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BIOLOGIA E CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS
UNIDADE 2
Controle e manejo de plantas daninhas
O controle de plantas daninhas é o processo de limitar as
infestações de espécies daninhas em uma área de cultivo, de
maneira que as plantas cultivadas cresçam sem interferências e as
atividades humanas possam se desenvolver adequadamente na
área. O controle envolve eliminar ou diminuir as espécies daninhas
já encontradas na área cultivada.
Manejo de plantas daninhas é diferente de controle. Já no manejo,
existe um sistema de planejamento completo do uso da terra, de
modo que a invasão de plantas daninhas seja minimizada,
principalmente as espécies mais agressivas, e que as plantas
cultivadas possuam capacidade competitiva superior às plantas
daninhas que ainda consigam crescer nesse ambiente.
A primeira coisa a se pensar é como controlar ou erradicar espécies
daninhas já presentes na lavoura ou na área a ser cultivada e
também como fazer a prevenção, para que não ocorra a entrada de
novas plantas daninhas no local, seja antes, durante ou após a
UNIDADE 2
Prevenção: Em qualquer área a ser preparada para o cultivo
ocorrerá a presença de espécies daninhas. O que pode ser feito é
evitar que essas espécies se desenvolvam antes do cultivo e
também evitar que novas espécies sejam introduzidas no local. A
prevenção no controle de plantas daninhas envolve inibir a
entrada de propágulos e diásporos na área cultivada e também
inibir o estabelecimento e a disseminação de espécies daninhas
já encontradas no local, para outras áreas de cultivo
Erradicação: A eliminação completa de uma espécie daninha
requer um manejo a longo prazo, envolvendo um planejamento
de prevenção e erradicação. Espécies parasitas, como do gênero
Cuscuta, são exemplos de plantas daninhas que podem ser
completamente erradicadas de uma área se o manejo for
adequado (ZIMDAHL, 2018).
UNIDADE 2
Prevenção: Em qualquer área a ser preparada para o cultivo
ocorrerá a presença de espécies daninhas. O que pode ser feito é
evitar que essas espécies se desenvolvam antes do cultivo e
também evitar que novas espécies sejam introduzidas no local. A
prevenção no controle de plantas daninhas envolve inibir a
entrada de propágulos e diásporos na área cultivada e também
inibir o estabelecimento e a disseminação de espécies daninhas
já encontradas no local, para outras áreas de cultivo
Erradicação: A eliminação completa de uma espécie daninha
requer um manejo a longo prazo, envolvendo um planejamento
de prevenção e erradicação. Espécies parasitas, como do gênero
Cuscuta, são exemplos de plantas daninhas que podem ser
completamente erradicadas de uma área se o manejo for
adequado (ZIMDAHL, 2018).
UNIDADE 2
Métodos de controle de plantas daninhas
Físico: controle manual das espécies daninhas, como o
arranque
manual, a capina manual, roçada, inundação, queima e o uso
de cobertura morta. Trata-se do mais antigo método de
controle utilizado pelo ser humano para combater as espécies
daninhas. Apesar disso, é pouco estudado, mas de grande
importância, principalmente nas pequenas propriedades e no
cultivo orgânico, onde o controle químico não é aplicado.
Mecânico: controle plantas daninhas com o uso de máquinas
e equipamentos específicos ou não. A maquinaria pode causar
mortalidade das plantas daninhas de diferentes formas:
através do sufocamento, pelo enterro parcial ou completo ou
desenterrando a planta e expondo suas raízes à superfície do
solo. Esse controle é mais efetivo em solos secos, o que evita
que a espécie daninha enraíze ou brote novamente no local.
UNIDADE 2
Métodos de controle de plantas daninhas
Cultural: práticas agrícolas tradicionais de bom uso do solo e
água, a rotação de cultura, espaçamento correto e o uso de
coberturas verdes são ótimos métodos de controle de plantas
daninhas. Essas técnicas também favorecem a planta
cultivada e contribuem para diminuir a infestação de plantas
daninhas na área. Exemplos rotação de cultura, manejo na
entressafra, espaçamento, adubação verde e cobertura morta.
