Este documento analisa as parcerias de desenvolvimento da África Subsaariana com doadores ocidentais e a China, comparando suas motivações, resultados e desafios. Apresenta teorias sobre o subdesenvolvimento da região e discute como a parceria chinesa se baseia em recursos naturais em troca de infraestrutura, enquanto os resultados a longo prazo ainda são incertos.
Parcerias de desenvolvimento na África Subsaariana
1. PARTNERSHIPS FOR THE DEVELOPMENT OF
AFRICAN STATES: A COMPARATIVE STUDY ON
DEVELOPMENT PARTNERSHIP BETWEEN WESTERN
DONORS AND CHINA IN SUB-SAHARAN AFRICA
Dissertation submitted in partial
fulfilment for the Degree of Master of
Arts in Development and Human
Rights
2. Presentation Structure
1. Introdução & Antecedentes Históricos;
2. Principais teorias justificativas para o subdesenvolvimento
da África;
3. Alguns efeitos de parcerias com o ocidente;
4. China na África Austral
5. Semelhanças e Diferenças entre a parceria Ocidental e
Chinesa;
6. Conclusão.
3. - África sub-Sareana é a região mais pobre
do mundo;
- Ensaio de vários programas de
desenvolvimento
- Ineficiência e endividamento
- Regressão nos indicadores dos anos 1960
- O
Introdução & Antecedentes Históricos
4. Principais Teorias Justificativas para o
atraso da África
• Doenças - factor principal que contribui para o desempenho
económico negativo. Doenças infeciosas e a malária têm um
efeito debilitativo sobre a população e influenciam
negativamente a produtividade, poupanças nos investimentos
fisícos e no capital humano (Bhattachryya, 2009:246);
• Endividamente crónico – Até 2009 mais de US$15 bilhões era
pago anualmente por países da ASA aos países ricos em
pagamento da dívida. Valor superior ao apoio que a região
recebia em investimentos ou empréstimos (Hoebink,
2009:109), Ismi, 2004:12);
• Mono cultura – Muitos país depende de um ou dois produtos
para comercialização no mercado mundial. Problemas de
diversificação da economia (Hoebink, 2009:110)
• Ajudas externas – A intenção da implementação do plano
Marshal é nobre mas tem sido a causa do
subdesenvolvimento (Moyo, 2009:13);
5. Cont. Principais Teorias Justificativas para o
atraso da África
• Corrupção – A corrupção ganhou corpo e raiz com as ajudas
externas. As ajudas era usadas para criar e sustentar regimes
clientelistas que tinham pouco interesse no desenvolvimento
(ibid)
• Falhas de governação – a liberdade de participação nas decisões
que afectam suas vidas é chave para a responsabilização e
prestação de contas. A democracia pode ajudar a proteger as
pessoas contra catástrofes políticas e económicas tais como
fome e caos. Mobilização de pessoas e recursos para o bem
comum é um dos ganhos de maior valor da democracia (Ibrahim
& Cheri, 2013:61)
• Moyo contesta o valor da democracia numa situação de pobreza
e considera que mais vale um dictador benevolente e que
introduza reformas desenvolvimentalistas do que democracia.
(China, Corea, Singapura, Indonesia, Malásia, Chile e Peru, como
exemplos).
6. Contexto da Parceria desenvolvimento da
China com a ASS
• A ASS é região prioritária para a China
• China aprendeu com os erros do passado e propoe uma
abordagem de parceria económica diferente
• Para contrapor a influência do BM e FMI a China criou a
Banco Asiático de Investimento Infrastrutural (AIIB)
• A China considera que o BM falhou por não ter financiado
grandes projectos de infraestruturas necessárias para a
transformação de economias atrasadas.
• AIIB é uma forte arma para a expansão e fortalecimento
da influência da China no mundo;
• Expansão do modelo do capitalismo chinês no mundo
7. • Parceria da China com a África se baseia em quatro
factores: segurança de recursos, oportunidades de
novos mercados, diplomacia simbólica, cooperação
de desenvolvimento e busca de parceria estratégica.
•
Source: Green 2008: 27.
8. • Os dados dos empréstimos chineses nem sempre representam
dados reais. Ex. A imprensa noticiou um empréstimo de US$5
bilhões a Nigeria, enquanto que o governo reportou US$589
milhões financiados em cinco empréstimos separados
• Especulações e incertezas são também registadas em Angola.
• Empréstimos suportados por recursos naturais destinados ao
desenvolvimento de infraestruturas é a principal marca da
parceria chinesa (7 países ricos). O resto segue a mesma lógica
dos doadores tradicionais.
• Outra modalidade é a garantia do empréstimo a projectos de
novos recursos naturais onde empresas Chinesas são dadas a
primazia e os recursos usados para pagar o empréstimo
• Há semelhança em questões como assistência técnica, ajuda
alimentar, alívio da dívida e assistência humanitária
Constatações da Pesquisa
9. Motivações
- Entre 1980 e 1991 foram motivadas pela expansão dos interesses ocidentais e não para a
melhoria das condições de vida nos países
- US$20 bilhões foram disponibilizados para tornar as instituições públicas mais transparentes,
eficientes e prestadoras de conta
- Empréstimos e apoio ideológico
- Assistência humanitária era atendida quando interesses ocidentais estivessem em causa
- O Empréstimo chinês também tem motivação politica – ganhar aliados para o seu
reconhecimento internacional
- A china também pretende ganhar mercado para as suas empresas que não têm espaço no seu
país – produtos de baixa qualidade
- Criação de postos de trabalho para a sua população rural excedentária.
10. • Fraco capacidade humana – Parceria ocidental não resolveu o
problema apesar de alguma melhoria no Zimbabwe, Mauricias, Gabão,
Botswana e Seycheles
•China não está a fazer diferente
•Manufactura – Inexistente com a parceria ocidental
•China tem tentado construir algumas fábricas na região
•Infrastrutura
• Cavalo de batalha da china , muita visibilidade. Pouca capacidade local
Agricultura
Industria extrativa
Resultados
11. Desafios
• Qualidade de obras
• Desaparecimento das pequenas empresas africanas
• Falta de apoio nas areas de boa governação e
democracia
• Aproveitamento das oportunidades alocadas à
empresas africas nos mercados da America e Europa
• Produtos pirateados e de baixa qualidade
• Procura de recursos não é infinito
12. Conclusão
• Há algumas diferenças entre a parceria
chinesa e ocidental
• Os resultados da parceria chinesa a
médio e a longo prazo podem ser
semelhantes ou piores que a ocidental