SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
EZEQUIAS NOGUEIRA GUIMARÃES
RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E
EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES
Boa Vista, RR.
2018.
INTRODUÇÃO
Roraima é uma região bem diversificada em domínios litoestruturais e, por conseguinte
em tipos litológicos. São reconhecidos 4 desses domínios, a) Urariquera (WNW-ESE a E-W),
terreno vulcano-plutônico-sedimentar em 1,98-1,78 Ga; b) Guiana Central (NE-SW), cinturão
de alto grau em 1,94-1,93 Ga e Associação AMG (1,5 Ga); c) Parima (NW-SE a E-W), terreno
granito greenstone em 1,97-1,94 Ga e d) Anauá - Jatapu (NW-SE, NE-SW e N-S), terreno
granito-gnáissico em 2,03-1,81 Ga.
Com localização no Domínio Guiana Central, a bacia do Tacutu, conhecida na Guiana
como North Savannas Rift Valley, possui uma área de aproximadamente 12.500 km², que se
estende por cerca de 300 km sobre um eixo de direção ENE-SWS alterando para NE-SW, que
cruza a fronteira Brasil-Guiana (GIBBS & BARRON, 1993).
As propostas de evolução crustal apresentadas na bibliografia consultada (SZATMARI,
1983; EIRAS e KINOSHITA, 1988 e 1994; GIBBS e BARRON, 1993; REIS et al., 2006; VAZ;
FILHO e BUENO, 2007), permitem inferir que sua gênese tenha ocorrido no final do Jurássico
Superior e no início do Cretáceo Inferior, a partir de uma reativação do Cinturão de
Cisalhamento Guiana Central (CCGC) dominado por falhas orientadas a NW-SE e a NE-SW,
principalmente.
De acordo com Costa et al. (1991) na evolução do rifte do Tacutu houve uma
componente oblíqua sinistral no evento distensivo com direção de NW-SEque foram descritas
através de dois momentos. No primeiro, formam-se as falhas de borda e as secundárias
sintéticas (NW) e antitéticas (NE) durante o regime distensivo. No segundo momento,
observou-se um movimento transcorrente sinistral que formou dobras en echelon com direção
NW-SE e estruturas em flor positiva.
A porção centro-norte de Roraima com prolongamento através da Guiana e Suriname
assinala lineamentos estruturais NE-SW, impressos em unidades litológicas do Paleo e
Mesoproterozoico. Seus limites ao norte e sul estão em grande parte encobertos por sedimentos
cenozoicos ou obliterados por intrusões graníticas.
A atividade realizada entre os dias: 23 e 24 de novembro de 2018 surge como análise
prática dos conteúdos ministrados na disciplina de Origem e Evolução de Bacias Sedimentares.
As áreas de estudo possuem acesso relativamente fácil aos afloramentos, pelo fato de serem
locais próximos às margens das estradas nos municípios de Boa Vista, Cantá, Bonfim e
Normandia.
A atividade de campo desenvolveu-se através de observações, análise, empilhamento e
interpretação das relações estratigráficas entre as camadas sedimentares, descrições e
discussões sobre a litologia presente nos pontos visitados, configurando-se como a primeira
etapa para realização do relatório.
Em cada ponto foi obtido às coordenadas geográficas em UTM (Universal Transversa
de Mercatos) e grau decimal com o GPS (Global Positioning System) da marca Garmin com
média de erro de 3 metros, quando necessário utilizou-se a bússola tipo Brunton, escalas de
bolso e martelos geológicos. Junto à caderneta de campo foram feitas anotações de informações
relevantes e além do uso de celulares e máquinas fotográficas que serviram para fotografar os
afloramentos estudados.
A última análise foi interpretativa e de pesquisa embasada na literatura disponível, se
propôs a caracterizar os pontos visitados em campo, através da descrição e contextualização.
Houve então, o refinamento da pesquisa juntamente com os dados obtidos nos afloramentos,
para elaboração dos croquis e perfis.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
PONTO 1
O afloramento está localizado na margem esquerda do rio Tacutu próximo a ponte do
Tacutu, numa localizada conhecida como Conceição do Maú com via de acesso a BR-401 no
município de Normandia. As coordenadas do ponto são N03.5642 e W59.88613, com cota de
66 metros dentro da Fazenda do Caju. Essa é uma região de confluência dos rios Tacutu e Maú
sob a área das falhas normais de Lethem e Pirara, que marcam direções de mergulho para
sudeste e noroeste, respectivamente (Vaz; Wanderley Filho; Bueno, 2007).
A feição geológica é um banco de solapamento bastante recoberto pelo intemperismo
das próprias rochas (laterização) e inúmeros matacões rolados do bloco e depositados nas
margens do rio. O deslocamento do bloco é resultado de uma falha lístrica formada pela
movimentação gravitacional devido as cheias do rio Tacutu. Acredita-se que se tratando de uma
falha do tipo lístrica, o bloco rochoso rotacionou 90º em direção ao canal.
A base do substrato por onde o bloco se movimentou é a Formação Tacutu sendo o
próprio bloco da Formação Boa Vista, portanto de sedimentação datada do Neogeno enquanto
o substrato (Formação Tacutu) pertence ao Eocretáceo (Vaz; Wanderley Filho; Bueno, 2007).
De acordo com Reis et al. (2001), a Formação Boa Vista foi formada em uma bacia rasa
de aproximadamente 15 m de espessura com profundidades variáveis conforme o
embasamento. Pela descrição realizada em campo, acredita-se que o afloramento corresponde
a sucessão superior da Formação Boa Vista, sendo esta composta de arenitos tabulares de médio
a grosso, arenito conglomeráticos, arenitos ferruginosos, arenitos síliticos e argilitos
mosqueados (REIS et al., 2001) (figura X).
O bloco tem continuidade lateral de cerca de 40 metros, sendo caracterizado como um
perfil granocrescente com marcas de bioturbação no topo. As camadas possuem gradação
normal possivelmente resultado dos fluxos de maior ou menor energia do rio. Além destas
evidências, os níveis de seixo são indicativos de transporte de carga por fluxo aquoso, inferindo-se um
sistema fluvial parea a área.
Figura 1:
Fonte:
A área situa-se nas falhas da borda norte da bacia, onde as principais drenagens estão
encaixadas neste sistema de falhas. A borda norte corresponde a borda flexural da bacia, e as
falhas lístricas funcionam como depocentros.
No tocante, todos os perfis apresentados neste ponto apresentam de maneira clara a
discordância entre a Formação Tacutu e a Formação Boa Vista, de idades eocretácea e neogena,
respectivamente (figura X).
Figura 2:
Fonte:
Topo: Areia fina a média de cor amarelo pálido e composição majoritariamente de quartzo e
argilominerais.
Camada 2: Areia média a grossa com predominância de minerais de coloração mais clara que
a camada sobreposta.
Base: Conglomerado de grãos de cascalhosos na extremidade inferior, e grãos menores e mais
arredondados no limite com a camada 2.
Por detrás deste bloco há outro afloramento, com uma camada de 1,36 metros de topo e
aproximadamente um metro de base. A base é o mesmo conglomerado do bloco maior,
constatando-se que se trata da rocha parental do laterito espalhado pela área.
Cerca de 200 metros mais a frente, há uma “caixa de empréstimo” denominação dada a
escavações de onde retiram piçarra para a pavimentação da BR-401. O perfil apresenta uma
base formada por pelito conglomerático e um topo formado por conglomerado, com presença
de quartzo arredondado.
O contato entre as duas camadas é abrupto, com superfície de truncamento indicando
perda de registro. O conglomerado da base tem origem no retrabalhamento das rochas da
própria Formação Tacutu, enquanto a camada do topo, Formação Boa Vista, está retrabalhando
rochas ainda mais antigas, do próprio embasamento do graben, de idade paleoproterozoica
(figura X).
Figura 3:
Fonte:
PONTO 2
O afloramento está localizado nas coordenadas N03.43803 e W59.93784 na margem
direita da RR-401 sentido Bonfim com cota altimétrica de 85 metros. O perfil é formado por
um conglomerado mais fino na base e mais grosso no topo por conta do fluxo. O embasamento
é principalmente retrabalhado na Serra do Tucano.
O conglomerado do topo é mais arredondado, enquando mais próximo da base se torna
mais anguloso. O topo corresponde ao mesmo arenito dos ponto anteriores, da Formação Boa
Vista, e a base apresenta os arenitos típicos da Formação Tucano.
A sedimentação da Formação Serra do Tucano incluída na base do perfil, deu-se em
condições climáticas áridas, em ambiente francamente continental. Há um grande registro de
rochas areníticas com estratificação cruzada acanalada e tabulares. Os arenitos são finos a
conglomeráticos e subordinados siltitos sendo que nesta unidade ocorrem a maioria dos
afloramentos de lateritos dentro do hemigráben Tacutu (REIS et al., 1999).
Figura 4:
Fonte:
Topo: Areia fina coberta por sedimentos retrabalhados pela ação antrópica.
Camada 2: Conglomerado (base mais grossa) com grãos levemente imbricadose bastante material
retrabalhado cobrindo a base.
Base: Arenito grosso com estratificação cruzada acanalada. Os grãos angulosos são principalmente
fragmentos incluídos da Serra do Tucano. O contato com o topo é brusco, sugerindo no passado a
existência de vários pequenos canais.
Figura 5:
Fonte:
PONTO 3
O afloramento é localizado no próprio Rio Arraia nas coordenadas X: 177328 e Y:
371315 com cota altimétrica de 67 metros. As rochas analisadas compõem o leito do rio Arraia,
no Horst do Arraia, uma área consideravelmente soerguida da bacia, e por conseguinte, de clara
exposição do embasamento.
A origem das rochas dessa unidade remonta ao Mesozoico quando o hemigráben foi
preenchido por basaltos toleíticos e diabásios reunidos no Complexo Vulcânico Apoteri
(Jurássico-Cretáceo) (REIS et al., 2001).
As rochas vulcânicas da Formação Apoteri são tipicamente cinza escura ou esverdeada.
São de granulação muito fina, compactas e podem apresentar amigdalas, principalmente de
clorita (GIBBS e BARRON, 1993). Acredita-se que rochas deste tipo após bastante
intemperismo e processos de laterização deram origem ao afloramento “Alto do Tombo” e
consequente ao perfil 4.
Segundo CPRM (1999), a formação é constituída sobretudo por basaltos de composição
mineralógica representada por plagioclásio, augita, hornblenda, biotita e, mais raramente,
olivina, onde essa significativa quantidade de Ca corrobora com os indícios da presença de
organismo de carapaça calcificada.
PONTO 4
O afloramento está localizado nas coordenadas N03.35635 e W59.82893, com cota
altimétrica de 60 metros, situado na margem brasileira do rio Tacutu.
O perfil é composto inteiramente por um siltito lâminado normal com marcas ondulantes
e bioturbação realizadas por gastrópodes recentes. As camadas são distinguidas por diferentes
níveis que variam de um tom mais claro a um mais escuro, estando principalmente na forma de
lentes inclinadas.
Segundo Vaz; Wanderley Filho; Bueno (2007), a sequência pelítica aflorante ao longo
do rio Tacutu, nas proximidades de Bonfim, corresponde a Formação Tacutu e consiste
basicamente de siltitos castanhos-escuros a vermelhos, argilosos, calcíferos, com lâminação
plano-paralela ou de baixo ângulo. Também pode ocorrer arenitos, carbonatos e folhelhos.
Autores como Eiras; Kishinota; Feijó (1994) sustentam a possibilidade que neste
