1. O documento discute o consórcio de veículos de imprensa e agências de fact-checking no Brasil, questionando seus financiamentos e objetivos.
2. Grandes empresas de tecnologia e fundações ligadas à indústria farmacêutica financiam o consórcio, que tem divulgado informações sobre a pandemia e vacinas.
3. Há dúvidas sobre a independência e transparência do consórcio, que tem grande influência sobre a opinião pública e agências reguladoras no país.
Consórcio de veículos de imprensa e fact-checking no Brasil
1. 1
CONSÓRCIO DE IMPRENSA E
AGÊNCIAS DE FACT-CHECKING
NO BRASIL
03 de Agosto de 2022
Maria Emilia Gadelha Serra
CREMESP 63451
Pós-Graduada em Perícias Médicas
dramariaemiliagadelhaserra@gmail.com
2. 2
MANIPULAÇÃO DA POPULAÇÃO PELO FACEBOOK E MÍDIA
CENSURA A INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS
1. Vacinas são instrumentos de PREVENÇÃO de doenças e não devem ser utilizadas como métodos
de TRATAMENTO, pois por definição visam evitar o estabelecimento de uma doença e não tratar tal
doença quando já instalada no indivíduo.
2. No Brasil, em janeiro de 2021, foi iniciada a aplicação de produtos experimentais erroneamente
denominados “vacinas contra COVID-19”, sem que a população fosse devidamente informada sobre
tal caráter experimental tampouco assinasse documento denominado “Termo de Consentimento
Informado Esclarecido”, obrigatório para participação em pesquisas científicas.
3. As “vacinas” contra COVID-19 foram aprovadas pela ANVISA porque “teoricamente” não haveria
tratamento medicamentoso disponível para a doença.
4. O “autor” deste projeto de desinformação (1- negar a existência de tratamento medicamentoso e 2-
chamar de “vacinas” os produtos experimentais contra COVID-19 de “vacinas”), em função de suas
próprias declarações, parece ser o “Projeto Comprova”, fundado em 8 de junho de 2020,
supostamente “em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados
sobre a pandemia de Covid-19. Os veículos decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma
colaborativa para buscar as informações necessárias sobre os casos e as mortes pela doença nos
26 estados e no Distrito Federal.” 1,2,3,4
5. Segundo a PROPMARK:
“Alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil se uniram para compartilhar informações
apuradas sobre a evolução da Covid-19 no país. Com a chegada da vacina, o consórcio de veículos
de imprensa propõe mobilização para mostrar que é hora de todos colaborarem.
1
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/06/08/veiculos-de-comunicacao-formam-parceria-para-dar-transparencia-a-dados-de-covid-
19.ghtml
2
https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2021/01/29/consorcio-formado-por-veiculos-de-imprensa-faz-campanha-para-
conscientizacao-da-importancia-da-vacina.ghtml
3
https://propmark.com.br/veiculos-se-unem-em-prol-da-vacina-contra-covid-19/
4
https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/10/20/consorcio-de-veiculos-de-imprensa-completa-500-dias-de-trabalho-colaborativo.ghtml
3. 3
Sob o mote Vacina Sim, TV Globo, G1, GloboNews, O Globo, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo
e UOL lançam, nesta sexta-feira (29), durante o Jornal Nacional, campanha de conscientização da
importância da vacina. O objetivo é amplificar a informação de que a vacina protege todos, sobretudo neste
momento em que o país registra mais de 200 mil mortos pela Covid-19.
“O consórcio nasceu para suprir uma lacuna grave. Como superar a pandemia sem saber onde o vírus está
chegando, com que força e alcance? O jornalismo profissional preencheu esta lacuna. A campanha de
estímulo à vacinação inaugurada agora é um segundo passo natural para o consórcio. Veículos que
concorrem entre si unidos para o bem coletivo. Motivar os brasileiros a buscarem a vacina”, explica
Ricardo Villela, diretor de Jornalismo da Globo. “Se vacinar é cuidar de si, do outro, da família, dos amigos,
da sociedade. Entendemos que este é um bom momento para lembrar isso. E, como nos últimos meses
estivemos juntos, todos os dias, com outros veículos de comunicação para levar para a sociedade números
e informações confiáveis sobre a média de casos de Covid no Brasil, achamos importante estar novamente
ao lado deles e do público para fazer essa reflexão”, destaca Manuel Falcão, diretor de Marca e
Comunicação da Globo.
4. 4
O primeiro filme é uma animação em que o locutor afirma que É hora de dizer Vacina Sim. Ela protege
você e protege os outros. Vacina Sim. Uma campanha para todos.5
Também estão previstas peças para
mídia impressa e digital nos veículos que fazem parte do consórcio.
“O lançamento faz parte de um movimento que ganhará desdobramentos ao longo dos próximos
meses, com ativação nas redes sociais, novas peças publicitárias e cross conteúdo.”
5
Assista o filme: globoplay.globo.com/v/9223868/
6. 6
6. O consórcio de veículos de imprensa cresceu e segundo seu website, até há pouco tempo, afirmava:
“O Projeto Comprova reúne jornalistas de 33 diferentes veículos de comunicação brasileiros para
descobrir e investigar informações enganosas, inventadas e deliberadamente falsas sobre políticas
públicas, processo eleitoral e a pandemia de covid-19 compartilhadas nas redes sociais ou por
aplicativos de mensagens. Em julho de 2021, os participantes decidiram também iniciar a verificação
da desinformação envolvendo possíveis candidatos à presidência da República. Desde então, o
projeto tem monitorado nomes que vem sendo incluídos em pesquisas dos principais institutos. O
Comprova é uma iniciativa sem fins lucrativos.”
7. 7
7. Como visto, o Projeto Comprova afirmava ser é “uma iniciativa sem fins lucrativos”, no entanto já mencionava
como parceiros “financiadores” Google News Initiative e a empresa Meta (ex-Facebook).
8. Na data de hoje, 22 de maio de 2022, é possível ler no website do Projeto Comprova6:
“O Projeto Comprova é uma iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos que reúne jornalistas de 43 veículos
de comunicação brasileiros para descobrir e investigar informações suspeitas sobre políticas públicas,
eleições presidenciais e a pandemia de covid-19 que foram compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos
de mensagens.”
