Em cada ano
procuramos “ir
mais além”, tentando acrescentar
sempre algo de
“único” e ou exclusivo. Exemplos
não faltam ao das
175 páginas desta edição. Foi no dia 21 de janeiro de 2021 que iniciamos as nossas pesquisas bibliotecárias e trabalho de
campo. Convém relembrar que "olhamos" os factos aqui retratados apenas do ponto de vista sociológico, em geral e, da Sociologia Rural, em especial. Boas leituras e...até sempre, caro leitor.
2. Edição nº. 21
descobrindo Página 2
1 - EDITORIAL
E
m
cada
retra-
to,
procuramos “ir
mais além”, ten-
tando acrescentar
sempre algo de
“único” e ou ex-
clusivo. Exemplos
não faltam ao das
175 páginas desta edição.
No topo da página, o Sr. Presidente da Câma-
ra Municipal (CMRB) , Ricardo Nacimento,
a dar um autógrafo a uma aluna, durante a ce-
rimónia oficial de inauguração da “nova” Es-
cola Básica e Secundária Padre Manuel Álva-
res (EBSPMA), no dia 23/09/2021. Imagem:
CMRB.
Foi no dia 21 de janeiro de 2021 que iniciamos
as nossas pesquisas bibliotecárias e trabalho de
campo na freguesia do Campanário.
A Revista foi concluída no dia 4/12/2021.
Como sempre, os temas são bastante diversifi-
cados: 2021 em revista, memórias de outros
tempos, análises sociológicas e outras culturas.
Rª. Brava, 6/05/2023.Até para o ano!
António Pereira (AJAP).
3. descobrindo Página 3
Edição nº. 21
O
Mercado Municipal da Rª Bra-
va (no topo) é um edifício do
século XIX que foi alvo de re-
construção na década de 90 do
século XX, no qual se destacam as paredes
em azulejo no seu interior.
Desde muito cedo, a Ribeira Brava revelou ser
um local sobretudo comercial, onde se efetua-
vam trocas e vendas de produtos vindos das
zonas limítrofes.
Localização: Rua Gago Coutinho e Sacadura
Cabral.
Quando o conhecemos, em 1998, este merca-
do albergava no seu interior uma peixaria, ta-
lho, mercado de frutas e verduras, além de ar-
tesanato regional.
Fonte (adaptado): http://www.visitmadeira.p
A imagem com a qual encerramos esta página
foi publicada, em 14 de março de 2021, pela
RTP (https://www.rtp.pt/madeira/).
Rosa Clara, na página seguinte, acompanha-
da pelo filho, começou a vender no Mercado
Municipal em finais de dezembro de 2021. O
trabalho, por conta própria, no Mercado, co-
meçou a título experimental, por altura da
“festa” de 2020. A Rosa Clara, com o passar
do tempo, chegou à conclusão de que valia a
pena produzir e vender, nem que seja uma vez
por semana.
Originalmente o termo mercado, do latim, era
utilizado para designar o sítio onde comprado-
res e vendedores se encontravam para trocar
os seus bens..
Juridicamente, os mercados são apenas a for-
ma encontrada pela sociedade para proporcio-
nar as trocas de forma organizada.
O Mercado da Rª. Brava é um dos marcos des-
ta vila. É um local muto visitado pelos ribeira-
bravenses, turistas e excursionistas de várias
nacionalidades e origens.
2 - NO INÍCIO DESTA EDIÇÃO
4. descobrindo Página 4
Edição nº. 21
Rosa Clara (no centro da imagem, acompanha-
da por dos filhos, em março de 2021, no inte-
rior do Mercado da Rª. Brava, enquanto vendia
produtos agrícolas da “fazenda” familiar.). Re-
cordamos que Rosa desenvolve outras ativida-
des para além da venda semanal no mercado.
Mudando de assunto:
BOLINHOS DE CHUVA (à direita), uma re-
ceita partilhada por
Helena Santos Coelho, em outubro de 2020, na
qualidade de amiga de Rosa:
Massa:
4 Ovos
2 Chávenas das de chá de açúcar
2 Chávenas das de chá de leite
5 Chávenas das de chá de farinha
1 colher de sobremesa de fermento em pó
Mistura tudo na batedeira. Fritar em muito
óleo ou numa panela alta fazendo pequena bo-
linha com ajuda de uma colher de sobremesa.
Passar os bolinhos por açúcar e canela
A imagem à esquerda é de Nisa Quinta e re-
fere-se à Vila da Rª. Brava (marginal e
praia). Data de referência: abril 2021.
Localizado na costa sul, o concelho da
Ribeira Brava tem uma área de cerca de
65,10 km2, onde estão distribuídos 13
375 habitantes por quatro freguesias:
Campanário, Rª. Brava, Tabua e Serra de
Água
Fonte: “Censos” de 2011.
5. descobrindo Página 5
Edição nº. 21
O Vale da Serra de Água, 16 de abril de
2021: Uma imagem que vale por mil palavras.
O conceito de vale, como dizem os especialis-
tas, é mais intuitivo do que o de montanha: é
uma região baixa e alongada cercada por ver-
tentes mais altas de cada um dos lados.
A ilha da Madeira ergue-se acima de uma vasta
planície submarina, formando um maciço vul-
cânico com mais de 5,5 km de altura, do qual
apenas 1/3 se encontra emerso.
A ilha da Madeira evoluiu por sucessivas fases
de intensa atividade vulcânica
(http://www.visitmadeira.pt/).
Imagem: “Acontece Madeira”.
6. descobrindo Página 6
Edição nº. 21
Campanário (Rª: Brava), 4 de maio de 2021:
A CMRB, na abertura da exposição
“Utensílios e outros objetos em madeira, da
autoria de Adriano Pestana, à direita na ima-
gem do Diário de Notícias, no espaço de cul-
tura e artesanato reabilitado em 2021, na fre-
guesia do Campanário. Tratou-se de mais
uma exposição temporária, que durou até fi-
nais de maio do mesmo ano.
O artesanato faz parte da cultura e tradição
ao longo de muitos anos. Este setor tem vindo
a ser desvalorizado, pela diferenciação
económica e alternativa de produtos mais ba-
ratos, mas não deixa de ser um setor de estre-
ma importância, quer a nível económico, quer
a nível cultural
As peças produzidas manualmente, represen-
tam e caracterizam um povo , trazendo ao pre-
sente as suas origens, algumas surgiram de
lendas e histórias , outras dão importância e
mostram a riqueza de um povo .