afloramento o siltito castanho-escuro, estratificado, bem compacto e distinto dos siltes
vermelho da Formação Tacutu, na verdade correspondem a Formação Manari. Segundos os
autores essa unidade em subsuperfície contém igualmente folhelho e siltito cinza-escuro.
De maneira geral são sucessões de camadas bastante dobradas por tectônica cenozoica.
São fácies de ritmitos de frente deltaica, mais especificamente turbiditos. As camadas
apresentam geometria tabuliforme e simetria característica de fluxo unidirecional.
Duas famílias de fraturas são distinguidas, uma com direção. Paralela fechada em ângulo de
70 a 30°. Sinfoma com flanco com ângulo de caimento de 9º e direção do eixo 290º.
Figura 6:
Fonte:
Font e:
Figura 7:
Fonte:
PONTO 5
Localizada na vicinal Bom 170, coordenadas X: 820.589 e Y: 373.244 e cota altimétrica
de 178 metros, o afloramento faz parte de um barranco à beira do Igarapé do Mel cercado por
mata ciliar.
Além dos sedimentos que compõe o perfil, o igarapé possui uma grande quantidade de
fragmentos angulosos retrabalhados das formações pertencentes a Bacia do Tacutu que se
encontram depositados em suas margens proveniente de distâncias curtas.
As estruturas da camadas mais superiores pontam para sudesde, enquanto as estruturas
das camadas mais inferiroes apontam para sul-norte. A drenagem novamente é controlada por
uma falha, com direção quase norte-sul. O padrão ortogonal da drenagem é resultado de
diferentes eventos que mudaram a direção da rede de drenagem.
Brasil e Lima (1980) apud Eiras; Kishinota; Feijó (1994) descreveram no Igarapé do
Mel, arenito róseo a cinza esbranquiçado e amarelado, fino, caulínico, friável, com
estratificação cruzada de pequeno porte, sobreposto aos siltitos vermelhos da Formação Tacutu.
Em campo o perfil foi descrito como de embasamento da Formação Tacutu representado
por uma base argilosa, em seguida uma camada de cascalhos e no topo uma camada de argila. O
topo do perfil possui uma cobertura ampla de solo podzólico característico da Formação Boa
Vista (figura X).
A nível de comparação o que descrito por Brasil e Lima (1980) apud Eiras; Kishinota;
Feijó (1994) como arenito róseo a cinza esbranquiçado e amarelado, fino, caulínico, friável,
com estratificação cruzada de pequeno porte pode ser equivalente a sedimentação da Formação
Boa Vista descrita por Reis et al. (2001) como composta de arenitos arcoseanos a levemente
conglomeráticos, róseos a esbranquiçados e ligeiramente friáveis.
Enquanto a base argilosa na descrição de Brasil e Lima (1980) apud Eiras; Kishinota;
Feijó (1994) corresponde aos siltitos castanho escuro a vermelho, calcíferos, argilosos,
contendo pseudomorfos de gipsita substituídos por anidrita ou calcita já bastante alterados.
A camada de cascacalhos possivelmente é formada pelos arenitos finos a
conglomeráticos e subordinados siltitos que constituem a Formação Serra do Tucano (REIS et
al., 1999) ou pelos arenitos acastanhado, muito fino a fino, calcíferos e argilosos (COSTA e
LIMA, 1981, apud EIRAS e KINOSHITA, 1990) da Formação Tacutu.
Figura 8:
Fonte:
PONTO 6
O afloramento está localizado na Serra do Tucano, nas coordenadas N08.18549 e
W03.58505 com cota altimétrica de 151 metros, em frente ao Morro da Antena. Observou-se
um conglomerado grosso rodeado por diversos blocos menores de arenitos rolados, oriundos
de depósitos coluvionares do próprio Morro da Antena.
A Formação Serra do Tucano é essencialmente arenosa (EIRAS; KISHINOTA; FEIJÓ,
1994). Carneiro et al. (1968) apud Eiras; Kishinota; Feijó (1994) descreveram, na base da serra,
arenito acastanhado, médio a grosso, seixoso, gradando acima para arenito róseo-
esbranquiçado, caulínico e friável, ambos com estratificação cruzada e raras intercalações de
siltito arenoso, micáceo.
Reis; Nunes; Pinheiro (1994) descrevem duas fácies sedimentares para a formação: a
fácies de canal (barras de granulometria fina), representada por quartzo-arenitos maciços, creme
a esbranquiçado, arenitos conglomeráticos com fragmentos caulínicos e quartsozos (não-
seixosos); e a fácies de planície de inundação, representada por uma sequência de arenitos finos,
creme a amarelados e siltitos avermelhados via de regra oxidados, com estrutura de grandes
fendas de ressecamento e lâminação plano paralela. Nas fácies de planície de inundação foram
registrados icnofósseis e impressões carbonosas de restos vegetais (SOUZA; SAMPAIO,
2007).
As elevações se encontram alinhadas por conta da tectônica cenozoica, e podem
representar uma estimativa do posicionamentos das ombreiras da bacia antes da completa
erosão destas.
PONTO 7
O afloramento está localizado na Serra do Tucano, nas coordenadas N08.17921 e
W03.63532 com cota altimétrica de 170 metros, correspondente ao Afloramento Murici II. O
relevo nesta região possui um padrão cuestiforme bastante similiar ao afloramento anterior.
Esta sucessão é a mesma encontrada no topo do Morro da Antena.
Os arenitos ocorrem em depósitos tabulares, resultado do crevasse splay, são fossilíferos
e dominam a porção inferior do afloramento. A granulometria se torna mais fina no topo.
Segundo Eiras e Kinoshita (1990), a unidade está restrita ao sinclinal homônimo,
onde forma, em superfície morros suaves de até 200m de altura, que compõem a Serra do
Tucano, uma feição fisiográfica que contrasta com a planura do interior do gráben.
Em trabalho detalhado nesta unidade, Reis et al. (1994) determinaram duas fácies
sedimentares inter-relacionadas: fácies de canal (barras de granulação fina), representada
por quartzo-arenitos maciços, creme a esbranquiçados, geometria tabular; arenitos
arcoseanos róseos, friáveis, e subordinados arenitos conglomeráticos com fragmentos
caulínicos e quartzosos (não seixosos).
As principais feições sedimentares relacionam-se a estratificações cruzadas
acanaladas de médio a grande porte a sets festonados (cujo vetor médio de direção de
paleocorrente está para SW / 208 graus) ciclos granodecrescentes ascendentes na forma
de sequências regulares e cíclicas no acúmulo de sedimentação, além de uma boa seleção
de grãos; fácies de overbank (planície de inundação), representada por uma sequência de
arenitos finos, creme a amarelados, e siltitos avermelhados via de regra oxidados, com
estruturas de grandes fendas de ressecamento, lâminação plano paralela, tímidas marcas
onduladas assimétricas e flaser (REIS et al.,1994).
Figura 9:
Fonte:
17
PONTO 8
O afloramento está localizado estrada do acesso a Serra Grande, nas coordenadas
N02.69983 e W60.711705 com cota altimétrica de 168 metros. O relevo da região é do tipo hod-
back, com mergulho de até 20º, e declividade cerca de 42% (figura X). As rochas são
granitoides folheados, com micas orientadas, quartzo e alguns fenocristais de feldspato
potássico.
A área corresponde a Borda Sul da Bacia do Tacutu, com fraturas direcionadas muito
próximas as direções de N-S e E-W, formando feições semelhantes a diversas quadriculas na
rocha. As foliações apresentam-se em duas principais direções: NW-SE e NE-SW, com
mergulho variando entre 30 a 50 graus.
Figura 10:
Fonte:
18
Figura 11:
Fonte:
19
PONTO 9
O afloramento está localizado estrada na Comunidade Indígena Darôra, na zona rual de
Boa Vista, coordenadas N03.17679 e W0638352 com cota altimétrica de 52 metros.
O ponto é localizado quase no centro da Bacia do Tacutu, e possui no topo a Formação
Boa Vsta e na base a Formação Tacutu.
Figura 12:
Fonte:
Topo: Conglomerado maciço, bastante fraturado e com marcas de conchas recentes.
Camada 2: Areia média a grossa. Pouca quantidade de argila, grãos de areia subarredondados,
angulosos e quartsozos sem textura.
Base: Siltito avermelhado fraturado variando para um tom mais amarronzado, como se
existissem duas camadas. Estrutura plano paralela. Siltito marca de onda.
Em superfície, a Formação Tacutu ocorre nos leitos de certos rios que, para impor
seus vales, escavaram a delgada cobertura sedimentar terciária até atingir as rochas que
compõem a unidade. No Brasil, esses afloramentos são encontrados nos leitos do Rio
Tacutu (entre Lethem e a Fazenda São Lourenço), do Rio Arraia (próximo à foz), do
20
Igarapé do Mel e do Igarapé Garrafa, ambos próximos à desembocadura do Rio Tacutu
(EIRAS e KINOSHITA, 1990).
Os litotipos constituintes desta unidade consistem basicamente de siltitos castanho
escuro a vermelho, calcíferos, argilosos, contendo pseudomorfos de gipsita substituídos
por anidrita ou calcita, com lâminação planoparalelaou de baixo ângulo.
Subordinadamente ocorrem arenitos creme claro a acastanhado, muito fino a fino,
calcífero, argiloso e semicoeso; calcarenito creme avermelhado a castanhado, fino e
bioclástico; e folhelhos castanho avermelhado e calcífero (COSTA e LIMA, 1981, apud
EIRAS e KINOSHITA, 1990).
Ocorre restritamente ao gráben do Tacutu conforme proposto por Reis et al.
(2001), que relata afloramento da sua sucessão sedimentar inferior a sudoeste e a nordeste
da cidade de Boa Vista. É composta por arenitos arcoseanos a levemente conglomeráticos,
róseos a esbranquiçados, ligeiramente friáveis, de granulação média a grossa, passíveis de
distinção no grau de consolidação, arranjo e seleção àqueles da sucessão anteriormente
descrita para o domínio Urariquera, apresentando localmente perfis lateríticos imaturos
comdesenvolvimento desolos podzólico e hidromórfico (REIS et al., 2001). CPRM (2004)
e Eiras e Kinoshita (1990) incluem ainda a ocorrência de siltitos e argilitos
respectivamente.
Figura 13:
21
Figura 14:
Fonte:
22
PONTO 10
O afloramento está localizado sobre a Ponto do rio Cauamé, na área urbana de Boa
Vista, nas coordenadas N02.90485 e W60.77374 com cota altimétrica de 50 metros.
Compreende uma porção relativamente rasa da bacia, por conta disso afloram rochas do
embasamento vulcânico, e com isso, as feições iniciais do evento de soerguimento do graben.
As direções de fraturas, indicadas por no mínimo três grupos com direções distintas porém
majoritariamente NE-SW, seguidas de SE-NW e algumas poucas com direção muito próxima
de N-S (figura X), correspondem as zonas preferenciais de abertura durante os eventos
distensivos ocorridos na Bacia do Tacutu.
Figura 15:
Fonte:
23
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da atividade de campo em conjunto com as aulas teóricas da disciplina foi
possível observar e descrever as diferentes litologias pertencentes a Formação Apoteri, Tacutu,
Serra do Tucano e Boa Vista pertencentes a Bacia do Tacutu e constatar as principais relações
de contato entre as referidas formações. Foi trabalhado tamabém o embasamento da bacia, que
datado do Pré-Cambriano.
Na atividade de campo foi possível reconhecer afloramentos representativos da fase pré-
rift, correspondendo a Formação Apoteri, e o próprio embasamente, a fase de rift, onde se
desenvolveu as formações Tucano e Tacutu, e a fase de deposição da bacia que não é
relacionada ao rifteamento, e representada pela Formação Boa Vista.
A maior parte das direções de fraturas e acadamentos apontam apara valores próximos
a área das falhas normais de Lethem e Pirara, que marcam direções de mergulho para sudeste e
