SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
“ Libertei um. Libertei-me a mim. ”  “ [...] a liberdade para todos só pode vir com a destruição das ficções sociais [...].” “ Anarquia e Heteronímia:  O Banqueiro Anarquista  de Fernando Pessoa” Burghard Baltrusch, Universidade de Vigo http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch
 
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Apontamentos para uma estética não-aristotélica  A arte, portanto, é antes de tudo, um esforço para dominar os outros. [...] Há uma arte que domina captando, outra que domina subjugando. [...] Assim, ao contrário da estética aristotélica,  que exige que o indivíduo generalize ou  humanize a sua sensibilidade,  necessariamente particular e pessoal, nesta  teoria o percurso indicado é inverso: é o  geral que deve ser particularizado, o humano  que se deve pessoalizar, o "exterior" que se  deve tornar "interior".
Apontamentos para uma estética não-aristotélica :  Creio esta teoria mais lógica – se é que há lógica – que a aristotélica; e creio-o pela simples razão de que, nela, a arte fica o contrário da ciência, o que na aristotélica não acontece. Na estética aristotélica, como na ciência, parte-se, em arte, do particular para o geral; nesta teoria  parte-se, em arte, do geral para o  particular [...]. [...] o artista não-aristotélico subordina  tudo à sua sensibilidade, [...] para assim, [...], se tornar um foco emissor abstracto sensível que force os outros, queiram eles ou não, a sentir o que ele sentiu, que os domine pela força inexplicável, [...] como o fundador de religiões converte dogmática e absurdamente as almas alheias na substância de uma doutrina que, no fundo, não é senão ele-próprio.
O banqueiro: “ Eu não criei tirania. A tirania, que pode ter  resultado da minha acção de combate contra as  ficções sociais, é uma tirania que não parte de mim, que portanto eu não criei; está nas ficções sociais, eu não ajuntei a elas. Essa tirania é a própria tirania das ficções sociais; e eu não podia, nem me propus, destruir as ficções sociais. Pela centésima vez lhe repito: só a revolução social pode destruir as ficções sociais; antes disso, a acção anarquista perfeita, como a minha, só pode subjugar as ficções sociais, subjugá-las em relação só ao anarquista que põe esse processo em prática, porque esse processo não permite uma mais larga sujeição dessas ficções. Não é de não criar tirania que se trata: é de não criar tirania nova, tirania onde não estava.”
 
 
 
 
“ Não há nada superior a mim. […] Assim como o mundo transformado em propriedade chegou a ser um  material  com o qual faço o que quero, assim a razão há-de tornar-se propiedade e descender a um estado  material  que já não me inspira nenhuma santa timidez.”
“ o ser humano é um animal egoísta em guerra com os outros”
“ Não há critério da verdade senão não concordar consigo próprio. O universo não concorda consigo próprio, porque passa. A vida não concorda consigo própria porque morre. O paradoxo é a fórmula típica da Natureza. Por isso toda a verdade tem uma forma paradoxal.“
“ O anarquismo é a irreligião natural, posta pela Natureza no coração dos homens”.
 
Página 6 do livro, conclusão da leitura aplicada a Alexander Search: 1.  O meu princípio, senão único objectivo [na vida] é a minha própria [?] felicidade. 2. Logo, o ser é [...] a felicidade de cada um.  [...] 5. Por isso, o meu interesse está […] em mim mesmo […] minha vida + felicidade para […] mim […] será possível?
«La propriété est la plus grande force révolutionnaire qui existe et qui se puisse opposer au pouvoir [...]. Où trouver une puissance capable de contre-balancer cette puissance formidable de l'Etat ? Il n'y en a pas d'autre que la propriété […].  La propriété moderne peut être considérée comme le triomphe de la liberté […].  La propriété est destinée à devenir, par sa généralisation, le pivot et le ressort de tout le système social.»  ( Théorie de la propriété , 1862)
“ Marx disse que as revoluções são a locomotora da história universal. Mas talvez isto seja completamente distinto.  Talvez as revoluções aconteçam quando a humanidade, que viaja neste comboio, tire do travão de emergência.”  Walter Benjamin, notas para as  Teses sobre a História
Fernando Pessoa,  Way of the Serpent : Considerar todas as coisas como acidentes de uma ilusão irracional, embora cada uma se apresente racional para si mesma – nisto reside o princípio da sabedoria. Mas este princípio da sabedoria não é mais que metade do entendimento das mesmas coisas. A outra parte do entendimento consiste no conhecimento dessas coisas, na participação íntima delas.  Temos que viver intimamente aquilo que repudiamos.  [...] Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo – quando o homem se ergue a este píncaro, está livre, como em todos os píncaros, está só, como em todos os píncaros, està unido ao céu, a que nunca está unido, como em todos os píncaros.
“ Libertei um. Libertei-me a mim. ”  “ [...] a liberdade para todos só pode vir com a destruição das ficções sociais [...].” Burghard Baltrusch, Universidade de Vigo http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Resenha o tempo e o cão de Marion Minerbo
Resenha o tempo e o cão de Marion MinerboResenha o tempo e o cão de Marion Minerbo
Resenha o tempo e o cão de Marion Minerbomarcorambo
 