3 - SOCIEDADE 2021 EM REVISTA
A Freguesia do Campanário, de-
sagregada do Concelho de Câmara
de Lobos em 1914.
7. descobrindo Página 7
Edição nº. 21
Ana Santos (antiga estudante da EBSPMA,
ribeirabravense): Imagem da própria. .
Data de ref.: abril de 2021.
Ao fundo, parte da Vila.
8. descobrindo Página 8
Sofia Ochôa, natural da Ribeira Brava, antiga aluna da EBSPMA, filha da funcionária da mes-
ma escola, Sra. Maria dos Anjos, uma das fiéis leitoras da “Descobrindo…”, desde o seu iní-
cio. A foto foi captada em St Michael's Flags and Angel Meadow Park* em 12/02/2021, na
cidade inglesa de Manchester. Autoria: Sofia Ôchoa.
Nota da Redação: * O local e a área possuem um rico patrimônio histórico. A igreja foi demo-
lida em 1935, no entanto, permanecem algumas lápides do cemitério. O Angel Meadow, seção
inferior, do local tornou-se o maior cemitério de pobres em Manchester; estima-se que 40.000
pobres foram enterrados aqui entre 1788 e 1816.
(https://manchesterhistory.net/manchester/tours/tour16/area16page8.html)
Edição nº. 21
9. 1
descobrindo Página 9
Edição nº. 21
Adaptação do conto "Sempre é uma com-
panhia" de Manuel da Fonseca*.
Festival de Teatro Escolar Carlos Varela
Faz um ano que esta pandemia fechou a corti-
na do palco a estes alunos. Faz um ano que
senti pela última vez o ranger das traves, as
mãos suadas de nervos, de adrenalina, de ale-
gria e sonhos. Faz um ano que a escuridão do
palco inquietou os corações apaixonados pelo
teatro. Faz um ano que juntos fomos tão feli-
zes por termos levado um bocadinho do Alen-
tejo ao coração do espetador dos olhos curio-
sos e dos braços abertos.
Vanda Caixas; José Côrte; Lilia Pereira; Lilia-
na Ferreira; Rubina Corte; Natacha Gonçal-
ves; Sara Pestana; Sofia Gonçalves…em de
março de 2020, no Funchal
Texto e imagem de Vanda Caixa, partilhado
em 6 de março de 2022, pela própria, nas re-
des sociais, em 6 de março de 2021.
Nota da Redação:
*Manuel da Fonseca «Sempre é uma companhia»
O real é o alimento para a escrita. Manuel da Fon-
seca nasceu em Santiago do Cacém, a 15 de outu-
bro de 1911 e morreu em Lisboa, a 11 de março
de 1993. Escreveu em prosa e em poesia, foi con-
tista, romancista, poeta e cronista. Nas suas obras,
carregadas de intervenção social e política, relata
como poucos a vida dura do Alentejo e dos alen-
tejanos . Manuel da Fonseca, um dos vultos do
Neorrealismo literário Português, descreveu, co-
mo ninguém, a paisagem, sobretudo aquela do
Alentejo, aquela que viria a ser símbolo revoluci-
onário ao Estado Novo.
10. descobrindo Página 10
Edição nº. 21
Carolina Aguiar, natural da Serra
de Água, conquistou a "dobradinha"
2020/21 - é Campeã Nacional e ven-
cedora da Taça de Portugal -, na mo-
dalidade de Basquetebol, ao serviço
do SL Benfica. Parabéns, Carolina!
Recorde-se que a equipa da Carolina
(à esquerda), Benfica, foi Campeão
Nacional em basquetebol feminino!
Está feita a inédita dobradinha, de-
pois da conquista dos dois troféus –
Taça de Portugal e Campeonato Na-
cional – pela primeira vez na história
do basquetebol feminino do Benfica.
09 maio 2021, 16h41, em https://
www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/
noticias/2021/05/09/basquetebol-
feminino-uniao-sportiva-benfica-
jogo-3-final-campeonato
09 maio
2021
Carolina e a
sua equipa,
em maio de
2021.
Fonte:
https://www.
slbenfica.pt
Basquetebol
Feminino/
11. descobrindo Página 11
Edição nº. 21
Câmara Municipal da Rª. Brava, 7 de
maio de 2021: Cerimónia oficial do
lançamento da obra “Histórias De
Vida Das Gentes De Cima, integrada
nas celebrações do 107º. Aniversário
do concelho.
Fotos: CMRB.
O livro ‘Histórias de Vida das Gentes
de Cima’ da autoria de Andreia da
Silva, nas imagens, é uma homena-
gem às pessoas que vivem nas algu-
mas zonas altas do concelho
(Terreiros, Lugar da Serra, Fontes,
Lombo Furado, Espigão, Eira do
Mourão e Ribeira Funda…).
12. descobrindo Página 12
Edição nº. 21
Campanário (Rª. Brava), 9 de maio de
2021. Foto de Teresa Oliveira, a terceira,
da esquerda para a direita, na imagem.
A tradição das visitas do Espírito Santo no
concelho da Rª. Brava realizou-se, também,
em 2021, apesar das restrições resultantes da
pandemia, daí o uso das máscaras por parte
deste grupo.
Recorde-se (ver desenvolvimentos na página
seguinte) que as “Visitais Pascais”, que na
Madeira e Porto Santo são designadas por
“Visitas do Espírito Santo”, decorrem nos seis
domingos da Páscoa, uma tradição muito an-
tiga...
13. Página 13
descobrindo Edição nº. 21
Festa do Espírito Santo
Texto (adaptado):
https://cultura.madeira.gov.pt/
http://www.cantinhodamadeira.pt
Os rituais do Espírito Santo são muito anti-
gos e têm a sua origem em tradições de di-
versos povos, ligados aos cultos agrícolas,
bem como em movimentos cristãos, que se-
guiam a pureza do cristianismo original, ba-
seado no Evangelho de São João.
É integrado na religião católica como um
elemento da Santíssima Trindade, mas re-
presenta uma só entidade.
O culto do Espírito Santo é realizado duran-
te o Pentecostes. A partir do Domingo de
Páscoa, até ao quinquagésimo dia depois
daquela, (Domingo do Pentecostes), é cos-
tume aos Domingos (conhecidos por
“Domingas”) e dias santos realizarem-se,
em cada sítio, as visitas do Espírito Santo
aos domicílios e, no último Domingo, aos
estabelecimentos comerciais.
