrências constituem formas isoladas com cristas e vertentes de
forte declividade, que interrompem a monotonia do aplainamento do Pediplano Rio Branco.
Em geral, são elevações de 250 a 700 m, sustentadas por rochas vulcânicas ácidas e granitos
de tendência mais alcalina de idade pré-cambriana, com topos convexos e encostas ravinadas.
18
Tavares Júnior (2003) classifica a área como uma superfície recoberta por uma
vegetação de pequeno porte e esparsa, onde também predomina uma vegetação de floresta
mais densa. A vegetação de savana é constituída pelos subsistemas arbóreo denso e aberto,
parque e graminoso. O regime climático da região de savanas é caracterizado por um clima
quente com períodos de chuvas e de estiagem bem definidos. As regiões de relevo elevado
apresentam um clima subtropical de altitude, com temperaturas amenas e um período de
chuvas e outro de estiagem.
A região ao entorno é formada pelas bacias de drenagem dos rios Amajari e Trairão,
estes fluem de oeste para leste e noroeste para sudeste, sendo afluentes respectivamente da
margem esquerda do rio Urariquera e furo Santa Rosa ao norte da ilha de Maracá (BESERRA
Neta & TAVARES JÚNIOR, 2016).
19
5. MATERIAIS E MÉTODOS
As atividades práticas desenvolvidas durante a viagem de campo são a
complementação das aulas teóricas dadas durante a disciplina de geomorfologia, que de certa
forma configura-se como a primeira etapa para realização do relatório. A atividade de campo
ocorreu entre os dias: 19 e 20 de outubro de 2017 a qual desenvolveu-se a essência da
pesquisa, onde foram realizadas observações, descrições e discussões dos processos
geológicos e geomorfológicos presentes nos pontos visitados.
Em cada ponto foi obtido às coordenadas geográficas em UTM (Universal Transversa
de Mercatos) com o GPS (Global Positioning System) da marca Garmin com média de erro
de 3 metros, e as medições com o auxílio de bússola tipo Brunton, trena, martelos geológicos
e escalas de bolso. Junto à caderneta de campo foram feitas anotações de informações
relevantes e elaboração de croquis além do uso de celulares e máquinas fotográficas que
serviram para fotografar os afloramentos estudados, dentre outros materiais comuns de
campo.
A última análise foi interpretativa e de pesquisa embasada na literatura disponível e se
propôs a caracterizar os pontos visitados em campo, através da descrição e contextualização
para o refinamento da pesquisa e elaboração dos croquis, perfis e mapas finais em escala de
detalhe com os dados obtidos nos afloramentos.
20
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1. Ponto 1:
O primeiro afloramento (X: 658547 e Y: 400000, com cota de 120 metros) foi
registrado as margens da RR 203, a mais ou menos oito quilômetros do Amajari para o
Trairão em uma região de savana, com alguns arbustos de porte médio (Figura 6-A).
A partir desse ponto foi possível reconhecer os seguintes compartimentos
geomorfológicos: Planalto Sedimentar de Roraima, representado ao longe pela Serra do
Tepequém (Figura 6-D), formado por relevos tabulares, esculpidos em rochas sedimentares e
metassedimentares dobradas do Supergrupo Roraima, caracterizado estruturalmente como
uma bacia sedimentar formada por uma sequência siliciclastica. Na direção nordeste apresenta
grande aba soerguida e planície com estruturas alinhadas preferencialmente N-SW assim
como a drenagem e formas de relevos. Mais a sudeste mostra frontão com aparência linear.
Na sequência se destaca o Pediplano Rio Branco - Rio Negro caracterizado por toda a
área plana (Figura 6-B) interrompida por morros abaulados e principalmente pelo Planalto
Dissecado de Roraima marcado pela Serra Aricamã (Figura 6-C), que apresenta rochas
expostas como mesmo plano de foliação do relevo, alcançando altitudes de até 500 metros,
elaboradas preferencialmente em rochas vulcânicas de composição ácida a intermediárias
paleoproterozoicas.
21
Figura 8: (A) Vista geral do afloramento, (B) Unidade de relevo Pediplano Rio Branco – Rio Negro, (C)
Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (D) Unidade de relevo Planalto sedimentar de Roraima.
Fonte: Os Autores.
B
Área Pediplanada
A
D
Serra do Tepequém
C
Serra Aricamã
22
6.2. Ponto 2:
O segundo ponto foi nas coordenadas X: 644496 e Y: 407876, com elevação de 208
metros. Realizou-se a partir de uma observação nas margens da estrada, próximo a uma área
para pecuária dentro da vegetação de savana. Nessa paisagem visualizou-se uma série de
modelados pontiagudos de topo aguçado e convexo com vertentes bem inclinadas (Figura 9-
A). Sendo o principal morro a Serra Aricamã, situada a leste do Tepequém, apresenta altitudes
médias de 705 metros e pontões que atingem até 905 metros na extremidade norte com
sentido N-S e depois alinhamento N-SW (Figura 9-B).
De maneira geral, são morros alinhados direcionados a NE - SW, compostos
predominantemente por colinas dissecadas e morros baixos com concavidade na crista (Figura
9-C). Apresenta vegetação mais densa devido à camada de solo que recobre as rochas.
Podem apresentar-se na forma de relevo de colinas amplas e suaves com escarpas e
encostas ravinadas topograficamente mais baixas com presença de vales encaixados (Figura
9-D). Algumas colinas apresentam topos em forma de pontões ou cristas de topo convexos
(Figura 9-E).
23
Figura 9: (A) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (B) Serra Aricamã, (C) Concavidade das serras,
(D) Colinas pouco elevadas, (E) Topos emforma de pontão.
Fonte: Os Autores.
A
B C
E
convexa
convexa
côncava
D
Serra Aricamã
24
6.3. Ponto 3:
O terceiro ponto foi propriamente a Serra do Tepequém, com uma área total de 70 km²
de extensão e altitude entre 550 e 1.100 m localiza-se no norte do Estado de Roraima
precisamente 422.304 metros da sede do município de Amajari, nas coordenadas X: 643.326 e
Y: 416.138, entre os rios Uraricuera e Amajari. A Serra é um remanescente do Planalto
sedimentar inserida na unidade morfoestrutural Pediplano Rio Branco-Rio Negro (Figura 9-
A-B), é um sinclinal com caimento geral caimento leste-oeste no topo e perfil de solo de
pacote de sedimentos arenosos, apresenta superfície com direcionamento para seu eixo central
e suas bordas são formadas por escarpas íngremes e paredões que chegam a ter declividades
negativas (CPRM, 2014).
