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INTRODUÇÃO
Hoje em dia vivemos diante de uma avalanche de doutrinas e, todas elas
sendo defendidas com unhas e dentes pelos seus idealizadores. Já que todos
têm o direito de defender aquilo que pensa, acredito que estou dentro do direito
que me é concedido.
O texto por mim escrito vai falar sobre um grupo de pessoas da qual eu
denomino de “casta evangélica”, este grupo tem arrebanhado milhares de
incautos que pensam que o reino de Deus é constituído apenas de comida e
bebida.
Sinto- me no direito de expressar a minha posição doutrinária, pois, um
crente fiel as escrituras não pode ficar calado diante de tantos absurdos que
tenho ouvido.
A minha intenção não é de maneira nenhuma ofender ninguém e, sim
mostrar biblicamente aquilo que acredito eu, está fora de contexto, baseando-
se Na explicação dos líderes desses grupos.
Quero também justificar que todo o texto é de responsabilidade minha e, por
isso todo e qualquer crítica deve ser dirigido a minha pessoa e não a minha
denominação.
Neste trabalho vou focar nas principais explicações que os líderes desse
grupo ensinam: Paternidade de Deus e filiação dos crentes, Promessa,
herança, vida abundante e fidelidade.
É necessário mostrar a distorção que esses líderes fazem dos textos
bíblicos para forçar uma interpretação que vá ao encontro daquilo que eles
ensinam.
Os assuntos desenvolvidos neste trabalho de TCC não é uma busca de
esgotar o assunto e sim, iniciar uma busca pela interpretação correta das
Escrituras. Creio que os crentes só são enganados quando não buscam
sabedoria de Deus.
Mesmo que você não concorde com a minha interpretação (que acredito que
não ser minha e sim do Espírito santo), espero que você leia com atenção
buscando ajuda em oração e depois faça uma avaliação crítica.
Em minha opinião os evangélicos não deveriam discordar das questões
bíblicas, por que se a pessoa crer na doutrina evangélica, mesmo que haja
pequenas discordâncias, a história mostra que sempre lutamos pelos mesmos
ideais: Lutamos pela livre interpretação bíblica, tendo a escritura como única
regra de fé, pela salvação pela graça através da fé, eu fico triste é quando uma
pessoa aparece com uma interpretação nova, ele joga por terra toda a história
da igreja dizendo que todos os outros grupos verdadeiramente evangélicos,
estão errados. A pessoa que ama a Jesus e sua palavra não podem ficar
caladas em meio ao absurdo desses.
Vamos pensar: Se todas as vezes que uma pessoa aparecer com uma
interpretação nova e, dizer que todas as outras interpretações estão erradas,
então nós nunca vamos descobrir qual a interpretação certa, pois, sempre vão
aparecer interpretações novas e absurdas.
No desenvolvimento deste trabalho quero mostrar que é sim muito
importante ser filho de Deus, mas esta glória foi ganha pelos méritos de Jesus
é não dá o direito de exigir que Deus seja nosso servo, aonde o patrão manda
e ele obedece.
Que a promessa feita a Abraão não é de bens materiais, nem a herança,
riquezas. Que a vida abundante é a presença de Cristo em nossas vidas, e a
fidelidade a Deus não depende exclusivamente dos dízimos e ofertas.
A partir de agora você vai ter em suas mãos um trabalho feito com muita
dedicação e amor, por isso, não despreze o conteúdo deste trabalho, pois,
você pode tirar grande proveito dele.
1. A PATERNIDADE DE DEUS E FILIAÇÃO DOS CRENTES
1. 1. O PAI DE ISRAEL
Êxodo 4: 22. 22. Então dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho,
meu primogênito. (RC)
O SENHOR reivindicou Israel como filho diante de Faraó. O SENHOR
queria que Israel fosse o seu primogênito, seu amado. Deus reivindicou Israel
libertando e fazendo aliança no Sinai.
A designação de Deus como Pai foi bastante aceita por aqueles que
acreditavam na vinda do messias profetizado como filho de Deus (Sl 2). Jesus
mesmo adotou essa maneira de se relacionar com Deus, chamando-o de Pai
(Jo 17: 1-2).
Na sua preocupação de Pai e, sabemos que a paternidade inspira cuidados,
Deus quis demonstrar o seu cuidado se preocupando com os órfãos, viúvas e
estrangeiros. A lei exigia explicitamente que os desamparados não fossem
molestados, Deus queria que a inocência dos órfãos fosse preservada e que
fossem asseguradas a eles justiça e caridade. Os opressores dos órfãos
deviam ser publicamente castigados. Esse cuidado com os órfãos mostra que
Deus tinha cuidados com os seus filhos e jamais poderia desprezá-los. As
viúvas e os estrangeiros também tinham um cuidado especial de Deus. O
SENHOR defende o direito de todos e, não faz acepção de pessoas.
Os pobres, por exemplo, é necessário nós entendermos biblicamente por
que ainda existem pobres na terra. Os antropólogos, os sociólogos, e todos
que estudam as sociedades do mundo todo, procuram explicar de várias
maneiras o porquê da fome e miséria.
Mas antes de dar um parecer bíblico sobre pobreza queremos também
mostrar o que o estudo da sociologia comenta sobre os dois problemas sociais
que são os carros chefes da pobreza no Brasil e no mundo:
A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de
um território e um grave número de pessoas.
No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem1 bilhão
de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões
são extremamente pobres, com renda percapta anual bem menor que 275
dólares; 1,5 bilhão de pessoas sem água potável; 1 bilhão de pessoas
passando fome;150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos
(uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano
antes dos seus 5 anos de vida.
No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional.
As causas naturais para justificar a fome são: clima; seca; inundações;
terremotos; pragas de insetos e as enfermidades das plantas.
E ainda podemos contar com as causas humanas como a instabilidade política;
ineficácia e má administração dos recursos naturais; a guerra; os conflitos civis;
o difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem-
terras ou pela população em geral; as invasões; o deficiente planejamento
agrícola; a injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela
concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos; o contraste na
concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido; a influência
das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos
alimentares das populações de Terceiro Mundo; a utilização da "diplomacia dos
alimentos" como arma nas relações entre os países; a relação entre a dívida
externa do Terceiro Mundo e a deteriorização cada vez mais elevada do seu
nível alimentar e a relação entre cultura e alimentação.
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da
área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o
fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além
de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para
combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia
em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido,
9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total
são trabalhadores rurais sem terras. Há ainda o problema crescente da
concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de
poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando
grande poder político.
Fome - a tragédia nacional
Uma tragédia a conta-gotas, dispersa, silenciosa, escondida nos rincões e nas
periferias. Tão escondida que o Brasil que come não enxerga o Brasil faminto e
aí a fome vira só número, estatística, como se o número não trouxesse junto
com ele, dramas, histórias, nomes.
Na inversão do ciclo da vida, proeza é criança viva, bebê recém enterrado,
acontecimento banal. No Brasil, a cada cinco minutos, morre uma criança. A
maioria de doenças da fome. Cerca de 280 a 290 por dia. É o que
corresponderia, de acordo com o UNICEF, a dois Boeings 737 de crianças
mortas por dia.
Médico, voluntário em campanhas contra a desnutrição e obcecado pelos
números, Flávio Valente pesquisou dados oficiais. Existem, pelo menos, 36
milhões de brasileiros que nunca sabem quando terão a próxima refeição,
nossa maior contradição.
Pesquisadores de renomes, especialista em nutrição, mais de 30 anos
investigando as deficiências da alimentação do brasileiro. "Temos a deficiência
de iodo, de zinco, de ácido fólico", diz Dr. Malaquias. É bater o olho para saber.
Uma menina pode estar com deficiência de ferro. Um mal que atinge até 47%
de crianças, inclusive em estados ricos, como São Paulo.
A deficiência de vitamina A estaciona o crescimento de famílias inteiras.
"Nessa área temos cerca de 18% de crianças com déficit de estatura. Quando
a criança tem um atraso por falta de vitaminas, esse atraso é praticamente
irreversível. A estatura conta praticamente toda a história nutricional da
criança", explica o médico.
O Combate a Fome e o Direito Humano a se Alimentar
A gravidade da situação de miséria de grande parte da população brasileira
exige que se repudie com veemência as insistentes tentativas das elites em
mitificar o problema. A sociedade brasileira não aceita mais os discursos
demagógicos que buscam circunscrever a pobreza a situações e localidades
específicas, para depois oferecer soluções eleitoreiras. Tal como o
assistencialismo eleitoreiro deve ser rejeitado também o economicismo
tecnocrata, igualmente mistificador.
Já está mais que evidenciado que o crescimento econômico, por mais
importante que possa ser, é absolutamente insuficiente para se acabar com a
pobreza no país. Da mesma forma, o equilíbrio macroeconômico e a
estabilização da moeda produzem, no máximo, efeitos mitigadores e
temporários, sem alterar a situação de desigualdade social.
Qualquer tentativa, minimamente séria, de atacar os problemas da fome e da
pobreza deve considerar as suas causas mais profundas: a exacerbada
concentração de riquezas no país. Este diagnóstico aponta, necessariamente,
para a urgência de um amplo processo de redistribuição da riqueza
nacional. E esta não é, evidentemente, uma tarefa que possa ser "deixada"
para o mercado. Ao contrário, experiência internacional mostra que só se
resolve o problema da pobreza e da desigualdade com a ação firme e
planejada do Estado.
As políticas públicas de combate à fome e pobreza não devem, portanto, se
restringir a "compensar" os efeitos de um modelo econômico concentrador.
Deve-se romper com a artificial separação das chamadas "áreas" econômica e
social. Não se pode esperar que a "área" social resolva o problema da pobreza
enquanto a política econômica continua a promover a exclusão. Ainda mais se
considerarmos que o atual governo não pautou nenhum programa efetivo que
possa conduzir a uma verdadeira Política Nacional de Segurança Alimentar.
Além disto, na ausência de um projeto social mais articulado, as políticas
sociais do governo são concebidas de forma fragmentada e implementadas de
forma desarticulada.
Acreditamos que as políticas de combate à fome e pobreza e promoção da
segurança alimentar, devem ser pensadas como parte de um projeto
alternativo de desenvolvimento, que tenha como eixo central à promoção de
um crescente processo de inclusão social. Portanto, o combate à fome e
pobreza implica necessariamente em um amplo e sustentável processo de
distribuição de riquezas, que, em linhas gerais, deve se traduzir em:
Distribuição de renda: Políticas de Geração de emprego e renda, recuperação
do poder aquisitivo dos salários (especialmente do salário mínimo), programas
abrangentes de renda mínima, etc.
Reforma agrária: aceleração do processo de reforma agrária (com
assentamento de todas as famílias sem terra) e ampliação das políticas de
apoio à agricultura familiar.
Acesso aos recursos produtivos: além da terra, é extremamente urgente o
acesso á água, as sementes, aos créditos rurais de produção, aos créditos
urbanos de auto-gerencimento de forma desburocratizada e eficaz.
Acreditamos que estes devem ser os princípios orientadores da construção de
um projeto de combate à fome e pobreza e promoção da segurança alimentar.
Tendo a diminuição das desigualdades como um princípio básico, e
inegociável, pode-se partir para um amplo processo de discussão na sociedade
organizada visando identificar as políticas e os instrumentos mais adequados
para se acabar de vez com a fome e a miséria no país e garantir a todos os
brasileiros e brasileiras a realização de seu direito à alimentação.
O desemprego não é um problema só no Brasil; ele ocorre na Europa e
em toda parte do mundo. Excetuando-se os Estados Unidos, onde a
questão está minimizada pelo longo período de crescimento da economia
durante o governo de Bill Clinton, nas demais partes do mundo o
fenômeno é visto com preocupação. Na Europa, o problema é muito
grave; no Japão, atualmente observa-se a diminuição do número de
vagas no mercado de trabalho; a Coréia do Sul enfrenta a mesma
situação. Nos países subdesenvolvidos, a situação não é diferente.
No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos,
das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de
não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque,
enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala
em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que
temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma
realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego
causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o
Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego
provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para
o mundo social.
A tecnologia, que vem desde a revolução industrial na Inglaterra em
1750, traz problemas, e certamente é uma das principais causas do
desemprego mundial. Uma máquina substitui o trabalho de 10, 20, 40 ou
mais pessoas. Já foi dito que a revolução industrial provocou insatisfação
dos trabalhadores, mas pouco desemprego, porquanto, na época, as
vagas fechadas numa empresa eram supridas pela abertura de outras
empresas. Além disso, houve a redução da jornada de trabalho para 8
horas e a semana de 5 dias. Todavia, hoje, com a globalização, a
informatização, as novas tecnologias, nós temos efetivamente um
problema de desemprego estrutural. Vejam o exemplo do banco já
citado, onde diminuem em menos da metade os postos de trabalho. Tudo
é informatizado, as pessoas não precisam do caixa humano, elas vão
direto ao caixa eletrônico. Esses funcionários perdem o emprego e não
têm outra oportunidade, porque todos os ramos de atividade estão se
modernizando, não só os bancos, mas as indústrias estão sendo
robotizadas. Estão desaparecendo muitas profissões e atividades
profissionais, porque têm o robô fazendo o trabalho de muitas pessoas.
Isso realmente gera desemprego e tanto o governo quanto a sociedade
têm que contribuir para encontrar uma solução.
Talvez a solução momentânea seja a requalificação profissional. Os
profissionais que perdem seus postos de trabalho devem passar por
treinamentos e reciclagens. Só assim poderão encontrar outra atividade
e assumir uma nova vaga no concorrido mercado de trabalho moderno.
O desempregado não pode ficar esperando nova oportunidade para
ocupar a mesma vaga que ocupava antes da demissão, mesmo porque
aquela vaga, ou melhor, aquela função pode deixar de existir. Aquele que
deseja voltar ao mercado de trabalho deve se reciclar, buscando uma
colocação em outra área ou ramo de atividade; para isso, ele deve estar
preparado.
O governo, através dos Fundos de Amparo ao Trabalhador, tem
oferecido recursos para treinamentos e reciclagens aos desempregados.
Essa iniciativa ajuda, pois o trabalhador, sem essa reciclagem não vai
conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, mas não resolve o
problema.
De modo que a questão do emprego é, hoje, a principal preocupação do
movimento sindical, do Estado e, principalmente, da família, a que mais
sofre com a falta de trabalho e queda da renda, agravando todos os
problemas sociais. Sendo assim, a reforma sindical e trabalhista tem que
ter como prioridade a procura de caminhos para impor aos governantes a
execução de programas de desenvolvimento que resultem em geração
de empregos.
Porém, essa não é a única saída para abrir postos de trabalho no
mercado. Haja visto o que se passa no setor automobilístico, por
exemplo, onde investimentos maciços e duplicação da capacidade
produtiva não resultaram em geração de novos empregos. Ao contrário,
com os investimentos feitos as empresas puseram em prática um amplo
programa de modernização e automação, cortando milhares de postos
de trabalho. Para se ter uma idéia do estrago ocorrido neste setor, basta
dizer que, na década de 80 do século passado, para uma capacidade de
produção de um milhão e quinhentos mil veículos, as montadoras
empregavam 140 mil empregados. Hoje, para uma capacidade de
produção de três milhões de veículos, as montadoras empregam apenas
90 mil trabalhadores.
Só este exemplo mostra que, além de investimentos e programas de
crescimento econômico, são necessárias outras medidas para gerar mais
empregos. Hoje temos linhas completas, sistemas produtivos completos,
operados por robôs. Os processos tecnológicos empregados na
atualidade e mais a presença crescente da mulher no mercado de
trabalho exigem uma redução drástica da jornada de trabalho, para dar
emprego às centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro que
precisam trabalhar.
Mas, a redução da jornada não pode ser um ato isolado e unilateral de
um só país ou dois. É preciso estabelecer uma nova jornada de trabalho
de caráter universal, algo como uma resolução da Organização das
Nações Unidas para ser cumprida por todos os países e para ser
fiscalizada a sua aplicação por um órgão tipo OIT, a Organização
Internacional do Trabalho, para que não haja um desequilíbrio nos custos
de produção e quebra da eqüidade competitiva entre os países no
mercado mundial. E, também, para que não haja redução de salários.
Aqui fica a sugestão para o governo brasileiro levar essa questão à
Assembléia Geral da ONU, que se instala todos os anos no mês de
setembro. Fonte:http://www.coladaweb.com/sociologia/fome..11-08-2011
Biblicamente vamos tentar entender um pouco sobre a pobreza:
O texto que me chamou mais atenção foi o que está em Deuteronômio 15:
11 “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; pelo que eu te ordeno,
dizendo: Livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e
para o teu pobre na tua terra”. (Dt 15: 11). Deus nesse capítulo dá instruções a
Moisés a respeito dos pobres. Deus incentiva a nação a ser generosa em dar e
emprestar e também cumprir as leis estabelecidas em favor dos pobres.