Hfc aula jean paul sartre
Hfc aula jean paul sartreHfc aula jean paul sartre
Hfc aula jean paul sartreLuiz
 
Sartre - principais conceitos
Sartre - principais conceitosSartre - principais conceitos
Sartre - principais conceitosBruno Carrasco
 
O que não é Existencialismo
O que não é ExistencialismoO que não é Existencialismo
O que não é ExistencialismoBruno Carrasco
 
Existencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismoExistencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismoJoão Marcelo
 
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartreAdriano Machado
 
O que tem relação com o Existencialismo
O que tem relação com o ExistencialismoO que tem relação com o Existencialismo
O que tem relação com o ExistencialismoBruno Carrasco
 
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 RevisadoAulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 Revisadoelisamello
 

Mais procurados (18)

Resenha o tempo e o cão de Marion Minerbo
Resenha o tempo e o cão de Marion MinerboResenha o tempo e o cão de Marion Minerbo
Resenha o tempo e o cão de Marion Minerbo
 
Coquetel
CoquetelCoquetel
Coquetel
 
Hfc aula jean paul sartre
Hfc aula jean paul sartreHfc aula jean paul sartre
Hfc aula jean paul sartre
 
Existencialismo
ExistencialismoExistencialismo
Existencialismo
 
267
267267
267
 
Sartre - principais conceitos
Sartre - principais conceitosSartre - principais conceitos
Sartre - principais conceitos
 
O que não é Existencialismo
O que não é ExistencialismoO que não é Existencialismo
O que não é Existencialismo
 
Existencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismoExistencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismo
 
Jean paul sartre
Jean paul sartreJean paul sartre
Jean paul sartre
 
Sartre Topicos
Sartre TopicosSartre Topicos
Sartre Topicos
 
Jean paul sartre
Jean paul sartreJean paul sartre
Jean paul sartre
 
Sartre
SartreSartre
Sartre
 
Existencialismo
ExistencialismoExistencialismo
Existencialismo
 
Clea2
Clea2Clea2
Clea2
 
Existenc
ExistencExistenc
Existenc
 
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
 
O que tem relação com o Existencialismo
O que tem relação com o ExistencialismoO que tem relação com o Existencialismo
O que tem relação com o Existencialismo
 
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 RevisadoAulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 05 E 06 2007 Revisado
 

Destaque (16)

Análise de i juca-pirama, de gonçalves dias
Análise de i juca-pirama, de gonçalves diasAnálise de i juca-pirama, de gonçalves dias
Análise de i juca-pirama, de gonçalves dias
 
I Juca Pirama - Gonçalves Dias
I   Juca Pirama - Gonçalves DiasI   Juca Pirama - Gonçalves Dias
I Juca Pirama - Gonçalves Dias
 
Juca pirama
Juca piramaJuca pirama
Juca pirama
 
I - Juca Pirama
I - Juca Pirama I - Juca Pirama
I - Juca Pirama
 
Gonçalves Dias
Gonçalves DiasGonçalves Dias
Gonçalves Dias
 
Fernando Pessoa - Ele mesmo
Fernando Pessoa - Ele mesmoFernando Pessoa - Ele mesmo
Fernando Pessoa - Ele mesmo
 
As primeiras visões do brasil
As primeiras visões do brasilAs primeiras visões do brasil
As primeiras visões do brasil
 
