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    UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
   DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV
CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA




             Elcione de Araujo Silva Lima




   “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE
  ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2”




               Conceição do Coité
                     2012
1



          Elcione de Araujo Silva Lima




 “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE
ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2”




                Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
                Departamento de Educação – Campus XIV, da
                Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como
                requisito avaliativo para obtenção do Grau de
                Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua
                Inglesa.

                Orientador: Prof. Emanuel do Rosário Santos
                Nonato




              Conceição do Coité
                    2012
2



            Elcione de Araujo Silva Lima




 “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE
ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2”




                   Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
                   Departamento de Educação – Campus XIV, da
                   Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como
                   requisito avaliativo para obtenção do Grau de
                   Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua
                   Inglesa.




             BANCA EXAMINADORA


    _________________________________________

   Prof. Orientador: Emanuel do Rosário Santos Nonato


    _________________________________________

           Profª. Neila Maria Oliveira Santana


    _________________________________________

             Prof.ª Mary Valda Souza Sales




                  Conceição do Coité
                        2012
3




Dedico este trabalho a todos os que militam e
dedicam a sua vida a educação, principalmente ao
professores de Língua Inglesa que encontrem nesta
pesquisa   uma     ferramenta   para      facilitar   o
ensino/aprendizagem,   e   porque   não     dizer,    a
aquisição de L2.
4



                                   Agradecimentos


A Deus, autor da vida e fonte de sabedoria, pelo seu amor imensurável e pelo seu
cuidado todo especial, em todas as etapas da minha vida. A Ele eu devo minha
saúde e sabedoria, minha vida e tudo que tenho e sou.


Aos meus Pais, minhas irmãs e ao meu irmão, meus avós, meus primos e toda a
família por tudo o que fazem por mim, pelo incentivo e disponibilidade, compreensão
e todo o apoio a mim dispensado;


Agradeço a meu esposo Jivanildo e a minha Filha Ludmylla que entenderam as
preocupações e urgência da universidade, e souberam o valor que a falta de tempo
para eles teriam para a minha formação profissional.


A Dindinha Zefa (in memorian) que na sua sabedoria divina, sempre me incentivou a
ir em busca do conhecimento, mostrando que esse é o maior bem que uma pessoa
pode ter.


Ao Professor Emanuel do Rosário Santos Nonato, meu orientador, que com muita
sabedoria, interesse, competência e prazer me ajudou a desenvolver este trabalho.
Sou grata pelo afeto transmitido, e por que não agradecer pelas brincadeiras e
conversas descontraídas, processo fundamental para que o trabalho fluísse com
responsabilidade e naturalidade.


Aos Professores do Campus XIV, especialmente do curso de Letras com Habilitação
em Língua Inglesa, que contribuíram de forma significativa para a minha formação
pessoal e profissional, e aqueles que nos momentos difíceis, com amizade e
companheirismo me impulsionou a não desistir desta jornada.


Aos professores que passaram pelo nosso curso e se tornaram inesquecíveis:
Maiana Rose, Flavia Aninger, Paulo de Tarso, Plínio Oliveira, Rosana Dórea e
Cristina Carvalho, Luis Roberto Resende, meu carinho e agradecimento. Aos
professores que permaneceram Irenilza Oliveira, Raulino Batista, Mônica Veloso,
5



Neila Santana, Rita Sacramento, Ivana Libertadoira e Fernando Sodré meu muito
obrigado.


Aos colegas que com incomparável carinho, ultrapassaram os limites formais de um
grupo com afinidades acadêmicas para se transformar em amigos verdadeiros. Em
especial a minha equipe de trabalho: Evanilson, Jussiara, Mikaely e Marilene que
diante dos novos desafios sempre estávamos juntos para aprender com as
dificuldades encontradas, e nos alegrar com as vitorias alcançadas.


Ao meu Médico Dr. José Coriolano, que com sabedoria divina soube cuidar de
minha saúde com eficiência, agilidade e atenção, contribuindo para a minha cura
física.


Aos Fisioterapeutas Dr. Sócrates Eduardo, Manásseis Mascarenhas, Sarah Leite,
Luziane Simões e Luziane Santos, que com dedicação e persistência me ajudaram
na recuperação da cirurgia e me ensinaram recomeçar.


Aos amigos, que contribuíram com a minha trajetória, compartilhando as
adversidades do dia-a-dia, sorrisos e lágrimas, preocupação e diversão, sem eles a
vida não teria sentido.


A direção e funcionários do departamento, em especial a Henrique Valença, Roberto
Freitas, Margarete Simões que tiravam nossas dúvidas e sempre estavam dispostos
a nós ajudar, sem esquecer-me de Laerte (nosso motorista), que não media
esforços pra nos levar a outros espaços de conhecimentos e Dona Lita (nossa
maezona) que cuidava da nossa sala como se fosse a extensão de nossas casas.


A direção, professores e os alunos do Colégio Estadual Professora Olgarina
Pitangueira Pinheiro que contribuíram para que esta pesquisa fosse realizada e a
professora e colega Dalila Araujo pela sugestão e incentivo para coletar os dados
em sua turma. E a todos que de alguma forma contribuíram significativamente para
a realização deste trabalho.
6




O sonho pelo qual eu luto, exige que eu
invente em mim a coragem de lutar, ao lado da
coragem de amar.


                                 Paulo Freire
7



                                     RESUMO


Este trabalho descreve e analisa a inserção de ferramentas telemáticas,
principalmente a Internet e a comunidade de idiomas Livemocha no
ensino/aprendizado de Língua Inglesa e apresenta alguns fundamentos teóricos
sobre educação e tecnologia e sua contribuição para a aquisição de LI. Tem como
objetivos verificar a pertinência da adoção da comunidade Livemocha para o
ensino/aprendizagem de LI e se esta contribui para o aprimoramento das
habilidades necessárias para aquisição de segunda língua. A metodologia é
definida como Estudo de Caso, que com os instrumentos necessários permitiu
conhecer o problema, os sujeitos desta pesquisa, suas influências e, a partir da
análise dos dados, os resultados alcançados. Estes resultados mostram que a
inserção do Livemocha permitiu a interação com falantes nativos, práticas úteis para
aperfeiçoar as habilidades para aquisição de LI. Esta pesquisa também possibilitou
identificar abordagens estimuladoras, concretas e contextualizadas para que os
alunos possam adquirir habilidades para se tornar um ser bilíngue.

Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Ensino/Aprendizagem de LI. Abordagem de
Ensino. Livemocha.
8



                                    ABSTRACT


This paper describes and analyzes the inclusion of telematic tools , mainly the
Internet and the language community Livemocha in the process of teaching/learning
English Language and it presents some theoretical foundations on education
and technology and their contribution to EL acquisition. It also aims to verify the
validity of adopting the community Livemocha for teaching / learning of EL and
whether this contributes to the improvement of skills of second language
acquisition. The methodology is defined as a Case Study, and with the usage of the
necessary tools they helped to identify the problem, the subjects of this
research, and their influences, from the data analysis, to the results
achieved. The results show that the insertion of Livemocha allowed students to
interact with native speakers, a useful practice In order to improve the skills for EL
acquisition. This paper also enabled the identification of stimulatory, concrete and
contextualized approaches so that students can acquire the skills needed to become
bilingual.


Keywords: Education. Technology. Education / Learning LI. Approach to Teaching .
Livemocha.
9

                                    SUMÁRIO

                                                           Páginas
1 INTRODUÇÃO                                                10
2 A INTERNET E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA      12
2.1Internet                                                 13
2.2 Internet na sala de aula                                16
2.3 Ensino de L2                                            19
2.4 Internet: prós e contra no ensino/aprendizagem de L2    21
2.5 Comunidade de Idiomas: Livemocha                        23
3 METODOLOGIA                                               26
3.1 Fundamentos Epistemológicos                             26
3.2 Método                                                  27
3.2.1 Do problema                                           30
3.2.2 Do Objetivo Geral                                     30
3.2.3 Dos Objetivos Específicos                             30
3.2.4 Locus                                                 30
3.2.5 Sujeitos                                              31
3.2.6 Instrumentos                                          32
4 ANÁLISE DE DADOS                                          33
5 CONSIDERAÇOES FINAIS                                      44
REFERÊNCIAS                                                 46
ANEXOS                                                      49
10



                                  INTRODUÇÃO


      No contexto atual, em que se percebe o desenvolvimento da ciência e da
tecnologia, é urgente a inserção da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)
na Educação. É inegável a importância das TIC para todos os setores da sociedade,
e principalmente no contexto escolar. Usar ferramentas tecnológicas para facilitar o
ensino/aprendizado é uma metodologia atual, dinâmica e presente na vida dos
alunos.
      Partindo desse princípio Educação e Tecnologia, percebe-se a necessidade
de adotar para as escolas e principalmente para as aulas de Língua Inglesa essas
ferramentas. A Internet é uma dessas ferramentas que possibilita o acesso à
informação, supera fronteiras, promove a interação de muitas pessoas ao redor do
mundo. É uma rede com múltiplos recursos, na qual facilita a comunicação e motiva
para que a aprendizagem seja mais rápida e significativa.
      Como a língua predominante na Internet é o inglês, a aprendizagem dessa
língua se torna cada vez mais necessária e também cada vez mais acessível a um
grande número de pessoas. Pois, com os benefícios da Internet o professor pode
fazer uso dela para criar ambientes de aprendizagem. Nessa perspectiva, muitos
teóricos estão escrevendo sobres estes temas, os quais nos dão base teórica para
escrever e pesquisar cada vez mais. Apesar do crescimento exponencial de
pesquisas sobre Internet nas áreas de Educação e Comunicação, o tema “O uso do
Livemocha como ferramenta de ensino/aprenzidagem para aquisição de L2” ainda
não se tornou objeto de estudos de pesquisadores brasileiros e essa é uma das
razões pelas quais foi abordado neste trabalho.
      O interesse em pesquisar sobre a Internet e posteriormente a comunidade
Livemocha surgiu a partir da necessidade de aprender uma segunda Língua com
falantes nativos de forma prática, dinâmica e sem precisar sair de casa. Essa
pesquisa apresenta uma geração que interage cotidianamente com a Internet, que
constroem saberes a partir dessas interações, mas que apresentam dificuldades
para se comunicar devido à falta de uma segunda Língua.
      A comunidade de aprendizado Livemocha é a maior comunidade global on-
line para estudantes de idiomas, com lições gratuitas e um número considerável de
usuários ao redor do mundo que contribui para a aquisição de um novo idioma. Com
a Livemocha, é possível desenvolver as quatro habilidades linguísticas, com
11



estratégias que irão ajudar o aprendiz a conduzir conversas em um idioma
estrangeiro.
      A inserção do Livemocha como uma abordagem complementar ao ensino/
aprendizagem de Língua Inglesa no Colégio Estadual Professora Olgarina
Pitangueira Pinheiro, pela Professora Dalila Araujo na turma do 2° ano matutino foi o
fato que possibilitou essa pesquisa. Diante disso, foi questionado como a
comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do 2º ano
do ensino médio?
      Respondendo a esta questão, levam-se em conta os objetivos que verificaram
a aquisição de Língua Inglesa e o aprimoramento das quatro habilidades a partir da
inserção da Internet e da comunidade Livemocha na turma do 2° ano do ensino
médio. Os dados indicam que é possível inserir as ferramentas telemáticas no
ensino de Língua Inglesa e que, a partir delas, pode-se adquirir as habilidades
necessárias ao falante de LI, através de interações com falantes nativos e a
produção escrita com feedback de professores.
      Esta pesquisa está estruturada em três capítulos: capítulo teórico, capítulo
metodológico e capítulo de análise de dados. No primeiro capítulo aborda-se o
contexto histórico da Internet, a inserção da Internet na sala de aula, o que significa
ensinar e aprender L2, os prós e contra da Internet no ensino de Língua Inglesa e o
que é, e quais as características da comunidade de aprendizagem Livemocha no
processo de ensino/aprendizagem de LI.
      No segundo capítulo, o da metodologia foi apresentado uma pesquisa de
campo com procedimentos de um Estudo de Caso, visando conhecer a escola, os
sujeitos e o problema a ser analisado. Diante disso, foram usados alguns
instrumentos como observação, questionário e entrevista semi-estruturada a fim de
consolidar os dados pesquisados para, no capítulo 4, analisá-los, sistematizando as
informações sobre a interação dos sujeitos com outros usuários do Livemocha e
analisando essa experiência a partir dos questionários e das observações
realizadas. Esta análise permite caracterizar esta comunidade como uma ferramenta
atual e importante para a aquisição de Língua Inglesa.
      Durante a leitura desta monografia o leitor se defrontará com o universo da
Internet e suas ferramentas que seduzem uma geração conectada, que diante do
desafio de aprender uma segunda língua desenvolve uma estratégia eficiente e
envolvente, capaz de adentrar ao mundo dos idiomas.
12



2 A INTERNET E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA


       O contexto histórico da educação mostra que as mudanças no ensino formal
foram ocorrendo de forma gradual, de acordo com a realidade e perspectivas da
humanidade para o momento vivido. Novos paradigmas surgiram e impulsionaram
as transformações que deveriam ocorrer no processo educativo, em grande parte
porque a sociedade e o setor produtivo exigiam tais mudanças.
       Atualmente, a educação formal defronta-se com um novo desafio: incorporar
as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para facilitar a inclusão de seus
alunos no mundo contemporâneo. As tecnologias possibilitam novas formas de
ensinar e aprender, proporcionando maior dinamismo e interação no processo de
construção do conhecimento. Com as TIC foram disponibilizadas diversas
ferramentas que, gradativamente, estão sendo incorporadas à educação, dentre elas
a Internet. A Internet é uma ferramenta com várias estratégias que podem ser
utilizadas   para   o   ensino/aprendizagem,   como     o   correio   eletrônico,   as
videoconferências, as comunidades virtuais, dentre outras. A Internet potencializa a
interação social, a capacidade de comunicar-se, o desenvolvimento do pensamento
e o prazer de aprender, na qual a construção coletiva do conhecimento se efetiva,
permitindo ainda, acompanhar a aprendizagem do aluno.
       Assim, como toda ferramenta tecnológica, a Internet tem suas potencialidades
e limitações. Portanto, faz se necessário que os professores saibam manipulá-las,
conhecendo seus prós e contras, sabendo dominá-la, para depois inovar, inventar,
criar atividades, interligar com o conteúdo da maneira adequada, para que a aula
seja dinâmica e o conhecimento proveitoso. Castells (1999, p. 36) menciona que o
surgimento de um novo sistema de comunicação global “está mudando e mudará
para sempre nossa cultura atribuindo a tecnologia as mudanças culturais a ela
associada.” Sendo assim, é relevante destacar o aumento do interesse dos alunos
quando se deparam com as diversas possibilidades oferecidas pelas TIC. A atenção
voltada as TIC e, principalmente, a Internet levam o educador a explorar e aproveitar
ao máximo esses recursos.
       No ensino de língua estrangeira não pode ser diferente. O educador deve
conhecer os recursos disponíveis na Internet, lapidá-los e por em prática em sala de
aula, para que seus alunos sejam motivados a aprender uma segunda língua,
buscando ser autônomos e que cada dia mais aperfeiçoem seu conhecimento. Por
13



isso, “é preciso desenvolver dispositivos em que simultaneamente, se ensine e se
aprenda” (ALAVA, 2002, p. 203).
          Assim, se a Internet for usada de maneira específica, os materiais disponíveis
vão se tornando mais interessantes, pois ela é um ambiente rico em informações e
mecanismos que permitem a interação direta, que contribuem para aquisição da
língua inglesa. À medida que a tecnologia vai se desenvolvendo, as ferramentas da
Internet são mais utilizadas: os blogs, os correios eletrônicos, os chats, as
comunidades virtuais, o wiki, assim como alguns programas a exemplo do “ensino
de línguas on line” criado por Lefta1, são inseridos na sala de aula, e se, explorado
de forma adequada valorizará o ensino/aprendizagem de língua inglesa. Pois, é
urgente que se busquem aperfeiçoar cada dia mais as quatro habilidades (listen,
speak, read and write) que o aprendiz de língua inglesa deve dominar para que
alcance o objetivo principal de quem almeja aprender uma segunda língua que é a
interação social e global.


2.1 Internet


          A Internet é um meio de comunicação que permite a interação de muitos com
muitos, em escala mundial. Ela pode ser definida como um sistema global de redes
interconectadas de computadores que transmitem informações através de “nós”. A
conectividade e a flexibilidade da Internet permitem que os usuários desfrutem desta
tecnologia de maneira diversas, como a web, os correios eletrônicos, os chats, as
comunidades virtuais, os blogs e wiki contribuem para o desenvolvimento
educacional, intelectual, social e econômico de uma sociedade. Desta maneira “a
Internet é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do Terceiro Mundo”
(CASTELLS, 2000, p. 10). Contudo, qualquer pessoa com conhecimento técnico
pode usar a Internet, pois ela incluiu a sociabilidade, diminui distâncias de tempo e
espaço, e apresenta um novo suporte para que as pessoas continuem a se
comunicar.
          Segundo Castells (2000) as origens da Internet são encontradas na Arpanet,
uma rede de computadores montadas pela Advanced Research Project Agency
(ARPA) em Setembro de 1969. A ARPA foi formada em 1958 pelo Departamento de

1
    Disponível em http://www.leffa.pro.br/elo/index.html
14



Defesa dos Estados Unidos com a missão de mobilizar recursos de pesquisas,
particularmente do mundo universitário, além de estimular a pesquisa em
computação interativa.
      A Arpanet era um pequeno programa que surgiu de um Departamento da
ARPA, o Information Processing Techniques Office (IPTO). Para montar uma rede
interativa de computadores, a IPTO usou a comutação por pacote, desenvolvida por
Paul Baran e Donald Davies que trabalhava no centro de pesquisa Rand Corporation
e British National Physical Laboratory. O projeto visava uma comunicação flexível,
descentralizada, capaz de resistir a um ataque nuclear. Os primeiros nós foram
testados na University of California in Los Angeles (UCLA) e em Santa Barbara e na
Universidade de Utah. Com dois anos, já havia 15 nós interconectados.
      A estratégia da ARPA, com sua política de flexibilidade e liberdade
acadêmica, revelou-se correta, pois “forneceu recursos para transformar idéias em
pesquisas e pesquisas em tecnologias viáveis” (CASTELLS, 2000, p. 23). Em 1972
introduziu um novo conceito: uma rede de redes. Para que pudessem se comunicar,
as redes de computadores precisavam de um Protocolo de Comunicação
Padronizados (TCP), que surgiu em 1973. Depois disso, alguns estudiosos dividiram
o TCP em duas partes, acrescentando um protocolo Internet Protocol (IP), gerador
do protocolo TCP/ IP, padrão que a Internet continua operando até hoje.
      A Arpanet passou a ser administrada pela Defense Communication Agency
(DCA), pois necessitava de uma rede de comunicação que permitisse aos militares
envolvidos na Guerra Fria realizar trocas de informações de uma base militar a outra
em tempo rápido e de forma segura. A ferramenta inicial da Internet foi o correio
eletrônico associado à possibilidade de transferência de arquivos de textos através
do acesso remoto. Porém, o Departamento de Defesa, com receio que a Arpanet
não fosse totalmente segura, criou uma rede independente, e retirou-a da operação
militar, liberando-a para pesquisas.
      A partir de 1990, a Internet foi privatizada e alguns fabricantes de
computadores dos EUA incluíram o TCP/IP nas suas produções. Com isso, a
maioria dos computadores tinha capacidade de entrar em rede, lançando as
alicerces para a difusão da interconexão, que possibilitou um rápido crescimento da
Internet, como uma rede global de redes de computadores, descentralizada, com
protocolos de comunicação abertos. Isso permitiu a expansão de novos nós,
facilitando a comunicação. Porém, foi com a criação de sistemas operacionais, e o
15



desenvolvimento do World Wide Web (WWW), que reúne informações em forma de
texto, imagens, vídeo e som, de forma isolada ou multimídia que a Internet abarcou
o mundo.
      Em 1995, quando a Microsoft descobriu a Internet e começou a usar o
software Windows 95, os empresários e a sociedade em geral passaram a fazer
parte dessa sociedade em rede e aproveitaram as vantagens que a Internet oferece.
Dessa maneira estes usuários contribuíram para sua expansão. No entanto, “a
Internet não teve origem no mundo dos negócios. Era uma tecnologia ousada
demais, um projeto caro demais, e uma iniciativa arriscada demais para ser
assumida por organização voltada para o lucro” (CASTELLS, 2000, p. 23), Por isso,
a Internet se desenvolveu num ambiente seguro, financiado por recursos públicos,
com pesquisas voltadas para a missão, mas que não impedia a liberdade de
expressão, nem ideias para a inovação. Sem a contribuição cultural e tecnológica
das redes pioneiras, a Internet não teria expandido tão rapidamente pelo mundo.
      A história da Internet demonstra que os usuários são os principais produtores,
adaptando-a a seus usos e valores, transformando-a. As modificações introduzidas
são transmitidas ao mundo em tempo real. Assim o intervalo entre o processo de
aprendizagem e produção, é abreviado. Atualmente, ela se tornou uma vantagem,
pois permite aos usuários acessar qualquer informação, em qualquer lugar do globo.
A Internet mudou a vida e forma de educar e de aprender. Por isso:

                    A história da criação e do desenvolvimento da Internet é a história de
                    uma aventura humana extraordinária. Ela põe em relevo a
                    capacidade que tem as pessoas de transcender metas institucionais,
                    superar barreiras burocráticas e subverter valores estabelecidos no
                    processo de inaugurar um novo mundo. Reforça também a idéia de
                    que a cooperação e a liberdade de informação podem ser mais
                    propicias à inovação do que a competição e os direitos de
                    propriedade (CASTELLS, 2000, p.13).