Moisés reconhece no v. 11 que, mesmo no cumprimento dessas leis sempre
haveria pobres na terra.
Outro texto que chama a atenção é a resposta de Jesus depois que uma
mulher jogou em sua cabeça um precioso perfume, mas a mulher foi
repreendida pelos discípulos por aquele perfume ser muito caro e, podia ser
vendido e dado dinheiro aos pobres “Porquanto os pobres sempre os tendes
convosco; a mim, porém, nem sempre me tendes. (Mt 26:11).
Por que Jesus falou que sempre íamos ter os pobres conosco? Já pensou
se só houvesse ricos na terra? Como não seria? A vida seria sem sentido
algum. Outro texto que me chamou atenção é o que está em Provérbios: O
Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal. (Pv 16:4) este
texto fala que Deus fez tudo para o seu determinado fim, se tudo o que Deus
fez tem um fim, com certeza ele permite a pobreza para um propósito.
Mas, qual o propósito de haver pobres? A resposta é que havendo pobres
Deus pode exercer a sua misericórdia e ensinar os seus filhos a fazer o
mesmo. “NO que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe
retribuirá o seu benefício”. (Pv 19:17). A verdade é o egoísmo quem faz com
que muitas pessoas vivam na miséria. Deus sempre alertou os homens a
respeito da misericórdia, da bondade, do amor. Mas, o homem sempre
procurou andar nos seu próprios caminhos e instituir as suas próprias leis. Se
os seguissem as leis estabelecidas na bíblia, com certeza, a fome no mundo
todo estaria erradicada. Mas, pela ganância dos mais ricos muitos vivem na
pobreza. Eu não quero dizer que todos os ricos são assim, mas sabemos que a
maioria são. Por isso, Jesus falou que é tão difícil entrar um rico no céu, não
por ser rico, mas por amar com todas as forças à Mamon.
Portanto, pelo cuidado que Deus exerce sobre todos os desamparados é
que ele chamou um povo para ser seu filho primogênito e através deles mostrar
a sua misericórdia a todos os povos.
O filho primogênito nos tempos bíblicos tem uma importância grande, até
mesmo no Egito, os primogênitos eram a esperança na perpetuidade dos
reinos e de cada família. Mas, o título dado por Deus a Israel tinha outro
propósito, vê-se que o termo primogênito não é aplicado no sentido de quem
nasceu primeiro, sim um título de escolha. O SENHOR escolheu Israel para lhe
servir.
Os símbolos dessa escolha estão na páscoa, no sacrifício, na escolha dos
levitas, no tabernáculo. Deus sempre procurou um relacionamento de Pai, mas
Israel falhou em sua missão de filho.
 PÁSCOA. A páscoa foi instituída como um memorial, comemorando a
libertação de Israel da escravidão do Egito. Essa festa começava aos 14
dias do mês de abibe, o primeiro mês do calendário judaico e servia como
memorial a posteridade dos filhos de Israel, pra que eles lembrassem o dia
que em o SENHOR “passou por cima” (esse é o provável significado da
palavra páscoa) livrando os primogênitos de Israel e matando os do Egito.
(Ex 12: 1-13). O Novo Testamento associa a morte de Jesus como um
cordeiro pascal, que foi entregue para nos libertar da escravidão do pecado
“Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa,
assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi
sacrificado por nós. (1 Co 5: 7).
 O SACRIFÍCIO. O sacrifício foi instituído para o povo lembrar que Deus
precisava ser adorado com santidade, por isso, no momento da
apresentação do sacrifício envolvia rituais de purificação. (Lv 14: 10-21).
Quando Deus instituiu o sacrifício ele queria mostrar que, existia uma
maneira correta de se adorar. Os povos também sacrificavam, mas tinham
apenas um rascunho do sacrifício aceito, pois sacrificavam a deuses
estranhos. Só os escolhidos, puderam então, sacrificar ao SENHOR.
 OS LEVITAS. Com o resgate dos primogênitos de Israel no Egito, Deus por
certo tinha direitos sobre todo primogênito, mas em lugar dos primogênitos
ele separou para si os levitas para servir de resgate dos primogênitos dos
filhos de Israel. (Nm cap. 3). Na consagração dos levitas, Deus queria
mostrar que o povo deveria ser separado e, essa separação estava
representada pela família sacerdotal.
 O TABERNÁCULO. O tabernáculo servia como símbolo da presença de
Deus no meio do povo. Deus reivindicou Israel como primogênito e nunca
iria abandoná-lo. (Êx 25-27). Deus sempre quis um relacionamento intimo
com os homens. Através do tabernáculo se podia crer que o SENHOR
estava realmente no meio do povo e, precisava de reverencia e adoração.
1. 2. O PAI DE DAVI (2 Sm 7: 1-17).
“13. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino
para sempre. 14. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho: e, se vier a
transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de
homens”. (RC).
Depois de várias decepções com Israel, o SENHOR chama Davi para fazer
uma aliança perpétua, um reinado que duraria para sempre. Olhando para trás
ele retoma as promessas feita a Abraão e sua descendência eleita e, olhando
para frente ele está preparando a esperança messiânica e inspira a fé em
Israel antes e depois do exílio babilônico. No Salmo 89: 26-27, Deus chama
Davi de primogênito. Sabendo que Davi não foi o primeiro a ser criado e, sim,
significava uma posição privilegiada de cabeça de uma casa.
Deus usa com Davi aquilo que sempre fez: a escolha. No meio de tantos
filhos de Jessé, Deus escolheu a Davi. Deus demonstrou nesse chamamento
que ele escolhe a pessoa certa porque ele não olha a aparência (1 Sm 16: 7).
Outra coisa que me chamou a atenção com Davi foi que o Espírito de Deus
estava com ele constantemente e não como nos outros que só vinha
esporadicamente.
Deus amou a Davi de tal forma que mesmo com os seus terríveis pecados, ele
conseguiu cumprir a missão para qual foi chamado. O segredo da sua
obediência estava na sua fé. Ele amava a Deus fielmente em seu coração. (Sl
16: 2).
Assim como Abraão, Davi foi fiel a Deus, mas a sua descendência não
conseguiu ser. Isso porque eles perfiguravam aquele que viria para ser o filho
perfeito.
1. 3. O PAI DE JESUS (Jo 17: 1).
“JESUS falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai é chegada a
hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;” (RC).
Depois de tantos fracassos, aquilo que apontava como uma busca de um
relacionamento de Pai e filho precisava de um cumprimento completo e, esse
cumprimento foi em Jesus.
Cristo usava o termo Pai para falar com Deus e, no Novo Testamento o
termo Pai é usado pelos escritores mais de uma centena de vezes.
Veja esta citação:
João 17: 1-26
JESUS falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a
hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;2.
Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a
todos quantos lhe deste.3. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por
único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.4. Eu glorifiquei-te na
terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.5. E agora glorifica-me tu,
ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o
mundo existisse.6. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me
deste: eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.7. Agora já têm
conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;8. Porque lhes dei as
palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente
conhecido que saí de ti; e creram que me enviaste.9. Eu rogo por eles: não
rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.10. E todas
as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou
glorificado.11. E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e
eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que
sejam um, assim como nós.
11. E eu já não estou mais no mundo. mas eles estão no mundo, e eu vou para
ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um,
assim como nós.12. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu
nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu,
senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.13. Mas agora
vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa
em si mesmos.14. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não
são do mundo, assim como eu não sou do mundo.15. Não peço que os tires do
mundo, mas que os livres do mal.16. Não são do mundo, como eu do mundo
não sou.17. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade.18. Assim como
tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.19. E por eles me
santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na
verdade.20. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela
sua palavra hão de crer em mim;21. Para que todos sejam um, como tu, ó Pai,
o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o
mundo creia que tu me enviaste.22. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste,
para que sejam um, como nós somos um.23. Eu neles, e tu em mim, para que
eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me
enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.24.
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam
comigo, para que vejam a minha glória que me deste: porque tu me hás amado
antes da criação do mundo. estiver, também eles estejam comigo, para que
vejam a minha glória que me deste: porque tu me hás amado antes da criação
do mundo. 25. Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes
conheceram que tu me enviaste a mim. 26. E eu lhes fiz conhecer o teu nome,
e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja
neles, e eu neles esteja. (RC)
O relacionamento entre Jesus e o Pai, foi um relacionamento diferente de todos
os outros por vários motivos:
1°. V. 2. Jesus recebeu autoridade sobre toda carne, ou seja, ele recebeu
poder de julgar todas as nações. Além de receber autoridade sobre todo o
universo criado. Nenhum outro servo de Deus do passado ou presente recebeu
este poder e nunca haverá quem o receba.
2°. V. 3. Através de Jesus o homem pôde conhecer a Deus como ele é. Quem
conhece o filho, conhece o Pai.
3°. V. 4. A obra que Jesus recebeu para fazer era muito mais importante do
que todos os outros. Ninguém poderia consumar a obra que Jesus consumou.
4°. V. 5. O relacionamento entre Jesus e o Pai não começou depois que Jesus
nasceu, na eternidade, antes que houvesse mundo Jesus já se relacionava
com o Pai, pois, ele não é um ser criado e sim, eterno.
5°. V. 6-26. Jesus veio resgatar um povo para obedecer, trouxe de volta para
aqueles que foram escolhidos, a união perfeita com o Pai. Essa união é
demonstrada pela obediência de Jesus.
O Novo testamento usa dois termos para tratar de Jesus como filho:
unigênito e Primogênito. Deus precisava ter um filho que lhe obedecesse em
tudo.
Em Colossenses 1: 15. Paulo chama Jesus de primogênito de toda a
criação. Ele quer mostrar que Jesus tem direito sobre toda a criação, não
porque ele é filho mais velho e, sim porque ele obedeceu em tudo e recebeu
esta honra do Pai. Todos os outros filhos do antigo testamento são chamados
de primogênitos por causa da posição que Deus tinha conferido a cada um. Só
que a posição que Deus conferiu a Jesus era autoridade sobre todo o universo.
Jesus diferente dos filhos do Antigo Testamento foi o único que recebeu o
titulo de unigênito (Jo 1: 14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e
vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.). Este título diz que Jesus é o único Filho da mesma essência do Pai.
Jesus está unido com ele e, há um padrão de unidade que caracteriza o Pai e o
Filho, eles são um. Temos que ter cuidado em não cair no erro dos testemunha
de Jeová que dizem que Jesus é um ser que foi criado por Deus como os anjos
e os homens.
Jesus foi o primeiro filho que tinha união perfeita com o Pai. Ele sabia que
era Filho de Deus. Essa é a diferença entre filhos e “filhos”. Muita gente se
converte, mas, não tem certeza que Deus o aceitou e, vive uma vida de
incertezas e não consegue aceitar o perdão de Deus.
O melhor modelo de certeza que Jesus tinha de união com o Pai está no
capítulo 17 de João aonde ele demonstra que está unido com o Pai e quer que
os seus discípulos também estejam unidos com eles. “para que todos sejam
um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um
em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17: 21).
Jesus cumpriu tudo aquilo que o Pai pediu a ele, por isso, ele foi glorificado
e está a direita do Pai e, recebeu um nome que esta acima de todo nome.
1. 4. O PAI DO CRENTE. (Gl 4: 4-7)
”4. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei,5. Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos.6. E, porque sois filhos, Deus enviou aos
nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.7. Assim que já
não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por
Cristo”. (RC).
O crente não tem o titulo de primogênito e, nem de unigênito e sim de filhos
adotados. Jesus ao contrario, é herdeiro de tudo ele tem privilégios de dono. O
crente não tem parte na herança em si, Jesus é que compartilha a sua herança
com os seus irmãos porque é generoso. O crente só é filho por causa de
Jesus, Sem ele, estávamos ainda fora da família de Deus.
O critério para ser adotados como filhos não é se agregando em uma igreja.
Se assim fosse estaríamos concordando com a igreja católica que ensina que
se a pessoa for batizada mesmo quando criança ela passa a fazer parte da
igreja de Cristo e, portanto, se torna um filho de Deus.
Nós acreditamos que quando uma pessoa deposita sua fé em Jesus, se
arrependendo dos seus pecados, naquele momento Deus o aceita como filho
pela fé e, confirma enviando o Espírito Santo ao coração. Portanto, não há
motivo para nos gloriarmos que até a fé que depositamos nele, vem dele
mesmo. (Ef 2: 8-9).
Outro aspecto que devemos também lembrar é que, por mais que sejamos
filhos não estamos ainda no patamar espiritual de Jesus, ele está longe da
corrupção.
Vamos entender melhor o porquê desta meditação sobre a paternidade de
Deus: Israel pecou por acreditar que por o SENHOR ter se revelado aos
patriarcas, os outros povos não tinham como compartilhar da presença de
Deus. Com isso, tinham uma religião baseada no exclusivismo. Em vez de eles
amarem os gentios, chamados de pecadores, eles preferiram esconder a
graça. Entendemos que os judeus por conhecerem a lei, se achavam um povo
acima do bem e do mal.
É a mesma coisa que acontece com os mulçumanos. Eles acreditam que
eles são uma raça superior por terem recebido através de Maomé a revelação
de Deus. Com isso, alguns dizem que os pecadores (os que não são da
religião mulçumana), são inimigos de Deus e, para muitos radicais precisam
ser mortos.
Se nós prestarmos bem atenção é o que está acontecendo com alguns
evangélicos hoje. Alguns se acham numa categoria mais elevada e, tratam os
descrentes como inimigos.
”Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz; 10. Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas
agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora
alcançastes misericórdia.” (1 Pe 2: 9-10).
Versículos como estes tem sido interpretado como dando a certeza que
somos diferentes, que pertencemos ao povo de Deus e por isso somos
importantes, mas isso não dá o direito de sermos arrogantes em dizer que
somos melhores que os não crentes. Sabemos quem somos, mas, isso é pela
graça de Deus.
Jesus mudou esse paradigma de que o maior é o maior. Pra Jesus o maior é
o menor. A pessoa que é grande de verdade é aquele que demonstra a sua
grandeza através de sua fraqueza “E disse-me: A minha graça te basta, porque
o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas
minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (2Co 12:9).
Eu sei que somos diferentes aos olhos de Deus, somos filhos e temos
direitos, mas assim, como temos direitos aqui na terra, os nossos deveres
estão acima dos nossos direitos. Foi isso que Jesus quis falar para Paulo no
versículo acima. É como se dissesse: Paulo eu sei que tu tem direito de ser
curado, mas, primeiro anuncia a minha graça. É o mesmo pensamento que
está em Mateus 6: 33 “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
A Bíblia nos dá a certeza que somos filhos de Deus e, por sermos filhos a
nossa responsabilidade aumenta, temos que ser exemplo para os incrédulos e
ter eles como possíveis amigos e não como inimigos.
“E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus: para os que estão
debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão
debaixo da lei.21. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não
estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os
que estão sem lei.22. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.23. E
eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” (1 Co
9: 20-23).
A bíblia fala em Efésios 6: 12 que a nossa luta não é contra a carne (seres
humanos) e sim, contra poderes espirituais que atuam no mundo invisível,
esses poderes são comandados pelo príncipe das trevas (diabo) no mundo
espiritual. Esses inimigos atuam neste mundo para cegar o entendimento dos
homens para que não vejam a glória do evangelho (2 Co 4: 4).
2. PROMESSA, HERANÇA, VIDA ABUNDANTE E FIDELIDADE
2.1. PROMESSA.
(Gl 3: 29) “E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e
herdeiros conforme a promessa.” (RC).
O termo promessa não aparece no AT, mas o conceito está presente. Deus
promete ao homem e cumpre a sua palavra (Is 40: 8), Deus prometeu
numerosa multidão, uma terra e a benção a Abraão. A Davi prometeu uma
dinastia estável (2 Sm 7: 5-16), promessa atualizada pelas promessas
messiânicas e escatológicas (Is 2: 2-5). As promessas, fruto da bondade e
misericórdia de Deus, são garantidas por sua fidelidade. No NT o aspecto
profético da palavra de Deus e a história do povo eleito são chamados de
promessa, que teve sua realização em Cristo. A promessa realizada se torna o
anuncio da boa nova (At 13: 32). A promessa caracteriza a gratuidade dos
dons divinos em oposição as obras da lei (Rm 4: 13-21). Em Cristo as
promessas divinas se tornaram um sim (2 Co 1: 20). Dicionário e estudos
Bíblicos / organizador Claudemir Pedroso da Silva. São Paulo: PAE Editora,
2010.