6
https://projetocomprova.com.br/
8. 8
9. E quem planejou o Projeto Comprova?
“O Comprova foi idealizado e desenvolvido pelo First Draft com a colaboração de Abraji, Projor,
Google News Initiative e Meta Journalism Project. Trata-se de um trabalho colaborativo entre
veículos de comunicação parceiros para verificar informações online, publicar desmentidos no site
do projeto e ampliar a difusão dos resultados em seus próprios canais. O projeto também tem
parceiros nas áreas de tecnologia e institucional. Nesta página, você encontra uma lista completa de
parceiros locais, nacionais e internacionais.” 7
10. E o que é a First Draft ?8
Uma instituição que afirma “proteger comunidades contra a desinformação prejudicial.”
7
https://projetocomprova.com.br/about/faqs/
8
https://firstdraftnews.org/
9. 9
A First Draft recebeu financiamento das seguintes organizações em 2020:9
Bernard and Anne Spitzer Charitable Trust
Craig Newmark Philanthropies
Democracy Fund
Facebook Journalism Project
Ford Foundation
Google News Initiative
John S. and James L. Knight Foundation
The Klarman Family Foundation
Media Democracy Fund
The Newton and Rochelle Becker Charitable Trust
Rita Allen Foundation
Swiss Democracy Fund
Open Society Foundations
Wellcome Trust
9
https://firstdraftnews.org/about/
10. 10
Em 2019, a First Draft recebeu financiamento das seguintes instituições:10
Children’s Investment Fund Foundation
Craig Newmark Philanthropies
Facebook Journalism Project
Ford Foundation
Google News Initiative
News Integrity Initiative at the Craig Newmark Graduate School of Journalism at CUNY
Open Society Foundations
Twitter.
11. E o que é a Open Society?10
A Open Society Foundations (OSF) 11
foi criada em1993 em New York por George Soros com o nome
Open Society Institute para apoiar financeiramente ONGs e grupos sociais nos temas justiça, saúde,
educação e mídia independente. A OSF foi criticada e até mesmo banida por vários países (Uganda, Israel,
Rússia, Turquia, Hungria, Romênia, Macedônia, dentre outros), por interferir nas soberanias nacionais ao
tentar impor controles sociais. Financiou a invasão de imigrantes ilegais na Polônia. Uma autoridade
polonesa fez uma declaração pública sobre o assunto - Krzysztof Bozak.12,13
Em 2021 a OSF destinou
$126.8M para campanhas e organizações, incluindo a International Center for Journalists14
, a empresas
10
https://firstdraftnews.org/
11
https://www.opensocietyfoundations.org/george-soros?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=gs_082018
12
https://rumble.com/vqfsq2-krzysztof-bozak-vs-soros-open-societies-foundation.html
13
https://www.armstrongeconomics.com/world-news/immigration-world-news/border-crisis-in-poland-is-the-tip-of-the-iceberg/
14
https://www.icfj.org/
11. 11
de fact-checking e escolas de jornalismo de orientação marxista, a fim de favorecer as narrativas dos
grandes conglomerados de indústrias farmacêuticas (“Big Pharma”)
.
12. 12
O presidente e CEO de uma das maiores agências de notícias do mundo, Reuters15
– desde 2012 até
deixar o cargo em 2020, quando a COVID-19 estava florescendo como uma nuvem negra no horizonte
ocidental – era coincidentemente um homem chamado James C. Smith - um diretor da indústria
farmacêutica Pfizer desde 2014.16
Smith, no entanto, ainda atua no conselho do Fórum Econômico Mundial
(WEF). 17
15
https://www.topionetworks.com/people/james-c-smith-54ecb4e2ba29dedb54004381
16
https://www.pfizer.com/people/leadership/board_of_directors/james_smith
17
https://www.weforum.org/people/james-smith
13. 13
12. E o que é a Wellcome Trust?18
A Wellcome Trust foi fundada em 1936, com recursos de Henry Wellcome, um homem de destaque da
indústria farmacêutica da época. Seu objetivo foi financiar pesquisas nas áreas de ciências da vida e
ciências sociais que tivessem o potencial de mudar o modo como se entende a vida, a saúde e o bem-
estar. Os fundos gerenciados pela Wellcome, grande parte destinados às bigpharmas, totalizam £38
bilhões (de libras).
Os temas financiados pela Wellcome Trust incluem:
- Relacionamento entre mudanças climáticas e saúde
- Doenças infecciosas
- Cultura, diversidade, equidade e inclusão
- Doenças mentais
18
https://www.weforum.org/organizations/the-wellcome-trust
14. 14
Atualmente os cinco principais cientistas financiados pela Wellcome Trust envolvidos na pandemia,
conhecidos como os “Wellcome Five”:
1- Neil Ferguson - especialista em modelagem computacional de pandemias do Imperial College
que estimou um número absurdo de mortes, gerando pânico e histeria e dando mote para os
“lockdowns”
2- Roy Anderson - fez predições erradas e alarmistas sobre FMD (Foot and Mouth Disease), que
resultou no abate desnecessário de 10 milhões de animais
3- Jeremy Farrar - diretor da Wellcome Trust presente na reunião de 22/01/2020 da SAGE (UK's
Scientific Advisory Group) sobre "coronavirus response". A reunião foi conduzida por Patrick
Vallance (ex-presidente de P&D da indústria farmacêutica GSK), sendo que a GSK no passado
absorveu a empresa Burroughs-Wellcome.
4- Edward Holmes - fellow da Wellcome Trust, trabalhou na China em 2019 e foi o cientista que
liberou a sequência genética do SARS-CoV2
5- Richard Sykes - capitaneou a força tarefa da COVID-19 no Reino Unido, está ligado à GSK e foi
Reitor do Imperial College.
13. E quem são os veículos de comunicação do consórcio de imprensa “Projeto Comprova”, que decidem
“a VERDADE” que VOCÊ deve acatar? 19
19
https://projetocomprova.com.br/about/partners/
18. 18
14. Estranhamente, até mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a adotar
as estatísticas divulgadas pelo referido consórcio de imprensa, conforme publicado na página 6 do
RELATÓRIO - BASES TÉCNICAS PARA DECISÃO DO USO EMERGENCIAL, EM CARÁTER
EXPERIMENTAL DE VACINAS CONTRA A COVID-19. 20
As autorizações temporárias de uso
emergencial das vacinas CoronaVac (Instituto Butantan) e Covishield (AstraZeneca-Fiocruz) foram
aprovadas por unanimidade pelos Diretores da Anvisa:
“Até a data de 15 de janeiro de 2021 o Brasil registrou 208.246 óbitos por Covid19 e 8.393.492
casos confirmados de infecção por SARS-CoV-2, de acordo com os dados publicados pelo
consórcio de veículos de imprensa a partir dos dados coletados das Secretarias Estaduais de
Saúde.”