      O avanço da Internet é proporcional a sua importância no dia-a-dia das
pessoas. Muitas pessoas não conseguem viver sem esta ferramenta, pois ela se faz
presente em muitos setores da sociedade. Por isso que “a Internet é o tecido de
nossas vidas” (CASTELLS, 2000, p. 7). Sua capacidade de distribuir informação por
todo o domínio da atividade humana, com adaptabilidade e flexibilidade, alavanca
uma nova forma de sociedade: a sociedade em rede: “a formação de redes é uma
prática humana muito antiga, mas as redes ganharam vida nova em nosso tempo
16



transformando-se em redes de informação energizadas pela Internet” (CASTELLS,
2000, p. 7).
      A Internet é uma tecnologia maleável e suscetível a mudanças. O ser humano
modifica esta rede a partir do seu uso, experimentando-a, transformando-a. Por isso,
“a Internet é a expressão de nós mesmos através de um código de comunicação
específico, que devemos compreender se quisermos mudar nossa realidade”
(CASTELLS, 2000, p. 11).
      A evolução da Internet faz parte da produção humana, que com o propósito
de alcançar a liberdade com o poder da informação abre caminhos para as novas
descobertas. E, não foi diferente com a Internet, pois quando não se tem recurso
nenhum é que as pessoas são obrigadas a inventar, criar soluções. Assim “a
tecnologia faz parte desse contexto não como algo fora, mas como parte de um todo
em que o homem cria, recria e se beneficia da sua própria realização e das demais
colocadas na sociedade.” (GRINSPUN, 1999 apud COSCARELLI, 2005, p. 19).
Mesmo sendo uma criação humana, as tecnologias moldam comportamento, tem
características próprias, com grande potencialidade e muitas limitações, porém o
professor precisa conhecer e dominar para usá-lo de modo adequado, como um
componente da atividade de ensinar e aprender uma língua. A Internet permite que o
aluno use a língua alvo para se integrar numa comunidade autêntica de usuários,
trocando experiências com pessoas de qualquer parte do mundo em que a língua
que estuda seja usada, de forma consciente e autônoma. Pois “a Internet é, acima
de tudo, uma criação cultural”. (CASTELLS, 2000, p. 32).


2.2 Internet na sala de aula


      Todo o processo de educação foca-se na ampliação dos conhecimentos, na
relação entre o ensino e a aprendizagem e, principalmente, na formação de
cidadãos. Desse modo, cada vez mais, procura-se ir além dos métodos tradicionais
de ensino. Entre as atuais possibilidades para a educação está à inclusão da
Internet como ferramenta pedagógica na sala de aula, como mais um meio de
vincular o ensino às ações/relações cotidianas dos alunos. Pois, “a chegada da
Internet nos estabelecimentos escolares, assim como seu desenvolvimento nos
locais de formação, favoreceu a emergência de novas práticas de aprendizagem
autodidatas” (ALAVA, 2002, p. 203). Ao utilizar a Internet na sala de aula, o
17



professor instiga seus alunos a um processo de descoberta constante, voltado aos
seus interesses e com possibilidades de ampliar a visão que têm do mundo. Logo,
os alunos construirão cada vez mais conhecimentos e habilidades. Portanto, “é uma
lição comprovada da história da tecnologia que os usuários são os principais
produtores da tecnologia, adaptando-a a seus usos e valores e acabando por
transformá-la” (CASTELLS, 2000, p. 28).
       Entende-se que o uso dessa tecnologia na sala de aula pode fazer o aluno
aprender de uma forma mais autônoma, tornando-o também responsável pelo seu
próprio   conhecimento.      Ao    tornar-se    autônomo,     o   aluno    não    necessitará
exclusivamente da interação com o docente para aprender, mesmo que a presença
do professor seja extremamente importante quanto à orientação frente ao uso da
Internet. Nesse contexto, o professor deverá também mudar a sua forma de agir, ou
seja, ele deverá assumir o papel de moderador, consciente de que as tecnologias o
auxiliam no processo ensino e aprendizagem. Porém, nada substitui um bom
professor.
       O trabalho com a Internet requer conhecimentos básicos em relação a essa
tecnologia, para que o professor possa tirar o total proveito da rede. Também devem
ser verificadas as condições técnicas da escola, a infra-estrutura e equipamentos
para que os alunos possam acessar a Internet. Sabe-se, quais influências as redes
exercem e os benefícios que elas trazem para a sociedade, por isso: “ser excluídos
dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas de exclusão em nossa
economia e em nossa cultura” (CASTELLS, 2000, p. 8). Por isso, todas as pessoas
buscam constantemente estar inseridas nessa sociedade da informação. Contudo,
sabe-se, que muitas escolas não possuem laboratórios ou acesso à rede. Este,
ainda é um problema a ser resolvido, já que todos têm direito a inclusão digital.
       Por isso, buscando minimizar esse problema, o Ministério de Educação e
Cultura (MEC) criou o ProInfo: um programa educacional com o objetivo de
promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica.
Este programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos
educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem
garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os
educadores para uso das máquinas e tecnologias.2

2
 Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=462>
18



      Para que os professores possam garantir um ensino diferenciado aos seus
alunos, faz-se necessário que eles participem da formação continuada, com o
objetivo de utilizar a Internet em prol do ensino, transformando-a em uma ferramenta
diária de comunicação, pesquisa e interação. Além de aprimorar as suas habilidades
com o uso da rede, o professor deve interagir com outros professores, buscando e
trocando informações, para tornar-se um profissional reflexivo, crítico, competente e,
acima de tudo, inovador.
      Com o desenvolvimento da Internet e o crescimento da WWW, um número
incalculável de home pages tem sido criado e os recursos para a aprendizagem de
inglês tornaram cada vez mais diversificados e sofisticados. À medida que a
tecnologia vai se desenvolvendo, os materiais disponíveis para ser usados na sala
de aula passam a ser mais interessantes para o ensino de língua inglesa. A
interatividade proporcionada pela Internet através dos livros didáticos eletrônicos
incluindo som e vídeo, comunidades de aprendizagem como o Livemocha,
exercícios com feedback online; tarefas interativas são mecanismos que permitem a
comunicação do professor com os alunos e destes com outras pessoas, que muitas
vezes são de outros países.
      O uso da Internet no ensino de língua inglesa torna-se um instrumento
privilegiado para observar as situações reais do uso do idioma, uma vez que grande
parte do que é publicado na rede está em inglês. A Internet possibilita, ainda, a
comunicação com falantes de língua inglesa de diferentes partes do mundo. Porém,
o uso da web no ensino de L2 não se restringe somente à formação de estruturas e
de vocabulário. Em muitas atividades, o aluno pode se deparar com questões
culturais relacionadas aos países falantes desta língua.
      Portanto, o sistema educacional deve criar condições favoráveis para inserir a
Internet como uma ferramenta que facilita o ensino/aprendizagem mais eficaz e
proveitoso, aproveitando as informações nela contidas para transformar-las em
conhecimentos. Caso contrário, a Internet corre o risco de se juntar aos outros meios
de comunicação que fizeram parte da educação, mas que perderam a oportunidade
de renovar o sistema educativo. Pois, “as ferramentas devem ser utilizadas, não pelo
fascínio do novo, mas pela necessidade de utilizar as melhores ferramentas
possíveis” (ALAVA, 2002, p. 125-126). Porém, em um sistema no qual a tecnologia
assegura a difusão da informação, ensinar deve significar construir o saber, ensinar
19



a pensar, e isso só tem sentido se a educação for uma prioridade assumida por
todos.


2.3 Ensino de L2


         O Ensino de Línguas no Brasil tem origem com os Jesuítas quando inseriram
na cultura indígena a Língua Portuguesa. A partir de então, outras línguas foram
sendo incorporada a Educação Brasileira. Inicialmente o Latim e o Grego, mais tarde
o Francês, o Inglês, o Alemão e o Italiano devido aos novos habitantes que o país
acolhia. Cada um trazia um pouco da sua língua e sua cultura.
         Com o passar do tempo, a Língua Inglesa tornou-se a língua obrigatória a ser
trabalhada nas escolas, tanto nas escolas particulares quanto nas públicas. Por isso,
introduziu-se o método direto. Leffa (1999) afirma que essa metodologia enfatizava a
importância de se ensinar a língua estrangeira utilizando a própria língua; a
seqüência ouvir, falar, ler e escrever; o uso de gravuras e objetos para a explicação
de palavras desconhecidas, evitando a tradução; a compreensão do aluno das
regras gramaticais pelo uso, e não pela explicação de tais regras; leitura de autores
indicados, e também de manuais, revistas, almanaques e impressos que
possibilitassem ao aluno conhecer o idioma como ele é utilizado no país de origem.
         Em 1996 foi aprovado no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
que apresentou algumas regras para a educação. Com isto na LDB, (BRASIL, 1996)
no Art. 26 e § 5º reforçou a necessidade de uma língua estrangeira nas escolas
brasileira, no ensino fundamental: "Na parte diversificada do currículo será incluído,
obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua
estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das
possibilidades da instituição”, e no ensino médio: a lei dispõe que "será incluída uma
língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição" (Art.36, Inciso III). Assim toda escola teria que incluir no seu currículo
uma língua estrangeira.
         Como o capitalismo ainda é dominante, e os Estados Unidos uma potência
mundial, os gestores da educação optaram por adotar a Língua Inglesa para o
currículo escolar. Pois “o interesse de vários países em promover o ensino desse
20



idioma é uma forma de se ter acesso à ciência e à tecnologia ocidental, ao comércio
e ao turismo internacional e à ajuda militar e econômica” (PAIVA,1996, p. 10).
      Porém, foi com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira
PCN-LE que o ensino de língua Inglesa passou a ser valorizado no Brasil. Pois, “a
aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a
autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão” (BRASIL, 1999, p.15).
Assim, docentes e discentes de L2 devem reconhecer que o aprendizado de uma ou
mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em
outras partes do mundo, sem esquecer os seus.
      Focando na aprendizagem e desenvolvimento do aluno, os PCN-LE
corroboram para que alunos e professores identifiquem no universo que o cerca as
línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se
como parte integrante de um mundo plurilíngüe, além de compreender o papel
hegemônico que algumas línguas desempenham. Permite também que os alunos
vivenciem uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua
estrangeira, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões
do seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de
seu próprio papel como cidadão do seu país e do mundo.
      Conhecer o mundo nunca foi tão importante, e o Governo Federal atento a
tais necessidades propõe um ensino de LE mais voltado à comunicação e
contextualização de conteúdos. Por isso, muitas escolas trabalham com a
abordagem comunicativa, na qual valoriza o sentido, o significado de uma língua,
bem como a interação entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua.
Como afirma Celani (1997) em uma entrevista sobre o ensino de Língua Inglesa: “A
língua confere uma formação global ao indivíduo”. Assim a sociedade brasileira
reconhece um valor educacional formativo na experiência de aprender outras
línguas na escola e admite esse bem cultural ao garantir de alguma forma a
presença da disciplina Língua Estrangeira no currículo. Ela é “a língua do poder, do
progresso e do prestígio” (PAIVA, 1996, p. 11).
      Como o objetivo de muitas pessoas é ter “poder”, a Língua Inglesa é a Língua
Estrangeira que tem maior facilidade de ser adotada para o ensino de L2 no Brasil e
em outros países cujos falantes não tem a língua inglesa como língua alvo. Contudo,
as condições das escolas públicas, a falta de professores, de materiais adequados,
21



além de salas de aulas super lotadas, e com o número de aulas reduzidas, muitas
vezes, inviabilizam o ensino de L2.
       Entretanto, os PCN-LE (BRASIL, 1999) surgiram numa época em que o
mundo se comunica com a velocidade da Internet e do telefone celular, e onde o
acesso aos mais diversos meios de comunicação se democratiza e faz com que
pessoas das mais diversas regiões do país, e das mais variadas camadas sociais,
busquem está inserido e atualizado sobre o que acontece ao seu redor. Essa
facilidade contribui para que o ensino/aprendizagem de L2 seja repensado, e que
através das ferramentas tecnológicas esse processo seja mais significativo.


2.4 Internet: prós e contra no ensino/aprendizagem de L2


     A evolução do homem é caracterizada pelo desenvolvimento de instrumentos
cada vez mais sofisticados. Na medida em que esses instrumentos são difundidos
na sociedade, seu domínio torna-se necessário por um segmento cada vez maior da
população, como foi, por exemplo, o caso do livro, no fim do Século XV, e como
certamente é o caso do computador, neste início do Século XXI.
       As mudanças na forma de apresentação do livro e de textos seguiram as
evoluções de cada época. Chartier cita que esse foi um processo fundamental e
necessário para a história do livro: do pergaminho para o códice, do códice ao livro
impresso e do livro impresso ao livro digital. Por isso, “a obra não é jamais a mesma
quando inscrita em formas distintas, ela carrega a cada vez, um outro significado”
(CHARTIER, 1999 p.71). Assim, a interação entre texto/leitor é influenciada pelo
suporte textual que varia em função de sua forma de difusão e da percepção
individual do texto no ato da leitura.
       Os meios de comunicação estão surgindo com a capacidade de interação
entre os produtores de informações e o público. Nos blogs, por exemplo,
disponibiliza o espaço para que os usuários postem, em uma velocidade
incomparável. A aprendizagem através desses recursos é natural e espontânea,
pois podem selecionar os materiais e escolher os caminhos de acordo com
interesses e motivação de cada um. A aprendizagem se dá através de descobertas
individuais, de solução de problemas, de tentativas diversas, do fazer e refazer, de
acordo com o ritmo de cada um. Mas a Internet não é apenas um local para se
resolver problemas. É um local para apresentar novas ideias, experimentar, criar.
22



      Desse modo, o uso da Internet no ensino de língua inglesa desenvolve a
aceitação de diferentes maneiras de expressão e comportamento, viabilizando ao
ensino a relação íntima entre a língua, cultura e sociedade. Pois “Inglês é uma
língua sem fronteiras” (PAIVA, 1996, p. 10). Contudo, o desenvolvimento da
tecnologia permite o barateamento dos meios de produção e aumentam as
possibilidades que as pessoas têm de se apoderarem destes meios. Nestes termos,
é dever do professor aprender técnicas de produção, usar a Internet não mais como
adversária e sim como parceira, identificar os benefícios e os malefícios, avaliando-a
para “dar aos jovens a capacidade de se apoderarem dos meios de comunicação e
garanti lhes autonomia” (COSCARELLI, 2005, p. 28). Os jovens lidam com aparatos
modernos com extrema desenvoltura, porem é necessário usar com consciência
crítica. Assim, é relevante afirmar que:
                      Formar alunos conhecedores dos meios de comunicação a ponto de
                      poder interferir nos produtos oferecidos pelos veículos é um objetivo
                      que devemos perseguir diariamente no processo escolar. E ainda,
                      formar cidadãos que passam criar seus próprios veículos dentro dos
                      meios de comunicação existentes é essencial para a evolução da
                      sociedade como um todo. (SILVA, 2008, p. 27).

      As novas tecnologias não substituem o professor, mas ampliam seu papel,
tornando-o mais importante. Os professores e alunos deverão saber lidar com a
Internet, compreendendo e produzindo. O desafio, para o professor, será “encontrar
novas maneiras de utilizar esses recursos tecnológicos para o benefício da
aprendizagem” (CELANI, 1997, p. 161). A máquina pode ser uma excelente
aplicadora de métodos, mas o professor precisa ser mais do que isso. Para usar a
máquina com eficiência, ele precisa ser justamente aquilo que a máquina não é, ou
seja, crítico, criativo e comprometido com a educação. Pois, o conhecimento é
construído pelo indivíduo através de ações no mundo.
      Quando a Internet é usada, é impossível prever todas as conexões que o
aluno fará através das inúmeras possibilidades que esta lhes possibilita. As pessoas
e os conhecimentos estão inseridos em um emaranhado de informações. Ao ensinar
os alunos a buscar e processar informações armazenadas na Internet, os docentes
contribuem    para   formar   cidadãos     responsáveis     pela   construção    de    seu
conhecimento e preparados para a aprendizagem ao longo da vida. De sua casa, ou
do laboratório de sua escola, o estudante pode acessar bibliotecas em várias partes
do mundo, assistir vídeos, participar de diversos cursos online, comunidades de
23



aprendizagem e, ainda, acessar um imenso mar de recursos para desenvolver as
várias habilidades envolvidas na aprendizagem de Língua inglesa.
      Entretanto, deve-se ter cautela ao usar a Internet, pois os pontos positivos
trazem também os pontos negativos, como: o excesso de informações, muitas vezes
não confiáveis; a ausência de atualizações de algumas páginas, muitos conteúdos
são anônimos e outros estão em construção, além do desgaste quando os alunos
permanecem muito tempo em frente ao computador para escolher as informações
necessárias relacionadas ao seu objetivo. Por isso, ensinar utilizando a Internet
exige atenção do professor, diante de tantas possibilidades de busca, a própria
navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação.
Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, pois navegar
e descobrir coisas novas são mais atraentes do que analisá-las, separá-las o que é
realmente essencial.
      Percebe-se que a motivação mediada pela Internet contribui para o
ensino/aprendizagem de L2. Pois aumenta o interesse dos alunos pelas aulas, pela
pesquisa, pelos projetos. São novas possibilidades que permite o acesso à
informação e à produção do saber. Por isso, professores e alunos devem estar se
atualizando, sempre que necessário, para que a disciplina de Língua Inglesa seja
importante e significativa, no contexto escolar e social.