Geologicamente a Serra do Tepequém é composta por rochas sedimentares da
Formação Tepequém constituída principalmente por arenitos (Figura 8-D), arenitos
conglomeráticos, siltitos e argilitos de idade Paleoproterozoica (CPRM, 1999), e representa
uma exposição isolada do Supergrupo Roraima (FRAGA et. al 1997). A litologia que compõe
o substrato consiste em rochas vulcânicas ácidas (riólitos, riodacitos, ignimbritos e
piroclásticas) e intermediárias (andesitos e latitos) as quais fazem parte do Grupo Surumu
(CPRM, 1999).
Durante a subida da Serra foi marcado outro ponto com as coordenadas X: 643.718 e
Y: 416.187, indicando uma elevação de altitude de 807 para 836 metros, em uma área da onde
foi possível observar grande extensão do Interflúvio Amazonas – Orenoco (Figura 8-C) que é
sustentado principalmente por rochas cristalinas (vulcânicas e plutônicas), com altitudes que
chegam a atingir cotas de 1062 metros; o pontão NE da Serra (Figura 8-C) e a planície
Intramontana (Figura 9-F).
A planície Intramontana é claramente perceptível, como uma área mais plana entre a
região montanhosa. Nessas áreas a atividade garimpeira intensificou o processo de
ravinamento, que já acontece por conta do solo pouco coeso da região que favorece bastante a
erosão. Esse mesmo solo incoeso com presença de material orgânico é observado durante a
subida além de áreas de distensão, derrames ácidos e diques diabásicos. É notória a mudança
da cobertura vegetal que passa a ser de savana lenhosa.
Na literatura ao serra do Tepequém é referida como uma estrutura em forma tabular,
assim como os outros modelados do Planalto Sedimentar, a exemplo o Monte Roraima,
porém a partir da subida da Serra e de acordo com Beserra Neta et al. (2007) é perceptível que
o topo da serra do Tepequém apresenta desníveis de até 500 metros de altitude, e tais
características o diferem de feições com superfície tabular.
25
Figura 10: (A) Vista geral da Serra do Tepequém, (B) Forma Tabular da Serra, (C) Planalto do Interflúvio
Amazonas- Orenoco visto de cima da Serra, (D) Rochas sedimentares expostas no Igarapé do Preto, (E) Vista do
Pontão NE da Serra e (F) Superfície Pediplanada Intramontana vista de cima da Serra.
Fonte: Os Autores.
A
B
C D
E F
Planalto do Interflúvio
Pontão NE da Serra
Serra do Tepequém
Superfície Pediplanadas Intramontana
26
6.4. Ponto 4:
O quarto e último ponto se localiza nas coordenadas X: 641.593 e Y: 419.267, com
uma elevação de 671 metros acima do nível do mar. A paisagem é composta por uma espécie
de savana graminosa que caracteriza uma área de pastagem, poucos metros após o povoado da
Vila do Tepequém numa região de planície intramontana.
As planícies intermontanas localizadas no topo da serra do Tepequém foram palco de
intensa atividade garimpeira diamantífera, que ao longo das últimas décadas podem ter
contribuído com o processo erosivo revelado através de feições lineares. Além da influência
antrópica, a vulnerabilidade física, química e mineralógica dos solos foi determinante na
formação e evolução dessas frentes erosivas por voçorocamento (BESERRA NETA et al.
2007).
As voçorocas desenvolvem-se por processos análogos aos dos vales: aprofundam-se
por erosão vertical, alongam-se por erosão regressiva e alargam-se por degradação das
encostas (LEUZINGER, 1948). Já o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT, 1991) define
que erosões por voçorocas constituem o estágio mais avançado da erosão, sendo
caracterizadas pelo avanço em profundidade das ravinas até atingirem o lençol freático ou o
nível d´água do terreno. Guerra (1998) adota esse termo para as erosões com profundidade e
largura superiores a 50 cm. Em ambas as classificações o afloramento se caracteriza como
uma voçoroca, possuindo 11 metros de profundidade (Figura 11-A), e tendo contato com o
lençol freático, apresentando um filete d’água no talvegue.
A mesma possui sinal de alongamento do talvegue por interferência antrópica de
garimpeiros e por isso perdeu parcialmente sua estrutura original. As vertentes são íngremes,
sendo a esquerda coberta por vegetação que sustenta o solo. Nessa cabeceira as samambaias
são o principal tipo de vegetação, além de ser um bioindicador de solos aluminosos. A
margem direita se encontra bastante erodida corroborando para a ideia de crescimento da
voçoroca em direção à esquerda (Figura 11-B).
A declividade do terreno é por volta de 4º, porém suficiente para posicionar o
escoamento superficial com fluxo superficial e subsuperficial. O escoamento da água dentro
da voçoroca é mais expressivo ocorrendo o aceleramento da erosão resultando no crescimento
da voçoroca rapidamente. Há a presença de vegetação que forma uma crosta de humos criada
durante o período chuvoso.
A voçoroca do Morro do Entorno possui cabeceira em formato de “V” sendo
constituída por três pacotes sedimentares principais com colúvio acima da linha de pedra
(arenoso). Esta linha de pedra é formada por fragmentos lateríticos dentríticos angulosos,
27
indicando proximidade com a área fonte e tem direção da erosão NE-SW que também é a
mesma dos morros.
A primeira camada corresponde a um argilito em tons de vinho de 1,70 metros em
transição gradual com um arenito rosado de granulação fina. Em seguida vem uma fina
camada de siltito de coloração rosada a esbranquiçada, e em sequência vem uma espessa
camada de arenito que faz contado com alinha de pedra com seixos mais angulosos. Por
último acima da linha de pedra encontra-se o saprólito (Figura 12).
A morfologia do relevo e drenagem da serra do Tepequém e região de entorno
definem uma subordinação ao arranjo estrutural de direção E-W, NE-SW e NW-SE
representado por falhas normais e transcorrentes que delineia padrões de drenagem do tipo
paralelo, retangular angulado e treliça de falhas. Um bom exemplo desse arranjo estrutural são
as camadas da voçoroca que se encontram a 314º AZ, 43°/NW.
28
Figura 11: (A) e (B) Voçoroca do Morro do Entorno.
Fonte: Os Autores.
A
B
Vertente direita
Vertente esquerda
29
Figura 12: Perfil estratigráfico da voçoroca do Morro do Entorno
.
Fonte: Os Autores.
SOLO
LINHA DE PEDRA
ARENITO
SILTE
ARENITO
ARGILITO
30
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da atividade de campo em conjunto com as aulas teóricas da disciplina de
geomorfologia foi possível observar e descrever um pouco da geomorfologia e geologia da
região Norte de Roraima. Os diversos pontos visitados apresentam a ocorrência de diferentes
unidades de compartimentação do relevo, como o Pediplano Rio Branco-Rio Negro, Planalto
Sedimentar de Roraima, Planalto do Interflúvio Amazonas-Orenoco, Relevos Residuais e as
Superfícies Pediplanadas Intramontadas, todos com características próprias para a região
Norte. Outras de feições geomorfológicas vistas em campo foram as ravinas e voçorocas,
além dos diversos tipos de modelados de relevo.
