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I-Juca-Pirama,
 Gonçalves Dias
   Manoel Neves
A POESIA DO ROMANTISMO
                                 primeira geração
                                      INDIANISMO
                           [índio: ideal da identidade nacional]


                     I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [primeiro canto]
No meio das tabas de amenos verdores,         São rudos, severos, sedentos de glória,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,     Já prélios incitam, já cantam vitória,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;           Já meigos atendem à voz do cantor:
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,    São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Temíveis na guerra, que em densas coortes     Seu nome lá voa na boca das gentes,
Assombram das matas a imensa extensão.        Condão de prodígios, de glória e terror!
As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,     No centro da taba se estende um terreiro,
As armas quebrando, lançando-as ao rio,       Onde ora se aduna o concílio guerreiro
O incenso aspiraram dos seus maracás:         Da tribo senhora, das tribos servis:
Medrosos das guerras qu’ os fortes acendem,   Os velhos sentados praticam d’outrora,
Custosos tributos ignavos lá rendem,          E os moços inquietos, que a festa enamora,
Aos duros guerreiros sujeitos na paz.         Derramam-se em torno dum índio infeliz.

          forma: oito sextilhas de versos hendecassílabos [ritmo lento e marcado]

conteúdo: descrição [natureza exuberante] + caracterização narrativo-descritiva dos Timbiras
A POESIA DO ROMANTISMO
                                  primeira geração
                                        INDIANISMO
                             [índio: ideal da identidade nacional]


                      I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [primeiro canto]
 Quem é? – ninguém sabe: seu nome é ignoto,     Por casos de guerra caiu prisioneiro
 Sua tribo não diz: – de um povo remoto         Nas mãos dos Timbiras: – no extenso terreiro
 Descende por certo – dum povo gentil;          Assola-se o teto, que o teve em prisão;
 Assim lá na Grécia ao escravo insulano         Convidam-se as tribos dos seus arredores,
 Tornavam distinto do vil muçulmano             Cuidosos se incubem do vaso das cores,
 As linhas corretas do nobre perfil.            Dos vários aprestos da honrosa função.
 Acerva-se a lenha da vasta fogueira            Em tanto as mulheres com leda trigança,
 Entesa-se a corda da embira ligeira,           Afeitas ao rito da bárbara usança,
 Adorna-se a maça com penas gentis:             índio já querem cativo acabar:
 A custo, entre as vagas do povo da aldeia      A coma lhe cortam, os membros lhe tingem,
 Caminha o Timbira, que a turba rodeia,         Brilhante enduape no corpo lhe cingem,
 Garboso nas plumas de vário matiz.             Sombreia-lhe a fronte gentil canitar.

  conteúdo: apresentação do guerreiro tupi [cujo porte é elogiado] aprisionado pelos timbiras

conteúdo: os Timbiras preparam o guerreiro tupi para o ritual antropofágico [adornos, adereços]
A POESIA DO ROMANTISMO
                                 primeira geração
                                      INDIANISMO
                           [índio: ideal da identidade nacional]


                     I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [segundo canto]
     Em fundos vasos d’alvacenta argila          O prisioneiro, cuja morte anseiam,
              Ferve o cauim;                                Sentado está,
   Enchem-se as copas, o prazer começa,         O prisioneiro, que outro sol no ocaso
              Reina o festim.                               Jamais verá!
     A dura corda, que lhe enlaça o colo,       Contudo os olhos d’ignóbil pranto
               Mostra-lhe o fim                           Secos estão;
     Da vida escura, que será mais breve      Mudos os lábios não descerram queixas
               Do que o festim!                            Do coração.
   Mas um martírio, que encobrir não pode,   Que tens, guerreiro? Que temor te assalta
                Em rugas faz                           No passo horrendo?
        A mentirosa placidez do rosto         Honra das tabas que nascer te viram,
             Na fronte audaz!                            Folga morrendo.
               forma: dez quadras com esquema métrico variado [10-4-10-4]

conteúdo: descrição do festim antropofágico; guerreiro tupi começa a se mostrar preocupado
A POESIA DO ROMANTISMO
                               primeira geração
                                     INDIANISMO
                          [índio: ideal da identidade nacional]


                   I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [segundo canto]
 Folga morrendo; porque além dos Andes       Rasteira grama, exposta ao sol, à chuva,
             Revive o forte,                           Lá murcha e pende:
  Que soube ufano contrastar os medos        Somente ao tronco, que devassa os ares,
             Da fria morte.                               O raio ofende!
  Que foi? Tupã mandou que ele caísse,        Que temes, ó guerreiro? Além dos Andes
              Como viveu;                                 Revive o forte,
   E o caçador que o avistou prostrado         Que soube ufano contrastar os medos
              Esmoreceu!                                  Da fria morte.
conteúdo: notando que o guerreiro tupi está um pouco reticente e pensativo, os timbiras o

conteúdo: encorajam a aceitar o sacrifício pq Tupã vive além dos Andes para cuidar dele
A POESIA DO ROMANTISMO
                                  primeira geração
                                        INDIANISMO
                            [índio: ideal da identidade nacional]


                      I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [terceiro canto]
Em larga roda de novéis guerreiros                    Como que por feitiço não sabido
Ledo caminha o festival Timbira,                      Encantadas ali as almas grandes
A quem do sacrifício cabe as honras,                 Dos vencidos Tapuias, inda chorem
Na fronte o canitar sacode em ondas,                Serem glória e brasão d’imigos feros.
O enduape na cinta se embalança,
Na destra mão sopesa a iverapeme,                   “Eis-me aqui”, diz ao índio prisioneiro;
Orgulhoso e pujante. – Ao menor passo            “Pois que fraco, e sem tribo, e sem família,
Colar d’alvo marfim, insígnia d’honra,             “As nossas matas devassaste ousado,
Que lhe orna o colo e o peito, ruge e freme,      “Morrerás morte vil da mão de um forte.”

                    forma: estrofação irregular com versos decassílabos

 conteúdo: o festival encaminha-se para o seu apogeu [sacrifício]; o índio tupi se apresenta

                     conteúdo: e pergunta se será covardemente morto
A POESIA DO ROMANTISMO
                                   primeira geração
                                        INDIANISMO
                             [índio: ideal da identidade nacional]


                       I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [terceiro canto]
                          Vem a terreiro o mísero contrário;
                          Do colo à cinta a muçurana desce:
                          “Dize-nos quem és, teus feitos canta,
                          “Ou se mais te apraz, defende-te.” Começa
                          O índio, que ao redor derrama os olhos,
                          Com triste voz que os ânimos comove.
                     forma: estrofação irregular com versos decassílabos

  conteúdo: apesar da incredulidade dos guerreiros timbiras, o guerreiro tupi é convidado a se

conteúdo: defender, através de um discurso; o índio começa a chorar e usa uma voz comovente.
A POESIA DO ROMANTISMO
                                  primeira geração
                                       INDIANISMO
                             [índio: ideal da identidade nacional]


                        I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [quarto canto]
                           Da tribo pujante,       Já vi cruas brigas,    Andei longes terras
Meu canto de morte,     Que agora anda errante      De tribos imigas,     Lidei cruas guerras,
  Guerreiros, ouvi:      Por fado inconstante,     E as duras fadigas     Vaguei pelas serras
Sou filho das selvas,     Guerreiros, nasci;       Da guerra provei;       Dos vis Aimoréis;
 Nas selvas cresci;      Sou bravo, sou forte,    Nas ondas mendaces       Vi lutas de bravos,
Guerreiros, descendo      Sou filho do Norte;       Senti pelas faces    Vi fortes – escravos!
   Da tribo tupi.        Meu canto de morte,       Os silvos fugaces     De estranhos ignavos
                           Guerreiros, ouvi.      Dos ventos que amei.    Calcados aos pés.
E os campos talados,     Aos golpes do imigo,      Meu pai a meu lado     O velho no entanto
E os arcos quebrados,     Meu último amigo,        Já cego e quebrado,     Sofrendo já tanto
 E os piagas coitados    Sem lar, sem abrigo         De penas ralado,    De fome e quebranto,
  Já sem maracás;          Caiu junto a mi!         Firmava-se em mi:      Só qu’ria morrer!
E os meigos cantores,     Com plácido rosto,     Nós ambos, mesquinhos, Não mais me contenho,
Servindo a senhores,     Sereno e composto,       Por ínvios caminhos, Nas matas me embrenho
Que vinham traidores,     O acerbo desgosto        Cobertos d’espinhos  Das frechas que tenho
Com mostras de paz.         Comigo sofri.            Chegamos aqui!         Me quero valer.
A POESIA DO ROMANTISMO
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                         I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [quarto canto]
  Então, forasteiro,        Eu era o seu guia         Ao velho coitado        Não vil, não ignavo,
   Caí prisioneiro          Na noite sombria,        De penas ralado,        Mas forte, mas bravo,
De um troço guerreiro         A só alegria          Já cego e quebrado,      Serei vosso escravo:
Com que me encontrei:     Que Deus lhe deixou:      Que resta? – Morrer.         Aqui virei ter.
  O cru dessossêgo        Em mim se apoiava,        Enquanto descreve        Guerreiros, não coro
 Do pai fraco e cego,      Em mim se firmava,         O giro tão breve       Do pranto que choro:
 Enquanto não chego       Em mim descansava,         Da vida que teve,         Se a vida deploro,
  Qual seja, – dizei!       Que filho lhe sou.        Deixai-me viver!        Também sei morrer.

  história do tupi: depois de ver seu último companheiro de guerra cair junto de si, o guerreiro

  história do tupi: foge com seu pai; então, embrenha-se na floresta e acaba por cair prisioneiro

história do tupi: dos timbiras; após tal constatação, pede para ser solto a fim de que cuide do pai

        história do tupi: até o fim dos dias deste; assim que o velho morresse, ele voltará

                 história do tupi: para ser sacrificado pelos guerreiros timbiras.
A POESIA DO ROMANTISMO
                                   primeira geração
                                         INDIANISMO
                             [índio: ideal da identidade nacional]


                        I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [quinto canto]

                    forma: estrofação irregular com versos heterométricos

  tema: o chefe timbira pede para que soltem o tupi; todos ficam assustados, pois isso nunca

tema: ocorrera antes; solto, o tupi agradece o timbira, que o manda partir; o tupi diz que voltará

    tema: então, o chefe timbira diz que será em vão, pq um tupi nunca chora; o tupi parte.
A POESIA DO ROMANTISMO
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                            [índio: ideal da identidade nacional]


                       I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [sexto canto]

    forma: estrofação irregular com versos heterométricos [predomínio de decassílabos]

 tema: o índio tupi reencontra seu pai, que estranha a falta dos adornos da tribo tupi e ainda

                  tema: o cheiro das tintas utilizadas no ritual antropofágico;

tema: o índio tupi diz que foi preso pelos timbiras e que estes o soltaram quando souberam q

tema: da existência do velho pai fraco e cego; o velho tupi pergunta onde fica a tribo timbira e

                                tema: para ser levado para lá.
A POESIA DO ROMANTISMO
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                           [índio: ideal da identidade nacional]


                     I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [sétimo canto]

         forma: estrofação irregular com versos heptassílabos [rimas irregulares]

tema: o velho tupi agradece a gentileza dos timbiras, mas diz que nunca foi vencido nem

       tema: na guerra, nem em gentileza, por isso, solicita que o ritual se realize

tema: o chefe timbira humilha o velho tupi, ao falar que o filho dele é indigno do sacrifício.
A POESIA DO ROMANTISMO
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                  I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [oitavo canto]
“Tu choraste em presença da morte?             “Possas tu, isolado na terra,
Na presença de estranhos choraste?            Sem arrimo e sem pátria vagando,
Não descende o cobarde do forte;              Rejeitado da morte na guerra,
Pois choraste, meu filho não és!              Rejeitado dos homens na paz,
Possas tu, descendente maldito                Ser das gentes o espectro execrado;
De uma tribo de nobres guerreiros,            Não encontres amor nas mulheres,
Implorando cruéis forasteiros,                Teus amigos, se amigos tiveres,
Seres presa de via Aimorés.                   Tenham alma inconstante e falaz!

“Não encontres doçura no dia,                  “Que a teus passos a relva se torre;
Nem as cores da aurora te ameiguem,           Murchem prados, a flor desfaleça,
E entre as larvas da noite sombria            E o regato que límpido corre,
Nunca possas descanso gozar:                  Mais te acenda o vesano furor;
Não encontres um tronco, uma pedra,           Suas águas depressa se tornem,
Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,   Ao contacto dos lábios sedentos,
Padecendo os maiores tormentos,               Lago impuro de vermes nojentos,
Onde possas a fronte pousar.                  Donde fujas com asco e terror!
A POESIA DO ROMANTISMO
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                 I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [oitavo canto]
“Sempre o céu, como um teto incendido,   “Um amigo não tenhas piedoso
Creste e punja teus membros malditos     Que o teu corpo na terra embalsame,
E oceano de pó denegrido                 Pondo em vaso d’argila cuidoso
Seja a terra ao ignavo tupi!             Arco e frecha e tacape a teus pés!
Miserável, faminto, sedento,             Sê maldito, e sozinho na terra;
Manitôs lhe não falem nos sonhos,        Pois que a tanta vileza chegaste,
E do horror os espectros medonhos        Que em presença da morte choraste,
Traga sempre o cobarde após si.          Tu, cobarde, meu filho não és.”
A POESIA DO ROMANTISMO
                                   primeira geração
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                        I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [nono canto]

                     forma: estrofação irregular com versos decassílabos

tema: o guerreiro tupi, ao ouvir as palavras do velho, lança seu grito de guerra e começa a lutar

tema: a esmo; há, então, um alarido terrível na tribo; correria; combates; então o velho timbira

     tema: reconhece a bravura do guerreiro tupi e diz que ele está apto para o sacrifício;

                         tema: o pai e o filho tupis choram de emoção.
A POESIA DO ROMANTISMO
                              primeira geração
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                         [índio: ideal da identidade nacional]


                   I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [décimo canto]
  Um velho Timbira, coberto de glória,            “Eu vi o brioso no largo terreiro
           Guardou a memória                             Cantar prisioneiro
   Do moço guerreiro, do velho Tupi!          Seu canto de morte, que nunca esqueci:
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava      Valente, como era, chorou sem ter pejo;
           Do que ele contava,                           Parece que o vejo,
    Dizia prudente: – “Meninos, eu vi!          Que o tenho nest’hora diante de mi.
“Eu disse comigo: Que infâmia d’escravo!         Assim o Timbira, coberto de glória,
         Pois não, era um bravo;                        Guardava a memória
    Valente e brioso, como ele, não vi!          Do moço guerreiro, do velho Tupi.
 E à fé que vos digo: parece-me encanto       E à noite nas tabas, se alguém duvidava
         Que quem chorou tanto,                          Do que ele contava,
  Tivesse a coragem que tinha o Tupi!”          Tornava prudente: “Meninos, eu vi!”.

                   forma: quatro sextilhas de metro alternado 11 e 5

      conteúdo: velho timbira é o guardião da memória do célebre guerreiro tupi.

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  • 2. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [primeiro canto] No meio das tabas de amenos verdores, São rudos, severos, sedentos de glória, Cercadas de troncos – cobertos de flores, Já prélios incitam, já cantam vitória, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; Já meigos atendem à voz do cantor: São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, São todos Timbiras, guerreiros valentes! Temíveis na guerra, que em densas coortes Seu nome lá voa na boca das gentes, Assombram das matas a imensa extensão. Condão de prodígios, de glória e terror! As tribos vizinhas, sem forças, sem brio, No centro da taba se estende um terreiro, As armas quebrando, lançando-as ao rio, Onde ora se aduna o concílio guerreiro O incenso aspiraram dos seus maracás: Da tribo senhora, das tribos servis: Medrosos das guerras qu’ os fortes acendem, Os velhos sentados praticam d’outrora, Custosos tributos ignavos lá rendem, E os moços inquietos, que a festa enamora, Aos duros guerreiros sujeitos na paz. Derramam-se em torno dum índio infeliz. forma: oito sextilhas de versos hendecassílabos [ritmo lento e marcado] conteúdo: descrição [natureza exuberante] + caracterização narrativo-descritiva dos Timbiras
  • 3. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [primeiro canto] Quem é? – ninguém sabe: seu nome é ignoto, Por casos de guerra caiu prisioneiro Sua tribo não diz: – de um povo remoto Nas mãos dos Timbiras: – no extenso terreiro Descende por certo – dum povo gentil; Assola-se o teto, que o teve em prisão; Assim lá na Grécia ao escravo insulano Convidam-se as tribos dos seus arredores, Tornavam distinto do vil muçulmano Cuidosos se incubem do vaso das cores, As linhas corretas do nobre perfil. Dos vários aprestos da honrosa função. Acerva-se a lenha da vasta fogueira Em tanto as mulheres com leda trigança, Entesa-se a corda da embira ligeira, Afeitas ao rito da bárbara usança, Adorna-se a maça com penas gentis: índio já querem cativo acabar: A custo, entre as vagas do povo da aldeia A coma lhe cortam, os membros lhe tingem, Caminha o Timbira, que a turba rodeia, Brilhante enduape no corpo lhe cingem, Garboso nas plumas de vário matiz. Sombreia-lhe a fronte gentil canitar. conteúdo: apresentação do guerreiro tupi [cujo porte é elogiado] aprisionado pelos timbiras conteúdo: os Timbiras preparam o guerreiro tupi para o ritual antropofágico [adornos, adereços]
  • 4. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [segundo canto] Em fundos vasos d’alvacenta argila O prisioneiro, cuja morte anseiam, Ferve o cauim; Sentado está, Enchem-se as copas, o prazer começa, O prisioneiro, que outro sol no ocaso Reina o festim. Jamais verá! A dura corda, que lhe enlaça o colo, Contudo os olhos d’ignóbil pranto Mostra-lhe o fim Secos estão; Da vida escura, que será mais breve Mudos os lábios não descerram queixas Do que o festim! Do coração. Mas um martírio, que encobrir não pode, Que tens, guerreiro? Que temor te assalta Em rugas faz No passo horrendo? A mentirosa placidez do rosto Honra das tabas que nascer te viram, Na fronte audaz! Folga morrendo. forma: dez quadras com esquema métrico variado [10-4-10-4] conteúdo: descrição do festim antropofágico; guerreiro tupi começa a se mostrar preocupado
  • 5. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [segundo canto] Folga morrendo; porque além dos Andes Rasteira grama, exposta ao sol, à chuva, Revive o forte, Lá murcha e pende: Que soube ufano contrastar os medos Somente ao tronco, que devassa os ares, Da fria morte. O raio ofende! Que foi? Tupã mandou que ele caísse, Que temes, ó guerreiro? Além dos Andes Como viveu; Revive o forte, E o caçador que o avistou prostrado Que soube ufano contrastar os medos Esmoreceu! Da fria morte. conteúdo: notando que o guerreiro tupi está um pouco reticente e pensativo, os timbiras o conteúdo: encorajam a aceitar o sacrifício pq Tupã vive além dos Andes para cuidar dele
  • 6. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [terceiro canto] Em larga roda de novéis guerreiros Como que por feitiço não sabido Ledo caminha o festival Timbira, Encantadas ali as almas grandes A quem do sacrifício cabe as honras, Dos vencidos Tapuias, inda chorem Na fronte o canitar sacode em ondas, Serem glória e brasão d’imigos feros. O enduape na cinta se embalança, Na destra mão sopesa a iverapeme, “Eis-me aqui”, diz ao índio prisioneiro; Orgulhoso e pujante. – Ao menor passo “Pois que fraco, e sem tribo, e sem família, Colar d’alvo marfim, insígnia d’honra, “As nossas matas devassaste ousado, Que lhe orna o colo e o peito, ruge e freme, “Morrerás morte vil da mão de um forte.” forma: estrofação irregular com versos decassílabos conteúdo: o festival encaminha-se para o seu apogeu [sacrifício]; o índio tupi se apresenta conteúdo: e pergunta se será covardemente morto
  • 7. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [terceiro canto] Vem a terreiro o mísero contrário; Do colo à cinta a muçurana desce: “Dize-nos quem és, teus feitos canta, “Ou se mais te apraz, defende-te.” Começa O índio, que ao redor derrama os olhos, Com triste voz que os ânimos comove. forma: estrofação irregular com versos decassílabos conteúdo: apesar da incredulidade dos guerreiros timbiras, o guerreiro tupi é convidado a se conteúdo: defender, através de um discurso; o índio começa a chorar e usa uma voz comovente.
  • 8. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [quarto canto] Da tribo pujante, Já vi cruas brigas, Andei longes terras Meu canto de morte, Que agora anda errante De tribos imigas, Lidei cruas guerras, Guerreiros, ouvi: Por fado inconstante, E as duras fadigas Vaguei pelas serras Sou filho das selvas, Guerreiros, nasci; Da guerra provei; Dos vis Aimoréis; Nas selvas cresci; Sou bravo, sou forte, Nas ondas mendaces Vi lutas de bravos, Guerreiros, descendo Sou filho do Norte; Senti pelas faces Vi fortes – escravos! Da tribo tupi. Meu canto de morte, Os silvos fugaces De estranhos ignavos Guerreiros, ouvi. Dos ventos que amei. Calcados aos pés. E os campos talados, Aos golpes do imigo, Meu pai a meu lado O velho no entanto E os arcos quebrados, Meu último amigo, Já cego e quebrado, Sofrendo já tanto E os piagas coitados Sem lar, sem abrigo De penas ralado, De fome e quebranto, Já sem maracás; Caiu junto a mi! Firmava-se em mi: Só qu’ria morrer! E os meigos cantores, Com plácido rosto, Nós ambos, mesquinhos, Não mais me contenho, Servindo a senhores, Sereno e composto, Por ínvios caminhos, Nas matas me embrenho Que vinham traidores, O acerbo desgosto Cobertos d’espinhos Das frechas que tenho Com mostras de paz. Comigo sofri. Chegamos aqui! Me quero valer.
  • 9. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [quarto canto] Então, forasteiro, Eu era o seu guia Ao velho coitado Não vil, não ignavo, Caí prisioneiro Na noite sombria, De penas ralado, Mas forte, mas bravo, De um troço guerreiro A só alegria Já cego e quebrado, Serei vosso escravo: Com que me encontrei: Que Deus lhe deixou: Que resta? – Morrer. Aqui virei ter. O cru dessossêgo Em mim se apoiava, Enquanto descreve Guerreiros, não coro Do pai fraco e cego, Em mim se firmava, O giro tão breve Do pranto que choro: Enquanto não chego Em mim descansava, Da vida que teve, Se a vida deploro, Qual seja, – dizei! Que filho lhe sou. Deixai-me viver! Também sei morrer. história do tupi: depois de ver seu último companheiro de guerra cair junto de si, o guerreiro história do tupi: foge com seu pai; então, embrenha-se na floresta e acaba por cair prisioneiro história do tupi: dos timbiras; após tal constatação, pede para ser solto a fim de que cuide do pai história do tupi: até o fim dos dias deste; assim que o velho morresse, ele voltará história do tupi: para ser sacrificado pelos guerreiros timbiras.
  • 10. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [quinto canto] forma: estrofação irregular com versos heterométricos tema: o chefe timbira pede para que soltem o tupi; todos ficam assustados, pois isso nunca tema: ocorrera antes; solto, o tupi agradece o timbira, que o manda partir; o tupi diz que voltará tema: então, o chefe timbira diz que será em vão, pq um tupi nunca chora; o tupi parte.
