Este documento fornece informações sobre vários eventos e notícias de uma comunidade local. A edição de uma revista local apresenta fotos e textos sobre uma festa religiosa, um presépio animado e as atividades de uma escola nos anos 1990. Há também uma crônica sobre os desafios enfrentados por jovens adultos na sociedade atual.
3. 1 - EDITORIAL ANTÓNIO PEREIRA (AJAP)
Descobrindo
Página 3 6 de maio de 2022
D
a minha parte
não faltam, uma
vez mais, foto-
grafias e textos
que fazem com que o leitor
continue a dar-nos o prazer de
esperar por esta data, 6 de maio,
para ter mais uma edição da
Descobrindo. Boas leituras!
Como sempre, os textos são
variados, com fotos originais ou
emprestadas por amigos
(exemplo acima e pp. 91). Tam-
bém, e em tempo de pandemia,
cada vez mais, utilizamos a re-
produção e redes sociais.
4. Descobrindo
Página 4 6 de maio de 2022
Boa Morte - S. João
(9350-104 Ribeira Brava)
Por Prof. Graciela Sousa
2– SOCIEDADE NO INÍCIO DESTA EDIÇÃO
E
m São João
(Ribeira Brava)
existe uma capela
dedicada a Nossa
Senhora da Boa Morte, onde
se realiza a festa no segundo
domingo de outubro.
5. Descobrindo
Página 5 6 de maio de 2022
1. FESTA DE N. S. DA
BOA MORTE 2020
N
o dia 11 de
outubro, cele-
brou-se N.S.
da Boa Mor-
te. Em 2020, de uma forma
diferente do habitual, a ce-
lebração contou com um
programa mais breve.
Ao contrário dos outros anos,
a atuação da Banda Munici-
pal alargou-se numa passa-
gem pelas redondezas
(Soquinha, Til, Boa Morte,
Lombo da Levada).
A reza comunitária do terço,
no interior da capela, foi
transmitida em direto na pá-
gina do Facebook da Capela,
bem como a celebração da
missa (https://www.facebook.com/CapelaNSBM).
2. PRESÉPIO COM MO-
VIMENTO
No sítio da Boa Morte, todos
os anos, em meados de se-
tembro, a Sra. Celina Coelho
começa a construção do seu
presépio ao ar livre. Como já
nos vem habituando desde há
alguns anos, pelas suas mãos
habilidosas, nasce um presé-
pio digno de quem visita o
seu Bar.
Celina Ascensão Coelho,, à esq.,
em 25/01/2020, com a jornalista
Cláudia Sequeira (captado da in-
ternet por AJAP).
6. Descobrindo
Página 6 6 de maio de 2022
Como não falta a criatividade,
todos os anos ela acrescenta
novos elementos à sua cons-
trução minuciosa e repleta de
pormenores.
Este ano, fez um moinho mo-
vido a água e deu movimento
a 8 figuras, feitas a partir de
materiais diversos, às quais
juntou um mini motor elétri-
co, que dá movimento às per-
sonagens que retratam dife-
rentes cenas do quotidiano.
Todas estas construções de
Celina Coelho resultam de
uma aprendizagem que faz
sozinha, por tentativa e erro.
Conta-nos ela que dar movi-
mento às figuras exigiu muito
trabalho, algumas tentativas
falhadas, mas um desejo de
nunca desistir e tentar até con-
seguir obter o efeito desejado!
No final, obteve-se um verda-
deiro presépio animado!
7. Sítio da Boa Morte (Ribeira Brava), dezem-
bro de 2020: “Presépio Com Movimento”
ao ar livre, de autoria de Celina Coelho,
Recolha de imagens e texto de Graciela
Sousa, em exclusivo para a Descobrindo.
Descobrindo
Página 7 6 de maio de 2022
8. Descobrindo
Página 8 6 de maio de 2022
3 –SOCIEDADE EDUCAÇÃO E CULTURA
EBSPMA: Meados da década de 70 do século XX. Fonte: EBSPMA
9. Descobrindo
Página 9 6 de maio de 2022
“Tudo o que fiz na vida, fiz
com empenho”
(Maria Leonete dos Reis).
17/9/2020: Homenagem pú-
blica prestada pela CMRB, na
chamada “Escola da Igreja”,
na freguesia de Campanário,
a qual, a partir desta data,
passou chamar-se, oficial-
mente E.1º. Ciclo Com Pré-
Escolar Maria Leonete dos
Reis, estabelecimento onde a
professora exerceu a sua pro-
fissão durante 19 anos, dos
quais 17 foram como direto-
ra. Maria Leonete dos Reis
foi a primeira mulher à frente
de uma autarquia na Madeira,
ao chefiar a Câmara da Ribei-
ra Brava, de 1987 a 1989.
Fonte: CMRB.
10. Descobrindo
Página 10 6 de maio de 2022
Feliz
cumpleaños
Santos pasalo
muito lindo
junto con tu
bella família
(Maria Helena
De Faria)..
2020/11/01.
A D. Santos, ao lado da filha, Teresa...e não só!
11. Descobrindo
Página 11 6 de maio de 2022
Fonte: Redes sociais, 2020
Diante da natureza com o seu
perfeito equilíbrio, as flores
são de uma importância que
talvez não se imagina.
As flores são responsáveis pe-
lo processo de polinização.
De facto, o pólen delas
“viaja” pelo ar levando as se-
mentes até outros solos fér-
teis.
É dessa forma que a natureza
funciona e mantém tamanha
diversidade ecológica.
12. Descobrindo
Página 12 6 de maio de 2022
Algumas delas dependem da
força dos ventos que as agi-
tam para que possam nascer
noutro lugar e, como se sabe,
dependem dos insetos, crian-
do maravilhosos cenários de
uma beleza impar. Além das
flores verdadeiras, homenage-
amos, também, todas madei-
renses em geral e, em particu-
lar, as figurantes ribeirabra-
venses que, direta ou indire-
Juliana
Catarina
ALUNOS DA EBSPMA NA FESTA DA FLOR REGIONAL EM 2020
13. Descobrindo
Página 13 6 de maio de 2022
tamente, se associaram à Festa
da Flor 2020, num período
difícil por causa da pandemia.
A Festa da Flor da Madeira,
como homenagem à Primave-
ra, não se realizou, como nor-
malmente, em abril/maio mas
sim nos finais de setembro.
Um dos mais importantes
eventos turísticos na Madeira.
Fotos : Cátia, Rita, Catarina,
Luís, Mónica.
15. Descobrindo
Página 15 6 de maio de 2022
“Mais uma etapa concluída”.
Partilhado nas redes sociais
no dia 11 de outubro de 2020
por João Fernandes. O João,
na imagem, no interior da
Igreja Matriz da Rª: Brava,
acompanhado pela família,
nomeadamente, Bárbara, Ca-
rolina e Eduarda.
Estudar é, de facto, “acumular
conhecimento e sabedoria; é
vislumbrar um futuro”.
A educação organiza-se en-
quanto instituição para reali-
zar uma função moralizadora
da sociedade, sendo responsá-
vel por imprimir no homem
um conjunto de valores, com-
portamentos, regras e atitudes
que são indispensáveis pa-
ra coesão social, de acordo
com Durkheim, considerado
o “pai fundador da sociologia
da educação”.
16. Descobrindo
Página 16 6 de maio de 2022
Sabia...que?...
Só em 1973 a Escola Básica e
Secundária Padre Manuel Ál-
vares adotou a sua designação
legal, segundo a portaria nº
664/73 de 4 de outubro, tendo
entrado oficialmente em fun-
cionamento no ano letivo de
1973 – 1974?
Sabia...que?...
O arranque inicial desta Es-
cola fez-se com muitas difi-
culdades, por causa da falta de
instalações adequadas, de
equipamentos e de mobiliário,
de Professores e de Funcioná-
rios?
Fonte (texto e imagens) EBSPMA
E
B
S
P
M
A
20. Descobrindo
Página 20 6 de maio de 2022
Imagem de topo (fonte): http://escolas.madeira-edu.pt/ebspmalvares/
Luísa Paixão (1998): Os alunos
do 9º. ano interpretaram Fernan-
do Pessoa, no dia 6 de maio.
Com direito à repetição, tal foi o
sucesso.
Fátima Rodrigues: Grande tur-
ma essa... Orgulho em ter feito
parte dela.
Luísa Paixão: Dizes bem, Fáti-
ma. Davam nas vistas pelos me-
lhores motivos.
Graciela Sousa: Oh, que foto
preciosa! Não tinha nenhuma dos
meus tempos de teatro. Obrigada,
professora.
Captado na Internet em 2020/11/30.
22. Descobrindo
Página 22 6 de maio de 2022
Rª. Brava,
EBSPMA no
ano letivo
1998/1999:
atividades
musicais e
edifício esco-
lar, já demo-
lido.
23. Descobrindo
Página 23 6 de maio de 2022
Rª. Brava,
EBSPMA no ano
letivo 1998/1999:
Quadra festiva/ e
encerramento do
primeiro período.
Boa disposição.
25. Descobrindo
Página 25 6 de maio de 2022
Agosto e setembro de 2020
No topo - ciclistas durante a
inauguração da nova marginal
da Rª. Brava, entre a Vila e Ta-
bua.
Em baixo, representantes do
BTTBRAVA e JUDOBRAVA,
em setembro 2020.
Imagens: Comunicação social e redes sociais.
26. Descobrindo
Página 26 6 de maio de 2022
Associação De Estudantes
EBSPMA; 18 de janeiro de 2014
(topo da página);
Geração Viva /Clube dos Direitos
Humanos; 2003 (em cima);
Clube dos Caça-Cigarros/Carnaval
(à esquerda).
27. Descobrindo
Página 27
6 de maio de 2022
CRÓNICA
“A malta não vai sair de casa
Por C.G./20 de julho de 2020
Enquanto a rendas forem 600€
um T1 com dois meses de en-
trada e fiadores, a malta não
vai sair de casa.
Enquanto o valor das casas
para comprar estiver tao alta,
a malta não vai sair de casa.
Entretanto for preciso dar os
10% de entrada e ter fiadores,
a malta não vai sair de casa
Numa casa de 100 mil euros
onde é que um jovem de 20
anos tem 10 mil para dar de
entrada? Não tem. As câmaras
municipais só dão casas a
mães solteiras, pessoas que
passam dificuldades ou a ve-
lhos!
Estão sempre a reclamar do
jovem atualmente, mas se for-
mos a ver bem somos a gera-
ção com mais diplomas, mais
estudos e mais bem formada,
no entanto a que tem os piores
salários.