2.5 Comunidade de Idiomas: Livemocha


      A rede social Livemocha é uma comunidade criada em Seattle nos Estados
Unidos, em 24 de setembro de 2007. A rede disponibiliza atualmente 35 idiomas e
qualquer pessoa pode participar desta comunidade. Acessando essa comunidade os
usuários podem aprender uma ou mais línguas através de lições audiovisuais,
feedback de outros usuários, dentre outras atividades proposta por essa rede como:
leitura, escrita, gramática, vocabulário, compreensão e expressão oral.
      A Livemocha é baseada no conceito de colaboração e põe em contato
aqueles que querem aprender com os nativos de cada idioma ou falantes de uma
segunda língua. Para quem precisa, ou quer, se aperfeiçoar em outro idioma essa
comunidade permite que as quatro habilidades sejam exploradas.
      A maioria dos cursos é gratuito, mas existem opções pagas (Active Course)
para alguns cursos, nas quais o usuário conta com recursos adicionais, como tutores
24



oficiais, possibilidade de download de arquivos e textos que explicam a gramática da
língua estudada.
      Além disso, o Livemocha traz todas as outras características de uma rede
social convencional, aos moldes do Orkut. Isso permite que os usuários encontrem
internautas nativos em outros idiomas, independente de sua língua de origem. A
possibilidade de conhecer pessoas com interesses comuns e o intercâmbio cultural
fazem do Livemocha uma plataforma de aprendizagem muito rica para aqueles que
desejam dar os primeiros passos em uma nova língua. A partir de sua página
pessoal, você tem acesso a todas as informações atuais dos cursos, amigos, tarefas
e uma lista das atividades recentes de amigos, além de muito mais.
      Em 2009, com mais de 2 milhões de usuários, a rede se destacou como
iniciativa na web e chamou a atenção da Pearson, editora multinacional de
educação. Em março deste mesmo ano, foi anunciada uma parceria para
desenvolver, na plataforma Mocha, um novo sistema de aprendizado de inglês
completamente baseado na conversação. Sob os termos do acordo, Livemocha e
Pearson iriam construir uma série de cursos em Inglês com conversação on-line:
Conteúdo de aprendizagem de Inglês da Pearson foram integrado com a abordagem
inovadora de colaboração para a aprendizagem de línguas do Livemocha, que
integra a prática de uma língua estrangeira com falantes nativos. Outras parcerias
também apoiaram Livemocha como Collins e Abril Editora.
      Segundo Moran (2004, p.36) “Em relação aos produtores e criadores de
mídias, é legítima a preocupação manifestada por educadores que juntam educação
e comunicação: preocupam-se excessivamente com os meios e esquecem-se das
mediações culturais e educacionais”. É importante lembrar, no entanto, que
conforme explicitado em Moran (2004, p. 12): “as tecnologias não são boas ou más
em si, podem trazer grandes contribuições para a educação, se forem usadas
adequadamente, ou apenas fornecer um revestimento moderno a um ensino antigo
e inadequado”.
      A possibilidade de diálogos a distâncias entre indivíduos geograficamente
dispersos pode ainda favorecer a criação coletiva. Cada sujeito pode expressar e
produzir saberes, contribuindo e construindo comunicação e conhecimento
coletivamente. No lugar de apenas receber a informação, o aluno tem a experiência
da participação na elaboração do conteúdo da comunicação e na criação de
conhecimento. E essa criação atualiza-se por causa da interatividade, que segundo
25



Belloni (2003, p. 59): “contribui para sustentar a idéia de que educar significa
preparar para a participação cidadã, e que esta pode ser experimentada na sala de
aula interativa, não mais centrada na separação da emissão e recepção”.
       Portanto, desde o lançamento em 2007 até os dias atuais, a comunidade
Livemocha cresceu e são mais de 11 milhões de associados em 190 países,
sublinhando uma forte demanda por uma abordagem envolvente e colaborativa para
aprendizagem de línguas. Essa comunidade também contrata os melhores usuários
para serem tutores on-line para os cursos pagos. A seleção é feita dentro da própria
plataforma e os estudantes que tiverem melhor desempenho na correção de
exercícios em sua língua nativa podem ser contratados mediante pagamento de
salário.
       Esta comunidade é diferenciada das outras redes sociais como o Orkut,
Facebook, MSN, pois além de possuir as ferramentas que estes possuem, a
exemplo de bate-papo, atualização de status, postagem de fotos e outras atividades,
o Livemocha tem uma ferramenta principal que é o ensino/aprendizagem de línguas.
Essa singularidade demonstra que o Livemocha não é apenas uma rede social, mas
um método de ensino/aprendizagem à distância, autônomo, além de integrar a
participação de pessoas do mundo inteiro, que estão conectadas diariamente à
Internet. Para Castells (1999):
                     As redes interativas de computadores estão crescendo
                     exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação,
                     moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela.
                     (p.22).

       Assim, a comunidade Livemocha continua a crescer com o objetivo de criar
um mundo no qual cada ser humano autônomo é fluente em vários idiomas,
modificando e deixando ser modificado, pelo ambiente que vive, pelas comunidades
que participam e pelas redes que acessam.
26



3 METODOLOGIA

3.1 Fundamentos epistemológicos
       O homem vive buscando um sentido para a vida. Responder perguntas,
resolver problemas, criar objetos para facilitar as ações cotidianas, além de
interpretar a si mesmo e ao mundo em que se vive é a condição para a sua
existência. Desta maneira, o ser humano evoluiu para a busca de respostas através
de caminhos que pudessem ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as
experiências e transmiti-las a outros. A necessidade de saber o porquê dos
acontecimentos foi o impulso para a evolução do homem e o surgimento da ciência.
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 16):

                        A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico,
                        envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento
                        científico através do uso da consciência crítica que levará o
                        pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do
                        secundário.

       Por isso, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos; por
intermédio da análise e da experimentação, extraindo resultados que passam a ser
avaliados universalmente, esses resultados denominam-se conhecimento. Segundo
Oliveira Netto (2006, p.03) existem alguns tipos de conhecimento que interferem nas
decisões da vida diária do homem, são eles: conhecimento popular, científico,
filosófico, religioso, artístico e técnico.
       Neste     trabalho    aborda-se        apenas   o   conhecimento    científico   que
“é aquele resultante da investigação metódica, sistemática da realidade, pela
transcrição de fatos e fenômenos em si mesmos e analisando-os a fim de descobrir
suas causas e concluir sobre as leis gerais que os governam” (OLIVEIRA NETTO,
2006, p.04).
       Nunca se tinha visto tanto avanço na ciência como no século XX. Não foram
apenas as descobertas científicas que se aceleram, os equipamentos tornaram-se
cada vez mais poderosos e sofisticados, obtendo-se resultados muitas vezes
inesperados. A ciência no século XX também foi transformada pelo desenvolvimento
de sua tecnologia que facilitou a pesquisa em muitas áreas. Porém, é preciso citar
que a ciência do século XXI está cada dia se renovando, permitindo que muitas
coisas possam ser descobertas ou modificadas. Assim a ciência e a tecnologia são
27



os pilares fundamentais para atender aos objetivos de aumento e melhoria do
conhecimento humano.
       Contudo, o conhecimento científico é produto resultante da investigação
científica, que surge da vontade de fornecer explicações que possam ser testadas e
criticadas através de fundamentos mais sólidos, provas empíricas e da discussão
intersubjetiva. É, portanto:
                      um compromisso ético de fidelidade e coerência teórico-
                      metodológica ante o objeto, para evitar o perigo de se transformar o
                      método científico em uma maneira de se justificar posições
                      incompatíveis com o fato empírico observado, não uma isenção
                      absoluta ante o objeto, uma anulação da subjetividade do
                      pesquisador, uma abstração de si mesmo, um esvaziamento
                      (NONATO, 2006, p. 127).


       Como a ciência é um processo em construção, e a pesquisa uma atividade
voltada para a solução de problemas, faz-se necessário que pesquisadores
busquem cada dia mais, conhecer, investigar e analisar fatos para produzir
conhecimento, pois, segundo Nonato (2006, p. 127) "o eu do sujeito pesquisador se
constrói na pesquisa, no diálogo da pesquisa, na interação com os outros sujeitos e
com ela interage”.
       Segundo Demo (2000, p. 161), “o trabalho científico leva o aluno a aprender
melhor e a tornar-se um profissional capaz de usar a pesquisa como processo
permanente de aprender, de renovar sua competência”. Por isso, o incentivo a
pesquisa deve ser uma prática constante na universidade e em qualquer setor da
sociedade.

3.2 Método


       Este trabalho está fundamentado em uma pesquisa descritiva em que se
busca analisar e interpretar como se deu o processo de ensino/aprendizagem com o
uso da Internet e do Livemocha. Para isso, adota-se a pesquisa de campo com
objetivos descritivos usando os procedimentos de um estudo de caso que busca
justamente entender o fenômeno dentro do seu contexto e na sua complexidade,
para obter informações sobre o ensino de língua Inglesa e o auxílio da ferramenta
Internet, principalmente o uso da comunidade de aprendizado de línguas no mundo:
“Livemocha”.
28



      Este trabalho foi realizado a partir de uma revisão de literatura para a
fundamentação teórica. Alguns autores como Alava (2002), Castells (1999, 2000),
Celani (1997), Coscarelli (2003, 2005), Freire (2008), Leffa (2011), Moita Lopes
(1996), Moran (2004, 2011), Paiva (1996) e Silva (2003) embasaram e definiram
esta pesquisa. Segundo Lakatos e Marconi (2003) sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre o
assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por
alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. O material já publicado permitiu que
toda a fundamentação fosse elaborada e desenvolvida para que este trabalho se
realizasse. Pois, segundo Nonato (2006, p. 127)
                     A pesquisa é entendida como uma tomada de posição ante a
                     realidade, um posicionar-se frente ao mundo e, como tal, um ato
                     pleno de subjetividade no âmbito dessa “duplicidade imanente da
                     pesquisa: a objetividade dialética do fato estudado e a subjetividade
                     dialógica da análise procedida”.


      Posteriormente, para que esta pesquisa fosse realizada optou-se por aplicar
um Estudo de Caso, que segundo Yin (2005) representa uma investigação empírica
e compreende um método abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da
análise de dados. Pode incluir tanto estudos de caso único quanto de múltiplos,
assim como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa. Portanto, por meio
do estudo do caso o que se pretende é investigar, como uma unidade, as
características importantes para o objeto de estudo da pesquisa.
      Yin (2005) afirma também que o estudo de caso representa a estratégia
preferida quando se colocam as questões do tipo “como” e “porque”, quando o
pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos e quando o foco se
encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real
e como estratégia de pesquisa o Estudo de Caso contribui com o conhecimento
sobre os fenômenos individuais, organizacionais, sociais, políticos e de outros
grupos.
      Por isso, foi necessário conhecer as metodologias de ensino da Professora
Dalila Araujo nas turmas de Língua Inglesa do ensino médio, sendo viável optar pela
forma de aprendizagem a partir da comunidade Livemocha, bem como conhecer os
alunos que participaram desta comunidade. A observação, os questionários e a
entrevista semi-estruturada foram os métodos de pesquisa que contribuíram para a
realização deste trabalho.
29



      A observação é considerada como principal método de investigação, já que
possibilita um contato maior entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. Através
dela é possível coletar informações e ter impressões sobre o tema estudado de
acordo com a visão do observador e do observado. Entretanto essa colocação não
impede que esta técnica de coleta de dados seja associada a outras como a
realização de entrevistas e a aplicação de questionários para que haja um
enriquecimento do trabalho de pesquisa.
      Para interrogar os indivíduos que compôs esta pesquisa, uma das
abordagens usadas consistiu em preparar um questionário sobre o tema, com
perguntas escolhidas em que responderiam o problema especificado anteriormente.
O questionário é em um instrumento privilegiado de sondagem, por isso deve ser
objetivo, limitado em extensão. Por isso o passo seguinte foi à aplicação dos
questionários, e com estes a comparação das atividades propostas e realizadas no
Livemocha
      A realização de entrevistas, juntamente com a observação é um instrumento
importante para a coleta de dados, a entrevista possibilita a interação entre
entrevistado e entrevistador. A liberdade no percurso de sua realização é um ponto
marcante    nas   entrevistas    semi-estruturadas,       não     sendo     obrigatório     o
acompanhamento de um roteiro rígido, tornando possível às duas partes fazer
inferências ou esclarecimentos. Como afirma Ludke:


                    [...] É importante atentar para o caráter de interação que permeia a
                    entrevista. Mais que os outros métodos de pesquisa, que em geral
                    estabelecem uma relação hierárquica entre o pesquisador e o pesquisado,
                    como na observação unidirecional, na entrevista a relação que se cria é de
                    interação, havendo uma atmosfera de influência recíproca entre quem
                    pergunta e quem responde (LUDKE, 1986, p.33).


      Por isso, esses métodos permitiram que esta pesquisa fosse realizada e os
resultados apreciados e analisados. Com a colaboração da Professora de Língua
Inglesa Dalila Oliveira de Araujo e os alunos da turma do 2º ano de Ensino Médio-
matutino do Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira pretende-se observar
se estas ferramentas potencializam o ensino/aprendizado de língua Inglesa,
utilizando as quatro habilidades e se elas auxiliam para que as aulas sejam mais
dinâmicas e participativas, já que o Livemocha permite a comunicação com falantes
30



nativos, exercícios com feedback, jogos e bate-papos que possibilitam que a
aprendizagem seja concreta, e a aquisição de L2 comprovada.

3.2.1 Do problema

       Com a Internet, o acesso ao ensino/aprendizagem de LI está cada dia mais
fácil. Os sites, as comunidades virtuais e alguns programas de Língua lnglesa são
ferramentas que possibilitam a aquisição e aprendizagem autônoma de segunda
Língua. Mas, como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua
Inglesa na turma do 2º ano do ensino médio?

3.2.2 Do Objetivo Geral
      Pode se afirmar que o objetivo geral deste trabalho é verificar a aquisição de
Língua Inglesa, com o aprimoramento das quatro habilidades a partir da inserção da
Internet e da comunidade Livemocha na turma do 2° ano do ensino médio. Visando
comprovar que é possível inserir as ferramentas telemáticas no ensino de LI e que a
partir delas, pode-se adquirir as habilidades necessária ao falante de LI, através de
interações com falantes nativos e a produção escrita com feedback de professores.
Esse objetivo contempla a capacitação da compreensão oral, escrita e gramatical.


3.2.3 Dos Objetivos Específicos
      Listando os objetivos específicos pretende-se analisar a importância da
Internet no ensino de L2, bem como as vantagens de trabalhar com o Livemocha na
sala de aula ou nas atividades extracurriculares. A partir do Livemocha é necessário
conhecer como foi a participação dos alunos na comunidade e quais as experiências
de aprendizagem em relação às atividades individuais e a interação com os falantes
nativos, observando também o nível de aprendizagem e quais as perspectivas
futuras em relação à aquisição da língua.


3.2.4 Locus
      O locus desta pesquisa é o Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira
Pinheiro. Ele foi escolhido em função de possibilitar a aquisição de LI através da
comunidade Livemocha, além de criar um ambiente propício ao estudo: as
características institucionais e pedagógicas da escola permitem aulas diversificadas,
e como o Livemocha é uma atividade extraclasse e muitos dos alunos participaram,
31



eliminam a necessidade de estudo experimental, na medida em que não se precisou
criar a situação necessária à pesquisa-ação, mas utilizou a realidade concreta dos
sujeitos.
       Esta escola está localizada na Rua Maximiliano Madureira, n° 291, centro,
Conceição do Coité/Bahia. O CEPOPP tem aproximadamente mil (1000) alunos,
oriundos da zona rural e da sede do município, que estudam no Ensino Médio, EJA
e PROJOVEM durante os três turnos. Com vinte e quatro (24) professores
graduados e/ou com especialização, atuando cada um na sua área de formação.
       A proposta curricular do colégio visa uma política de igualdade que incide em
trocas de conhecimento entre o educador e o educando, numa ação compartilhada
que mobiliza afetos, emoções, cognições e habilidades intelectuais para aprender e
ensinar conteúdos curriculares e condições básicas para o exercício da cidadania.
       Observando as relações interpessoais entre corpo administrativo, professores
e alunos na escola, percebe-se que é uma convivência agradável, porém a
participação da comunidade educativa e da família dos alunos ainda é pequena.


 3.2.5 Sujeitos
       Os sujeitos dessa pesquisa são os alunos do segundo ano do Ensino Médio
do turno matutino da referida escola e a professora de Língua Inglesa Dalila Oliveira
de Araujo.
       Como o 2° ano era uma turma atenta, que participava de todas as atividades
sugeridas, e faziam os trabalhos com muita responsabilidade, organização e porque
não dizer perfeição, a professora se sentiu empolgada e decidiu fazer atividades
extraclasses, dentro das possibilidades dos alunos, já que todos tinham acesso à
Internet e passavam a maior parte do tempo acessando. Esta para facilitar a
aprendizagem de LI de forma dinâmica e atual, sugeriu que os alunos criassem uma
conta no Livemocha e participassem das atividades propostas pela comunidade.
Como forma de avaliação os alunos enviavam via e-mail à professora que lhes
davam um feedback.
       O objetivo da professora era que essa turma tivesse contato com falantes
nativos, além de fazer atividades como forma de diversão, unindo Internet (passa-
tempo) e aprendizagem de LI.
       Por opção da pesquisadora, os sujeitos da pesquisa foram apenas os alunos
que participaram da comunidade. Por isso que esta turma foi escolhida e na análise
32



de dados serão exemplificados quais os objetivos foram alcançados e os pontos
positivos e negativos dessa abordagem.


3.2.6 Instrumentos
      Essa pesquisa buscou aferir no ambiente escolar como se dão as práticas de
ensino/aprendizagem de L2 mediante a análise dos documentos pedagógicos que
constituem o arcabouço de sustentação da prática pedagógica da instituição. Por
outro lado, foram aplicados 36 questionários: um a docente e 35 aos discentes, com
o intuito de perceber quais os resultados do uso da comunidade de aprendizagem
nesta turma. Segundo LAVILLE & DIONNE, 1999 (apud NONATO2006):


                     Para coletar informações a propósito de fenômenos humanos, o
                     pesquisador pode, segundo a natureza do fenômeno e a de suas
                     preocupações de pesquisa, ou consultar documentos sobre a
                     questão, ou encontrar essa informação observando o próprio
                     fenômeno, ou ainda interrogar pessoas que o conhecem. (p. 137)

      Contudo, optou-se também pelo método de observação, tanto no dia em que
foi aplicado o questionário na sala de aula, quanto na comunidade de aprendizagem
Livemocha, pois esta possibilita visualizar as ações que os alunos realizaram e quais
atividades cada usuário participou.


                     “Usada como o principal método de investigação ou associada a
                     outras técnicas de coleta, a observação possibilita um contato
                     pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o
                     que representa uma série de vantagens”. (LÜDKE E ANDRÉ, 1986,
                     p. 26)

      As observações foram muito importantes para esta pesquisa, pois muitas
vezes o que os alunos falaram não estava exposto nos questionários, e as
atividades realizadas na comunidade demonstraram a participação dos alunos e em
quais atividades e a concretização do saber. Pois a mesma revela o nível de
aprendizagem em cada exercício, com percentagem de acertos e erros, além de
apresentar o nível no curso básico completo de cada usuário.
      Além disso, para dar sustentação a este trabalho, foi elaborada uma
entrevista semi-estruturada a ser realizada com a Professora Dalila Araújo para
coletar informações exposto nesta pesquisa.
33



4 ANÁLISE DE DADOS

        Esta análise é fundamentada na metodologia descrita no capítulo anterior, os
dados constantes desta pesquisa são submetidos à análise, embasado nos
pressupostos teóricos levantados no primeiro capítulo deste trabalho. Do ponto de
vista do procedimento de análise, os dados obtidos na pesquisa de campo foram
interpretados segundo o embasamento teórico apresentada neste trabalho, com o
objetivo de demonstrar e sustentar as conclusões que se extraem deste estudo.
        Por isso, ao longo deste capítulo, podem-se perceber as características dos
sujeitos envolvidos, visando confirmar ou refutar o problema em questão, analisando
como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do
2º ano do ensino médio.
        Assim, optou-se por analisar primeiro o questionário da professora e em
seguida dos estudantes.
        A primeira questão citada abaixo investiga os métodos utilizados na sala de
aula.
        1. Quais os métodos que você usa para facilitar o ensino/aprendizagem de
           L2?
                      “Além do material didático utilizo vídeos, músicas, áudios de
                      textos e para motivar o aprendizado autônomo à comunidade
                      de idioma Livemocha ”.

        Essa resposta demonstra que a professora utiliza métodos diversificados,
para ter aulas dinâmicas e envolventes, além de motivá-los com metodologias que
estão presentes no dia a dia, a exemplo das tecnologias de informação e
comunicação que facilita o ensino/aprendizado de LI. Pois, ao utilizar as TIC na sala
de aula, o professor instiga seus alunos a descobrir informações novas que
contribuem para a sua formação constante, a qual possibilita ampliar a visão que
eles têm do mundo.
        A próxima questão proposta foi: 2. Porque você adotou a comunidade
Livemocha como uma ferramenta para aquisição de Língua Inglesa?
                      “Por que acredito que as horas de aula de LI são pouco
                      suficientes para o aprendizado/comunicação em Língua
                      Inglesa”.

        A inserção do Livemocha como ferramenta de aprendizagem, representa uma
estratégia adotada para motivar os alunos a aprenderem fora da sala de aula,
34



mostrando que é possível aprender línguas de forma autônoma e dinâmica. Por isso,
ao optar pela comunidade Livemocha a professora facilita a inclusão de seus alunos
no mundo contemporâneo, além de oferecer novas formas de aprender,
proporcionando maior dinamismo e autonomia no processo de construção do
conhecimento.
      As perguntas seguintes questionam sobre o Livemocha e o seu aprendizado.
3. Há quanto tempo você participa da comunidade de aprendizagem Livemocha?
Por quê?
                    “Há mais de três anos, com o objetivo de aprimorar/melhorar a
                    comunicação e o vocabulário em Língua Inglesa”.

4.    Qual a importância do Livemocha para a sua aquisição de L2?
                    “Através do Livemocha pude melhorar bastante o inglês
                    através dos recursos como: vocabulário, áudio e as 4
                    habilidades”.

      Estes dados revelam que a professora busca atualizar-se, para melhorar as
habilidades que um falante de LI necessita, além de conhecer novos métodos que
poderão contribuir para a aquisição de L2 por seus alunos. Por isso, ela não parou
de usar essa comunidade, pois a interação com falantes nativos permite o
aprimoramento cada vez maior de seu conhecimento e habilidades comunicativas e
ainda possibilita que ela use o que sabe para ajudar quem ainda está aprendendo.
      A aprendizagem através dessa comunidade é fácil e espontânea, pois cada
pessoa pode selecionar os caminhos que irá trilhar de acordo com seu interesse e
motivação. A aprendizagem se dá através de descobertas individuais, de solução de
problemas, dos erros e acertos, de acordo com a evolução de cada um.
      Portanto, como foi citado anteriormente, faz se necessário que os professores
saibam usar as ferramentas, conhecendo seus prós e contras, para depois inserir na
sala de aula com propostas e espaços para inovar, inventar, criar atividades,
interligar com o conteúdo da maneira adequada, visando uma aula dinâmica e o
conhecimento proveitoso.
      A última pergunta deste questionário, respondido pela professora, visa
conhecer os pontos positivos e /ou negativos alcançados com o Livemocha.
5.    Com a inserção do Livemocha nas aulas de Língua Inglesa, o que mudou?
                    “Com a inserção do Livemocha, uma percentagem
                    considerável dos alunos motivou-se pela aprendizagem do
                    inglês e com a utilização dos recursos eles começaram a
35



                     desenvolver o idioma e acredito que eles continuem praticando
                     fora da sala de aula e consigam desenvolver a comunicação na
                     Língua Inglesa”.

       Essa resposta indica que a inserção do Livemocha foi uma metodologia
apropriada para a necessidade dos alunos, a partir do ponto de vista da docente,
pois nesta era de globalização o uso das ferramentas telemáticas como método de
ensino/aprendizagem vem confirmar que ensino e tecnologia estão interligados, e
que as potencialidades das TIC contribuem para que novos saberes sejam
alcançados, de maneira que o computador, a Internet, e muitos softwares e
hardwares estão substituindo os materiais didáticos tradicionais, como o giz, a lousa,
o livro, etc.
       Porém, as TIC não substituem o professor, mas facilitam suas aulas, pois as
ferramentas telemáticas se transformam em abordagens que contribuem para o
ensino de L2, além de ampliar o papel do professor na educação e na sociedade,
como um profissional aberto as novas formas de ensinar e aprender, buscando
informações em diversos meios, adotando metodologias que estão presentes no
cotidiano dos alunos, porém com responsabilidade, consciência e autonomia.
       A primeira questão respondida pelos alunos serviu para selecionar o público
alvo, a amostragem, confirmando se todos participaram da comunidade em questão.
1.     Você participou da comunidade Livemocha? Todos os trinta e cinco (35)
alunos dessa turma responderam que Sim.
                   Gráfico 1: Você participou da comunidade Livemocha?
36



      Esta questão representa o público alvo desse trabalho já que o objetivo desta
pesquisa é conhecer os alunos que usam o Livemocha como ferramenta de
aprendizagem. Todos os alunos dessa turma participaram desta comunidade, porém
muitos alunos foram motivados porque a professora sugeriu atividades que seriam
avaliadas quantitativamente na sala de aula.
      As comunidades virtuais estão influenciando e modificando as formas de
relação social, por isso que a professora adotou esse método. A comunidade
Livemocha foi uma maneira positiva de incentivá-los a aprender uma segunda língua
de forma atual, dinâmica e autônoma.
      Na questão 2. Qual seu o nível de participação da comunidade Livemocha?
Analisando o questionário em relação ao nível de participação na comunidade, três
(03) pessoas responderam ótimo, dezenove (19) bom, onze (11) regular e duas (02)
ruim, conforme pode ser visto no gráfico 2.


             Gráfico 2: Qual seu nível de participação na comunidade Livemocha?




      Este dado reflete que a maioria dos entrevistados foram motivados por essa
metodologia de ensino/aprendizagem. Os alunos avaliam seu conhecimento como
proveitoso, afirmando que a comunidade Livemocha contribuiu para a elevação do
nível em relação à Língua Inglesa. Ao observar o gráfico percebe-se que o número
de alunos que optaram por bom equivale a 55% dos alunos, refletindo que este
método foi satisfatório. Pois o surgimento das comunidades virtuais reflete não
37



somente características humanas como a necessidade de agremiação e o espírito
de grupo, que as pessoas já experimentam no mundo real, mas também o desejo
das pessoas de se libertarem do modelo de passividade reforçado pelo rádio e pela
televisão. As pessoas querem participar ativamente, opinar, contribuir. Por isso, este
resultado foi significativo e proveitoso para o ensino/aprendizagem de L2.
       Expondo a pergunta seguinte: 3. Quais atividades você participou? As
respostas foram diversas em relação às atividades realizadas: sete (07) pessoas
participaram de todas as atividades proposta que eram: listening, speaking, reading,
writing e bate-papo, seis pessoas (06) realizaram 4 atividades, oito (08) alunos três 3
atividades,cinco pessoas (05) realizaram somente 2 atividades, e nove (09) pessoas
fizeram apenas uma atividade que foi proposta. esses dados estão exposto no
gráfico abaixo.


  Gráfico 3: Quais atividades (listening, writing, speaking, reading and bate-papo) você participou?




       Esse gráfico representa como os alunos participaram da comunidade e quais
atividades eles mais se identificaram, além de responder o interesse destes em
relação à Internet, pois mesmo acessando uma comunidade de aprendizagem, a
maioria das pessoas optou pelo bate-papo, pois a interação com outras pessoas de
outras cidades ou países facilita a aprendizagem e contribui para que a aquisição
seja efetiva.
38



      Segundo Castells: “A integração, no mesmo sistema, das modalidades
escrita, oral e audiovisual, interagindo a partir de pontos múltiplos, no tempo
escolhido, em rede global, muda de forma fundamental o caráter da comunicação”
(2002, p. 414).
      A aprendizagem através desses recursos é natural, pois cada um pode
selecionar as atividades que mais se identificam e praticá-las segundo o seu
interesse. Assim, o Livemocha é uma ferramenta diária de comunicação, interação e
pesquisa, na qual os usuários aproveitam as informações nela contidas para
transformá-las em conhecimentos.
      Quando perguntados sobre a questão 4. As atividades que você fez nesta
comunidade foram? As respostas foram importantes e significativas: dezessete (17)
alunos responderam que foram ótimo as atividades realizadas no Livemocha, quinze
(15) bom e três (03) regular, apresentadas no gráfico a seguir:


                  Gráfico 4: As atividades que você fez nesta comunidade foram:




      Esses dados representam que muitos alunos gostaram de participar da
comunidade Livemocha, pois apenas três alunos disseram ser regular, enquanto que
o resto da turma aprovou a comunidade como boa ou ótima, comprovando que a
aprendizagem de L2 pode ser interessante com os meios tecnológicos.
      As comunidades virtuais apresentam características marcantes como à
colaboração, a autoria, a interatividade e a conectividade que seduz os usuários
para o acesso diário e a participação efetiva. As comunidades virtuais de
39



aprendizagem apresentam um novo suporte para que as pessoas continuem a se
comunicar, mas que de forma concreta ensinem e aprendam outras línguas.
      Também foi questionado o nível de aquisição depois do Livemocha na
questão 5. Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é: nove
(09) pessoas disseram que seus desempenhos foram ótimo, dezenove (19) alunos
afirmaram que foram bons, e 07 regular, como aponta o gráfico.


         Gráfico 5: Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é:




      Essa resposta demonstra que a comunidade de idiomas foi muito importante
para os alunos. Considera-se que o Livemocha permite que a aquisição de L2 seja
constante, fazendo com que as habilidades sejam aperfeiçoadas, e o conhecimento
estimulado. Ao ensinar os alunos a buscar e processar informações armazenadas
na Internet e nas comunidades de aprendizado, os docentes contribuem para formar
cidadãos responsáveis pela construção de seu conhecimento e preparados para a
aprendizagem ao longo da vida. Esta comunidade permite que o aluno use a língua
alvo para se integrar numa comunidade autêntica de usuários, trocando experiências
com pessoas de qualquer parte do mundo que buscam aprender uma segunda
língua. A conectividade e a flexibilidade da Internet permitem que os usuários
desfrutem desta tecnologia de maneira diversas: as quatro habilidades podem ser
aprimoradas e o conhecimento adquirido.
      Já na questão seguinte foi investigada a comunicação com falantes nativos de
língua Inglesa. 6. Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa?
40



Dezenove (19) pessoas disseram que bateram papo com nativos e 16 disseram que
não. Podendo ser observado no gráfico a seguir.


              Gráfico 6: Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa?




      Esse dado é bastante significativo, pois a interação com nativos é o fator
principal dessa comunidade. Como todos sabem que o objetivo de quem participa é
aprender, não tem espaço para a insegurança e a falta de motivação, pois falar
inglês com alguém que sabe e está disposto a ensinar é o diferencial desta
comunidade, e por isso que o número de usuários cresce constantemente.
      Porém, não se pode desconsiderar o número de usuários que não usou o
bate papo. Alguns disseram que o motivo foi devido à falta de interesse deles
mesmos e outros porque ficaram com receio de falar errado. Muitas vezes a não
tentativa impede que haja abertura para a interação e isso prejudica a aquisição e o
conhecimento de LI. Por isso, é necessário lembrar que o homem cria, recria e se
beneficia de suas próprias invenções e das demais colocadas na sociedade, e por
isso que as pessoas devem aproveitar as vantagens que os meios telemáticos
proporcionam, bem como o Livemocha.
      A questão seguinte foi: 7. Os usuários e a professora corrigiram as suas
atividades?
      Como todas as atividades poderiam ser enviadas para outros participantes da
comunidade corrigir, e também a professora Dalila solicitou que todos os alunos
enviassem as atividades para que ela fizesse a correção. Essa questão verificou se
41



as atividades foram corrigidas? E por quê? Oito (08) alunos disseram enviaram para
que os aprendizes de inglês como L2 que participam da comunidade corrigissem e
os demais apenas para a professora.


              Gráfico 7: Os usuários e a professora corrigiram as suas atividades?




       Todas as atividades enviadas aos usuários da comunidade foram corrigidas,
bem como as pronuncias, a escrita e a fluência na língua. Estes usuários deixaram
um feedback das atividades, incentivando-os a continuar participando da
comunidade para aprender cada dia mais. Essa atividade avaliativa representa um
fator importante, pois os alunos recebem o feedback e corrige os erros de forma
espontânea, usando os pontos positivos para aperfeiçoar seu conhecimento a partir
da participação na comunidade. Os demais alunos disseram que só enviou para a
professora, na qual corrigiu todas as atividades, avaliando-os.
      Essa forma de avaliação sugere o Livemocha como uma abordagem que
pode ser adotada para a sala de aula, pois esta comunidade está entre as atuais
possibilidades para que a educação e tecnologia andem juntas, pois à inclusão do
Livemocha é um meio de vincular o ensino às ações/relações cotidianas dos alunos.
      Finalizando e avaliando o interesse dos alunos em relação a continuar usando
a comunidade sem a cobrança da professora. 8. Você vai continuar participando da
comunidade? Quatro (04) alunos disseram que não, e trinta e um (31) disseram que
irão continuar.
42



      Indagados o porquê dessa decisão, os alunos que não querem participar
responderam que por falta de tempo e outro porque o idioma falado é o inglês
americano e ele prefere o inglês britânico. Porém, os que responderam que sim,
enfatizaram a importância da comunidade para aquisição de L2, afirmando que é
uma prática necessária para aprender uma segunda Língua, sendo uma maneira
fácil, dinâmica e eficiente para aprimorar o inglês.

                  Gráfico 8: Você vai continuar participando da comunidade?




      Esses dados comprovaram que o ensino de LI, com o auxílio da ferramenta
Livemocha, contribue de forma significativa para o ensino/aprendizagem de línguas.
Portanto, a participação na comunidade e a interação com pessoas de diversos
lugares, outras culturas, melhora o desempenho em relação à língua, pois este
contato com nativos facilita a aprendizagem, além de ser uma maneira divertida de
aprender inglês, que impulsiona os alunos a não desistirem da comunidade.
      Como foi citado no primeiro capítulo, a possibilidade de conhecer pessoas
com interesses comuns e o intercâmbio cultural fazem do Livemocha uma
plataforma de aprendizagem muito rica para aqueles que desejam dar os primeiros
passos em uma nova língua. As ferramentas da Internet potencializam a interação
social, a capacidade de comunicar-se, o desenvolvimento do pensamento e o prazer
de aprender, permitindo ainda acompanhar a aprendizagem do aluno.
43



      Portanto, esses dados comprovam que a comunidade de aprendizagem
Livemocha é uma ferramenta fundamental para o ensino/aprendizagem de L2 e
pode ser adotava como uma abordagem de ensino por todos os professores de LI
que desejam ter aulas dinâmicas, com interação e comunicação, além de trabalhar
com as ações diárias dos alunos, no qual aprendem com suas práticas.
44



5 CONSIDERACÕES FINAIS



      Este estudo é de fundamental importância para o ensino/aprendizagem de
Língua Inglesa, na medida em que tratou das metodologias aplicadas no ensino de
L2 na turma do 2° ano matutino do ensino médio da escola CEPOPP, verificando o
uso do Livemocha como ferramenta de aprendizagem e constatando a eficiência
dessa comunidade para a aquisição de Língua Inglesa.
      Considerando os problemas no ensino de Língua Inglesa nas escolas
públicas, vale salientar que a inserção da comunidade Livemocha foi uma
abordagem positiva que a professora usou para motivar os alunos a se interessarem
por uma segunda língua, incentivando-os a usar uma rede social para aprender, com
objetivos de adquirir as quatro habilidades que o falante de LI precisa, para mais
tarde se comunicar em outras línguas.
      Este trabalho configurou-se como pesquisa qualitativa que permitiu o
conhecimento aproximado da realidade investigada. O desafio desta pesquisa era
conhecer a comunidade Livemocha e o seu impacto na aquisição de LI. Observando
os objetivos traçados, percebe-se que é possível inserir ferramentas tecnológicas
como abordagem de ensino, bem como comprovou que o uso do Livemocha
contribuiu para o aprimoramento das quatro habilidades necessárias ao falante de
LI, permitindo que os alunos compreendam a oralidade, a escrita, e posteriormente,
seja um ser bilíngue.
      Com os resultados deste trabalho, conclui-se que a comunidade Livemocha é
uma ferramenta adequada para a aquisição de L2, pois todas as atividades expostas
na comunidade são pontos positivos que facilitam o ensino/aprendizagem e
estimulam a comunicação e interação.
      Vale ressaltar que é necessário, em etapas posteriores, retomar esta
pesquisa em um plano mais profundo no que tange às implicações colaterais do uso
do Livemocha, pois essa amostra foi rápida e sucinta apenas para mostrar que
existe essa abordagem nessa escola e a importância dessa metodologia para o
ensino de Língua Inglesa.
      O descompasso entre o semestre letivo da universidade (UNEB) e o ano
letivo nas escolas públicas de ensino médio prejudicou o ritmo desta pesquisa
empírica, pois não houve tempo para comparar a aquisição de LI dos alunos que
45



participam dessa comunidade com os que não participam e, ainda, realizar esta
pesquisa em outras salas e outras escolas, o que permitiria um trabalho de talho
contrastivo galgado em um campo empírico mais largo para subsidiar a discussão
da temática.
      Entretanto, esta pesquisa foi satisfatória e acredita-se que poderá contribuir
para que reflexões futuras sobre a temática proposta, além de sugerir uma
abordagem prática e atual, que dialoga com o universo em que os alunos estão
inseridos, caracterizado pela colaboração e conectividade, no intuito de otimizar a
apreensão do conteúdo e aprendizagem de L2.
46



REFERÊNCIAS

ALAVA, Séraphin (org). O Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas
práticas educacionais. Tradução de Fátima Murad. São Paulo: Artmed, 2002.

ALMEIDA FILHO, José Carlos P. Dimensões Comunicativas no Ensino de
Línguas. 2ed. Campinas: Pontes, 2000.

ALVES, Lynn e NOVA, Cristiane. Educação a distância: uma nova concepção de
aprendizado e interatividade. São Paulo: Futura, 2003

BRASIL, Governo Federal. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei n°
9.394/96. Brasília: Governo Federal, 1996

BRASIL, “LEI n.º 9394, de 20.12.96, Estabelece as diretrizes e bases da educação
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em: 20 jul. 2011.

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Parâmetros Curriculares Nacionais, Códigos e suas Tecnologias. Língua
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BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. Campinas: Autores Associados,
1999.

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CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador; conversações
com Jean Lebrun. São Paulo: UNESP/IMESP, 1999. 159 p. (Prismas) Resenhado
por:        Mariângela        Pisoni          Zanaga.         Disponível       em:
<http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/artigos/mariangela2.html>. Acesso em:
30 ago. 2011.

CELANI Antonieta. Entrevista sobre o ensino de Língua Estrangeira. Disponível
em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-estrangeira/fundamentos/nao-ha-receita-
ensino-lingua-estrangeira-450870.shtml>. Acesso em 02 ago. 2011.

CELANI, Maria Antonieta Alba. Ensino das línguas estrangeiras: olhando para o
futuro. In: ______, (org.). Ensino de segunda língua: redescobrindo as origens.
São Paulo: EDUC, 1997.

COSCARELLI, Carla Viana (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas
formas de pensar. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs.). Letramento Digital:
aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Ceale; Autêntica,
2005.
47




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30. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p.79-107.

FREIRE, Wendel (Org.). Tecnologia e educação: as mídias na pratica docente. Rio
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FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessário a prática educativa. São
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GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1994.

KOCHE, José Carlos. Fundamentos da Metodologia Científica: Teoria da Ciência
e Prática da Pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003

LEFFA, V. J. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional. Contexturas
APLIESP, n. 4, p. 13-24, 1999. Disponível em: <http:// www.leffa.pro.br>. Acesso
em: 03 ago. 2011.

LIVEMOCHA and Pearson Announce Partnership for Online Language
Learning. Disponível em <http://www.livemocha.com/pages/pr/03102009> Acesso
em: 15 dez. 2011

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MOITA LOPES, L.P. da. Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e
educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas, SP:
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In: BARBARA, Leila; RAMOS, Rosinda de Castro Guerra. Reflexão e ações no
ensino-aprendizagem de línguas. São Paulo: Mercado de Letras. 2003, p. 31.

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida.
Novas tecnologias e mediação tecnológica. Campinas: Papirus, 2004.

MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ci/v26n2/v26n2-5.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2011.

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo.
Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, n.126, setembro-outubro 1995, p.
24-26. Disponível em: < http://www.eca.usp.br/prof/moran/novtec.htm>. Acesso em:
25 jul. 2011.
48



OLIVEIRA NETTO, Alvim Antônio de. Metodologia da Pesquisa Científica: Guia
Prático para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos. 2° ed. Florianópolis, Visual
Books, 2006.

PAIVA, V.L.M.O. Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências. Campinas,
SP: Pontes; Minas Gerais: Departamento de Letras anglo Germanicas- UFMG, 1996.

PAIVA, V. L. M. O. As letras na Internet. Cadernos de Pesquisa do NAPq. Belo
Horizonte: Fale, UFMG, n. 35, maio de 1997.

SILVA. Ezequiel Teodoro da et al (coord.). A leitura nos oceanos da Internet. São
Paulo: Cortez, 2003

Video      explicativo   sobre   o   que     é   Livemocha.  Disponível  em
<http://link.brightcove.com/services/player/bcpid980795693?bctid=120509636>
Acesso em: 10 Nov. 2011

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Daniel
Grassi. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.




                                   ANEXOS

                    UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
49



                DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI
            CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LINGUA INGLESA

                            Questionário para os Alunos

Nome: ____________________________________________________



     1. Você participou da comunidade Livimocha?

        (      ) SIM       (    ) NÃO

     2. Qual seu o nível de participação da comunidade Livimocha?

        (     ) PÉSSIMO (      ) RUIM (     ) REGULAR (    ) BOM ( ) ÓTIMO

     3. Quais atividades você participou?

        (    ) Writing (   ) Listening (   ) Reading ( ) Speaking ( ) Bate-papo

     4. As atividades que você fez nesta comunidade foram:

        (     ) PÉSSIMO (      ) RUIM (     ) REGULAR (    ) BOM ( ) ÓTIMO

     5. Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é:

        (     ) PÉSSIMO (       ) RUIM (    ) REGULAR (    ) BOM ( ) ÓTIMO

     6. Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa?

        (   ) SIM (  ) NÃO - Por quê?
        ___________________________________________________________
        ___________________________________________________

     7. Os professores corrigiram as suas atividades?

        (   ) SIM ( ) NÃO - Por quê
        ___________________________________________________________
        ___________________________________________________

     8. Você vai continuar participando da comunidade?
        (   ) SIM - Por quê? ( ) NÃO - Por quê?
        ___________________________________________________________
        ________________________________________________

                   UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
                   DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI
               CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LINGUA INGLESA
50



                   Questionário para a Professora

     Nome______________________________________________



2. Quais os métodos que você usa para facilitar o ensino/aprendizagem de
     L2?
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ________________________________________
3. Porque você adotou a comunidade Livemocha como uma ferramenta para
     aquisição de Língua Inglesa?
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ________________________________________
4.    Há quanto tempo você participa da comunidade de aprendizagem
     Livemocha? Por quê? __________________________________
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ____________________________________________
5. Qual a importância do Livemocha para a sua aquisição de L2?
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     _______________________________________________
6. Com a inserção do Livemocha nas aulas de Língua Inglesa, o que
     mudou?
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________________________
     ___________________________________________

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O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