noroeste, respectivamente (Vaz; Wanderley Filho; Bueno, 2007).
Fase pós-rift
Terciário ao recente
Cenozoico controlado pela movimentação dos blocos mesozoicos
Figura 16:
24
Fonte:
25
Tabela 1:
PONTO CONTATOS PALEOCORRENTES ACAMADAMENTO FRATURAS FOLIAÇÃO AZIMUTE DO
RIO
DOBRA
1
BOA VISTA
TACUTU 275º
2
BOA VISTA 272º
TUCANO 250°; 260°
3 APOTERI 315º
4 TACUTU 015/55; 018/55 128/85; 214/60 290/9
5
BOA VISTA SE
TACUTU S-N 300º
6 TUCANO
7
TUCANO 10º 261/10; 265/12; 262/15;
310/07
8 EMBASAMENTO 256/36; 19/52;
358/64; 344/72
255/31; 340/49;
302/07
9
BOA VISTA 216º 120/20; 265/2; 203/1;
154/1; 175/3
272/69; 03/70;
270/82; 06/76; 91/67;
62/55
TACUTU 180º 308/75; 264/62; 169/60;
340/40; 215/4; 222/11
265/02; 306/05;
151/01; 175/03;
222/11; 120/20
10 APOTERI 39/68; 141/89; 20/81;
121/05; 66/79
Fonte:
Vetor de paleocorrentes?
REFERÊNCIAS
ALMEIDA F.F.M., BRITO NEVES B.B., DAL RÉ CARNEIRO C. The origin and evolution
of the South American Platform. Earth Science Reviews, 50(1-2):77-111. 2003.
BESERRA NETA. L. C.; TAVARES JÚNIOR. S. S. Contextualização Morfológica Regional
da Serra do Tepequém- RR. Geociências na Pan- Amazônia. 1ª ed.- Boa Vista, Roraima:
Editora da Universidade Federal de Roraima. 2016. p 65- 85.
BESERRA NETA. L. C.; TAVARES JÚNIOR. S. S. Fatores condicionantes na formação de
voçorocas no topo da Serra do Tepequém- Revista Geonorte, Ed. Especial. V.2, N.4, p.456 –
463, 2012.
BESERRA NETA. L. C.; TAVARES J. S. S. Roraima 20 anos: as geografias de um novo
Estado. Boa Vista: Editora da UFRR- EdUFRR, 2008.
BRITO NEVES B.B., ALMEIDA F.F.M. A evolução dos crátons Amazônico e São
Francisco comparada com homólogos do hemisfério norte – 25 anos depois. In: 8º Simpósio
de Geologia da Amazônia, SBG/NO, Manaus - AM. 2003.
CARNEIRO FILHO, A. SCHWARTZ, D. TATUMI, S. H. THIERRY. R. Amazonian
Paleodunes Provide Evidence for Drier Climate Phases during the Late Pleistocene–Holocene.
Quaternary Research. v. 58, 205–209 (2002).
CORDANI, U.G et al. Evolução tectônica da Amazônia com base nos dados
geocronológicos. In: CONGRESO GEOLÓGICO CHILENO, 2., 1979, Arica. Anais... [s .n.],
1979. p.137- 138.
COSTA, J. A. V. Compartimentação do relevo do estado de Roraima. Roraima em foco:
Pesquisas e Apontamentos Recentes. 1ed. Boa Vista: Editora da UFRR - EdUFRR, 2008, v. 1,
p. 77-107.
COSTA, J.B.S., Pinheiro R.V.L, Reis N.J., Pessoa M.R., Pinheiro, S. da S. O Hemigráben do
Tacutu, uma Estrutura Controlada pela Geometria do Cinturão de Cisalhamento Guiana
Central. Geociências, 10: 119-130. 1991.
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Programa Levantamentos Geológicos
Básicos do Brasil. Roraima Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (integrais), NA.20-X-
A, NA.20- X-C, NA.21-V-A e NA.21-V-C (parciais). Escala 1:500.000. Estado de Roraima.
Superintendência Regional de Manaus, 166 p, 1999.
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Geologia e Recursos Minerais do Estado
do Amazonas / Nelson Joaquim Reis. [et al.]. – Manaus: CPRM – Serviço Geológico do Brasil,
2006. 7-16p.
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Geologia e recursos minerais da folha Vila
de Tepequém – NA.20-X-A-lll Estado de Roraima, escala 1:100.000. Sistema de
Informações Geográficas - SIG. Manaus: CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2010.
CPRM- PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL. Geodiversidade do Estado De Roraima /
Janólfta Lêda Rocha Holanda, José Luiz Marmose, Maria Adelaide Mansini Maia. Manaus:
CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2014. 31-47p.
CPRM. Projeto GIS do Brasil - Sistemas de Informações geográficas do Brasil - Carta
Geológica do Brasil ao milionésimo. Mapa geológico do Estado de Roraima Escala
1:1000.000. Brasília: CPRM, 2004.
CPRM (2004). Mapa geológico do Estado de Roraima. Sistema de Informações Geográficas
- SIG. Mapa na escala de 1:1.1000.000. CD-ROM.
CRAWFORD, F. D.; SZELEWSKI, C. E.; ALVEY, G. D. Geology and exploration in the
Takutu Gráben of Guyana. Journal Petroleum Geology, Beaconsfield, v. 8, n. 1, p. 5-36.
1984.
EIRAS, J. F.; KINOSHITA, E. M. e FEIJÓ, F. J. Bacia do Tacutu. In: Feijó, F. J. (ed.). Cartas
estratigráficas das bacias sedimentares brasileiras. Rio de Janeiro, Bol. Geoc. Petrobrás, 8(2):
83-89. 1994.
EIRAS, J. F.; KINOSHITA, E. M. Evidências de movimentos transcorrentes na Bacia do
Tacutu. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2-4, p. 193-208, abr./dez.
1988.
FARIA M.S.G. et al. Evolução Geológica da Regiãodo Alto Rio Anauá - Roraima. In: SBG,
Simp. Geol. Amaz., 8, Anais, 2003.
FERNANDES FILHO, L. A.; TRUCKENBRODT, W.; PINHEIRO, R. V. L.; NOGUEIRA, A.
C. R. Deformação das rochas siliciclásticas paleoproterozoicas do Grupo Araí como exemplo
das reativações de falhas do embasamento, Serra do Tepequém, Roraima, norte do Brasil.
Revista Brasileira de Geociências, volume 42(4), 2012.
FERNANDES FILHO, L. A.; TRUCKENBRODT, W.; NOGUEIRA, A. C. R Fácies e
Estratigrafia da Sucessão Sedimentar Paleoproterozóica da serra do Tepequém, sul do
Escudo das Guianas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 44., 2008, Curitiba.
Anais… Curitiba: SBG, 2008.
FERNANDES FILHO, L.A; Fácies deposicionais, estratigráficas e aspectos estruturais da
cobertura sedimentar paleoproterozóica na serra do Tepequém, escudo das guianas,
estado de Roraima. Tese de doutorado Universidade do Pará, Instituto de Geociências. 2009.
FRAGA, M.B.L; et. al. Aspectos geoquímicos das rochas granitoides da Suíte Intrusiva Pedra
Pintada, norte do estado de Roraima. Revista Brasileira de Geociências, Volume 27, 1997.
GIBBS, A. K.; BARRON, C.N. The Geology of Guiana Shield. Oxford University Press. New
York. 1993. 245 p.
HAMMEN, T.; BURGER, D. Pollen flora and age of the Takutu Formation, Guyana.
Leidse Geologishe Mededelingen, Leiden, n.38, p.173-180,1966.
HASUI, Y. e ALMEIDA, F.F.M. The Brazil Central Shield reviewed. Episodes, 8(1): 29-37.
1985.
HASUI, Y.; HARALY, N.L.E.; SCHOBBENHAUS, C. Elementos geofísicos e geológicos da
região amazônica: subsídios para o modelo geotectônico. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA
DA AMAZÔNIA, 2, Manaus. Anais, SBG-NO, p.129-148. 1984.
HOLANDA, J.L.R; MARMOS, J.L; MAIA, M.A.M. Geodiversidade do estado de Roraima,
programa geologia do Brasil levantamento da geodiversidade. CPRM. Manaus, 2014.
LAGLER, B. Dissertação de mestrado: programa de pós graduação em geoquímica e
geotectônica. São Paulo, 2011.
MAIA, T.F.A; Geologia e litogeoquímica das intrusões máficas- ultramáficas da regiãode
amajari, Roraima: implicações petrogenéticas. Dissertação de pós-graduação em
Geociências da Universidade Federal do Amazonas. 2016.
McCONNELL, R. B.; MASSON SMITH, D.; BERRANGÉ, J. P. Geological and geophysical
evidence for a rift valley in the Guiana Shield. Geologie emMijnbouw, v. 48, n. 2. p. 189-199,
1969.
REIS, N. J., et al. Geologia do Estado de Roraima, Brasil. In: F. Rossi, L. Jean-Michel, M.L.
Vasquez (eds). Geology of France and Surrounding Areas. Ed. BRGM. Paris, França: 2003. p.
121-134.
REIS N.J, et. al. Stratigraphy of the Roraima Supergroup along the Brazil -Guyana border
in the Guiana shield, Northern Amazonian Craton – results of the Brazil - Guyana
Geology and Geodiversity Mapping Project. Brazilian Journal of Geology, 47(1). p 43-57,
March 2017.
REIS N.J, FRAGA L.M.B. Geological and Tectonic Framework of the Roraima State,
Guiana Shield – An Overview. International Geological Congress, Rio de Janeiro. 2000.
REIS N.J., FARIA M.S.G. de, MAIA M.A.M. O Quadro Cenozóico da Porção Norte-Oriental
do Estado de Roraima. In: SBG, SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÕNIA, 7, 2001,
Belém-PA. Resumos Expandidos... Belém-PA: 2001.
REIS, J.R; FRAGA, L.M Programa levantamentos geológicos básicos do Brasil. Roraima
Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (inteiras), NA.20-X-A, NA.20-X-C, NA.21-V-A
e NA.21-V-C (parciais). Escala 1:500.000. Estado do Amazonas. - Brasília: CPRM, 1999.
REIS, N. J. et al. Dois eventos de magmatismo máfico mesozoico na fronteira Brasil-Guiana,
escudo das Guianas: enfoque à região do rift Tacutu-North Savannas. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 43, 2006, Aracaju. Resumo expandido... Aracaju: UFSE.
2006. p. 459-464.
REIS, N.J. e FRAGA, L.M.B. Geologia do Estado de Roraima. Relatório Inédito. Manaus.
CPRM. 1998 26p.
REIS, N.J.; NUNES, N.S. V.; PINHEIRO, S. S. A cobertura Mesozoica do hemigráben
Tacutu - Estado de Roraima. Uma abordagem ao paleoambiente da Formação Serra do
Tucano, 1994.
REIS, N.J; CARVALHO, A.S Coberturas sedimentares do mesoproterozóico do estado de
Roraima- avaliação e discussão de seu modo de ocorrência. RevistaBrasileira de Geociências,
Volume 26, 1996.
REIS, N.J; YÁNEZ, G.; O supergrupo Roraima ao longo da faixa fronteiriça entre Brasil
e Venezuela (Santa Elena da Uairén – Monte Roraima). Contribuições à Geologia da
Amazônia – Volume 2 – 2001 – páginas 113-144.
SANTOS J. O. S., HARTMANN L. A., GAUDETTE H. E., GROVES D. I., MCNAUGHTON
N. J., FLETCHER I. R. A New Understanding of the Provinces of the Amazon Craton
Basedon Integration of Field Mapping and U-Pb and Sm-Nd Geochronology. Gondwana
Research, 3 (4): 453-488. 2000.
SANTOS J.O.S., HARTMANN L.A., FARIA M.S.G., RIKER S.R.L., SOUZA M.M.,
ALMEIDA M.E., MCNAUGHTON N.J. A Compartimentação do Cráton Amazonas em
Províncias: Avanços ocorridos no período 2000-2006. In: SBG, 9º Simpósio de Geologia da
Amazônia. Belém, Anais, CD-ROM. 2006a.
SANTOS, A. M. B. Evolução geológica da Bacia do Tacutu (Território Federal de
Roraima). Manaus. 1984.
SANTOS, J. O. S.; et al. Paleoproterozoic Evolution of Northwestern Roraima state –
absence of Archean Crust, based on U-Pb and Sm-Nd Isotopic evidence. In: SOUTH
AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 4, 24-27 Aug. 2003. Short Papers.
Salvador: CPBMIRD, 2003. p. 278-281.
SCARAMUZZA, A. C. Interpretações paleoambientais e paleoecológicas para o Cretáceo
da Bacia do Tacutu com base em lenhos. 2015. 69p. Dissertação (Mestrado em Recursos
Naturais) – Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais, Universidade Federal de
Roraima, Boa Vista, 2015.
SOUZA, V.; SAMPAIO, B. M. Primeiro registro fóssil (icnofósseis) da formação Tucano
(Bacia do Tacutu/RR): uma ferramenta no estudo da evolução da paleopaisagem de
Roraima. Revista Acta Geográfica, Boa Vista, v. 1, n. 1, p. 105-112, 2007.
TASSINARI C.C.G., MACAMBIRA M.J.B. A evolução tectônica do Cráton Amazônico. In:
Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de
Almeida. Beca, São Paulo, 2004. p.471-485.
TASSINARI C.C.G., MACAMBIRA M.J.B. Geochronological provinces of the Amazonian
Craton. Episodes, 22(3): 1999. 174-182.
VAZ, P. T.; WANDERLEY FILHO, J. R.; BUENO, G. V. Bacia do Tacutu. Boletim de
Geociências da Petrobras. Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 289-297, maio/nov. 2007.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula - Relevo Brasil
Aula - Relevo BrasilAula - Relevo Brasil
Aula - Relevo Brasilgustavocnm
 