Esta visita é constituída por membros da
Confraria do Santíssimo Sacramento, os
festeiros (mordomos), envoltos numa capa
de seda vermelha, a opa, que transportam o
pendão, a bandeira do Espírito Santo, uma
salva para recolha das ofertas, que entregam
à Igreja e à Comissão de Festas.
Por vezes as insígnias são beijadas à entrada
e saída.
São ainda acompanhados por tocadores e
por meninas, as saloias, que entoam cânti-
cos alusivos e transportam uma cesta que.
Trajam camisa branca e uma capa vermelha
sobre o ombro esquerdo.
Algumas usam saia branca e outras listra-
das, com as cores vermelha, amarela, azul,
branca e verde. Estão ornadas com ouro em-
prestado pelos paroquianos e com folhas de
alegra-campo, como anunciação da Prima-
vera. Na cabeça levam uma “carapuça”, or-
namentada com cordões de ouro.
A visita do Espírito Santo serve como pre-
texto para reunir a família num ambiente
festivo. A casa está decorada para o receber
e aí transmitir a bênção, que se acredita que
é eficaz e protetora durante todo o ano.
“O Divino Espirito Santo é o nosso consola-
dor
consolai a nossa alma
quando deste mundo for…”
Depois da bênção, os donos da casa beijam
as Insígnias em sinal de respeito e devoção.
Na bandeja ou “coroa” são depositadas as
ofertas. Os fundos recolhidos são utilizados
nas ações da Igreja, por exemplo, na ajuda
aos mais carenciados.
14. descobrindo Página 14
Edição nº. 21
Vila da Rª. Brava, em maio de 2021.
Imagens captadas, em exclusivo, para a Des-
cobrindo, por Vera Barros.
Sabia que…?
A Ribeira Brava foi uma das primeiras
freguesias da ilha da Madeira e foi, des-
de muito cedo, habitada?
Os escritores pensam que o seu nome
veio da furiosa (brava) ribeira que em
tempos correu no passado nesta zona,
nas imagens, na atualidade?
Que as longas horas de sol da costa
Oeste, também atraem muitos banhistas,
que escolhem a praia da Ribeira Brava
ou Calhau da Lapa por algumas horas?
15. Página 15
descobrindo Edição nº. 21
“Trail” da Ribeira Brava 2021
O “Trail “da Ribeira Brava decorreu, como
estava previsto, no dia 16 de maio de 2021,
com dois percursos pontuáveis para o circuito
Trail Madeira, que estão delineados na Fre-
guesia da Serra de Água .
Atletas felizes com regresso da modalidade
Nélia Nascimento, participante do mini trail,
aplaudiu o evento realizado na Serra de
Água.
“Depois de quase um ano e meio parada, foi
muito bom retomar a competição. O percurso
foi bem sinalizado, a prova foi bonita e fo-
mos a sítios que normalmente não conhece-
mos e não dá para ir de carro.”
16. descobrindo Página 16
Edição nº. 21
O presidente do Clube Aventura da Madeira
mostrou-se satisfeito com a prova que juntou
227 atletas federados e realçou o comporta-
mento exemplar de todos os participantes an-
tes, durante e depois da prova.
António Ferro acredita que esta prova trará
retorno para a freguesia, já que muitos atletas
passavam de carro sem saber da existência de
caminhos, trilhos e passeios disponíveis para a
prática desta modalidade.
O mesmo entendimento tem Ricardo Nasci-
mento. O presidente da Câmara da Ribeira
Brava defendeu, em maio de 2021, que o con-
celho reúne “condições espetaculares” para
acolher grandes provas desportivas.
Fontes: CMRB e Jornal da Madeira (16/05/2021).
17. Página 17
descobrindo Edição nº. 21
A CMRB procedeu no dia 28 de maio de 2021 à instalação de uma plataforma de acesso às
embarcações no Cais.. Fotos: JM e DN. (29/05/22021).
18. Página 18
descobrindo Edição nº. 21
Cais da Rª. Brava, em 20 de maio de 2021. Fonte: Governo Regional/Funchal Notícias.
19. descobrindo Página 19
Edição nº. 21
ALUNOS DA ESBPMA RECOLHEM 50
KG DE LIXO MARINHO
Data de referência: 20 de maio de 2021
Fotos: CMRB
O Dia Europeu do Mar de 2021 comemorou-
se também na Ribeira Brava. Nunca é demais
lembrar que neste dia celebra-se também em
Portugal o Dia da Marinha, em homenagem a
Vasco da Gama, que a 20 de maio de 1498 li-
gou a Europa ao Oriente via marítima, ao che-
gar à Índia.
As oportunidades e os desafios colocados pe-
los mares, oceanos, costas e portos estiveram
em debate noutros pontos do país, neste dia
criado pela Comissão, pelo Conselho e pelo
Parlamento Europeu em 2008, para enaltecer a
importância dos mares e dos oceanos na socie-
dade.
Ligados aos mares e aos oceanos estão a pesca
e o turismo, para além da investigação científi-
ca e da economia.
23 alunos do 7.º ano de escolaridade (turma D)
da Escola Básica e Secundária Padre Manuel
Álvares, participaram esta manhã numa ação
de limpeza na praia da Ribeira Brava, tendo
recolhido quase 50 kg de lixo na superfície e
no fundo do mar, com a ajuda de mergulhado-
res do “Calheta Dive”
A atividade denominada ‘Para preservar, da
praia ao mar vamos limpar’, da Direção Regi-
onal do Mar*, permitiu aumentar nos jovens a
cultura e literacia marítima, ajudando-os a
compreender a importância da proteção ambi-
ental.
A iniciativa contou igualmente com o apoio
da CMRB.
* Importa percebermos de onde vem o lixo
encontrado na praia e como evitar que tal
aconteça. É preciso consumir menos e de
forma mais sustentável (Sara Gomes; DRM).
20. Página 20
descobrindo Edição nº. 21
Serra de Água, maio 2021: Maria Rita
completou cento e seis anos de vida.
Natural e residente na Freguesia da Serra de
Água, Maria Rita Rosa, completou a idade
de 106 anos.
Nascida a 22 de maio de 1915, Maria Rita,
que sempre viveu na freguesia interior do con-
celho da Ribeira Brava e dedicou toda a vida
às lides da agricultura e domésticas, casou
com 20 anos.
Esteve casada meio século, até ficar viúva em
meados da década de 80 do século passado.
Mãe de quatro filhos – três do sexto feminino
e um masculino – este último, o único que
emigrou, acabaria por falecer na Venezuela.
Com 6 netos, 7 bisnetos e 2 trinetos, esta re-
sistente mãe, avó, bisavó e trisavó, recebe nes-
te aniversário a visita especial do neto Luís
Andrade, emigrante em Inglaterra.