UNIDADE 2
Métodos de controle de plantas daninhas
Biológico: utiliza-se outros seres vivos (fungos, bactérias, vírus,
insetos, aves etc.) que são inimigos naturais das espécies
daninhas, no controle de seu desenvolvimento e propagação. O
controle de plantas daninhas através desse método pode
complementar e integrar métodos químicos ou culturais,
aumentando a eliminação das espécies indesejáveis
UNIDADE 2
Métodos de controle biológico
• Herbivoria: uso de insetos herbívoros, que reduzirão a área foliar
e a capacidade fotossintética da planta daninha, levando à redução
da competitividade com a planta cultivada.
• Predação de sementes: utiliza-se animais que consumirão as
sementes antes ou após a dispersão dos diásporos pela planta
daninha. Pode-se utilizar besouros, formigas e camundongos.
• Fitopatogenia: utilização de patógenos de plantas daninhas,
como nematoides, fungos, bactérias e vírus. É o mais utilizado no
controle de plantas daninhas, devido à facilidade de reprodução
dos organismos em laboratório; facilidade na aplicação nas plantas
daninhas ou no solo; especificidade do patógeno com a planta
daninha.
• Pastejo: utilização de animais domesticados para diminuir o
crescimento das plantas daninhas em um local. Pode-se utilizar
patos, gansos, ovelhas, cabras e até peixes.
UNIDADE 2
Métodos de controle de plantas daninhas
Químico: é feito com o uso de produtos químicos, os famosos
herbicidas, sua introdução no controle de plantas daninhas alterou
drasticamente a produtividade de várias espécies cultivadas. O
método envolve a aplicação de produtos químicos para controlar a
germinação ou o crescimento de plantas daninhas. Possui as
vantagens:
• Eliminação precoce da competição entre plantas cultivadas e
plantas daninhas.
• Controle efetivo de plantas daninhas com morfologia similar à
planta cultivada,
plantas daninhas presentes dentro das linhas do cultivo e espécies
daninhas
problemáticas.
• Método garantido, com boa aplicação em solos problemáticos.
• Erradicação de espécies daninhas in situ.
• Não causa injúrias nas raízes das plantas cultivadas.
• A aragem do solo pode ser minimizada.
UNIDADE 2
Métodos de controle químico
Problemas com o uso de herbicidas
1. Surgimento de espécies daninhas resistentes à aplicação de
herbicidas.
2. Toxicidade comprovada em mamíferos e outros animais.
3. Riscos de poluição do solo e da água com resíduos químicos
provenientes da aplicação inadequada.
4. Aumento das monoculturas em detrimento da diversidade.
5. Falta de conhecimento técnico durante a aplicação pode causar
intoxicações em animais e no ser humano.
6. Aumento da preocupação da população quando aos riscos à
saúde através do consumo de alimentos que foram produzidos
com a aplicação de herbicidas.
Você deve compreender a necessidade o uso seletivo de herbicidas
nas infestações de plantas daninhas, para que os objetivos do
controle sejam atingidos. É importante aliar métodos de controle
culturais e mecânicos, para que ocorre melhora na efetividade do
uso do herbicida e no controle das plantas daninhas.
UNIDADE 2
Manejo integrado de plantas daninhas
O manejo integrado envolve a aplicação do conhecimento e tecnologias
disponíveis para o desenvolvimento e implementação de uma estratégia de
controle efetivo das plantas daninhas. A efetividade no controle está
relacionada ao sucesso na mortalidade ou redução da infestação das
espécies daninhas e à redução dos custos.
• As prováveis espécies daninhas que são esperadas na área de cultivo.
• O conhecimento da biologia e ecologia dessas plantas daninhas.