Os pregadores da “casta evangélica” reivindicam a sua parte na herança
baseados na promessa que Deus fez a Abraão no capítulo 12 de Gênesis. Ali o
SENHOR prometeu que ele seria uma benção e que todas as famílias da terra
seriam abençoadas. Mas ninguém explica que embora essas promessas
incluíssem bens materiais, ela apontava para um sentido maior (Gl 3: 8). Paulo
fala que a promessa de ser abençoado caberia àqueles que depositariam a sua
fé no evangelho anunciado a Abraão. Deus fez uma promessa de abençoar os
gentios através da semente de Abraão que é Cristo (Gl 3: 16). Fica claro que a
promessa feita a Abraão não é literalmente de bens materiais e sim, de
salvação a todos os povos através da fé em Cristo.
Portanto, nós estamos debaixo da promessa que Deus fez a Abraão.
Através de nós todas as famílias da terra podem ser abençoadas, se nós
cumprirmos o ide de Jesus (Mt 28: 18-20).
Portanto, muitos ainda ficam esperando o cumprimento da promessa
baseando-se em bens materiais, nisso a pessoa que acredita nesse tipo de
pregação, diz que a promessa só vai se cumprir quando a pessoa prosperar
financeiramente.
Lembremos que estamos falando da promessa feita a Abraão e, não nas
promessas feitas em toda a palavra de Deus. Sim, porque há diferença entre a
promessa feita a Abraão e promessas teologicamente falando.
Já mostramos biblicamente que a promessa feita a Abraão foi salvação de
todos os povos e o selo do Espírito em todo aquele que crê e, as outras
promessas como: paz, prosperidade, são estudos de fé fora da promessa feita
a Abraão. Sim por que a bíblia ensina sobre todos os assuntos do nosso dia a
dia, inclusive como prosperar, mas não podemos confundir e dizer que a
promessa que Deus fez a Abraão foi somente de bens materiais.
A promessa de Deus já se cumpriu. O que falta é abrirmos os nossos olhos
para a grande responsabilidade que temos por estar dentro dessa promessa.
Quando priorizarmos a salvação dos povos, Deus vai prosperar o seu povo e,
usar essa prosperidade para a salvação dos perdidos. (Mt 13: 12)
2.2. HERANÇA.
“Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa: mas Deus
pela promessa a deu gratuitamente a Abraão. 29. E, se sois de Cristo, então
sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (GL 3: 18 E
29).
O que é herança?
1) Propriedades o bens recebidos de um antepassado após a sua morte (1 Rs
21: 3). 2) Figuradamente a terra de Canaã, dada por Deus ao seu povo (1 Rs
8: 36); o próprio Javé (Sl 16: 5); o Reino de Deus com todas as suas bênçãos
presentes e futuras (Hb 9: 15). Kaschel, Werner. Dicionário da Bíblia de
Almeida/ Werner Kaschel e Rudi Zimmer. – Barueri SP: Sociedade Bíblica do
Brasil, 1999.
Os pregadores da “casta evangélica” dizem quer por a pessoa estar no
estágio de filho de Deus, ele tem direito de reivindicar a sua parte na herança.
Para isso, usam a analogia dos direitos de uma família comum aonde, o pai,
possui alguns bens e, portanto o filho tem direito na herança do pai. Isso leva
os adeptos desse ensinamento a exigir do Pai Celestial dispense a sua parte
na herança. Essa herança seria muito alta, pois o Pai celestial é dono de todo o
universo. Sendo essa herança logicamente para os filhos de Deus. O problema
não é acreditar ou não nessa herança, mas sim, saber qual é a herança
prometida. Eles acreditam que essa herança são os bens materiais que todos
os filhos de Deus têm direito.
O texto bíblico em (Gl 3: 14), e em (Ef 1: 13-14) falam claramente que a
herança prometida é o Espírito Santo.
Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para
que pela fé nós recebêssemos a promessa do Espírito. (Gl 3: 14). (RC)
13. Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com
o Espírito Santo da promessa. 14. O qual é o penhor da nossa herança, para
redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória. (Ef 1: 13-14). (RC).
Não existe outro bem maior do que o selo do Espírito Santo é ele a garantia
da herança que recebemos através de Cristo. Jesus mesmo diz em (Lc 24: 49)
que o Espírito é a promessa do Pai. O Espírito Santo não é somente uma
promessa cumprida por Deus, mas também uma garantia que Deus nos
conduzirá à herança celestial que é nossa para sempre. Ele é o sinal da
primeira prestação da redenção em sua plenitude, o Espírito é uma marca da
garantia da benção por vir. Se a herança prometida a Abrão fosse somente
bens materiais, não existiria ímpio rico, pois o ímpio biblicamente não é filho de
Deus.
Quando Deus expulsou o homem do jardim do Éden disse a ele: que do
suor do seu rosto comeria o seu pão. Deus quis dizer que todos os
descendentes de Adão mesmo com a maldição do pecado, teriam
oportunidade de trabalhar e prosperar. Jesus fala em (Mateus 5: 45) que Deus
faz nascer o sol para os justos e para os injustos. Portanto não posso dizer que
a herança prometida a Abraão seria bens materiais, se assim fosse os ímpios
não teriam direito de prosperar, pois não são filhos de Deus.
Por que os ímpios prosperam? No Salmo 73 o salmista passou por um
dilema: A prosperidade dos ímpios. Ele diz no V. 2 que quase largou de confiar
em Deus, pois ele não conseguia compreender por que os ímpios
prosperavam. No V. 3. Ele diz que invejava a prosperidade dos ímpios.
A inveja é o carro chefe da prosperidade dos ímpios, e o salmista estava
preste a cometer o mesmo erro. A inveja faz com a pessoa deseje algo que o
próximo adquiriu. Tem pessoas que não conseguem ver a prosperidade de
ninguém e, por força quer também o mesmo. A inveja leva a pessoa a matar,
roubar, furtar, sonegar e se endividar para adquirir um bem material.
O salmista só tinha essa dúvida porque ainda não tinha buscado a
presença de Deus V. 22 “eu estava embrutecido, e nada sabia; era como
animal diante de ti”.
A pessoa só vai compreender sobre a prosperidade dos ímpios quando fizer
como o salmista “Até que entrei no santuário de Deus...” (Sl 73: 17a). Ele
buscou a presença de Deus e descobriu que por mais que os ímpios
prosperem, eles não buscam a Deus e por isso, serão destruídos V. 18.
Quando buscamos a presença de Deus, conseguimos enxergar que o reino de
Deus não é baseado em riquezas “porque o reino de Deus não consiste no
comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. (Rm
14:17).
Mas, hoje já foi revelado que o nosso inimigo não são os homens e sim,
satanás.
O privilegio que temos de sermos chamados filhos de Deus não nos dá o
direito de fazer acepção de pessoas e nem amaldiçoar uma pessoa dizendo
ser nosso inimigo. Jesus ensinou que devemos amar os inimigos (Mt 5: 44).
Esses pregadores dizem que os filhos de Deus têm direito de reivindicar a
sua herança baseados na seguinte explicação: se os filhos de uma família
natural têm direitos na herança do pai, imagine os filhos de Deus, teriam muito
mais direitos, pois, são filhos do dono de todas as coisas.
Sabemos que a herança de uma família comum só é dispensada pro filho
quando o pai morre. Como então os filhos de Deus vão requerer a herança se
o Pai celestial não morreu? Quem morreu foi o filho, mas ressuscitou para ter o
direito principal na herança. Jesus contou uma parábola em (Mt 21: 33-46),
explicando que os trabalhadores da vinha (Israel) mataram o filho do dono da
vinha (Jesus) para se apoderar de sua herança. Outra história trágica
aconteceu com o filho pródigo, ele requereu a sua parte na herança antes do
tempo e, vimos no que deu.
A ansiedade não deve dominar a nossa vida. Com a demora da volta de
Cristo as pessoas não estão conseguindo esperar Jesus dizer: “Então dirá o
Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por
herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; (Mt
25:34). E aí buscam de todas as formas apressar (sabendo que nuca vão
conseguir) o que vamos receber só quando na volta de Jesus. O argumento de
que a pessoa já pode receber a sua herança neste mundo é pobre e só os
incautos caem nesse ensino.
Jesus nos deu uma garantia (O penhor do Espírito Santo) de que vamos
receber uma herança incorruptível, e não tem nada a ver com bens materiais.
2. 3. VIDA ABUNDANTE
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10 )
Para compreender como alcançar a vida abundante prometida por Cristo e
no que esta consiste faz-se necessário reler alguns versos bíblicos, como este
de Deuteronômio: “... de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem”
( Dt 8:3 ); “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a
vida eterna” ( Jo 6:47 ).
O profeta Moisés deixa claro que é a palavra de Deus que concede vida ao
homem. A vida não é proveniente do alimento diário, pois do alimento diário
está escrito que o homem comerá do suor do seu rosto e, por fim voltará ao pó
da terra “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra;
porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” ( Gn 3:19).
O alimento diário não livra o homem do seu destino: és pó e em pó te
tornarás, mas na palavra de Deus tem-se a promessa de vida. Se a palavra de
Deus é o que concede vida, segue-se que o homem alienado da palavra
encontra-se morto diante de Deus, como atesta o apóstolo Paulo: “Estando nós
ainda mortos em nossas ofensas ...” ( Ef 2:5 ).
O povo de Israel se fixava em questões circunstanciais e materiais
pertinentes à sobrevivência física no deserto, porém, Moisés emitiu um alerta
ao povo de que foram contristados no deserto para que entendessem que o
que sai da boca de Deus concede vida aos que jazem alienados d'Ele (Dt 8:3 ).
O povo de Israel devia buscar a palavra de Deus para suprir-lhe a
deficiência espiritual, porém, buscava a Deus somente em virtude das
necessidades diárias, tais como a água no deserto, carne, maná, roupa, etc., o
que não produz vida “Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram” (
Jo 6:49 ).
O profeta Habacuque vaticinou que '… o justo viverá da fé' ( Hc 2:4 ),
apontando a mesma verdade abordada por Moisés, ou seja, o homem que vive
através da palavra de Deus é declarado justo diante d'Ele.
Quando mesclamos a citação de Habacuque com a de Deuteronômio,
temos a seguinte leitura 'O homem justo viverá de toda a palavra que sai da
boca de Deus (fé)', pois a 'fé' que o profeta Habacuque apresenta é Cristo, a fé
que havia de se manifestar, a 'palavra da boca de Deus' “Mas, antes que a fé
viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que
se havia de manifestar” ( Gl 3:23 ; Jo 1:1 e 14 ).
Jesus mesmo disse que as suas palavras são espírito e vida: “... as palavras
que eu vos disse são espírito e vida” ( Jo 6:63 ) e, o evangelho é o poder de
Deus que vivifica o homem “O qual nos fez também capazes de ser ministros
de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o
espírito vivifica” ( 2Co 3:6 ). O espírito que vivifica refere-se a palavra de Deus,
a fé que havia de se manifestar: Cristo!
Cristo, o Verbo encarnado, é a 'fé' que justifica o homem, pois é Ele quem
vivifica a quem quer “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica,
assim também o Filho vivifica aqueles que quer” ( Jo 5:21 ); “Porque lhes dei as
palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente
conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste” ( Jo 17:8 ).
O espírito que vivifica é a fé que se manifestou trazendo salvação aos
homens. Enquanto Adão foi criado alma vivente, Cristo foi feito espírito
vivificante ( 1Co 15:22 e 45 ). A vida concedida aos que crêem possui conexão
intima com a ressurreição de Cristo dentre os mortos "Bendito seja o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos
gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos" ( 1Pe 1:3 ).
Desta forma podemos compreender a seguinte exposição paulina: “E qual a
sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a
operação da força do seu poder, Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o
dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” ( Ef 1;19 -20). A grandeza
do poder sobre os cristãos se dá segundo a operação do seu poder, ou seja,
do evangelho, que é poder de Deus ( Rm 1:17 ), o mesmo poder que foi
manifesto em Cristo ressuscitando-o dentre os mortos.
A proposta central do evangelho de Cristo centra-se na ressurreição do
Messias dentre os mortos e, como Jesus ressurgiu, a fé é firme, pois o poder
que n'Ele operou, agora opera nos que crêem.
O salmista também faz referência à palavra de Deus como ente vivificador
por diversas vezes: “A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a
tua palavra” ( Sl 119:25 e vv. 37, 40, 88, 107, 154, 156,159), comprovando que
o testemunho dos profetas é segundo o Espírito de Cristo “Indagando que
tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles,
indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir,
e a glória que se lhes havia de seguir” ( 1Pe 1:11 ); “E o testemunho é este:
que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho” ( 1Jo 5:11 ).
Para se alcançar a vida abundante que Cristo prometeu basta crer, apoiar-
se, descansar, confiar na fé revelada. O apóstolo João enfatizou: “E esta é a
promessa que ele nos fez: a vida eterna” ( 1Jo 2:25 ). Todos quantos
descansam nesta esperança proposta alcançaram a vida eterna “Para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” ( Jo 3:15 ); “Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” (
Jo 6:47 ); “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós?
Tu tens as palavras da vida eterna” ( Jo 6:68 ); “Para que, sendo justificados
pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna”
( Tt 3:7 ); “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que
Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio
em reter a esperança proposta; A qual temos como âncora da alma, segura e
firme, e que penetra até ao interior do véu...” ( Hb 6:18 -19).
Basta ao homem dar ouvido à palavra de Cristo que passará da morte para
a vida “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e
crê n'Aquele que Me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida” ( Jo 5:24 ).
A morte que Cristo faz referência diz da condição do homem alienado da
vida que há em Deus em decorrência da desobediência de Adão. Tal morte
não faz referência à morte física, antes diz da condição do homem na condição
de trevas enquanto Deus é luz “Porque assim como a morte veio por um
homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque,
assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em
Cristo” ( 1Co 15:21 -22).
A vida com Cristo diz da nova condição do homem unido ao Criador. Por ter
sido gerado de novo, da semente incorruptível, que é a palavra de Deus, o
homem passa a compartilhar da glória de Deus. Qualquer que crê em Cristo
passou da morte para a vida, ou seja, vive pelo Espírito, vive pela fé “Se
vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito” (Gl 5: 25 ); “O vento
assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para
onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” ( Jo 3:8 ; Hc 2:4 ).
Vida dentre os mortos! É isto que Cristo promete e, é por isso que o cristão
deve regozijar-se, visto que o seu nome está escrito no livro da vida “... alegrai-
vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” ( Lc 10:20 ). Essa é
a esperança proposta, a vida eterna, portanto, o cristão deve se alegrar nela
(Rm 12: 12 ). Cristo nos ofereceu a vida no sentido de o homem compartilhar
da natureza divina, estar unido à glória de Deus “E eu dei-lhes a glória que a
mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” ( Jo 17:22 ).
Porém, muitos cristãos são atraídos pelo adjetivo pertinente a vida
concedida por Cristo (Jo 10: 10). Por vida em abundância interpretam
'qualidade de vida' econômica e social, e se esquecem que o reino de Deus
não é comida nem bebida “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida,
mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” ( Rm 14:17 ).
Há também aqueles que apregoam que a vida 'abundante' ofertada por
Cristo tem em vista o alívio dos sofrimentos causados pela pobreza,
enfermidades, condições opressoras de trabalho, injustiças sociais, abusos dos
direitos civis, etc., e que a vida prometida por Cristo tem em vista uma melhoria
das questões de ordem moral. Chegam ao ponto de afirmar que a vida é para a
eternidade e a vida em abundância é promessa para o presente momento,
contrariando o que Cristo falou: no mundo tereis aflições ( Jo 16:33 ).
Em que consiste a abundância? Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância” ( Jo 10:10 ), essa promessa que Ele fez é a de
vida eterna, e a vida eterna é abundante.
Por certo, não se refere às condições existenciais do homem, pois todos
têm uma expectativa de viver até os setenta anos, sendo que o que disso
passar é canseira e enfado. Além disto, o homem comerá do suor do seu rosto,
o que implica em enfado e cansaço "Os dias da nossa vida chegam a setenta
anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é
canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" ( Sl 90:10 ).
Ora, os que crêem serão fartos de justiça, visto que é isto que Jesus oferece
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos” ( Mt 5:6 ). Como a salvação proporcionada redunda em louvor a graça
de Deus, certo é que os cristãos são fartos de alegria “E vós com alegria
tirareis águas das fontes da salvação” ( Is 12:3 ). Na vida com Cristo há fartura
de alegria, justiça, consolo, paz, etc.