Atividade de campo foi útil na constatação da dependência entre o modelado da área e
os fatores endógenos, sendo o principal a litologia. Os fatores exógenos também são atuantes,
como o processo de intemperismo, erosão e ação antropogênica.
Na Figura 14 é apresentado o Modelo geomorfológico do Norte do estado de Roraima
desde a sede do município de Amajari até Serra do Tepequém. Esse modelo pode ser
correlacionado com a compartimentação do relevo segundo a CPRM (2014) que classifica o
relevo Roraima com terrenos que apresentam desde superfícies muito baixas e extremamente
planas, principalmente na região sul, até os relevos mais movimentados e mais altos do país
na região Norte.
Figura 13: Modelo geomorfológico do Norte do estado de Roraima.
Fonte: Os Autores.
31
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estudo referente aos pontos das coordenadas x: 755695 e y: 316495 em UTM com uma
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Relatório de Campo Geomorfologia UFRR

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA GEOMORFOLOGIA – GEO402 PROFESSORA: LUIZA CAMARA BESERRA NETA EZEQUIAS GUIMARÃES NAYARA FREITAS RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE CAMPO DA DISCIPLINA DE GEOMORFOLOGIA Boa Vista, RR. 2017
  • 2. EZEQUIAS GUIMARÃES NAYARA FREITAS RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE CAMPO DA DISCIPLINA DE GEOMORFOLOGIA Relatório de Campo apresentado à disciplina Geomorfologia (GEO 402) do departamento do curso de Bacharelado em Geologia, Instituto de Geociências da Universidade Federal de Roraima ministrada pela doutora Luiza Camara Beserra Neta como requisito parcial para obtenção de nota. Boa Vista, RR. 2017.
  • 3. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Localização da área de estudo. ....................................................................................7 Figura 2. Contextualização geológica da área. ...........................................................................8 Figura 3: (A) Domínios estruturais do Estado de Roraima e (B) mapa geológico simplificado da região Norte do Estado de Roraima com destaque para a Serra do Tepequém. ....................9 Figura 4: Seção esquemática da Formação Tepequém na Serra homônima. ...........................12 Figura 5: Mapa de Compartimentação do relevo segundo a CPRM (2003).............................14 Figura 6: Divisão dos compartimentos geomorfológicos do Estado segundo Beserra Neta & Tavares Júnior (2004). ..............................................................................................................15 Figura 7: Compartimenção do relevo na porção norte de Roraima. .........................................16 Figura 8: (A) Vista geral do afloramento, (B) Unidade de relevo Pediplano Rio Branco – Rio Negro, (C) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (D) Unidade de relevo Planalto sedimentar de Roraima. ............................................................................................................21 Figura 9: (A) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (B) Serra Aricamã, (C) Concavidade das serras, (D) Colinas pouco elevadas, (E) Topos em forma de pontão. ..........23 Figura 10: (A) Vista geral da Serra do Tepequém, (B) Forma Tabular da Serra, (C) Planalto do Interflúvio Amazonas- Orenoco visto de cima da Serra, (D) Rochas sedimentares expostas no Igarapé do Preto, (E) Vista do Pontão NE da Serra e (F) Superfície Pediplanada Intramontana vista de cima da Serra.........................................................................................25 Figura 11: (A) e (B) Voçoroca do Morro do Entorno. .............................................................28 Figura 12: Perfil estratigráfico da voçoroca do Morro do Entorno ..........................................29 Figura 13: Modelo geomorfológico do Norte do estado de Roraima. ......................................30
  • 4. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................5 2. OBJETIVOS ..................................................................................................................6 3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO................................................................7 4. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA REGIONAL ..................................................9 4.1. GEOLOGIA REGIONAL ........................................................................................9 4.1.1. Grupo Surumu: ..............................................................................................10 4.1.2. Grupo Arai:.....................................................................................................10 4.1.3. Formação Igarapé do Funil:..........................................................................10 4.1.4..Formação Cabo Sobral:.................................................................................10 4.1.5. Formação Igarapé do Paiva: .........................................................................10 4.1.3. Grupo Suapi:...................................................................................................11 4.1.4. Serra Tepequém: ............................................................................................11 4.2. GEOMORFOLOGIA REGIONAL ........................................................................12 4.2.1. Planalto Sedimentar Roraima (1):................................................................16 4.2.2. Planalto do Interflúvio Amazonas (2) – Orenoco:.......................................17 4.2.3. Superfícies Pediplanadas Intramontanas (3):..............................................17 4.2.4. Planalto Dissecado Norte da Amazônia (4):.................................................17 4.2.5. Pediplano Rio Branco (5) – Rio Negro: ........................................................17 4.2.6. Relevos Residuais (inselbergs) (6):................................................................17 5. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................19 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................20 6.1. Ponto 1: ..................................................................................................................20 6.2. Ponto 2: ..................................................................................................................22 6.3. Ponto 3:...................................................................................................................24 6.4. Ponto 4: ..................................................................................................................26 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................30 REFERÊNCIAS...............................................................................................................31
  • 5. 5 1. INTRODUÇÃO Roraima é o estado mais setentrional do Brasil, possui área territorial de 225.116,10 km² e tem Boa Vista como capital. É seccionado pela linha imaginária do Equador, sendo Boa Vista a única capital brasileira no hemisfério norte.. O estado abarca duas fronteiras internacionais: Venezuela a norte e noroeste e Guiana ao leste. Ao sul limita-se com o Amazonas e a sudeste, com o Pará. Do ponto de vista geológico ocupa a porção central do escudo das Guianas, inserido ao norte do cráton Amazonas (SANTOS, 2006). Apesar do escasso numero de trabalhos realizados na região Norte, em especial Roraima, é notório o fato de que o estado apresenta uma diversidade de feições geomorfológicas, que contribuem no estabelecimento de uma paisagem bem distinta e quase única dentro do cenário amazônico (BESSERA NETA; TAVARES JÚNIOR, 2004). Os primeiros levantamentos geológicos sistemáticos na região ocorreram por volta da década de 70 com o Projeto Radar na Amazônia (RADAM) que utilizou imagens aéreas de radares de aviões para fins de mapeamentos sistemáticos de toda região, estendendo-se para todo Brasil através do RADAMBRASIL, os quais contêm inúmeras descrições de material geológico. Estes levantamentos deram um grande suporte ao avanço do conhecimento geológico, estrutural, geofísico e geocronológico do cráton Amazonas que hoje dão subsídio para diversos estudos mais refinados, contribuindo para o entendimento geodinâmico de sua evolução crustal.