• Qual o período crítico para controle de plantas daninhas da espécie
cultivada.
• Estratégias de prevenção, para evitar a entrada de plantas daninhas ou a
infestação a logo prazo.
• Os métodos de controle disponíveis para essas espécies daninhas.
• Os métodos de controle com o menor custo-benefício para o produtor.
• A possibilidade de integração desses métodos de controle, com garantia
de qualidade nos resultados.
• Os possíveis efeitos deletérios dos métodos de controle na planta
cultivada.
• Quais métodos integrados gerarão menores custos para o produtor.
• A integração dos métodos deve causar o menor dano ao meio ambiente.
UNIDADE 2
Controle químico de plantas daninhas
 Herbicida é uma substância química ou organismo cultivado usado
para matar ou suprimir o crescimento de plantas.
 O desenvolvimento dos herbicidas ocorreu em conjunto à
mecanização da agricultura e outras inovações tecnológicas que
levaram a profundas mudanças na produtividade e na qualidade
dos cultivos.
 Os herbicidas são ferramentas importantes para o controle de
plantas daninhas.
Princípios básicos
• Escolha do herbicida apropriado para a espécie daninha-alvo.
• Tempo de aplicação apropriado.
• Técnica de aplicação que seja eficaz.
UNIDADE 2
Controle químico de plantas daninhas
Nomenclatura
 O herbicida terá um nome científico (o nome do composto
químico), um nome comum e também nomes comerciais.
 Os herbicidas são moléculas químicas, portanto, seu nome deriva
de sua estrutura.
 Quando falamos de nome comum, seria aquele mais conhecido
popularmente e que encontramos inclusive em reportagens e
artigos científicos sobre o assunto.
 Nomes comerciais são nomes fantasia para diferenciar produtos
de diferentes fabricantes contendo o mesmo composto herbicida.
UNIDADE 2
Classificação dos herbicidas
Química
 Os herbicidas podem ser classificados de acordo com sua
composição química em compostos inorgânicos, como ácidos e
sais.
 Já os compostos orgânicos possuem moléculas de carbono em sua
estrutura e podem ser ainda subdivididos em:
 Orgânicos nitrogenados possuem moléculas de nitrogênio em sua
composição
 Orgânicos não nitrogenados não possuem moléculas de nitrogênio
em sua composição
UNIDADE 2
Classificação dos herbicidas efeito
UNIDADE 2
Classificação dos herbicidas
Seletividade
 Seletivo: são químicos que matam somente tipos específicos de
plantas, como o 2,4-D, que só tem efeito em plantas de folha
larga.
 Não seletivo: são os que matam qualquer tipo de planta, como o
glifosato.
Tempo de aplicação
 Pré-cultivo ou semeadura: incorporado ao solo antes do plantio da
cultura, durante a aragem ou gradagem. O herbicida precisa estar
em contato com as plantas daninhas antes ou durante a
emergência.
 Pré-emergente: após a semeadura da lavoura, mas antes que as
plântulas da espécie cultivada e/ou espécie daninha emerjam do
solo
 Pós-emergentes: após o desenvolvimento da planta cultivada
e/ou da planta daninha, o que pode variar de acordo com a
espécie cultivada, a espécie daninha e o próprio herbicida. Nesse
caso, pode-se aplicar o herbicida sobre as espécies daninhas
UNIDADE 2
Classificação dos herbicidas
UNIDADE 2
Propriedade físico-químicas dos herbicidas
 As propriedades físico-químicas dos compostos herbicidas
que estão relacionadas com seu comportamento no
ambiente.
 Essas propriedades são avaliadas na hora da escolha do
herbicida que será aplicado e até na decisão de não utilizar o
controle químico, de acordo com as características
ambientais do local de aplicação.
As principais propriedades dos agrotóxicos analisadas são:
 Solubilidade em água, pressão de vapor, a constante de
ionização, constante de partição n-octanol/água e
coeficiente de partição no solo na matéria orgânica.
