O documento descreve as condições que permitiram a prioridade portuguesa na expansão marítima no século XV, incluindo:
1) Condições políticas como a paz interna e o desejo de afirmação da dinastia de Avis.
2) Condições sociais e religiosas como a visão da expansão como projeto nacional e a oportunidade de espalhar o cristianismo.
3) Condições técnicas e científicas como os conhecimentos náuticos e a caravela que possibilitaram a n
2. Segunda metade
do século XIV:
fomes, pestes,
guerras, revoltas
populares
Que acontecimentos marcaram a Europa nos séculos XIV, XV e XVI?
D. João I
3. Maus anos
agrícolas
Falta de condições de
higiene
Guerras
Fome
Epidemias, Peste Negra
Quebra demográfica
Diminuição da mão de obra
Quebra de produção Subida de salários
Tabelamento de salários; exigência de retorno ao trabalho no campo;
aumento de impostos e obrigações senhoriais
Revoltas populares no campo e na cidade
Quais as causas da crise do século XIV?
4. Fomes Pestes
Guerras
Fernandinas
Quebra demográfica
Campos abandonados e quebra de produção
Leis do Trabalho e Lei das
Sesmarias
Crise dinástica
Quem sucede a D. Fernando?
• Infanta D. Beatriz casada com D.
João de Castela
• D. João, Mestre de Avis
Revoltas populares
Triunfo do Mestre de Avis:
• A decisão das Cortes de Coimbra
• A vitória na batalha de Aljubarrota
UM NOVO FUTURO: A DINASTIA DE AVIS
Quais as causas da crise em Portugal?
5. Antes da época dos Descobrimentos, ignorava-se grande parte da geografia do planeta.
Também se aceitava a existência de criaturas fantásticas.
Que mundo conheciam os europeus da Idade Média?
6. A população das cidades voltou a crescer.
A melhoria dos transportes e das técnicas
comerciais levou à recuperação do comércio.
A cidade italiana de Génova.
Bruges, na Flandres.
O que motivou a expansão europeia no século XV?
7. Quais foram as condições que permitiram a prioridade
portuguesa no arranque da expansão?
Condições políticas
Condições sociais e
religiosas
Condições técnicas
e científicas
Condições
geográficas
8. Quais foram as condições que permitiram a prioridade
portuguesa no arranque da expansão?
Condições políticas
• O país vivia em paz;
• Havia um desejo de afirmação da
nova dinastia (Avis).
9. Quais foram as condições que permitiram a prioridade
portuguesa no arranque da expansão?
Condições sociais e religiosas
• A expansão marítima foi entendida como um projeto nacional,
envolvendo todos os grupos da sociedade portuguesa.
• Oportunidade de expandir a fé cristã.
10. Quais foram as condições que permitiram a prioridade
portuguesa no arranque da expansão?
Condições técnicas e científicas
• Conhecimento de instrumentos náuticos
(bússola, astrolabio, quadrante, portulanos);
• Conhecimento da caravela que permitia
bolinar;
• Desenvolvimento da navegação astronómica.
11. Quais foram as condições que permitiram a prioridade
portuguesa no arranque da expansão?
Condições geográficas
• País mais ocidental da Europa com uma
extensa faixa costeira;
• Os portos portugueses serviam de escala
entre o Mediterrâneo e o Báltico;
• Dedicação da população do litoral à pesca
e ao comércio marítimo.
12. Condições da prioridade portuguesa na expansão marítima
Geográficas
► País mais
ocidental da Europa
com uma extensa
faixa costeira;
►Os portos
portugueses serviam
de escala entre o
Mediterrâneo e o
Báltico;
►Dedicação da
população do litoral
à pesca e ao
comércio marítimo.
Técnicas e
científicas
►Conhecimento de
instrumentos
náuticos (bússola,
astrolábio,
quadrante,
portulanos);
►Conhecimento da
caravela que
permitia bolinar;
►Desenvolvimento
da navegação
astronómica.
Políticas
►O país
vivia em
paz;
►Desejo
de
afirmação
da nova
dinastia
(Avis).
