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Comparando Descartes e Hume
Fundamentação do conhecimento
Tanto Descartes como Hume visam encontrar um fundamento para o conhecimento, de modo a evitar a ameaça da regressão infinita da justificação,
colocada pelos céticos. Isto significa que ambos são fundacionalistas.
Descartes Hume
O fundamento do conhecimento encontra-se na razão: é o cogito, enquanto
crença básicaou fundacional e primeiraverdade, e outras ideias claras e distintas
da razão. Todavia, este fundamento do conhecimento depende daquele que é o
princípio de toda a realidade: Deus.
Prova a existência de Deus como princípio e garante do conhecimento (é uma
ideia clara e distinta da razão); assim, valida todo o nosso conhecimento.
O fundamento do conhecimento encontra-se na experiência, nas
impressões dos sentidos. É a crença básica de que se está a ter uma
determinadaexperiênciaque justificaasoutras crençasobtidasatravés
dela.
A ideiade Deusé uma ilusão da razão porque não tem uma impressão
correspondente, assim, deve ser rejeitada.
Origem do Conhecimento
Descartes Hume
A razão é a fonte principal doconhecimento – racionalismo. Devidamente guiada
pelo método, a razão poderá alcançar princípios evidentes, claros e distintos,
independentemente da experiência.
Defende que existem ideias inatas (fazem parte da estrutura da razão).
A experiência é a fonte principal do conhecimento e todas as ideias
têm uma origem empírica - empirismo.
Defende que nãoexistem ideias inatas; as ideias são cópias fracas das
impressões sensíveis.
Possibilidade do conhecimento
Descartes Hume
As nossas pretensões ao conhecimento estão legitimadas, pois é certo que
sabemosque somosserespensantes,que Deus existe e que, uma vez garantida a
fiabilidade dosnossosraciocínios,ficamos também a saber que existe um mundo
lá fora.
Refere que é possível conhecer Deus, realidade metafísica.
Consideraque sabemosmuitomenosdoque supomose que oscéticos
não estão assim tão errados quanto se julga. É certo que a vivacidade
das impressõesdosnossossentidos torna-as suficientemente fiáveis.
Mas, frequentemente vamos além do seu testemunho. É o que se
passa quando fazemos afirmações universais como as que
supostamente exprimemasleiscientíficas,comoasprevisõesindutivas
ou as explicações causais. E nem sequer podemos legitimamente
afirmar que sabemos que o mundo exterior existe.
Só podemos conhecer o que é possível através da experiência -acaba
por cair num ceticismo metafísico.

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Fundamentos do conhecimento em Descartes e Hume

  • 1. Comparando Descartes e Hume Fundamentação do conhecimento Tanto Descartes como Hume visam encontrar um fundamento para o conhecimento, de modo a evitar a ameaça da regressão infinita da justificação, colocada pelos céticos. Isto significa que ambos são fundacionalistas. Descartes Hume O fundamento do conhecimento encontra-se na razão: é o cogito, enquanto crença básicaou fundacional e primeiraverdade, e outras ideias claras e distintas da razão. Todavia, este fundamento do conhecimento depende daquele que é o princípio de toda a realidade: Deus. Prova a existência de Deus como princípio e garante do conhecimento (é uma ideia clara e distinta da razão); assim, valida todo o nosso conhecimento. O fundamento do conhecimento encontra-se na experiência, nas impressões dos sentidos. É a crença básica de que se está a ter uma determinadaexperiênciaque justificaasoutras crençasobtidasatravés dela. A ideiade Deusé uma ilusão da razão porque não tem uma impressão correspondente, assim, deve ser rejeitada. Origem do Conhecimento Descartes Hume A razão é a fonte principal doconhecimento – racionalismo. Devidamente guiada pelo método, a razão poderá alcançar princípios evidentes, claros e distintos, independentemente da experiência. Defende que existem ideias inatas (fazem parte da estrutura da razão). A experiência é a fonte principal do conhecimento e todas as ideias têm uma origem empírica - empirismo. Defende que nãoexistem ideias inatas; as ideias são cópias fracas das impressões sensíveis. Possibilidade do conhecimento Descartes Hume As nossas pretensões ao conhecimento estão legitimadas, pois é certo que sabemosque somosserespensantes,que Deus existe e que, uma vez garantida a fiabilidade dosnossosraciocínios,ficamos também a saber que existe um mundo lá fora. Refere que é possível conhecer Deus, realidade metafísica. Consideraque sabemosmuitomenosdoque supomose que oscéticos não estão assim tão errados quanto se julga. É certo que a vivacidade das impressõesdosnossossentidos torna-as suficientemente fiáveis. Mas, frequentemente vamos além do seu testemunho. É o que se passa quando fazemos afirmações universais como as que supostamente exprimemasleiscientíficas,comoasprevisõesindutivas ou as explicações causais. E nem sequer podemos legitimamente afirmar que sabemos que o mundo exterior existe. Só podemos conhecer o que é possível através da experiência -acaba por cair num ceticismo metafísico.