20
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/paf/noticias-anvisa/2021/confira-materiais-da-reuniao-extraordinaria-da-dicol/relatorio-bases-tecnicas-
para-decisao-do-uso-emergencial-final-4-1.pdf
19. 19
No mesmo documento (página 7), consta a seguinte afirmação:
“Assim, uma vacina contra a COVID-19 capaz de reduzir qualquer um desses elementos pode
contribuir para o controle da doença, onde não há medicamentos profiláticos eficazes e
poucos tratamentos disponíveis.
15. É óbvio que existem boatos e “fake news” que devem ser mitigados, para os quais há leis e normas
no Brasil que norteiam de forma adequada e satisfatória. No entanto, o mecanismo instituído pelo
consórcio de imprensa e pelas suas agências coligadas de “fact-checking” tem tido um impacto
no aumento da mortalidade no Brasil (ao redor de 25 vezes se comparada com países que fazem
tratamento precoce) ao desinformar e impedir, de forma inaceitável e lesiva, que o povo brasileiro
entenda que, sob a autonomia médica, há opções de tratamento precoce efetivas para a
COVID-19.
16. Os veículos de comunicação e as agências de fact-checking não só veiculam notícias, mas de
forma intrusiva interferem na condução de nosso Estado, via o tolhimento do discurso
democrático e a interferência irrestrita na condução de nossas políticas de Estado e de Saúde.
É igualmente imperativo entender a estrutura desta “polícia da opinião” e os mecanismos de
imposição do pensamento sendo implementados por estas agências.
17. As agências de fact-checking em especial são uma ameaça concreta e ubíqua para nossa
segurança nacional. Elas precisam ser monitoradas e mantidas subordinadas, em estrito respeito
ao Artigo 5º da Constituição e ter seu viés político balanceado. É condição sine qua non que sua
operação reflita a constituição de valores, anseios e ideais do povo brasileiro, além do respeito à
nossa Constituição.
20. 20
18. As agências de fact-checking têm o mesmo viés político-partidário, trabalham para interesses
estrangeiros, usam a mesma linguagem ditada por instituições estrangeiras, funcionam e são
financiados para fazer "jornalismo de qualidade". Treinam e dão cursos "com fins educativos" para
jornalistas verificarem fatos e obterem certificados pela International Fact Checking Network
(IFCN).21
19. Precisamos elucidar quem é o comitê organizador da IFCN, a quem servem, quem os financia e
como um grupo internacional não eleito ou escolhido por brasileiros pode vir a ter tanta
influência em nosso sistema de escolha democrática, de sucessão de poder e determinar o que é
certo ou errado em questão de saúde pública, que por definição deveriam ser afeitas à Ciência e
Medicina soberanas do Brasil.
20. É inaceitável que essas agências de jornalistas, seguindo normas estranhas aos interesses
de uma grande parcela da nossa população, venha moldando a convicção e decisões de forma
oculta, sendo a elas permitido usurpar a prerrogativa de profissionais brasileiros em Ciência
e Medicina na questão da COVID-19 em particular e em quase todos os outros aspectos
relevantes para o funcionamento democrático de nossa sociedade em geral.
21
https://ifcncodeofprinciples.poynter.org/
21. 21
21. Agências checadoras de fatos ganham selos se seguirem os códigos de princípios da IFCN, e o
"controle de desinformações" é realizado por quatro agências terceirizadas no Brasil:
- AFP Checamos
- Agência Lupa
- Estadão Verifica
- Aos Fatos
22. 22
AFP Checamos 22 , 23
Segundo seu website, a AFP Checamos foi criada em junho de 2018. A AFP faz parte do programa de
verificação de fatos do Facebook. As operações de checagem de fatos da AFP recebem apoio direto do
programa do Facebook. A equipe conta atualmente com sete jornalistas dedicadas à verificação no Rio de
Janeiro, São Paulo e Salvador e 75% deles têm abaixo de 40 anos. A agência opera a partir do Rio de
Janeiro.
A jornalista brasileira Cecília Sorgine24
trabalha há cinco anos e meio na AFP e há quase três anos atua
como verificadora de fatos no AFP Checamos. No Brasil, a AFP tem também escritório em Brasília.
22
https://checamos.afp.com/
23
https://www.facebook.com/AFPChecamos/
24
https://www.youtube.com/watch?v=Mwv6IS3nE2g
23. 23
As jornalistas são supervisionadas pela chefe de redação e pela diretora do escritório (não
discriminadas no website), que operam de fora do Brasil, portanto não respondem as nossas leis.
Cada verificação é editada por ao menos dois integrantes da equipe de coordenação do projeto, distribuída
da seguinte maneira:
- Leila Macor, em Montevidéu (Uruguai)
- Anella Reta, em Montevidéu (Uruguai)
- Miguel Bravo, em Cidade do México (México)
- Denise Mota, em Montevidéu (Uruguai)
- Pedro Schwarze, em Santiago (Chile)
- Alejandro Rincón Moreno, em Bogotá (Colômbia)
- Sonia González, em Madri (Espanha)
A equipe editorial também supervisiona o blog de fact-checking em espanhol Factual, igualmente lançado
em junho de 2018 e mantido por jornalistas nos escritórios da AFP na América Latina e na Espanha. O blog
de fact-checking em catalão Comprovem, inaugurado em setembro de 2019, também é supervisionado pela
mesma equipe.
25. 25
Na Matéria da AFP Checamos: “O American Journal of Medicine não recomendou hidroxicloroquina
contra a covid em janeiro de 2021”25
pode-se ler que: “A cloroquina e a hidroxicloroquina são
medicamentos de uso controlado e indicados no tratamento de algumas doenças autoimunes, como lúpus
e artrite reumatoide, e da malária. Essas medicações foram testadas, de maneira isolada ou combinada com
o antibiótico azitromicina, para o tratamento da COVID-19, mas sua eficácia nunca foi cientificamente
comprovada.” Cabe inquirir onde está a evidência de que a “eficácia nunca foi cientificamente comprovada”
da hidroxiclorquina e azitromicina que foram usadas com sucesso em Porto Feliz (Brasil), Marselha (França),
Cuba e Senegal, por exemplo.
