O documento discute a promoção da inclusão financeira das mulheres africanas. Ele fornece dados sobre o acesso desigual de homens e mulheres a serviços financeiros na África Subsaariana e faz recomendações para aumentar o acesso e capacitação das mulheres. O relatório foi produzido após uma mesa redonda na Tanzânia e visa sensibilizar os reguladores sobre as necessidades financeiras das mulheres e sugerir formas de remover barreiras para sua inclusão financeira.

2. Resumo do Informe sobre Políticas:
Promoção da Inclusão Financeira
das Mulheres Africanas
Henriqueta Hunguana e Nomsa Daniels
New Faces New Voices
Luanda, 31 de Outubro de 2013

3. Informe sobre Políticas
Promoção da
Inclusão
Financeira das
Mulheres
Africanas
• Este informe sobre políticas
foi produzido depois de uma
Mesa Redonda em Arusha
Tanzânia em 2012 na qual
participaram 40 especialistas
Africanos
• Foi uma iniciativa do Making
Finance Work for Africa, New
Faces New Voices e GIZ em
nome do Ministério Alemão
de Economia, Cooperação e
Desenvolvimento

4. Foco do Informe sobre Políticas
 Sensibiliza os reguladores e decisores no que diz respeito a
necessidades financeiras das mulheres em diferentes
segmentos de mercado
 Sugere formas para alterar e ajustar os quadros reguladores e
de supervisão para a remoção de barreiras para a inclusão
financeira das mulheres
 Encoraja melhorias na recolha de dados sobre indicadores
chave de inclusão financeira, desagregada por género, por país
e na região
 Explora a força da liderança das mulheres para promover
mudanças nas políticas, governação mais forte e uma gestão
mais rigorosa das instituições financeiras

5. Quem somos?
Porque isso nos preocupa?
 New Faces New Voices é
uma organização Pan
africana de advocacia e
pesquisa que coloca as
mulheres no centro do
sector financeiro e na
economia em geral de
forma a explorar o
potencial económico das
mulheres ainda subaproveitado
 Aumentar a inclusão
financeira das mulheres no
sector financeiro é um
imperativo para acelerar o
crescimento económico e
desenvolvimento de África

6. Os Nossos Objectivos
.
Objectivo 1:
Aumentar o acesso
das mulheres a
serviços financeiros
Objectivo 3:
Promover a liderança
das mulheres no sector
financeiro
Objectivo 2:
Aumentar as
capacidades e
habilidades das
mulheres Africanas

7. A Nossa Abordagem
1. Trabalhar com intervenientes chave do sector financeiro
para garantir uma abordagem mais coordenada e
sistemática para empoderar as mulheres
2. Criar sinergias com programas existentes que possa ser
alargados e produzir resultados tangíveis e mensuráveis
3. Amplificar as vozes das mulheres Africanas a nível nacional,
continental e global

8. Porque as Mulheres são Importantes
 Estima-se que as mulheres sejam proprietárias de 48% das
MPME na ASS e contribuem activamente para criação de
emprego e crescimento económico
 Quando as mulheres conseguem poupar o impacto no agregado
familiar é maior na medida em que na maior partes dos casos
elas poupam para despesas de educação e saúde
 Mais mulheres ocupam posições de liderança no sector
financeiro e em outras arenas, o que irá aumentar a sua
influência
 Explorar o potencial económico das mulheres irá contribuir para
a resolução dos desafios de desenvolvimento em África

9. Barreiras que influenciam os níveis de inclusão financeira das
mulheres africanas
1) Cultura, normas, sistemas de crenças, lei costumeira
2) Conflitos de recursos intra-familiares;
3) Constrangimentos de tempo; constrangimentos de mobilidade;
4) Níveis de Rendimento
5) Acesso Físico
6) Literacia Financeira
7) Custo dos Serviços
8) Critérios de Elegibilidade

10. Alguns dados de Acesso na África Sub-Sahariana (*)
Poupanças
• Na Africa Sub-Sahariana 21.5% das mulheres possuem contas em
instituições financeiras formais contra 26.5% dos homens
• 37,6% das mulheres pouparam durante os últimos 12 meses, em
comparação com 42,9% dos homens
• As principais razões citadas para poupança foi fazer face a emergência:
29% mulheres e 33,7% e para as futuras despesas 24,1% mulheres e
27,9% homens
• De referir que as mulheres usam mais mecanismos informais de
poupança. Isto mostra que existe uma grande oportunidade para
movimentar essas poupanças para as instituições formais
• Por exemplo em Moçambique a GIZ está a promover ligações entre as
ASCAS e o sector formal via moeda electrónica
(*) em Informe sobre políticas