Quinhentismo
QuinhentismoQuinhentismo
Quinhentismo
 
Humanismo01
Humanismo01Humanismo01
Humanismo01
 
Análise comparativa
Análise comparativaAnálise comparativa
Análise comparativa
 
Alfabeto dos bichos
Alfabeto dos bichosAlfabeto dos bichos
Alfabeto dos bichos
 
Payment lifecycle
Payment lifecyclePayment lifecycle
Payment lifecycle
 
GONÇALVES DIAS - ROMANTISMO (Vida, obra e características)
GONÇALVES DIAS - ROMANTISMO (Vida, obra e características)GONÇALVES DIAS - ROMANTISMO (Vida, obra e características)
GONÇALVES DIAS - ROMANTISMO (Vida, obra e características)
 
Argumentação, Retórica e Filosofia - 1
Argumentação, Retórica e Filosofia - 1Argumentação, Retórica e Filosofia - 1
Argumentação, Retórica e Filosofia - 1
 
Portugal na 1ª guerra mundial
Portugal na 1ª guerra mundialPortugal na 1ª guerra mundial
Portugal na 1ª guerra mundial
 
Resenha acadêmica
Resenha acadêmicaResenha acadêmica
Resenha acadêmica
 

Semelhante a Fernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista

Filosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modifFilosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modifJean Bartoli
 
Fenomenologia e existencialimo
Fenomenologia e existencialimoFenomenologia e existencialimo
Fenomenologia e existencialimoSilvia Cintra
 
A rebelião das massas jose ortega y gasset livro
A rebelião das massas         jose ortega y gasset  livroA rebelião das massas         jose ortega y gasset  livro
A rebelião das massas jose ortega y gasset livroMarcos Silvabh
 
Por uma vida nao facista
 Por uma vida nao facista Por uma vida nao facista
Por uma vida nao facistaClaiton Prinzo
 
Existencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger pdf
Existencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger   pdfExistencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger   pdf
Existencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger pdffirminomaissociologiafilosofia2019
 
Realismo/Naturalismo
Realismo/NaturalismoRealismo/Naturalismo
Realismo/Naturalismoprofconrad
 
Michel foucault por uma vida nao facista
Michel foucault   por uma vida nao facistaMichel foucault   por uma vida nao facista
Michel foucault por uma vida nao facistafatimalaranjeira
 
Sociologia - Jean Paul Sartre - Vida e Obra
Sociologia - Jean Paul Sartre - Vida e ObraSociologia - Jean Paul Sartre - Vida e Obra
Sociologia - Jean Paul Sartre - Vida e ObraCarson Souza
 
Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01
Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01
Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01Cassiana Ferreira
 
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo Avelino
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo AvelinoErrico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo Avelino
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo AvelinoBlackBlocRJ
 
a ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdfa ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdfRaissaSilva113769
 

Semelhante a Fernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista (20)

Filosofia e realidade2.pptx
Filosofia e realidade2.pptxFilosofia e realidade2.pptx
Filosofia e realidade2.pptx
 
Filosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modifFilosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modif
 
Fenomenologia e existencialimo
Fenomenologia e existencialimoFenomenologia e existencialimo
Fenomenologia e existencialimo
 
A rebelião das massas jose ortega y gasset livro
A rebelião das massas         jose ortega y gasset  livroA rebelião das massas         jose ortega y gasset  livro
A rebelião das massas jose ortega y gasset livro
 
Por uma vida nao facista
 Por uma vida nao facista Por uma vida nao facista
Por uma vida nao facista
 
Existencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger pdf
Existencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger   pdfExistencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger   pdf
Existencialismo schopenhauer kierkegaard nietsche husserl heidegger pdf
 
Realismo/Naturalismo
Realismo/NaturalismoRealismo/Naturalismo
Realismo/Naturalismo
 
Michel foucault por uma vida nao facista
Michel foucault   por uma vida nao facistaMichel foucault   por uma vida nao facista
Michel foucault por uma vida nao facista
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
A rebelião das massas
A rebelião das massasA rebelião das massas
A rebelião das massas
 
A rebelião das massas
A rebelião das massasA rebelião das massas
A rebelião das massas
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
Vidanaofascista
VidanaofascistaVidanaofascista
Vidanaofascista
 
Sociologia - Jean Paul Sartre - Vida e Obra
Sociologia - Jean Paul Sartre - Vida e ObraSociologia - Jean Paul Sartre - Vida e Obra
Sociologia - Jean Paul Sartre - Vida e Obra
 
Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01
Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01
Oconhecimentocomum 121028102534-phpapp01
 
