O documento discute a implementação do pagamento por performance no sistema de saúde. Apresenta os modelos de remuneração existentes e argumenta que o modelo de financiamento atual tende a distorcer os cuidados de saúde. Também descreve a metodologia GPS.2iM para medir a qualidade e o valor dos prestadores, usando múltiplos indicadores, e propõe que parte da remuneração seja baseada nesses resultados para melhorar os incentivos. Por fim, reconhece os desafios culturais, de gestão e estruturais para essa
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
02- Implantando a Metodologia do Pagamento por Performance - 8º Meeting do Conessp
1. COPYRIGHT 2019 Dr. César Abicalaffe
Por. Dr. César Abicalaffe
20 de Maio de 2019
Implantando a
Metodologia do
Pagamento por
Performance
2. COPYRIGHT 2019 Dr. César Abicalaffe
O modelo de
financiamento
distorce e
tendenciona o
modelo assistencial.
3. COPYRIGHT 2019 Dr. César Abicalaffe
“Mesmo entre os profissionais de
saúde motivados a prover a melhor
atenção à saúde possível, a estrutura
de remuneração pode não facilitar as
ações necessárias para melhorar a
qualidade da atenção à saúde e pode,
da mesma forma, frustrar ações deste
tipo”
INSTITUTE OF MEDICINE – “Crossing the Quality Chasm”- 2001
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Salário
PROSPECTIVO
RETROSPECTIVO
Capitação
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Service
“Todo e qualquer movimento para remuneração prospectiva
aumenta os incentivos para subtratamento e seleção de
risco. Todo movimento compensatório para remuneração
retrospectiva, revive o tradicional incentivo por estilos de
práticas inconsequentes de custos” (ROBINSON, 1993)
5. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
Modelos de
Remuneração Baseados
em Valor
Um caminho para sustentabilidade dos sistemas de
saúde
6. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019
O que É
Um facilitador para buscar sustentabilidade
clínica (reduzir variação) e financeira de um
sistema de saúde pois transfere o risco de
performance para o prestador
Catalizador de mudanças para a entrega
de VALOR.
Possibilita repensar a lógica da
remuneração, pois paga por resultado ao
invés de volume e complexidade
O que NÃO É
Uma panaceia…
Muito difícil mudar o paradigma de modelo
direcionado ao fornecimento do serviço para um
modelo centrado no paciente
Uma tentativa de fazer os prestadores
fazerem mais por menos. O foco é no
desperdício e reinvestir as economias
Um modelo que serve para tudo.
No mesmo sistema coexistirão diferentes
modelos de PBV
Pagamentos Baseados em Valor
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FONTE: Modificado de Better Care. Smarter Spending. Healthier
People: Paying Providers forValue, NotVolume , 2015NíveldeRiscoFinanceiro
Nível de Responsabilização e Integração do Prestador
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FONTE: Modificado pelo apreentador a partir de BetterCare. Smarter
Spending. Healthier People: Paying Providers forValue, NotVolume , 2015
NíveldeRiscoFinanceiro
Nível de Responsabilização e Integração do Prestador
Modelos de Pagamento
PROSPECTIVOS Baseado em
Populações.Os prestadores devem
se responsabilizar pelo desempenho,
custos e qualidades entregues
Modelos alternativos de
pagamentos mas ainda
construídos sob a base FFS. Se
estabelece metas de CUSTO.
Estimula os prestadores a serem
mais eficientes e efetivos com
métricas de cuidados adequados
Lógica FFS. Mas pelo menos uma
parte do pagamento é associado a
métricas de qualidade.
Pode ser usado para facilitar a
transição para as Categorias III e IV
FFS
tradicional.
Nada
relacionado à
qualidade.