Vamos a procura de emprego
e dizem logo “queremos pes-
soas com experiência senão
trabalhamos vamos arranjar
experiência onde????
Nas redes de fast food e lojas
de roupa e até mesmo super-
mercado a maior parte dos tra-
balhares são jovens que assim
como eu trabalham e estudam.
Acabamos de tirar a carta,
compramos um carrinho e pa-
gamos um exagero de seguro.
(…)
28. Descobrindo
Página 28 6 de maio de 2022
4 – SOCIEDADE QUADRA FESTIVA
A
proxima-se o
Natal. Cele-
bra o nasci-
mento de Je-
sus Cristo, uma pessoa que,
pelo que viveu, fez e disse,
testemunhou para sempre
que o mais importante, em
qualquer vida humana e
seja onde for, é o cuidado
com quem mais precisa de
manifestações de acolhi-
mento afetuoso e de ajuda.
A sua família é constituída
por quem consente no pro-
cesso de conversão à fraterni-
dade ilimitada: fratelli tutti,
como repete o Papa Francis-
co.
A escolha do dia 25 de de-
zembro para celebrar o nasci-
mento de Jesus não obedeceu
a critérios históricos, mas a
razões de celebração da origi-
nalidade da fé cristã, no con-
texto das festas pagãs ao
deus sol invictus, do Império
Romano. O verdadeiro Sol
invencível da vida verdadeira
é Cristo que enfrentou uma
morte infame e a venceu. É
ele o sol da esperança.
O primeiro Presépio do mun-
do foi obra da imaginação
poética de Francisco de As-
sis, em 1223, em Itália. Teve,
depois, muitas recriações ori-
ginais. (…).
Texto (adaptado) de: Frei Ben-
to Domingues O.P. ;
20/12/2020; Público
(assinantes).
31. Descobrindo
Página 31 6 de maio de 2022
Imagens desta e página anterior: AJAP/
Ivone Pestola. Texto: “https://www.rtp.pt/
madeira/sociedade/camara-da-ribeira-
brava-reforcou-em-8-mil-euros-o-
investimento-em-luzes-de-natal-
video_48833”
32. Descobrindo
Página 32 6 de maio de 2022
Natal (I): Época especialmen-
te marcada por momentos e
recordações únicas em famí-
lia e com amigos.
Imagens: Ivone Pestola
(2020/12/06), via redes soci-
ais.
Imagens captadas zona mais
movimentada da Vila da Ri-
beira Brava.
Organização: CMRB.
33. Descobrindo
Página 33 6 de maio de 2022
Presépio no interior
da sede da Junta de
Freguesia da Rª. Bra-
va.
Imagens: AJAP
(14/12/2020).
34. Descobrindo
Página 34 6 de maio de 2022
Presépios: Criatividade e tra-
dição num símbolo natalí-
cio—Em termos históricos,
tudo começou na Véspera de
Natal do ano 1223.
1223? Sim, quando São Fran-
cisco de Assis, na pequena
aldeia de Greccio, perto de
Roma, onde colocou um boi,
um burro e uma manjedoura
para explicar melhor aos fiéis
o mistério do nascimento de
Jesus entre os homens e cele-
brar o Milagre do Natal. De-
pois desse dia, a tradição de
montar o Presépio durante o
período que precede o Natal
se espalhou em todo o mun-
do, tornando-se uma verda-
deira forma de arte. É nesse
âmbito, o presépio como AR-
TE, que divulgamos estas
imagens, captadas em 2020.
Presépio no interior da sede da
Junta de Freguesia da Rª. Brava.
Imagens: AJAP (2020/12/14).
35. Descobrindo
Página 35 6 de maio de 2022
Mostra "RECICLAR N'A
FESTA - Presépios de esca-
dinha (Data de referência:
15/12/2020): Esta atividade,
de acordo com os seus pro-
motores (Museu)
36. Descobrindo
Página 36 6 de maio de 2022
inseriu-se no âmbito do Pro-
jeto “MUSEU SUSTENTÁ-
VEL”, que teve como objeti-
vo “promover a consciência
para os efeitos da atuação hu-
mana sobre o ambiente e des-
tacar o papel dos museus no
desenvolvimento de novos
métodos de pensar e atuar,
que garantam o respeito pelos
limites e pela diversidade da
natureza”.
A armação do presépio ou
"lapinha", como é designado
no arquipélago, constitui um
ritual simbólico com muita
tradição no nosso arquipéla-
go. A configuração dos presé-
pios sofreu, no entanto, altera-
ções ao longo dos tempos. O
Menino Jesus era entronizado
37. Descobrindo
Página 37 6 de maio de 2022
em escadinhas ou mesmo co-
locado sobre uma mesa, cos-
tume ainda presente em algu-
mas unidades domésticas, nas
zonas rurais. Mais tarde, ge-
neralizou-se o uso da rochi-
nha, inspirada na orografia da
ilha e nos costumes tradicio-
nais, utilizando os recursos
naturais disponíveis. Nesta
página e na anterior—Utentes
do CAO de São Vicente e os
alunos da turma 2, 8ºE de
Educação Tecnológica, da
EBSPMA, de visita
`”Mostra”.
Texto (adaptado) e fotos: Museu Etnográfico da
Madeira (Data de referência: 15/12/2020).
38. Descobrindo
Página 38 6 de maio de 2022
Rª. Brava, 22/12/2020: Presé-
pios na Câmara Municipal,
captadas por AJAP.
Segundo a tradição, o
"presépio" é o conjunto de
acontecimentos passados no
local onde nasceu o Menino
Jesus. Este local,
em Belém (Palestina), era um
estábulo escavado na rocha, on-
de se encontravam um burro e
uma vaca (ou boi) que com o
seu bafo aqueceram o recém-
nascido Salvador.
39. Descobrindo
Página 39 6 de maio de 2022
Hoje, de acordo com a Info-
pédia, consultado nesta data,
existe neste sítio a Basílica
da Natividade (ou Nasci-
mento), onde se pensa que
desde o século V se reveren-
ciaram sucessivas represen-
tações do acontecimento.
A palavra "Natal" significa à
letra, em latim, dia do nasci-
mento, e começou a ser co-
memorado no século V pela
Igreja (depois de alguma re-
sistência)…
40. Descobrindo
Página 40 6 de maio de 2022
Boa Morte (S. João - Rª. Bra-
va): Celina Coelho.
Escamas e espinhas de peixe,
cascas de cebola e de bananei-
ra, pistácios, nozes ou penas
de pássaros. Quase tudo serve
de inspiração a Celina Coe-
lho, a artesã madeirense capaz
de transformar o que é consi-
derado lixo pelo comum dos
mortais em arte
Data de referência: Dezembro
2020.
Foto partilhada pela própria
no dia 24/12/2020, nas redes
sociais.
Desde miúda quis inovar,
fazer coisas que ninguém fi-
zesse. Mesmo nas brincadei-
ras, desde criança, teve habi-
lidade para “manualidades",
citando a própria.
41. Descobrindo
Página 41 6 de maio de 2022
Vila da Rª. Brava: Presépio de
Francisco Pestana; imagens:
AJAP; data de referência:
23/12/2020.
A palavra Presépio vem do
latim “Praesaepe”, que signi-
fica curral. E a presença do
menino Jesus no estábulo de-
monstra a grandeza de Deus
marcada pela simplicidade e
fragilidade de uma criança.
Podemos caracterizar este pre-
sépio como único e diferente
de muitos outros pelo facto de
o mesmo conter, além dos ele-
mentos bíblicos, centenas de
figurinhas e pormenores que
reproduzem a realidade física
que rodeia o seu autor, ou se-
ja, a vida do campo.
42. Descobrindo
Página 42 6 de maio de 2022
Qual o significado de cada
personagem representado?
Menino Jesus: é o filho de
Deus representado por um
bebê deitado na manjedoura
do curral;
José: é o pai adotivo do Me-
nino Jesus, responsável por
dar-lhe um nome, um lar e
ensinar a profissão de car-
pinteiro;
Maria: a mulher escolhida
para dar à luz ao Menino Je-
sus;
Reis Magos: representado
por Belchior, Gaspar e Bal-
tazar. Homens escolhidos
por Deus que foram ao en-
contro de Menino Jesus no
curral;
Ouro, Incenso e Mirra: re-
presentam os presentes que
os três reis magos deram ao
Menino Jesus. O ouro signi-
fica realeza, o incenso a di-
vindade e a mirra o sofri-
mento e a eternidade;
Animais: simbolizam a natu-
reza e a simplicidade, além
de fornecerem calor ao local
onde o Menino Jesus quis
nascer;
Pastores: depois de Maria,
José e os Reis Magos, os
pastores foram os próximos
aa terem conhecimento do
nascimento do Menino Je-
sus;
Anjo: é o mensageiro de
Deus e representa o céu em
festa diante do nascimento
do Menino Jesus (https://
www.vivadecora.com.br/).
44. Descobrindo
Página 44 6 de maio de 2022
MISSAS DO PARTO 2020
Fotos: Elisabete Silva (topo
da página e AJAP (restantes).
Missas do Parto? Sim! De 16
a 24 de dezembro, Rª. Brava
celebra, também, uma Estas
nove “Missas anunciam o
Nascimento de Jesus e pri-
mam pelos seus cânticos ca-
tólicos, delicadamente entoa-
dos por coros locais.
No final das Missas, a anima-
ção faz-se sentir nos adros
das igrejas, onde a população
se reúne e oferece “comes e
bebes” aos fiéis e visitantes.
Estas missas são celebradas
de madrugada, por volta das
seis horas da manhã.”.
Texto (adaptado) de: http://
www.visitmadeira.pt / e
dehttps://www.portobay.com/
pt//
46. Descobrindo
Página 46 6 de maio de 2022
As Missas do Parto são uma
tradição particular do Arqui-
pélago da Madeira, um mo-
mento exclusivo para cantar
versos populares, em honra
da Virgem Maria e do Meni-
no Jesus, alguns dos quais
remontam aos primeiros po-
voadores do arquipélago.
A estrutura da novena, com a
invocação ao Espírito Santo,
o canto da Ladainha, o retra-
to da Senhora e a missa, on-
de também são entoadas loas
à Virgem, ao seu parto e à
alegria do nascimento de Je-
sus são formas de consolidar
estar tradição.
Os cânticos permanecem os
mesmos de pelo menos há um
século, feitos em verso
(https://
www.jornaldamadeira.com/2
019/12/17/)
Na página anterior: ima-
gens captadas no dia
19/12/2020, na rua e no in-
terior da Igreja Matriz da
Rª. Brava, após uma dessas
Missas (presépio, sr. Padre
e grupo de animação da Ca-
sa do Povo local).