25
https://checamos.afp.com/o-american-journal-medicine-nao-recomendou-hidroxicloroquina-contra-covid-em-janeiro-de-2021
26. 26
Lupa26
Também conectada ao Facebook (Meta), opera no Brasil como empresa certificada pela IFNC atuando no
“jornalismo educacional” e vende reportagens de checagem de fato para meios de comunicação no Brasil,
Reuters, Bloomberg etc. Segundo seu website, “a Lupa iniciou sua trajetória como uma agência de notícias
especializada em fact-checking. Deste modo, funciona como as conhecidas agências internacionais de
notícias – Associated Press, France Presse, Reuters e outras -, comercializando seu conteúdo junto a outros
veículos de informação. Nesta frente, a Lupa atendeu clientes como Folha de São Paulo, UOL, Yahoo!,
Terra, rádio CBN e portal Metrópoles, entre outros. Também produz conteúdo de verificação para o
Facebook, dentro do projeto de verificação de notícias da plataforma, que teve início no Brasil em 2018.
Em 2017, a Lupa fundou seu braço educacional, através do qual promove oficinas e treinamentos sobre
fact-checking e desinformação. Em cerca de quatro anos de trabalho, o LupaEducação capacitou mais de 7
mil pessoas no Brasil, em Portugal, na Espanha e em países da África, em treinamentos online e presenciais.
Também promoveu grandes projetos de educação midiática, como o Democracia Digital (no qual foram
capacitados servidores dos tribunais regionais eleitorais e jornalistas com atuação local em 90% das capitais
brasileiras) e o FactCheckLab (que incentivou iniciativas locais de checagem em parceria com o Consulado
dos Estados Unidos).
26
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/
27. 27
A Lupa desenvolve projetos especiais de produção de conteúdo de acordo com possibilidades de
financiamento promovidas por diferentes entidades, fundações, institutos, plataformas etc. Nesta
modalidade já estabeleceu parcerias com Google News Initiative, International Fact-checking Network,
Fundação Henrich Böll, Facebook Journalism Project, Membership Puzzle Project, entre outros.”
Em seu primeiro ano de existência (2016), a Lupa contou com um orçamento de R$ 1 milhão, somados
o investimento inicial feito pela Editora Alvinegra e os contratos de fornecimento de conteúdo no modelo de
agência de notícias. Aos poucos, os valores foram sendo incrementados com outras fontes de receita, até
que, em 2019, 40% do orçamento anual da Lupa equivalia a ações de educação midiática lideradas pelo
LupaEducação.
Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, o faturamento total da Lupa chegou a R$ 2,3 milhões
– boa parte deles correspondentes a editais e fundos para os quais a agência desenvolveu projetos
específicos e foi contemplada com financiamentos pontuais.”
28. 28
Um dos clientes da agência Lupa é a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que em setembro de
2021, lançou a campanha “Movimento Vacinação”. 27
Segundo o website, “a agência Lupa, especializada
em verificação de notícias, será parceira do Movimento Vacinação. A ideia é ampliar a disseminação rápida
e eficiente de informações para o público em geral sobre a veracidade das informações que, muitas vezes,
podem confundir ou induzir a erro.”
27
https://infectologia.org.br/movimento-vacinacao/
29. 29
Os operadores da Lupa são: Bruno Nomura, Camila Callegari, Carol Macário, Catiane Pereira, Chico Marés,
Cristina Tardáguila, Dominque Gogolevsky, Douglas Silveira, Flávia Campuzano, Gilberto Scofield Jr., Luiz
Fernando Carreirão, Marcela Duarte, Mariana Martins, Maurício Moraes, Mikhaela Araújo, Nathália Afonso,
Plínio Lopes, Raphael Kapa. Raquel Moura, Samuel Costa, Thuany Rodrigues, Victor Terra e Vivian Vecchi.
Natália Leal é a CEO da agência LUPA, tendo recebido um prêmio internacional da ICFJ em 2021. 28
28
https://www.icfj.org/about/profiles/natalia-leal
35. 35
Em reportagem publicada na Edição 55 da Revista Oeste29
, a jornalista Ana Brambilla explicou que as
agências de checagem são financiadas pelas big techs, incapazes de gerenciar o monstro que criaram na
internet.
“O Google também financia projetos de checagem. Em março deste ano, a agência Lupa (…) recebeu
parte dos US$ 3 milhões do fundo criado pela companhia em defesa da vacina contra a covid-19”,
revelou a jornalista.”
29
https://revistaoeste.com/tecnologia/checagem-de-fatos-e-opiniao-admite-meta/
36. 36
Nathália Afonso, jornalista da agência Lupa, escreveu no artigo de 20 de outubro de 2021 intitulado
“Relatório final da CPI da Covid omite ondas de desinformação sobre a pandemia” 30
na seção Curas
milagrosas, que: “Receitas milagrosas também foram assunto de conteúdos falsos compartilhados nas redes
sociais. Ao menos em uma ocasião, Bolsonaro divulgou esse tipo de material. O relatório da CPI da COVID
cita a indicação do chamado “tratamento precoce” como uma onda de desinformação, que consiste na
utilização de medicamentos como cloroquina em pacientes com a doença.” Seria importante que a Sra.
Nathália Afonso apresentasse as evidências fáticas, consubstanciadas de que o chamado “tratamento
precoce” é parte de “receitas milagrosas” e sujeita a uma “onda de desinformação”.
Por sua vez, Bruno Nomura e Chico Marés na matéria “É falso que a Covid-19 foi controlada na Índia
após adoção da ivermectina” 31
afirmam que a ivermectina não está sendo usada na Índia. De forma
inaceitável, não apresentaram dados sobre o seu uso em províncias da Índia nem sobre o sucesso do uso
da hidroxicloroquina em Dharavi, Índia, em 2020, por exemplo. Seria importante que os Srs. Nomura e Marés
apresentassem as evidências fáticas, consubstanciadas de que a Índia não usou ou usa o tratamento
precoce e que ele não foi e não esteja sendo eficaz em Uttar Pradesh, por exemplo.