A vida abundante refere-se ao que o reino de Deus proporciona: justiça, paz
e alegria no Espírito Santo “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida,
mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” ( Rm 14:17 ), pois em tudo os
cristãos foram enriquecidos: “... em toda a palavra e em todo o conhecimento”
( 1Co 1:5 ); “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos
em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do
mistério de Deus e Pai, e de Cristo” ( Cl 2:2 ).
O apóstolo Paulo enfatiza que os cristãos são abençoados com todas as
bênçãos espirituais “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o
qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo” ( Ef 1:3 ), e o salmista diz que nada tem falta os que O temem "Temei
ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem" ( Sl 34:9 ).
Se a vida abundante refere-se às questões de ordem econômica e social,
jamais Cristo alertaria para que os seus ouvintes não se inquietassem pelo dia
de amanha "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que
beberemos, ou com que nos vestiremos?" ( Mt 6:31 ), pois os bens que um
homem possui não consiste em riquezas "E disse-lhes: Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância
do que possui" ( Lc 12:15 ).
Porque Jesus prometeria riquezas pertinentes a este mundo, se os cuidados
deste mundo tornam infrutíferos os homens, o que poderá levá-los a serem
cortado da Oliveira? "Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das
riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica
infrutífera" (Mc 4:19 ).
É por causa destes pseudo evangelhos que hoje muitos apregoam e
seguem, que Jesus fez a pergunta: "Quando porém vier o Filho do homem,
porventura achará fé na terra?" ( Lc 18:8 ).
Em nossos dias vê-se um crescimento vertiginoso de templos e de
seguidores de crenças e crendices, o que sugere uma resposta positiva.
Porém, após entender que a fé que Jesus faz referencia não tem relação com
as crenças que os homens depositam em lideres religiosos, ídolos, promessas
vazias, auto-ajuda, etc., antes diz da fé que foi manifesta trazendo salvação a
humanidade que jazia em trevas, a pergunta de Jesus acerca da fé na terra
quando da sua volta permanece sem uma resposta objetiva “Mas, antes que a
fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé
que se havia de manifestar” (Gl 3:23 ; Jo 1:1 e 14 ).
2. 3. FIDELIDADE (Gn 12: 1-3)
“1. ORA, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da
casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2. E far-te-ei uma grande
nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção.3.
E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e
em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Esse segmento evangélico fala que Deus fez a promessa de uma herança.
Mas para receber essa herança é preciso ser fiel. Até ai tudo bem, sabemos
que o crente tem que ser fiel, mas a fidelidade pregada por esse grupo é
baseada no dízimo e nas ofertas. Baseiam a fidelidade do crente no dízimo.
Biblicamente existem várias áreas da vida do crente em que ele precisa ser
fiel e não só no dízimo. Por exemplo, se um membro da minha igreja tiver
sonegando imposto, mas é dizimista, eu não posso dizer que ele seja
totalmente fiel.
Eu acredito que o dízimo seja um dos princípios de fidelidade e não o único.
Abraão foi ricamente abençoado por que era fiel e tinha fé, mas a herança
prometida a sua descendência não é baseado em coisas terrenas e sim nas
celestiais. (Hb 11: 10).
Quando eu entendo que Deus tem outras maneiras de se relacionar
conosco passo a ver que existem outras áreas da vida em que devemos ser fiel
e, não só nos dízimos e ofertas.
MARIDO E MULHER
(Is 54: 5). 5. Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o
seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor: ele será chamado o Deus de
toda a terra. (RC).
Deus se proclama esposo, logo, o seu povo deve ser fiel como esposa. A
principal aliança feita em um casamento é a fidelidade conjugal, Deus quer que
sejamos fieis ele e não procurar outros deuses. Abraão entendeu isso e não se
contaminou com outros deuses, isto é fidelidade no relacionamento.
Deus quer que sua esposa firme o seu compromisso que fez no dia do
casamento. Se há um relacionamento de casamento, logicamente pode haver
adultério. O que Deus mais abomina é quando alguém comete adultério contra
ele “Furtareis vós, e matareis, e come-tereis adultério, e jurareis falsamente, e
queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não
conhecestes, (Jr 7:9). Quando num relacionamento de casamento entre um
homem e uma mulher o adultério consiste em relação sexual com outra
pessoa, no relacionamento de casamento entre Deus e o homem consiste em
se relacionar com outros deuses. A diferença está em que no casamento entre
um homem e uma mulher, qualquer um dos cônjuges tem possibilidade de
cometer adultério, mas no relacionamento entre Deus e o homem só há
possibilidades da parte do homem, pois o Senhor é totalmente fiel “Saberás,
pois, que o Senhor teu Deus é que é Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a
misericórdia, até mil gerações, aos que o amam e guardam os seus
mandamentos; (Dt 7:9).
NOIVA E NOIVO
“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as
bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,” (Ap 19: 7).
O maior voto da noiva para com o noivo é a do compromisso de esperar o
noivo com paciência e pureza. Jesus vai voltar para o casamento e, espera
encontrar a sua noiva fiel e pura. Esta é a fidelidade na santidade.
A igreja é chamada de noiva na bíblia, e por ser noiva deve honrar com o
seu compromisso. “Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula,
nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. (Ef 5:27). São
duas coisas que fazem a noiva se guardar: O amor e a paciência.
Uma espera para o casamento (chamado de noivado) pode demorar e, por
isso o amor e a paciência é muito importante nessa espera. Hoje as profecias a
respeito do esfriamento do amor tem se cumprido e, com isso muitos deixam
de exercitar a sua paciência e tem se despreocupado na espera do noivo “1.
ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2. E cinco delas eram prudentes, e
cinco loucas. 3. As loucas, tomando 4. Mas as prudentes levaram azeite em
suas vasilhas, com as suas lâmpadas.as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo. 4. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas
lâmpadas. (Mt 25: 1-3). A fidelidade da noiva depende do amor que ela sente
pelo noivo e a paciência exercida na espera do noivo.
CABEÇA E CORPO
“E ele é a cabeça do corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os
mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” (Cl 1: 18).
O corpo depende da cabeça para sobreviver. O corpo não pode de maneira
nenhuma se rebelar contra a cabeça e nem contra os seus próprios membros,
o corpo tem que se manter fiel disciplinado. Esta é a fidelidade da
dependência.
O que nós vemos hoje é uma avalanche de rebeldia. Os profetas querem se
tornar maior do que o mestre e as ovelhas não são obedientes ao seu pastor.
Hoje em dia qualquer desentendimento que acontece em uma igreja é
motivo para um grupo eleger um líder e formar outra igreja, esquecendo eles
que dentro daquela que acabaram de formar pode acontecer de novo a mesma
coisa.
Eu não sou doutor em nenhum assunto, mas creio que também tenho o
Espírito Santo. Portanto eu não posso acreditar que Jesus esteja satisfeito com
a conduta de alguns profetas de dele. Muitos de nós líderes temos esquecido
que seremos julgados com maior rigor, por isso estamos despreocupados.
O corpo tem estar ligado a cabeça. Muitas vezes a igreja toma decisões
sem consultar o Senhor e por isso comete graves erros. Vamos depender
somente de Deus, vamos mostrar que somos diferentes. Acorda igreja!
“Desde o ventre materno dependo de ti; tu me sustentaste desde as entranhas
de minha mãe. Eu sempre te louvarei!” (Sl 71:6). NVI
A VIDEIRA E OS RAMOS
“Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim, e eu nele, esse dá muito
fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15: 5). (RC).
A comparação que Jesus faz sobre videira e os ramos, é que os ramos
(crente), possam dar frutos é preciso permanecer fiel com a videira (Jesus). A
ligação dos ramos com a videira é que vai apontar a quantidade de frutos que
ele vai dar. Esta é a fidelidade da firmeza.
Muitos crentes têm uma vida de derrota porque vive brincando com Deus, um
dia na igreja e cinco no mundo. Tem pessoas que estão a muitos anos no
evangelho e nunca ganharam ninguém para Cristo e o pior de tudo que em vez
ganhar, afasta cada vez mais o incrédulo de Deus, pelo seu mau testemunho.
Jesus repreendeu os escribas e fariseus por fazer com que através dos seu
testemunhos fechavam o reino de Deus para outras pessoas “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer
um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes
mais do que vós”. (Mt 23:15). “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais
entrar aos que estão entrando. (Mt 23:13).
Quantos frutos a pessoa perde por não buscar uma intimidade com Deus? É
preciso entendermos que é melhor obedecer do que sacrificar.
SENHOR E SERVO
“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso
fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” (Rm 6: 22). (RC)
Quem reconhece o perdão de Deus e a libertação do pecado, sente-se
escravo de Cristo. Ser escravo de Cristo é ter liberdade para servir. Esta
fidelidade é o da obediência.
Tudo o Senhor confiou em nossas mãos. Na vida cotidiana o servo não tem
direitos na família do seu senhor, mas com Jesus é diferente, mesmo sabendo
que somos servos, ele não nos trata com indiferença.
É preciso saber que o servo em tudo deve obediência ao seu senhor e somos
recompensados pelo nosso trabalho, Deus não força ninguém a trabalhar pra
ele, mas o servo obediente sabe qual é o seu trabalho.
O DIZIMO
“Ml 3: 10. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança”. (RC).
Também é uma forma de demonstrarmos a Deus a nossa fidelidade, mas
não é a única forma. Muitos pregadores falam que a pessoa não prospera
porque não é fiel (se referindo ao dizimo). Ser fiel no dízimo é um sinal de
progresso material e não espiritual. Sabemos que se pessoa for dizimista ela
tem possibilidade de prosperar materialmente, sem, contudo, ser feliz. A
felicidade não depende exclusivamente da prosperidade.
No Brasil muita gente está fora do privilégio social: saúde, escola, casa,
água, comida etc. muita gente vive procurando uma vida melhor. Quem não
gostaria de viver uma vida de bênçãos materiais? Diante dos problemas sociais
quem não gostaria de pertencer a uma classe mais elevada: “os filhos de
Deus”?
a) DEUS E OS BENS MATERIAIS. (Sl 24: 1). Do Senhor é a terra e a sua
plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.
Deus é criador de todas as coisas. Logo, somente ele tem direito absoluto
sobre qualquer coisa. A relação do homem com as coisas criadas é apenas de
mordomia, ou seja, de administração. Tudo pertence a Deus. Ele é maior do
que todos os deuses e seus atos são poderosos. Tudo é possível para Deus.
Em suas mãos estão todo o domínio e que conhece o fim desde o princípio e
os meios que usará para alcançar esse fim. Tudo está sobre o seu controle (Sl
135: 6). Toda a riqueza que existe no mundo pertence ao senhor. Ele é dono
de tudo. Tudo que temos deve estar à disposição dele.
Os levitas, no Antigo Testamento, não receberam herança da terra da
promissão (Nm 18: 23-24), pois Deus precisava deles como propriedade
exclusiva pra os serviços sagrados, guardas do tabernáculo e mestres da lei;
viviam da generosidade do povo (Dt 12: 19) e das ofertas a Deus (Nm 18: 8-
20). A carne dos sacrifícios, antes comida pelos sacerdotes e levitas agora é
comida simbolicamente na participação do corpo de Cristo. “Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6: 56).
Os apóstolos, no Novo Testamento, à semelhança dos levitas, foram tirados
das suas profissões e posses para o serviço sagrado.
Também todo e qualquer regenerado é um escravo privilegiado de Deus, pois
fica com 90% de sua renda, enquanto o seu Senhor, dono de sua vida, de seu
trabalho e de todos os seus meios de produção, cabe apenas 10%.
Dízimo não é desprendimento e nem generosidade, é obrigação, dever e
honestidade. Generoso é Deus para com os seus escravos, dando-lhes 90%. O
incrédulo mesmo dizendo-se “evangélico” não entende e não aceita o dízimo,
mas gasta com os prazeres da carne, com o mundo e com o maligno muito
mais do que o dízimo, gastando o seu dinheiro naquilo que não é pão (Is 55: 2).
Existem pessoas que dão duro na compra de um bem que às vezes não tem
necessidade e acha um absurdo entregar a pequenina parcela de 10% do seu
salário.
Na contribuição financeira demonstramos que somos pessoas maduras
espiritualmente. Não é a igreja que precisa de dinheiro, nós é que precisamos
trazer dinheiro à igreja. Nossa contribuição vai aumentando conforme nossa
vida espiritual cresce. Quem semeia pouco, pouco também ceifará. Ceifará
dinheiro? Não! Ceifará frutos de justiça (2 Co 9: 10).
Subornaremos Deus com dinheiro? Ou com dinheiro compraremos a
eternidade? Tolice. Deus ama ao que dá com alegria. Veja só, Deus ama ao
que dá e, não a quantia que foi dada.
DÍZIMO É ATO DE FÉ.
(Ml 3: 10). Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. (RC).
A um povo empobrecido, cuja riqueza estava mal dividida, havendo alguns
ricos e a maioria na miséria, Deus manda que pra começar, tragam o dízimo.
Primeiro mantimento na casa do Senhor. Ou crêem na palavra divina e trazem
o dízimo, ou não crêem. Matéria de fé em Deus pura e simples.
Entregar o dízimo é reconhecer o Senhorio de Cristo sobre tudo o que
existe e sobre tudo sobre os bens que ele nos entrega para administrar. Sem
dúvida, dar nem sempre é um ato do bolso. Não dar jamais será resultado da
pobreza não material e sim, espiritual. Quando o coração é rico a dádiva sai.
O AMOR.
(1 Cr 29: 3). “3. Além disso, pelo amor ao templo do meu Deus, agora entrego,
das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus, além
de tudo o que já tenho dado para este santo templo.” (NVI).
Para servir ao senhor com os dízimos e ofertas, é preciso amar a sua obra.
O amor é o grande motivo do serviço e da vida crente. Davi amava a casa de
Deus e, por isso, deu o depósito que possuía. Ele deu o melhor que possuía.
Esta grande obra exige amor. O amor é sacrifício, é sofrimento, é renuncia, é
entrega.
Deixamos pra falar de amor no final de propósito, pois devemos meditar um
pouco no que é o amor e perguntar: será que o que motiva a entrega dos
dízimos hoje em dia é realmente o amor à obra de Deus?
A melhor definição de amor dentro daquilo que estamos falando está em 1
Coríntios 13.
1 Coríntios 13-1:11
1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse
amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.2. E ainda que
tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e
ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse amor, nada seria.3. E ainda que distribuísse todos os meus bens para
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.4. O amor é sofredor, é
benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se
ensoberbece,5. não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios
interesses, não se irrita, não suspeita mal;6. não se regozija com a injustiça,
mas se regozija com a verdade;7. tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta.8. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas;
havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;9. porque, em
parte conhecemos, e em parte profetizamos;10. mas, quando vier o que é
perfeito, então o que é em parte será aniquilado.11. Quando eu era menino,
falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; mas, logo
que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 12. Porque agora
vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou
plenamente conhecido. 13. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o
amor, estes três; mas o maior destes é o amor. (Revisada).
O amor é a chave para tudo aquilo que a pessoa intenta fazer para Deus.
Paulo estava falando que a igreja de Corinto oferecia os seus dons sem saber
porque ofereciam, este texto nos ensina que tudo aquilo que oferecemos a
Deus deve ser motivado pelo amor, inclusive os dízimos.
O conhecimento bíblico e qualquer ciência humana se não for motivada pelo
amor leva o homem a nada (V.2). Muitos hoje se gloriam por conhecimentos e,
às vezes chegam até a debater e argumentar fortemente num assunto e batem
na mesa dizendo que tem muita fé, mas falta amor.
A Contribuição financeira tem que ser motivada pelo amor (V. 3). Ás vezes a
pessoa faz várias campanhas de contribuição, seja ela na igreja ou com
esmola motivada por interesses próprios, quando isso acontece aquilo que foi
contribuído se torna em inutilidade.
“... o amor não é invejoso; o amor não se vangloria não se ensoberbece,”
(V. 4). A “Casta Evangélica” quer Criar uma raça superior aonde os “filhos de
Deus” vão mostrar a qualquer custo que são privilegiados. Veja aqui um trecho
de uma musica que retrata isso:
“Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção
vão se arrepender...” (Damares).
CONCLUSÃO
Chego ao final deste trabalho. Confesso que muitas vezes pensei em desistir,
pois tomou um tempo exaustivo. Creio que por eu não ser um acadêmico tive
mais dificuldades. Mas, com muita alegria sei que Deus me ajudou.
Espero que este trabalho possa ajudar muita gente a defender as Escrituras
de alguns espertinhos que surgem no nosso meio.
Quero também reconhecer que as pessoas que vivem enganadas, têm mais
coragem de defender aquilo que pensam. Deus não quer que aqueles que
defendem a verdade sejam covardes. Muitas vezes nós falamos a verdade,
mas não queremos pregá-la. O que adianta eu achar que falo a verdade e não
lutar por ela.
Sou filho de Deus, mas tenho que saber que o filho de uma casa tem mais
responsabilidade dos que não são. Que possamos meditar na importância do
nosso chamado, edificando a nossa consciência no temor do Senhor.
Todos nós estamos edificando sobre o fundamento dos apóstolos, portanto,
devemos saber como estamos edificando. Muitos de nós obreiros temos
esquecidos que receberemos maior rigor quando formos julgados. Temos
vivido despreocupados sem ao menos lembrar que Deus nos confiou pessoas
para cuidar e, vamos dar conta dessas pessoas e daquilo que ensinamos a
elas.
Muitos tem o titulo de pastor, mas, não sabem o que significa ser um. Deus
jamais vai aprovar pastores formados em laboratório, ele quer o vocacionado
entenda o seu chamado e não exiba o seu canudo como prova disso.
Em Lucas 12: 45-48 o Senhor conta uma parábola muito interessante: o
servo de Deus tem que saber o que foi confiado a ele e, passar para os outros
a importância da obediência. Mas, muitos por causa da demora do Senhor tem
se despreocupado não sabendo que o seu Senhor é severo em requerer
mesmo do ignorante, a obediência.
É chegada a última hora eis que o nosso Senhor vem sobre as nuvens com
poder e glória para julgar os vivos e os mortos (e isso não é conto de fadas), é
pra aqueles que vivem pela fé. Deixemos tudo àquilo que nos embaraça e
prossigamos para o alvo nos está proposto.
Não consigo entender que pessoas tão má intencionadas possam ter vez
nosso meio. Mas, o que me conforta é saber que a igreja não pode ser
derrotada por nenhum poder do maligno.
Se Abraão estivesse na terra no dia de hoje com certeza ia repreender
muitos que tem usado a sua fé para interpretar o mal interesse financeiro.
Abraão jamais priorizava as riquezas, Deus o abençoava por ele ser fiel em
tudo e não somente nos dízimos e ofertas. Isso ele mostrou quando houve uma
dissensão entre os seu pastores e os de Ló, Abraão não escolheu a campina
do Jordão que era fértil e, ia fazer os seu rebanhos engordarem. Ele deu
prioridade para que Ló escolhesse pra onde queria ir. Ló escolheu a terra fértil
Abraão escolheu a promessa. Deus honrou Abraão e Ló teve um fim trágico.
Deus sempre quer abençoar o seus servos, vamos priorizar o Reino de Deus!
Que Deus tenha misericórdia de nós!
BIBLIOGAFIA
Silva, Claudemir Pedroso. Dicionário e estudos Bíblicos / organizador
Claudemir Pedroso da Silva. São Paulo: PAE Editora, 2010.
http://www.coladaweb.com/sociologia/fome. 11-08-2011
Kaschel, Werner. Dicionário da Bíblia de Almeida/ Werner Kaschel e Rudi
Zimmer. – Barueri SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
BÍBLIAS USADAS
Nova Versão Internacional (NVI)
Revista e Corrigida (RC)
Revisada

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A paternidade de deus

  • 1. INTRODUÇÃO Hoje em dia vivemos diante de uma avalanche de doutrinas e, todas elas sendo defendidas com unhas e dentes pelos seus idealizadores. Já que todos têm o direito de defender aquilo que pensa, acredito que estou dentro do direito que me é concedido. O texto por mim escrito vai falar sobre um grupo de pessoas da qual eu denomino de “casta evangélica”, este grupo tem arrebanhado milhares de incautos que pensam que o reino de Deus é constituído apenas de comida e bebida. Sinto- me no direito de expressar a minha posição doutrinária, pois, um crente fiel as escrituras não pode ficar calado diante de tantos absurdos que tenho ouvido. A minha intenção não é de maneira nenhuma ofender ninguém e, sim mostrar biblicamente aquilo que acredito eu, está fora de contexto, baseando- se Na explicação dos líderes desses grupos. Quero também justificar que todo o texto é de responsabilidade minha e, por isso todo e qualquer crítica deve ser dirigido a minha pessoa e não a minha denominação. Neste trabalho vou focar nas principais explicações que os líderes desse grupo ensinam: Paternidade de Deus e filiação dos crentes, Promessa, herança, vida abundante e fidelidade. É necessário mostrar a distorção que esses líderes fazem dos textos bíblicos para forçar uma interpretação que vá ao encontro daquilo que eles ensinam.
  • 2. Os assuntos desenvolvidos neste trabalho de TCC não é uma busca de esgotar o assunto e sim, iniciar uma busca pela interpretação correta das Escrituras. Creio que os crentes só são enganados quando não buscam sabedoria de Deus. Mesmo que você não concorde com a minha interpretação (que acredito que não ser minha e sim do Espírito santo), espero que você leia com atenção buscando ajuda em oração e depois faça uma avaliação crítica. Em minha opinião os evangélicos não deveriam discordar das questões bíblicas, por que se a pessoa crer na doutrina evangélica, mesmo que haja pequenas discordâncias, a história mostra que sempre lutamos pelos mesmos ideais: Lutamos pela livre interpretação bíblica, tendo a escritura como única regra de fé, pela salvação pela graça através da fé, eu fico triste é quando uma pessoa aparece com uma interpretação nova, ele joga por terra toda a história da igreja dizendo que todos os outros grupos verdadeiramente evangélicos, estão errados. A pessoa que ama a Jesus e sua palavra não podem ficar caladas em meio ao absurdo desses. Vamos pensar: Se todas as vezes que uma pessoa aparecer com uma interpretação nova e, dizer que todas as outras interpretações estão erradas, então nós nunca vamos descobrir qual a interpretação certa, pois, sempre vão aparecer interpretações novas e absurdas. No desenvolvimento deste trabalho quero mostrar que é sim muito importante ser filho de Deus, mas esta glória foi ganha pelos méritos de Jesus é não dá o direito de exigir que Deus seja nosso servo, aonde o patrão manda e ele obedece. Que a promessa feita a Abraão não é de bens materiais, nem a herança, riquezas. Que a vida abundante é a presença de Cristo em nossas vidas, e a fidelidade a Deus não depende exclusivamente dos dízimos e ofertas.
  • 3. A partir de agora você vai ter em suas mãos um trabalho feito com muita dedicação e amor, por isso, não despreze o conteúdo deste trabalho, pois, você pode tirar grande proveito dele.
  • 4. 1. A PATERNIDADE DE DEUS E FILIAÇÃO DOS CRENTES 1. 1. O PAI DE ISRAEL Êxodo 4: 22. 22. Então dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. (RC) O SENHOR reivindicou Israel como filho diante de Faraó. O SENHOR queria que Israel fosse o seu primogênito, seu amado. Deus reivindicou Israel libertando e fazendo aliança no Sinai. A designação de Deus como Pai foi bastante aceita por aqueles que acreditavam na vinda do messias profetizado como filho de Deus (Sl 2). Jesus mesmo adotou essa maneira de se relacionar com Deus, chamando-o de Pai (Jo 17: 1-2). Na sua preocupação de Pai e, sabemos que a paternidade inspira cuidados, Deus quis demonstrar o seu cuidado se preocupando com os órfãos, viúvas e estrangeiros. A lei exigia explicitamente que os desamparados não fossem molestados, Deus queria que a inocência dos órfãos fosse preservada e que fossem asseguradas a eles justiça e caridade. Os opressores dos órfãos deviam ser publicamente castigados. Esse cuidado com os órfãos mostra que Deus tinha cuidados com os seus filhos e jamais poderia desprezá-los. As viúvas e os estrangeiros também tinham um cuidado especial de Deus. O SENHOR defende o direito de todos e, não faz acepção de pessoas. Os pobres, por exemplo, é necessário nós entendermos biblicamente por que ainda existem pobres na terra. Os antropólogos, os sociólogos, e todos
  • 5. que estudam as sociedades do mundo todo, procuram explicar de várias maneiras o porquê da fome e miséria. Mas antes de dar um parecer bíblico sobre pobreza queremos também mostrar o que o estudo da sociologia comenta sobre os dois problemas sociais que são os carros chefes da pobreza no Brasil e no mundo: A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afeta uma ampla extensão de um território e um grave número de pessoas. No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem1 bilhão de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda percapta anual bem menor que 275 dólares; 1,5 bilhão de pessoas sem água potável; 1 bilhão de pessoas passando fome;150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida. No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional. As causas naturais para justificar a fome são: clima; seca; inundações; terremotos; pragas de insetos e as enfermidades das plantas. E ainda podemos contar com as causas humanas como a instabilidade política; ineficácia e má administração dos recursos naturais; a guerra; os conflitos civis; o difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem- terras ou pela população em geral; as invasões; o deficiente planejamento agrícola; a injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos; o contraste na concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido; a influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações de Terceiro Mundo; a utilização da "diplomacia dos alimentos" como arma nas relações entre os países; a relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a deteriorização cada vez mais elevada do seu nível alimentar e a relação entre cultura e alimentação.
  • 6. O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas. Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras. Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político. Fome - a tragédia nacional Uma tragédia a conta-gotas, dispersa, silenciosa, escondida nos rincões e nas periferias. Tão escondida que o Brasil que come não enxerga o Brasil faminto e aí a fome vira só número, estatística, como se o número não trouxesse junto com ele, dramas, histórias, nomes. Na inversão do ciclo da vida, proeza é criança viva, bebê recém enterrado, acontecimento banal. No Brasil, a cada cinco minutos, morre uma criança. A maioria de doenças da fome. Cerca de 280 a 290 por dia. É o que corresponderia, de acordo com o UNICEF, a dois Boeings 737 de crianças mortas por dia. Médico, voluntário em campanhas contra a desnutrição e obcecado pelos números, Flávio Valente pesquisou dados oficiais. Existem, pelo menos, 36 milhões de brasileiros que nunca sabem quando terão a próxima refeição, nossa maior contradição.
  • 7. Pesquisadores de renomes, especialista em nutrição, mais de 30 anos investigando as deficiências da alimentação do brasileiro. "Temos a deficiência de iodo, de zinco, de ácido fólico", diz Dr. Malaquias. É bater o olho para saber. Uma menina pode estar com deficiência de ferro. Um mal que atinge até 47% de crianças, inclusive em estados ricos, como São Paulo. A deficiência de vitamina A estaciona o crescimento de famílias inteiras. "Nessa área temos cerca de 18% de crianças com déficit de estatura. Quando a criança tem um atraso por falta de vitaminas, esse atraso é praticamente irreversível. A estatura conta praticamente toda a história nutricional da criança", explica o médico. O Combate a Fome e o Direito Humano a se Alimentar A gravidade da situação de miséria de grande parte da população brasileira exige que se repudie com veemência as insistentes tentativas das elites em mitificar o problema. A sociedade brasileira não aceita mais os discursos demagógicos que buscam circunscrever a pobreza a situações e localidades específicas, para depois oferecer soluções eleitoreiras. Tal como o assistencialismo eleitoreiro deve ser rejeitado também o economicismo tecnocrata, igualmente mistificador. Já está mais que evidenciado que o crescimento econômico, por mais importante que possa ser, é absolutamente insuficiente para se acabar com a pobreza no país. Da mesma forma, o equilíbrio macroeconômico e a estabilização da moeda produzem, no máximo, efeitos mitigadores e temporários, sem alterar a situação de desigualdade social. Qualquer tentativa, minimamente séria, de atacar os problemas da fome e da pobreza deve considerar as suas causas mais profundas: a exacerbada concentração de riquezas no país. Este diagnóstico aponta, necessariamente, para a urgência de um amplo processo de redistribuição da riqueza nacional. E esta não é, evidentemente, uma tarefa que possa ser "deixada" para o mercado. Ao contrário, experiência internacional mostra que só se
  • 8. resolve o problema da pobreza e da desigualdade com a ação firme e planejada do Estado. As políticas públicas de combate à fome e pobreza não devem, portanto, se restringir a "compensar" os efeitos de um modelo econômico concentrador. Deve-se romper com a artificial separação das chamadas "áreas" econômica e social. Não se pode esperar que a "área" social resolva o problema da pobreza enquanto a política econômica continua a promover a exclusão. Ainda mais se considerarmos que o atual governo não pautou nenhum programa efetivo que possa conduzir a uma verdadeira Política Nacional de Segurança Alimentar. Além disto, na ausência de um projeto social mais articulado, as políticas sociais do governo são concebidas de forma fragmentada e implementadas de forma desarticulada. Acreditamos que as políticas de combate à fome e pobreza e promoção da segurança alimentar, devem ser pensadas como parte de um projeto alternativo de desenvolvimento, que tenha como eixo central à promoção de um crescente processo de inclusão social. Portanto, o combate à fome e pobreza implica necessariamente em um amplo e sustentável processo de distribuição de riquezas, que, em linhas gerais, deve se traduzir em: Distribuição de renda: Políticas de Geração de emprego e renda, recuperação do poder aquisitivo dos salários (especialmente do salário mínimo), programas abrangentes de renda mínima, etc. Reforma agrária: aceleração do processo de reforma agrária (com assentamento de todas as famílias sem terra) e ampliação das políticas de apoio à agricultura familiar. Acesso aos recursos produtivos: além da terra, é extremamente urgente o acesso á água, as sementes, aos créditos rurais de produção, aos créditos urbanos de auto-gerencimento de forma desburocratizada e eficaz. Acreditamos que estes devem ser os princípios orientadores da construção de um projeto de combate à fome e pobreza e promoção da segurança alimentar.
  • 9. Tendo a diminuição das desigualdades como um princípio básico, e inegociável, pode-se partir para um amplo processo de discussão na sociedade organizada visando identificar as políticas e os instrumentos mais adequados para se acabar de vez com a fome e a miséria no país e garantir a todos os brasileiros e brasileiras a realização de seu direito à alimentação. O desemprego não é um problema só no Brasil; ele ocorre na Europa e em toda parte do mundo. Excetuando-se os Estados Unidos, onde a questão está minimizada pelo longo período de crescimento da economia durante o governo de Bill Clinton, nas demais partes do mundo o fenômeno é visto com preocupação. Na Europa, o problema é muito grave; no Japão, atualmente observa-se a diminuição do número de vagas no mercado de trabalho; a Coréia do Sul enfrenta a mesma situação. Nos países subdesenvolvidos, a situação não é diferente. No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para o mundo social. A tecnologia, que vem desde a revolução industrial na Inglaterra em 1750, traz problemas, e certamente é uma das principais causas do desemprego mundial. Uma máquina substitui o trabalho de 10, 20, 40 ou mais pessoas. Já foi dito que a revolução industrial provocou insatisfação dos trabalhadores, mas pouco desemprego, porquanto, na época, as vagas fechadas numa empresa eram supridas pela abertura de outras empresas. Além disso, houve a redução da jornada de trabalho para 8
  • 10. horas e a semana de 5 dias. Todavia, hoje, com a globalização, a informatização, as novas tecnologias, nós temos efetivamente um problema de desemprego estrutural. Vejam o exemplo do banco já citado, onde diminuem em menos da metade os postos de trabalho. Tudo é informatizado, as pessoas não precisam do caixa humano, elas vão direto ao caixa eletrônico. Esses funcionários perdem o emprego e não têm outra oportunidade, porque todos os ramos de atividade estão se modernizando, não só os bancos, mas as indústrias estão sendo robotizadas. Estão desaparecendo muitas profissões e atividades profissionais, porque têm o robô fazendo o trabalho de muitas pessoas. Isso realmente gera desemprego e tanto o governo quanto a sociedade têm que contribuir para encontrar uma solução. Talvez a solução momentânea seja a requalificação profissional. Os profissionais que perdem seus postos de trabalho devem passar por treinamentos e reciclagens. Só assim poderão encontrar outra atividade e assumir uma nova vaga no concorrido mercado de trabalho moderno. O desempregado não pode ficar esperando nova oportunidade para ocupar a mesma vaga que ocupava antes da demissão, mesmo porque aquela vaga, ou melhor, aquela função pode deixar de existir. Aquele que deseja voltar ao mercado de trabalho deve se reciclar, buscando uma colocação em outra área ou ramo de atividade; para isso, ele deve estar preparado. O governo, através dos Fundos de Amparo ao Trabalhador, tem oferecido recursos para treinamentos e reciclagens aos desempregados. Essa iniciativa ajuda, pois o trabalhador, sem essa reciclagem não vai conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, mas não resolve o problema. De modo que a questão do emprego é, hoje, a principal preocupação do movimento sindical, do Estado e, principalmente, da família, a que mais sofre com a falta de trabalho e queda da renda, agravando todos os problemas sociais. Sendo assim, a reforma sindical e trabalhista tem que
  • 11. ter como prioridade a procura de caminhos para impor aos governantes a execução de programas de desenvolvimento que resultem em geração de empregos. Porém, essa não é a única saída para abrir postos de trabalho no mercado. Haja visto o que se passa no setor automobilístico, por exemplo, onde investimentos maciços e duplicação da capacidade produtiva não resultaram em geração de novos empregos. Ao contrário, com os investimentos feitos as empresas puseram em prática um amplo programa de modernização e automação, cortando milhares de postos de trabalho. Para se ter uma idéia do estrago ocorrido neste setor, basta dizer que, na década de 80 do século passado, para uma capacidade de produção de um milhão e quinhentos mil veículos, as montadoras empregavam 140 mil empregados. Hoje, para uma capacidade de produção de três milhões de veículos, as montadoras empregam apenas 90 mil trabalhadores. Só este exemplo mostra que, além de investimentos e programas de crescimento econômico, são necessárias outras medidas para gerar mais empregos. Hoje temos linhas completas, sistemas produtivos completos, operados por robôs. Os processos tecnológicos empregados na atualidade e mais a presença crescente da mulher no mercado de trabalho exigem uma redução drástica da jornada de trabalho, para dar emprego às centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro que precisam trabalhar. Mas, a redução da jornada não pode ser um ato isolado e unilateral de um só país ou dois. É preciso estabelecer uma nova jornada de trabalho de caráter universal, algo como uma resolução da Organização das Nações Unidas para ser cumprida por todos os países e para ser fiscalizada a sua aplicação por um órgão tipo OIT, a Organização Internacional do Trabalho, para que não haja um desequilíbrio nos custos de produção e quebra da eqüidade competitiva entre os países no mercado mundial. E, também, para que não haja redução de salários.
  • 12. Aqui fica a sugestão para o governo brasileiro levar essa questão à Assembléia Geral da ONU, que se instala todos os anos no mês de setembro. Fonte:http://www.coladaweb.com/sociologia/fome..11-08-2011 Biblicamente vamos tentar entender um pouco sobre a pobreza: O texto que me chamou mais atenção foi o que está em Deuteronômio 15: 11 “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; pelo que eu te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra”. (Dt 15: 11). Deus nesse capítulo dá instruções a Moisés a respeito dos pobres. Deus incentiva a nação a ser generosa em dar e emprestar e também cumprir as leis estabelecidas em favor dos pobres. Moisés reconhece no v. 11 que, mesmo no cumprimento dessas leis sempre haveria pobres na terra. Outro texto que chama a atenção é a resposta de Jesus depois que uma mulher jogou em sua cabeça um precioso perfume, mas a mulher foi repreendida pelos discípulos por aquele perfume ser muito caro e, podia ser vendido e dado dinheiro aos pobres “Porquanto os pobres sempre os tendes convosco; a mim, porém, nem sempre me tendes. (Mt 26:11). Por que Jesus falou que sempre íamos ter os pobres conosco? Já pensou se só houvesse ricos na terra? Como não seria? A vida seria sem sentido algum. Outro texto que me chamou atenção é o que está em Provérbios: O Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal. (Pv 16:4) este texto fala que Deus fez tudo para o seu determinado fim, se tudo o que Deus fez tem um fim, com certeza ele permite a pobreza para um propósito. Mas, qual o propósito de haver pobres? A resposta é que havendo pobres Deus pode exercer a sua misericórdia e ensinar os seus filhos a fazer o mesmo. “NO que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício”. (Pv 19:17). A verdade é o egoísmo quem faz com que muitas pessoas vivam na miséria. Deus sempre alertou os homens a respeito da misericórdia, da bondade, do amor. Mas, o homem sempre procurou andar nos seu próprios caminhos e instituir as suas próprias leis. Se
  • 13. os seguissem as leis estabelecidas na bíblia, com certeza, a fome no mundo todo estaria erradicada. Mas, pela ganância dos mais ricos muitos vivem na pobreza. Eu não quero dizer que todos os ricos são assim, mas sabemos que a maioria são. Por isso, Jesus falou que é tão difícil entrar um rico no céu, não por ser rico, mas por amar com todas as forças à Mamon. Portanto, pelo cuidado que Deus exerce sobre todos os desamparados é que ele chamou um povo para ser seu filho primogênito e através deles mostrar a sua misericórdia a todos os povos. O filho primogênito nos tempos bíblicos tem uma importância grande, até mesmo no Egito, os primogênitos eram a esperança na perpetuidade dos reinos e de cada família. Mas, o título dado por Deus a Israel tinha outro propósito, vê-se que o termo primogênito não é aplicado no sentido de quem nasceu primeiro, sim um título de escolha. O SENHOR escolheu Israel para lhe servir. Os símbolos dessa escolha estão na páscoa, no sacrifício, na escolha dos levitas, no tabernáculo. Deus sempre procurou um relacionamento de Pai, mas Israel falhou em sua missão de filho.  PÁSCOA. A páscoa foi instituída como um memorial, comemorando a libertação de Israel da escravidão do Egito. Essa festa começava aos 14 dias do mês de abibe, o primeiro mês do calendário judaico e servia como memorial a posteridade dos filhos de Israel, pra que eles lembrassem o dia que em o SENHOR “passou por cima” (esse é o provável significado da palavra páscoa) livrando os primogênitos de Israel e matando os do Egito. (Ex 12: 1-13). O Novo Testamento associa a morte de Jesus como um cordeiro pascal, que foi entregue para nos libertar da escravidão do pecado “Alimpai-vos pois do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. (1 Co 5: 7).  O SACRIFÍCIO. O sacrifício foi instituído para o povo lembrar que Deus precisava ser adorado com santidade, por isso, no momento da
  • 14. apresentação do sacrifício envolvia rituais de purificação. (Lv 14: 10-21). Quando Deus instituiu o sacrifício ele queria mostrar que, existia uma maneira correta de se adorar. Os povos também sacrificavam, mas tinham apenas um rascunho do sacrifício aceito, pois sacrificavam a deuses estranhos. Só os escolhidos, puderam então, sacrificar ao SENHOR.  OS LEVITAS. Com o resgate dos primogênitos de Israel no Egito, Deus por certo tinha direitos sobre todo primogênito, mas em lugar dos primogênitos ele separou para si os levitas para servir de resgate dos primogênitos dos filhos de Israel. (Nm cap. 3). Na consagração dos levitas, Deus queria mostrar que o povo deveria ser separado e, essa separação estava representada pela família sacerdotal.  O TABERNÁCULO. O tabernáculo servia como símbolo da presença de Deus no meio do povo. Deus reivindicou Israel como primogênito e nunca iria abandoná-lo. (Êx 25-27). Deus sempre quis um relacionamento intimo com os homens. Através do tabernáculo se podia crer que o SENHOR estava realmente no meio do povo e, precisava de reverencia e adoração. 1. 2. O PAI DE DAVI (2 Sm 7: 1-17). “13. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. 14. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho: e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens”. (RC). Depois de várias decepções com Israel, o SENHOR chama Davi para fazer uma aliança perpétua, um reinado que duraria para sempre. Olhando para trás ele retoma as promessas feita a Abraão e sua descendência eleita e, olhando para frente ele está preparando a esperança messiânica e inspira a fé em Israel antes e depois do exílio babilônico. No Salmo 89: 26-27, Deus chama
  • 15. Davi de primogênito. Sabendo que Davi não foi o primeiro a ser criado e, sim, significava uma posição privilegiada de cabeça de uma casa. Deus usa com Davi aquilo que sempre fez: a escolha. No meio de tantos filhos de Jessé, Deus escolheu a Davi. Deus demonstrou nesse chamamento que ele escolhe a pessoa certa porque ele não olha a aparência (1 Sm 16: 7). Outra coisa que me chamou a atenção com Davi foi que o Espírito de Deus estava com ele constantemente e não como nos outros que só vinha esporadicamente. Deus amou a Davi de tal forma que mesmo com os seus terríveis pecados, ele conseguiu cumprir a missão para qual foi chamado. O segredo da sua obediência estava na sua fé. Ele amava a Deus fielmente em seu coração. (Sl 16: 2). Assim como Abraão, Davi foi fiel a Deus, mas a sua descendência não conseguiu ser. Isso porque eles perfiguravam aquele que viria para ser o filho perfeito. 1. 3. O PAI DE JESUS (Jo 17: 1). “JESUS falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;” (RC). Depois de tantos fracassos, aquilo que apontava como uma busca de um relacionamento de Pai e filho precisava de um cumprimento completo e, esse cumprimento foi em Jesus. Cristo usava o termo Pai para falar com Deus e, no Novo Testamento o termo Pai é usado pelos escritores mais de uma centena de vezes.
  • 16. Veja esta citação: João 17: 1-26 JESUS falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;2. Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.3. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.4. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.5. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.6. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste: eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.7. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;8. Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti; e creram que me enviaste.9. Eu rogo por eles: não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.10. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado.11. E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. 11. E eu já não estou mais no mundo. mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.12. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.13. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.14. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.15. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.16. Não são do mundo, como eu do mundo não sou.17. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade.18. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.19. E por eles me
  • 17. santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.20. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;21. Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.22. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.23. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.24. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste: porque tu me hás amado antes da criação do mundo. estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste: porque tu me hás amado antes da criação do mundo. 25. Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim. 26. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja. (RC) O relacionamento entre Jesus e o Pai, foi um relacionamento diferente de todos os outros por vários motivos: 1°. V. 2. Jesus recebeu autoridade sobre toda carne, ou seja, ele recebeu poder de julgar todas as nações. Além de receber autoridade sobre todo o universo criado. Nenhum outro servo de Deus do passado ou presente recebeu este poder e nunca haverá quem o receba. 2°. V. 3. Através de Jesus o homem pôde conhecer a Deus como ele é. Quem conhece o filho, conhece o Pai. 3°. V. 4. A obra que Jesus recebeu para fazer era muito mais importante do que todos os outros. Ninguém poderia consumar a obra que Jesus consumou. 4°. V. 5. O relacionamento entre Jesus e o Pai não começou depois que Jesus nasceu, na eternidade, antes que houvesse mundo Jesus já se relacionava com o Pai, pois, ele não é um ser criado e sim, eterno.
  • 18. 5°. V. 6-26. Jesus veio resgatar um povo para obedecer, trouxe de volta para aqueles que foram escolhidos, a união perfeita com o Pai. Essa união é demonstrada pela obediência de Jesus. O Novo testamento usa dois termos para tratar de Jesus como filho: unigênito e Primogênito. Deus precisava ter um filho que lhe obedecesse em tudo. Em Colossenses 1: 15. Paulo chama Jesus de primogênito de toda a criação. Ele quer mostrar que Jesus tem direito sobre toda a criação, não porque ele é filho mais velho e, sim porque ele obedeceu em tudo e recebeu esta honra do Pai. Todos os outros filhos do antigo testamento são chamados de primogênitos por causa da posição que Deus tinha conferido a cada um. Só que a posição que Deus conferiu a Jesus era autoridade sobre todo o universo. Jesus diferente dos filhos do Antigo Testamento foi o único que recebeu o titulo de unigênito (Jo 1: 14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.). Este título diz que Jesus é o único Filho da mesma essência do Pai. Jesus está unido com ele e, há um padrão de unidade que caracteriza o Pai e o Filho, eles são um. Temos que ter cuidado em não cair no erro dos testemunha de Jeová que dizem que Jesus é um ser que foi criado por Deus como os anjos e os homens. Jesus foi o primeiro filho que tinha união perfeita com o Pai. Ele sabia que era Filho de Deus. Essa é a diferença entre filhos e “filhos”. Muita gente se converte, mas, não tem certeza que Deus o aceitou e, vive uma vida de incertezas e não consegue aceitar o perdão de Deus. O melhor modelo de certeza que Jesus tinha de união com o Pai está no capítulo 17 de João aonde ele demonstra que está unido com o Pai e quer que os seus discípulos também estejam unidos com eles. “para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17: 21).
  • 19. Jesus cumpriu tudo aquilo que o Pai pediu a ele, por isso, ele foi glorificado e está a direita do Pai e, recebeu um nome que esta acima de todo nome. 1. 4. O PAI DO CRENTE. (Gl 4: 4-7) ”4. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,5. Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.6. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.7. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo”. (RC). O crente não tem o titulo de primogênito e, nem de unigênito e sim de filhos adotados. Jesus ao contrario, é herdeiro de tudo ele tem privilégios de dono. O crente não tem parte na herança em si, Jesus é que compartilha a sua herança com os seus irmãos porque é generoso. O crente só é filho por causa de Jesus, Sem ele, estávamos ainda fora da família de Deus. O critério para ser adotados como filhos não é se agregando em uma igreja. Se assim fosse estaríamos concordando com a igreja católica que ensina que se a pessoa for batizada mesmo quando criança ela passa a fazer parte da igreja de Cristo e, portanto, se torna um filho de Deus. Nós acreditamos que quando uma pessoa deposita sua fé em Jesus, se arrependendo dos seus pecados, naquele momento Deus o aceita como filho pela fé e, confirma enviando o Espírito Santo ao coração. Portanto, não há
  • 20. motivo para nos gloriarmos que até a fé que depositamos nele, vem dele mesmo. (Ef 2: 8-9). Outro aspecto que devemos também lembrar é que, por mais que sejamos filhos não estamos ainda no patamar espiritual de Jesus, ele está longe da corrupção. Vamos entender melhor o porquê desta meditação sobre a paternidade de Deus: Israel pecou por acreditar que por o SENHOR ter se revelado aos patriarcas, os outros povos não tinham como compartilhar da presença de Deus. Com isso, tinham uma religião baseada no exclusivismo. Em vez de eles amarem os gentios, chamados de pecadores, eles preferiram esconder a graça. Entendemos que os judeus por conhecerem a lei, se achavam um povo acima do bem e do mal. É a mesma coisa que acontece com os mulçumanos. Eles acreditam que eles são uma raça superior por terem recebido através de Maomé a revelação de Deus. Com isso, alguns dizem que os pecadores (os que não são da religião mulçumana), são inimigos de Deus e, para muitos radicais precisam ser mortos. Se nós prestarmos bem atenção é o que está acontecendo com alguns evangélicos hoje. Alguns se acham numa categoria mais elevada e, tratam os descrentes como inimigos. ”Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10. Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.” (1 Pe 2: 9-10). Versículos como estes tem sido interpretado como dando a certeza que somos diferentes, que pertencemos ao povo de Deus e por isso somos importantes, mas isso não dá o direito de sermos arrogantes em dizer que somos melhores que os não crentes. Sabemos quem somos, mas, isso é pela graça de Deus.
  • 21. Jesus mudou esse paradigma de que o maior é o maior. Pra Jesus o maior é o menor. A pessoa que é grande de verdade é aquele que demonstra a sua grandeza através de sua fraqueza “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (2Co 12:9). Eu sei que somos diferentes aos olhos de Deus, somos filhos e temos direitos, mas assim, como temos direitos aqui na terra, os nossos deveres estão acima dos nossos direitos. Foi isso que Jesus quis falar para Paulo no versículo acima. É como se dissesse: Paulo eu sei que tu tem direito de ser curado, mas, primeiro anuncia a minha graça. É o mesmo pensamento que está em Mateus 6: 33 “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” A Bíblia nos dá a certeza que somos filhos de Deus e, por sermos filhos a nossa responsabilidade aumenta, temos que ser exemplo para os incrédulos e ter eles como possíveis amigos e não como inimigos. “E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus: para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.21. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.22. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.23. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” (1 Co 9: 20-23). A bíblia fala em Efésios 6: 12 que a nossa luta não é contra a carne (seres humanos) e sim, contra poderes espirituais que atuam no mundo invisível, esses poderes são comandados pelo príncipe das trevas (diabo) no mundo espiritual. Esses inimigos atuam neste mundo para cegar o entendimento dos homens para que não vejam a glória do evangelho (2 Co 4: 4).
  • 22. 2. PROMESSA, HERANÇA, VIDA ABUNDANTE E FIDELIDADE 2.1. PROMESSA. (Gl 3: 29) “E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (RC). O termo promessa não aparece no AT, mas o conceito está presente. Deus promete ao homem e cumpre a sua palavra (Is 40: 8), Deus prometeu numerosa multidão, uma terra e a benção a Abraão. A Davi prometeu uma dinastia estável (2 Sm 7: 5-16), promessa atualizada pelas promessas messiânicas e escatológicas (Is 2: 2-5). As promessas, fruto da bondade e misericórdia de Deus, são garantidas por sua fidelidade. No NT o aspecto profético da palavra de Deus e a história do povo eleito são chamados de promessa, que teve sua realização em Cristo. A promessa realizada se torna o anuncio da boa nova (At 13: 32). A promessa caracteriza a gratuidade dos dons divinos em oposição as obras da lei (Rm 4: 13-21). Em Cristo as promessas divinas se tornaram um sim (2 Co 1: 20). Dicionário e estudos Bíblicos / organizador Claudemir Pedroso da Silva. São Paulo: PAE Editora, 2010. Os pregadores da “casta evangélica” reivindicam a sua parte na herança baseados na promessa que Deus fez a Abraão no capítulo 12 de Gênesis. Ali o SENHOR prometeu que ele seria uma benção e que todas as famílias da terra seriam abençoadas. Mas ninguém explica que embora essas promessas incluíssem bens materiais, ela apontava para um sentido maior (Gl 3: 8). Paulo fala que a promessa de ser abençoado caberia àqueles que depositariam a sua
  • 23. fé no evangelho anunciado a Abraão. Deus fez uma promessa de abençoar os gentios através da semente de Abraão que é Cristo (Gl 3: 16). Fica claro que a promessa feita a Abraão não é literalmente de bens materiais e sim, de salvação a todos os povos através da fé em Cristo. Portanto, nós estamos debaixo da promessa que Deus fez a Abraão. Através de nós todas as famílias da terra podem ser abençoadas, se nós cumprirmos o ide de Jesus (Mt 28: 18-20). Portanto, muitos ainda ficam esperando o cumprimento da promessa baseando-se em bens materiais, nisso a pessoa que acredita nesse tipo de pregação, diz que a promessa só vai se cumprir quando a pessoa prosperar financeiramente. Lembremos que estamos falando da promessa feita a Abraão e, não nas promessas feitas em toda a palavra de Deus. Sim, porque há diferença entre a promessa feita a Abraão e promessas teologicamente falando. Já mostramos biblicamente que a promessa feita a Abraão foi salvação de todos os povos e o selo do Espírito em todo aquele que crê e, as outras promessas como: paz, prosperidade, são estudos de fé fora da promessa feita a Abraão. Sim por que a bíblia ensina sobre todos os assuntos do nosso dia a dia, inclusive como prosperar, mas não podemos confundir e dizer que a promessa que Deus fez a Abraão foi somente de bens materiais. A promessa de Deus já se cumpriu. O que falta é abrirmos os nossos olhos para a grande responsabilidade que temos por estar dentro dessa promessa. Quando priorizarmos a salvação dos povos, Deus vai prosperar o seu povo e, usar essa prosperidade para a salvação dos perdidos. (Mt 13: 12) 2.2. HERANÇA.
  • 24. “Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa: mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão. 29. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (GL 3: 18 E 29). O que é herança? 1) Propriedades o bens recebidos de um antepassado após a sua morte (1 Rs 21: 3). 2) Figuradamente a terra de Canaã, dada por Deus ao seu povo (1 Rs 8: 36); o próprio Javé (Sl 16: 5); o Reino de Deus com todas as suas bênçãos presentes e futuras (Hb 9: 15). Kaschel, Werner. Dicionário da Bíblia de Almeida/ Werner Kaschel e Rudi Zimmer. – Barueri SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Os pregadores da “casta evangélica” dizem quer por a pessoa estar no estágio de filho de Deus, ele tem direito de reivindicar a sua parte na herança. Para isso, usam a analogia dos direitos de uma família comum aonde, o pai, possui alguns bens e, portanto o filho tem direito na herança do pai. Isso leva os adeptos desse ensinamento a exigir do Pai Celestial dispense a sua parte na herança. Essa herança seria muito alta, pois o Pai celestial é dono de todo o universo. Sendo essa herança logicamente para os filhos de Deus. O problema não é acreditar ou não nessa herança, mas sim, saber qual é a herança prometida. Eles acreditam que essa herança são os bens materiais que todos os filhos de Deus têm direito. O texto bíblico em (Gl 3: 14), e em (Ef 1: 13-14) falam claramente que a herança prometida é o Espírito Santo.
  • 25. Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebêssemos a promessa do Espírito. (Gl 3: 14). (RC) 13. Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. 14. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória. (Ef 1: 13-14). (RC). Não existe outro bem maior do que o selo do Espírito Santo é ele a garantia da herança que recebemos através de Cristo. Jesus mesmo diz em (Lc 24: 49) que o Espírito é a promessa do Pai. O Espírito Santo não é somente uma promessa cumprida por Deus, mas também uma garantia que Deus nos conduzirá à herança celestial que é nossa para sempre. Ele é o sinal da primeira prestação da redenção em sua plenitude, o Espírito é uma marca da garantia da benção por vir. Se a herança prometida a Abrão fosse somente bens materiais, não existiria ímpio rico, pois o ímpio biblicamente não é filho de Deus. Quando Deus expulsou o homem do jardim do Éden disse a ele: que do suor do seu rosto comeria o seu pão. Deus quis dizer que todos os descendentes de Adão mesmo com a maldição do pecado, teriam oportunidade de trabalhar e prosperar. Jesus fala em (Mateus 5: 45) que Deus faz nascer o sol para os justos e para os injustos. Portanto não posso dizer que a herança prometida a Abraão seria bens materiais, se assim fosse os ímpios não teriam direito de prosperar, pois não são filhos de Deus. Por que os ímpios prosperam? No Salmo 73 o salmista passou por um dilema: A prosperidade dos ímpios. Ele diz no V. 2 que quase largou de confiar em Deus, pois ele não conseguia compreender por que os ímpios prosperavam. No V. 3. Ele diz que invejava a prosperidade dos ímpios. A inveja é o carro chefe da prosperidade dos ímpios, e o salmista estava preste a cometer o mesmo erro. A inveja faz com a pessoa deseje algo que o próximo adquiriu. Tem pessoas que não conseguem ver a prosperidade de
  • 26. ninguém e, por força quer também o mesmo. A inveja leva a pessoa a matar, roubar, furtar, sonegar e se endividar para adquirir um bem material. O salmista só tinha essa dúvida porque ainda não tinha buscado a presença de Deus V. 22 “eu estava embrutecido, e nada sabia; era como animal diante de ti”. A pessoa só vai compreender sobre a prosperidade dos ímpios quando fizer como o salmista “Até que entrei no santuário de Deus...” (Sl 73: 17a). Ele buscou a presença de Deus e descobriu que por mais que os ímpios prosperem, eles não buscam a Deus e por isso, serão destruídos V. 18. Quando buscamos a presença de Deus, conseguimos enxergar que o reino de Deus não é baseado em riquezas “porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. (Rm 14:17). Mas, hoje já foi revelado que o nosso inimigo não são os homens e sim, satanás. O privilegio que temos de sermos chamados filhos de Deus não nos dá o direito de fazer acepção de pessoas e nem amaldiçoar uma pessoa dizendo ser nosso inimigo. Jesus ensinou que devemos amar os inimigos (Mt 5: 44). Esses pregadores dizem que os filhos de Deus têm direito de reivindicar a sua herança baseados na seguinte explicação: se os filhos de uma família natural têm direitos na herança do pai, imagine os filhos de Deus, teriam muito mais direitos, pois, são filhos do dono de todas as coisas. Sabemos que a herança de uma família comum só é dispensada pro filho quando o pai morre. Como então os filhos de Deus vão requerer a herança se o Pai celestial não morreu? Quem morreu foi o filho, mas ressuscitou para ter o direito principal na herança. Jesus contou uma parábola em (Mt 21: 33-46), explicando que os trabalhadores da vinha (Israel) mataram o filho do dono da vinha (Jesus) para se apoderar de sua herança. Outra história trágica aconteceu com o filho pródigo, ele requereu a sua parte na herança antes do tempo e, vimos no que deu.
  • 27. A ansiedade não deve dominar a nossa vida. Com a demora da volta de Cristo as pessoas não estão conseguindo esperar Jesus dizer: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; (Mt 25:34). E aí buscam de todas as formas apressar (sabendo que nuca vão conseguir) o que vamos receber só quando na volta de Jesus. O argumento de que a pessoa já pode receber a sua herança neste mundo é pobre e só os incautos caem nesse ensino. Jesus nos deu uma garantia (O penhor do Espírito Santo) de que vamos receber uma herança incorruptível, e não tem nada a ver com bens materiais. 2. 3. VIDA ABUNDANTE “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10 ) Para compreender como alcançar a vida abundante prometida por Cristo e no que esta consiste faz-se necessário reler alguns versos bíblicos, como este de Deuteronômio: “... de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem” ( Dt 8:3 ); “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” ( Jo 6:47 ). O profeta Moisés deixa claro que é a palavra de Deus que concede vida ao homem. A vida não é proveniente do alimento diário, pois do alimento diário está escrito que o homem comerá do suor do seu rosto e, por fim voltará ao pó da terra “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” ( Gn 3:19). O alimento diário não livra o homem do seu destino: és pó e em pó te tornarás, mas na palavra de Deus tem-se a promessa de vida. Se a palavra de Deus é o que concede vida, segue-se que o homem alienado da palavra
  • 28. encontra-se morto diante de Deus, como atesta o apóstolo Paulo: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas ...” ( Ef 2:5 ). O povo de Israel se fixava em questões circunstanciais e materiais pertinentes à sobrevivência física no deserto, porém, Moisés emitiu um alerta ao povo de que foram contristados no deserto para que entendessem que o que sai da boca de Deus concede vida aos que jazem alienados d'Ele (Dt 8:3 ). O povo de Israel devia buscar a palavra de Deus para suprir-lhe a deficiência espiritual, porém, buscava a Deus somente em virtude das necessidades diárias, tais como a água no deserto, carne, maná, roupa, etc., o que não produz vida “Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram” ( Jo 6:49 ). O profeta Habacuque vaticinou que '… o justo viverá da fé' ( Hc 2:4 ), apontando a mesma verdade abordada por Moisés, ou seja, o homem que vive através da palavra de Deus é declarado justo diante d'Ele. Quando mesclamos a citação de Habacuque com a de Deuteronômio, temos a seguinte leitura 'O homem justo viverá de toda a palavra que sai da boca de Deus (fé)', pois a 'fé' que o profeta Habacuque apresenta é Cristo, a fé que havia de se manifestar, a 'palavra da boca de Deus' “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar” ( Gl 3:23 ; Jo 1:1 e 14 ). Jesus mesmo disse que as suas palavras são espírito e vida: “... as palavras que eu vos disse são espírito e vida” ( Jo 6:63 ) e, o evangelho é o poder de Deus que vivifica o homem “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica” ( 2Co 3:6 ). O espírito que vivifica refere-se a palavra de Deus, a fé que havia de se manifestar: Cristo! Cristo, o Verbo encarnado, é a 'fé' que justifica o homem, pois é Ele quem vivifica a quem quer “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer” ( Jo 5:21 ); “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste” ( Jo 17:8 ).
  • 29. O espírito que vivifica é a fé que se manifestou trazendo salvação aos homens. Enquanto Adão foi criado alma vivente, Cristo foi feito espírito vivificante ( 1Co 15:22 e 45 ). A vida concedida aos que crêem possui conexão intima com a ressurreição de Cristo dentre os mortos "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" ( 1Pe 1:3 ). Desta forma podemos compreender a seguinte exposição paulina: “E qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus” ( Ef 1;19 -20). A grandeza do poder sobre os cristãos se dá segundo a operação do seu poder, ou seja, do evangelho, que é poder de Deus ( Rm 1:17 ), o mesmo poder que foi manifesto em Cristo ressuscitando-o dentre os mortos. A proposta central do evangelho de Cristo centra-se na ressurreição do Messias dentre os mortos e, como Jesus ressurgiu, a fé é firme, pois o poder que n'Ele operou, agora opera nos que crêem. O salmista também faz referência à palavra de Deus como ente vivificador por diversas vezes: “A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra” ( Sl 119:25 e vv. 37, 40, 88, 107, 154, 156,159), comprovando que o testemunho dos profetas é segundo o Espírito de Cristo “Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir” ( 1Pe 1:11 ); “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho” ( 1Jo 5:11 ). Para se alcançar a vida abundante que Cristo prometeu basta crer, apoiar- se, descansar, confiar na fé revelada. O apóstolo João enfatizou: “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” ( 1Jo 2:25 ). Todos quantos descansam nesta esperança proposta alcançaram a vida eterna “Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” ( Jo 3:15 ); “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” ( Jo 6:47 ); “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós?
  • 30. Tu tens as palavras da vida eterna” ( Jo 6:68 ); “Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna” ( Tt 3:7 ); “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu...” ( Hb 6:18 -19). Basta ao homem dar ouvido à palavra de Cristo que passará da morte para a vida “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê n'Aquele que Me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” ( Jo 5:24 ). A morte que Cristo faz referência diz da condição do homem alienado da vida que há em Deus em decorrência da desobediência de Adão. Tal morte não faz referência à morte física, antes diz da condição do homem na condição de trevas enquanto Deus é luz “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” ( 1Co 15:21 -22). A vida com Cristo diz da nova condição do homem unido ao Criador. Por ter sido gerado de novo, da semente incorruptível, que é a palavra de Deus, o homem passa a compartilhar da glória de Deus. Qualquer que crê em Cristo passou da morte para a vida, ou seja, vive pelo Espírito, vive pela fé “Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito” (Gl 5: 25 ); “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” ( Jo 3:8 ; Hc 2:4 ). Vida dentre os mortos! É isto que Cristo promete e, é por isso que o cristão deve regozijar-se, visto que o seu nome está escrito no livro da vida “... alegrai- vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” ( Lc 10:20 ). Essa é a esperança proposta, a vida eterna, portanto, o cristão deve se alegrar nela (Rm 12: 12 ). Cristo nos ofereceu a vida no sentido de o homem compartilhar da natureza divina, estar unido à glória de Deus “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” ( Jo 17:22 ).
  • 31. Porém, muitos cristãos são atraídos pelo adjetivo pertinente a vida concedida por Cristo (Jo 10: 10). Por vida em abundância interpretam 'qualidade de vida' econômica e social, e se esquecem que o reino de Deus não é comida nem bebida “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” ( Rm 14:17 ). Há também aqueles que apregoam que a vida 'abundante' ofertada por Cristo tem em vista o alívio dos sofrimentos causados pela pobreza, enfermidades, condições opressoras de trabalho, injustiças sociais, abusos dos direitos civis, etc., e que a vida prometida por Cristo tem em vista uma melhoria das questões de ordem moral. Chegam ao ponto de afirmar que a vida é para a eternidade e a vida em abundância é promessa para o presente momento, contrariando o que Cristo falou: no mundo tereis aflições ( Jo 16:33 ). Em que consiste a abundância? Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” ( Jo 10:10 ), essa promessa que Ele fez é a de vida eterna, e a vida eterna é abundante. Por certo, não se refere às condições existenciais do homem, pois todos têm uma expectativa de viver até os setenta anos, sendo que o que disso passar é canseira e enfado. Além disto, o homem comerá do suor do seu rosto, o que implica em enfado e cansaço "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" ( Sl 90:10 ). Ora, os que crêem serão fartos de justiça, visto que é isto que Jesus oferece “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” ( Mt 5:6 ). Como a salvação proporcionada redunda em louvor a graça de Deus, certo é que os cristãos são fartos de alegria “E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” ( Is 12:3 ). Na vida com Cristo há fartura de alegria, justiça, consolo, paz, etc. A vida abundante refere-se ao que o reino de Deus proporciona: justiça, paz e alegria no Espírito Santo “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” ( Rm 14:17 ), pois em tudo os cristãos foram enriquecidos: “... em toda a palavra e em todo o conhecimento”
  • 32. ( 1Co 1:5 ); “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo” ( Cl 2:2 ). O apóstolo Paulo enfatiza que os cristãos são abençoados com todas as bênçãos espirituais “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” ( Ef 1:3 ), e o salmista diz que nada tem falta os que O temem "Temei ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem" ( Sl 34:9 ). Se a vida abundante refere-se às questões de ordem econômica e social, jamais Cristo alertaria para que os seus ouvintes não se inquietassem pelo dia de amanha "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?" ( Mt 6:31 ), pois os bens que um homem possui não consiste em riquezas "E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" ( Lc 12:15 ). Porque Jesus prometeria riquezas pertinentes a este mundo, se os cuidados deste mundo tornam infrutíferos os homens, o que poderá levá-los a serem cortado da Oliveira? "Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera" (Mc 4:19 ). É por causa destes pseudo evangelhos que hoje muitos apregoam e seguem, que Jesus fez a pergunta: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" ( Lc 18:8 ). Em nossos dias vê-se um crescimento vertiginoso de templos e de seguidores de crenças e crendices, o que sugere uma resposta positiva. Porém, após entender que a fé que Jesus faz referencia não tem relação com as crenças que os homens depositam em lideres religiosos, ídolos, promessas vazias, auto-ajuda, etc., antes diz da fé que foi manifesta trazendo salvação a humanidade que jazia em trevas, a pergunta de Jesus acerca da fé na terra quando da sua volta permanece sem uma resposta objetiva “Mas, antes que a
  • 33. fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar” (Gl 3:23 ; Jo 1:1 e 14 ). 2. 3. FIDELIDADE (Gn 12: 1-3) “1. ORA, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção.3. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Esse segmento evangélico fala que Deus fez a promessa de uma herança. Mas para receber essa herança é preciso ser fiel. Até ai tudo bem, sabemos que o crente tem que ser fiel, mas a fidelidade pregada por esse grupo é baseada no dízimo e nas ofertas. Baseiam a fidelidade do crente no dízimo. Biblicamente existem várias áreas da vida do crente em que ele precisa ser fiel e não só no dízimo. Por exemplo, se um membro da minha igreja tiver sonegando imposto, mas é dizimista, eu não posso dizer que ele seja totalmente fiel. Eu acredito que o dízimo seja um dos princípios de fidelidade e não o único. Abraão foi ricamente abençoado por que era fiel e tinha fé, mas a herança prometida a sua descendência não é baseado em coisas terrenas e sim nas celestiais. (Hb 11: 10). Quando eu entendo que Deus tem outras maneiras de se relacionar conosco passo a ver que existem outras áreas da vida em que devemos ser fiel e, não só nos dízimos e ofertas.
  • 34. MARIDO E MULHER (Is 54: 5). 5. Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor: ele será chamado o Deus de toda a terra. (RC). Deus se proclama esposo, logo, o seu povo deve ser fiel como esposa. A principal aliança feita em um casamento é a fidelidade conjugal, Deus quer que sejamos fieis ele e não procurar outros deuses. Abraão entendeu isso e não se contaminou com outros deuses, isto é fidelidade no relacionamento. Deus quer que sua esposa firme o seu compromisso que fez no dia do casamento. Se há um relacionamento de casamento, logicamente pode haver adultério. O que Deus mais abomina é quando alguém comete adultério contra ele “Furtareis vós, e matareis, e come-tereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes, (Jr 7:9). Quando num relacionamento de casamento entre um homem e uma mulher o adultério consiste em relação sexual com outra pessoa, no relacionamento de casamento entre Deus e o homem consiste em se relacionar com outros deuses. A diferença está em que no casamento entre um homem e uma mulher, qualquer um dos cônjuges tem possibilidade de cometer adultério, mas no relacionamento entre Deus e o homem só há possibilidades da parte do homem, pois o Senhor é totalmente fiel “Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é que é Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a misericórdia, até mil gerações, aos que o amam e guardam os seus mandamentos; (Dt 7:9). NOIVA E NOIVO
  • 35. “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,” (Ap 19: 7). O maior voto da noiva para com o noivo é a do compromisso de esperar o noivo com paciência e pureza. Jesus vai voltar para o casamento e, espera encontrar a sua noiva fiel e pura. Esta é a fidelidade na santidade. A igreja é chamada de noiva na bíblia, e por ser noiva deve honrar com o seu compromisso. “Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. (Ef 5:27). São duas coisas que fazem a noiva se guardar: O amor e a paciência. Uma espera para o casamento (chamado de noivado) pode demorar e, por isso o amor e a paciência é muito importante nessa espera. Hoje as profecias a respeito do esfriamento do amor tem se cumprido e, com isso muitos deixam de exercitar a sua paciência e tem se despreocupado na espera do noivo “1. ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. 3. As loucas, tomando 4. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. 4. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. (Mt 25: 1-3). A fidelidade da noiva depende do amor que ela sente pelo noivo e a paciência exercida na espera do noivo. CABEÇA E CORPO “E ele é a cabeça do corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” (Cl 1: 18).
  • 36. O corpo depende da cabeça para sobreviver. O corpo não pode de maneira nenhuma se rebelar contra a cabeça e nem contra os seus próprios membros, o corpo tem que se manter fiel disciplinado. Esta é a fidelidade da dependência. O que nós vemos hoje é uma avalanche de rebeldia. Os profetas querem se tornar maior do que o mestre e as ovelhas não são obedientes ao seu pastor. Hoje em dia qualquer desentendimento que acontece em uma igreja é motivo para um grupo eleger um líder e formar outra igreja, esquecendo eles que dentro daquela que acabaram de formar pode acontecer de novo a mesma coisa. Eu não sou doutor em nenhum assunto, mas creio que também tenho o Espírito Santo. Portanto eu não posso acreditar que Jesus esteja satisfeito com a conduta de alguns profetas de dele. Muitos de nós líderes temos esquecido que seremos julgados com maior rigor, por isso estamos despreocupados. O corpo tem estar ligado a cabeça. Muitas vezes a igreja toma decisões sem consultar o Senhor e por isso comete graves erros. Vamos depender somente de Deus, vamos mostrar que somos diferentes. Acorda igreja! “Desde o ventre materno dependo de ti; tu me sustentaste desde as entranhas de minha mãe. Eu sempre te louvarei!” (Sl 71:6). NVI A VIDEIRA E OS RAMOS “Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15: 5). (RC).
  • 37. A comparação que Jesus faz sobre videira e os ramos, é que os ramos (crente), possam dar frutos é preciso permanecer fiel com a videira (Jesus). A ligação dos ramos com a videira é que vai apontar a quantidade de frutos que ele vai dar. Esta é a fidelidade da firmeza. Muitos crentes têm uma vida de derrota porque vive brincando com Deus, um dia na igreja e cinco no mundo. Tem pessoas que estão a muitos anos no evangelho e nunca ganharam ninguém para Cristo e o pior de tudo que em vez ganhar, afasta cada vez mais o incrédulo de Deus, pelo seu mau testemunho. Jesus repreendeu os escribas e fariseus por fazer com que através dos seu testemunhos fechavam o reino de Deus para outras pessoas “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós”. (Mt 23:15). “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. (Mt 23:13). Quantos frutos a pessoa perde por não buscar uma intimidade com Deus? É preciso entendermos que é melhor obedecer do que sacrificar. SENHOR E SERVO “Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” (Rm 6: 22). (RC) Quem reconhece o perdão de Deus e a libertação do pecado, sente-se escravo de Cristo. Ser escravo de Cristo é ter liberdade para servir. Esta fidelidade é o da obediência.
  • 38. Tudo o Senhor confiou em nossas mãos. Na vida cotidiana o servo não tem direitos na família do seu senhor, mas com Jesus é diferente, mesmo sabendo que somos servos, ele não nos trata com indiferença. É preciso saber que o servo em tudo deve obediência ao seu senhor e somos recompensados pelo nosso trabalho, Deus não força ninguém a trabalhar pra ele, mas o servo obediente sabe qual é o seu trabalho. O DIZIMO “Ml 3: 10. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança”. (RC). Também é uma forma de demonstrarmos a Deus a nossa fidelidade, mas não é a única forma. Muitos pregadores falam que a pessoa não prospera porque não é fiel (se referindo ao dizimo). Ser fiel no dízimo é um sinal de progresso material e não espiritual. Sabemos que se pessoa for dizimista ela tem possibilidade de prosperar materialmente, sem, contudo, ser feliz. A felicidade não depende exclusivamente da prosperidade. No Brasil muita gente está fora do privilégio social: saúde, escola, casa, água, comida etc. muita gente vive procurando uma vida melhor. Quem não gostaria de viver uma vida de bênçãos materiais? Diante dos problemas sociais quem não gostaria de pertencer a uma classe mais elevada: “os filhos de Deus”? a) DEUS E OS BENS MATERIAIS. (Sl 24: 1). Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.
  • 39. Deus é criador de todas as coisas. Logo, somente ele tem direito absoluto sobre qualquer coisa. A relação do homem com as coisas criadas é apenas de mordomia, ou seja, de administração. Tudo pertence a Deus. Ele é maior do que todos os deuses e seus atos são poderosos. Tudo é possível para Deus. Em suas mãos estão todo o domínio e que conhece o fim desde o princípio e os meios que usará para alcançar esse fim. Tudo está sobre o seu controle (Sl 135: 6). Toda a riqueza que existe no mundo pertence ao senhor. Ele é dono de tudo. Tudo que temos deve estar à disposição dele. Os levitas, no Antigo Testamento, não receberam herança da terra da promissão (Nm 18: 23-24), pois Deus precisava deles como propriedade exclusiva pra os serviços sagrados, guardas do tabernáculo e mestres da lei; viviam da generosidade do povo (Dt 12: 19) e das ofertas a Deus (Nm 18: 8- 20). A carne dos sacrifícios, antes comida pelos sacerdotes e levitas agora é comida simbolicamente na participação do corpo de Cristo. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6: 56). Os apóstolos, no Novo Testamento, à semelhança dos levitas, foram tirados das suas profissões e posses para o serviço sagrado. Também todo e qualquer regenerado é um escravo privilegiado de Deus, pois fica com 90% de sua renda, enquanto o seu Senhor, dono de sua vida, de seu trabalho e de todos os seus meios de produção, cabe apenas 10%. Dízimo não é desprendimento e nem generosidade, é obrigação, dever e honestidade. Generoso é Deus para com os seus escravos, dando-lhes 90%. O incrédulo mesmo dizendo-se “evangélico” não entende e não aceita o dízimo, mas gasta com os prazeres da carne, com o mundo e com o maligno muito mais do que o dízimo, gastando o seu dinheiro naquilo que não é pão (Is 55: 2). Existem pessoas que dão duro na compra de um bem que às vezes não tem necessidade e acha um absurdo entregar a pequenina parcela de 10% do seu salário. Na contribuição financeira demonstramos que somos pessoas maduras espiritualmente. Não é a igreja que precisa de dinheiro, nós é que precisamos trazer dinheiro à igreja. Nossa contribuição vai aumentando conforme nossa
  • 40. vida espiritual cresce. Quem semeia pouco, pouco também ceifará. Ceifará dinheiro? Não! Ceifará frutos de justiça (2 Co 9: 10). Subornaremos Deus com dinheiro? Ou com dinheiro compraremos a eternidade? Tolice. Deus ama ao que dá com alegria. Veja só, Deus ama ao que dá e, não a quantia que foi dada. DÍZIMO É ATO DE FÉ. (Ml 3: 10). Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. (RC). A um povo empobrecido, cuja riqueza estava mal dividida, havendo alguns ricos e a maioria na miséria, Deus manda que pra começar, tragam o dízimo. Primeiro mantimento na casa do Senhor. Ou crêem na palavra divina e trazem o dízimo, ou não crêem. Matéria de fé em Deus pura e simples. Entregar o dízimo é reconhecer o Senhorio de Cristo sobre tudo o que existe e sobre tudo sobre os bens que ele nos entrega para administrar. Sem dúvida, dar nem sempre é um ato do bolso. Não dar jamais será resultado da pobreza não material e sim, espiritual. Quando o coração é rico a dádiva sai. O AMOR. (1 Cr 29: 3). “3. Além disso, pelo amor ao templo do meu Deus, agora entrego, das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus, além de tudo o que já tenho dado para este santo templo.” (NVI).
  • 41. Para servir ao senhor com os dízimos e ofertas, é preciso amar a sua obra. O amor é o grande motivo do serviço e da vida crente. Davi amava a casa de Deus e, por isso, deu o depósito que possuía. Ele deu o melhor que possuía. Esta grande obra exige amor. O amor é sacrifício, é sofrimento, é renuncia, é entrega. Deixamos pra falar de amor no final de propósito, pois devemos meditar um pouco no que é o amor e perguntar: será que o que motiva a entrega dos dízimos hoje em dia é realmente o amor à obra de Deus? A melhor definição de amor dentro daquilo que estamos falando está em 1 Coríntios 13. 1 Coríntios 13-1:11 1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.2. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.3. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.4. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,5. não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;6. não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;7. tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.8. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;9. porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;10. mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.11. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 12. Porque agora
  • 42. vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. 13. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. (Revisada). O amor é a chave para tudo aquilo que a pessoa intenta fazer para Deus. Paulo estava falando que a igreja de Corinto oferecia os seus dons sem saber porque ofereciam, este texto nos ensina que tudo aquilo que oferecemos a Deus deve ser motivado pelo amor, inclusive os dízimos. O conhecimento bíblico e qualquer ciência humana se não for motivada pelo amor leva o homem a nada (V.2). Muitos hoje se gloriam por conhecimentos e, às vezes chegam até a debater e argumentar fortemente num assunto e batem na mesa dizendo que tem muita fé, mas falta amor. A Contribuição financeira tem que ser motivada pelo amor (V. 3). Ás vezes a pessoa faz várias campanhas de contribuição, seja ela na igreja ou com esmola motivada por interesses próprios, quando isso acontece aquilo que foi contribuído se torna em inutilidade. “... o amor não é invejoso; o amor não se vangloria não se ensoberbece,” (V. 4). A “Casta Evangélica” quer Criar uma raça superior aonde os “filhos de Deus” vão mostrar a qualquer custo que são privilegiados. Veja aqui um trecho de uma musica que retrata isso: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender...” (Damares).
  • 43. CONCLUSÃO Chego ao final deste trabalho. Confesso que muitas vezes pensei em desistir, pois tomou um tempo exaustivo. Creio que por eu não ser um acadêmico tive mais dificuldades. Mas, com muita alegria sei que Deus me ajudou. Espero que este trabalho possa ajudar muita gente a defender as Escrituras de alguns espertinhos que surgem no nosso meio. Quero também reconhecer que as pessoas que vivem enganadas, têm mais coragem de defender aquilo que pensam. Deus não quer que aqueles que defendem a verdade sejam covardes. Muitas vezes nós falamos a verdade, mas não queremos pregá-la. O que adianta eu achar que falo a verdade e não lutar por ela. Sou filho de Deus, mas tenho que saber que o filho de uma casa tem mais responsabilidade dos que não são. Que possamos meditar na importância do nosso chamado, edificando a nossa consciência no temor do Senhor. Todos nós estamos edificando sobre o fundamento dos apóstolos, portanto, devemos saber como estamos edificando. Muitos de nós obreiros temos
  • 44. esquecidos que receberemos maior rigor quando formos julgados. Temos vivido despreocupados sem ao menos lembrar que Deus nos confiou pessoas para cuidar e, vamos dar conta dessas pessoas e daquilo que ensinamos a elas. Muitos tem o titulo de pastor, mas, não sabem o que significa ser um. Deus jamais vai aprovar pastores formados em laboratório, ele quer o vocacionado entenda o seu chamado e não exiba o seu canudo como prova disso. Em Lucas 12: 45-48 o Senhor conta uma parábola muito interessante: o servo de Deus tem que saber o que foi confiado a ele e, passar para os outros a importância da obediência. Mas, muitos por causa da demora do Senhor tem se despreocupado não sabendo que o seu Senhor é severo em requerer mesmo do ignorante, a obediência. É chegada a última hora eis que o nosso Senhor vem sobre as nuvens com poder e glória para julgar os vivos e os mortos (e isso não é conto de fadas), é pra aqueles que vivem pela fé. Deixemos tudo àquilo que nos embaraça e prossigamos para o alvo nos está proposto. Não consigo entender que pessoas tão má intencionadas possam ter vez nosso meio. Mas, o que me conforta é saber que a igreja não pode ser derrotada por nenhum poder do maligno. Se Abraão estivesse na terra no dia de hoje com certeza ia repreender muitos que tem usado a sua fé para interpretar o mal interesse financeiro. Abraão jamais priorizava as riquezas, Deus o abençoava por ele ser fiel em tudo e não somente nos dízimos e ofertas. Isso ele mostrou quando houve uma dissensão entre os seu pastores e os de Ló, Abraão não escolheu a campina do Jordão que era fértil e, ia fazer os seu rebanhos engordarem. Ele deu prioridade para que Ló escolhesse pra onde queria ir. Ló escolheu a terra fértil Abraão escolheu a promessa. Deus honrou Abraão e Ló teve um fim trágico. Deus sempre quer abençoar o seus servos, vamos priorizar o Reino de Deus!
  • 45. Que Deus tenha misericórdia de nós!
  • 46. BIBLIOGAFIA Silva, Claudemir Pedroso. Dicionário e estudos Bíblicos / organizador Claudemir Pedroso da Silva. São Paulo: PAE Editora, 2010. http://www.coladaweb.com/sociologia/fome. 11-08-2011 Kaschel, Werner. Dicionário da Bíblia de Almeida/ Werner Kaschel e Rudi Zimmer. – Barueri SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. BÍBLIAS USADAS Nova Versão Internacional (NVI) Revista e Corrigida (RC) Revisada