UNIDADE 2
Comportamento dos herbicidas nas plantas
 A absorção do herbicida pode ocorrer através da parte aérea
da planta ou através de suas raízes.
 Durante uma aplicação pós-emergente, a absorção através
das folhas é a mais significativa, mas todas as partes aéreas
podem absorver o herbicida.
 Já na aplicação pré-emergente, as raízes da plântula são o
local de absorção do herbicida, podendo ocorrer também
absorção na parte aérea da planta durante o processo de
germinação.
 A translocação envolve o transporte do herbicida do local de
absorção para o local de ação. Uma vez dentro do simplasto
da célula, o herbicida pode encontrar alguns caminhos
 Quando o herbicida é absorvido pelas raízes da planta o
transporte ocorre através dos vasos do xilema
 Quando o herbicida é absorvido pelas folhas ou pelos caules
das plantas a translocação ocorre pelos vasos do floema
UNIDADE 2
Comportamento dos herbicidas nas plantas
Após o herbicida ser absorvido pela planta, seja pela parte aérea
ou através das raízes, ele precisa atingir seu local de ação para
que realmente afete a planta daninha. As plantas daninhas
possuem mecanismos fisiológicos que podem impedir que o
herbicida chegue em seu sítio de ação.
UNIDADE 2
Seletividade dos herbicidas
 A seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle
químico de plantas daninhas na produção agrícola, considerada
medida da resposta diferencial de diversas espécies de plantas a
um determinado herbicida.
 As características das plantas que interferem na seletividade são
internas como a translocação e capacidade de metabolizar o
herbicida e externas como características morfológicas e
anatômicas que irão influenciar a absorção do herbicida.
 As diferenças nas rotas de absorção e translocação também
determinam a seletividade. Quanto mais rápido for a absorção e
translocação, maiores as chances de o herbicida agir naquela
planta.
 Espécies vegetais que conseguem barrar parcialmente a absorção
e diminuir a taxa de translocação podem ser seletivas a aplicação
de determinado herbicida.
 Plantas no início do desenvolvimento são mais susceptíveis a ação
da molécula herbicida.
AGRADECEMOS A PRESENÇA!

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  • 1. BIOLOGIA E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
  • 2. UNIDADE 2 Controle e manejo de plantas daninhas O controle de plantas daninhas é o processo de limitar as infestações de espécies daninhas em uma área de cultivo, de maneira que as plantas cultivadas cresçam sem interferências e as atividades humanas possam se desenvolver adequadamente na área. O controle envolve eliminar ou diminuir as espécies daninhas já encontradas na área cultivada. Manejo de plantas daninhas é diferente de controle. Já no manejo, existe um sistema de planejamento completo do uso da terra, de modo que a invasão de plantas daninhas seja minimizada, principalmente as espécies mais agressivas, e que as plantas cultivadas possuam capacidade competitiva superior às plantas daninhas que ainda consigam crescer nesse ambiente. A primeira coisa a se pensar é como controlar ou erradicar espécies daninhas já presentes na lavoura ou na área a ser cultivada e também como fazer a prevenção, para que não ocorra a entrada de novas plantas daninhas no local, seja antes, durante ou após a
  • 3. UNIDADE 2 Prevenção: Em qualquer área a ser preparada para o cultivo ocorrerá a presença de espécies daninhas. O que pode ser feito é evitar que essas espécies se desenvolvam antes do cultivo e também evitar que novas espécies sejam introduzidas no local. A prevenção no controle de plantas daninhas envolve inibir a entrada de propágulos e diásporos na área cultivada e também inibir o estabelecimento e a disseminação de espécies daninhas já encontradas no local, para outras áreas de cultivo Erradicação: A eliminação completa de uma espécie daninha requer um manejo a longo prazo, envolvendo um planejamento de prevenção e erradicação. Espécies parasitas, como do gênero Cuscuta, são exemplos de plantas daninhas que podem ser completamente erradicadas de uma área se o manejo for adequado (ZIMDAHL, 2018).