Filosofia - 25 livros fundamentais
Filosofia - 25 livros fundamentaisFilosofia - 25 livros fundamentais
Filosofia - 25 livros fundamentais
 
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo Avelino
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo AvelinoErrico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo Avelino
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo Avelino
 
a ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdfa ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdf
 
Revisão de ética
Revisão de éticaRevisão de ética
Revisão de ética
 
Revisão de ética
Revisão de éticaRevisão de ética
Revisão de ética
 

Mais de Burghard Baltrusch

O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais
O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais
O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais Burghard Baltrusch
 
Palestra Michel Yakini em Vigo
Palestra Michel Yakini em VigoPalestra Michel Yakini em Vigo
Palestra Michel Yakini em VigoBurghard Baltrusch
 
Expressões idiomáticas brasil
Expressões idiomáticas brasilExpressões idiomáticas brasil
Expressões idiomáticas brasilBurghard Baltrusch
 
Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”
Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”
Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”Burghard Baltrusch
 
A mulher na obra de josé saramago
A mulher na obra de josé saramagoA mulher na obra de josé saramago
A mulher na obra de josé saramagoBurghard Baltrusch
 
Imagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário Verde
Imagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário VerdeImagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário Verde
Imagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário VerdeBurghard Baltrusch
 
Antropofagia e Tradução Cultural I
Antropofagia e Tradução Cultural IAntropofagia e Tradução Cultural I
Antropofagia e Tradução Cultural IBurghard Baltrusch
 
História abreviada do Brasil no Século XX
História abreviada do Brasil no Século XXHistória abreviada do Brasil no Século XX
História abreviada do Brasil no Século XXBurghard Baltrusch
 
Breve História do Brasil no Século XX
Breve História do Brasil no Século XXBreve História do Brasil no Século XX
Breve História do Brasil no Século XXBurghard Baltrusch
 

Mais de Burghard Baltrusch (14)

O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais
O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais
O Ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais
 
Palestra Michel Yakini em Vigo
Palestra Michel Yakini em VigoPalestra Michel Yakini em Vigo
Palestra Michel Yakini em Vigo
 
Expressões idiomáticas brasil
Expressões idiomáticas brasilExpressões idiomáticas brasil
Expressões idiomáticas brasil
 
Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”
Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”
Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”
 
A mulher na obra de josé saramago
A mulher na obra de josé saramagoA mulher na obra de josé saramago
A mulher na obra de josé saramago
 
Imagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário Verde
Imagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário VerdeImagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário Verde
Imagens para "O Sentimento dum Ocidental" de Cesário Verde
 
Fernão Mendes Pinto
Fernão Mendes PintoFernão Mendes Pinto
Fernão Mendes Pinto
 
Antropofagia e Tradução Cultural I
Antropofagia e Tradução Cultural IAntropofagia e Tradução Cultural I
Antropofagia e Tradução Cultural I
 
Camões sonetos
Camões sonetosCamões sonetos
Camões sonetos
 
História abreviada do Brasil no Século XX
História abreviada do Brasil no Século XXHistória abreviada do Brasil no Século XX
História abreviada do Brasil no Século XX
 
Breve História do Brasil no Século XX
Breve História do Brasil no Século XXBreve História do Brasil no Século XX
Breve História do Brasil no Século XX
 
Caetano Veloso: "Língua"
Caetano Veloso: "Língua"Caetano Veloso: "Língua"
Caetano Veloso: "Língua"
 
África lusófona
África lusófonaÁfrica lusófona
África lusófona
 
Acordo Ortográfico 2009
Acordo Ortográfico 2009Acordo Ortográfico 2009
Acordo Ortográfico 2009
 

Último

Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...AndreaCavalcante14
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 

Último (20)

Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 

Fernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista

  • 1. “ Libertei um. Libertei-me a mim. ” “ [...] a liberdade para todos só pode vir com a destruição das ficções sociais [...].” “ Anarquia e Heteronímia: O Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa” Burghard Baltrusch, Universidade de Vigo http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch
  • 2.  
  • 3.
  • 4. Apontamentos para uma estética não-aristotélica A arte, portanto, é antes de tudo, um esforço para dominar os outros. [...] Há uma arte que domina captando, outra que domina subjugando. [...] Assim, ao contrário da estética aristotélica, que exige que o indivíduo generalize ou humanize a sua sensibilidade, necessariamente particular e pessoal, nesta teoria o percurso indicado é inverso: é o geral que deve ser particularizado, o humano que se deve pessoalizar, o "exterior" que se deve tornar "interior".
  • 5. Apontamentos para uma estética não-aristotélica : Creio esta teoria mais lógica – se é que há lógica – que a aristotélica; e creio-o pela simples razão de que, nela, a arte fica o contrário da ciência, o que na aristotélica não acontece. Na estética aristotélica, como na ciência, parte-se, em arte, do particular para o geral; nesta teoria parte-se, em arte, do geral para o particular [...]. [...] o artista não-aristotélico subordina tudo à sua sensibilidade, [...] para assim, [...], se tornar um foco emissor abstracto sensível que force os outros, queiram eles ou não, a sentir o que ele sentiu, que os domine pela força inexplicável, [...] como o fundador de religiões converte dogmática e absurdamente as almas alheias na substância de uma doutrina que, no fundo, não é senão ele-próprio.
  • 6. O banqueiro: “ Eu não criei tirania. A tirania, que pode ter resultado da minha acção de combate contra as ficções sociais, é uma tirania que não parte de mim, que portanto eu não criei; está nas ficções sociais, eu não ajuntei a elas. Essa tirania é a própria tirania das ficções sociais; e eu não podia, nem me propus, destruir as ficções sociais. Pela centésima vez lhe repito: só a revolução social pode destruir as ficções sociais; antes disso, a acção anarquista perfeita, como a minha, só pode subjugar as ficções sociais, subjugá-las em relação só ao anarquista que põe esse processo em prática, porque esse processo não permite uma mais larga sujeição dessas ficções. Não é de não criar tirania que se trata: é de não criar tirania nova, tirania onde não estava.”
  • 7.  
  • 8.  
  • 9.  
  • 10.  
  • 11. “ Não há nada superior a mim. […] Assim como o mundo transformado em propriedade chegou a ser um material com o qual faço o que quero, assim a razão há-de tornar-se propiedade e descender a um estado material que já não me inspira nenhuma santa timidez.”
  • 12. “ o ser humano é um animal egoísta em guerra com os outros”
  • 13. “ Não há critério da verdade senão não concordar consigo próprio. O universo não concorda consigo próprio, porque passa. A vida não concorda consigo própria porque morre. O paradoxo é a fórmula típica da Natureza. Por isso toda a verdade tem uma forma paradoxal.“
  • 14. “ O anarquismo é a irreligião natural, posta pela Natureza no coração dos homens”.
  • 15.  
  • 16. Página 6 do livro, conclusão da leitura aplicada a Alexander Search: 1. O meu princípio, senão único objectivo [na vida] é a minha própria [?] felicidade. 2. Logo, o ser é [...] a felicidade de cada um. [...] 5. Por isso, o meu interesse está […] em mim mesmo […] minha vida + felicidade para […] mim […] será possível?
  • 17. «La propriété est la plus grande force révolutionnaire qui existe et qui se puisse opposer au pouvoir [...]. Où trouver une puissance capable de contre-balancer cette puissance formidable de l'Etat ? Il n'y en a pas d'autre que la propriété […]. La propriété moderne peut être considérée comme le triomphe de la liberté […]. La propriété est destinée à devenir, par sa généralisation, le pivot et le ressort de tout le système social.»  ( Théorie de la propriété , 1862)
  • 18. “ Marx disse que as revoluções são a locomotora da história universal. Mas talvez isto seja completamente distinto. Talvez as revoluções aconteçam quando a humanidade, que viaja neste comboio, tire do travão de emergência.” Walter Benjamin, notas para as Teses sobre a História
  • 19. Fernando Pessoa, Way of the Serpent : Considerar todas as coisas como acidentes de uma ilusão irracional, embora cada uma se apresente racional para si mesma – nisto reside o princípio da sabedoria. Mas este princípio da sabedoria não é mais que metade do entendimento das mesmas coisas. A outra parte do entendimento consiste no conhecimento dessas coisas, na participação íntima delas. Temos que viver intimamente aquilo que repudiamos. [...] Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo – quando o homem se ergue a este píncaro, está livre, como em todos os píncaros, está só, como em todos os píncaros, està unido ao céu, a que nunca está unido, como em todos os píncaros.
  • 20. “ Libertei um. Libertei-me a mim. ” “ [...] a liberdade para todos só pode vir com a destruição das ficções sociais [...].” Burghard Baltrusch, Universidade de Vigo http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch