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Pais superprotetores: Filhos inseguros
Posted on 03/08/2017 EstimaPosted in autoconfiança, comportamento, dicas, insegurança, Sem categoria
Por Carolina F. Arantes
A autoconfiança é o sentimento que o indivíduo tem com relação a
sua capacidade de desempenhar tarefas. Uma pessoa segura e
confiante é aquela que se vê como capaz de realizar com sucesso
suas funções e desafios cotidianos. Mas porque algumas pessoas
são confiantes e outras não?
A autoconfiança do indivíduo é desenvolvida na infância e isso
acontece a partir de experiências que, por si só, geram bons
resultados. Ela não depende necessariamente do elogio dos pais ou
de outras pessoas, mas sim do resultado obtido a partir do próprio
comportamento. Então, se a criança tenta pegar um copo no
armário e consegue alcançá-lo, se sentirá capaz de alcançar esse
tipo de objetivo. Dessa forma, a tendência é que ela continue
tentando realizar tarefas desafiadoras, uma vez que teve a
experiência de tentar e conseguir.
E o que a superproteção tem a ver com
insegurança?
O papel dos pais é criar as condições necessárias para que seus
filhos possam emitir os comportamentos que irão gerar bons
resultados. E é aqui que entra o problema da superproteção.
Os pais superprotetores têm boa intenção. Como o próprio nome
diz, seu intuito é proteger o filho de qualquer mal, seja de um risco
que ameace sua integridade física (como cair, bater a cabeça,
quebrar um membro) ou de qualquer coisa que possa lhe fazer
sofrer (como a frustração, a tristeza, o medo). O problema é que,
para isso,eles impedem que a criança se envolva em uma série de
situações que seriam oportunidades de emitir um comportamento e
ter uma conquista como resultado.Restringir as atividades do filho e
fazer tudo por ele significa reduzir o número de oportunidades para
desenvolver habilidades.
Isso terá como consequência sentimento de insegurança e
ansiedade diante de desafios, caracterizando a falta de
autoconfiança. Além disso, quando os pais superprotegem o filho,
ocorre um apego exagerado entre eles e a sua separação, mesmo
que por um curto período de tempo, se torna muito aversiva para a
criança. Neste caso, a criança fica sujeita a desenvolver Transtorno
de Ansiedade de Separação, que é um quadro clínico gerador de
muito sofrimento para a criança e sua família e que exige
tratamento psicoterápico.
Criando filhos confiantes
Solicitar e esti mular o
envolvimento da criança em atividades cotidianas, como
guardar os brinquedos, colocar e tirar a mesa, fazer algum lanche,
criar uma brincadeira, comprar algo sozinha, é uma forma de expor
o filho a situações nas quais diferentes habilidades poderão ser
desenvolvidas. A comunicação da tarefa deve ser clara para a
criança, isto é, os pais precisam dizer exatamente o que deve ser
feito.
Por exemplo: “Filho,desça e compre pão, leite e um docinho para
você, enquanto estaciono o carro”.
É muito importanteque os pais se atentem para as dificuldades
que uma tarefa possui e analise se a criança tem habilidade
suficiente para realiza-la. No caso de tarefas complexas, é
indicado que os pais a dividam em partes e estimule o filho a
realizar uma parte mais simples.
Por exemplo, quando a mãe for fazer um suco para a criança, ela
pode solicitar que o filho adoce o mesmo; quando o pai for trocar o
pneu do carro, pode pedir que o filho lhe entregue e guarde as
ferramentas. Quando a criança se envolve com tarefas como essas
ela tem a oportunidade de ver o resultado de seus comportamentos,
de perceber que seu esforço tem um resultado importante.
Também é necessário que os pais enfatizem o quanto a ajuda da
criança foi relevante, explicando-lhe o porquê (mostrar de forma
clara qual foi o resultado da colaboração da criança).
Estabelecer um equilíbrio entre a exposição do filho a alguns
desafios e a sua proteção pode ser complicado. É fundamental
que os pais adequem as dificuldades da tarefa às habilidades da
criança e que estejam sempre disponíveis para prestar o auxílio
necessário diante das dificuldades. Assim, a criança não se sentirá
sozinha e desprotegida e nem incapaz e insegura.

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  • 2. fazer tudo por ele significa reduzir o número de oportunidades para desenvolver habilidades. Isso terá como consequência sentimento de insegurança e ansiedade diante de desafios, caracterizando a falta de autoconfiança. Além disso, quando os pais superprotegem o filho, ocorre um apego exagerado entre eles e a sua separação, mesmo que por um curto período de tempo, se torna muito aversiva para a criança. Neste caso, a criança fica sujeita a desenvolver Transtorno de Ansiedade de Separação, que é um quadro clínico gerador de muito sofrimento para a criança e sua família e que exige tratamento psicoterápico. Criando filhos confiantes Solicitar e esti mular o envolvimento da criança em atividades cotidianas, como guardar os brinquedos, colocar e tirar a mesa, fazer algum lanche, criar uma brincadeira, comprar algo sozinha, é uma forma de expor o filho a situações nas quais diferentes habilidades poderão ser desenvolvidas. A comunicação da tarefa deve ser clara para a criança, isto é, os pais precisam dizer exatamente o que deve ser feito. Por exemplo: “Filho,desça e compre pão, leite e um docinho para você, enquanto estaciono o carro”. É muito importanteque os pais se atentem para as dificuldades que uma tarefa possui e analise se a criança tem habilidade suficiente para realiza-la. No caso de tarefas complexas, é indicado que os pais a dividam em partes e estimule o filho a realizar uma parte mais simples.
  • 3. Por exemplo, quando a mãe for fazer um suco para a criança, ela pode solicitar que o filho adoce o mesmo; quando o pai for trocar o pneu do carro, pode pedir que o filho lhe entregue e guarde as ferramentas. Quando a criança se envolve com tarefas como essas ela tem a oportunidade de ver o resultado de seus comportamentos, de perceber que seu esforço tem um resultado importante. Também é necessário que os pais enfatizem o quanto a ajuda da criança foi relevante, explicando-lhe o porquê (mostrar de forma clara qual foi o resultado da colaboração da criança). Estabelecer um equilíbrio entre a exposição do filho a alguns desafios e a sua proteção pode ser complicado. É fundamental que os pais adequem as dificuldades da tarefa às habilidades da criança e que estejam sempre disponíveis para prestar o auxílio necessário diante das dificuldades. Assim, a criança não se sentirá sozinha e desprotegida e nem incapaz e insegura.