30
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/10/20/relatorio-final-cpi-ondas-desinformacao/
31
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/06/24/verificamos-india-ivermectina/
38. 38
Estadão Verifica32
Criado em junho de 2018, o núcleo de verificação e checagem de fatos do jornal O Estado de São Paulo,
recebe denúncias anônimas e tem tido um papel significativo em desinformar a população ao afirmar de
forma insistente sobre “tratamentos sem eficácia comprovada”. Eles alegam que “são signatários do código
de princípios do IFNC e que são imparciais e transparentes com relações a fontes, financiamentos e
metodologia; e política de correções aberta e honesta”.33
A equipe é formada por:
- Daniel Bramatti
- Alessandra Monnerat
- Clarissa Pacheco
- Gabi Coelho
- Pedro Prata
- Samuel Lima
- Thais Ferraz
- Victor Pinheiro
32
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/
33
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/recebeu-algum-boato-envie-para-checagem-do-estadao- verifica/
43. 43
Victor Pinheiro, jornalista freelancer de 24 anos, foi o autor do artigo que classificou o Prof.
Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina de 2008, como “fake news”. 34
O jornalista
principiante (“foca”) autodenomina seu trabalho de censura com o nome pomposo de “fact-
checking”.
34
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/discurso-de-premio-nobel-engana-ao-afirmar-que-vacinas-criam-variantes-e-
agravam-pandemia/
44. 44
Daniel Bramatti, o jornalista mais experiente do grupo, em 13 de outubro de 2021 escreveu o artigo
“Estadão Verifica’ já desmentiu 642 boatos na pandemia”:35
“No momento, a prioridade da equipe
do Verifica é o combate à desinformação sobre o coronavírus, a vacinação e os falsos tratamentos
de COVID. Um em cada quatro dos conteúdos verificados sobre a pandemia trazia informações
enganosas sobre vacinas. Um em cada cinco continha falsidades sobre o chamado “tratamento
precoce.” O Sr. Bramatti precisa apresentar sua qualificação técnica e evidências fáticas
consubstanciadas de sua alegação, dado inclusive o fato de que há indícios de que o uso do
tratamento precoce em Itajaí (Santa Catarina), Porto Seguro (Bahia), Porto Feliz (São Paulo),
Senegal, Chiapas (México), Uttar Pradesh (Índia), Marselha (França), dentre outros, esteja
demonstrando reduções de transmissão, agravamento, hospitalização e mortes por COVID-19. Ao
contrário do que se sabe sobre o uso da ivermectina em Chiapas (México) e Uttar Pradesh (Índia),
por exemplo, o Estadão Verifica publicou: “É enganosa a conexão entre distribuição de ivermectina
e controle da pandemia em estado da Índia”.
35
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,estadao-novo-impresso-verifica,70003866683
45. 45
Ademais a matéria, “Médico apresenta evidências enganosas ao sugerir conspiração da ciência
contra a cloroquina” 36
desacredita o competente e renomado Dr. Peter McCullough. Como as
demais agências do tipo, o Estadão Verifica pratica assassinato de reputações e apresenta material
e avaliação científica de assuntos sobre os quais vão ter que apresentar evidências fáticas
consubstanciadas e abrir espaço para o contraditório.
No artigo: “Defensor da cloroquina faz vídeo enganoso sobre ‘conspiração’ que favoreceria
remdesivir” 37
, de 13 de maio de 2020, os autores afirmam que: “A cloroquina e a hidroxicloroquina
têm estado no centro de inúmeros rumores que circulam, em especial, nos Estados Unidos e no
Brasil. Muitos desses boatos dizem que essas substâncias seriam a “cura” para a covid-19, o que
poderia desmobilizar a sociedade no enfrentamento da pandemia. Além disso, a cloroquina e a
hidroxicloroquina só podem ser usadas sob orientação médica, pois têm efeitos colaterais
significativos”. Por que o Estadão Verifica, ao saber da publicação do artigo “Treatment with
hydroxychloroquine, azithromycin, and combination in patients hospitalized with COVID-19”38
por Arshad et al., no International Journal of Infectious Diseases em 29 de junho de 2020 e, o
artigo “Early combination therapy with hydroxychloroquine and azithromycin reduces
mortality in 10,429 COVID-19 outpatients” 39
por Million et al., no Reviews in Cardiovascular
Medicine, em 24 de setembro de 2021 que contradizem a afirmação desprovida de evidência fática
desta agência, não retratou a afirmação ou revisou a matéria posteriormente ? Seria importante ter
36
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/medico-apresenta-evidencias-enganosas-ao-sugerir-conspiracao-da-ciencia-
contra-cloroquina/?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-
sociais:062021:e&utm_content=:::&utm_term=
37
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/cloroquina-nao-e-alvo-de-conspiracao-a-favor-do-remdesivir/
38
https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S1201971220305348?token=0FFE41AF109097703C55FD5ABFEE24CBD261E91D5BB692814
A5839124F9B94DD44EE10CC7402E4DECA0091E7483D29FD&originRegion=us-east-1&originCreation=20220523145357
39
https://www.imrpress.com/journal/RCM/22/3/10.31083/j.rcm2203116
46. 46
em mente que a quantidade de publicações mostrando benefício e os exemplos de uso ao redor do
mundo em diversos países exigiria uma retratação desta agência irresponsável.
47. 47
Aos Fatos40
O site de checagem Aos Fatos foi fundado em 2015 por Tai Nalon, Rômulo Collopy e Carol Cavaleiro.
Aos Fatos se define como “uma pequena empresa tributada pelo Simples Nacional registrada como
agência de notícias. Por meio de ferramentas inerentes ao jornalismo investigativo, é especializada
em monitoramento e investigação de campanhas de desinformação na internet e checagem de
fatos.Para se sustentar, Aos Fatos aposta em um modelo híbrido de negócios: financiamento por
meio de seu programa de apoiadores, o Aos Fatos Mais, que pode ser compreendido aqui; parcerias
editoriais e projetos de tecnologia e inovação encubados no Aos Fatos Lab. Em 2020, Aos Fatos
faturou cerca de R$ 1,8 milhão entre grants, parcerias de mídia e prestações de serviço na área de
tecnologia pelo Aos Fatos Lab. O valor foi aplicado na remuneração de jornalistas, desenvolvedores,
designers, além de equipamentos e despesas administrativas, tributárias e estruturais, como o
pagamento do aluguel de sua sede.”