  • 6. 6 2. OBJETIVOS Realizar uma breve descrição dos diferentes tipos de relevo da paisagem no município de Amajari, no norte do estado de Roraima através do estudo dos compartimentos geomorfológicos do estado.
  • 7. 7 3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO O acesso para a Serra do Tepequém a partir de Boa Vista é feito pela rodovia federal BR 174 e pela rodovia estadual RR 203, que interliga a BR 174 ao núcleo urbano de Amajari, prolongando-se até a Serra do Tepequém, totalizando 220 km a partir da sede do município de Boa Vista. Está inserida na área da Reserva Ecológica da Ilha de Maracá, em uma região entre as reservas indígenas de São Marcos, a leste, e a Yanomame, a oeste. As áreas de estudo possuem acesso relativamente fácil aos afloramentos, pelo fato de serem locais próximos às margens das estradas ou em locais com acesso facilitado por conta do turismo (Figura 01). Figura 1. Localização da área de estudo. Fonte: Os autores.
  • 8. 8 Os pontos visitados compreenderam diversas unidades litoestratigráficas, como o Grupo Cauarane, Grupo Arai e Grupo Surumu entre outras litologias. O mapa logo abaixo (figura 2) representa a contextualização geológica da área de estudo. Figura 2. Contextualização geológica da área. Fonte: Os autores..
  • 9. 9 4. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA REGIONAL 4.1. GEOLOGIA REGIONAL A região estudada no norte do Estado de Roraima compreende rochas da base do Supergrupo Roraima, localizada na porção centro-norte do Escudo das Guianas, no domínio litoestrutural Uraricoera (REIS et al. 2003) caracterizado por rochas vulcânicas do Grupo Surumu e os depósitos do Supergrupo Roraima. Este domínio é limitado pelos domínios Parima (oeste) e Guiana Central (sul) e possui lineamentos estruturais importantes nas direções E-W, WNW-ESE e NW-SE conforme a figura 3. Figura 3: (A) Domínios estruturais do Estado de Roraima e (B) mapa geológico simplificado da região Norte do Estado de Roraima com destaque para a Serra do Tepequém. Fonte: FERNANDES FILHO (2012) modificado de Fraga et al. (1999).
  • 10. 10 4.1.1. Grupo Surumu: As rochas dessa unidade ocupam a maior parte da área estudada e compreendem tipos vulcânicos de composição ácida a intermediária, representados por riolitos, dacitos, andesitos e rochas piroclásticas. As rochas piroclásticas desta unidade caracterizam o topo do Grupo Surumu e constituem o embasamento para as rochas sedimentares do Supergrupo Roraima (CPRM 2010). 4.1.2. Grupo Arai: Recobre discordantemente as rochas vulcânicas do Grupo Surumu, e inclui termos sedimentares eminentemente de natureza continental (REIS et al. 1990), registrando inter- relacionamento das fácies de um sistema deposicional desértico e fluvial entrelaçado. As rochas sedimentares presentes na serra Tepequém foram reunidas por Borges e D’Antona (1988) na então formação Arai, tendo sido subdividida em três principais membros, a partir de critérios puramente litológicos. Essa divisão da base para o topo constitui os membros Paiva, Funil e Cabo Sobral (FERNANDES FILHO 1990). 4.1.3. Formação Igarapé do Funil: Os principais litotipos são arenitos finos a médios em parte argilosos, ritmitos arenito/pelito, pelitos e subordinadas brechas. Esses litotipos normalmente são friáveis com estruturas sedimentares preservadas, como estratificação cruzada acanalada e gretas de contração (FERNANDES FILHO, 2012). Os depósitos desta unidade afloram preferencialmente em áreas mais arrasadas como voçorocas. As exposições são descontínuas, porém mais extensas, geralmente apresentam-se basculadas com ângulos baixos de mergulho, entretanto exposições com mergulho alto e horizontalizadas também são encontradas (FERNANDES FILHO 2010). 4.1.4..Formação Cabo Sobral: Compreende arenitos grossos conglomeráticos com intercalações de conglomerados (FERNANDES FILHO, 2012). 4.1.5. Formação Igarapé do Paiva: Os principais litotipos são arenitos médios a grossos e conglomerados, com pelitos e arenitos finos subordinados, localmente silicificados, e com estruturas sedimentares preservadas (FERNANDES FILHO, 2010). O topo da unidade é dominado por arenitos grossos a conglomeráticos com estratificação cruzada e estruturas de corte-e-preenchimento. As camadas apresentam atitude entre N35-65°E e mergulhos de 5-25° para NW ou SE. Uma
  • 11. 11 discordância litológica e erosiva é sugerida para o contato entre a unidade sedimentar basal e as rochas vulcânicas Surumu (FERNANDES FILHO, 2012). Os depósitos afloram geralmente de maneira descontínua, geralmente basculados, alcançando espessuras de aproximadamente 100 m. e 50 m na cachoeira do funil. 4.1.3. Grupo Suapi: O Grupo Suapi recobre discordantemente a Formação Arai, encontrando-se subdividido nas formações Uiramutã (base), Verde, Pauré, Cuquenán e Quinô (topo). Estas unidades caracterizam os diversos processos progradacionais e retrogradacionais que assinalam a presença e desenvolvimento de um sistema transicional (ambiente flúvio-deltaico) ou de plataforma/litorâneo a marinho raso (FERNANDES FILHO, 2012). 4.1.4. Serra Tepequém: A serra, particularmente, representa um testemunho de rochas paleoproterozoicas do Supergrupo Roraima, assentadas discordantemente sobre as rochas vulcânicas do Grupo Surumu. As rochas da sucessão sedimentar da serra são correlatas aos depósitos dos grupos Arai e Suapi, unidades basais do Supergrupo Roraima, e encontram-se parcialmente deformadas (FERNANDES FILHO 1990, TRUCKENBRODT et al. 2008). A porção sedimentar inferior corresponde ao Membro Paiva, e encontra-se representada inicialmente por uma sequência conglomerática com uma espessura aproximada de 60 m, matriz argilosa, composta por calhaus e seixos subangulares a arredondados de rocha vulcânica de variada composição. Em seguida ocorrem seixos de arenitos e de quartzo. Encimando aqueles psefitos aflora uma sequência eminentemente pelítica que foi relacionada ao Membro Funil. A unidade topo, pertinente ao Membro Cabo Sobral, está representada na base por arenito de granulação grossa, às vezes com material ferruginoso, gradacional a arenito conglomerático (FERNANDES FILHO 1990, TRUCKENBRODT et al. 2008).