  • 4. UNIDADE 2 Prevenção: Em qualquer área a ser preparada para o cultivo ocorrerá a presença de espécies daninhas. O que pode ser feito é evitar que essas espécies se desenvolvam antes do cultivo e também evitar que novas espécies sejam introduzidas no local. A prevenção no controle de plantas daninhas envolve inibir a entrada de propágulos e diásporos na área cultivada e também inibir o estabelecimento e a disseminação de espécies daninhas já encontradas no local, para outras áreas de cultivo Erradicação: A eliminação completa de uma espécie daninha requer um manejo a longo prazo, envolvendo um planejamento de prevenção e erradicação. Espécies parasitas, como do gênero Cuscuta, são exemplos de plantas daninhas que podem ser completamente erradicadas de uma área se o manejo for adequado (ZIMDAHL, 2018).
  • 5. UNIDADE 2 Métodos de controle de plantas daninhas Físico: controle manual das espécies daninhas, como o arranque manual, a capina manual, roçada, inundação, queima e o uso de cobertura morta. Trata-se do mais antigo método de controle utilizado pelo ser humano para combater as espécies daninhas. Apesar disso, é pouco estudado, mas de grande importância, principalmente nas pequenas propriedades e no cultivo orgânico, onde o controle químico não é aplicado. Mecânico: controle plantas daninhas com o uso de máquinas e equipamentos específicos ou não. A maquinaria pode causar mortalidade das plantas daninhas de diferentes formas: através do sufocamento, pelo enterro parcial ou completo ou desenterrando a planta e expondo suas raízes à superfície do solo. Esse controle é mais efetivo em solos secos, o que evita que a espécie daninha enraíze ou brote novamente no local.
  • 6.
  • 7. UNIDADE 2 Métodos de controle de plantas daninhas Cultural: práticas agrícolas tradicionais de bom uso do solo e água, a rotação de cultura, espaçamento correto e o uso de coberturas verdes são ótimos métodos de controle de plantas daninhas. Essas técnicas também favorecem a planta cultivada e contribuem para diminuir a infestação de plantas daninhas na área. Exemplos rotação de cultura, manejo na entressafra, espaçamento, adubação verde e cobertura morta.
  • 8.
  • 9. UNIDADE 2 Métodos de controle de plantas daninhas Biológico: utiliza-se outros seres vivos (fungos, bactérias, vírus, insetos, aves etc.) que são inimigos naturais das espécies daninhas, no controle de seu desenvolvimento e propagação. O controle de plantas daninhas através desse método pode complementar e integrar métodos químicos ou culturais, aumentando a eliminação das espécies indesejáveis
  • 10. UNIDADE 2 Métodos de controle biológico • Herbivoria: uso de insetos herbívoros, que reduzirão a área foliar e a capacidade fotossintética da planta daninha, levando à redução da competitividade com a planta cultivada. • Predação de sementes: utiliza-se animais que consumirão as sementes antes ou após a dispersão dos diásporos pela planta daninha. Pode-se utilizar besouros, formigas e camundongos. • Fitopatogenia: utilização de patógenos de plantas daninhas, como nematoides, fungos, bactérias e vírus. É o mais utilizado no controle de plantas daninhas, devido à facilidade de reprodução dos organismos em laboratório; facilidade na aplicação nas plantas daninhas ou no solo; especificidade do patógeno com a planta daninha. • Pastejo: utilização de animais domesticados para diminuir o crescimento das plantas daninhas em um local. Pode-se utilizar patos, gansos, ovelhas, cabras e até peixes.