Aos Fatos utiliza o robô “Fátima Checadora de Fatos” 41, 42
operando dentro do WhatsApp,
Messenger e Twitter para eliminar a opinião discordante das que impõe. Sua equipe informa ter
trabalhado de forma intensa conduzindo e cerceando informações sobre a CPI da pandemia.
40
https://www.aosfatos.org/
41
https://www.aosfatos.org/fatima/
42
https://twitter.com/aosfatos/status/1419386974436093952
50. 50
Com sede no Rio de Janeiro e profissionais espalhados por seis estados do país, Aos Fatos tem uma
equipe de profissionais de diversas origens e qualificações:
Tai Nalon é diretora executiva e cofundadora do Aos Fatos. Jornalista pela Uerj, lidera no Aos Fatos
o time vencedor do Prêmio Gabo 2020 na categoria inovação, do Prêmio Claudio Weber Abramo de
Jornalismo de Dados na categoria inovação em 2019 e do Digital Media LATAM 2020 na categoria
de melhor projeto digital. Foi finalista dos Online Journalism Awards 2019 e menção honrosa nos
prêmios de excelência de 2019 da Sociedad Interamericana de Prensa. Foi repórter e redatora de
política e administração pública na Folha de S.Paulo em Brasília, no Rio e em São Paulo entre 2008
e 2014. Tai vive hoje no Rio de Janeiro.
51. 51
Ana Rita Cunha é diretora de estratégia e comunidades do Aos Fatos. Trabalhou como
correspondente da agência de notícias Debtwire, acompanhado mercado de dívidas e processos de
recuperação de empresas. Foi repórter na agência CMA, cobrindo o setor de energia, petróleo e gás
tanto em Brasília quanto em São Paulo. É formada em jornalismo pela Universidade de Brasília e
pela Université de Rennes, na França. Mora no Rio de Janeiro.
Amanda Ribeiro é repórter do Aos Fatos. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de
Santa Catarina, é mestre em letras pela Universidade Federal de São Paulo. Trabalhou no Núcleo
de Cultura da Folha de São Paulo de 2017 a 2019. Vive em São Paulo.
52. 52
Bernardo Moura é diretor de operações do Aos Fatos. Formado pela Uerj em 2007, já trabalhou nas
redações dos jornais Extra, Agora SP e O Globo. Neste último, foi subeditor de interatividade e mídias
sociais. Venceu, em 2009, o Prêmio Secovi Rio com uma série de reportagens sobre irregularidades
no Programa de Arrendamento Residencial da Caixa Econômica Federal. Trabalha para o Aos Fatos
desde as eleições municipais do Rio de Janeiro, em 2016. Nasceu e vive hoje no Rio de Janeiro.
Bianca Bortolon é linguista no Radar Aos Fatos. É jornalista e mestre em comunicação e
territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo, tendo como foco de pesquisa a análise
do discurso e estratégias de ação de movimentos sociais na internet. Vive em Vila Velha (ES).
53. 53
Bruno Fávero é diretor de crescimento do Aos Fatos. Formado em jornalismo pela USP, foi bolsista
do programa Chevening e fez mestrado em Política Comparada na University College London, onde
estudou o impacto de impeachments na confiança política da América Latina. No jornalismo, passou
pela Revista Info, pelo iG e foi repórter das editorias de tecnologia e política na Folha de S.Paulo.
Vive no Rio de Janeiro.
Carol Cavaleiro é cofundadora e diretora de inovação do Aos Fatos, responsável pelo
desenvolvimento de projetos que conjugam design, jornalismo e produto. Medalha de bronze no 40º
prêmio do SND (Society for News Design), foi editora-assistente de Arte no jornal O Globo por cinco
anos. Já trabalhou na Folha de São Paulo, no Estadão e no UOL. Vive no Rio de Janeiro.
54. 54
Débora Ely é editora do Radar Aos Fatos. Foi repórter de política do jornal Zero Hora. Formada em
comunicação social em 2013 e mestre em ciências sociais pela PUC-RS, em 2018, foi acadêmica
visitante da Escola de Relações Públicas e Internacionais da Universidade de Columbia, em Nova
York, em 2019. Vive em Porto Alegre.
Ethel Rudnitzki é repórter do Radar Aos Fatos. Formada em jornalismo pela Universidade de São
Paulo. Realizou intercâmbio acadêmico na Universidade de Coimbra em Portugal, onde estudou
jornalismo com especialização em Estudos Europeus. Trabalhou como repórter na Agência Pública,
investigando a disseminação de desinformação nas redes sociais. Lá também atuou como checadora
no projeto Truco. Mora em São Paulo.
55. 55
Israel Teixeira é programador e desenvolvedor do Aos Fatos em parceria com a NaN Systems. Ex-
pesquisador do Supremo em Números na FGV-Rio, tem levado tecnologia para o universo do Direito
desde 2013, seja ensinando juristas a programarem como criando soluções como o Minutário, que
automatiza a produção de documentos jurídicos. É especializado em Python, desenvolvimento de
front-end e técnicas de análise de dados. Vive no Rio de Janeiro.
João Ernane Barbosa é cientista de dados do Radar Aos Fatos. Formado em direito pela
Universidade Federal de Uberlândia, é pós-graduando em business intelligence na PUC-MG. Ao unir
diferentes áreas do conhecimento, interessa-se por automação e inteligência artificial. Vive em
Uberlândia (MG).
56. 56
Leonardo Cazes é chefe de reportagem do Aos Fatos. Trabalhou durante 11 anos no jornal O Globo,
onde foi repórter nas áreas de educação e cultura, e editor-assistente do núcleo digital e das editorias
de política e cultura. Participou da criação do Fato ou Fake, em 2018, e atuou como editor do serviço
de checagem até dezembro de 2020. É formado em Jornalismo pela UFRJ, mestre e doutorando em
História pela UFF. Vive em Niterói.
Luís Felipe dos Santos é editor do Aos Fatos. Trabalhou como editor de homepage e redes sociais
no Terra por seis anos e como editor-assistente de política, economia e geral em GZH por três anos
e meio. Tem reportagens publicadas na piauí, na Super Interessante e na Placar. É formado em
Jornalismo pela UFRGS. Vive em Porto Alegre.