Estas Missas são missas
cantadas e no final da cele-
bração religiosa os adros
das igrejas transformam-se
em locais de partilha. No
ano normal, há café e cacau
quente, licores, a tradicio-
nal poncha madeirense e
diversas iguarias da época
de Natal.
47. Descobrindo
Página 47 6 de maio de 2022
Comércio
O Dia do Mercado de 2020
contou com a presença de di-
versos comerciantes: artesa-
nato, produtos agrícolas, bro-
as e diversos produtivos alu-
sivos à época natalícia ribei-
rabravense.
Organização: CMRB.
Fotos: DN (a baixo) e AJAP
(seguintes).
Referência: 19/ e 20/12/2020
48. Descobrindo
Página 48 6 de maio de 2022
Vila da Rª. Brava: Presépio
de Francisco Pestana; ima-
gens: AJAP; data de referên-
cia: 23/12/2020.
O autor deste presépio, (ver,
também, as 3 páginas anterio-
res) afirmou, em dezembro de
2020, que não o faz para par-
ticipar em concursos regio-
nais de presépios, mas por
puro prazer. Com o avançar
da idade, o Francisco necessi-
ta, cada vez mais da ajuda do
seu filho para esta “obra”.
49. Descobrindo
Página 49 6 de maio de 2022
Postais de Ivone Pestola, partilha-
das nas redes sociais no dia 24 de
dezembro de 2020. O embeleza-
mento das ruas, nesta quadra festi-
va, foi, como sempre, da responsa-
bilidade da CMRB.
52. Descobrindo
Página 52 6 de maio de 2022
Adro da Igreja Matriz da Rª. Brava,
20/12/2020.Recordando D. Isabeli-
nha, uma das crentes mais fervorosas
das Missas do Parto.
Apesar da idade avançada, Isabeli-
nha, esteve sempre presente, com to-
do entusiasmo, às 7 da manhã.
53. Descobrindo
Página 53 6 de maio de 2022
Natal - como tudo começou:
uma realidade bem diferente
daquela que conhece*
A palavra Natal provém do
latim “natalis” e que deriva
do verbo nascer (nāscor).
Nem sempre o dia 25 de de-
zembro foi dia o de Natal, o
dia em que se celebra o nas-
cimento de Jesus, a data terá
sido mesmo instituída pelo
Papa Júlio, no séc. IV.
Em 273 o Imperador Aureli-
ano estabeleceu o dia do
nascimento do Sol invencível
em 25 de dezembro. Após a
cristianização do Império
romano, com o imperador
Constantino - que governou
entre 306 e 337 – decidiu-se
fixar esta data como a data
do Natal, como defende Ra-
món Teja, professor emérito
de História Antiga da Uni-
versidade de Cantábria, Es-
panha, especialista em histó-
ria do cristianismo e presi-
dente de honra da Sociedade
Espanhola de Ciência das
Religiões.
Quanto à data do nascimento
de Jesus, não existe nenhuma
referência histórica.
O mês de dezembro é um mês
de celebração e significado
para os humanos já desde
tempos ancestrais, devido ao
solstício de Inverno.
Na antiga Mesopotâmia, era
celebrado o “Zagmuk”, uma
*https://www.tribunaalentejo.pt/ (partilhado
pela professora Fátima Mendes, nas redes soci-
ais; data de referência: 2020/12/26).
54. Descobrindo
Página 54 6 de maio de 2022
festa pagã em que um homem
era escolhido para ser sacri-
ficado de modo a acalmar os
monstros que despertavam no
final do ano.
Na era arsácida, por volta do
século III a.C., celebrava-se
a “Yalda”, na noite mais es-
cura e mais longa do ano, a
do solstício de inverno, junto
a ciprestes que eram decora-
dos e iluminados e à volta
dos quais eram deixados pre-
sentes.
A palavra “Yalda” é síria e
provem da língua persa, sen-
do o seu significado o de nas-
cimento, neste caso de Mitra,
a quem se prestava o culto
solar, e que se terá propaga-
do por toda a Ásia Menor,
Médio Oriente e norte de
África.
No Irão, ainda hoje se cele-
bra a noite de Yalda a 21 de
dezembro e é uma noite em
que as famílias e/ou grupos
de amigos se reúnem e feste-
jam comendo nozes, melancia
e romãs, frutas que ainda
restam do último verão, fi-
cando acordados até tarde
para enfrentar as forças do
mal na noite mais longa do
ano.
Já os escandinavos celebra-
vam o “Yule”, o dia em que a
Criança do Sol renasce, a da-
ta que assinala o retorno de
toda uma nova vida através
do amor dos Deuses.
Segundo a Tradição Nórdica,
o “Yule”, ou “Jull”, era mes-
mo considerado o Ano No-
55. Descobrindo
Página 55 6 de maio de 2022
Havia festivais que se come-
moravam quase do mesmo
modo do Natal atual, com ca-
sa enfeitadas com ramos ver-
des, comida, árvores enfeita-
das etc. numa homenagem à
natureza e com oferendas aos
deuses. Sendo o fogo o ele-
mento central, símbolo da luz
e de vida, faziam-se também
fogueiras comunitárias, tudo
para iluminar a noite mais
escura do ano.
No paleolítico esta data tam-
bém era celebrada e foram
erguidos monumento em hon-
ra do solstício como, por
exemplo, “Stonehenge”.
Os romanos pré-católicos ce-
lebravam o Deus Saturno, as
festas saturninas e que eram
um período em que ninguém
trabalhava, se ofereciam pre-
sentes, se visitavam os amigos
e até alguns escravos recebi-
am permissão temporária pa-
ra fazer tudo o que lhes agra-
dasse.
Para se impor com mais faci-
lidade, e dada a dificuldade
devido à popularidade das
saturninas, o cristianismo
acabou por misturar a sua
celebração com o festejo pa-
gão do nascimento do Sol,
transformando-o na celebra-
ção do nascimento de Cristo.
Mas também do outro lado do
Atlântico, no México, desco-
briu-se com a chegada dos
europeus, já no séc. XV, que
também as civilizações nati-
vas celebravam esta data em
honra do solstício e do nasci-
56. Descobrindo
Página 56 6 de maio de 2022
Mas também do outro lado
do Atlântico, no México, des-
cobriu-se com a chegada dos
europeus, já no séc. XV, que
também as civilizações nati-
vas celebravam esta data em
honra do solstício e do nasci-
mento do deus
“Huitzilopochtli”. Também
aqui esta era uma época do
ano marcada pela generosi-
dade, reuniões familiares pa-
ra comer, sempre esperando
que o deus renascesse do
submundo para voltar à Ter-
ra.
Não deixando de ser uma fes-
ta religiosa, o Natal, tal co-
mo o hoje o conhecemos e
celebramos, é uma festa que
mistura tradições de muitas
origens, anteriores a Jesus,
celebrando todas elas a luz, a
fraternidade e solidariedade
entre família, amigos, povos.
Em Portugal, foi com D. Fer-
nando II (Ferdinand August
Franz Anton von Sachsen-
Coburg und Gotha) de ori-
gem alemã, segundo marido
da Rainha D. Maria II e
Príncipe Consorte de Portu-
gal entre 1836 e 1837, quem
terá trazido a tradição nata-
lícia para Portugal.
Fernando era primo de D.
Alberto, casado com a Rai-
nha Vitória do Reino Unido,
e ambos foram responsáveis
pela disseminação das tradi-
ções natalícias germânicas,
quer em Portugal, quer na
Grã-Bretanha.
Em Portugal, foi Fernando
57. Descobrindo
Página 57 6 de maio de 2022
Em Portugal, foi Fernando II
o responsável pela montagem
da primeira árvore de Natal
para a esposa e para os seus
11 filhos, tendo ainda distri-
buído presentes vestido de
São Nicolau, com trajes ver-
des e brancos*.
*https://
www.tribunaalentejo.pt/
(partilhado pela professora
Fátima Mendes, nas redes so-
ciais; data de referência:
2020/12/26).
É UMA CASA MADEI-
RENSE, COM
CERTEZA!
No Natal ribeirabravense, há
tradições que se mantêm em
muitas casas: a comida, as
flores, as decora-
ções e enfeites
das casas, a
construção dos
presépios…
Por Prof. Gra-
ciela Sousa
Da esq. para a dir.: licor de tangerina, carne de vinha
d’alhos a marinar, canja de galinha, broas.
58. Descobrindo
Página 58 6 de maio de 2022
Da esq. para a dir.: junquilhos, manhãs de Páscoa, sapati-
nhos, ensaiões. Em baixo, da esq. para a dir.: lapinha com
ensaiões.
Percorremos as páginas do
Facebook de alguns muníci-
pes da Ribeira Brava. Encon-
tramos muitos presépios tor-
nado públicos nesta rede soci-
al: lapinhas em escada, com
ou sem frutas, presépios em
grutas improvisadas, Meninos
Jesus vestidos a preceito - en-
contramos de tudo um pouco!
59. Descobrindo
Página 59 6 de maio de 2022
Nesta página (arbitrariamente):
Lapinha com alegra-campo
Presépio com searas de trigo e ca-
brinhas (presépio de Virgínia Mar-
tins, sítio da Boa Morte
Lapinha com lamparina de azeite
Menino Jesus – vestido de bordado
Madeira
Presépio de Sónia Silva
Lapinha com lamparina de azeite
Menino Jesus – vestido de bordado
Madeira
Presépio de Sónia Silva e outros.
Fonte; Redes sociais.
Em cima:
MUSEU ETNOGRÁFICO DA
MADEIRA EM 2017!
60. Descobrindo
Página 60 6 de maio de 2022
Por Prof. Graciela
Sousa
GLOSSÁRIO 2020
& EB1/PE/C DA VILA
1. GLOSSÁRIO 2020
Álcool gel
Boletim diário
CORONAVÍRUS
Distanciamento social
Emergência
Fé
Gripe
Humanidade
Imunidade
Jazigo
KO
Luvas
Máscaras
Netflix
Obediência
PANDEMIA
Quarentena
Respiradores/Surto
Transmissão local
Universal/VACINA
Wuhan/Xeque-mate
Youtube
Zoom
2. EB1/PE/C DA RIBEI-
RA BRAVA: Entrega de
prendas na EB1/PE/C da Ri-
beira Brava .
61. Descobrindo
Página 61 6 de maio de 2022
A FESTA NA SERRA DE
ÁGUA
4 imagens do natal de 2020 e
memórias das missas do
parto, na década de 50, na
Serra de Água.