Classificação do relevo
Classificação do relevoClassificação do relevo
Classificação do relevoRaquel Avila
 
Progradação, agradação e retrogradação
Progradação, agradação e retrogradaçãoProgradação, agradação e retrogradação
Progradação, agradação e retrogradaçãoEzequias Guimaraes
 
Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.
Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.
Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.FABEJA
 
Relevo Brasileiro e Litorâneo
Relevo Brasileiro e LitorâneoRelevo Brasileiro e Litorâneo
Relevo Brasileiro e LitorâneoIvanilson Lima
 
Ifes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológica
Ifes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológicaIfes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológica
Ifes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológicaKéliton Ferreira
 
Relevo de Pernambuco
Relevo de PernambucoRelevo de Pernambuco
Relevo de PernambucoFABEJA
 
Relevo Brasileiro
Relevo BrasileiroRelevo Brasileiro
Relevo BrasileiroEly Santos
 
Relevo brasileiro
Relevo brasileiroRelevo brasileiro
Relevo brasileiroUFES
 
Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02
Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02
Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02Emerson Ricardo
 
www.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia - Bases Físicas do Brasil
www.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia -  Bases Físicas do Brasilwww.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia -  Bases Físicas do Brasil
www.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia - Bases Físicas do BrasilAnnalu Jannuzzi
 
Slide: Relevo brasileiro, Geografia.
Slide: Relevo brasileiro, Geografia.Slide: Relevo brasileiro, Geografia.
Slide: Relevo brasileiro, Geografia.agendab
 
Relevo Brasileiro- Geografia
Relevo Brasileiro- GeografiaRelevo Brasileiro- Geografia
Relevo Brasileiro- GeografiaJoão Pedro Magro
 
Geomorfologia Do Brasil
Geomorfologia Do BrasilGeomorfologia Do Brasil
Geomorfologia Do Brasilbianca
 

Mais procurados (20)

Aula - Relevo Brasil
Aula - Relevo BrasilAula - Relevo Brasil
Aula - Relevo Brasil
 
Classificação do relevo
Classificação do relevoClassificação do relevo
Classificação do relevo
 
Relevodobrasil 2006[1]
Relevodobrasil 2006[1]Relevodobrasil 2006[1]
Relevodobrasil 2006[1]
 
Progradação, agradação e retrogradação
Progradação, agradação e retrogradaçãoProgradação, agradação e retrogradação
Progradação, agradação e retrogradação
 
Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.
Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.
Relevo brasileiro segundo Jurandir Ross.
 
Relevo Brasileiro e Litorâneo
Relevo Brasileiro e LitorâneoRelevo Brasileiro e Litorâneo
Relevo Brasileiro e Litorâneo
 
Relevo brasileiro
Relevo brasileiroRelevo brasileiro
Relevo brasileiro
 
Ifes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológica
Ifes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológicaIfes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológica
Ifes aula 7-brasil-relevo_e_estrutura_geológica
 
Relevo de Pernambuco
Relevo de PernambucoRelevo de Pernambuco
Relevo de Pernambuco
 
Relevo Brasileiro
Relevo BrasileiroRelevo Brasileiro
Relevo Brasileiro
 
1 aula
1 aula1 aula
1 aula
 
Relevo brasileiro
Relevo brasileiroRelevo brasileiro
Relevo brasileiro
 
Relevo Brasileiro
 Relevo Brasileiro Relevo Brasileiro
Relevo Brasileiro
 
Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02
Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02
Estruturasgeolgicas formasdorelevoplancieplanaltoedepresso-120604155217-phpapp02
 
www.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia - Bases Físicas do Brasil
www.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia -  Bases Físicas do Brasilwww.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia -  Bases Físicas do Brasil
www.EquarparaEnsinoMedio.com.br - Geografia - Bases Físicas do Brasil
 
Slide: Relevo brasileiro, Geografia.
Slide: Relevo brasileiro, Geografia.Slide: Relevo brasileiro, Geografia.
Slide: Relevo brasileiro, Geografia.
 