Sociais e
religiosas
Motivações de todos
os grupos sociais:
► Nobreza:
conquista de novos
domínios e cargos;
►Clero: expandir a
fé cristã;
►Burguesia:
conquistar novos
mercados e
produtos;
►Povo: melhorar as
condições de vida.
Em síntese...
13. 1415 - Conquista de Ceuta
Porquê Ceuta?
Devido à sua situação estratégica, Ceuta permitia controlar a navegação
entre o Mediterrâneo e o Atlântico, afastando a pirataria muçulmana;
Acesso a um mercado rico em ouro, especiarias, escravos, cereais e gado;
Impedir uma possível expansão castelhana no Norte de África;
Combater os infiéis muçulmanos e espalhar a fé cristã.
Rumos da expansão quatrocentista: a conquista de Ceuta
14. Embora do ponto de vista militar a conquista de Ceuta fosse um
sucesso, do ponto de vista económico revelou-se um grande fracasso:
Os muçulmanos desviaram as rotas comerciais para outras
cidades vizinhas;
Os campos de cultivo de cereais foram devastados pelos ataques
contínuos dos muçulmanos;
O estado de guerra permanente obrigava a grandes despesas para
manter a cidade.
15. 1417-1420 – Redescoberta do arquipélago da Madeira
por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira. Início da
colonização em 1425.
1427 – Descoberta do arquipélago dos Açores por Diogo
de Silves. Início da colonização em 1439. As ilhas das
Flores e do Corvo foram descobertas a 1452 por Diogo de
Teive
1434 – GIl Eanes passa o cabo Bojador.
1441 – Antão Gonçalves passa o cabo Branco. Este é também o
ano em que chegam os primeiros escravos a Portugal.
Estabelecimento da feitoria de Arguim em 1444.
1455-1466 – Luís de Cadamosto dobra o cabo Verde.
1460 – Pedro de Sintra chega à Serra Leoa. Diogo Gomes e
António de Noli descobrem o arquipélago de Cabo Verde. Morte
do Infante D. Henrique.
1471-1472 – João de Santarém e Pedro Escobar atingem São
Tomé e Príncipe.
1487-1488 – Bartolomeu Dias ultrapassa o cabo das
Tormentas depois batizado de cabo da Boa Esperança por D.
João II.
Quais as etapas da expansão na costa africana?
17. Exploração dos Arquipélagos
Atlânticos
Madeira (1419-20)
Produtos explorados:
- Madeira;
- Plantas tintureiras;
- Trigo;
- Cana de açucar;
- Pesca;
- Vinho.
Açores (1427-52)
Produtos explorados:
- Trigo;
- Plantas tintureiras;
- Gado.
Sistema de exploração:
Divisão em capitanias donatarias entregues a capitães donatários nomeados
pelo rei. Estes possuiam poderes para administrar a justiça, cobrar impostos
e povoar e explorar as terras.
18. X. Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas foi nele que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
A passagem do cabo Bojador – uma etapa
importante da expansão portuguesa
19. 1417-1420 – Redescoberta do arquipélago da Madeira
por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira. Início da
colonização em 1425.
1427 – Descoberta do arquipélago dos Açores por Diogo
de Silves. Início da colonização em 1439. As ilhas das
Flores e do Corvo foram descobertas a 1452 por Diogo de
Teive
1434 – GIl Eanes passa o cabo Bojador.
1441 – Antão Gonçalves passa o cabo Branco. Este é também o
ano em que chegam os primeiros escravos a Portugal.
Estabelecimento da feitoria de Arguim em 1444.
1455-1466 – Luís de Cadamosto dobra o cabo Verde.
1460 – Pedro de Sintra chega à Serra Leoa. Diogo Gomes e
António de Noli descobrem o arquipélago de Cabo Verde. Morte
do Infante D. Henrique.
1471-1472 – João de Santarém e Pedro Escobar atingem São
Tomé e Príncipe.
1487-1488 – Bartolomeu Dias ultrapassa o cabo das
Tormentas depois batizado de cabo da Boa Esperança por D.
João II.
A descoberta da costa ocidental africana
20. A política expansionista de D. Afonso V
Para satisfazer os interesses da nobreza, D. Afonso V muda o rumo dos
descobrimentos e dedica-se às conquistas no Norte de África (Alcácer-
Ceguer, Arzila, Tânger...)