Fontes: Suse Gouveia e https://freguesias.dnoticias.pt/.
Data de referência: 22/052021.
A importância da Educação Musical na
vida dos jovens
Por Sofia Gonçalves (Prof. EBSPMA)
Data de referência: Maio2021
Se tiverem oportunidade, ouçam com carinho
(https://www.facebook.com/65286205513704
6/videos/740694729931991)
Agradecemos às turmas 7E, 8A, 9B e 9C pela
colaboração em divulgar algumas atividades
que fazemos nas aulas. Um agradecimento
muito especial também para os nossos queri-
dos alunos, alguns já a frequentar os 2º. e o
3º anos do Ensino Superior, pelos seus teste-
munhos tão genuínos e sinceros! Temos mui-
to orgulho em todos! São vocês que nos fa-
zem gostar tanto de sermos professores de
Educação Musical
21. descobrindo Página 21
Edição nº. 21
Xenofobia e Racismo em debate na
EBSPMA – maio 2021
Em fevereiro de 2020, numa atividade despor-
tiva de carácter profissional e altamente com-
petitiva, entre duas equipas do topo nacional,
o jogador Moussa Marega, “foi ruidosamente
insultado por adeptos do Vitória. O insulto
mais ouvido consistiu numa simulação de sons
de macaco” (Fundação Francisco Manuel dos
Santos, Jorge Vala; maio 2021).
22. descobrindo Página 22
Edição nº. 21
Jorge Vala recorda-nos ainda, na mesma
obra, que esta associação a animais de pes-
soas percebidas com pertencendo a “raças”
diferentes é comum naqueles que partilham
crenças racistas ou um forte preconceito ra-
cial e o expressam de forma aberta: “Os na-
zis associavam os judeus a ratos e baratas. A
consciência igualitária dos Europeus só foi
despertada após o genocídio de judeus, ciga-
nos, negros e outras minorias consideradas
desviantes, em nome da crença nazi na su-
premacia ariana e na necessidade de a pre-
servar. Esta crença é o protótipo do racismo
na história contemporânea”.
“O mito de raça criou enorme quantidade de
danos humanos e sociais”. Daí a oportunida-
de constante de a aprendizagem sobre os
malefícios da xenofobia e racismo na atuali-
dade ter merecido grande atenção, em
2020/2021, por parte de uma turma da
EBSPMA, no âmbito de “Cidadania e De-
senvolvimento – Direitos Humanos: Organi-
zador: Prof. Luís Ferreira (grupo disciplinar
de Filosofia) e os seus alunos da turma 10º.
Ano LH1/D. Local: EBSPMA. Plataforma:
Microsoft Teams. Convidado externo: Prof.
António Pereira. Data e Hora: 15 de maio de
2021; das 15 às 16h30.
Racismo em Todos os Lugares? Sim!
Exemplo: “Em Israel, é palestino versus ju-
deu. No Líbano, é cristão versus muçulma-
no. No Iraque, são muçulmanos sunitas ver-
sus muçulmanos xiitas. Em certos países
africanos, o conflito é tribal. Na Índia, ve-
mos um sistema de castas baseado no tom da
pele e no classicismo” (Daryl Davis).
As origens da onda de preconceito e violên-
cia contra asiáticos nos EUA: Comunidade é
vítima de xenofobia desde o final do século
XIX, quando a primeira onda de imigrantes
chineses desembarcou no país para trabalhar.
El racismo se entiende como la exacerba-
ción o defensa del sentido racial de un grupo
étnico, especialmente cuando convive con
otro u otros, así como designa la doctrina
antropológica o política basada en este senti-
miento.
La discriminación racial es un concepto
que suele identificarse con el de racismo y
que lo abarca, aunque se trata de conceptos
que no coinciden exactamente. Mientras que
el racismo es una ideología basada en la su-
perioridad de unas razas o etnias sobre otras,
la discriminación racial es un acto que, aun-
que suele estar fundado en una ideología ra-
cista, no siempre lo está. En este sentido
hay que tener en cuenta que la discrimina-
ción racial positiva (cuando se establecen
discriminaciones con el fin de garantizar
23. Página 23
descobrindo Edição nº. 21
la igualdad de las personas afectadas), cons-
tituye una forma de discriminación destinada
a combatir el racismo.
El racismo suele estar estrechamente relacio-
nado y ser confundido con la xenofobia, es
decir el "odio, repugnancia u hostilidad hacia
los extranjeros”. Sin embargo existen algu-
nas diferencias entre ambos conceptos, ya
que el racismo es una ideología de superiori-
dad, mientras que la xenofobia es un senti-
miento de rechazo; por otra parte la xenofo-
bia está dirigida sólo contra los extranjeros, a
diferencia del racismo. El racismo también
está relacionado con otros conceptos con los
que a veces suele ser confundido, como el
etnocentrismo, los sistemas de castas, el cla-
sismo, el colonialismo, el machismo e inclu-
so la homofobia.
•"Racismo" é semanticamente mais
abrangente (teoria, atitude, sistema po-
lítico ou social), implica a crença de
que algumas "raças" são superiores e a
tentativa de racionalização dessa cren-
ça. •Por seu turno, a xenofobia é ape-
nas sentimento, preconceito, muito me-
nos orgânica e teorizada do que o racis-
mo (nomeando o medo ou fobia do di-
ferente, do desconhecido, digo eu).
Imagens: Catarina e Joana (11º. Ano .
Economia, na qualidade de convidadas)
24. Página 24
descobrindo Edição nº. 21
A água, que cobre a terra, consti-
tui, igualmente, três quartos dos
tecidos vivos (Vernier, 1994). A
água azul da ribeira da Rª. Brava
, nesta imagem é reveladora da
importância da beleza natural.
25. descobrindo Página 25
Edição nº. 21
A Levada Nova da Ponta do Sol ou dos Zim-
breiros (Madre, Ribeira da Ponta do sol (410
mts) – Fim, Lombo Cesteiro, Ribeira Brava
(395 mts) – 13 km) foi percorrida, uma vez
mais pela Ivone (na primeira imagem, em bai-
xo), em junho de 2021. A foto galeria é da sua
autoria. Os nossos agradecimentos à Ivone
pela captação e divulgação destas fotos.
O principal objetivo desta levada era o forne-
cimento de água de rega às terras compreen-
didas entre a Ribeira da Caixa e a Ribeira
Brava, sítios como os Zimbreiros, Candelária
e Lombo Cesteiro, muito dela carecidas. Foi
inaugurada em 1962.