Relevo Brasileiro- Geografia
Relevo Brasileiro- GeografiaRelevo Brasileiro- Geografia
Relevo Brasileiro- Geografia
 
Relevo Brasileiro 2
Relevo Brasileiro 2Relevo Brasileiro 2
Relevo Brasileiro 2
 
Relevo brasileiro-e-sua-classificacao
Relevo brasileiro-e-sua-classificacaoRelevo brasileiro-e-sua-classificacao
Relevo brasileiro-e-sua-classificacao
 
Geomorfologia Do Brasil
Geomorfologia Do BrasilGeomorfologia Do Brasil
Geomorfologia Do Brasil
 

Semelhante a Bacia Tacutu Roraima

Capitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgeraisCapitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgeraisAna Vieira
 
relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2Ricardo Fasolo
 
Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...
Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...
Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...ssuser371e961
 
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...Diego Timoteo
 
formações Irati, Corumbataí, Botucatu e Marilia
formações Irati, Corumbataí, Botucatu e Mariliaformações Irati, Corumbataí, Botucatu e Marilia
formações Irati, Corumbataí, Botucatu e MariliaClara Souza
 
Geologia da nossa região
Geologia da nossa regiãoGeologia da nossa região
Geologia da nossa regiãolittledoll6
 
Banco de questões Geografia
Banco de questões GeografiaBanco de questões Geografia
Banco de questões Geografiaaroudus
 
ENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibular
ENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibularENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibular
ENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibularatoanemachado2
 
Estrutura geologica e relevo do brasil
Estrutura geologica e relevo do brasilEstrutura geologica e relevo do brasil
Estrutura geologica e relevo do brasilAtalibas Aragão
 
1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf
1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf
1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdfCleberDosSantos11
 
Geo 12 preparação para o teste de avaliação
Geo 12   preparação para o teste de avaliaçãoGeo 12   preparação para o teste de avaliação
Geo 12 preparação para o teste de avaliaçãoNuno Correia
 
Trabalho de geografia1
Trabalho de geografia1Trabalho de geografia1
Trabalho de geografia1olecramsepol
 
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.Fernando Bueno
 

Semelhante a Bacia Tacutu Roraima (20)

Capitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgeraisCapitulo geologia camposgerais
Capitulo geologia camposgerais
 
relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2relatório final-ricardo final-definitivo 2
relatório final-ricardo final-definitivo 2
 
Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...
Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...
Geologia, património geológico-mineiro e biodiversidade na região compreendid...
 
Artigo
ArtigoArtigo
Artigo
 
Cráton são francisco 2011
Cráton são francisco 2011Cráton são francisco 2011
Cráton são francisco 2011
 
Cap. ii
Cap. iiCap. ii
Cap. ii
 
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
RECONHECIMENTO GEOLÓGICO DE CAMPO: BACIA DO PARNAÍBA (TOCANTIS) E BACIA SAN F...
 
formações Irati, Corumbataí, Botucatu e Marilia
formações Irati, Corumbataí, Botucatu e Mariliaformações Irati, Corumbataí, Botucatu e Marilia
formações Irati, Corumbataí, Botucatu e Marilia
 
72 70-1-pb
72 70-1-pb72 70-1-pb
72 70-1-pb
 
Geologia de Roraima
Geologia de RoraimaGeologia de Roraima
Geologia de Roraima
 
Geologia da nossa região
Geologia da nossa regiãoGeologia da nossa região
Geologia da nossa região
 
Banco de questões Geografia
Banco de questões GeografiaBanco de questões Geografia
Banco de questões Geografia
 
ENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibular
ENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibularENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibular
ENEM 500 Questões de GEOGRAFIA para vestibular
 
Estrutura geologica e relevo do brasil
Estrutura geologica e relevo do brasilEstrutura geologica e relevo do brasil
Estrutura geologica e relevo do brasil
 
Caverna em arenito toi
Caverna em arenito   toiCaverna em arenito   toi
Caverna em arenito toi
 
1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf
1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf
1Geomorfo_Geodiversidade_PI.pdf
 
Geo 12 preparação para o teste de avaliação
Geo 12   preparação para o teste de avaliaçãoGeo 12   preparação para o teste de avaliação
Geo 12 preparação para o teste de avaliação
 
Trabalho de geografia1
Trabalho de geografia1Trabalho de geografia1
Trabalho de geografia1
 
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
 
Andrade, a. m. s. b., __
Andrade, a. m. s. b.,   __Andrade, a. m. s. b.,   __
Andrade, a. m. s. b., __
 

Mais de Ezequias Guimaraes

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...Ezequias Guimaraes
 
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSMAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSEzequias Guimaraes
 
Geologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do TacutuGeologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do TacutuEzequias Guimaraes
 
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasA Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasEzequias Guimaraes
 
TV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishTV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishEzequias Guimaraes
 
Movie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleMovie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleEzequias Guimaraes
 
Proyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoProyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoEzequias Guimaraes
 
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAPLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAEzequias Guimaraes
 
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA Ezequias Guimaraes
 
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037Ezequias Guimaraes
 
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALMETODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALEzequias Guimaraes
 
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSCONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSEzequias Guimaraes
 
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNFundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNEzequias Guimaraes
 
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓNFundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓNEzequias Guimaraes
 

Mais de Ezequias Guimaraes (20)

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
 
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSMAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
 
Geologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do TacutuGeologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do Tacutu
 
Interface homem-maquina
Interface  homem-maquinaInterface  homem-maquina
Interface homem-maquina
 
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasA Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
 
TV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishTV Series to improve your English
TV Series to improve your English
 
Movie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleMovie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color Purple
 
Political system of the USA
Political system of the USAPolitical system of the USA
Political system of the USA
 
TV Series Outlander
TV Series OutlanderTV Series Outlander
TV Series Outlander
 
Proyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoProyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudo
 
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
 
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAPLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
 
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
 
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
 
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALMETODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
 
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSCONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
 
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTOLICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
 
Vertederos Trapezoidales
Vertederos TrapezoidalesVertederos Trapezoidales
Vertederos Trapezoidales
 
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNFundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
 
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓNFundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
Fundamentos de aguas residuales - FILTRACIÓN
 

Bacia Tacutu Roraima

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA EZEQUIAS NOGUEIRA GUIMARÃES RELATÓRIO DE ATIVIDADE DE CAMPO DA DISCIPLINA DE ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES Boa Vista, RR. 2018.
  • 2. INTRODUÇÃO Roraima é uma região bem diversificada em domínios litoestruturais e, por conseguinte em tipos litológicos. São reconhecidos 4 desses domínios, a) Urariquera (WNW-ESE a E-W), terreno vulcano-plutônico-sedimentar em 1,98-1,78 Ga; b) Guiana Central (NE-SW), cinturão de alto grau em 1,94-1,93 Ga e Associação AMG (1,5 Ga); c) Parima (NW-SE a E-W), terreno granito greenstone em 1,97-1,94 Ga e d) Anauá - Jatapu (NW-SE, NE-SW e N-S), terreno granito-gnáissico em 2,03-1,81 Ga. Com localização no Domínio Guiana Central, a bacia do Tacutu, conhecida na Guiana como North Savannas Rift Valley, possui uma área de aproximadamente 12.500 km², que se estende por cerca de 300 km sobre um eixo de direção ENE-SWS alterando para NE-SW, que cruza a fronteira Brasil-Guiana (GIBBS & BARRON, 1993). As propostas de evolução crustal apresentadas na bibliografia consultada (SZATMARI, 1983; EIRAS e KINOSHITA, 1988 e 1994; GIBBS e BARRON, 1993; REIS et al., 2006; VAZ; FILHO e BUENO, 2007), permitem inferir que sua gênese tenha ocorrido no final do Jurássico Superior e no início do Cretáceo Inferior, a partir de uma reativação do Cinturão de Cisalhamento Guiana Central (CCGC) dominado por falhas orientadas a NW-SE e a NE-SW, principalmente. De acordo com Costa et al. (1991) na evolução do rifte do Tacutu houve uma componente oblíqua sinistral no evento distensivo com direção de NW-SEque foram descritas através de dois momentos. No primeiro, formam-se as falhas de borda e as secundárias sintéticas (NW) e antitéticas (NE) durante o regime distensivo. No segundo momento, observou-se um movimento transcorrente sinistral que formou dobras en echelon com direção NW-SE e estruturas em flor positiva. A porção centro-norte de Roraima com prolongamento através da Guiana e Suriname assinala lineamentos estruturais NE-SW, impressos em unidades litológicas do Paleo e Mesoproterozoico. Seus limites ao norte e sul estão em grande parte encobertos por sedimentos cenozoicos ou obliterados por intrusões graníticas. A atividade realizada entre os dias: 23 e 24 de novembro de 2018 surge como análise prática dos conteúdos ministrados na disciplina de Origem e Evolução de Bacias Sedimentares. As áreas de estudo possuem acesso relativamente fácil aos afloramentos, pelo fato de serem locais próximos às margens das estradas nos municípios de Boa Vista, Cantá, Bonfim e Normandia.
  • 3. A atividade de campo desenvolveu-se através de observações, análise, empilhamento e interpretação das relações estratigráficas entre as camadas sedimentares, descrições e discussões sobre a litologia presente nos pontos visitados, configurando-se como a primeira etapa para realização do relatório. Em cada ponto foi obtido às coordenadas geográficas em UTM (Universal Transversa de Mercatos) e grau decimal com o GPS (Global Positioning System) da marca Garmin com média de erro de 3 metros, quando necessário utilizou-se a bússola tipo Brunton, escalas de bolso e martelos geológicos. Junto à caderneta de campo foram feitas anotações de informações relevantes e além do uso de celulares e máquinas fotográficas que serviram para fotografar os afloramentos estudados. A última análise foi interpretativa e de pesquisa embasada na literatura disponível, se propôs a caracterizar os pontos visitados em campo, através da descrição e contextualização. Houve então, o refinamento da pesquisa juntamente com os dados obtidos nos afloramentos, para elaboração dos croquis e perfis.
  • 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO PONTO 1 O afloramento está localizado na margem esquerda do rio Tacutu próximo a ponte do Tacutu, numa localizada conhecida como Conceição do Maú com via de acesso a BR-401 no município de Normandia. As coordenadas do ponto são N03.5642 e W59.88613, com cota de 66 metros dentro da Fazenda do Caju. Essa é uma região de confluência dos rios Tacutu e Maú sob a área das falhas normais de Lethem e Pirara, que marcam direções de mergulho para sudeste e noroeste, respectivamente (Vaz; Wanderley Filho; Bueno, 2007). A feição geológica é um banco de solapamento bastante recoberto pelo intemperismo das próprias rochas (laterização) e inúmeros matacões rolados do bloco e depositados nas margens do rio. O deslocamento do bloco é resultado de uma falha lístrica formada pela movimentação gravitacional devido as cheias do rio Tacutu. Acredita-se que se tratando de uma falha do tipo lístrica, o bloco rochoso rotacionou 90º em direção ao canal. A base do substrato por onde o bloco se movimentou é a Formação Tacutu sendo o próprio bloco da Formação Boa Vista, portanto de sedimentação datada do Neogeno enquanto o substrato (Formação Tacutu) pertence ao Eocretáceo (Vaz; Wanderley Filho; Bueno, 2007). De acordo com Reis et al. (2001), a Formação Boa Vista foi formada em uma bacia rasa de aproximadamente 15 m de espessura com profundidades variáveis conforme o embasamento. Pela descrição realizada em campo, acredita-se que o afloramento corresponde a sucessão superior da Formação Boa Vista, sendo esta composta de arenitos tabulares de médio a grosso, arenito conglomeráticos, arenitos ferruginosos, arenitos síliticos e argilitos mosqueados (REIS et al., 2001) (figura X). O bloco tem continuidade lateral de cerca de 40 metros, sendo caracterizado como um perfil granocrescente com marcas de bioturbação no topo. As camadas possuem gradação normal possivelmente resultado dos fluxos de maior ou menor energia do rio. Além destas evidências, os níveis de seixo são indicativos de transporte de carga por fluxo aquoso, inferindo-se um sistema fluvial parea a área.
  • 5. Figura 1: Fonte: A área situa-se nas falhas da borda norte da bacia, onde as principais drenagens estão encaixadas neste sistema de falhas. A borda norte corresponde a borda flexural da bacia, e as falhas lístricas funcionam como depocentros. No tocante, todos os perfis apresentados neste ponto apresentam de maneira clara a discordância entre a Formação Tacutu e a Formação Boa Vista, de idades eocretácea e neogena, respectivamente (figura X). Figura 2: Fonte:
  • 6. Topo: Areia fina a média de cor amarelo pálido e composição majoritariamente de quartzo e argilominerais. Camada 2: Areia média a grossa com predominância de minerais de coloração mais clara que a camada sobreposta. Base: Conglomerado de grãos de cascalhosos na extremidade inferior, e grãos menores e mais arredondados no limite com a camada 2. Por detrás deste bloco há outro afloramento, com uma camada de 1,36 metros de topo e aproximadamente um metro de base. A base é o mesmo conglomerado do bloco maior, constatando-se que se trata da rocha parental do laterito espalhado pela área. Cerca de 200 metros mais a frente, há uma “caixa de empréstimo” denominação dada a escavações de onde retiram piçarra para a pavimentação da BR-401. O perfil apresenta uma base formada por pelito conglomerático e um topo formado por conglomerado, com presença de quartzo arredondado. O contato entre as duas camadas é abrupto, com superfície de truncamento indicando perda de registro. O conglomerado da base tem origem no retrabalhamento das rochas da própria Formação Tacutu, enquanto a camada do topo, Formação Boa Vista, está retrabalhando rochas ainda mais antigas, do próprio embasamento do graben, de idade paleoproterozoica (figura X). Figura 3: Fonte:
  • 7. PONTO 2 O afloramento está localizado nas coordenadas N03.43803 e W59.93784 na margem direita da RR-401 sentido Bonfim com cota altimétrica de 85 metros. O perfil é formado por um conglomerado mais fino na base e mais grosso no topo por conta do fluxo. O embasamento é principalmente retrabalhado na Serra do Tucano. O conglomerado do topo é mais arredondado, enquando mais próximo da base se torna mais anguloso. O topo corresponde ao mesmo arenito dos ponto anteriores, da Formação Boa Vista, e a base apresenta os arenitos típicos da Formação Tucano. A sedimentação da Formação Serra do Tucano incluída na base do perfil, deu-se em condições climáticas áridas, em ambiente francamente continental. Há um grande registro de rochas areníticas com estratificação cruzada acanalada e tabulares. Os arenitos são finos a conglomeráticos e subordinados siltitos sendo que nesta unidade ocorrem a maioria dos afloramentos de lateritos dentro do hemigráben Tacutu (REIS et al., 1999). Figura 4: Fonte: Topo: Areia fina coberta por sedimentos retrabalhados pela ação antrópica.
  • 8. Camada 2: Conglomerado (base mais grossa) com grãos levemente imbricadose bastante material retrabalhado cobrindo a base. Base: Arenito grosso com estratificação cruzada acanalada. Os grãos angulosos são principalmente fragmentos incluídos da Serra do Tucano. O contato com o topo é brusco, sugerindo no passado a existência de vários pequenos canais. Figura 5: Fonte:
  • 9. PONTO 3 O afloramento é localizado no próprio Rio Arraia nas coordenadas X: 177328 e Y: 371315 com cota altimétrica de 67 metros. As rochas analisadas compõem o leito do rio Arraia, no Horst do Arraia, uma área consideravelmente soerguida da bacia, e por conseguinte, de clara exposição do embasamento. A origem das rochas dessa unidade remonta ao Mesozoico quando o hemigráben foi preenchido por basaltos toleíticos e diabásios reunidos no Complexo Vulcânico Apoteri (Jurássico-Cretáceo) (REIS et al., 2001). As rochas vulcânicas da Formação Apoteri são tipicamente cinza escura ou esverdeada. São de granulação muito fina, compactas e podem apresentar amigdalas, principalmente de clorita (GIBBS e BARRON, 1993). Acredita-se que rochas deste tipo após bastante intemperismo e processos de laterização deram origem ao afloramento “Alto do Tombo” e consequente ao perfil 4. Segundo CPRM (1999), a formação é constituída sobretudo por basaltos de composição mineralógica representada por plagioclásio, augita, hornblenda, biotita e, mais raramente, olivina, onde essa significativa quantidade de Ca corrobora com os indícios da presença de organismo de carapaça calcificada.