A exploração da costa
ocidental africana foi
concedida, através de um
contrato de arrendamento por
5 anos, ao mercador Fernão
Gomes . Este comprometeu-se
a avançar anualmente 100
léguas de costa mediante um
pagamento ao rei de 200 000
réis.
21. O seu grande objetivo era
alcançar a Índia por mar,
por isso, retomou as
viagens de exploração ao
longo da costa ocidental
africana.
Não conseguiu atingir o seu
grande objetivo, mas deu
um passo importante para
a sua concretização – em
1488 Bartolomeu Dias
dobrou o Cabo da Boa
Esperança
Batizado Cabo da Boa Esperança pela esperança
depositada em atingir a Índia por mar.
A política expansionista de D. João II
22. O MOSTRENGO
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
Fernando Pessoa in Mensagem
23. Foi durante o reinado de D. João II que se reacendeu a rivalidade luso-castelhana
pela posse de novos territórios descobertos por Cristovão Colombo. Vê um
excerto do filme 1492: Cristovão Colombo e diz qual era o objetivo deste
navegador antes de partir com a sua armada.
24. Tratado de Tordesilhas (1494)
Ver
Tratado de Alcáçovas (1479)
Ver
A rivalidade luso-castelhana
25. Tratado de Alcáçovas (1479)
Para solucionar a antiga rivalidade Luso-Castelhana,
Portugal e Castela assinaram o Tratado de Alcáçovas que
estabelecia:
• Castela detinha o arquipélago das Canárias e o direito de
conquistar Granada.
• Portugal assegura a posse dos arquipélagos da Madeira e dos
Açores, assim como todos os territórios descobertos ou a descobrir
a sul do Paralelo do Cabo Bojador
Voltar ao mapa
A política expansionista de D. João II
26. Tratado de Tordesilhas (1494)
A descoberta das Antilhas na América Central deu lugar a
um litígio entre os dois Estados Ibéricos que só foi resolvido
com o Tratado de Tordesilhas que estabelecia:
• A divisão do Mundo entre Portugal e Espanha por um meridiano
que passava a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde.
• Todas as terras descobertas e a descobrir para oriente dessa linha
ficavam a pertencer a Portugal, ficando as restantes a ocidente para
Castela.
Nota: O Tratado de Tordesilhas defendia a política de “mare
clausum” dividindo o Mundo em duas partes, partilhadas
apenas por dois países.
A política expansionista de D. João II
27. Apesar dos esforços de D. João II para descobrir o caminho marítimo para a
Índia, foi apenas no reinado seguinte, o de D. Manuel I, que o navegador Vasco
da Gama, o alcançou em 1498.
Vasco da Gama
(c. 1468-1524)
Vasco da Gama recebe os emissários do
Samorim de Calecute, na Índia (quadro
de Domingos Rebelo, Palácio de São
Bento, Assembleia da República)
Viagem de Vasco da Gama (ida e regresso)
Pela primeira vez, ligava-se
por mar a Europa à Ásia,
tendo-se estabelecido uma
rota comercial marítima
tão próspera como nunca
tinha acontecido até então.
Ouve a leitura de um verso,
observa o mapa e diz como
se chama esta nova rota
comercial.
A descoberta do caminho marítimo para o Índia
28. A descoberta do Brasil
Depois do regresso de Vasco da Gama a Lisboa, o rei sentiu necessidade de
enviar uma armada mais poderosa para a Índia. Assim, no ano de 1500,
nomeou Pedro Álvares Cabral, como comandante dessa armada constituída
por 13 embarcações e cerca de 1500 homens.
Pedro Álvares Cabral
(c. 1468-1520)
A armada de
Pedro Álvares Cabral
Índios:
https://app.escolavirtual.pt/lms/subjectsteacher/detail/3106
29. Porém, esta armada desviou-se mais do que o costume para oeste, o que originou a
descoberta de um novo território que a que se chamou Terras de Vera Cruz. Mais tarde,
veio a chamar-se Brasil.
Itinerário da viagem de Pedro Álvares Cabral
A descoberta do Brasil