26. Página 26
descobrindo Edição nº. 21
A Levada Nova, percorrida por Ivone, em ju-
nho de 2021. As fotos são da sua autoria, con-
forme se disse na página anterior.
Aqui o nosso foco vai para um dos sítios de
paragem “obrigatória”. O sítio da Terça
(Tabua - Rª. Brava).
Nota linguística: A grafia Tábua para o nome
desta freguesia, ainda que seja frequente, está
errada. A grafia correta é Tabua, sem qual-
quer acento gráfico, pois é uma palavra gra-
ve (lê-se Tabua), tal como ocorre noutras pa-
lavras da língua portuguesa co-
mo atua e continua (ambas na 3ª pessoa do
singular do verbo atuar e continuar, respetiva-
mente) com as quais rima
(https://pt.wikipedia.org/).
27. descobrindo Página 27
Edição nº. 21
A Levada Nova da Ponta do Sol ou dos Zim-
breiros . Trabalho fotográfico de Ivone Pesto-
la, em junho de 2021.
Em baixo, frente-mar da Vila Rª. Brava
(Jornal da Madeira, 15 e junho de 2021).
28. Página 28
descobrindo Edição nº. 21
O Presidente do Governo Regional, Miguel
Albuquerque, participou quarta-feira, 16 de
junho de 2021, na Quinta Magnólia, na Festa
do Ponto & Vírgula, suplemento educativo pu-
blicado mensalmente, desde 2015, pelo Diário
de Notícias e a Secretaria Regional de Educa-
ção, Ciência e Tecnologia, através das escolas
da região autónoma, proporcionando aos alu-
nos a oportunidade de projetarem o que de
melhor se faz nas diversas áreas do Ensino .
29. Página 29
descobrindo Edição nº. 21
EBSPMA na cerimónia de encerramento do
“Ponto & Vírgula”, 2020/2021, no Funchal
O “Ponto & Vírgula” promove conhecimento,
talento e desenvolvimento integral dos jovens
Referir que no decurso dos últimos seis anos
letivos foram publicados 46 números do Ponto
& Vírgula, envolvendo a participação de 1.544
alunos nas diversas rubricas.
Parabéns aos jovens vencedores e aos respeti-
vos professores.
Texto (adaptado): Governo Regional.
Imagens: Governo Regional.
31. Página 31
descobrindo Edição nº. 21
Rª Brava (EBSPMA), em junho de 2021: À
direita, uma das alunas finalistas do ano letivo
de 2020/2021. (Natacha Gonçalves) Fonte:
Sofia Gonçalves (à esquerda).
Na página anterior, a mesma aluna, retratada
ao lado de Betty Ornelas e...não só.
LIVRE DI-
RECTO
(ARTIGOS
DESPORTI-
VOS )
19/6/2021
A Livre Directo
é uma peque-
na/média em-
presa fundada
em 1992.
Local: Vila da
Rª. Brava.
32. Página 32
descobrindo Edição nº. 21
Fotogaleria de Carolina Neves sobre a o
fenómenos social “A Bênção das Capas”, na
qualidade de aluna da EBSPMA, junho
2021. Foi um dia especial recheado de
emoções, pois assistimos à concretização de
um sonho e ao mesmo tempo à despedida
destes alunos para outros voos.
33. Página 33
descobrindo Edição nº. 21
Conceição Gouveia foi a autora da imagem
com a qual terminamos esta página. A
EBSPMA cumpriu, só em junho de 2021
mais uma tradição, apesar da Covid-19.
34. Página 34
descobrindo Edição nº. 21
Antiga aluna da EBSPMA, Fátima Pestana,
em junho de 2021, acompanhada pelos
pais...para mais tarde recordar.
Fotografia: Fátima.
Desporto
Automobilis-
mo
Rali da Rª
Brava, em
junho de
2021.
Fonte: DNM
(26/06/2021)
35. Página 35
descobrindo Edição nº. 21
ÉPOCA 2021 | VITÓRIA Rali da Ribeira
Brava 2021. Citroen C3 Rally2
Alexandre Camacho e Pedro Calado Fonte:
Marco Gil Meneses Cabral.
Grupo coral Lux Aeterna, em discurso direto:
“É de salientar que, para além dos dois con-
certos anuais na Ribeira Brava, Verão e Natal,
o coro é convidado a participar em Matrimó-
nios, Bodas de Prata…
Estamos na Internet em: Morada: Lux Aeterna
Ribeira Brava. Telefone: 969367184. E-mail:
lux-aeterna1@hotmail.com
Fonte: Redes sociais
Data de referência: junho de 2021.
37. Página 37
descobrindo Edição nº. 21
O município da Ribeira Brava organiza, nor-
malmente, as tradicionais marchas populares
em tributo a São Pedro, evento que decorre en-
tre os dias 28 e 29 de junho.
Em 2021, por causa da COVI—19, não houve
barracas distribuídas pelo centro da cidade, on-
de é confecionada e servida a tradicional espe-
tada madeirense com o bolo do caco.
Também, pelas mesmas razões, às 22h00 do dia
28 não foi tempo para ver o desfile de marchas
populares, culminando à meia-noite com um
espetáculo de fogo-de-artifício que ilumina os
céus desta localidade situada à beira mar.
Na Fajã da Ribeira, não faltou, em junho de
2021, meia dúzia de foguetes para lembrar as
festividades ao lado da charola.
38. Página 38
descobrindo Edição nº. 21
Fajã da Ribeira (Vila da Rª. Brava), 28 de
junho de 2021: Charola.
As Charolas poderão ter origem remota no te-
ma bíblico “Josué e Caleb trazendo uvas e ou-
tros frutos da Terra Prometida”, também deno-
minado de “Retorno dos enviados à terra de
Canaã”, pois são formalmente semelhantes.
Neste episódio são trazidos, desta terra, uvas
gigantes, figos, romãs e outros frutos como se
encontra representado em várias pinturas exis-
tentes em igrejas da Madeira. A cena está rela-
cionada com temas Eucarísticos, a devoção ao
Santíssimo Sacramento e ao Espírito Santo,
como consta, por exemplo, numa pintura de
finais do século XVIII existente numa parede
lateral da capela do Santíssimo…
Texto (adaptado): DRC/Paulo Ladeira (ex-
professor da EBSPMA).
39. Página 39
descobrindo Edição nº. 21
Caminhada na Levada da Serra do Faia
visita ao Parque da Ribeira Primeira.