  • 10. PONTO 4 O afloramento está localizado nas coordenadas N03.35635 e W59.82893, com cota altimétrica de 60 metros, situado na margem brasileira do rio Tacutu. O perfil é composto inteiramente por um siltito lâminado normal com marcas ondulantes e bioturbação realizadas por gastrópodes recentes. As camadas são distinguidas por diferentes níveis que variam de um tom mais claro a um mais escuro, estando principalmente na forma de lentes inclinadas. Segundo Vaz; Wanderley Filho; Bueno (2007), a sequência pelítica aflorante ao longo do rio Tacutu, nas proximidades de Bonfim, corresponde a Formação Tacutu e consiste basicamente de siltitos castanhos-escuros a vermelhos, argilosos, calcíferos, com lâminação plano-paralela ou de baixo ângulo. Também pode ocorrer arenitos, carbonatos e folhelhos. Autores como Eiras; Kishinota; Feijó (1994) sustentam a possibilidade que neste afloramento o siltito castanho-escuro, estratificado, bem compacto e distinto dos siltes vermelho da Formação Tacutu, na verdade correspondem a Formação Manari. Segundos os autores essa unidade em subsuperfície contém igualmente folhelho e siltito cinza-escuro. De maneira geral são sucessões de camadas bastante dobradas por tectônica cenozoica. São fácies de ritmitos de frente deltaica, mais especificamente turbiditos. As camadas apresentam geometria tabuliforme e simetria característica de fluxo unidirecional. Duas famílias de fraturas são distinguidas, uma com direção. Paralela fechada em ângulo de 70 a 30°. Sinfoma com flanco com ângulo de caimento de 9º e direção do eixo 290º. Figura 6: Fonte: Font e:
  • 12. PONTO 5 Localizada na vicinal Bom 170, coordenadas X: 820.589 e Y: 373.244 e cota altimétrica de 178 metros, o afloramento faz parte de um barranco à beira do Igarapé do Mel cercado por mata ciliar. Além dos sedimentos que compõe o perfil, o igarapé possui uma grande quantidade de fragmentos angulosos retrabalhados das formações pertencentes a Bacia do Tacutu que se encontram depositados em suas margens proveniente de distâncias curtas. As estruturas da camadas mais superiores pontam para sudesde, enquanto as estruturas das camadas mais inferiroes apontam para sul-norte. A drenagem novamente é controlada por uma falha, com direção quase norte-sul. O padrão ortogonal da drenagem é resultado de diferentes eventos que mudaram a direção da rede de drenagem. Brasil e Lima (1980) apud Eiras; Kishinota; Feijó (1994) descreveram no Igarapé do Mel, arenito róseo a cinza esbranquiçado e amarelado, fino, caulínico, friável, com estratificação cruzada de pequeno porte, sobreposto aos siltitos vermelhos da Formação Tacutu. Em campo o perfil foi descrito como de embasamento da Formação Tacutu representado por uma base argilosa, em seguida uma camada de cascalhos e no topo uma camada de argila. O topo do perfil possui uma cobertura ampla de solo podzólico característico da Formação Boa Vista (figura X). A nível de comparação o que descrito por Brasil e Lima (1980) apud Eiras; Kishinota; Feijó (1994) como arenito róseo a cinza esbranquiçado e amarelado, fino, caulínico, friável, com estratificação cruzada de pequeno porte pode ser equivalente a sedimentação da Formação Boa Vista descrita por Reis et al. (2001) como composta de arenitos arcoseanos a levemente conglomeráticos, róseos a esbranquiçados e ligeiramente friáveis. Enquanto a base argilosa na descrição de Brasil e Lima (1980) apud Eiras; Kishinota; Feijó (1994) corresponde aos siltitos castanho escuro a vermelho, calcíferos, argilosos, contendo pseudomorfos de gipsita substituídos por anidrita ou calcita já bastante alterados. A camada de cascacalhos possivelmente é formada pelos arenitos finos a conglomeráticos e subordinados siltitos que constituem a Formação Serra do Tucano (REIS et al., 1999) ou pelos arenitos acastanhado, muito fino a fino, calcíferos e argilosos (COSTA e LIMA, 1981, apud EIRAS e KINOSHITA, 1990) da Formação Tacutu.
  • 14. PONTO 6 O afloramento está localizado na Serra do Tucano, nas coordenadas N08.18549 e W03.58505 com cota altimétrica de 151 metros, em frente ao Morro da Antena. Observou-se um conglomerado grosso rodeado por diversos blocos menores de arenitos rolados, oriundos de depósitos coluvionares do próprio Morro da Antena. A Formação Serra do Tucano é essencialmente arenosa (EIRAS; KISHINOTA; FEIJÓ, 1994). Carneiro et al. (1968) apud Eiras; Kishinota; Feijó (1994) descreveram, na base da serra, arenito acastanhado, médio a grosso, seixoso, gradando acima para arenito róseo- esbranquiçado, caulínico e friável, ambos com estratificação cruzada e raras intercalações de siltito arenoso, micáceo. Reis; Nunes; Pinheiro (1994) descrevem duas fácies sedimentares para a formação: a fácies de canal (barras de granulometria fina), representada por quartzo-arenitos maciços, creme a esbranquiçado, arenitos conglomeráticos com fragmentos caulínicos e quartsozos (não- seixosos); e a fácies de planície de inundação, representada por uma sequência de arenitos finos, creme a amarelados e siltitos avermelhados via de regra oxidados, com estrutura de grandes fendas de ressecamento e lâminação plano paralela. Nas fácies de planície de inundação foram registrados icnofósseis e impressões carbonosas de restos vegetais (SOUZA; SAMPAIO, 2007). As elevações se encontram alinhadas por conta da tectônica cenozoica, e podem representar uma estimativa do posicionamentos das ombreiras da bacia antes da completa erosão destas.
  • 15. PONTO 7 O afloramento está localizado na Serra do Tucano, nas coordenadas N08.17921 e W03.63532 com cota altimétrica de 170 metros, correspondente ao Afloramento Murici II. O relevo nesta região possui um padrão cuestiforme bastante similiar ao afloramento anterior. Esta sucessão é a mesma encontrada no topo do Morro da Antena. Os arenitos ocorrem em depósitos tabulares, resultado do crevasse splay, são fossilíferos e dominam a porção inferior do afloramento. A granulometria se torna mais fina no topo. Segundo Eiras e Kinoshita (1990), a unidade está restrita ao sinclinal homônimo, onde forma, em superfície morros suaves de até 200m de altura, que compõem a Serra do Tucano, uma feição fisiográfica que contrasta com a planura do interior do gráben. Em trabalho detalhado nesta unidade, Reis et al. (1994) determinaram duas fácies sedimentares inter-relacionadas: fácies de canal (barras de granulação fina), representada por quartzo-arenitos maciços, creme a esbranquiçados, geometria tabular; arenitos arcoseanos róseos, friáveis, e subordinados arenitos conglomeráticos com fragmentos caulínicos e quartzosos (não seixosos). As principais feições sedimentares relacionam-se a estratificações cruzadas acanaladas de médio a grande porte a sets festonados (cujo vetor médio de direção de paleocorrente está para SW / 208 graus) ciclos granodecrescentes ascendentes na forma de sequências regulares e cíclicas no acúmulo de sedimentação, além de uma boa seleção de grãos; fácies de overbank (planície de inundação), representada por uma sequência de arenitos finos, creme a amarelados, e siltitos avermelhados via de regra oxidados, com estruturas de grandes fendas de ressecamento, lâminação plano paralela, tímidas marcas onduladas assimétricas e flaser (REIS et al.,1994).
  • 17. 17 PONTO 8 O afloramento está localizado estrada do acesso a Serra Grande, nas coordenadas N02.69983 e W60.711705 com cota altimétrica de 168 metros. O relevo da região é do tipo hod- back, com mergulho de até 20º, e declividade cerca de 42% (figura X). As rochas são granitoides folheados, com micas orientadas, quartzo e alguns fenocristais de feldspato potássico. A área corresponde a Borda Sul da Bacia do Tacutu, com fraturas direcionadas muito próximas as direções de N-S e E-W, formando feições semelhantes a diversas quadriculas na rocha. As foliações apresentam-se em duas principais direções: NW-SE e NE-SW, com mergulho variando entre 30 a 50 graus. Figura 10: Fonte:
  • 19. 19 PONTO 9 O afloramento está localizado estrada na Comunidade Indígena Darôra, na zona rual de Boa Vista, coordenadas N03.17679 e W0638352 com cota altimétrica de 52 metros. O ponto é localizado quase no centro da Bacia do Tacutu, e possui no topo a Formação Boa Vsta e na base a Formação Tacutu. Figura 12: Fonte: Topo: Conglomerado maciço, bastante fraturado e com marcas de conchas recentes. Camada 2: Areia média a grossa. Pouca quantidade de argila, grãos de areia subarredondados, angulosos e quartsozos sem textura. Base: Siltito avermelhado fraturado variando para um tom mais amarronzado, como se existissem duas camadas. Estrutura plano paralela. Siltito marca de onda. Em superfície, a Formação Tacutu ocorre nos leitos de certos rios que, para impor seus vales, escavaram a delgada cobertura sedimentar terciária até atingir as rochas que compõem a unidade. No Brasil, esses afloramentos são encontrados nos leitos do Rio Tacutu (entre Lethem e a Fazenda São Lourenço), do Rio Arraia (próximo à foz), do
  • 20. 20 Igarapé do Mel e do Igarapé Garrafa, ambos próximos à desembocadura do Rio Tacutu (EIRAS e KINOSHITA, 1990). Os litotipos constituintes desta unidade consistem basicamente de siltitos castanho escuro a vermelho, calcíferos, argilosos, contendo pseudomorfos de gipsita substituídos por anidrita ou calcita, com lâminação planoparalelaou de baixo ângulo. Subordinadamente ocorrem arenitos creme claro a acastanhado, muito fino a fino, calcífero, argiloso e semicoeso; calcarenito creme avermelhado a castanhado, fino e bioclástico; e folhelhos castanho avermelhado e calcífero (COSTA e LIMA, 1981, apud EIRAS e KINOSHITA, 1990). Ocorre restritamente ao gráben do Tacutu conforme proposto por Reis et al. (2001), que relata afloramento da sua sucessão sedimentar inferior a sudoeste e a nordeste da cidade de Boa Vista. É composta por arenitos arcoseanos a levemente conglomeráticos, róseos a esbranquiçados, ligeiramente friáveis, de granulação média a grossa, passíveis de distinção no grau de consolidação, arranjo e seleção àqueles da sucessão anteriormente descrita para o domínio Urariquera, apresentando localmente perfis lateríticos imaturos comdesenvolvimento desolos podzólico e hidromórfico (REIS et al., 2001). CPRM (2004) e Eiras e Kinoshita (1990) incluem ainda a ocorrência de siltitos e argilitos respectivamente. Figura 13:
  • 22. 22 PONTO 10 O afloramento está localizado sobre a Ponto do rio Cauamé, na área urbana de Boa Vista, nas coordenadas N02.90485 e W60.77374 com cota altimétrica de 50 metros. Compreende uma porção relativamente rasa da bacia, por conta disso afloram rochas do embasamento vulcânico, e com isso, as feições iniciais do evento de soerguimento do graben. As direções de fraturas, indicadas por no mínimo três grupos com direções distintas porém majoritariamente NE-SW, seguidas de SE-NW e algumas poucas com direção muito próxima de N-S (figura X), correspondem as zonas preferenciais de abertura durante os eventos distensivos ocorridos na Bacia do Tacutu. Figura 15: Fonte:
  • 23. 23 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da atividade de campo em conjunto com as aulas teóricas da disciplina foi possível observar e descrever as diferentes litologias pertencentes a Formação Apoteri, Tacutu, Serra do Tucano e Boa Vista pertencentes a Bacia do Tacutu e constatar as principais relações de contato entre as referidas formações. Foi trabalhado tamabém o embasamento da bacia, que datado do Pré-Cambriano. Na atividade de campo foi possível reconhecer afloramentos representativos da fase pré- rift, correspondendo a Formação Apoteri, e o próprio embasamente, a fase de rift, onde se desenvolveu as formações Tucano e Tacutu, e a fase de deposição da bacia que não é relacionada ao rifteamento, e representada pela Formação Boa Vista. A maior parte das direções de fraturas e acadamentos apontam apara valores próximos a área das falhas normais de Lethem e Pirara, que marcam direções de mergulho para sudeste e noroeste, respectivamente (Vaz; Wanderley Filho; Bueno, 2007). Fase pós-rift Terciário ao recente Cenozoico controlado pela movimentação dos blocos mesozoicos Figura 16:
  • 25. 25 Tabela 1: PONTO CONTATOS PALEOCORRENTES ACAMADAMENTO FRATURAS FOLIAÇÃO AZIMUTE DO RIO DOBRA 1 BOA VISTA TACUTU 275º 2 BOA VISTA 272º TUCANO 250°; 260° 3 APOTERI 315º 4 TACUTU 015/55; 018/55 128/85; 214/60 290/9 5 BOA VISTA SE TACUTU S-N 300º 6 TUCANO 7 TUCANO 10º 261/10; 265/12; 262/15; 310/07 8 EMBASAMENTO 256/36; 19/52; 358/64; 344/72 255/31; 340/49; 302/07 9 BOA VISTA 216º 120/20; 265/2; 203/1; 154/1; 175/3 272/69; 03/70; 270/82; 06/76; 91/67; 62/55 TACUTU 180º 308/75; 264/62; 169/60; 340/40; 215/4; 222/11 265/02; 306/05; 151/01; 175/03; 222/11; 120/20 10 APOTERI 39/68; 141/89; 20/81; 121/05; 66/79 Fonte: Vetor de paleocorrentes?
  • 26. REFERÊNCIAS ALMEIDA F.F.M., BRITO NEVES B.B., DAL RÉ CARNEIRO C. The origin and evolution of the South American Platform. Earth Science Reviews, 50(1-2):77-111. 2003. BESERRA NETA. L. C.; TAVARES JÚNIOR. S. S. Contextualização Morfológica Regional da Serra do Tepequém- RR. Geociências na Pan- Amazônia. 1ª ed.- Boa Vista, Roraima: Editora da Universidade Federal de Roraima. 2016. p 65- 85. BESERRA NETA. L. C.; TAVARES JÚNIOR. S. S. Fatores condicionantes na formação de voçorocas no topo da Serra do Tepequém- Revista Geonorte, Ed. Especial. V.2, N.4, p.456 – 463, 2012. BESERRA NETA. L. C.; TAVARES J. S. S. Roraima 20 anos: as geografias de um novo Estado. Boa Vista: Editora da UFRR- EdUFRR, 2008. BRITO NEVES B.B., ALMEIDA F.F.M. A evolução dos crátons Amazônico e São Francisco comparada com homólogos do hemisfério norte – 25 anos depois. In: 8º Simpósio de Geologia da Amazônia, SBG/NO, Manaus - AM. 2003. CARNEIRO FILHO, A. SCHWARTZ, D. TATUMI, S. H. THIERRY. R. Amazonian Paleodunes Provide Evidence for Drier Climate Phases during the Late Pleistocene–Holocene. Quaternary Research. v. 58, 205–209 (2002). CORDANI, U.G et al. Evolução tectônica da Amazônia com base nos dados geocronológicos. In: CONGRESO GEOLÓGICO CHILENO, 2., 1979, Arica. Anais... [s .n.], 1979. p.137- 138. COSTA, J. A. V. Compartimentação do relevo do estado de Roraima. Roraima em foco: Pesquisas e Apontamentos Recentes. 1ed. Boa Vista: Editora da UFRR - EdUFRR, 2008, v. 1, p. 77-107. COSTA, J.B.S., Pinheiro R.V.L, Reis N.J., Pessoa M.R., Pinheiro, S. da S. O Hemigráben do Tacutu, uma Estrutura Controlada pela Geometria do Cinturão de Cisalhamento Guiana Central. Geociências, 10: 119-130. 1991.
  • 27. CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Roraima Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (integrais), NA.20-X- A, NA.20- X-C, NA.21-V-A e NA.21-V-C (parciais). Escala 1:500.000. Estado de Roraima. Superintendência Regional de Manaus, 166 p, 1999. CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Geologia e Recursos Minerais do Estado do Amazonas / Nelson Joaquim Reis. [et al.]. – Manaus: CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2006. 7-16p. CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Geologia e recursos minerais da folha Vila de Tepequém – NA.20-X-A-lll Estado de Roraima, escala 1:100.000. Sistema de Informações Geográficas - SIG. Manaus: CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2010. CPRM- PROGRAMA GEOLOGIA DO BRASIL. Geodiversidade do Estado De Roraima / Janólfta Lêda Rocha Holanda, José Luiz Marmose, Maria Adelaide Mansini Maia. Manaus: CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2014. 31-47p. CPRM. Projeto GIS do Brasil - Sistemas de Informações geográficas do Brasil - Carta Geológica do Brasil ao milionésimo. Mapa geológico do Estado de Roraima Escala 1:1000.000. Brasília: CPRM, 2004. CPRM (2004). Mapa geológico do Estado de Roraima. Sistema de Informações Geográficas - SIG. Mapa na escala de 1:1.1000.000. CD-ROM. CRAWFORD, F. D.; SZELEWSKI, C. E.; ALVEY, G. D. Geology and exploration in the Takutu Gráben of Guyana. Journal Petroleum Geology, Beaconsfield, v. 8, n. 1, p. 5-36. 1984. EIRAS, J. F.; KINOSHITA, E. M. e FEIJÓ, F. J. Bacia do Tacutu. In: Feijó, F. J. (ed.). Cartas estratigráficas das bacias sedimentares brasileiras. Rio de Janeiro, Bol. Geoc. Petrobrás, 8(2): 83-89. 1994. EIRAS, J. F.; KINOSHITA, E. M. Evidências de movimentos transcorrentes na Bacia do Tacutu. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2-4, p. 193-208, abr./dez. 1988.
  • 28. FARIA M.S.G. et al. Evolução Geológica da Regiãodo Alto Rio Anauá - Roraima. In: SBG, Simp. Geol. Amaz., 8, Anais, 2003. FERNANDES FILHO, L. A.; TRUCKENBRODT, W.; PINHEIRO, R. V. L.; NOGUEIRA, A. C. R. Deformação das rochas siliciclásticas paleoproterozoicas do Grupo Araí como exemplo das reativações de falhas do embasamento, Serra do Tepequém, Roraima, norte do Brasil. Revista Brasileira de Geociências, volume 42(4), 2012. FERNANDES FILHO, L. A.; TRUCKENBRODT, W.; NOGUEIRA, A. C. R Fácies e Estratigrafia da Sucessão Sedimentar Paleoproterozóica da serra do Tepequém, sul do Escudo das Guianas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 44., 2008, Curitiba. Anais… Curitiba: SBG, 2008. FERNANDES FILHO, L.A; Fácies deposicionais, estratigráficas e aspectos estruturais da cobertura sedimentar paleoproterozóica na serra do Tepequém, escudo das guianas, estado de Roraima. Tese de doutorado Universidade do Pará, Instituto de Geociências. 2009. FRAGA, M.B.L; et. al. Aspectos geoquímicos das rochas granitoides da Suíte Intrusiva Pedra Pintada, norte do estado de Roraima. Revista Brasileira de Geociências, Volume 27, 1997. GIBBS, A. K.; BARRON, C.N. The Geology of Guiana Shield. Oxford University Press. New York. 1993. 245 p. HAMMEN, T.; BURGER, D. Pollen flora and age of the Takutu Formation, Guyana. Leidse Geologishe Mededelingen, Leiden, n.38, p.173-180,1966. HASUI, Y. e ALMEIDA, F.F.M. The Brazil Central Shield reviewed. Episodes, 8(1): 29-37. 1985. HASUI, Y.; HARALY, N.L.E.; SCHOBBENHAUS, C. Elementos geofísicos e geológicos da região amazônica: subsídios para o modelo geotectônico. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÔNIA, 2, Manaus. Anais, SBG-NO, p.129-148. 1984. HOLANDA, J.L.R; MARMOS, J.L; MAIA, M.A.M. Geodiversidade do estado de Roraima, programa geologia do Brasil levantamento da geodiversidade. CPRM. Manaus, 2014.
  • 29. LAGLER, B. Dissertação de mestrado: programa de pós graduação em geoquímica e geotectônica. São Paulo, 2011. MAIA, T.F.A; Geologia e litogeoquímica das intrusões máficas- ultramáficas da regiãode amajari, Roraima: implicações petrogenéticas. Dissertação de pós-graduação em Geociências da Universidade Federal do Amazonas. 2016. McCONNELL, R. B.; MASSON SMITH, D.; BERRANGÉ, J. P. Geological and geophysical evidence for a rift valley in the Guiana Shield. Geologie emMijnbouw, v. 48, n. 2. p. 189-199, 1969. REIS, N. J., et al. Geologia do Estado de Roraima, Brasil. In: F. Rossi, L. Jean-Michel, M.L. Vasquez (eds). Geology of France and Surrounding Areas. Ed. BRGM. Paris, França: 2003. p. 121-134. REIS N.J, et. al. Stratigraphy of the Roraima Supergroup along the Brazil -Guyana border in the Guiana shield, Northern Amazonian Craton – results of the Brazil - Guyana Geology and Geodiversity Mapping Project. Brazilian Journal of Geology, 47(1). p 43-57, March 2017. REIS N.J, FRAGA L.M.B. Geological and Tectonic Framework of the Roraima State, Guiana Shield – An Overview. International Geological Congress, Rio de Janeiro. 2000. REIS N.J., FARIA M.S.G. de, MAIA M.A.M. O Quadro Cenozóico da Porção Norte-Oriental do Estado de Roraima. In: SBG, SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DA AMAZÕNIA, 7, 2001, Belém-PA. Resumos Expandidos... Belém-PA: 2001. REIS, J.R; FRAGA, L.M Programa levantamentos geológicos básicos do Brasil. Roraima Central, Folhas NA.20-X-B e NA.20-X-D (inteiras), NA.20-X-A, NA.20-X-C, NA.21-V-A e NA.21-V-C (parciais). Escala 1:500.000. Estado do Amazonas. - Brasília: CPRM, 1999. REIS, N. J. et al. Dois eventos de magmatismo máfico mesozoico na fronteira Brasil-Guiana, escudo das Guianas: enfoque à região do rift Tacutu-North Savannas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 43, 2006, Aracaju. Resumo expandido... Aracaju: UFSE. 2006. p. 459-464.
  • 30. REIS, N.J. e FRAGA, L.M.B. Geologia do Estado de Roraima. Relatório Inédito. Manaus. CPRM. 1998 26p. REIS, N.J.; NUNES, N.S. V.; PINHEIRO, S. S. A cobertura Mesozoica do hemigráben Tacutu - Estado de Roraima. Uma abordagem ao paleoambiente da Formação Serra do Tucano, 1994. REIS, N.J; CARVALHO, A.S Coberturas sedimentares do mesoproterozóico do estado de Roraima- avaliação e discussão de seu modo de ocorrência. RevistaBrasileira de Geociências, Volume 26, 1996. REIS, N.J; YÁNEZ, G.; O supergrupo Roraima ao longo da faixa fronteiriça entre Brasil e Venezuela (Santa Elena da Uairén – Monte Roraima). Contribuições à Geologia da Amazônia – Volume 2 – 2001 – páginas 113-144. SANTOS J. O. S., HARTMANN L. A., GAUDETTE H. E., GROVES D. I., MCNAUGHTON N. J., FLETCHER I. R. A New Understanding of the Provinces of the Amazon Craton Basedon Integration of Field Mapping and U-Pb and Sm-Nd Geochronology. Gondwana Research, 3 (4): 453-488. 2000. SANTOS J.O.S., HARTMANN L.A., FARIA M.S.G., RIKER S.R.L., SOUZA M.M., ALMEIDA M.E., MCNAUGHTON N.J. A Compartimentação do Cráton Amazonas em Províncias: Avanços ocorridos no período 2000-2006. In: SBG, 9º Simpósio de Geologia da Amazônia. Belém, Anais, CD-ROM. 2006a. SANTOS, A. M. B. Evolução geológica da Bacia do Tacutu (Território Federal de Roraima). Manaus. 1984. SANTOS, J. O. S.; et al. Paleoproterozoic Evolution of Northwestern Roraima state – absence of Archean Crust, based on U-Pb and Sm-Nd Isotopic evidence. In: SOUTH AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 4, 24-27 Aug. 2003. Short Papers. Salvador: CPBMIRD, 2003. p. 278-281. SCARAMUZZA, A. C. Interpretações paleoambientais e paleoecológicas para o Cretáceo da Bacia do Tacutu com base em lenhos. 2015. 69p. Dissertação (Mestrado em Recursos Naturais) – Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2015.
  • 31. SOUZA, V.; SAMPAIO, B. M. Primeiro registro fóssil (icnofósseis) da formação Tucano (Bacia do Tacutu/RR): uma ferramenta no estudo da evolução da paleopaisagem de Roraima. Revista Acta Geográfica, Boa Vista, v. 1, n. 1, p. 105-112, 2007. TASSINARI C.C.G., MACAMBIRA M.J.B. A evolução tectônica do Cráton Amazônico. In: Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. Beca, São Paulo, 2004. p.471-485. TASSINARI C.C.G., MACAMBIRA M.J.B. Geochronological provinces of the Amazonian Craton. Episodes, 22(3): 1999. 174-182. VAZ, P. T.; WANDERLEY FILHO, J. R.; BUENO, G. V. Bacia do Tacutu. Boletim de Geociências da Petrobras. Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 289-297, maio/nov. 2007.