Por Orlanda Silva
(Funcionária da EBSPMA)
62. Descobrindo
Página 62 6 de maio de 2022
Na atualidade, cada sítio cos-
tuma lançar foguetes para
acordar as pessoas para as
missas de parto mas, antiga-
mente, faziam uns apitos de
cana e iam tocando pelo cami-
nho. A missa era às 4h30 e
acabava por volta das 7h. Não
havia luz na estrada, nem lan-
ternas. Para iluminar o cami-
nho, pegavam num bocado de
“visgo” e pegavam lume.
63. Descobrindo
Página 63
6 de maio de 2022
Também faziam lanternas
com um bocado de pano, no
qual deitavam petróleo e pe-
gavam lume, depois era trans-
portado em cima de uma fo-
lha de inhame. Entravam na
Igreja de noite e amanheciam
ainda na missa pois além de
ser um sermão muito grande,
também cantavam muitas
músicas. O camarim, por trás
do altar, tinha velas, que eram
acesas consoante a quantida-
de de dinheiro doado pelo sí-
tio da missa de parto desse
dia.
EBSPMA
—Natal do
anos 90
do século
XX..
O Natal e
a sua cele-
bração na
Rª. Brava
têm muda-
do muito
ao longo
da histó-
ria.
64. Descobrindo
Página 64
6 de maio de 2022
B
em-vindo ao
concelho de Ri-
beira Brava
Historial
(…) e pozeram muitos dias no
caminho até chegarem dahi a
três léguas a uma furiosa ri-
beira, na praya da qual estava
aguardando o capitam, que
em terra desembarcara, e ti-
nha ahi traçado huma povoa-
ção, a que deu nome Ribeira
Brava, pela que corria neste
logar (…) Gaspar Frutuoso,
Saudades da Terra (respeitando-
se a grafia original do autor). Texto
(adaptado): https://
www.portugalsos.com/].
Mas, para já, vamos a um dos
nossos destaques de 2020:
A imagem desta página foi,
captada em 11 de novembro
de 2020, por Isaac Pereira. Re-
fere-se à Estrada que liga a
Vila da Rª. Brava à Tábua, co-
mo nos referimos anterior-
mente. Página seguinte, Ricar-
do Nascimento.
5- SOCIEDADE MELHORIA DA MOBILIDADE
65. Página 65
6 de maio de 2022
Edição n.º 20
Requalificação da “Marginal”: Abertura oficial em agosto 2020
66. Estrada Marginal Rª Brava - Tabua em 25/3/2018
Página 66
6 de maio de 2022
Edição n.º 20
I
magens da
“Descobrindo”, em
12 de janeiro de
2020, respeitantes à
obra de requalificação da
marginal entre a vila e a
Tabua - Avenida Eng.º Ri-
beiro Pereira.
A proposta global foi da Câ-
mara Municipal da Ribeira
Brava e teve o parecer do
Executivo regional, com a
novidade de a mesma incluir
a construção de três túneis
com uma extensão acumula-
da de 230 metros.
Recordamos que durante lar-
gos anos, esta estrada margi-
nal, a antiga Estrada Regional
n.º 101, foi uma via essencial
para a circulação de pessoas e
bens nesta zona da ilha, per-
mitindo igualmente a ligação
à parte oeste da Madeira.
A situação da marginal entre
a Ribeira Brava e a Tabua era
como ilustram as duas ima-
gens desta página, em baixo,
à esquerda, de acordo Profes-
sor Sílvio Silva, da
EBSPMA:
Saída de emergência na Ri-
beira Brava - 2018. A antiga
estrada regional que liga a
Ribeira Brava à Tabua está
num estado deplorável! Este
percurso faz parte do Cami-
nho Real da Madeira e está
assim, jogado ao abandono!
As saídas de emergência dos
67. Página 67
6 de maio de 2022
Edição n.º 20
túneis estão no estado em que
se pode ver... a estrada está
cheia de lixo, pedras e terra!
Enfim, parece que é terra de
ninguém.
Este caminho poderia e deve-
ria ser limpo! Daria um óti-
mo local para fazer desporto.
“https://
silviosilva.blogspot.com/002.html “
(2018/03/25)
Marginal entre a vila e a Tabua - Avenida Eng.º
Ribeiro Pereira, no dia 25 de março de 2018.
Autor: Sílvio Silva.
68. Página 68
6 de maio de 2022
Edição n.º 20
Estrada Marginal Rª Brava - Tabua em 12/1/2020
Fotos de AJAP, em 12/1/2020,
70. Página 70
6 de maio de 2022
Edição n.º 20
.O Presidente da CMRB sali-
entou que se tratou de uma
obra ambicionada pela popu-
lação há mais de dez anos e
que a mesma assumia grande
importância, sobretudo para
o movimento de trânsito para
a frente-mar da Vila e “com
potenciais benefícios para o
comércio local”.
Início da requalificação:
2018.
71. Página 71
6 de maio de 2022
Edição n.º 20
Estrada Marginal Rª. Brava/Tabua, agosto 2020
A obra inclui tam-
bém uma via de
trânsito automóvel,
no sentido de entra-
da na Vila da Ribei-
ra Brava, bem co-
mo uma ciclovia e
zona pedonal.
Imagens: Governo/
AJAP/Ivone/DN
72. Descobrindo
Página 72 6 de maio de 2022
MARGINAL DA RIBEIRA
BRAVA TAMBÉM FOI
AFETADA PELO MAU
TEMPO (FOTO DESTA
PÁGINA*): O mau tempo
que se fez sentir no início de
dezembro de 2020 também
deixou marcas na marginal da
Ribeira Brava.
Devido às chuvas, o ribeiro
arrastou consigo tudo o que
se pode ver na imagem, não
havendo maneira de escoar o
'entulho'.
A estrada esteve encerrada no
dia, 2 de dezembro de 2020.
*https://www.jm-madeira.pt/
região (02/12/20). Fotos da
página anterior: AJAP, mes-
ma data, testemunhando a
água resultante das fortes
chuvas.
Chuva forte, vento intenso e
trovoada obrigaram as autori-
dades a encerrar por uns dias
a marginal Rª. Brava/Tabua
no início de dezembro de
2020.
73. Descobrindo
Página 73 6 de maio de 2022
A marginal da Ribeira
Brava, uma obra que
foi objeto de um con-
trato-programa entre o
Governo Regional e a
Câmara Municipal da
Ribeira Brava, foi
inaugurada em
28/08/2020.
Fotos AJAP
(2020/12/06).
74. Descobrindo
Página 74 6 de maio de 2022
Marginal da Rª Brava,
2020/12/06 (AJAP/Ivone
Pestola) reaberta, após a lim-
peza da acumulação, numa
parte do percurso, de detritos
causados pelas intensas chu-
vas do final de novembro e
início de dezembro do mesmo
ano. As imagens das 3 pági-
nas seguintes são da Ivone.
75. Descobrindo
Página 75 6 de maio de 2022
Alguns efeitos da tempestade
pós- tropical “Thieta” que as-
solou a Madeira em meados
de novembro de 2020.
Captamos, para os nossos lei-
tores, algumas imagens
(ribeira, praia, marginal e cais
da Rª. Brava). São bem visí-
veis o aumento da agitação
marítima com ondas de sul
que chegaram atingir os 4 m
de altura significativa.
Fotos de Isaac Pereira/AJAP.
Data: 2020/11/14.
78. Descobrindo
Página 78
6 de maio de 2022
R
ibeira Brava
(RB), uma vila
cheia de histó-
rias.
A RB é uma vila que vale a
pana conhecê-la a pé, de for-
ma calma, sem pressas, com
máquina fotográfica na mão e
muita vontade para
“descobrir” alguns pormeno-
res que nos rodeiam.
Para isso é também necessário
parrarmos de vez em quando e
captarmos alguns pormenores
menos conhecidos da natureza
que nos rodeia e da qual faze-
mos parte.
Foi o que fizemos durante os
meses de agosto e setembro de
2020, começando na praia
prosseguindo pela rua Coman-
dante Camacho de Freitas,
com destaque para o sítio co-
nhecido por “Caminho Chão”,
passando pela Meia Légua
(até ao Centro Desportivo).
Não esquecemos a Ponta Ver-
melha e a subida até ao topo
da Fajã da Ribeira. (todos os
anos descobrimos pormenores
interessantes nestes sítios).
Um pouco de História, antes
de mais.
POR
AJAP
6– A Rª. BRAVA DE OUTROS TEMPOS
79. Descobrindo
Página 79
6 de maio de 2022
Eis a Ribeira Brava situada
na foz de uma ribeira do mes-
mo nome!
Um lugar soalheiro, situado
numa encruzilhada de cami-
nhos por onde se deslocavam
os povos das freguesias mais
recuadas em viagem ou com
mercadorias às costas, para
tomarem o barco rumo ao
Funchal.
Um esplender! Na realidade,
a profunda ribeira recebe
muitas que, desde o Paúl da
Serra, se precipitam por toda
uma ampla bacia (…). As es-
carpas que ladeiam as mar-
gens da Serra d`Água são im-
pressionantes (RIBEIRO;
1998).
80. Descobrindo
Página 80
6 de maio de 2022
(…)Localizada na costa sudo-
este da ilha da Madeira, a Ri-
beira Brava é uma das locali-
dades mais antigas da Madei-
ra. Esta localidade, devido à
sua orografia, teve um papel
muito importante nas comuni-
cações entre todos os pontos
da ilha.
Começada a povoar nos iní-
cios do século XV, entre o pri-
meiro e o segundo quartel, foi
das primeiras freguesias da
ilha, logo criada na sequência
das do Funchal e Machico,
pouco depois da morte do in-
fante D. Henrique em 1460.
Nasceu a importância da Ri-
beira Brava da sua ribeira,
comunicação essencial com o
interior da ilha e do seu porto
mar. Era então um porto onde
os barcos não encostavam ou
ancoravam, mas encalhavam.
Só entre 1904 e 1908 foi cons-
truído um pequeno caís de
acostagem e desembarque,
furando-se a rocha a leste da
futura vila, para acesso ao
pequeno desembarcadouro
(hoje de maiores dimensões,
permitindo a acostagem de
barcos de pequeno e médio
porte).
Este concelho é o de criação
mais recente na ilha da Ma-
deira, criado precisamente em
1914, no dia 6 de maio, e re-
cebeu categoria de vila em
1928, sendo sede de municí-
pio.
É composto pelas freguesias
de Ribeira Brava, Serra de
Água e Ponta do Sol, desmem-
81. Descobrindo
Página 81
6 de maio de 2022
brado por sua vez do Conce-
lho de Câmara de Lobos. O
município é limitado a norte
pelo município de São Vicen-
te, a leste por Câmara de Lo-
bos, a oeste pela Ponta do Sol
e a Sul tem litoral no oceano
Atlântico.
O concelho da Ribeira Brava,
com uma área de 65 km2, é
formado por quatro freguesi-
as; Campanário, Ribeira Bra-
va, Serra de Água e Tabua;
foi criado a 6 de maio de
1914, para o qual contribuí-
ram em grande parte os esfor-
ços do Visconde da Ribeira
Brava, Francisco Correia
Herédia. Devido à sua paixão
pela vila, mais tarde adicio-
nou o nome Ribeira Brava ao
seu nome, passando a ser,
Francisco Correia de Herédia
Ribeira Brava. O Visconde
dotou a vila de grandes me-
lhoramentos, tais como, o
alargamento e abertura de
ruas, a construção de um pe-
queno teatro e a reedificação
do forte de S. Bento.
A economia municipal assen-
ta na agropecuária, comércio
retalhista e turismo
(restauração e hotelaria),
destacando-se ainda o papel
da administração local. Na
agricultura, predomina o cul-
tivo da batata, de culturas
hortícolas extensivas, a horta
familiar, os frutos subtropi-
cais e a vinha. A pecuária tem
também um peso importante
na economia concelhia (…)”
82. Descobrindo
Página 82
6 de maio de 2022
Fonte: ADRAMA. 2013.
Nota da Redação: A
cultura, sociologi-
camente falando, é
o património intelectual e ma-
terial próprio de uma determi-
nada sociedade (valores, nor-
mas, linguagens, os meios ma-
teriais para a produção e a
reprodução social do ho-
mem…).
Ribeira Brava
83. Descobrindo
Página 83 6 de maio de 2022
O
s pés descalços
dos escravos fica-
ram tradicional-
mente entre a gen-
te de meia encosta e da serra que
dificilmente suporta o calçado e,
quando a ele é forçada, principal-
mente em viagem, por comodi-
dade e economia alterna uma
com outra bota, calçando-as às
etapas cada qual no seu respetivo
pé.
A bota de folga leva-a suspensa
da mão ou da cintura.
PEREIRA (Eduardo C. N.).— ILHAS DE ZARGO. 3ª edição. Edição da
Câmara Municipal do Funchal. 1968. Volume II – p.557 e 558
84. Descobrindo
Página 84 6 de maio de 2022
ISLENHA 54 –
2014. Página 177.,
reproduzida por
Vieira, Ana.
A
s observações so-
bre a interação
dos seres humanos
na sociedade “são
colocadas no seio de uma
perspetiva temporal, fornecida
pelas fontes históricas”.
Por exemplo, duas das foto-
grafias acima constam de uma
separata da revista Islenha—
nº. 19, de 1996, com o título:
86. Descobrindo
Página 86 6 de maio de 2022
Nota da Redação: Uma das
características da cultura é o
facto de os seus elementos
serem transmitidos graças à
aprendizagem: “A cultura
não é algo estático”. Os ele-
89. Descobrindo
Página 89 6 de maio de 2022
Muitos dos elementos da cul-
tura são interdependentes. A
cultura reestrutura-se conti-
nuamente, modificando os
usos e costumes “e assim
também os valores…”
90. Descobrindo
Página 90
6 de maio de 2022
PEREIRA (Eduardo C. N.).— ILHAS DE ZARGO. 3ª
edição. Edição da Câmara Municipal do Funchal. 1968.
Volume II – p.558
MATOS (António Marinho) – RIBEIRA BRAVA –
Evangelização, devoção e património cultural – subsí-
dios para a história da sua paróquia
ISLENHA 54 – 2014. Página 177.
91. Descobrindo
Página 91
6 de maio de 2022
Luís Silva (à esq. na foto 1 e
sozinho nas restantes), nos 50
do séc. XX, no “Calhau” (foto
4).
As três imagens iniciais desta
página foram-nos cedidas gen-
tilmente pelo seu dono (Luís),
que nasceu e cresceu no anti-
go bairro de “casa de palha”*
*Numa das páginas seguintes,
o mesmo local, na atualidade.
(outº.2020).
Na infância e juventude de
Luís, o nível de pobreza era
grande. Não podiam estudar e
muito menos ambicionar a ter
profissões muito diferentes
das dos pais.
http://www.cm-ribeirabrava.pt/cmrb1/old-pictures/
1 2 3
4
92. Descobrindo
Página 92 6 de maio de 2022
A Câmara Municipal da Ri-
beira Brava interveio no dia
21 de outubro de 2020, na es-
carpa sobranceira à entrada do
Cais da vila. Os trabalhos in-
cluíram a limpeza da escarpa,
através do desmonte de
maciços rochosos, de for-
ma a mitigar o risco:
“Esta intervenção garante
uma maior segurança aos
veículos e peões, numa
estrada que é frequentada
diariamente por muitas
pessoas. Estas são, por-
tanto, medidas importan-
tes, dentro das possibili-
dades financeiras da au-
tarquia, para garantir a
segurança de munícipes e
visitantes” (Ricardo Nas-
cimento, presidente da
Câmara Municipal da Ri-
beira Brava).
O bairro de palha situava-se,
antigamente (página anterior)
onde, agora, outubro 2020,
está o restaurante “Cais da Ri-
beira”.
93. Descobrindo
Página 93 6 de maio de 2022
Todos (página anterior) nas-
ceram numas casas de palha
que existiam no bairro junto
ao Cais da Rª. Brava.
Ainda voltando à página ante-
rior, no sentido dos ponteiros
do relógio, Luís (ao meio e
`direita), acompanhado por
alguns dos seus amigos de in-
fância (à esquerda), entre os 7
e 8 anos de idade: José, Agos-
tinho e outros. O pai do Luís
era barbeiro de profissão e
também carcereiro no
“Forte”.
Em 1815 há referências sobre
um pequeno forte triangular
junto à embocadura da ribeira,
e um outro denominado de
Forte de S. Sebastião. Foram
ambos arruinados por uma
aluvião em 1803.
Um outro, é o Forte de S.
Bento, que naquela época es-
tava arruinado. Hoje, perfeita-
mente adaptado ao contexto
visual da vila, o forte serve de
Posto de Informações.
Em 1916 fizeram-se obras pa-
ra a sua recuperação e embe-
lezamento do que hoje pode
ser visto na Marginal da Ri-
beira Brava.
Em 1920 esta pequena fortifi-
cação foi alugada à Câmara
Municipal para servir de pri-
são.
O pai do Luís foi um dos car-
cereiros dessa “prisão”. Para
se ser preso bastava não cum-
prir as leis nacionais da épo-
ca. Na página seguinte, uma
pequena amostra dessas leis.
94. Descobrindo
Página 94 6 de maio de 2022
Durante o Estado Novo, são
promulgadas uma série de
leis, cujo objetivo seria o de
proteger os bons costumes
(https://www.juponline.pt/).
Na década de 30 do século
XX, em Portugal, incluindo as
ilhas, claro, cabia ao Estado e
autarquias locais tomar todas
as providências no sentido de
evitar a corrupção dos costu-
mes.
95. Descobrindo
Página 95 6 de maio de 2022
(...)Quando D. Fernando
(1367-1383) promulgou a Lei
das Sesmarias, talvez por
1375, a Europa estava em
crise, com instabilidade polí-
tica e da paz, para além das
carências alimentares e dos
efeitos da peste, mas a aten-
ção prestada à agricultura
não chegou para corrigir a
debilidade.
Como recorda a História co-
ordenada por Rui Ramos, a
crise dos europeus continuou
a agravar-se, os maus anos
agrícolas sucederam--se.
O que D. Fernando I preten-
deu, seguindo política ante-
rior, foi fixar a população à
terra, dela recolhendo o sus-
tento. (…).
Adaptado de https://www.dn.pt/
opiniao/opiniao-dn/adriano-
moreira/a-lei-das-sesmarias-
2168620.html
7 – A SERRA DE ÁGUA GENUÍNA E INESQUECÍVEL
96. Descobrindo
Página 96 6 de maio de 2022
A localidade da Serra
de Água também foi
dada de sesmarias* a
um dos descendentes
de Zarco, Helena Gon-
çalves…
*HISTÓRIA lei das sesmarias
ordenação do rei Dom Fernando
(1345-1383), que determinava o
cultivo das terras maninhas pelos seus
proprietários ou a sua entrega ao
Estado, que as distribuiria pelos de-
sempregados
RIBEIRO, João Adriano; Ribeira
Brava—Subsídios para a História
do Concelho; CMRB (1998).
97. Descobrindo
Página 97 6 de maio de 2022
A Serra d EÁgua tinha muito
menos habitantes do que as
vizinhas freguesias da Ribei-
ra Brava, Tabua e mesmo
Campanário. Tratava-se de
uma população que quase
poderíamos dizer serra-
na ...economia de subsistên-
cia. Em 1782 havia quatro
moradores na Rocha Alta...
RIBEIRO, João Adriano; Ribeira
Brava—Subsídios para a História
do Concelho; CMRB (1998).
98. Descobrindo
Página 98 6 de maio de 2022
Serra de Água,
1998. Todos os
habitantes da
Serra D`Água
viviam de uma
economia agro
-pastoril e tam-
bém de uma já
bastante escas-
sa extração de
madeira.
RIBEIRO, João Adriano; Ribeira
Brava—Subsídios para a História do
Concelho; CMRB (1998)..
100. Descobrindo
Página 100 6 de maio de 2022
RIBEIRO, João Adriano; Ribeira
Brava—Subsídios para a História
do Concelho; CMRB (1998).
(…) O único homem de ofí-
cio, em 1782, na Serra
D`´Agua, era o ferreiro Ma-
nuel Pestana que não pagou
finto* por ter poucos meios.
De referir ainda 20 habitan-
tes considerados pobres e
outros 20 moços de casa
alheia. Além destes, os enjei-
tados eram cinco.
101. Descobrindo
Página 101 6 de maio de 2022
A freguesia da Serra de Água
foi um centro de muitas árvo-
res.
Esta freguesia acha-se situa-
da , em grande parte, “num
extenso, fundo e apertado va-
le, circundado por alterosas e
abrutas montanas.
Rodea-no o pico da Cruz, o
pico do Cedro, o pico Grande
e outros, todos de agigantada
estatura e de uma agreste e
imponente magnificência.
A Serra de Água pertenceu ao
concelho da Ponta do Sol des-
de a criação deste em 1835,
fazendo atualmente parte do
concelho da Ribeira Brava,
que foi criado no ano de 1914
e instalado a 2 de agosto do
mesmo ano.
(ELUCIDÁRIO MADEIRENSE*
FERNANDO DA SILVA/CARLOS MENESES; 2ª
edição acrescentada, 1940, em 3 volumes).
*O Elucidário Madeirense foi um projeto coordenado
pelo Padre Fernando Augusto da Silva (1863-1949)
publicado em 1921 para comemorar o quinto centenário
do descobrimento da Madeira.
A última atualização é de 1940, mas continua a ser uma
referência fundamental para o conhecimento da História,
cultura e Ciência do arquipélago madeirense.
103. Descobrindo
Página 103 6 de maio de 2022
RIBERA BRAVA, VERÃO
E OUTONO DE 2020 -
Retratos do Quotidiano—
Ouve-se o dançar suave dos
ramos em sincronia com o
canto dos pássaros, um ou
outro passo sobre os tapetes
de folhas no chão. Gosto de
passear nestes caminhos,
descontrair ao meio da ma-
nhã.
AJAP /Isaac
104. Descobrindo
Página 104 6 de maio de 2022
Vereda do Boqueirão
(Caminho da Ameixieira):
Em 2020 estava a decorrer ,
no momento em que a visita-
mos, a empreitada de benefi-
ciação do Caminho da
Ameixieira, sito na freguesia
da Serra de Água.
A obra permitirá assegurar a
correção da desadequação do
pavimento existente, de
acordo com a imprensa es-
crita regional desse ano.
105. Descobrindo
Página 105
6 de maio de 2022
A Serra d`Água é uma das
freguesias do concelho da Rª.
Brava (Madeira). As imagens
desta página foram captadas
por Orlanda Silva em
28/10/2020 . A Descobrindo
convida o sr. Leitor a admirar
nas páginas seguintes a nossa
Fotogaleria sobre esta fregue-
sia (Por AJAP; outubro/
novembro 2020). Vereda
Lombo da Bica? Pinheiro…?
106. Descobrindo
Página 106 6 de maio de 2022
ve·re·da |ê|
(latim tardio vereda, de veredus, -
i, cavalo para viagem, cavalo de ca
ça)
nome feminino
1. Caminho estreito.
2. Caminho secundário que p
ermite encurtar caminho ou c
hegar mais rapidamente. = A
TALHO
"vereda", in Dicionário Priberam da Língua Portugue-
sa [em linha], 2008-2020, https://
dicionario.priberam.org/vereda [consultado
em 01-11-2020].
107. Descobrindo
Página 107 6 de maio de 2022
A CÔNGRUA
Em religião, é designa-
do benefício eclesiástico o
rendimento vinculado a
um cargo eclesiástico e que
permite ao seu titular
(beneficiário) cumprir cor-
retamente uma função
na Igreja.
Ou seja, é um direito adqui-
rido de quem exerce um ofí-
cio eclesiástico, como fundo
de rendimento ou côngrua e
para seu usufruto, como for-
ma da sua sustentação.
O regime beneficial surgiu
na Igreja pelo século VII,
mas, como por vezes o bene-
ficiado dava mais importân-
cia ao benefício que ao ofí-
cio, o Concílio Vaticano
II decidiu que se proce-des-
se prudentemente à extinção
deste regime. Em Portugal,
os patrimónios dos benefícios
paroquiais foram integrados
nas respetivas fábricas paro-
quiais impostos religiosos,
como os dízimos e
as primícias, em cobranças
pelo exercício do culto, como
os direitos de estola, e em
outros rendimentos, às vezes
derivados de propriedades
territoriais vinculadas ao be-
nefício. No entanto, o direito
canónico proibia que se co-
brasse qualquer quantia pela
administração (...)
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%
C3%B4ngrua (adaptado).
8 – A TABUA GENUÍNA E INESQUECÍVEL
108. Descobrindo
Página 108
6 de maio de 2022
Freguesia da Tabua
Texto: ELUCIDÁRIO MADEIRENSE*; FER-
NANDO AUGUSTO DA SILVA/CARLOS
AZEVEDO MENESES
Fotos: AJAP (novembro 2020)
*um guia fundamental para o conhecimento da
História, Literatura e Ciência do arquipélago
da Madeira
109. Descobrindo
Página 109
6 de maio de 2022
O nome sesmaria deriva de ses-
mar, dividir. Por esse sistema,
as terras cultivadas nas comuni-
dades eram divididas conforme
o número de habitantes e, de-
pois, sorteadas. O objetivo
era garantir o cultivo das áreas,
que eram denominadas sesmo
porque correspondiam à sexta
parte do valor de cada terreno.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/
111. Descobrindo
Página 111
6 de maio de 2022
Nota da Redação:
Côngrua= Nome substantivo
para designar, sobretudo no pas-
sado a sustentação dos clérigos
por meio do "benefício ligado ao
respetivo ofício" Pensão que se
dá aos párocos para seu sustento.
Fonte: Dicionário informal (SP) em 16-
11-2008.
Côngrua = Nome feminino com
o significado antiquado quantia
concedida aos párocos para se
sustentarem. Fonte: Infopédia.
Sesmaria = nome feminino que,
de acordo com a HISTÓRIA,
significava terreno inculto ou
abandonado distribuído a colo-
nos ou cultivadores. Fonte: Info-
pédia.
112. Descobrindo
Página 112 6 de maio de 2022
Fonte (texto, edição de
2012); pp.101 a 104:
As imagens que ilustram esta e
as 2 páginas seguintes, são de
abril 2018, de autoria de AJAP e
de alguns dos seus alunos do
terceiro ciclo (área de comér-
cio), EBSPMA, ano letivo
2017/18, durante uma breve vi-
sita de estudo à Tabua, a pé.
113. Descobrindo
Página 113
6 de maio de 2022
Bica de Pau, Corujeira, Ribeira da
Caixa, Ribeira da Caixa de Cima,
Massapês, Madre de Deus, Fonte,
Terça, Espedregada, Fajã, Porte-
la...
116. Descobrindo
Página 116 6 de maio de 2022
Arlindo Lourenço, na ima-
gem, em 1992: Hoje a Ribei-
ra da Tabua já não tem o
grupo das castanholas.
Onde ainda há umas casta-
nholas é aqui, e são muito
poucas. No sítio dos Zimbrei-
ros havia duas pessoas
117. Descobrindo
Página 117
6 de maio de 2022
pessoas tocavam castanholas,
mas uma já morreu. Não é
difícil tocar castanholas mas,
claro que é preciso ter um
dom para a música. Uma pes-
soa tem que ter queda pra to-
car. Já o meu avô, que mor-
reu com 8 anos, tocava casta-
nholas. Isto é uma coisa para
mais de 100.
Palavras de Arlindo Louren-
ço ao Jornal da Madeira, há
30 anos (1992), na altura com
60 anos de idade.
118. Descobrindo
Página 118
6 de maio de 2022
Freguesia da Tabua, no-
vembro de 2020: Presume-se
que o seu nome derive de
uma planta denominada ta-
bua, utilizada no fabrico de
esteiras e fundos de cadeiras,
que parece ter existido nestes
sítios.
Texto (adaptado): https://
www.namadeira.pt/.
Fotos de AJAP (esta e pági-
nas seguintes).
121. Descobrindo
Página 121
6 de maio de 2022
Freguesia da Tabua, no-
vembro de 2020: Destaca-
mos, em primeiro lugar, nesta
página, um dos habitantes
mais populares da Vereda da
Corujeira, à direita. Pergunta-
mos o nome e disse-nos ser
mais conhecido por o
“Cambadinho da Maria Pe-
quena”.
Igreja da Tabua ou Igreja Pa-
roquial da Santíssima Trinda-
de, vista da Vereda da Coru-
jeira, numa das imagens.
122. Descobrindo
Página 122 6 de maio de 2022
9 – RIBEIRA BRAVA GENUÍNA E INESQUECÍVEL
POR AJAP
A
ntigamente
não havia água
canalizada nas
casas.
Na Rª. Cdte. C. Freitas, no sí-
tio encontramos uma casa com
um fontanário antigo. Uma
relíquia que ainda funciona.
123. Descobrindo
Página 123 6 de maio de 2022
A água é fonte de vida. Sem
este recurso a própria terra
não passaria de um astro mor-
to e, por este motivo, “é a
água que, distribuída de forma
desigual no tempo e no espa-
ço, dita e molda a vida e a
História do Homem”.
Desde os tempos mais remo-
tos, o acesso e o controlo da
água apresenta-se como fator
elementar na subsistência de
qualquer comunidade.
As primeiras civilizações
(Mesopotâmia e Egipto) nas-
ceram junto a grandes rios
que tornaram férteis as suas
terras e, ao longo da História,
a proximidade da água será
sempre procurada, “visto im-
por-se como recurso indispen-
sável à agricultura, à manu-
fatura, aos transportes e à
energia”.
125. Descobrindo
Página 125 6 de maio de 2022
Rua Comandante Camacho
de Freiras (Ribeira Brava),
outubro 2020: Francisco, na
imagem, durante a sua pausa
de almoço, é um dos vários
cantoneiros da CMRB. Lim-
pa e conserva as bermas
da estrada Cdte. C. Freitas -
Visita Alegre há mais de 20
anos. Um cantoneiro
(assistente operacional) utili-
za diversos instrumentos de
trabalho (ver na página se-
guinte).
126. Descobrindo
Página 126
6 de maio de 2022
“Flores são flores/Vivas num jardim/Pessoas são boas/Já nas-
cem assim/Flores são flores/Colhidas sem dó/Por alguém que
ama/E não quer ficar só”. Cazuza.
==========================================
“Sublimemos, amor. Assim as flores/No jardim não morreram se
o perfume/No cristal da essência se defende/Passemos nós as
provas, os ardores. ...”. José Saramago
127. Descobrindo
Página 127 6 de maio de 2022
Rª. Brava, 21 de outubro 2020: Uma pequena a volta pelos lados
da Estrada de S. João,, com destaque para Cova, Moreno, Terça e
Barreiros, com vistas para o Campanário.
Utilização dos recursos hídricos:
Aspeto parcial da piscicultura
localizada no mar entre o Cabo
Girão e a Rª. Brava.
128. Descobrindo
Página 128
6 de maio de 2022
Francisco é vendedor ambulante ,
exercendo a atividade de comércio
a retalho de forma itinerante, inclu-
indo zonas balneares como é a Rª.
Brava. A Descobrindo conheceu-o
no tempo em que exercia a sua ati-
vidade regularmente no Mercado
da Vila. Desde aí mantivemos ami-
zade com esta figura simpática e
cada vez mais rara, a nível local.
À direita, também, no verão de
2020, um ribeirabravense, sorri-
dente e feliz, com um passatempo
único, junto da foz da ribeira. Fir-
mino sente orgulho, quando pode,
em reunir várias dezenas de pom-
bas com o objetivo único de as ali-
mentar, no seu habitat natural.
Reparem, caros leitores, como o
milho é carinhosamente colocado.
129. Descobrindo
Página 129 6 de maio de 2022
São João, Ribeira Brava :
Estrada de S. João e Barrei-
ro (2020/11/18): Na Estrada
de S. João existe uma empre-
sa muito conhecida no conce-
lho (AMÁLO -
MAT.CONSTRUÇÃO).
A imagem de artesanato, es-
culpida em madeira, desta
página ornamenta o interior
dessa empresa. Nessa escul-
tura não faltam a casa típica
de Santana e o barrete.
Parabéns aos seus autores.
130. Descobrindo
Página 130 6 de maio de 2022
Rª. Brava, 16/11/2020—Na se-
quência da tempestade...água, mui-
ta água correndo. O pato, na ima-
gem, ficou várias horas como que
desalojado.
131. Descobrindo
Página 131 6 de maio de 2022
De e no
sítio
Fonte
Pinheiro
(Rª:
Brava) -
2020.
Imagens:
AJAP.
132. Descobrindo
Página 132 6 de maio de 2022
Um arco-íris, embora pareça
magia, é apenas um fenómeno
ótico e meteorológico de refra-
ção da luz e separação das co-
res em todo o seu espetro.
O arco-íris surge quando o Sol
aparece no fim de uma chuva e
é devido à refração da luz nas
gotículas de água no ar. Inicial-
mente, a luz branca proveniente
do Sol sofre refração ao atingir
cada gota de água, prosseguin-
do no interior dela.
Leia mais em: http://
www.ciencias.seed.pr.gov.br/
Imagens: Ivone Pestola, dezembro
2020
133. Descobrindo
Página 133 6 de maio de 2022
“AGRIJARDINAGEM” A
pequenez das parcelas e o re-
quinte estético da prática
agrícola. A arte de criar os
regos, de desenhar os fundos
das mantas para correr a
água. "Agrijardinagem", pa-
trimónio cultural da Madeira.
Fonte: Raimundo Quintal -
30/11/2020; partilhado por Bruna
OliveTree, em dezembro 2020
134. Descobrindo
Página 134 6 de maio de 2022
Ribeira Brava (Vila – Rua dos
Moinhos) – novembro 2020:
Exemplo de agricultura de subsis-
tência que tem como principal
objetivo a produção de alimentos
para garantir a sobrevivência do
agricultor. Imagens: AJAP
136. Descobrindo
Página 136 6 de maio de 2022
Os nomes das localidades,
lugares de morada e outros,
refletem, e deverão continuar
a refletir, os sentimentos e as
personalidades das pessoas e
memorizam valores, factos,
figuras de relevo, épocas,
usos e costumes. Na freguesia
da Rª. Brava existem sítios
com nomes diversos: Ponta
Vermelha, Fajã da Ribeira
(nesta página), Murteira, etc.
137. Descobrindo
Página 137 6 de maio de 2022
Janeiro de 2021. Homenage-
amos, uma vez mais os habi-
tantes do sítio da Murteira,
retratando seu dia a dia.
138. Descobrindo
Página 138 6 de maio de 2022
Na verdade, no dia
11/1/2021 estivemos, uma
vez mais, de visita aos sítios
da Murteira e da Fajã (Rª
Brava).
Para além das terras traba-
lhadas pelos seus proprietá-
rios, encontramos uma
“relíquia” que nos faz recor-
dar as dificuldades do passa-
do para se lavar a roupa.
Trata-se de um lavadouro de
pedra para se lavar roupa na
ribeira, que ainda funciona.
Depois de passarmos pela
Murteira, onde encontramos
o tal “lavadouro” de pe-
dra—(primeira imagem desta
página) - que ainda é utiliza-
do, de vez em quando, pela
sua proprietária, Sra. Maria,
dirigimo-nos ao sítio da Fajã
da Ribeira (restantes ima-
gens) . Prosseguimos com
mais “descobertas” por ve-
redas e serras...
142. Descobrindo
Página 142 6 de maio de 2022
Fajã da Ribeira e Vereda do Espigão, 2020. Fotos de AJAP
143. Descobrindo
Página 143 6 de maio de 2022
Lavandaria Antigamente: No
dia 2 de setembro de 2020, a
Descobrindo deu mais um
passeio até ao sítio da Fajã da
Ribeira Brava . Conversa-
mos, na rua, com duas habi-
tantes locais (na imagem) que
nos falaram de duas memó-
rias de outros tempos: “como
se lavava a roupa antigamen-
te” e do hipotético apareci-
mento de Nª. Senhora.
144. Descobrindo
Página 144 6 de maio de 2022
Há relatos de pessoas que
cresceram na zona mais alta
da Fajã da Ribeira, do lado
direito da Vereda da Eira do
Mourão, que dão conta de ter
ouvido os mais velhos fala-
rem sobre a hipótese de um
milagre religioso na parte al-
ta da Fajã.
Este episódio, segundo as
nossas fontes, não se difun-
diu na Madeira como se fosse
uma réplica das Aparições de
Fátima, pelo que ficamos por
aqui. O “assunto foi abafa-
do”, segundo nos disseram,
pelo que não há provas. Ape-
nas relatos orais. 10/01/2021.
145. Descobrindo
Página 145 6 de maio de 2022
Rª Brava, na Estrada para a
Meia Légua, mais precisa-
mente na Fajã da Ribeira,
26/10/2020:
Habitante na sua típica casa
incrustada na rocha, cercada
por pombas (à direita); as res-
tantes imagens referem-se à
Meia Légua.
O poema seguinte é dedicado
à esta ribeirabravense. O seu
autor foi Vinícius de Morais*
147. Descobrindo
Página 147 6 de maio de 2022
Sitio da Fajã Ribeira: Estrada
Regional Rª. Brava/Serra de
Água, em setembro de 2020 -
Duas antigas estrutura escavada
na rocha.
Em cima, à direita, a casa embu-
tida na rocha continua habitada.
Última imagem (em cima, à di-
reita): Casa de colmo
(desabitada): A cobertura é feita
apenas com materiais naturais.
O fontanário, de 1929, encontra-
se desativado há anos.
149. Descobrindo
Página 149
6 de maio de 2022
Você e Eu
Por Vinícius de Moraes
(Brasil; 1913 -1980)*
Podem me chamar/E me
pedir e me rogar/E podem
mesmo falar mal/Ficar de
mal que não faz mal/
Podem preparar/Milhões de
festas ao luar/Que eu não
vou ir/Melhor nem pedir/
Eu não vou ir, não quero ir/
E também podem me obri-
gar/Até sorrir, até chorar/e
podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer/
Podem espalhar/Que eu es-
tou cansado de viver/E que
é uma pena
Para quem me conheceu/Eu
sou mais você/E... Eu.
* Poeta essencialmente lírico, o que
lhe renderia o apelido "poetinha", que
lhe teria atribuído Tom Jobim, notabi-
lizou-se pelos seus sonetos. Vinícius
de Moraes, nascido Marcus Vinícius
de Moraes, foi um poeta, dramaturgo,
jornalista, diplomata, cantor e compo-
sitor brasileiro (in Wikipédia).
157. Descobrindo
Página 157 6 de maio de 2022
Uma das primitivas moradas
do homem foram as lapas, as
furnas, as cavernas como sa-
bemos da Arqueologia e da
Etnografia gerais “. José Lei-
te de Vasconcelos (Mês de
Sonho, Conspecto de Etnogra-
fia Açórica, Lisboa, (s.n.),
1926, p. 34 ).
Exemplo de estruturas esca-
vadas na rocha, conhecidas
popularmente por furnas ou
lapas, e que foram utilizadas
desde o povoamento para a
instalação de diversas ativi-
dades humanas (habitação,
de outros equipamentos utili-
tários, tais como abrigos para
gado, armazenagem de víve-
res e guarida de alfaias agrí-
colas, cozinhas e outros equi-
pamentos - lagares, tanques
para curtir peles, covas e si-
los).
Adaptado de https://repositorio.ul.pt/
bitstream/10451/5377/77/
ulsd061975_td_vol_1_7.pdf
Ao fundo a Serra
de Água,; à direi-
ta, a Vereda de
Espigão e no pri-
meiro plano, a
Meia Légua,, num
dia de chuva,
6/01/2021.
Imagens: AJAP
158. Descobrindo
Página 158 6 de maio de 2022
Meia Légua e Vereda do Es-
pigão, num dia de chuva
abundante, 6 de janeiro de
2021.
A água é um elemento comum
na nossa vida quotidiana e a
sua presença habitual, conti-
nua, regular e abundante faz
com que, muitas vezes, nos
esqueçamos da sua extrema
importância, bem como do
seu carácter esgotável.
159. Descobrindo
Página 159
6 de maio de 2022
O ciclo da água é de extrema
importância para a manuten-
ção da vida no planeta Terra.
É através do ciclo hidrológico
que ocorrem a variação climá-
tica, a criação de condições
para a vida do homem, das
plantas e animais, a purifica-
ção e a circulação de
água nos rios, oceanos e la-
gos. Data de referência :
7/1/2021; Vila da Rª. Brava.
161. Descobrindo
Página 161
6 de maio de 2022
Fonte: JM, de 9/01/2021.
Os Serviços de Saúde da Madeira reali-
zaram no dia 8 de janeiro de 2021, 454
testes rápidos de antigénio no concelho.
Imagem de cima.
No dia 10/1/2021, segundo a Federação
Portuguesa de Atletismo, no Meeting Mário
Moniz Pereira, Rosalina Santos correu os
60 metros, terminando com a marca de 7,30
segundos (e segundo melhor registo mundi-
al do ano). Partilhado por Suse Gouveia.
Rosalina foi estudante da EBSPMA e resi-
dente na Serra de Água, logo, é mais uma
“menina da Terra”, a ter sucesso a nível
mundial. Parabéns!
162. Descobrindo
Página 162
6 de maio de 2022
Para um melhor aproveita-
mento da água impõe-se o
controlo da sua abundância ou
da sua escassez, ir ao seu en-
contro e fazê-la chegar certa e
regular onde é necessária e,
para isso, inventar recursos.
Auxiliando-se da ciência e da
técnica, o Homem constrói
engenhos hidráulicos que lhe
permitiram aproveitar as águas
dos rios ou ribeiras e extrair
do interior da terra a água tão
necessária à superfície.
Concluímos esta edição com
as seguintes cantigas popula-
res (http://www02.madeira-
edu.pt/Portals/5/):
As lavadeiras
Elas lavam, elas lavam, Elas
lavam sem parar. (bis) // Põe
aqui o teu pezinho, põe aqui
na brincadeira.// Vamos ver
as lavadeiras a lavarem na
Ribeira.// Elas esfregam, elas
esfregam, Elas esfregam sem
parar. (bis) // Elas torcem,
elas torcem, Elas torcem sem
parar. (bis) // Elas dobram,
elas dobram, Elas dobram
sem parar. (bis) // Elas falam,
elas falam, Elas falam sem pa-
rar. (bis).
As lavadeiras
As lavadeiras sempre a la-
var.// Muito ligeiras roupas a
corar.// Ligeiras são com ale-
gria.// (…)
Em jeito de síntese
163. Descobrindo
Página 163
6 de maio de 2022
10 – NO FECHO DESTA EDIÇÃO
A
palavra biodi-
versidade é
formada da
união do radi-
cal grego “bio” (que significa
vida) mais a palavra
“diversidade” (que significa
variedade) . A partir daqui
até ao fim desta edição ilus-
tramos esse facto.
165. Descobrindo
Página 165
6 de maio de 2022
Na foz da ribeira da Ribeira
Brava, 10/1/2021: Biodiversida-
de é a grande variedade de for-
mas de vida . Imagens: AJAP.
166. Descobrindo
Página 166
6 de maio de 2022
Na foz da ribeira, por cima
do túnel atrás da EBSPMA
(última imagem), no dia
10/1/2021:
As florestas, os rios, os ocea-
nos, os lagos são alguns
exemplos de ecossistemas. A
soma de todos os ecossiste-
mas existentes na Terra for-
ma a biosfera (camada da
atmosfera que engloba os
seres vivos).
167. Descobrindo
Página 167
6 de maio de 2022
Ribeira Brava, 19/01/2020. Foto: Bell Sousa, com o título
“Forrado” . Olhando para parte superior, tempo nublado.
168. Descobrindo
Página 168 6 de maio de 2022
Dicionário Madeirense*
E
(…)
Escamalhar - Fugir de alguém.
Estepilha - Define exclamação. O mesmo que Caramba
Estepulha - criança traquina
(…)
F
(…)
Fazer o catatau - Molestar; fazer sofrer.
Fazer focinho - Mostrar que não lhe apetece.
Fazer ramelas - Provocar inveja.
Fazer sinagogas - Fazer trejeitos.
Feio cuma noite dos trovões - Pessoa muito feia, medonha.
Fincar na pança - Empanturrar-se de comida ou levar uma fa-
cada.
Fome de rabo - Muita fome; miséria.
Forrado – Tempo nebuloso, nuvens da serra para o mar.
Frigir - o mesmo que fritar.
Furado – Túnel.
*Adaptado de http://caboz.online/dicionario_m/
Continua na próxima edição.
169. Descobrindo
Página 169
6 de maio de 2022
O “Casino ou Praça Finan-
ceira” de alguns reformados
da Rª. Brava e seus amigos ,
encerrou provisoriamente em
janeiro de 2021. Casino?
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Diário de Notícias, 21/01/2021
Rª Brava (Vila), 22/01/2021, nesta e na pág. anterior.
171. Descobrindo
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Com os Mortos
Os que amei, onde estão?
Idos, dispersos,
Arrastados no giro dos tu-
fões,
Levados, como em sonho,
entre visões,
Na fuga, no ruir dos univer-
sos...
E eu mesmo, com os pés
também imersos
Na corrente e à mercê dos
turbilhões,
Só vejo espuma lívida, em
cachões,
E entre ela, aqui e ali, vultos
submersos...
Mas se paro um momento, se
consigo
Fechar os olhos, sinto-os a
meu lado
De novo, esses que amei vi-
vem comigo,
Vejo-os, ouço-os e ouvem-
me também,
Juntos no antigo amor, no
amor sagrado,
Na comunhão ideal do eter-
no Bem.
Antero de Quental*, in
"Sonetos"
*Antero de Quental (1842-
1891) foi um poeta e filósofo
português. Foi um verdadei-
ro líder intelectual do Rea-
lismo em Portugal. Dedicou-
se à reflexão dos grandes
problemas filosóficos e soci-
ais de seu tempo, contribuin-
do para a implantação das
ideias renovadoras da gera-
ção de 1870 (https://
www.ebiografia.com/
antero_quental/)
172. Descobrindo
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6 de maio de 2022
Cemitério (Campanário),
23/01/2021.
O tema Campanário será
objeto de maior desenvolvi-
mento na próxima edição.
Aqui prestamos uma pequena
homenagem aos pais do ami-
go Arlindo Fernandes* fun-
cionário bem estimado da
CMRB.
Arlindo tinha 11 anos de ida-
de quando o pai, Manuel, fa-
leceu.
Agora, 30 anos após o faleci-
mento do pai, Manuel Augus-
to, foi a vez da mãe, Maria
Isabel.
É a lei da vida! Num período
em que a pandemia estava
mais branda.
173. Descobrindo
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6 de maio de 2022
O Arlindo e a respetiva famí-
lia puderam enterrar a faleci-
da com dignidade e com a
presença de muitos amigos e
conhecidos, segundo nos rela-
tou, no local.
Recorde-se que estas imagens
foram captadas em janeiro de
2021, na freguesia de Campa-
nário (Ribeira Brava).
*Por mero acaso, quando vi-
sitamos o cemitério do Cam-
panário, o Arlindo encontrava
-se no mesmo local, concen-
tra-concentrado a fazer a ma-
nutenção da campa dos queri-
dos pais.
174. Descobrindo
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6 de maio de 2022
Terminamos com uma Foto-
galeria de mais algumas cam-
pas cujas imagens captamos,
aleatoriamente, na mesma
data, com destaque para o
Hugo, no topo desta página,
que já foi homenageado pela
Descobrindo numa das edi-
ções anteriores mas, nunca é
demais relatar, de novo, al-
guns dos fatos, com base nos
meios de comunicação social
da época. Como foi a morte
do Hugo?
175. Descobrindo
Página 175 6 de maio de 2022
Os 20 anos de vida do militar
Hugo Abreu deixaram na-
queles que o conheceram a
recordação de um jovem tra-
balhador, sociável embora
reservado, e grande entusias-
ta do Exército, porque aí
cumpriria uma missão e rea-
lizaria um sonho. Sempre foi
bom aluno e saudável.
Hugo foi assim descrito pe-
los pais Ângela e Emídio
Abreu, assistentes em 2018.
De acordo com o jornal Pú-
blico de 2 de junho de 2020
Hugo Abreu e Dylan da Silva
estavam entre os 67 recrutas
que iniciaram a prova no dia
4 de Setembro de 2016, de-
baixo de um calor que ultra-
passou os 40 graus Celsius.
Hugo e Dylan sucumbiram a
um golpe de calor e os seus
pais exigem (no total) uma
indemnização de cerca de
650 mil euros ao Estado e a
arguidos que sejam responsa-
bilizados criminalmente.
“Naquele momento de afli-
ção não houve ninguém de
coração que lhe desse água e
que o tirasse dali”, disse,
pouco depois, a mãe de Hu-
go, Ângela Abreu. Pai e mãe
começaram por acreditar no
que lhes foi dito pelo Exérci-
to.
Nesse primeiro telefonema
de um oficial do Exército pa-
ra a família, e também nos
dias imediatamente a seguir,
os militares com quem fala-
176. Descobrindo
Página 176 6 de maio de 2022
ram sempre disseram que “o
Hugo tinha morrido por cau-
sa de um acidente”, afirmou
Ângela Abreu. “Foi uma
mentira, e depois outra e ou-
tra”, repetiu a mãe do militar
oficial quando questionada
sobre se sentia defraudada
pelo Estado.
Só depois de ver uma entre-
vista de Lucinda Araújo,
mãe de Dylan da Silva, o
instruendo que também não
sobreviveu a um golpe de
calor, Ângela começou a in-
vestigar a morte do filho.
Disse ao tribunal que desco-
briu mensagens trocadas por
Hugo em que mostraria re-
volta por um militar “todo
musculado” ter chegado ao
pé de um recruta, na forma-
tura, e lhe dera um murro na
cara.
Isto teria acontecido ainda
fase de estágio, anterior ao
início do curso, quando esta-
vam na formatura. Esta men-
sagem de 15 de agosto de
2016 foi trocada durante as
três semanas de estágio que
antecederam o início do cur-
so com a Prova Zero que vi-
ria a ser fatal.
Cemitério do
Campanário
(Rª. Brava),
no dia
23/1/2021.
177. Descobrindo
Página 177 6 de maio de 2022
Cemitério do Campaná-
rio (Rª. Brava), no dia
23/1/2021.
178. Descobrindo
Página 178 6 de maio de 2022
ÍNDICE E FICHA TÉCNICA
01 Editorial ..………………….03
02 No Início Desta Edição…. 04
Boa Morte/S. João
03 Educação/Cultura ………..08
Prof. Leonete
Festa da Flor
João Fernandes
EBSPMA
Crónica
04 Quadra Festiva …………...28
Vila/Crónica
Boa Morte/S. João…
05 Mobilidade ………………..65
06 Ribeira Brava ……………..78
07 Serra De Água …………….94
08 Tabua …………………………….107
09 Ribeira Brava …………………..122
10 No Fecho Desta Edição……...163
Descobrindo..., Revista Anual de Análise Social – Ribeira Brava – Região Autónoma da
Madeira. 6 de maio de 2022 – VOL. 1 – 20ª Edição.
Propriedade/Editor - Esc. Bás. e Sec. Pe. Manuel Álvares (EBSPMA); R. S. Francisco;
Apartado 6, 9350-211 Rª. Brava; Câmara Municipal da Ribeira Brava -Rua do Visconde
Nº 56 -9350-213 Ribeira Brava.
Fundador- Prof. António José Alves Pereira (AJAP) .
Participação especial: Graciela Sousa (São João e Orlanda Silva (Serra de Água).
Bibliografia: RIBEIRO, João Adriano; Ribeira Brava -Subsídios para a História do Conce-
lho; CMRB (1998)
Fontes: CMRB, EBSPMA, Internet e outros.
Execução Gráfica:
Depósito Legal:326066/11
ISSN:
Tiragem: 150 exemplares.
Contactos
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s@hotmail.com”