Fonte (adaptado): Grupo Disciplinar de Educação Física da EBSPMA
Data de referência: 8/7/2021
No dia 24 de junho de 2021, a turma do 7º D e
5 alunas do 9º E realizaram uma caminhada na
Levada da Serra do Faial e visitaram o Parque
da Ribeira Primeira, acompanhados pelos res-
petivos professores de Educação Física e con-
vidados.
Este parque permite um contacto próximo com
a Natureza e ali aprenderam, através de uma
visita guiada, o ciclo biológico de como vivem
e se reproduzem as trutas existentes nas dife-
rentes lagoas.
40. Página 40
descobrindo Edição nº. 21
Rª. Brava, agosto 2021: Imagem partilhada
por Carolina Neves, nas redes sociais.
As freguesias pertencentes a este município
são Campanário, Ribeira Brava, Serra de
Água e Tabúa.
Do cultivo das terras retira-se batata-doce,
feijão, hortaliças, algum cereal, fruta e vinho.
42. Página 42
descobrindo Edição nº. 21
A Serra de Água - Ribeira Brava - recebeu pe-
la 4.ª vez uma prova do Campeonato Regional
de Carros de Pau, a qual decorreu no dia 19
de setembro de 2021.
Numa extensão de 3,8Km os concorrentes des-
frutaram de uma das estradas mais emblemáti-
cas da Madeira, iniciando a prova junto ao
Hotel Encumeada e terminando junto à Tasqui-
nha da Poncha.
A Casa do Povo da Serra de Água manteve as-
sim uma das atividades que maior sucesso teve
nos anteriores.
Imagens: Casa do Povo local.
43. Página 43
descobrindo Edição nº. 21
A Casa do Povo da Serra de Água este-
ve representada, com onze elementos
da na 1ª prova do Campeonato de Car-
ros Pau 2021, que decorreu em S. Vi-
cente. , agosto 2021 (Orlanda Silva).
44. Página 44
descobrindo Edição nº. 21
Centro Social e Paroquial de São Bento co-
memora 25 anos - agosto 2021
Imagens: Governo Regional
Partilha: Daulina Côrte
“As respostas sociais que disponibiliza à po-
pulação incluem: Estrutura Residencial para
Pessoas Idosas, nas vertentes de lar e residên-
cia para idosos, Centro de Dia, Casa de Abri-
go para mulheres vítimas de violência….”
46. Página 46
descobrindo Edição nº. 21
Inauguração da primeira unidade de Alzhei-
mer* na Madeira . O projeto é do Centro So-
cial e Paroquial de São Bento, na Ribeira
Brava.
Publicado 14 Set, 2021
*A Doença de Alzheimer é um tipo de demên-
cia que provoca uma deterioração global, pro-
gressiva e irreversível de diversas funções
cognitivas (memória, atenção, concentração,
linguagem, pensamento, entre outras).
Esta deterioração tem como consequências
alterações no comportamento, na personalida-
de e na capacidade funcional da pessoa, difi-
cultando a realização das suas atividades de
vida diária.
.
Imagens: “Diário” e Governo Regional .
47. Página 47
descobrindo Edição nº. 21
Freguesia da Rª Brava,
segundo o “olhar” de
Orlando Drumond, em
agosto de 2021.
Na imagem do meio:
Avellino Xavier, no
centro da Vila, no Bar
que explora.
Em cima, Bernardete...
48. descobrindo Página 48
Edição nº. 21
Orlanda Filipe, numa foto partilhada pela
própria, no centro da Vila da Rª. Brava, em
setembro de 2021.
Orlanda é uma das várias empresárias ribeira-
bravenses ligadas ao comércio de roupas e ca-
çada. Comprar e vender é o modo de vida dela
desde que a conhecemos.
Sociologicamente falando, a moda é um fenó-
meno social porque a moda não é só roupa. A
moda que escolhemos formata nosso estilo de
vida.
“As ligações afetivas que podem nascer de
preferências parecidas de estilo ajudam –nos a
entender o mundo”.
49. Página 49
descobrindo Edição nº. 21
À esquerda:
Vale da Ribeira
Brava,
Imagem de 2019,
divulgada em agos-
to de 2021 por Jo-
ão Azevedo.
Na duas página se-
guintes, setembro
2021
Inauguração da
Primeira Unidade
de Alzhmeir da
Madeira, na Rª.
Brava:
Execução da Obra.
Centro Social e Pa-
roquial de São
Bento da Rª. Brava.
Comparticipação
Financeira: União
Europeia (800 mil
euros)
Imagens partilha-
das por Daulina
Côrte: Governo
Regional.
Outra fonte: Diá-
rio de Notícias.
50. Página 50
descobrindo Edição nº. 21
Uma das antigas casas antigas da Serra de
Água, entre Ribeira Brava e São Vicente (sem
data), partilhada por “Madeira Na História”,
em setembro de 2021.
O homem começou por se recolher em abrigos
naturais como cavernas e grutas para se pro-
teger do clima e dos animais. Em algumas
partes do país, encontram-se abrigos com pa-
redes de pedra, mas cuja cobertura é em ma-
teriais vegetais, e que se podem também con-
siderar uma forma morfológica e cronologica-
mente primária de habitação (Oliveira et al. 1969: 28).
Na página seguinte:
A cerimónia da tomada de posse dos novos
órgãos sociais da Casa do Povo da Serra de
Água, para o triénio 2021-2024, tomou posse
em setembro de 2021. Fonte: Casa do Povo.
A Central da Serra de Água inaugurada em
1953, fazendo parte da primeira fase dos
aproveitamentos hidroagrícolas realizados na
década de cinquenta. Funcionou durante mui-
tos anos como uma central de compensação,
regulando vários parâmetros importantes, no-
meadamente a frequência da rede elétrica da
Madeira (5 de outubro de 2012; http://
fotograficohm.blogspot.com/).
52. Página 52
descobrindo Edição nº. 21
A Serra de Água
Engenhos e máquinas foram construídos nas
margens das correntes mais caudalosas da ri-
beira para aproveitar a sua força motriz.
Esses aparelhos mecânicos eram conhecidos
como 'serras de água'.
Ao longo da ilha existem ainda muitos lugares
cujos sítios se chamam Serra de Água em Boa-
ventura, Faial, Machico, Santana e Seixal.
Citaremos a Freguesia da Serra de Água por-
que foi e ainda é um centro de opulentos arvo-
redos, atravessada por uma caudalosa ribeira e
facilmente montaram a dita serra movida a
água; a sua deslocação para o porto da Ribeira
Brava fazia-se sendo deslocada pela ribeira
abaixo atá ao mar.