  • 11. UNIDADE 2 Métodos de controle de plantas daninhas Químico: é feito com o uso de produtos químicos, os famosos herbicidas, sua introdução no controle de plantas daninhas alterou drasticamente a produtividade de várias espécies cultivadas. O método envolve a aplicação de produtos químicos para controlar a germinação ou o crescimento de plantas daninhas. Possui as vantagens: • Eliminação precoce da competição entre plantas cultivadas e plantas daninhas. • Controle efetivo de plantas daninhas com morfologia similar à planta cultivada, plantas daninhas presentes dentro das linhas do cultivo e espécies daninhas problemáticas. • Método garantido, com boa aplicação em solos problemáticos. • Erradicação de espécies daninhas in situ. • Não causa injúrias nas raízes das plantas cultivadas. • A aragem do solo pode ser minimizada.
  • 12. UNIDADE 2 Métodos de controle químico Problemas com o uso de herbicidas 1. Surgimento de espécies daninhas resistentes à aplicação de herbicidas. 2. Toxicidade comprovada em mamíferos e outros animais. 3. Riscos de poluição do solo e da água com resíduos químicos provenientes da aplicação inadequada. 4. Aumento das monoculturas em detrimento da diversidade. 5. Falta de conhecimento técnico durante a aplicação pode causar intoxicações em animais e no ser humano. 6. Aumento da preocupação da população quando aos riscos à saúde através do consumo de alimentos que foram produzidos com a aplicação de herbicidas. Você deve compreender a necessidade o uso seletivo de herbicidas nas infestações de plantas daninhas, para que os objetivos do controle sejam atingidos. É importante aliar métodos de controle culturais e mecânicos, para que ocorre melhora na efetividade do uso do herbicida e no controle das plantas daninhas.
  • 13. UNIDADE 2 Manejo integrado de plantas daninhas O manejo integrado envolve a aplicação do conhecimento e tecnologias disponíveis para o desenvolvimento e implementação de uma estratégia de controle efetivo das plantas daninhas. A efetividade no controle está relacionada ao sucesso na mortalidade ou redução da infestação das espécies daninhas e à redução dos custos. • As prováveis espécies daninhas que são esperadas na área de cultivo. • O conhecimento da biologia e ecologia dessas plantas daninhas. • Qual o período crítico para controle de plantas daninhas da espécie cultivada. • Estratégias de prevenção, para evitar a entrada de plantas daninhas ou a infestação a logo prazo. • Os métodos de controle disponíveis para essas espécies daninhas. • Os métodos de controle com o menor custo-benefício para o produtor. • A possibilidade de integração desses métodos de controle, com garantia de qualidade nos resultados. • Os possíveis efeitos deletérios dos métodos de controle na planta cultivada. • Quais métodos integrados gerarão menores custos para o produtor. • A integração dos métodos deve causar o menor dano ao meio ambiente.
  • 14. UNIDADE 2 Controle químico de plantas daninhas  Herbicida é uma substância química ou organismo cultivado usado para matar ou suprimir o crescimento de plantas.  O desenvolvimento dos herbicidas ocorreu em conjunto à mecanização da agricultura e outras inovações tecnológicas que levaram a profundas mudanças na produtividade e na qualidade dos cultivos.  Os herbicidas são ferramentas importantes para o controle de plantas daninhas. Princípios básicos • Escolha do herbicida apropriado para a espécie daninha-alvo. • Tempo de aplicação apropriado. • Técnica de aplicação que seja eficaz.
  • 15. UNIDADE 2 Controle químico de plantas daninhas Nomenclatura  O herbicida terá um nome científico (o nome do composto químico), um nome comum e também nomes comerciais.  Os herbicidas são moléculas químicas, portanto, seu nome deriva de sua estrutura.  Quando falamos de nome comum, seria aquele mais conhecido popularmente e que encontramos inclusive em reportagens e artigos científicos sobre o assunto.  Nomes comerciais são nomes fantasia para diferenciar produtos de diferentes fabricantes contendo o mesmo composto herbicida.
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  • 17. UNIDADE 2 Classificação dos herbicidas Química  Os herbicidas podem ser classificados de acordo com sua composição química em compostos inorgânicos, como ácidos e sais.  Já os compostos orgânicos possuem moléculas de carbono em sua estrutura e podem ser ainda subdivididos em:  Orgânicos nitrogenados possuem moléculas de nitrogênio em sua composição  Orgânicos não nitrogenados não possuem moléculas de nitrogênio em sua composição
  • 18. UNIDADE 2 Classificação dos herbicidas efeito
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  • 20. UNIDADE 2 Classificação dos herbicidas Seletividade  Seletivo: são químicos que matam somente tipos específicos de plantas, como o 2,4-D, que só tem efeito em plantas de folha larga.  Não seletivo: são os que matam qualquer tipo de planta, como o glifosato. Tempo de aplicação  Pré-cultivo ou semeadura: incorporado ao solo antes do plantio da cultura, durante a aragem ou gradagem. O herbicida precisa estar em contato com as plantas daninhas antes ou durante a emergência.  Pré-emergente: após a semeadura da lavoura, mas antes que as plântulas da espécie cultivada e/ou espécie daninha emerjam do solo  Pós-emergentes: após o desenvolvimento da planta cultivada e/ou da planta daninha, o que pode variar de acordo com a espécie cultivada, a espécie daninha e o próprio herbicida. Nesse caso, pode-se aplicar o herbicida sobre as espécies daninhas
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  • 23. UNIDADE 2 Propriedade físico-químicas dos herbicidas  As propriedades físico-químicas dos compostos herbicidas que estão relacionadas com seu comportamento no ambiente.  Essas propriedades são avaliadas na hora da escolha do herbicida que será aplicado e até na decisão de não utilizar o controle químico, de acordo com as características ambientais do local de aplicação. As principais propriedades dos agrotóxicos analisadas são:  Solubilidade em água, pressão de vapor, a constante de ionização, constante de partição n-octanol/água e coeficiente de partição no solo na matéria orgânica.
  • 24. UNIDADE 2 Comportamento dos herbicidas nas plantas  A absorção do herbicida pode ocorrer através da parte aérea da planta ou através de suas raízes.  Durante uma aplicação pós-emergente, a absorção através das folhas é a mais significativa, mas todas as partes aéreas podem absorver o herbicida.  Já na aplicação pré-emergente, as raízes da plântula são o local de absorção do herbicida, podendo ocorrer também absorção na parte aérea da planta durante o processo de germinação.  A translocação envolve o transporte do herbicida do local de absorção para o local de ação. Uma vez dentro do simplasto da célula, o herbicida pode encontrar alguns caminhos  Quando o herbicida é absorvido pelas raízes da planta o transporte ocorre através dos vasos do xilema  Quando o herbicida é absorvido pelas folhas ou pelos caules das plantas a translocação ocorre pelos vasos do floema
  • 25. UNIDADE 2 Comportamento dos herbicidas nas plantas Após o herbicida ser absorvido pela planta, seja pela parte aérea ou através das raízes, ele precisa atingir seu local de ação para que realmente afete a planta daninha. As plantas daninhas possuem mecanismos fisiológicos que podem impedir que o herbicida chegue em seu sítio de ação.
  • 26. UNIDADE 2 Seletividade dos herbicidas  A seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas na produção agrícola, considerada medida da resposta diferencial de diversas espécies de plantas a um determinado herbicida.  As características das plantas que interferem na seletividade são internas como a translocação e capacidade de metabolizar o herbicida e externas como características morfológicas e anatômicas que irão influenciar a absorção do herbicida.  As diferenças nas rotas de absorção e translocação também determinam a seletividade. Quanto mais rápido for a absorção e translocação, maiores as chances de o herbicida agir naquela planta.  Espécies vegetais que conseguem barrar parcialmente a absorção e diminuir a taxa de translocação podem ser seletivas a aplicação de determinado herbicida.  Plantas no início do desenvolvimento são mais susceptíveis a ação da molécula herbicida.