57. 57
Luiz Fernando Menezes é repórter do Aos Fatos, jornalista formado em 2017 pela Universidade
Federal de Santa Catarina, ilustrador e quadrinista. Foi trainee de Ciência e Saúde da Folha de São
Paulo. Vive em São Paulo.
Luiza Barros é editora de estratégia e comunidades no Aos Fatos. Formada em jornalismo pela
UFF, é doutoranda em Estudos da Linguagem na mesma universidade. Foi repórter do Segundo
Caderno e do caderno Ela do jornal O Globo. Mora no Rio de Janeiro.
58. 58
Marco Faustino é repórter do Aos Fatos e foi editor do site de checagens E-farsas. Vive em Cruzeiro
(SP).
Milena Mangabeira é linguista no Radar Aos Fatos. Graduou-se em jornalismo na Universidade
Federal do Espírito Santo, onde também é mestre em comunicação e territorialidades com foco em
análise do discurso político e estratégias discursivas. Mora em Serra (ES).
59. 59
Priscila Pacheco é repórter do Aos Fatos. Formada em jornalismo pela Anhembi Morumbi, fez parte
da Agência Mural, veículo que cobre as periferias da região metropolitana de São Paulo, de 2015 a
2019. É representante da Hostwriter, organização alemã que incentiva o jornalismo transfronteiriço
e a diversidade. Em 2019, foi jornalista visitante na Muckrock, organização especializada em lei de
acesso à informação, em Boston (EUA). É autora da HQ Minas da Várzea e coautora do livro Unbias
the news: why diversity matters for journalism. Vive em São Paulo.
Rômulo Collopy é diretor licenciado de tecnologia e cofundador do Aos Fatos. Desenvolvedor full-
stack, é formado em Comunicação Social na Uerj. Foi gerente do projeto Ecofunds Database, uma
base de dados da Rede de Fundos Ambientais da América Latina e Caribe que mapeia fluxos de
investimentos em conservação da natureza. Já foi webdesigner, e abandonou uma graduação de
Ciências da Computação na UFRJ após cursar por dois anos. Conheceu Python em pesquisas para
reconstrução de um projeto legado e se apaixonou pela tecnologia. Vive em Amsterdã, na Holanda.
60. 60
Sofia Fernandes é editora do Aos Fatos. Formada em Jornalismo pela UnB (Universidade de
Brasília), foi repórter de economia na sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo de 2009 a 2016, com
um intervalo de estudos no Canadá. De 2017 a 2018, foi repórter de política da revista Veja, em São
Paulo. Trabalhou também como cozinheira e padeira no restaurante Maní e na Padoca do Maní, em
São Paulo. Hoje vive em Brasília.
Bernardo Moura em 20 de outubro de 2021 na matéria: “Citados em relatório da CPI da Covid- 19
deram ao menos 85 declarações enganosas à comissão” 43
abertamente com viés contrário ao
atual governo, afirma:
“O uso de medicações sem eficácia comprovada contra a Covid-19 também foi
estimulado em propagandas do Ministério da Saúde sobre o "tratamento precoce" e
por meio do aplicativo TrateCov, que as recomendava indiscriminadamente, sem
considerar os efeitos adversos. Pazuello participou em 19 de janeiro deste ano do
lançamento do aplicativo, que foi descontinuado logo depois sob críticas.
O Ministério também incentivou o "tratamento precoce" ao lidar com o colapso do
sistema de saúde em Manaus em janeiro deste ano. No dia 7, a pasta enviou um ofício
à prefeitura manauara para promover o uso dos medicamentos em Unidades Básicas
de Saúde.
Foi financiada pelo órgão ainda naquele mês uma força-tarefa de médicos para a
divulgação da hidroxicloroquina e de outros medicamentos ineficazes, como o
vermífugo ivermectina, em Manaus. Na época, Pazuello atribuiu o aumento de casos
de COVID-19 na cidade à baixa adesão ao dito "tratamento precoce".
Também em janeiro de 2021, Aos Fatos verificou 140 menções a "tratamento precoce"
no site do Ministério da Saúde.
43
https://www.aosfatos.org/noticias/citados-em-relatorio-da-cpi-da-covid-19-deram-ao-menos-85-declaracoes- enganosas-a-comissao/
61. 61
Entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, a pasta distribuiu 4,1 milhões de comprimidos
de cloroquina e 509 mil de hidroxicloroquina aos estados.”
O Sr. Bernardo Moura precisa apresentar suas credenciais em Ciências e Medicina, bem como
demonstrar evidência fática e consubstanciada de que a “hidroxicloroquina e outros medicamentos
ineficazes, como o vermífugo “ivermectina” são de fato ineficazes e qual é frequência de ocorrência
dos “efeitos adversos” alegados em uso no protocolo precoce. Ele deve apresentar provas de que
as “140 menções a "tratamento precoce" no site do Ministério da Saúde” são infundadas
cientificamente. Ademais, deve ser demandado a este jornalista se o único uso conhecido da
ivermectina é como vermífugo e se ele tinha a intenção de tratar de forma pejorativa e gerar um
estigma e, se crucialmente, o uso do termo vermífugo é parte de recomendações da IFCN e se não,
quais são.
Ademais, ambos Priscila Pacheco e Luiz Fernando Menezes, precisam apresentar evidência fática
em suporte ao seu artigo de 23 de março de 2021 intitulado: “Por que não se pode dizer que
tratamento precoce contra Covid-19 funciona” 44
. Em função do artigo “EFFECT OF EARLY
TREATMENT WITH FLUVOXAMINE ON RISK OF EMERGENCY CARE AND HOSPITALISATION
AMONG PATIENTS WITH COVID-19: THE TOGETHER RANDOMISED, PLATFORM CLINICAL
TRIAL” 45
por Gilmar Reis et al., publicado no Lancet em 27 de outubro de 202, estes dois jornalistas
e a agência Aos Fatos devem retratar esta afirmação em desacordo com a realidade e publicar um
informe acerca das dezenas de trabalhos que contradizem a informação sendo divulgada por esta
agência, que deve informar detalhadamente qual é a base fática e técnica de suas publicações em
completa concordância com as outras agências de fact-checking. Como as demais, eles também
devem informar quais são seus conflitos de interesse, de onde recebem recursos e de onde vem as
diretrizes para esta linha editorial análoga.