CATEGORIA I CATEGORIA II CATEGORIA III CATEGORIA IV
FFS
P4R
P4P
Bundle
Global
Budget
Capita-
tion
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Pagamento por
Performance
Performance based Payment
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Conceito e
Modelo de
Pagamento
• Pode ser considerado um modelo de PBV
desde que se associe métricas de Valor
aos modelos tradicionais de remuneração
por Salário ou FFS
• Modelo de Remuneração
• FFS ou Salário MAIS incentivos pela
qualidade
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Aplicação
• Pode ser para os médicos da rede,
ambulatórios e hospitais, assim como
para demais prestadores da rede
(hospitais, SADTs, empresas de HC,
dentre outros prestadores)
• No Brasil já existem várias operadoras
pagando sua rede desta forma
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Pontos
Positivos
• Facilidade de implantação, pois não se
muda o status quo atual (mantem-se as
tabelas negociadas, sistemas de
informação,
• Mais aderência dos prestadores (mínimo
risco compartilhado com maior
responsabilização sobre o cuidado)
• Pode ser incrementado a medida que
melhora os inputs de dados de desfecho
clínico e modelos de DRG
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Desafios
• Criar um modelo centrado no paciente que
impacte na qualidade
• Risco de vincular o honorário tabelado à
performance: conflito ético
• É fundamental ter um processo meticuloso de
definições, regras de implementação e métricas
para aferição dos resultados, com recompensas
proporcionais aos resultados obtidos
• No caso de pagamentos da rede, existem
poucos dados assistenciais (boa parte são dados
de faturamento) e, portanto, os indicadores de
desempenho são mais limitados
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Definir que será dado x%
como variável a
remuneração tradicional é
simples, o problema é O
QUE e COMO medir a
Performance ou Valor
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INDICADOR A
PROMs
INDICADOR B
INDICADOR C
INDICADOR D
CUSTOINDICADOR F
ESTRUTURA
EFICIÊNCIA
EFETIVIDADE
EXPERIÊNCIA
DO PACIENTE
QUALIDADE
CUSTO
Gasto total na
especialidade /
numero de
beneficiários
Calculando o VALOR
19. COPYRIGHT 2019 – Dr. César Abicalaffe
INDICADOR A
PROMs
INDICADOR B
INDICADOR C
INDICADOR D
CUSTOINDICADOR F
ESTRUTURA
EFICIÊNCIA
EFETIVIDADE
EXPERIÊNCIA
DO PACIENTE
QUALIDADE
CUSTO
Gasto total na
especialidade /
numero de
beneficiários
Calculando o VALOR
20. COPYRIGHT 2019 – Dr. César Abicalaffe
INDICADOR A
PROMs
INDICADOR B
INDICADOR C
INDICADOR D
CUSTOINDICADOR F
ESTRUTURA
EFICIÊNCIA
EFETIVIDADE
EXPERIÊNCIA
DO PACIENTE
QUALIDADE
CUSTO
Gasto total na
especialidade /
numero de
beneficiários
Calculando o VALOR
O resultado é o VALOR e representará o percentual do adicional da qualidade que será
distribuído para as especialidades no final de um ciclo de avaliação.
Exemplo: Distribuir até 20% da economia gerada no hospital com a especialidade da
seguinte forma:
Resultado da fórmula Incentivo
Até 0% 0,0%
De 0% até 5% 2,5%
De 5% até 10% 7,5%
De 10% até 15% 12,5%
De 15% até 20% 17,5%
Acima de 20% 20,0%
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Desafios Culturais
• Pagar diferente os diferentes
• Transparência dos dados. Não pode
divulgar aos pacientes a performance
dos prestadores
• Falso conforto do status quo. Ninguém
gosta de mudar!
23. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
Desafio de Gestão
• Cultura do “soma zero” no mercado
• Falta de confiança dos players
• Muitos gestores não sabem
realmente o que querem além de
controlar custos
• Muitos dados, mas há uma falta de
inteligência para gerenciar estes
dados
• Advogados!
24. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
Desafios Estruturais
• Sistemas de Informações
Foco em Faturamento
Sistema de prestação de serviço
fragmentado
Os hospitais não tem DRG,;
• A troca de informações entre o pagador e o
prestador é muito pobre.
• Problemas com os dados (ou a falta deles)
25. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2018 – 2iM S/A
“The only way to improve
the data is to start
measuring data, even if it
is bad. We need to start! ”
Jim Vertrees
Silver Spring, 2018
26. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
Desafios Estruturais
• Sistemas de Informações
Foco em Faturamento
Sistema de prestação de serviço
fragmentado
Os hospitais não tem DRG,;
• A troca de informações entre o pagador e o
prestador é muito pobre.
• Problemas com os dados (ou a falta deles)
• Medindo coisas erradas e do jeito errado...
27. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
“The biggest problem with health
care isn’t with insurance or
politics. It’s that we’re measuring
the wrong things the wrong way.”
Robert S. Kaplan and Michael E. Porter
28. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
Medir Resultados?
• Qual perspectiva???
Exemplo de uma cirurgia de prótese de
joelho
30. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
TEP
Manutenção do
Nível Funcional
Habilidade de viver
independentemente
31. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
TEP
Manutenção do
Nível Funcional
Habilidade de viver
independentemente
32. Dr. César Abicalaffe – Copyright 2019 – 2iM S/A
Conclusões
Principais pontos abordados
33. COPYRIGHT 2019 - Dr. César Abicalaffe
O modelo de remuneração distorce e tendenciona o modelo
assistencial.
A tendência será transferir parte do risco (de performance) e
da responsabilização pelo cuidado aos prestadores.
P4P é um dos modelos alternativos de Pagamento, no entanto
é importante ter um componente da remuneração com base na
qualidade/valor avaliado
O modelo GPS.2iM tem se mostrado adequado para avaliação
de performance e governança clínica
Desafios estruturais, de gestão e culturais são importantes,
mas superáveis
34. COPYRIGHT 2019 - Dr. César Abicalaffe
“O mais efetivo modo de lidar com
a mudança é ajudar a criá-la”.
L.W. LYNETT
OBRIGADO !
cesar.abicalaffe@2im.com.br
+55 41-999260806
Abicalaffe
César Abicalaffe