11. Alguns dados de Acesso na África Sub-Sahariana (*)
Crédito
 A percentagem dos africanos ao sul do Sahara, que solicitaram crédito
a e uma instituição financeira formal, foi apenas de 4,3% para as
mulheres e de 5,2% para os homens.
 A principal fonte de empréstimos provenientes são “familiares ou
amigos”: 45,3% para as mulheres e 48,3% para os homens
(*) em Informe sobre políticas

12. Alguns dados de Acesso na África Sub-Sahariana (*)
Seguros
 O volume de compras de apólices de seguros foi muito limitada para
homens e mulheres,
 A mais surpreendente diferença foi registada nos seguros agrícolas:
6,2% de mulheres e 11,2% de homens e pagaram para seguros de
culturas, cheias ou gado nos 12 meses anteriores
Transações
 Em termos de transacções de dinheiro em telemóveis na ASS, a
recepção do dinheiro é a utilização mais frequentemente
 13,6% das mulheres recebeu fundos através de transferências via
telemóveis em comparação com 15,5% dos homens
(*) em Informe sobre políticas

13. Níveis de Inclusão Financeira na SADC
Países
Membros da
SADC
Angola
Botswana
RDC
Lesoto
Madagáscar
Malawi
Maurícias
Moçambique
Africa do Sul
Suazilândia
Tanzânia
Zâmbia
Zimbabwe
Contas numa instituição
Empréstimo de uma instituição
financeira formal
financeira formal no último
Mulheres %
Homens %
Mulheres %
Homens %
39
39
7
9
35 28
48 32
5
6
3
5
2
1
17
20
3
3
5
6
2
3
17 17
21 16
12
6
75
86
9
20
10 35
14 45
5
6
58 51
61 56
6
11
27
30
10
13
14
21
7
6
11 23
17 19
8
4
37
43
4
6
Nota: Números a preto - Global FINDEX and a vermelho dados Finscope

14. Recomendações Sugeridas (informe sobre Políticas)

Consciencializar os legisladores e outros actores sobre as
necessidades financeiras da mulher em diferentes segmentos
de mercado, trazendo as mulheres para cargos de liderança e
diálogo político.

Reforçar a regulamentação relativa a serviços de banca móvel e
agentes bancários

Introduzir requisitos Know Your Customer (KYC) mais acessíveis
para permitir que mais mulheres possam aceder a contas
bancárias

15. Recomendações Sugeridas (informe sobre Políticas)

Aperfeiçoar e reforçar a regulamentação de protecção do
consumidor financeiro, que aborda as preocupações e questões
de clientes do sexo feminino, equilibrando a protecção com a
expansão do alcance

Investir em programas de capacitação financeira para as
mulheres, reforçando a habilidade das mulheres africanas para
agirem como consumidoras financeiras educadas e informadas.

Investir numa recolha e análise extensivas de dados
desagregados por género a fim de ser utilizado por vários
intervenientes

Realizar uma pesquisa para colmatar as lacunas de
conhecimento e informação, com enfoque na questão género.

16. Algumas sugestões do NFNV
Como primeiro passo para o aumento da inclusão financeira das mulheres
sugerimos algumas acções:
 Convencer as instituições financeiras a apresentarem dados
desagregados por género para as diferentes categorias de serviços
financeiros
 Realizar uma pesquisa de forma a entender as barreiras (do lado da
procura e oferta) e os drivers do uso de serviços financeiros pelas
mulheres
 Realizar campanhas nacionais de captação de poupança ligadas a
literacia financeira
 Identificar oportunidades para a redução dos requisitos KYC para
aumentar o acesso a serviços financeiros para as mulheres

17. Obrigada

18. Resumo do Informe sobre Políticas:
Promoção da Inclusão Financeira das
Mulheres Africanas
Henriqueta Hunguana: Director NFNV Moçambique
(hhunguana@icc.co.mz)
Nomsa Daniels – Directora Executiva do NFNV
(nomsad@srmholdings.com)
Luanda, 31 de Outubro de 2013