Exemplos de “notícias checadas” com o “selo de qualidade “Aos Fatos”: 46, 47
44
https://www.aosfatos.org/noticias/por-que-nao-se-pode-dizer-que-tratamento-precoce-contra-covid-19- funciona/
45
https://www.thelancet.com/journals/langlo/article/PIIS2214-109X(21)00448-4/fulltext
46
https://www.aosfatos.org/noticias/em-video-medica-mente-sobre-substancias-e-efeitos-adversos-de-vacinas-contra-a-covid-19/
47
https://twitter.com/aosfatos/status/1549885851219402752
62. 62
Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 201348
Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações
penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
48
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm
63. 63
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
...
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
infração penal que envolva organização criminosa.
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de
arma de fogo.
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa,
ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
§ 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a
prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
...
§ 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado
por meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter
livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a
manutenção do vínculo associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
64. 64
Podemos observar a replicação e amplificação de notícias por integrantes do Consórcio de Imprensa, como
esperado e característico do modus operandi. 49, 50, 51
49
https://www.google.com/search?q=aos+fatos+maria+emilia&oq=aos+fatos+maria+emilia&aqs=chrome..69i57j69i60.5194j0j15&sourceid=
chrome&ie=UTF-8
50
https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2018/05/29/terra-fecha-parceria-com-estadao.html
51
https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/projeto-comprova-e-consorcio-de-veiculos-de-imprensa-recebem-premio-anj-de-
liberdade-de-imprensa,b7a6e71d5faf6382df68180f4361bf1fg5qol20f.html
66. 66
Tendo apresentado uma pequena amostra emblemática de conduta e práticas lesivas destas
agências, é importante que todos os brasileiros de bem exijam que “jornalistas, que sistematicamente
têm desinformado a população acerca da existência de um tratamento precoce eficaz sendo usado
em muitos locais ao redor do globo e também em relação à segurança das “vacinas” contra COVID-
19, sejam intimadas a informar por escrito e sustentem oralmente perante as autoridades, médicos
e cientistas no parlamento:
1- De onde vem o suporte financeiro para suas atividades e quais as recomendações por escrito
da International Fact-Checking Network (IFCN) com relação a como tratar o tratamento
precoce da COVID-19 ?
2- Apresentem quais as credenciais que eles têm em Ciências Biomédicas para estarem
afirmando “tratamento sem eficácia comprovada” e “vacinas contra COVID-19 são seguras”.
De uma maneira geral as quatro agências aqui citadas devem ser requeridas e obrigadas a dar os
esclarecimentos solicitados, abrir espaço para o contraditório e para a exposição dos fatos que
refutam suas alegações espúrias que têm tido um severo impacto na saúde pública do povo
brasileiro.
A falta de iniciativa e determinação de chamar este poder alienígena e autoinstituído que de forma
contumaz desrespeita os nossos interesses e nosso ordenamento (do Brasil) será um erro
catastrófico, pois de outra forma eles irão definir sem pestanejar não só nosso futuro político, mas
também o que poderemos pensar, falar, ser e, portanto, ansiar e transmitir para nossos
descendentes.
67. 67
CONFLITOS DE INTERESSE DE SOCIEDADES MÉDICAS
E FAKENEWS
Ocorre que organismos internacionais contam com fundos de investimento bilionários injetando
valores astronômicos nos grupos de mídia internacional, financiando os fact-checkers (checadores
contratados para evitar quem pensa diferente) censurando mídias sociais com métodos cada vez
mais sofisticados, e tudo isso alinhado com o consórcio de mídia brasileiro que tem claros conflitos
de interesse de viés político, investindo em forte campanha de propaganda e convencimento de
massa através do medo e do pânico que aponta como única solução a milagrosa “vacina”. Agora,
usam o “apoio” calculado de entidades médicas repletas de conflitos de interesses, inclusive da
Sociedade Brasileira de Pediatria, que assina a fatídica nota. Parece uma ousada orquestração.
Exemplos de conflitos de interesse foram objeto da matéria da Gazeta do Povo em 29 de julho de
2022 p.p. – “MÉDICA ACIONA CREMESP POR CONFLITO DE INTERESSES DE COLEGAS A
FAVOR DA VACINAÇÃO DE CRIANÇAS”.52
A médica Maria Emilia Gadelha Serra notificou
judicialmente o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para pedir a
abertura de sindicância contra médicos que emitiram parecer favorável à vacinação de crianças
contra a COVID-19. De acordo com a médica, esses profissionais têm vínculos com os laboratórios
que vendem esses imunizantes e por isso existiria conflito de interesses. Na notificação, apresentou
informações sobre cada um dos médicos, três deles donos de clínicas de vacinação, imagens com
a presença deles em congressos pagos por laboratórios e atividades comerciais afins. Todos os
médicos citados fazem parte da Câmara Técnica de Vacinação e Imunização do CREMESP, órgão
que tem estimulado a vacinação de crianças. Para a médica, o parecer emitido por esses
profissionais, baseado “em baixíssimas evidências, ou pelo menos sem o devido e necessário estudo
e debate”, deve ser investigado. “Afinal, qual sócio de clínica de vacinação, ou mesmo quem tenha
recebido incentivos de um determinado segmento, opinaria contrariamente ao fomento de medidas
que beneficiam tais agentes/setores?”, afirmou ela na notificação judicial. No documento, Maria
Emilia mencionou que já tinha notificado o CREMESP para a promoção de um debate científico mais
aprofundado sobre essas vacinas, antes da emissão de qualquer parecer. Depois, ela também citou
as informações das bulas dos imunizantes, com os riscos apontados pelos próprios fabricantes, e
questionamentos baseados em pesquisas sobre a necessidade de aplicá-los em crianças. A médica
pediu ainda que o Ministério Público seja acionado por causa do interesse público e da
gravidade do assunto. Além disso, requisitou também a suspensão das atividades dos médicos
citados perante a Câmara Técnica de Vacinação e Imunização do Cremesp até a conclusão do
procedimento solicitado por ela.
O artigo no.109 do Código de Ética Médica diz que é vedado aos médicos “deixar de declarar
relações com a indústria de medicamentos, órteses, próteses, equipamentos, implantes de qualquer
natureza e outras que possam configurar conflitos de interesses, ainda que em potencial”.
52 https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/medica-aciona-cremesp-por-conflito-de-interesses-de-colegas-a-favor-da-
vacinacao-de-criancas/