A paróquia foi criada pelo alvará régio de 28
de dezembro de 1676 tendo o Frei António Te-
les realizado a ereção por provisão episcopal
de 2 de fevereiro de 1678
A sua sede ficou na pequena capela da Senhora
da Ajuda que já ali existia.
Pertenceu ao concelho da Ponta de Sol.
Mas vamos citar a real importância da ribeira
para o transporte das madeiras exóticas (ex Til,
Vinhático, Barbusano etc) e que iriam desa-
guar junto à Ribeira Brava onde as naus portu-
guesas as carregavam para o continente portu-
guês para construírem novas caravelas.
Erroneamente se atribui que a Serra de Água é
aquela cascata de água que cai de uma altitude
considerável e que se vê quando se passa por
baixo!
Eu próprio também pensava assim até estudar
bem sobre o assunto!
Alguns destes comentários foram retirados do
Elucidário Madeirense, enciclopédia com uma
importância fantástica sobre a história da nossa
linda ilha da MADEIRA!
22
de setembro de 2021
AMBIENTE ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA PADRE MANU-
EL ÁLVARES (EBSPMA) - SETEMBRO DE 2021:
Greve Climática Estudantil
53. Página 53
descobrindo Edição nº. 21
Os alunos das turmas E do 9.º Ano e turmas 1
e 2 do 12.º Ano dos cursos de Ciências e Tec-
nologia e Línguas e Humanidades (EBSPMA)
participaram neste evento nacional e interna-
cional acompanhados pelas professoras Elisa
Leitão, Sofia Nicolau, Rita Vale, Mariana
Cordeiro e Fábia Gomes.
Iniciativa, organização e imagens: Ana Celina
e o irmão José Vale (ex-alunos da EBSPMA).
Data de referência: 24 de setembro de 2021.
Na última sexta-feira de setembro de 2021, os
estudantes estiveram por todo o mundo, inclu-
indo no Funchal, ouviram-se, uma vez mais
protestos pelo clima. Veja também:
https://www.rtp.pt/madeira/sociedade/manifestao-alerta-para-
as-alteraes-climticas-vdeo_74045
54. Página 54
descobrindo Edição nº. 21
O dia foi marcado por mais de 1200 manifesta
- ções no mundo inteiro, “desta vez com ainda
maior foco na justiça social e na urgência de
uma transição justa para todas as pessoas”,
exigindo uma rápida ação climática por parte
dos líderes mundiais. As reivindicações pas-
sam pelo setor da energia, dos transportes e
agroflorestal e pela educação, mineração e
urbanização.
Terminamos com o seguinte testemunho:
“Orgulho num grupo de jovens incríveis que acre-
dita que é preciso fazer mais e melhor! Que sai
dos portões da Escola para tão bem a representar,
que luta por um Mundo melhor onde todos temos
de ser mais participativos! Parabéns EBSPMA! !
Parabéns Ana Vale pela excelente organização!”
Prof. Elisa Leitão.
55. Página 55
descobrindo Edição nº. 21
“NOVA” ESCOLA DA RIBEIRA BRAVA
FOIE É INAUGURADA A 24 DE SETEM-
BRO DE 2021.
As obras foram iniciadas em 2018 e custaram
“mais de 8 milhões de uros”.
A “nova” EBSPMA foi, como se sabe, cons-
truída no local da “antiga” EBSPMA. A em-
preitada decorreu de forma faseada, de for-
ma a permitir o decorrer das aulas, apesar
de alguns transtornos , barulhos e poeiras,
conforme testemunham as imagens exclusivas
da nossa leitora Ivone Pestola, nesta e na pá-
gina seguinte.
56. Página 56
descobrindo Edição nº. 21
EBSPMA vista, de fora,
por Ivone Pestola, de
2018 a 2021 (setembro):
“Do velho nasceram infra-
estruturas modernas no
âmbito da Educação”.
57. Página 57
descobrindo Edição nº. 21
Inauguração da “nova” escola, “vista” por
dentro.
Imagens: CMRB.
Data de referência: 23/9/2021
O início do ano letivo 2021/22 foi especial
para a Escola Básica e Secundária Padre Ma-
nuel Álvares, na Ribeira Brava. Os alunos
vão começaram ano escolar num espaço re-
novado. A tão aguardada conclusão da obra,
que demorou anos a ser concretizada, aconte-
ceu no dia 23 de setembro de 2021.
A EBSPMA ficou dotada de equipamentos
modernos, de uma componente tecnológica
mais completa, laboratórios escolares, Sala
Polivalente (Auditório)...
58. Página 58
descobrindo Edição nº. 21
Juventude AC-CD Ribeira Brava: Campeo-
nato Divisão Honra Regional - Infantis SUB-
13 - Futebol 8- 1.ª Fase; Campo Adelino Ro-
drigues; Fotografia: Roberto Silva/AF Madeira
Fonte: Associação de Futebol da Madeira:
02/10/2021
Como não podia deixar de
ser, a Ribeira Brava, indi-
retamente, esteve bem re-
presentada em mais um
evento de caráter regional:
Cortejo da Festa da
Flor , no Funchal, no pri-
meiro domingo de outubro
de 2021.
Aqui vai uma pequena fo-
torreportagem da autoria
das próprias: À esquerda,
uma amiga e ex-colega da
EBSPMA, Prof. Susana.
59. Página 59
descobrindo Edição nº. 21
Cortejo Alegórico - 3 de outubro de 2021: De
cima para baixo, da esquerda para a direita .
“A flor mais linda” da S. Erica; Juliana e Cata-
rina, alunas da EBSPMA.
Recordamos que o Cortejo Alegórico da Flor,
da Madeira é um dos acontecimentos mais
marcantes e dos mais aguardados de todo o
certame, quer por visitantes, quer por residen-
tes, que se realiza desde 1979.
Pauta-se esta iniciativa pela magnificência e
sumptuosidade dos carros alegóricos e dos tra-
jes de centenas de figurantes, na maioria crian-
ças, amplamente adornados com inúmeras, va-
riadas e magníficas espécies florais que desfi-
lam ao longo de um itinerário previamente es-
tabelecido, ao som de alegres temas musicais .
60. Página 60
descobrindo Edição nº. 21
A ribeirabravense Isolda Abreu, numa foto
partilhada pela própria, durante o segundo dia
da Festa da Flor 2021, no Funchal.
61. Página 61
descobrindo Edição nº. 21
Ribeira Brava (EBSPMA),
25/10/2021 - Feira dos Clubes.