  • 11. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [sexto canto] forma: estrofação irregular com versos heterométricos [predomínio de decassílabos] tema: o índio tupi reencontra seu pai, que estranha a falta dos adornos da tribo tupi e ainda tema: o cheiro das tintas utilizadas no ritual antropofágico; tema: o índio tupi diz que foi preso pelos timbiras e que estes o soltaram quando souberam q tema: da existência do velho pai fraco e cego; o velho tupi pergunta onde fica a tribo timbira e tema: para ser levado para lá.
  • 12. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [sétimo canto] forma: estrofação irregular com versos heptassílabos [rimas irregulares] tema: o velho tupi agradece a gentileza dos timbiras, mas diz que nunca foi vencido nem tema: na guerra, nem em gentileza, por isso, solicita que o ritual se realize tema: o chefe timbira humilha o velho tupi, ao falar que o filho dele é indigno do sacrifício.
  • 13. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [oitavo canto] “Tu choraste em presença da morte? “Possas tu, isolado na terra, Na presença de estranhos choraste? Sem arrimo e sem pátria vagando, Não descende o cobarde do forte; Rejeitado da morte na guerra, Pois choraste, meu filho não és! Rejeitado dos homens na paz, Possas tu, descendente maldito Ser das gentes o espectro execrado; De uma tribo de nobres guerreiros, Não encontres amor nas mulheres, Implorando cruéis forasteiros, Teus amigos, se amigos tiveres, Seres presa de via Aimorés. Tenham alma inconstante e falaz! “Não encontres doçura no dia, “Que a teus passos a relva se torre; Nem as cores da aurora te ameiguem, Murchem prados, a flor desfaleça, E entre as larvas da noite sombria E o regato que límpido corre, Nunca possas descanso gozar: Mais te acenda o vesano furor; Não encontres um tronco, uma pedra, Suas águas depressa se tornem, Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos, Ao contacto dos lábios sedentos, Padecendo os maiores tormentos, Lago impuro de vermes nojentos, Onde possas a fronte pousar. Donde fujas com asco e terror!
  • 14. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [oitavo canto] “Sempre o céu, como um teto incendido, “Um amigo não tenhas piedoso Creste e punja teus membros malditos Que o teu corpo na terra embalsame, E oceano de pó denegrido Pondo em vaso d’argila cuidoso Seja a terra ao ignavo tupi! Arco e frecha e tacape a teus pés! Miserável, faminto, sedento, Sê maldito, e sozinho na terra; Manitôs lhe não falem nos sonhos, Pois que a tanta vileza chegaste, E do horror os espectros medonhos Que em presença da morte choraste, Traga sempre o cobarde após si. Tu, cobarde, meu filho não és.”
  • 15. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [nono canto] forma: estrofação irregular com versos decassílabos tema: o guerreiro tupi, ao ouvir as palavras do velho, lança seu grito de guerra e começa a lutar tema: a esmo; há, então, um alarido terrível na tribo; correria; combates; então o velho timbira tema: reconhece a bravura do guerreiro tupi e diz que ele está apto para o sacrifício; tema: o pai e o filho tupis choram de emoção.
  • 16. A POESIA DO ROMANTISMO primeira geração INDIANISMO [índio: ideal da identidade nacional] I-JUCA-PIRAMA, Gonçalves Dias [décimo canto] Um velho Timbira, coberto de glória, “Eu vi o brioso no largo terreiro Guardou a memória Cantar prisioneiro Do moço guerreiro, do velho Tupi! Seu canto de morte, que nunca esqueci: E à noite, nas tabas, se alguém duvidava Valente, como era, chorou sem ter pejo; Do que ele contava, Parece que o vejo, Dizia prudente: – “Meninos, eu vi! Que o tenho nest’hora diante de mi. “Eu disse comigo: Que infâmia d’escravo! Assim o Timbira, coberto de glória, Pois não, era um bravo; Guardava a memória Valente e brioso, como ele, não vi! Do moço guerreiro, do velho Tupi. E à fé que vos digo: parece-me encanto E à noite nas tabas, se alguém duvidava Que quem chorou tanto, Do que ele contava, Tivesse a coragem que tinha o Tupi!” Tornava prudente: “Meninos, eu vi!”. forma: quatro sextilhas de metro alternado 11 e 5 conteúdo: velho timbira é o guardião da memória do célebre guerreiro tupi.