Um gigante sem órgãos sexuais ou olhos ataca Thaís, rasgando uma de suas pernas com seus dentes afiados. Lucas tenta salvá-la, mas é atingido pelo gigante. Eles tentam fugir, mas são bloqueados por outro monstro humanoide, ficando encurralados entre as duas criaturas.

1. O gigante era monstruoso. Eu nunca tinha visto nada igual. Tinha
uma aparência semelhante à de um humano, porém estava despido e não
possuía órgão sexual. Seu corpo estava coberto com sangue e não possuía
olhos, apenas duas fissuras negras. Gania estridentemente. Suas garras e
presas eram enormes.
Seus largos passos fizeram com que, embora fosse devagar, pegasse
Thaís e aproximasse-a de sua boca. Pretendia devorá-la.
A garota se debatia, gritava, chorava, esperneava, implorava, rezava.
Tentou atirar nele com sua espingarda, porém o gigante tomou-a antes que
pudesse fazer qualquer coisa e quebrou a arma contra as costas da moça.
Pude ver o desespero em seu olhar. Pude sentir a dor em seu coração.
Vi Thaís, que era forte e fria, se apavorar e chorar como uma criança em
frente a um monstro do armário. Porém, neste caso, o monstro era real.
Lucas voltou para salvar a amiga. Embora acreditasse que deveria
sobreviver a qualquer custo, o sentimento que tinha por ela era mais forte.
Atingiu a perna da criatura com sua adaga. O colosso berrou e chutou o
rapaz que foi atirado em minha direção, me acertou e me derrubou.
Em seguida, o monstro abriu a boca para predar Thaís.

2. Devorou uma de suas pernas.
O sangue dela esguichou para todas as direções. Ela gritou. Meu
coração sentiu aquela dor. Eu nunca havia visto alguém sofrer tanto. Eu já
estava aos prantos. Lucas também.
- Não há mais o que fazer. Ela será morta com certeza – Murmurou o
rapaz, com muita dificuldade.
Retomamos a fuga. Porém, o outro monstro, a criatura humanoide
que havia me atacado quando acordei na ilha, surgiu da floresta e se
posicionou à nossa frente.
De um lado, o gigante. De outro lado, a besta.