  • 1. 0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA Elcione de Araujo Silva Lima “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2” Conceição do Coité 2012
  • 2. 1 Elcione de Araujo Silva Lima “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2” Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação – Campus XIV, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito avaliativo para obtenção do Grau de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Inglesa. Orientador: Prof. Emanuel do Rosário Santos Nonato Conceição do Coité 2012
  • 3. 2 Elcione de Araujo Silva Lima “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2” Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação – Campus XIV, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito avaliativo para obtenção do Grau de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Inglesa. BANCA EXAMINADORA _________________________________________ Prof. Orientador: Emanuel do Rosário Santos Nonato _________________________________________ Profª. Neila Maria Oliveira Santana _________________________________________ Prof.ª Mary Valda Souza Sales Conceição do Coité 2012
  • 4. 3 Dedico este trabalho a todos os que militam e dedicam a sua vida a educação, principalmente ao professores de Língua Inglesa que encontrem nesta pesquisa uma ferramenta para facilitar o ensino/aprendizagem, e porque não dizer, a aquisição de L2.
  • 5. 4 Agradecimentos A Deus, autor da vida e fonte de sabedoria, pelo seu amor imensurável e pelo seu cuidado todo especial, em todas as etapas da minha vida. A Ele eu devo minha saúde e sabedoria, minha vida e tudo que tenho e sou. Aos meus Pais, minhas irmãs e ao meu irmão, meus avós, meus primos e toda a família por tudo o que fazem por mim, pelo incentivo e disponibilidade, compreensão e todo o apoio a mim dispensado; Agradeço a meu esposo Jivanildo e a minha Filha Ludmylla que entenderam as preocupações e urgência da universidade, e souberam o valor que a falta de tempo para eles teriam para a minha formação profissional. A Dindinha Zefa (in memorian) que na sua sabedoria divina, sempre me incentivou a ir em busca do conhecimento, mostrando que esse é o maior bem que uma pessoa pode ter. Ao Professor Emanuel do Rosário Santos Nonato, meu orientador, que com muita sabedoria, interesse, competência e prazer me ajudou a desenvolver este trabalho. Sou grata pelo afeto transmitido, e por que não agradecer pelas brincadeiras e conversas descontraídas, processo fundamental para que o trabalho fluísse com responsabilidade e naturalidade. Aos Professores do Campus XIV, especialmente do curso de Letras com Habilitação em Língua Inglesa, que contribuíram de forma significativa para a minha formação pessoal e profissional, e aqueles que nos momentos difíceis, com amizade e companheirismo me impulsionou a não desistir desta jornada. Aos professores que passaram pelo nosso curso e se tornaram inesquecíveis: Maiana Rose, Flavia Aninger, Paulo de Tarso, Plínio Oliveira, Rosana Dórea e Cristina Carvalho, Luis Roberto Resende, meu carinho e agradecimento. Aos professores que permaneceram Irenilza Oliveira, Raulino Batista, Mônica Veloso,
  • 6. 5 Neila Santana, Rita Sacramento, Ivana Libertadoira e Fernando Sodré meu muito obrigado. Aos colegas que com incomparável carinho, ultrapassaram os limites formais de um grupo com afinidades acadêmicas para se transformar em amigos verdadeiros. Em especial a minha equipe de trabalho: Evanilson, Jussiara, Mikaely e Marilene que diante dos novos desafios sempre estávamos juntos para aprender com as dificuldades encontradas, e nos alegrar com as vitorias alcançadas. Ao meu Médico Dr. José Coriolano, que com sabedoria divina soube cuidar de minha saúde com eficiência, agilidade e atenção, contribuindo para a minha cura física. Aos Fisioterapeutas Dr. Sócrates Eduardo, Manásseis Mascarenhas, Sarah Leite, Luziane Simões e Luziane Santos, que com dedicação e persistência me ajudaram na recuperação da cirurgia e me ensinaram recomeçar. Aos amigos, que contribuíram com a minha trajetória, compartilhando as adversidades do dia-a-dia, sorrisos e lágrimas, preocupação e diversão, sem eles a vida não teria sentido. A direção e funcionários do departamento, em especial a Henrique Valença, Roberto Freitas, Margarete Simões que tiravam nossas dúvidas e sempre estavam dispostos a nós ajudar, sem esquecer-me de Laerte (nosso motorista), que não media esforços pra nos levar a outros espaços de conhecimentos e Dona Lita (nossa maezona) que cuidava da nossa sala como se fosse a extensão de nossas casas. A direção, professores e os alunos do Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira Pinheiro que contribuíram para que esta pesquisa fosse realizada e a professora e colega Dalila Araujo pela sugestão e incentivo para coletar os dados em sua turma. E a todos que de alguma forma contribuíram significativamente para a realização deste trabalho.
  • 7. 6 O sonho pelo qual eu luto, exige que eu invente em mim a coragem de lutar, ao lado da coragem de amar. Paulo Freire
  • 8. 7 RESUMO Este trabalho descreve e analisa a inserção de ferramentas telemáticas, principalmente a Internet e a comunidade de idiomas Livemocha no ensino/aprendizado de Língua Inglesa e apresenta alguns fundamentos teóricos sobre educação e tecnologia e sua contribuição para a aquisição de LI. Tem como objetivos verificar a pertinência da adoção da comunidade Livemocha para o ensino/aprendizagem de LI e se esta contribui para o aprimoramento das habilidades necessárias para aquisição de segunda língua. A metodologia é definida como Estudo de Caso, que com os instrumentos necessários permitiu conhecer o problema, os sujeitos desta pesquisa, suas influências e, a partir da análise dos dados, os resultados alcançados. Estes resultados mostram que a inserção do Livemocha permitiu a interação com falantes nativos, práticas úteis para aperfeiçoar as habilidades para aquisição de LI. Esta pesquisa também possibilitou identificar abordagens estimuladoras, concretas e contextualizadas para que os alunos possam adquirir habilidades para se tornar um ser bilíngue. Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Ensino/Aprendizagem de LI. Abordagem de Ensino. Livemocha.
  • 9. 8 ABSTRACT This paper describes and analyzes the inclusion of telematic tools , mainly the Internet and the language community Livemocha in the process of teaching/learning English Language and it presents some theoretical foundations on education and technology and their contribution to EL acquisition. It also aims to verify the validity of adopting the community Livemocha for teaching / learning of EL and whether this contributes to the improvement of skills of second language acquisition. The methodology is defined as a Case Study, and with the usage of the necessary tools they helped to identify the problem, the subjects of this research, and their influences, from the data analysis, to the results achieved. The results show that the insertion of Livemocha allowed students to interact with native speakers, a useful practice In order to improve the skills for EL acquisition. This paper also enabled the identification of stimulatory, concrete and contextualized approaches so that students can acquire the skills needed to become bilingual. Keywords: Education. Technology. Education / Learning LI. Approach to Teaching . Livemocha.
  • 10. 9 SUMÁRIO Páginas 1 INTRODUÇÃO 10 2 A INTERNET E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA 12 2.1Internet 13 2.2 Internet na sala de aula 16 2.3 Ensino de L2 19 2.4 Internet: prós e contra no ensino/aprendizagem de L2 21 2.5 Comunidade de Idiomas: Livemocha 23 3 METODOLOGIA 26 3.1 Fundamentos Epistemológicos 26 3.2 Método 27 3.2.1 Do problema 30 3.2.2 Do Objetivo Geral 30 3.2.3 Dos Objetivos Específicos 30 3.2.4 Locus 30 3.2.5 Sujeitos 31 3.2.6 Instrumentos 32 4 ANÁLISE DE DADOS 33 5 CONSIDERAÇOES FINAIS 44 REFERÊNCIAS 46 ANEXOS 49
  • 11. 10 INTRODUÇÃO No contexto atual, em que se percebe o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, é urgente a inserção da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) na Educação. É inegável a importância das TIC para todos os setores da sociedade, e principalmente no contexto escolar. Usar ferramentas tecnológicas para facilitar o ensino/aprendizado é uma metodologia atual, dinâmica e presente na vida dos alunos. Partindo desse princípio Educação e Tecnologia, percebe-se a necessidade de adotar para as escolas e principalmente para as aulas de Língua Inglesa essas ferramentas. A Internet é uma dessas ferramentas que possibilita o acesso à informação, supera fronteiras, promove a interação de muitas pessoas ao redor do mundo. É uma rede com múltiplos recursos, na qual facilita a comunicação e motiva para que a aprendizagem seja mais rápida e significativa. Como a língua predominante na Internet é o inglês, a aprendizagem dessa língua se torna cada vez mais necessária e também cada vez mais acessível a um grande número de pessoas. Pois, com os benefícios da Internet o professor pode fazer uso dela para criar ambientes de aprendizagem. Nessa perspectiva, muitos teóricos estão escrevendo sobres estes temas, os quais nos dão base teórica para escrever e pesquisar cada vez mais. Apesar do crescimento exponencial de pesquisas sobre Internet nas áreas de Educação e Comunicação, o tema “O uso do Livemocha como ferramenta de ensino/aprenzidagem para aquisição de L2” ainda não se tornou objeto de estudos de pesquisadores brasileiros e essa é uma das razões pelas quais foi abordado neste trabalho. O interesse em pesquisar sobre a Internet e posteriormente a comunidade Livemocha surgiu a partir da necessidade de aprender uma segunda Língua com falantes nativos de forma prática, dinâmica e sem precisar sair de casa. Essa pesquisa apresenta uma geração que interage cotidianamente com a Internet, que constroem saberes a partir dessas interações, mas que apresentam dificuldades para se comunicar devido à falta de uma segunda Língua. A comunidade de aprendizado Livemocha é a maior comunidade global on- line para estudantes de idiomas, com lições gratuitas e um número considerável de usuários ao redor do mundo que contribui para a aquisição de um novo idioma. Com a Livemocha, é possível desenvolver as quatro habilidades linguísticas, com
  • 12. 11 estratégias que irão ajudar o aprendiz a conduzir conversas em um idioma estrangeiro. A inserção do Livemocha como uma abordagem complementar ao ensino/ aprendizagem de Língua Inglesa no Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira Pinheiro, pela Professora Dalila Araujo na turma do 2° ano matutino foi o fato que possibilitou essa pesquisa. Diante disso, foi questionado como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do 2º ano do ensino médio? Respondendo a esta questão, levam-se em conta os objetivos que verificaram a aquisição de Língua Inglesa e o aprimoramento das quatro habilidades a partir da inserção da Internet e da comunidade Livemocha na turma do 2° ano do ensino médio. Os dados indicam que é possível inserir as ferramentas telemáticas no ensino de Língua Inglesa e que, a partir delas, pode-se adquirir as habilidades necessárias ao falante de LI, através de interações com falantes nativos e a produção escrita com feedback de professores. Esta pesquisa está estruturada em três capítulos: capítulo teórico, capítulo metodológico e capítulo de análise de dados. No primeiro capítulo aborda-se o contexto histórico da Internet, a inserção da Internet na sala de aula, o que significa ensinar e aprender L2, os prós e contra da Internet no ensino de Língua Inglesa e o que é, e quais as características da comunidade de aprendizagem Livemocha no processo de ensino/aprendizagem de LI. No segundo capítulo, o da metodologia foi apresentado uma pesquisa de campo com procedimentos de um Estudo de Caso, visando conhecer a escola, os sujeitos e o problema a ser analisado. Diante disso, foram usados alguns instrumentos como observação, questionário e entrevista semi-estruturada a fim de consolidar os dados pesquisados para, no capítulo 4, analisá-los, sistematizando as informações sobre a interação dos sujeitos com outros usuários do Livemocha e analisando essa experiência a partir dos questionários e das observações realizadas. Esta análise permite caracterizar esta comunidade como uma ferramenta atual e importante para a aquisição de Língua Inglesa. Durante a leitura desta monografia o leitor se defrontará com o universo da Internet e suas ferramentas que seduzem uma geração conectada, que diante do desafio de aprender uma segunda língua desenvolve uma estratégia eficiente e envolvente, capaz de adentrar ao mundo dos idiomas.
  • 13. 12 2 A INTERNET E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA O contexto histórico da educação mostra que as mudanças no ensino formal foram ocorrendo de forma gradual, de acordo com a realidade e perspectivas da humanidade para o momento vivido. Novos paradigmas surgiram e impulsionaram as transformações que deveriam ocorrer no processo educativo, em grande parte porque a sociedade e o setor produtivo exigiam tais mudanças. Atualmente, a educação formal defronta-se com um novo desafio: incorporar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para facilitar a inclusão de seus alunos no mundo contemporâneo. As tecnologias possibilitam novas formas de ensinar e aprender, proporcionando maior dinamismo e interação no processo de construção do conhecimento. Com as TIC foram disponibilizadas diversas ferramentas que, gradativamente, estão sendo incorporadas à educação, dentre elas a Internet. A Internet é uma ferramenta com várias estratégias que podem ser utilizadas para o ensino/aprendizagem, como o correio eletrônico, as videoconferências, as comunidades virtuais, dentre outras. A Internet potencializa a interação social, a capacidade de comunicar-se, o desenvolvimento do pensamento e o prazer de aprender, na qual a construção coletiva do conhecimento se efetiva, permitindo ainda, acompanhar a aprendizagem do aluno. Assim, como toda ferramenta tecnológica, a Internet tem suas potencialidades e limitações. Portanto, faz se necessário que os professores saibam manipulá-las, conhecendo seus prós e contras, sabendo dominá-la, para depois inovar, inventar, criar atividades, interligar com o conteúdo da maneira adequada, para que a aula seja dinâmica e o conhecimento proveitoso. Castells (1999, p. 36) menciona que o surgimento de um novo sistema de comunicação global “está mudando e mudará para sempre nossa cultura atribuindo a tecnologia as mudanças culturais a ela associada.” Sendo assim, é relevante destacar o aumento do interesse dos alunos quando se deparam com as diversas possibilidades oferecidas pelas TIC. A atenção voltada as TIC e, principalmente, a Internet levam o educador a explorar e aproveitar ao máximo esses recursos. No ensino de língua estrangeira não pode ser diferente. O educador deve conhecer os recursos disponíveis na Internet, lapidá-los e por em prática em sala de aula, para que seus alunos sejam motivados a aprender uma segunda língua, buscando ser autônomos e que cada dia mais aperfeiçoem seu conhecimento. Por
  • 14. 13 isso, “é preciso desenvolver dispositivos em que simultaneamente, se ensine e se aprenda” (ALAVA, 2002, p. 203). Assim, se a Internet for usada de maneira específica, os materiais disponíveis vão se tornando mais interessantes, pois ela é um ambiente rico em informações e mecanismos que permitem a interação direta, que contribuem para aquisição da língua inglesa. À medida que a tecnologia vai se desenvolvendo, as ferramentas da Internet são mais utilizadas: os blogs, os correios eletrônicos, os chats, as comunidades virtuais, o wiki, assim como alguns programas a exemplo do “ensino de línguas on line” criado por Lefta1, são inseridos na sala de aula, e se, explorado de forma adequada valorizará o ensino/aprendizagem de língua inglesa. Pois, é urgente que se busquem aperfeiçoar cada dia mais as quatro habilidades (listen, speak, read and write) que o aprendiz de língua inglesa deve dominar para que alcance o objetivo principal de quem almeja aprender uma segunda língua que é a interação social e global. 2.1 Internet A Internet é um meio de comunicação que permite a interação de muitos com muitos, em escala mundial. Ela pode ser definida como um sistema global de redes interconectadas de computadores que transmitem informações através de “nós”. A conectividade e a flexibilidade da Internet permitem que os usuários desfrutem desta tecnologia de maneira diversas, como a web, os correios eletrônicos, os chats, as comunidades virtuais, os blogs e wiki contribuem para o desenvolvimento educacional, intelectual, social e econômico de uma sociedade. Desta maneira “a Internet é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do Terceiro Mundo” (CASTELLS, 2000, p. 10). Contudo, qualquer pessoa com conhecimento técnico pode usar a Internet, pois ela incluiu a sociabilidade, diminui distâncias de tempo e espaço, e apresenta um novo suporte para que as pessoas continuem a se comunicar. Segundo Castells (2000) as origens da Internet são encontradas na Arpanet, uma rede de computadores montadas pela Advanced Research Project Agency (ARPA) em Setembro de 1969. A ARPA foi formada em 1958 pelo Departamento de 1 Disponível em http://www.leffa.pro.br/elo/index.html
  • 15. 14 Defesa dos Estados Unidos com a missão de mobilizar recursos de pesquisas, particularmente do mundo universitário, além de estimular a pesquisa em computação interativa. A Arpanet era um pequeno programa que surgiu de um Departamento da ARPA, o Information Processing Techniques Office (IPTO). Para montar uma rede interativa de computadores, a IPTO usou a comutação por pacote, desenvolvida por Paul Baran e Donald Davies que trabalhava no centro de pesquisa Rand Corporation e British National Physical Laboratory. O projeto visava uma comunicação flexível, descentralizada, capaz de resistir a um ataque nuclear. Os primeiros nós foram testados na University of California in Los Angeles (UCLA) e em Santa Barbara e na Universidade de Utah. Com dois anos, já havia 15 nós interconectados. A estratégia da ARPA, com sua política de flexibilidade e liberdade acadêmica, revelou-se correta, pois “forneceu recursos para transformar idéias em pesquisas e pesquisas em tecnologias viáveis” (CASTELLS, 2000, p. 23). Em 1972 introduziu um novo conceito: uma rede de redes. Para que pudessem se comunicar, as redes de computadores precisavam de um Protocolo de Comunicação Padronizados (TCP), que surgiu em 1973. Depois disso, alguns estudiosos dividiram o TCP em duas partes, acrescentando um protocolo Internet Protocol (IP), gerador do protocolo TCP/ IP, padrão que a Internet continua operando até hoje. A Arpanet passou a ser administrada pela Defense Communication Agency (DCA), pois necessitava de uma rede de comunicação que permitisse aos militares envolvidos na Guerra Fria realizar trocas de informações de uma base militar a outra em tempo rápido e de forma segura. A ferramenta inicial da Internet foi o correio eletrônico associado à possibilidade de transferência de arquivos de textos através do acesso remoto. Porém, o Departamento de Defesa, com receio que a Arpanet não fosse totalmente segura, criou uma rede independente, e retirou-a da operação militar, liberando-a para pesquisas. A partir de 1990, a Internet foi privatizada e alguns fabricantes de computadores dos EUA incluíram o TCP/IP nas suas produções. Com isso, a maioria dos computadores tinha capacidade de entrar em rede, lançando as alicerces para a difusão da interconexão, que possibilitou um rápido crescimento da Internet, como uma rede global de redes de computadores, descentralizada, com protocolos de comunicação abertos. Isso permitiu a expansão de novos nós, facilitando a comunicação. Porém, foi com a criação de sistemas operacionais, e o
  • 16. 15 desenvolvimento do World Wide Web (WWW), que reúne informações em forma de texto, imagens, vídeo e som, de forma isolada ou multimídia que a Internet abarcou o mundo. Em 1995, quando a Microsoft descobriu a Internet e começou a usar o software Windows 95, os empresários e a sociedade em geral passaram a fazer parte dessa sociedade em rede e aproveitaram as vantagens que a Internet oferece. Dessa maneira estes usuários contribuíram para sua expansão. No entanto, “a Internet não teve origem no mundo dos negócios. Era uma tecnologia ousada demais, um projeto caro demais, e uma iniciativa arriscada demais para ser assumida por organização voltada para o lucro” (CASTELLS, 2000, p. 23), Por isso, a Internet se desenvolveu num ambiente seguro, financiado por recursos públicos, com pesquisas voltadas para a missão, mas que não impedia a liberdade de expressão, nem ideias para a inovação. Sem a contribuição cultural e tecnológica das redes pioneiras, a Internet não teria expandido tão rapidamente pelo mundo. A história da Internet demonstra que os usuários são os principais produtores, adaptando-a a seus usos e valores, transformando-a. As modificações introduzidas são transmitidas ao mundo em tempo real. Assim o intervalo entre o processo de aprendizagem e produção, é abreviado. Atualmente, ela se tornou uma vantagem, pois permite aos usuários acessar qualquer informação, em qualquer lugar do globo. A Internet mudou a vida e forma de educar e de aprender. Por isso: A história da criação e do desenvolvimento da Internet é a história de uma aventura humana extraordinária. Ela põe em relevo a capacidade que tem as pessoas de transcender metas institucionais, superar barreiras burocráticas e subverter valores estabelecidos no processo de inaugurar um novo mundo. Reforça também a idéia de que a cooperação e a liberdade de informação podem ser mais propicias à inovação do que a competição e os direitos de propriedade (CASTELLS, 2000, p.13). O avanço da Internet é proporcional a sua importância no dia-a-dia das pessoas. Muitas pessoas não conseguem viver sem esta ferramenta, pois ela se faz presente em muitos setores da sociedade. Por isso que “a Internet é o tecido de nossas vidas” (CASTELLS, 2000, p. 7). Sua capacidade de distribuir informação por todo o domínio da atividade humana, com adaptabilidade e flexibilidade, alavanca uma nova forma de sociedade: a sociedade em rede: “a formação de redes é uma prática humana muito antiga, mas as redes ganharam vida nova em nosso tempo
  • 17. 16 transformando-se em redes de informação energizadas pela Internet” (CASTELLS, 2000, p. 7). A Internet é uma tecnologia maleável e suscetível a mudanças. O ser humano modifica esta rede a partir do seu uso, experimentando-a, transformando-a. Por isso, “a Internet é a expressão de nós mesmos através de um código de comunicação específico, que devemos compreender se quisermos mudar nossa realidade” (CASTELLS, 2000, p. 11). A evolução da Internet faz parte da produção humana, que com o propósito de alcançar a liberdade com o poder da informação abre caminhos para as novas descobertas. E, não foi diferente com a Internet, pois quando não se tem recurso nenhum é que as pessoas são obrigadas a inventar, criar soluções. Assim “a tecnologia faz parte desse contexto não como algo fora, mas como parte de um todo em que o homem cria, recria e se beneficia da sua própria realização e das demais colocadas na sociedade.” (GRINSPUN, 1999 apud COSCARELLI, 2005, p. 19). Mesmo sendo uma criação humana, as tecnologias moldam comportamento, tem características próprias, com grande potencialidade e muitas limitações, porém o professor precisa conhecer e dominar para usá-lo de modo adequado, como um componente da atividade de ensinar e aprender uma língua. A Internet permite que o aluno use a língua alvo para se integrar numa comunidade autêntica de usuários, trocando experiências com pessoas de qualquer parte do mundo em que a língua que estuda seja usada, de forma consciente e autônoma. Pois “a Internet é, acima de tudo, uma criação cultural”. (CASTELLS, 2000, p. 32). 2.2 Internet na sala de aula Todo o processo de educação foca-se na ampliação dos conhecimentos, na relação entre o ensino e a aprendizagem e, principalmente, na formação de cidadãos. Desse modo, cada vez mais, procura-se ir além dos métodos tradicionais de ensino. Entre as atuais possibilidades para a educação está à inclusão da Internet como ferramenta pedagógica na sala de aula, como mais um meio de vincular o ensino às ações/relações cotidianas dos alunos. Pois, “a chegada da Internet nos estabelecimentos escolares, assim como seu desenvolvimento nos locais de formação, favoreceu a emergência de novas práticas de aprendizagem autodidatas” (ALAVA, 2002, p. 203). Ao utilizar a Internet na sala de aula, o
  • 18. 17 professor instiga seus alunos a um processo de descoberta constante, voltado aos seus interesses e com possibilidades de ampliar a visão que têm do mundo. Logo, os alunos construirão cada vez mais conhecimentos e habilidades. Portanto, “é uma lição comprovada da história da tecnologia que os usuários são os principais produtores da tecnologia, adaptando-a a seus usos e valores e acabando por transformá-la” (CASTELLS, 2000, p. 28). Entende-se que o uso dessa tecnologia na sala de aula pode fazer o aluno aprender de uma forma mais autônoma, tornando-o também responsável pelo seu próprio conhecimento. Ao tornar-se autônomo, o aluno não necessitará exclusivamente da interação com o docente para aprender, mesmo que a presença do professor seja extremamente importante quanto à orientação frente ao uso da Internet. Nesse contexto, o professor deverá também mudar a sua forma de agir, ou seja, ele deverá assumir o papel de moderador, consciente de que as tecnologias o auxiliam no processo ensino e aprendizagem. Porém, nada substitui um bom professor. O trabalho com a Internet requer conhecimentos básicos em relação a essa tecnologia, para que o professor possa tirar o total proveito da rede. Também devem ser verificadas as condições técnicas da escola, a infra-estrutura e equipamentos para que os alunos possam acessar a Internet. Sabe-se, quais influências as redes exercem e os benefícios que elas trazem para a sociedade, por isso: “ser excluídos dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura” (CASTELLS, 2000, p. 8). Por isso, todas as pessoas buscam constantemente estar inseridas nessa sociedade da informação. Contudo, sabe-se, que muitas escolas não possuem laboratórios ou acesso à rede. Este, ainda é um problema a ser resolvido, já que todos têm direito a inclusão digital. Por isso, buscando minimizar esse problema, o Ministério de Educação e Cultura (MEC) criou o ProInfo: um programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica. Este programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.2 2 Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=462>
  • 19. 18 Para que os professores possam garantir um ensino diferenciado aos seus alunos, faz-se necessário que eles participem da formação continuada, com o objetivo de utilizar a Internet em prol do ensino, transformando-a em uma ferramenta diária de comunicação, pesquisa e interação. Além de aprimorar as suas habilidades com o uso da rede, o professor deve interagir com outros professores, buscando e trocando informações, para tornar-se um profissional reflexivo, crítico, competente e, acima de tudo, inovador. Com o desenvolvimento da Internet e o crescimento da WWW, um número incalculável de home pages tem sido criado e os recursos para a aprendizagem de inglês tornaram cada vez mais diversificados e sofisticados. À medida que a tecnologia vai se desenvolvendo, os materiais disponíveis para ser usados na sala de aula passam a ser mais interessantes para o ensino de língua inglesa. A interatividade proporcionada pela Internet através dos livros didáticos eletrônicos incluindo som e vídeo, comunidades de aprendizagem como o Livemocha, exercícios com feedback online; tarefas interativas são mecanismos que permitem a comunicação do professor com os alunos e destes com outras pessoas, que muitas vezes são de outros países. O uso da Internet no ensino de língua inglesa torna-se um instrumento privilegiado para observar as situações reais do uso do idioma, uma vez que grande parte do que é publicado na rede está em inglês. A Internet possibilita, ainda, a comunicação com falantes de língua inglesa de diferentes partes do mundo. Porém, o uso da web no ensino de L2 não se restringe somente à formação de estruturas e de vocabulário. Em muitas atividades, o aluno pode se deparar com questões culturais relacionadas aos países falantes desta língua. Portanto, o sistema educacional deve criar condições favoráveis para inserir a Internet como uma ferramenta que facilita o ensino/aprendizagem mais eficaz e proveitoso, aproveitando as informações nela contidas para transformar-las em conhecimentos. Caso contrário, a Internet corre o risco de se juntar aos outros meios de comunicação que fizeram parte da educação, mas que perderam a oportunidade de renovar o sistema educativo. Pois, “as ferramentas devem ser utilizadas, não pelo fascínio do novo, mas pela necessidade de utilizar as melhores ferramentas possíveis” (ALAVA, 2002, p. 125-126). Porém, em um sistema no qual a tecnologia assegura a difusão da informação, ensinar deve significar construir o saber, ensinar
  • 20. 19 a pensar, e isso só tem sentido se a educação for uma prioridade assumida por todos. 2.3 Ensino de L2 O Ensino de Línguas no Brasil tem origem com os Jesuítas quando inseriram na cultura indígena a Língua Portuguesa. A partir de então, outras línguas foram sendo incorporada a Educação Brasileira. Inicialmente o Latim e o Grego, mais tarde o Francês, o Inglês, o Alemão e o Italiano devido aos novos habitantes que o país acolhia. Cada um trazia um pouco da sua língua e sua cultura. Com o passar do tempo, a Língua Inglesa tornou-se a língua obrigatória a ser trabalhada nas escolas, tanto nas escolas particulares quanto nas públicas. Por isso, introduziu-se o método direto. Leffa (1999) afirma que essa metodologia enfatizava a importância de se ensinar a língua estrangeira utilizando a própria língua; a seqüência ouvir, falar, ler e escrever; o uso de gravuras e objetos para a explicação de palavras desconhecidas, evitando a tradução; a compreensão do aluno das regras gramaticais pelo uso, e não pela explicação de tais regras; leitura de autores indicados, e também de manuais, revistas, almanaques e impressos que possibilitassem ao aluno conhecer o idioma como ele é utilizado no país de origem. Em 1996 foi aprovado no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que apresentou algumas regras para a educação. Com isto na LDB, (BRASIL, 1996) no Art. 26 e § 5º reforçou a necessidade de uma língua estrangeira nas escolas brasileira, no ensino fundamental: "Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição”, e no ensino médio: a lei dispõe que "será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição" (Art.36, Inciso III). Assim toda escola teria que incluir no seu currículo uma língua estrangeira. Como o capitalismo ainda é dominante, e os Estados Unidos uma potência mundial, os gestores da educação optaram por adotar a Língua Inglesa para o currículo escolar. Pois “o interesse de vários países em promover o ensino desse
  • 21. 20 idioma é uma forma de se ter acesso à ciência e à tecnologia ocidental, ao comércio e ao turismo internacional e à ajuda militar e econômica” (PAIVA,1996, p. 10). Porém, foi com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira PCN-LE que o ensino de língua Inglesa passou a ser valorizado no Brasil. Pois, “a aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão” (BRASIL, 1999, p.15). Assim, docentes e discentes de L2 devem reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo, sem esquecer os seus. Focando na aprendizagem e desenvolvimento do aluno, os PCN-LE corroboram para que alunos e professores identifiquem no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngüe, além de compreender o papel hegemônico que algumas línguas desempenham. Permite também que os alunos vivenciem uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua estrangeira, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões do seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel como cidadão do seu país e do mundo. Conhecer o mundo nunca foi tão importante, e o Governo Federal atento a tais necessidades propõe um ensino de LE mais voltado à comunicação e contextualização de conteúdos. Por isso, muitas escolas trabalham com a abordagem comunicativa, na qual valoriza o sentido, o significado de uma língua, bem como a interação entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua. Como afirma Celani (1997) em uma entrevista sobre o ensino de Língua Inglesa: “A língua confere uma formação global ao indivíduo”. Assim a sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na experiência de aprender outras línguas na escola e admite esse bem cultural ao garantir de alguma forma a presença da disciplina Língua Estrangeira no currículo. Ela é “a língua do poder, do progresso e do prestígio” (PAIVA, 1996, p. 11). Como o objetivo de muitas pessoas é ter “poder”, a Língua Inglesa é a Língua Estrangeira que tem maior facilidade de ser adotada para o ensino de L2 no Brasil e em outros países cujos falantes não tem a língua inglesa como língua alvo. Contudo, as condições das escolas públicas, a falta de professores, de materiais adequados,
  • 22. 21 além de salas de aulas super lotadas, e com o número de aulas reduzidas, muitas vezes, inviabilizam o ensino de L2. Entretanto, os PCN-LE (BRASIL, 1999) surgiram numa época em que o mundo se comunica com a velocidade da Internet e do telefone celular, e onde o acesso aos mais diversos meios de comunicação se democratiza e faz com que pessoas das mais diversas regiões do país, e das mais variadas camadas sociais, busquem está inserido e atualizado sobre o que acontece ao seu redor. Essa facilidade contribui para que o ensino/aprendizagem de L2 seja repensado, e que através das ferramentas tecnológicas esse processo seja mais significativo. 2.4 Internet: prós e contra no ensino/aprendizagem de L2 A evolução do homem é caracterizada pelo desenvolvimento de instrumentos cada vez mais sofisticados. Na medida em que esses instrumentos são difundidos na sociedade, seu domínio torna-se necessário por um segmento cada vez maior da população, como foi, por exemplo, o caso do livro, no fim do Século XV, e como certamente é o caso do computador, neste início do Século XXI. As mudanças na forma de apresentação do livro e de textos seguiram as evoluções de cada época. Chartier cita que esse foi um processo fundamental e necessário para a história do livro: do pergaminho para o códice, do códice ao livro impresso e do livro impresso ao livro digital. Por isso, “a obra não é jamais a mesma quando inscrita em formas distintas, ela carrega a cada vez, um outro significado” (CHARTIER, 1999 p.71). Assim, a interação entre texto/leitor é influenciada pelo suporte textual que varia em função de sua forma de difusão e da percepção individual do texto no ato da leitura. Os meios de comunicação estão surgindo com a capacidade de interação entre os produtores de informações e o público. Nos blogs, por exemplo, disponibiliza o espaço para que os usuários postem, em uma velocidade incomparável. A aprendizagem através desses recursos é natural e espontânea, pois podem selecionar os materiais e escolher os caminhos de acordo com interesses e motivação de cada um. A aprendizagem se dá através de descobertas individuais, de solução de problemas, de tentativas diversas, do fazer e refazer, de acordo com o ritmo de cada um. Mas a Internet não é apenas um local para se resolver problemas. É um local para apresentar novas ideias, experimentar, criar.
  • 23. 22 Desse modo, o uso da Internet no ensino de língua inglesa desenvolve a aceitação de diferentes maneiras de expressão e comportamento, viabilizando ao ensino a relação íntima entre a língua, cultura e sociedade. Pois “Inglês é uma língua sem fronteiras” (PAIVA, 1996, p. 10). Contudo, o desenvolvimento da tecnologia permite o barateamento dos meios de produção e aumentam as possibilidades que as pessoas têm de se apoderarem destes meios. Nestes termos, é dever do professor aprender técnicas de produção, usar a Internet não mais como adversária e sim como parceira, identificar os benefícios e os malefícios, avaliando-a para “dar aos jovens a capacidade de se apoderarem dos meios de comunicação e garanti lhes autonomia” (COSCARELLI, 2005, p. 28). Os jovens lidam com aparatos modernos com extrema desenvoltura, porem é necessário usar com consciência crítica. Assim, é relevante afirmar que: Formar alunos conhecedores dos meios de comunicação a ponto de poder interferir nos produtos oferecidos pelos veículos é um objetivo que devemos perseguir diariamente no processo escolar. E ainda, formar cidadãos que passam criar seus próprios veículos dentro dos meios de comunicação existentes é essencial para a evolução da sociedade como um todo. (SILVA, 2008, p. 27). As novas tecnologias não substituem o professor, mas ampliam seu papel, tornando-o mais importante. Os professores e alunos deverão saber lidar com a Internet, compreendendo e produzindo. O desafio, para o professor, será “encontrar novas maneiras de utilizar esses recursos tecnológicos para o benefício da aprendizagem” (CELANI, 1997, p. 161). A máquina pode ser uma excelente aplicadora de métodos, mas o professor precisa ser mais do que isso. Para usar a máquina com eficiência, ele precisa ser justamente aquilo que a máquina não é, ou seja, crítico, criativo e comprometido com a educação. Pois, o conhecimento é construído pelo indivíduo através de ações no mundo. Quando a Internet é usada, é impossível prever todas as conexões que o aluno fará através das inúmeras possibilidades que esta lhes possibilita. As pessoas e os conhecimentos estão inseridos em um emaranhado de informações. Ao ensinar os alunos a buscar e processar informações armazenadas na Internet, os docentes contribuem para formar cidadãos responsáveis pela construção de seu conhecimento e preparados para a aprendizagem ao longo da vida. De sua casa, ou do laboratório de sua escola, o estudante pode acessar bibliotecas em várias partes do mundo, assistir vídeos, participar de diversos cursos online, comunidades de
  • 24. 23 aprendizagem e, ainda, acessar um imenso mar de recursos para desenvolver as várias habilidades envolvidas na aprendizagem de Língua inglesa. Entretanto, deve-se ter cautela ao usar a Internet, pois os pontos positivos trazem também os pontos negativos, como: o excesso de informações, muitas vezes não confiáveis; a ausência de atualizações de algumas páginas, muitos conteúdos são anônimos e outros estão em construção, além do desgaste quando os alunos permanecem muito tempo em frente ao computador para escolher as informações necessárias relacionadas ao seu objetivo. Por isso, ensinar utilizando a Internet exige atenção do professor, diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, pois navegar e descobrir coisas novas são mais atraentes do que analisá-las, separá-las o que é realmente essencial. Percebe-se que a motivação mediada pela Internet contribui para o ensino/aprendizagem de L2. Pois aumenta o interesse dos alunos pelas aulas, pela pesquisa, pelos projetos. São novas possibilidades que permite o acesso à informação e à produção do saber. Por isso, professores e alunos devem estar se atualizando, sempre que necessário, para que a disciplina de Língua Inglesa seja importante e significativa, no contexto escolar e social. 2.5 Comunidade de Idiomas: Livemocha A rede social Livemocha é uma comunidade criada em Seattle nos Estados Unidos, em 24 de setembro de 2007. A rede disponibiliza atualmente 35 idiomas e qualquer pessoa pode participar desta comunidade. Acessando essa comunidade os usuários podem aprender uma ou mais línguas através de lições audiovisuais, feedback de outros usuários, dentre outras atividades proposta por essa rede como: leitura, escrita, gramática, vocabulário, compreensão e expressão oral. A Livemocha é baseada no conceito de colaboração e põe em contato aqueles que querem aprender com os nativos de cada idioma ou falantes de uma segunda língua. Para quem precisa, ou quer, se aperfeiçoar em outro idioma essa comunidade permite que as quatro habilidades sejam exploradas. A maioria dos cursos é gratuito, mas existem opções pagas (Active Course) para alguns cursos, nas quais o usuário conta com recursos adicionais, como tutores
  • 25. 24 oficiais, possibilidade de download de arquivos e textos que explicam a gramática da língua estudada. Além disso, o Livemocha traz todas as outras características de uma rede social convencional, aos moldes do Orkut. Isso permite que os usuários encontrem internautas nativos em outros idiomas, independente de sua língua de origem. A possibilidade de conhecer pessoas com interesses comuns e o intercâmbio cultural fazem do Livemocha uma plataforma de aprendizagem muito rica para aqueles que desejam dar os primeiros passos em uma nova língua. A partir de sua página pessoal, você tem acesso a todas as informações atuais dos cursos, amigos, tarefas e uma lista das atividades recentes de amigos, além de muito mais. Em 2009, com mais de 2 milhões de usuários, a rede se destacou como iniciativa na web e chamou a atenção da Pearson, editora multinacional de educação. Em março deste mesmo ano, foi anunciada uma parceria para desenvolver, na plataforma Mocha, um novo sistema de aprendizado de inglês completamente baseado na conversação. Sob os termos do acordo, Livemocha e Pearson iriam construir uma série de cursos em Inglês com conversação on-line: Conteúdo de aprendizagem de Inglês da Pearson foram integrado com a abordagem inovadora de colaboração para a aprendizagem de línguas do Livemocha, que integra a prática de uma língua estrangeira com falantes nativos. Outras parcerias também apoiaram Livemocha como Collins e Abril Editora. Segundo Moran (2004, p.36) “Em relação aos produtores e criadores de mídias, é legítima a preocupação manifestada por educadores que juntam educação e comunicação: preocupam-se excessivamente com os meios e esquecem-se das mediações culturais e educacionais”. É importante lembrar, no entanto, que conforme explicitado em Moran (2004, p. 12): “as tecnologias não são boas ou más em si, podem trazer grandes contribuições para a educação, se forem usadas adequadamente, ou apenas fornecer um revestimento moderno a um ensino antigo e inadequado”. A possibilidade de diálogos a distâncias entre indivíduos geograficamente dispersos pode ainda favorecer a criação coletiva. Cada sujeito pode expressar e produzir saberes, contribuindo e construindo comunicação e conhecimento coletivamente. No lugar de apenas receber a informação, o aluno tem a experiência da participação na elaboração do conteúdo da comunicação e na criação de conhecimento. E essa criação atualiza-se por causa da interatividade, que segundo
  • 26. 25 Belloni (2003, p. 59): “contribui para sustentar a idéia de que educar significa preparar para a participação cidadã, e que esta pode ser experimentada na sala de aula interativa, não mais centrada na separação da emissão e recepção”. Portanto, desde o lançamento em 2007 até os dias atuais, a comunidade Livemocha cresceu e são mais de 11 milhões de associados em 190 países, sublinhando uma forte demanda por uma abordagem envolvente e colaborativa para aprendizagem de línguas. Essa comunidade também contrata os melhores usuários para serem tutores on-line para os cursos pagos. A seleção é feita dentro da própria plataforma e os estudantes que tiverem melhor desempenho na correção de exercícios em sua língua nativa podem ser contratados mediante pagamento de salário. Esta comunidade é diferenciada das outras redes sociais como o Orkut, Facebook, MSN, pois além de possuir as ferramentas que estes possuem, a exemplo de bate-papo, atualização de status, postagem de fotos e outras atividades, o Livemocha tem uma ferramenta principal que é o ensino/aprendizagem de línguas. Essa singularidade demonstra que o Livemocha não é apenas uma rede social, mas um método de ensino/aprendizagem à distância, autônomo, além de integrar a participação de pessoas do mundo inteiro, que estão conectadas diariamente à Internet. Para Castells (1999): As redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela. (p.22). Assim, a comunidade Livemocha continua a crescer com o objetivo de criar um mundo no qual cada ser humano autônomo é fluente em vários idiomas, modificando e deixando ser modificado, pelo ambiente que vive, pelas comunidades que participam e pelas redes que acessam.
  • 27. 26 3 METODOLOGIA 3.1 Fundamentos epistemológicos O homem vive buscando um sentido para a vida. Responder perguntas, resolver problemas, criar objetos para facilitar as ações cotidianas, além de interpretar a si mesmo e ao mundo em que se vive é a condição para a sua existência. Desta maneira, o ser humano evoluiu para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as experiências e transmiti-las a outros. A necessidade de saber o porquê dos acontecimentos foi o impulso para a evolução do homem e o surgimento da ciência. Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 16): A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário. Por isso, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos; por intermédio da análise e da experimentação, extraindo resultados que passam a ser avaliados universalmente, esses resultados denominam-se conhecimento. Segundo Oliveira Netto (2006, p.03) existem alguns tipos de conhecimento que interferem nas decisões da vida diária do homem, são eles: conhecimento popular, científico, filosófico, religioso, artístico e técnico. Neste trabalho aborda-se apenas o conhecimento científico que “é aquele resultante da investigação metódica, sistemática da realidade, pela transcrição de fatos e fenômenos em si mesmos e analisando-os a fim de descobrir suas causas e concluir sobre as leis gerais que os governam” (OLIVEIRA NETTO, 2006, p.04). Nunca se tinha visto tanto avanço na ciência como no século XX. Não foram apenas as descobertas científicas que se aceleram, os equipamentos tornaram-se cada vez mais poderosos e sofisticados, obtendo-se resultados muitas vezes inesperados. A ciência no século XX também foi transformada pelo desenvolvimento de sua tecnologia que facilitou a pesquisa em muitas áreas. Porém, é preciso citar que a ciência do século XXI está cada dia se renovando, permitindo que muitas coisas possam ser descobertas ou modificadas. Assim a ciência e a tecnologia são
  • 28. 27 os pilares fundamentais para atender aos objetivos de aumento e melhoria do conhecimento humano. Contudo, o conhecimento científico é produto resultante da investigação científica, que surge da vontade de fornecer explicações que possam ser testadas e criticadas através de fundamentos mais sólidos, provas empíricas e da discussão intersubjetiva. É, portanto: um compromisso ético de fidelidade e coerência teórico- metodológica ante o objeto, para evitar o perigo de se transformar o método científico em uma maneira de se justificar posições incompatíveis com o fato empírico observado, não uma isenção absoluta ante o objeto, uma anulação da subjetividade do pesquisador, uma abstração de si mesmo, um esvaziamento (NONATO, 2006, p. 127). Como a ciência é um processo em construção, e a pesquisa uma atividade voltada para a solução de problemas, faz-se necessário que pesquisadores busquem cada dia mais, conhecer, investigar e analisar fatos para produzir conhecimento, pois, segundo Nonato (2006, p. 127) "o eu do sujeito pesquisador se constrói na pesquisa, no diálogo da pesquisa, na interação com os outros sujeitos e com ela interage”. Segundo Demo (2000, p. 161), “o trabalho científico leva o aluno a aprender melhor e a tornar-se um profissional capaz de usar a pesquisa como processo permanente de aprender, de renovar sua competência”. Por isso, o incentivo a pesquisa deve ser uma prática constante na universidade e em qualquer setor da sociedade. 3.2 Método Este trabalho está fundamentado em uma pesquisa descritiva em que se busca analisar e interpretar como se deu o processo de ensino/aprendizagem com o uso da Internet e do Livemocha. Para isso, adota-se a pesquisa de campo com objetivos descritivos usando os procedimentos de um estudo de caso que busca justamente entender o fenômeno dentro do seu contexto e na sua complexidade, para obter informações sobre o ensino de língua Inglesa e o auxílio da ferramenta Internet, principalmente o uso da comunidade de aprendizado de línguas no mundo: “Livemocha”.
  • 29. 28 Este trabalho foi realizado a partir de uma revisão de literatura para a fundamentação teórica. Alguns autores como Alava (2002), Castells (1999, 2000), Celani (1997), Coscarelli (2003, 2005), Freire (2008), Leffa (2011), Moita Lopes (1996), Moran (2004, 2011), Paiva (1996) e Silva (2003) embasaram e definiram esta pesquisa. Segundo Lakatos e Marconi (2003) sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre o assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. O material já publicado permitiu que toda a fundamentação fosse elaborada e desenvolvida para que este trabalho se realizasse. Pois, segundo Nonato (2006, p. 127) A pesquisa é entendida como uma tomada de posição ante a realidade, um posicionar-se frente ao mundo e, como tal, um ato pleno de subjetividade no âmbito dessa “duplicidade imanente da pesquisa: a objetividade dialética do fato estudado e a subjetividade dialógica da análise procedida”. Posteriormente, para que esta pesquisa fosse realizada optou-se por aplicar um Estudo de Caso, que segundo Yin (2005) representa uma investigação empírica e compreende um método abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de dados. Pode incluir tanto estudos de caso único quanto de múltiplos, assim como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa. Portanto, por meio do estudo do caso o que se pretende é investigar, como uma unidade, as características importantes para o objeto de estudo da pesquisa. Yin (2005) afirma também que o estudo de caso representa a estratégia preferida quando se colocam as questões do tipo “como” e “porque”, quando o pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real e como estratégia de pesquisa o Estudo de Caso contribui com o conhecimento sobre os fenômenos individuais, organizacionais, sociais, políticos e de outros grupos. Por isso, foi necessário conhecer as metodologias de ensino da Professora Dalila Araujo nas turmas de Língua Inglesa do ensino médio, sendo viável optar pela forma de aprendizagem a partir da comunidade Livemocha, bem como conhecer os alunos que participaram desta comunidade. A observação, os questionários e a entrevista semi-estruturada foram os métodos de pesquisa que contribuíram para a realização deste trabalho.
  • 30. 29 A observação é considerada como principal método de investigação, já que possibilita um contato maior entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. Através dela é possível coletar informações e ter impressões sobre o tema estudado de acordo com a visão do observador e do observado. Entretanto essa colocação não impede que esta técnica de coleta de dados seja associada a outras como a realização de entrevistas e a aplicação de questionários para que haja um enriquecimento do trabalho de pesquisa. Para interrogar os indivíduos que compôs esta pesquisa, uma das abordagens usadas consistiu em preparar um questionário sobre o tema, com perguntas escolhidas em que responderiam o problema especificado anteriormente. O questionário é em um instrumento privilegiado de sondagem, por isso deve ser objetivo, limitado em extensão. Por isso o passo seguinte foi à aplicação dos questionários, e com estes a comparação das atividades propostas e realizadas no Livemocha A realização de entrevistas, juntamente com a observação é um instrumento importante para a coleta de dados, a entrevista possibilita a interação entre entrevistado e entrevistador. A liberdade no percurso de sua realização é um ponto marcante nas entrevistas semi-estruturadas, não sendo obrigatório o acompanhamento de um roteiro rígido, tornando possível às duas partes fazer inferências ou esclarecimentos. Como afirma Ludke: [...] É importante atentar para o caráter de interação que permeia a entrevista. Mais que os outros métodos de pesquisa, que em geral estabelecem uma relação hierárquica entre o pesquisador e o pesquisado, como na observação unidirecional, na entrevista a relação que se cria é de interação, havendo uma atmosfera de influência recíproca entre quem pergunta e quem responde (LUDKE, 1986, p.33). Por isso, esses métodos permitiram que esta pesquisa fosse realizada e os resultados apreciados e analisados. Com a colaboração da Professora de Língua Inglesa Dalila Oliveira de Araujo e os alunos da turma do 2º ano de Ensino Médio- matutino do Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira pretende-se observar se estas ferramentas potencializam o ensino/aprendizado de língua Inglesa, utilizando as quatro habilidades e se elas auxiliam para que as aulas sejam mais dinâmicas e participativas, já que o Livemocha permite a comunicação com falantes
  • 31. 30 nativos, exercícios com feedback, jogos e bate-papos que possibilitam que a aprendizagem seja concreta, e a aquisição de L2 comprovada. 3.2.1 Do problema Com a Internet, o acesso ao ensino/aprendizagem de LI está cada dia mais fácil. Os sites, as comunidades virtuais e alguns programas de Língua lnglesa são ferramentas que possibilitam a aquisição e aprendizagem autônoma de segunda Língua. Mas, como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do 2º ano do ensino médio? 3.2.2 Do Objetivo Geral Pode se afirmar que o objetivo geral deste trabalho é verificar a aquisição de Língua Inglesa, com o aprimoramento das quatro habilidades a partir da inserção da Internet e da comunidade Livemocha na turma do 2° ano do ensino médio. Visando comprovar que é possível inserir as ferramentas telemáticas no ensino de LI e que a partir delas, pode-se adquirir as habilidades necessária ao falante de LI, através de interações com falantes nativos e a produção escrita com feedback de professores. Esse objetivo contempla a capacitação da compreensão oral, escrita e gramatical. 3.2.3 Dos Objetivos Específicos Listando os objetivos específicos pretende-se analisar a importância da Internet no ensino de L2, bem como as vantagens de trabalhar com o Livemocha na sala de aula ou nas atividades extracurriculares. A partir do Livemocha é necessário conhecer como foi a participação dos alunos na comunidade e quais as experiências de aprendizagem em relação às atividades individuais e a interação com os falantes nativos, observando também o nível de aprendizagem e quais as perspectivas futuras em relação à aquisição da língua. 3.2.4 Locus O locus desta pesquisa é o Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira Pinheiro. Ele foi escolhido em função de possibilitar a aquisição de LI através da comunidade Livemocha, além de criar um ambiente propício ao estudo: as características institucionais e pedagógicas da escola permitem aulas diversificadas, e como o Livemocha é uma atividade extraclasse e muitos dos alunos participaram,
  • 32. 31 eliminam a necessidade de estudo experimental, na medida em que não se precisou criar a situação necessária à pesquisa-ação, mas utilizou a realidade concreta dos sujeitos. Esta escola está localizada na Rua Maximiliano Madureira, n° 291, centro, Conceição do Coité/Bahia. O CEPOPP tem aproximadamente mil (1000) alunos, oriundos da zona rural e da sede do município, que estudam no Ensino Médio, EJA e PROJOVEM durante os três turnos. Com vinte e quatro (24) professores graduados e/ou com especialização, atuando cada um na sua área de formação. A proposta curricular do colégio visa uma política de igualdade que incide em trocas de conhecimento entre o educador e o educando, numa ação compartilhada que mobiliza afetos, emoções, cognições e habilidades intelectuais para aprender e ensinar conteúdos curriculares e condições básicas para o exercício da cidadania. Observando as relações interpessoais entre corpo administrativo, professores e alunos na escola, percebe-se que é uma convivência agradável, porém a participação da comunidade educativa e da família dos alunos ainda é pequena. 3.2.5 Sujeitos Os sujeitos dessa pesquisa são os alunos do segundo ano do Ensino Médio do turno matutino da referida escola e a professora de Língua Inglesa Dalila Oliveira de Araujo. Como o 2° ano era uma turma atenta, que participava de todas as atividades sugeridas, e faziam os trabalhos com muita responsabilidade, organização e porque não dizer perfeição, a professora se sentiu empolgada e decidiu fazer atividades extraclasses, dentro das possibilidades dos alunos, já que todos tinham acesso à Internet e passavam a maior parte do tempo acessando. Esta para facilitar a aprendizagem de LI de forma dinâmica e atual, sugeriu que os alunos criassem uma conta no Livemocha e participassem das atividades propostas pela comunidade. Como forma de avaliação os alunos enviavam via e-mail à professora que lhes davam um feedback. O objetivo da professora era que essa turma tivesse contato com falantes nativos, além de fazer atividades como forma de diversão, unindo Internet (passa- tempo) e aprendizagem de LI. Por opção da pesquisadora, os sujeitos da pesquisa foram apenas os alunos que participaram da comunidade. Por isso que esta turma foi escolhida e na análise
  • 33. 32 de dados serão exemplificados quais os objetivos foram alcançados e os pontos positivos e negativos dessa abordagem. 3.2.6 Instrumentos Essa pesquisa buscou aferir no ambiente escolar como se dão as práticas de ensino/aprendizagem de L2 mediante a análise dos documentos pedagógicos que constituem o arcabouço de sustentação da prática pedagógica da instituição. Por outro lado, foram aplicados 36 questionários: um a docente e 35 aos discentes, com o intuito de perceber quais os resultados do uso da comunidade de aprendizagem nesta turma. Segundo LAVILLE & DIONNE, 1999 (apud NONATO2006): Para coletar informações a propósito de fenômenos humanos, o pesquisador pode, segundo a natureza do fenômeno e a de suas preocupações de pesquisa, ou consultar documentos sobre a questão, ou encontrar essa informação observando o próprio fenômeno, ou ainda interrogar pessoas que o conhecem. (p. 137) Contudo, optou-se também pelo método de observação, tanto no dia em que foi aplicado o questionário na sala de aula, quanto na comunidade de aprendizagem Livemocha, pois esta possibilita visualizar as ações que os alunos realizaram e quais atividades cada usuário participou. “Usada como o principal método de investigação ou associada a outras técnicas de coleta, a observação possibilita um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o que representa uma série de vantagens”. (LÜDKE E ANDRÉ, 1986, p. 26) As observações foram muito importantes para esta pesquisa, pois muitas vezes o que os alunos falaram não estava exposto nos questionários, e as atividades realizadas na comunidade demonstraram a participação dos alunos e em quais atividades e a concretização do saber. Pois a mesma revela o nível de aprendizagem em cada exercício, com percentagem de acertos e erros, além de apresentar o nível no curso básico completo de cada usuário. Além disso, para dar sustentação a este trabalho, foi elaborada uma entrevista semi-estruturada a ser realizada com a Professora Dalila Araújo para coletar informações exposto nesta pesquisa.
  • 34. 33 4 ANÁLISE DE DADOS Esta análise é fundamentada na metodologia descrita no capítulo anterior, os dados constantes desta pesquisa são submetidos à análise, embasado nos pressupostos teóricos levantados no primeiro capítulo deste trabalho. Do ponto de vista do procedimento de análise, os dados obtidos na pesquisa de campo foram interpretados segundo o embasamento teórico apresentada neste trabalho, com o objetivo de demonstrar e sustentar as conclusões que se extraem deste estudo. Por isso, ao longo deste capítulo, podem-se perceber as características dos sujeitos envolvidos, visando confirmar ou refutar o problema em questão, analisando como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do 2º ano do ensino médio. Assim, optou-se por analisar primeiro o questionário da professora e em seguida dos estudantes. A primeira questão citada abaixo investiga os métodos utilizados na sala de aula. 1. Quais os métodos que você usa para facilitar o ensino/aprendizagem de L2? “Além do material didático utilizo vídeos, músicas, áudios de textos e para motivar o aprendizado autônomo à comunidade de idioma Livemocha ”. Essa resposta demonstra que a professora utiliza métodos diversificados, para ter aulas dinâmicas e envolventes, além de motivá-los com metodologias que estão presentes no dia a dia, a exemplo das tecnologias de informação e comunicação que facilita o ensino/aprendizado de LI. Pois, ao utilizar as TIC na sala de aula, o professor instiga seus alunos a descobrir informações novas que contribuem para a sua formação constante, a qual possibilita ampliar a visão que eles têm do mundo. A próxima questão proposta foi: 2. Porque você adotou a comunidade Livemocha como uma ferramenta para aquisição de Língua Inglesa? “Por que acredito que as horas de aula de LI são pouco suficientes para o aprendizado/comunicação em Língua Inglesa”. A inserção do Livemocha como ferramenta de aprendizagem, representa uma estratégia adotada para motivar os alunos a aprenderem fora da sala de aula,
  • 35. 34 mostrando que é possível aprender línguas de forma autônoma e dinâmica. Por isso, ao optar pela comunidade Livemocha a professora facilita a inclusão de seus alunos no mundo contemporâneo, além de oferecer novas formas de aprender, proporcionando maior dinamismo e autonomia no processo de construção do conhecimento. As perguntas seguintes questionam sobre o Livemocha e o seu aprendizado. 3. Há quanto tempo você participa da comunidade de aprendizagem Livemocha? Por quê? “Há mais de três anos, com o objetivo de aprimorar/melhorar a comunicação e o vocabulário em Língua Inglesa”. 4. Qual a importância do Livemocha para a sua aquisição de L2? “Através do Livemocha pude melhorar bastante o inglês através dos recursos como: vocabulário, áudio e as 4 habilidades”. Estes dados revelam que a professora busca atualizar-se, para melhorar as habilidades que um falante de LI necessita, além de conhecer novos métodos que poderão contribuir para a aquisição de L2 por seus alunos. Por isso, ela não parou de usar essa comunidade, pois a interação com falantes nativos permite o aprimoramento cada vez maior de seu conhecimento e habilidades comunicativas e ainda possibilita que ela use o que sabe para ajudar quem ainda está aprendendo. A aprendizagem através dessa comunidade é fácil e espontânea, pois cada pessoa pode selecionar os caminhos que irá trilhar de acordo com seu interesse e motivação. A aprendizagem se dá através de descobertas individuais, de solução de problemas, dos erros e acertos, de acordo com a evolução de cada um. Portanto, como foi citado anteriormente, faz se necessário que os professores saibam usar as ferramentas, conhecendo seus prós e contras, para depois inserir na sala de aula com propostas e espaços para inovar, inventar, criar atividades, interligar com o conteúdo da maneira adequada, visando uma aula dinâmica e o conhecimento proveitoso. A última pergunta deste questionário, respondido pela professora, visa conhecer os pontos positivos e /ou negativos alcançados com o Livemocha. 5. Com a inserção do Livemocha nas aulas de Língua Inglesa, o que mudou? “Com a inserção do Livemocha, uma percentagem considerável dos alunos motivou-se pela aprendizagem do inglês e com a utilização dos recursos eles começaram a
  • 36. 35 desenvolver o idioma e acredito que eles continuem praticando fora da sala de aula e consigam desenvolver a comunicação na Língua Inglesa”. Essa resposta indica que a inserção do Livemocha foi uma metodologia apropriada para a necessidade dos alunos, a partir do ponto de vista da docente, pois nesta era de globalização o uso das ferramentas telemáticas como método de ensino/aprendizagem vem confirmar que ensino e tecnologia estão interligados, e que as potencialidades das TIC contribuem para que novos saberes sejam alcançados, de maneira que o computador, a Internet, e muitos softwares e hardwares estão substituindo os materiais didáticos tradicionais, como o giz, a lousa, o livro, etc. Porém, as TIC não substituem o professor, mas facilitam suas aulas, pois as ferramentas telemáticas se transformam em abordagens que contribuem para o ensino de L2, além de ampliar o papel do professor na educação e na sociedade, como um profissional aberto as novas formas de ensinar e aprender, buscando informações em diversos meios, adotando metodologias que estão presentes no cotidiano dos alunos, porém com responsabilidade, consciência e autonomia. A primeira questão respondida pelos alunos serviu para selecionar o público alvo, a amostragem, confirmando se todos participaram da comunidade em questão. 1. Você participou da comunidade Livemocha? Todos os trinta e cinco (35) alunos dessa turma responderam que Sim. Gráfico 1: Você participou da comunidade Livemocha?
  • 37. 36 Esta questão representa o público alvo desse trabalho já que o objetivo desta pesquisa é conhecer os alunos que usam o Livemocha como ferramenta de aprendizagem. Todos os alunos dessa turma participaram desta comunidade, porém muitos alunos foram motivados porque a professora sugeriu atividades que seriam avaliadas quantitativamente na sala de aula. As comunidades virtuais estão influenciando e modificando as formas de relação social, por isso que a professora adotou esse método. A comunidade Livemocha foi uma maneira positiva de incentivá-los a aprender uma segunda língua de forma atual, dinâmica e autônoma. Na questão 2. Qual seu o nível de participação da comunidade Livemocha? Analisando o questionário em relação ao nível de participação na comunidade, três (03) pessoas responderam ótimo, dezenove (19) bom, onze (11) regular e duas (02) ruim, conforme pode ser visto no gráfico 2. Gráfico 2: Qual seu nível de participação na comunidade Livemocha? Este dado reflete que a maioria dos entrevistados foram motivados por essa metodologia de ensino/aprendizagem. Os alunos avaliam seu conhecimento como proveitoso, afirmando que a comunidade Livemocha contribuiu para a elevação do nível em relação à Língua Inglesa. Ao observar o gráfico percebe-se que o número de alunos que optaram por bom equivale a 55% dos alunos, refletindo que este método foi satisfatório. Pois o surgimento das comunidades virtuais reflete não
  • 38. 37 somente características humanas como a necessidade de agremiação e o espírito de grupo, que as pessoas já experimentam no mundo real, mas também o desejo das pessoas de se libertarem do modelo de passividade reforçado pelo rádio e pela televisão. As pessoas querem participar ativamente, opinar, contribuir. Por isso, este resultado foi significativo e proveitoso para o ensino/aprendizagem de L2. Expondo a pergunta seguinte: 3. Quais atividades você participou? As respostas foram diversas em relação às atividades realizadas: sete (07) pessoas participaram de todas as atividades proposta que eram: listening, speaking, reading, writing e bate-papo, seis pessoas (06) realizaram 4 atividades, oito (08) alunos três 3 atividades,cinco pessoas (05) realizaram somente 2 atividades, e nove (09) pessoas fizeram apenas uma atividade que foi proposta. esses dados estão exposto no gráfico abaixo. Gráfico 3: Quais atividades (listening, writing, speaking, reading and bate-papo) você participou? Esse gráfico representa como os alunos participaram da comunidade e quais atividades eles mais se identificaram, além de responder o interesse destes em relação à Internet, pois mesmo acessando uma comunidade de aprendizagem, a maioria das pessoas optou pelo bate-papo, pois a interação com outras pessoas de outras cidades ou países facilita a aprendizagem e contribui para que a aquisição seja efetiva.
  • 39. 38 Segundo Castells: “A integração, no mesmo sistema, das modalidades escrita, oral e audiovisual, interagindo a partir de pontos múltiplos, no tempo escolhido, em rede global, muda de forma fundamental o caráter da comunicação” (2002, p. 414). A aprendizagem através desses recursos é natural, pois cada um pode selecionar as atividades que mais se identificam e praticá-las segundo o seu interesse. Assim, o Livemocha é uma ferramenta diária de comunicação, interação e pesquisa, na qual os usuários aproveitam as informações nela contidas para transformá-las em conhecimentos. Quando perguntados sobre a questão 4. As atividades que você fez nesta comunidade foram? As respostas foram importantes e significativas: dezessete (17) alunos responderam que foram ótimo as atividades realizadas no Livemocha, quinze (15) bom e três (03) regular, apresentadas no gráfico a seguir: Gráfico 4: As atividades que você fez nesta comunidade foram: Esses dados representam que muitos alunos gostaram de participar da comunidade Livemocha, pois apenas três alunos disseram ser regular, enquanto que o resto da turma aprovou a comunidade como boa ou ótima, comprovando que a aprendizagem de L2 pode ser interessante com os meios tecnológicos. As comunidades virtuais apresentam características marcantes como à colaboração, a autoria, a interatividade e a conectividade que seduz os usuários para o acesso diário e a participação efetiva. As comunidades virtuais de
  • 40. 39 aprendizagem apresentam um novo suporte para que as pessoas continuem a se comunicar, mas que de forma concreta ensinem e aprendam outras línguas. Também foi questionado o nível de aquisição depois do Livemocha na questão 5. Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é: nove (09) pessoas disseram que seus desempenhos foram ótimo, dezenove (19) alunos afirmaram que foram bons, e 07 regular, como aponta o gráfico. Gráfico 5: Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é: Essa resposta demonstra que a comunidade de idiomas foi muito importante para os alunos. Considera-se que o Livemocha permite que a aquisição de L2 seja constante, fazendo com que as habilidades sejam aperfeiçoadas, e o conhecimento estimulado. Ao ensinar os alunos a buscar e processar informações armazenadas na Internet e nas comunidades de aprendizado, os docentes contribuem para formar cidadãos responsáveis pela construção de seu conhecimento e preparados para a aprendizagem ao longo da vida. Esta comunidade permite que o aluno use a língua alvo para se integrar numa comunidade autêntica de usuários, trocando experiências com pessoas de qualquer parte do mundo que buscam aprender uma segunda língua. A conectividade e a flexibilidade da Internet permitem que os usuários desfrutem desta tecnologia de maneira diversas: as quatro habilidades podem ser aprimoradas e o conhecimento adquirido. Já na questão seguinte foi investigada a comunicação com falantes nativos de língua Inglesa. 6. Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa?
  • 41. 40 Dezenove (19) pessoas disseram que bateram papo com nativos e 16 disseram que não. Podendo ser observado no gráfico a seguir. Gráfico 6: Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa? Esse dado é bastante significativo, pois a interação com nativos é o fator principal dessa comunidade. Como todos sabem que o objetivo de quem participa é aprender, não tem espaço para a insegurança e a falta de motivação, pois falar inglês com alguém que sabe e está disposto a ensinar é o diferencial desta comunidade, e por isso que o número de usuários cresce constantemente. Porém, não se pode desconsiderar o número de usuários que não usou o bate papo. Alguns disseram que o motivo foi devido à falta de interesse deles mesmos e outros porque ficaram com receio de falar errado. Muitas vezes a não tentativa impede que haja abertura para a interação e isso prejudica a aquisição e o conhecimento de LI. Por isso, é necessário lembrar que o homem cria, recria e se beneficia de suas próprias invenções e das demais colocadas na sociedade, e por isso que as pessoas devem aproveitar as vantagens que os meios telemáticos proporcionam, bem como o Livemocha. A questão seguinte foi: 7. Os usuários e a professora corrigiram as suas atividades? Como todas as atividades poderiam ser enviadas para outros participantes da comunidade corrigir, e também a professora Dalila solicitou que todos os alunos enviassem as atividades para que ela fizesse a correção. Essa questão verificou se
  • 42. 41 as atividades foram corrigidas? E por quê? Oito (08) alunos disseram enviaram para que os aprendizes de inglês como L2 que participam da comunidade corrigissem e os demais apenas para a professora. Gráfico 7: Os usuários e a professora corrigiram as suas atividades? Todas as atividades enviadas aos usuários da comunidade foram corrigidas, bem como as pronuncias, a escrita e a fluência na língua. Estes usuários deixaram um feedback das atividades, incentivando-os a continuar participando da comunidade para aprender cada dia mais. Essa atividade avaliativa representa um fator importante, pois os alunos recebem o feedback e corrige os erros de forma espontânea, usando os pontos positivos para aperfeiçoar seu conhecimento a partir da participação na comunidade. Os demais alunos disseram que só enviou para a professora, na qual corrigiu todas as atividades, avaliando-os. Essa forma de avaliação sugere o Livemocha como uma abordagem que pode ser adotada para a sala de aula, pois esta comunidade está entre as atuais possibilidades para que a educação e tecnologia andem juntas, pois à inclusão do Livemocha é um meio de vincular o ensino às ações/relações cotidianas dos alunos. Finalizando e avaliando o interesse dos alunos em relação a continuar usando a comunidade sem a cobrança da professora. 8. Você vai continuar participando da comunidade? Quatro (04) alunos disseram que não, e trinta e um (31) disseram que irão continuar.
  • 43. 42 Indagados o porquê dessa decisão, os alunos que não querem participar responderam que por falta de tempo e outro porque o idioma falado é o inglês americano e ele prefere o inglês britânico. Porém, os que responderam que sim, enfatizaram a importância da comunidade para aquisição de L2, afirmando que é uma prática necessária para aprender uma segunda Língua, sendo uma maneira fácil, dinâmica e eficiente para aprimorar o inglês. Gráfico 8: Você vai continuar participando da comunidade? Esses dados comprovaram que o ensino de LI, com o auxílio da ferramenta Livemocha, contribue de forma significativa para o ensino/aprendizagem de línguas. Portanto, a participação na comunidade e a interação com pessoas de diversos lugares, outras culturas, melhora o desempenho em relação à língua, pois este contato com nativos facilita a aprendizagem, além de ser uma maneira divertida de aprender inglês, que impulsiona os alunos a não desistirem da comunidade. Como foi citado no primeiro capítulo, a possibilidade de conhecer pessoas com interesses comuns e o intercâmbio cultural fazem do Livemocha uma plataforma de aprendizagem muito rica para aqueles que desejam dar os primeiros passos em uma nova língua. As ferramentas da Internet potencializam a interação social, a capacidade de comunicar-se, o desenvolvimento do pensamento e o prazer de aprender, permitindo ainda acompanhar a aprendizagem do aluno.
  • 44. 43 Portanto, esses dados comprovam que a comunidade de aprendizagem Livemocha é uma ferramenta fundamental para o ensino/aprendizagem de L2 e pode ser adotava como uma abordagem de ensino por todos os professores de LI que desejam ter aulas dinâmicas, com interação e comunicação, além de trabalhar com as ações diárias dos alunos, no qual aprendem com suas práticas.
  • 45. 44 5 CONSIDERACÕES FINAIS Este estudo é de fundamental importância para o ensino/aprendizagem de Língua Inglesa, na medida em que tratou das metodologias aplicadas no ensino de L2 na turma do 2° ano matutino do ensino médio da escola CEPOPP, verificando o uso do Livemocha como ferramenta de aprendizagem e constatando a eficiência dessa comunidade para a aquisição de Língua Inglesa. Considerando os problemas no ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas, vale salientar que a inserção da comunidade Livemocha foi uma abordagem positiva que a professora usou para motivar os alunos a se interessarem por uma segunda língua, incentivando-os a usar uma rede social para aprender, com objetivos de adquirir as quatro habilidades que o falante de LI precisa, para mais tarde se comunicar em outras línguas. Este trabalho configurou-se como pesquisa qualitativa que permitiu o conhecimento aproximado da realidade investigada. O desafio desta pesquisa era conhecer a comunidade Livemocha e o seu impacto na aquisição de LI. Observando os objetivos traçados, percebe-se que é possível inserir ferramentas tecnológicas como abordagem de ensino, bem como comprovou que o uso do Livemocha contribuiu para o aprimoramento das quatro habilidades necessárias ao falante de LI, permitindo que os alunos compreendam a oralidade, a escrita, e posteriormente, seja um ser bilíngue. Com os resultados deste trabalho, conclui-se que a comunidade Livemocha é uma ferramenta adequada para a aquisição de L2, pois todas as atividades expostas na comunidade são pontos positivos que facilitam o ensino/aprendizagem e estimulam a comunicação e interação. Vale ressaltar que é necessário, em etapas posteriores, retomar esta pesquisa em um plano mais profundo no que tange às implicações colaterais do uso do Livemocha, pois essa amostra foi rápida e sucinta apenas para mostrar que existe essa abordagem nessa escola e a importância dessa metodologia para o ensino de Língua Inglesa. O descompasso entre o semestre letivo da universidade (UNEB) e o ano letivo nas escolas públicas de ensino médio prejudicou o ritmo desta pesquisa empírica, pois não houve tempo para comparar a aquisição de LI dos alunos que
  • 46. 45 participam dessa comunidade com os que não participam e, ainda, realizar esta pesquisa em outras salas e outras escolas, o que permitiria um trabalho de talho contrastivo galgado em um campo empírico mais largo para subsidiar a discussão da temática. Entretanto, esta pesquisa foi satisfatória e acredita-se que poderá contribuir para que reflexões futuras sobre a temática proposta, além de sugerir uma abordagem prática e atual, que dialoga com o universo em que os alunos estão inseridos, caracterizado pela colaboração e conectividade, no intuito de otimizar a apreensão do conteúdo e aprendizagem de L2.
  • 47. 46 REFERÊNCIAS ALAVA, Séraphin (org). O Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas educacionais. Tradução de Fátima Murad. São Paulo: Artmed, 2002. ALMEIDA FILHO, José Carlos P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. 2ed. Campinas: Pontes, 2000. ALVES, Lynn e NOVA, Cristiane. Educação a distância: uma nova concepção de aprendizado e interatividade. São Paulo: Futura, 2003 BRASIL, Governo Federal. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei n° 9.394/96. Brasília: Governo Federal, 1996 BRASIL, “LEI n.º 9394, de 20.12.96, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2011. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais, Códigos e suas Tecnologias. Língua Estrangeira Moderna. Brasília: MEC, 1999. BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. Campinas: Autores Associados, 1999. CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,2000. CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador; conversações com Jean Lebrun. São Paulo: UNESP/IMESP, 1999. 159 p. (Prismas) Resenhado por: Mariângela Pisoni Zanaga. Disponível em: <http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/artigos/mariangela2.html>. Acesso em: 30 ago. 2011. CELANI Antonieta. Entrevista sobre o ensino de Língua Estrangeira. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-estrangeira/fundamentos/nao-ha-receita- ensino-lingua-estrangeira-450870.shtml>. Acesso em 02 ago. 2011. CELANI, Maria Antonieta Alba. Ensino das línguas estrangeiras: olhando para o futuro. In: ______, (org.). Ensino de segunda língua: redescobrindo as origens. São Paulo: EDUC, 1997. COSCARELLI, Carla Viana (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs.). Letramento Digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Ceale; Autêntica, 2005.
  • 48. 47 DESLANDES, Suely Ferreira(org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 30. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p.79-107. FREIRE, Wendel (Org.). Tecnologia e educação: as mídias na pratica docente. Rio de Janeiro: Wak Ed.,2008 . FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessário a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994. KOCHE, José Carlos. Fundamentos da Metodologia Científica: Teoria da Ciência e Prática da Pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003 LEFFA, V. J. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional. Contexturas APLIESP, n. 4, p. 13-24, 1999. Disponível em: <http:// www.leffa.pro.br>. Acesso em: 03 ago. 2011. LIVEMOCHA and Pearson Announce Partnership for Online Language Learning. Disponível em <http://www.livemocha.com/pages/pr/03102009> Acesso em: 15 dez. 2011 LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 8ª Ed. São Paulo: E.P.U, 1986. MOITA LOPES, L.P. da. Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996. MOITA LOPES, Luis Paulo. A nova ordem mundial, os Parâmetros Curriculares Nacionais e o ensino de inglês no Brasil. A base intelectual para uma ação política. In: BARBARA, Leila; RAMOS, Rosinda de Castro Guerra. Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. São Paulo: Mercado de Letras. 2003, p. 31. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação tecnológica. Campinas: Papirus, 2004. MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v26n2/v26n2-5.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2011. MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo. Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, n.126, setembro-outubro 1995, p. 24-26. Disponível em: < http://www.eca.usp.br/prof/moran/novtec.htm>. Acesso em: 25 jul. 2011.
  • 49. 48 OLIVEIRA NETTO, Alvim Antônio de. Metodologia da Pesquisa Científica: Guia Prático para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos. 2° ed. Florianópolis, Visual Books, 2006. PAIVA, V.L.M.O. Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências. Campinas, SP: Pontes; Minas Gerais: Departamento de Letras anglo Germanicas- UFMG, 1996. PAIVA, V. L. M. O. As letras na Internet. Cadernos de Pesquisa do NAPq. Belo Horizonte: Fale, UFMG, n. 35, maio de 1997. SILVA. Ezequiel Teodoro da et al (coord.). A leitura nos oceanos da Internet. São Paulo: Cortez, 2003 Video explicativo sobre o que é Livemocha. Disponível em <http://link.brightcove.com/services/player/bcpid980795693?bctid=120509636> Acesso em: 10 Nov. 2011 YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Daniel Grassi. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. ANEXOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
  • 50. 49 DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LINGUA INGLESA Questionário para os Alunos Nome: ____________________________________________________ 1. Você participou da comunidade Livimocha? ( ) SIM ( ) NÃO 2. Qual seu o nível de participação da comunidade Livimocha? ( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) REGULAR ( ) BOM ( ) ÓTIMO 3. Quais atividades você participou? ( ) Writing ( ) Listening ( ) Reading ( ) Speaking ( ) Bate-papo 4. As atividades que você fez nesta comunidade foram: ( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) REGULAR ( ) BOM ( ) ÓTIMO 5. Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é: ( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) REGULAR ( ) BOM ( ) ÓTIMO 6. Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa? ( ) SIM ( ) NÃO - Por quê? ___________________________________________________________ ___________________________________________________ 7. Os professores corrigiram as suas atividades? ( ) SIM ( ) NÃO - Por quê ___________________________________________________________ ___________________________________________________ 8. Você vai continuar participando da comunidade? ( ) SIM - Por quê? ( ) NÃO - Por quê? ___________________________________________________________ ________________________________________________ UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LINGUA INGLESA
  • 51. 50 Questionário para a Professora Nome______________________________________________ 2. Quais os métodos que você usa para facilitar o ensino/aprendizagem de L2? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ________________________________________ 3. Porque você adotou a comunidade Livemocha como uma ferramenta para aquisição de Língua Inglesa? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ________________________________________ 4. Há quanto tempo você participa da comunidade de aprendizagem Livemocha? Por quê? __________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ____________________________________________ 5. Qual a importância do Livemocha para a sua aquisição de L2? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ _______________________________________________ 6. Com a inserção do Livemocha nas aulas de Língua Inglesa, o que mudou? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________