  • 12. 12 Figura 4: Seção esquemática da Formação Tepequém na Serra homônima. Fonte: FERNANDES FILHO (2012), adaptada da descrição de Borges & D'Antona (1988). A espessura do pacote sedimentar foi estimada em 210 m e seus membros são concordantes. Borges & D'Antona (1988) interpretam o pacote como resultante da deposição em leques aluviais, dunas e sistema fluvial entrelaçado, mas sugere-se que o Membro Funil represente uma fácies lacustre. Encontra-se representada por arenitos finos, siltitos e argilitos, via de regra laminados (FERNANDES FILHO, 2012). 4.2. GEOMORFOLOGIA REGIONAL Desde os primeiros trabalhos sobre a compartimentação do relevo de Roraima, ainda na década de 30, até os dias de hoje, bastantes informações foram acrescentadas na descrição desses compartimentos, além da introdução de novos compartimentos a partir do refinamento das informações realizados por meio de imagens de satélites e estudos de campo. No âmbito dos diversos trabalhos sobre a geomorfologia do Estado destacam-se principalmente os trabalhos de Franco et. al. (1975) e SUDAM (1975), realizados a partir dos estudos do Projeto
  • 13. 13 Radar na Amazônia (RADAM BRASIL), Costa (1999), CPRM (2003) e BRASIL (2005). Conforme relatório da CPRM (2014) Roraima é o estado com maior variedade geomorfológica de toda Amazônia brasileira. Seus terrenos apresentam desde superfícies muito baixas e extremamente planas, principalmente na região sul, até os relevos mais movimentados e mais altos, como o Monte Roraima, com seus 2875 metros de altitude na região norte. Para a CPRM (2014), as características do relevo roraimense atual, portanto, é resultado de inúmeros processos agindo sobre a paisagem e formando diversos tipos de modelados, podendo ser sintetizado como as consequências do embate eterno entre forças exógenas (processos erosivos e de deposição) e as forças endógenas (orogênese e epirogênese) que atuam no planeta. A compartimentação do relevo segundo a CPRM não será utilizada como base para este trabalho, porém é importante chamar a atenção para esta classificação devido à divisão das unidades morfoesculturais definidas para o estado de Roraima a partir dos conjuntos litológicos de naturezas distintas. Conforme o mapa na figura 5 a CPRM divide as unidades morfoesculturais em Terrenos Proterozoicos do Escudo das Guianas e Domínio das Coberturas Sedimentares Fanerozoicas.
  • 14. 14 Figura 5: Mapa de Compartimentação do relevo segundo a CPRM (2003). Fonte: CPRM (2014). Para a realização desse relatório preferiu-se adotar a nomenclatura das unidades propostas por Beserra Neta & Tavares Júnior (2004), que separam a geomorfologia do estado em três grandes regiões geográficas com unidades de relevo distintas e limites estabelecidos de maneira informal, utilizando a nomenclatura anteriormente já adotada por outros trabalhos. Dessa forma destacam-se as regiões geográficas norte, central e sul do estado. Na porção norte erguem-se abruptamente planaltos que atingem altitudes de 2.739 metros, a exemplo do Monte Roraima, nas áreas de fronteira com a Venezuela, estes são bordejados por pediplanos intramontanos onde emergem relevos colinosos a tabular (700 a 1.100 m) gradando para a superfície de aplanaimento (altitudes de 80 a 150 m); na porção central encontram-se planaltos residuais e dissecados com altitudes que podem atingir até 800 metros, a exemplo da Serra da Lua, destacando-se numa paisagem suavemente plana a colinosa (100 a 150 m) e por fim, na porção sul erguem-se planaltos residuais, a exemplo da serra da Mocidade, bem como extensas deposições arenosas inundáveis com altitudes
  • 15. 15 não superiores a 150 metros (BESERRA NETA, TAV ARES JÚNIOR, 2004). De maneira geral a figura 6 apresenta os limites geográficos de cada região, com seus respectivos compartimentos geomoforlógicos. Figura 6: Divisão dos compartimentos geomorfológicos do Estado segundo Beserra Neta & Tavares Júnior (2004). Fonte: BESERRA NETA, TAV ARES JÚNIOR (2004). A área de estudo deste relatório está compreendida dentro dos limites norte segundo a classificação adotada. Apresenta relevo plano por vezes interrompido por pequenas ondulações até se tornar mais montanhoso na porção lesta. Desde a década de 30 até final dos anos 80 essa região sofreu intensa atividade extrativista relacionada à garimpagem de ouro e diamante. A figura 7 apresenta a amplitude dessa área a partir de imagem de satélite com destaque para as formas de relevo encontradas e logo abaixo são caracterizadas de acordo com a classificação de Beserra Neta & Tavares Júnior (2004).
  • 16. 16 Figura 7: Compartimenção do relevo na porção norte de Roraima. Fonte: TAVARES JÚNIOR (2003). 4.2.1. Planalto Sedimentar Roraima (1): Caracteriza-se por formas tabulares de topos irregularmente aplainados, escarpas abruptas representando recuo de planos de falhas normais, com vertentes de declividade muito alta (superior a 30º). Correspondem as maiores altitudes da área, com cotas atingindo valores entre 575 a 1100m. A Serra do Tepequém está situada dentro desse compartimento, elaborada sobre rochas sedimentares do Paleoproterozoico relacionadas à Formação Tepequém (CPRM, 1999). Segundo Costa (2005) trata-se de um relevo francamente em processo de dissecação tendo como principais características uma grande densidade de incisões resultantes da atuação da erosão pluvial resultando em enxame de ravinas. O autor também classifica esse compartimento relevo como de aplainamento. Beserra Neta et al. (2007) destacam que o topo da serra do Tepequém apresenta desníveis de até 500 metros de altitude, tais características o diferem de feições com superfície tabular.
  • 17. 17 4.2.2. Planalto do Interflúvio Amazonas (2) – Orenoco: Constitui um conjunto de serras e colinas com altitudes entre 600 a 1500 m, com topos na forma de cristas e pontões, orientadas na direção NE-SW e elaboradas em rochas graníticas e vulcânicas ácidas. Costa (2005) classifica este compartimento de relevo como de aplainamento. O relevo montanhoso fronteiriço com a Venezuela é sustentado por sequências vulcanossedimentares e granitoides recobertos por densa cobertura vegetal. Em termos morfológicos caracteriza-se por formas dissecadas em cristas e colinas com vertentes ravinadas de forte declive e vales encaixados, resultantes, em grande parte, do controle tectono – estrutural de zonas de cisalhamento transcorrentes e fraturamentos. 4.2.3. Superfícies Pediplanadas Intramontanas (3): É formada por áreas aplainadas e rebaixadas em relação aos relevos dos planaltos do Interflúvio Amazonas – Orenoco e Dissecado Norte da Amazônia. Apresentam orientação geral E-W, localmente mostram uma dissecação em cristas geralmente orientadas principalmente em colinas elaboradas nas rochas do Grupo Surumu. 4.2.4. Planalto Dissecado Norte da Amazônia (4): É representada por colinas com vales encaixados e encostas ravinadas associadas a cristas ou pontões, alcançando altitudes de até 900 m e sustentadas por rochas de composição granítica e vulcânicas ácidas a básicas paleoproterozoicas. Corresponde a maior parte do relevo da região. 4.2.5. Pediplano Rio Branco (5) – Rio Negro: Caracteriza-se por uma superfície de aplainamento, constituída em sua grande parte por sedimentos pouco consolidados. Corresponde ao nível altimétrico mais baixo da área, com cotas não superiores a 160 m. Geomorfologicamente, esse compartimento inclui relevo suave, representando cotas regionais baixas, com altitudes variando de 87 metros, nas drenagens mais expressivas, a 140 m às proximidades das grandes elevações. Segundo Costa (2005) a mesma recorta litologias pré-cambrianas e fanerozoicas, sendo interrompida principalmente pelos Planaltos Residuais de Roraima. 4.2.6. Relevos Residuais (inselbergs) (6): A maior parte das ocorrências constituem formas isoladas com cristas e vertentes de forte declividade, que interrompem a monotonia do aplainamento do Pediplano Rio Branco. Em geral, são elevações de 250 a 700 m, sustentadas por rochas vulcânicas ácidas e granitos de tendência mais alcalina de idade pré-cambriana, com topos convexos e encostas ravinadas.
  • 18. 18 Tavares Júnior (2003) classifica a área como uma superfície recoberta por uma vegetação de pequeno porte e esparsa, onde também predomina uma vegetação de floresta mais densa. A vegetação de savana é constituída pelos subsistemas arbóreo denso e aberto, parque e graminoso. O regime climático da região de savanas é caracterizado por um clima quente com períodos de chuvas e de estiagem bem definidos. As regiões de relevo elevado apresentam um clima subtropical de altitude, com temperaturas amenas e um período de chuvas e outro de estiagem. A região ao entorno é formada pelas bacias de drenagem dos rios Amajari e Trairão, estes fluem de oeste para leste e noroeste para sudeste, sendo afluentes respectivamente da margem esquerda do rio Urariquera e furo Santa Rosa ao norte da ilha de Maracá (BESERRA Neta & TAVARES JÚNIOR, 2016).
  • 19. 19 5. MATERIAIS E MÉTODOS As atividades práticas desenvolvidas durante a viagem de campo são a complementação das aulas teóricas dadas durante a disciplina de geomorfologia, que de certa forma configura-se como a primeira etapa para realização do relatório. A atividade de campo ocorreu entre os dias: 19 e 20 de outubro de 2017 a qual desenvolveu-se a essência da pesquisa, onde foram realizadas observações, descrições e discussões dos processos geológicos e geomorfológicos presentes nos pontos visitados. Em cada ponto foi obtido às coordenadas geográficas em UTM (Universal Transversa de Mercatos) com o GPS (Global Positioning System) da marca Garmin com média de erro de 3 metros, e as medições com o auxílio de bússola tipo Brunton, trena, martelos geológicos e escalas de bolso. Junto à caderneta de campo foram feitas anotações de informações relevantes e elaboração de croquis além do uso de celulares e máquinas fotográficas que serviram para fotografar os afloramentos estudados, dentre outros materiais comuns de campo. A última análise foi interpretativa e de pesquisa embasada na literatura disponível e se propôs a caracterizar os pontos visitados em campo, através da descrição e contextualização para o refinamento da pesquisa e elaboração dos croquis, perfis e mapas finais em escala de detalhe com os dados obtidos nos afloramentos.
  • 20. 20 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1. Ponto 1: O primeiro afloramento (X: 658547 e Y: 400000, com cota de 120 metros) foi registrado as margens da RR 203, a mais ou menos oito quilômetros do Amajari para o Trairão em uma região de savana, com alguns arbustos de porte médio (Figura 6-A). A partir desse ponto foi possível reconhecer os seguintes compartimentos geomorfológicos: Planalto Sedimentar de Roraima, representado ao longe pela Serra do Tepequém (Figura 6-D), formado por relevos tabulares, esculpidos em rochas sedimentares e metassedimentares dobradas do Supergrupo Roraima, caracterizado estruturalmente como uma bacia sedimentar formada por uma sequência siliciclastica. Na direção nordeste apresenta grande aba soerguida e planície com estruturas alinhadas preferencialmente N-SW assim como a drenagem e formas de relevos. Mais a sudeste mostra frontão com aparência linear. Na sequência se destaca o Pediplano Rio Branco - Rio Negro caracterizado por toda a área plana (Figura 6-B) interrompida por morros abaulados e principalmente pelo Planalto Dissecado de Roraima marcado pela Serra Aricamã (Figura 6-C), que apresenta rochas expostas como mesmo plano de foliação do relevo, alcançando altitudes de até 500 metros, elaboradas preferencialmente em rochas vulcânicas de composição ácida a intermediárias paleoproterozoicas.
  • 21. 21 Figura 8: (A) Vista geral do afloramento, (B) Unidade de relevo Pediplano Rio Branco – Rio Negro, (C) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (D) Unidade de relevo Planalto sedimentar de Roraima. Fonte: Os Autores. B Área Pediplanada A D Serra do Tepequém C Serra Aricamã
  • 22. 22 6.2. Ponto 2: O segundo ponto foi nas coordenadas X: 644496 e Y: 407876, com elevação de 208 metros. Realizou-se a partir de uma observação nas margens da estrada, próximo a uma área para pecuária dentro da vegetação de savana. Nessa paisagem visualizou-se uma série de modelados pontiagudos de topo aguçado e convexo com vertentes bem inclinadas (Figura 9- A). Sendo o principal morro a Serra Aricamã, situada a leste do Tepequém, apresenta altitudes médias de 705 metros e pontões que atingem até 905 metros na extremidade norte com sentido N-S e depois alinhamento N-SW (Figura 9-B). De maneira geral, são morros alinhados direcionados a NE - SW, compostos predominantemente por colinas dissecadas e morros baixos com concavidade na crista (Figura 9-C). Apresenta vegetação mais densa devido à camada de solo que recobre as rochas. Podem apresentar-se na forma de relevo de colinas amplas e suaves com escarpas e encostas ravinadas topograficamente mais baixas com presença de vales encaixados (Figura 9-D). Algumas colinas apresentam topos em forma de pontões ou cristas de topo convexos (Figura 9-E).
  • 23. 23 Figura 9: (A) Unidade de relevo Planalto Dissecado de Roraima, (B) Serra Aricamã, (C) Concavidade das serras, (D) Colinas pouco elevadas, (E) Topos emforma de pontão. Fonte: Os Autores. A B C E convexa convexa côncava D Serra Aricamã
  • 24. 24 6.3. Ponto 3: O terceiro ponto foi propriamente a Serra do Tepequém, com uma área total de 70 km² de extensão e altitude entre 550 e 1.100 m localiza-se no norte do Estado de Roraima precisamente 422.304 metros da sede do município de Amajari, nas coordenadas X: 643.326 e Y: 416.138, entre os rios Uraricuera e Amajari. A Serra é um remanescente do Planalto sedimentar inserida na unidade morfoestrutural Pediplano Rio Branco-Rio Negro (Figura 9- A-B), é um sinclinal com caimento geral caimento leste-oeste no topo e perfil de solo de pacote de sedimentos arenosos, apresenta superfície com direcionamento para seu eixo central e suas bordas são formadas por escarpas íngremes e paredões que chegam a ter declividades negativas (CPRM, 2014). Geologicamente a Serra do Tepequém é composta por rochas sedimentares da Formação Tepequém constituída principalmente por arenitos (Figura 8-D), arenitos conglomeráticos, siltitos e argilitos de idade Paleoproterozoica (CPRM, 1999), e representa uma exposição isolada do Supergrupo Roraima (FRAGA et. al 1997). A litologia que compõe o substrato consiste em rochas vulcânicas ácidas (riólitos, riodacitos, ignimbritos e piroclásticas) e intermediárias (andesitos e latitos) as quais fazem parte do Grupo Surumu (CPRM, 1999). Durante a subida da Serra foi marcado outro ponto com as coordenadas X: 643.718 e Y: 416.187, indicando uma elevação de altitude de 807 para 836 metros, em uma área da onde foi possível observar grande extensão do Interflúvio Amazonas – Orenoco (Figura 8-C) que é sustentado principalmente por rochas cristalinas (vulcânicas e plutônicas), com altitudes que chegam a atingir cotas de 1062 metros; o pontão NE da Serra (Figura 8-C) e a planície Intramontana (Figura 9-F). A planície Intramontana é claramente perceptível, como uma área mais plana entre a região montanhosa. Nessas áreas a atividade garimpeira intensificou o processo de ravinamento, que já acontece por conta do solo pouco coeso da região que favorece bastante a erosão. Esse mesmo solo incoeso com presença de material orgânico é observado durante a subida além de áreas de distensão, derrames ácidos e diques diabásicos. É notória a mudança da cobertura vegetal que passa a ser de savana lenhosa. Na literatura ao serra do Tepequém é referida como uma estrutura em forma tabular, assim como os outros modelados do Planalto Sedimentar, a exemplo o Monte Roraima, porém a partir da subida da Serra e de acordo com Beserra Neta et al. (2007) é perceptível que o topo da serra do Tepequém apresenta desníveis de até 500 metros de altitude, e tais características o diferem de feições com superfície tabular.
  • 25. 25 Figura 10: (A) Vista geral da Serra do Tepequém, (B) Forma Tabular da Serra, (C) Planalto do Interflúvio Amazonas- Orenoco visto de cima da Serra, (D) Rochas sedimentares expostas no Igarapé do Preto, (E) Vista do Pontão NE da Serra e (F) Superfície Pediplanada Intramontana vista de cima da Serra. Fonte: Os Autores. A B C D E F Planalto do Interflúvio Pontão NE da Serra Serra do Tepequém Superfície Pediplanadas Intramontana
  • 26. 26 6.4. Ponto 4: O quarto e último ponto se localiza nas coordenadas X: 641.593 e Y: 419.267, com uma elevação de 671 metros acima do nível do mar. A paisagem é composta por uma espécie de savana graminosa que caracteriza uma área de pastagem, poucos metros após o povoado da Vila do Tepequém numa região de planície intramontana. As planícies intermontanas localizadas no topo da serra do Tepequém foram palco de intensa atividade garimpeira diamantífera, que ao longo das últimas décadas podem ter contribuído com o processo erosivo revelado através de feições lineares. Além da influência antrópica, a vulnerabilidade física, química e mineralógica dos solos foi determinante na formação e evolução dessas frentes erosivas por voçorocamento (BESERRA NETA et al. 2007). As voçorocas desenvolvem-se por processos análogos aos dos vales: aprofundam-se por erosão vertical, alongam-se por erosão regressiva e alargam-se por degradação das encostas (LEUZINGER, 1948). Já o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT, 1991) define que erosões por voçorocas constituem o estágio mais avançado da erosão, sendo caracterizadas pelo avanço em profundidade das ravinas até atingirem o lençol freático ou o nível d´água do terreno. Guerra (1998) adota esse termo para as erosões com profundidade e largura superiores a 50 cm. Em ambas as classificações o afloramento se caracteriza como uma voçoroca, possuindo 11 metros de profundidade (Figura 11-A), e tendo contato com o lençol freático, apresentando um filete d’água no talvegue. A mesma possui sinal de alongamento do talvegue por interferência antrópica de garimpeiros e por isso perdeu parcialmente sua estrutura original. As vertentes são íngremes, sendo a esquerda coberta por vegetação que sustenta o solo. Nessa cabeceira as samambaias são o principal tipo de vegetação, além de ser um bioindicador de solos aluminosos. A margem direita se encontra bastante erodida corroborando para a ideia de crescimento da voçoroca em direção à esquerda (Figura 11-B). A declividade do terreno é por volta de 4º, porém suficiente para posicionar o escoamento superficial com fluxo superficial e subsuperficial. O escoamento da água dentro da voçoroca é mais expressivo ocorrendo o aceleramento da erosão resultando no crescimento da voçoroca rapidamente. Há a presença de vegetação que forma uma crosta de humos criada durante o período chuvoso. A voçoroca do Morro do Entorno possui cabeceira em formato de “V” sendo constituída por três pacotes sedimentares principais com colúvio acima da linha de pedra (arenoso). Esta linha de pedra é formada por fragmentos lateríticos dentríticos angulosos,
  • 27. 27 indicando proximidade com a área fonte e tem direção da erosão NE-SW que também é a mesma dos morros. A primeira camada corresponde a um argilito em tons de vinho de 1,70 metros em transição gradual com um arenito rosado de granulação fina. Em seguida vem uma fina camada de siltito de coloração rosada a esbranquiçada, e em sequência vem uma espessa camada de arenito que faz contado com alinha de pedra com seixos mais angulosos. Por último acima da linha de pedra encontra-se o saprólito (Figura 12). A morfologia do relevo e drenagem da serra do Tepequém e região de entorno definem uma subordinação ao arranjo estrutural de direção E-W, NE-SW e NW-SE representado por falhas normais e transcorrentes que delineia padrões de drenagem do tipo paralelo, retangular angulado e treliça de falhas. Um bom exemplo desse arranjo estrutural são as camadas da voçoroca que se encontram a 314º AZ, 43°/NW.
  • 28. 28 Figura 11: (A) e (B) Voçoroca do Morro do Entorno. Fonte: Os Autores. A B Vertente direita Vertente esquerda
  • 29. 29 Figura 12: Perfil estratigráfico da voçoroca do Morro do Entorno . Fonte: Os Autores. SOLO LINHA DE PEDRA ARENITO SILTE ARENITO ARGILITO
  • 30. 30 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da atividade de campo em conjunto com as aulas teóricas da disciplina de geomorfologia foi possível observar e descrever um pouco da geomorfologia e geologia da região Norte de Roraima. Os diversos pontos visitados apresentam a ocorrência de diferentes unidades de compartimentação do relevo, como o Pediplano Rio Branco-Rio Negro, Planalto Sedimentar de Roraima, Planalto do Interflúvio Amazonas-Orenoco, Relevos Residuais e as Superfícies Pediplanadas Intramontadas, todos com características próprias para a região Norte. Outras de feições geomorfológicas vistas em campo foram as ravinas e voçorocas, além dos diversos tipos de modelados de relevo. Atividade de campo foi útil na constatação da dependência entre o modelado da área e os fatores endógenos, sendo o principal a litologia. Os fatores exógenos também são atuantes, como o processo de intemperismo, erosão e ação antropogênica. Na Figura 14 é apresentado o Modelo geomorfológico do Norte do estado de Roraima desde a sede do município de Amajari até Serra do Tepequém. Esse modelo pode ser correlacionado com a compartimentação do relevo segundo a CPRM (2014) que classifica o relevo Roraima com terrenos que apresentam desde superfícies muito baixas e extremamente planas, principalmente na região sul, até os relevos mais movimentados e mais altos do país na região Norte. Figura 13: Modelo geomorfológico do Norte do estado de Roraima. Fonte: Os Autores.
  • 31. 31 REFERÊNCIAS BESERRA N. L. C. ; TAVARES J. S. S. Contextualização Morfológica Regional da Serra do Tepequém- RR. Geociências na Pan- Amazônia. 1ªed.- Boa Vista, Roraima: Editora da Universidade Federal de Roraima. 2016. p 65- 85. BESERRA N. L. C.; DINIZ C. L; TAVARES J. S. S. Dinâmica da Paisagem na Serra do Tepequém. Geociências na Pan- Amazônia. 1ªed.- Boa Vista, Roraima: Editora da Universidade Federal de Roraima. 2016. p 87- 112. BESERRA N. L. C.; TAVARES J. S. S. Fatores condicionantes na formação de voçorocas no topo da Serra do Tepequém- Revista Geonorte, Ed. Especial. V.2, N.4, p.456 – 463, 2012. BESERRA N. L. C.; TAVARES J. S. S. Roraima 20 anos: as geografias de um novo Estado. Boa Vista: Editora da UFRR- EdUFRR, 2008. CONCEIÇÃO, D. A. Intemperismo na região da Serra do Tucano-RR. 2011. 27p. Dissertação (Mestrado em Geociências) –– Universidade Federal do Amazonas - UFAM, Manaus: 2011. CORDANI, U.G et al. Evolução tectônica da Amazônia com base nos dados geocronológicos. In: CONGRESO GEOLÓGICO CHILENO, 2., 1979, Arica. Anais... [s .n.], 1979. p.137- 138. COSTA, J. A. V. Compartimentação do relevo do estado de Roraima. Roraima em foco: Pesquisas e Apontamentos Recentes. 1ed. Boa Vista: Editora da UFRR - EdUFRR, 2008, v. 1, p. 77-107. COSTA, J.B.S., Pinheiro R.V.L, Reis N.J., Pessoa M.R., Pinheiro, S. da S. 1991. O Hemigráben do Tacutu, uma Estrutura Controlada pela Geometria do Cinturão de Cisalhamento Guiana Central. Geociências, 10: 119-130. COSTA, M. L. Introdução ao intemperismo laterítico e a lateritização. In: Bandeira et al (2007) (orgs) -Prospecção Geoquímica-Sociedade Brasileira de Geoquímica-SBGq, Rio de Janeiro. CPRM - Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Roraima Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (integrais), NA.20-X-A, NA.20- X-C, NA.21-V-A e NA.21-V-C
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  • 34. 34 REIS, N.J.; NUNES, N.S. V.; PINHEIRO, S. S. A cobertura Mesozoica do hemigráben Tacutu - Estado de Roraima. Uma abordagem ao paleoambiente da Formação Serra do Tucano, 1994. REIS, N.J; CARVALHO, A.S Coberturas sedimentares do mesoproterozóico do estado de Roraima- avaliação e discussão de seu modo de ocorrência. Revista Brasileira de Geociências, Volume 26,1996. REIS, N.J; YÁNEZ, G.; O supergrupo Roraima ao longo da faixa fronteiriça entre Brasil e Venezuela (Santa Elena da Uairén – Monte Roraima). Contribuições à Geologia da Amazônia – Volume 2 – 2001 – páginas 113-144 SANTOS, A. M. B. Evolução geológica da Bacia do Tacutu (Território Federal de Roraima). Manaus. 1984. SANTOS, J. O. S.; et al. Paleoproterozoic Evolution of Northwestern Roraima state – absence of Archean Crust, based on U-Pb and Sm-Nd Isotopic evidence. In: SOUTH AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 4, 24-27 Aug. 2003. Short Papers. Salvador: CPBMIRD, 2003. p. 278-281. SCARAMUZZA, A. C. Interpretações paleoambientais e paleoecológicas para o Cretáceo da Bacia do Tacutu com base em lenhos. 2015. 69p. Dissertação (Mestrado em Recursos Naturais) – Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2015. SOUZA, V. et al. Ocorrência de lenhos fósseis na Bacia do Tacutu-Roraima. Revista Acta Geográfica, Boa Vista, v. 3, n. 5, p. 73-77, 2009. SOUZA, V.; SAMPAIO, B. M. Primeiro registro fóssil (icnofósseis) da formação Tucano (Bacia do Tacutu/RR): uma ferramenta no estudo da evolução da paleopaisagem de Roraima. Revista Acta Geográfica, Boa Vista, v. 1, n. 1, p. 105-112, 2007. SUGUIO, K. Geologia Sedimentar. São Paulo: editora Edgard Blücher Ltda, 2003. 400p. TASSINARI C.C.G., MACAMBIRA M.J.B. A evolução tectônica do Cráton Amazônico. In: Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. Beca, São Paulo, 2004. p.471-485. TASSINARI C.C.G., MACAMBIRA M.J.B. Geochronological provinces of the Amazonian Craton. Episodes, 22(3): 1999. 174-182.
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