Fotos: EBSPMA
“Os Projetos e Clubes fazem parte da
dinâmica de uma escola que se quer em
constante atividade. Os projetos/clubes
são pensados de e para os alunos sem os
quais não fariam sentido.”
62. Página 62
descobrindo Edição nº. 21
FEIRA DOS CLUBES 2021
“Os projetos/clubes existentes no agrupamento são de
frequência facultativa, no entanto, é importante perceber
a importância e o impacto positivo que a participação
dos mesmos tem na vida de cada um dos alunos. “
EBSPMA, em 25/10/2021.
Fotos: EBSPMA
63. Página 63
descobrindo Edição nº. 21
Rª. Brava, em
29 de outubro
de 2021
(Graça Oli-
veira).
Comentários:
Carlos Azeve-
do: “Até pare-
ce uma fatia
de um bolo
que tiraram e
agora é só co-
locar betão .”
Antonio Ai-
res: “Sempre
bela a Vila
que me viu
nascer. Muitas
saudades da
Vila e dos
Amigos que lá
deixei.”
Graça Orne-
las:
“Que sauda-
des tenho da
minha Vila!”
64. Página 64
descobrindo Edição nº. 21
8 de no-
vembro
de
2021:
Rª. Bra-
va vista
do ar
Fotogra-
fia:
Madeira
Island for
Travellers
EBSPMA, 19/11/2021: “Bênção das Capas
“dos finalistas do ano letivo 2021/2022.
Fotografia: Catarina Gonçalves, a quar-
ta da esq. p/a dir.
65. Página 65
descobrindo Edição nº. 21
Na Madeira a tradicional Bênção das Capas,
dos finalistas do ensino secundário, nasceu em
1889.
Esta celebração foi um privilégio concedido
pelo Ministro do Reino, por despacho de
09/02/1889 emitido pela Direção Geral de Ins-
trução Pública, ao Liceu Jaime Moniz, o único
Liceu que existiu na Madeira.
Para muitos, o percurso académico terminava
aqui. Dado o impacto deste ato simbólico para
os finalistas e suas famílias, este ritual foi pos-
teriormente adotado por outros estabelecimen-
tos de ensino da Região.
Para os finalistas, antigamente chamados de
“setimanistas” (termo alusivo ao antigo 7º ano,
equivalente ao 11º ano atual), o dia especial
consiste em várias atividades: o cortejo acadé-
mico pelas ruas da cidade, vestidos com traje a
rigor, participação numa celebração religiosa,
sessão fotográfica da praxe e muita diversão
no, tão esperado, baile de finalistas.
Fotografia: Catarina Gonçalves (EBSPMA,
19/11/2021).
Texto (adaptado): https://www.jm-madeira.pt/;
7/07/2020)
Neste ano letivo, como no anterior, as festivi-
dades da “Bênção”, na Rª. Brava foram redu-
zidas, por causa da pandemia, pelo que apro-
veitamos a oportunidade para recordar, por
exemplo, o ano de 2018/2019 (imagens da
CMRB):
Câmara Municipal
da Ribeira Brava -
09 de novembro de
2018: BENÇÃO
DAS CAPAS DOS
FINALISTAS DA
EBSPMA
66. Página 66
descobrindo Edição nº. 21
EBSPMA, 19/11/2021: Bênção das Capas. Imagens de Sara Pestana.
Bênção das Capas - Dia 19 de novembro de
2021: Os Finalistas do ensino secundário, des-
filaram pela vila rumo à Igreja Paroquial da
Ribeira Brava para a tradicional Bênção das
Capas pelo Reverendo Senhor Padre Bernardi-
no Trindade.
Após o jantar num dos restaurantes do conse-
lho, seguiu-se o tradicional baile de finalistas.
Foi com muito entusiasmo e alegria que vive-
ram este dia memorável no seu percurso esco-
lar. Bem Hajam!
A presidente da Comissão de Finalistas
(Beatriz Imperadeiro).
Data de referência: 25/11/2021 (EBSPMA)
68. Página 68
descobrindo Edição nº. 21
Bênção das Capas - Dia 19 de novembro de 2021. Fonte: EBSPMA
Moda
À direita:
Marisela Silva
27/11/2021
“Green for
Fashion Days “
A palavra moda significa costume, ma-
neira ou modo e provém do latim mo-
dus.
Moda não é só roupa. Trata-se
de um fenômeno social. A mo-
da que escolhemos formata
nosso estilo de vida, ouso di-
zer.
69. Página 69
descobrindo Edição nº. 21
Rª. Brava,
20/11/2021:
Torneio benja-
mins
20nov/2021
Judo significa
‘caminho suave’
e tem como ba-
se uma filosofia
que trabalha va-
lores de eficiên-
cia, ceder para
vencer, prospe-
ridade entre ou-
tros. Fotos:
JUDOBRAVA
A prática regula do judo induz a Humildade,
através do rigor do treino, que proporciona a
perseverança, tolerância, cooperação, genero-
sidade, respeito, coragem, compostura e corte-
sia.
70. Página 70
descobrindo
4 – GRANDE REPORTAGEM
Edição nº. 21
Vista panorâmica da freguesia de Campaná-
rio nos finais do século XIX/início do século
XX. Fonte: Joaquim Augusto De Sousa/Museu
De Fotografia Da Madeira.
Captado nas redes sociais em junho de 2021.
Nos anos de 1864 a 1911 pertencia ao conce-
lho de Câmara de Lobos. Pela Lei nº 154, de
06/05/1914, foi criado o concelho de Ribeira
Brava, de que passou a fazer parte esta fregue-
sia (Fonte: INE).
Campanário é freguesia desde o século XVI, de
acordo com alguns registos, foi fundada a 15
de Maio de 1515.
Até 1835 esteve integrada no concelho
do Funchal.
Entre 1835 e 1914 fez parte do município
de Câmara de Lobos a Freguesia do Campa-
nário, foi desagregada do Concelho de Câma-
ra de Lobos em 1914(https://pt.wikipedia.org/).
TEMA DE CAPA (I)
71. Página 71
descobrindo
Ribeira Brava-Subsídio para a História do
Concelho; Autor: João Adriano Ribeiro; Edi-
tora:: Câmara Municipal da Ribeira Brava
;Edição, 1998 : pp. 30
Associação para o Desenvolvimento da Regi-
ão Autónoma da Madeira; A Madeira Rural;;
2013; pp. 112.
Homens do mar – Madeira; Pe. Carlos Jorge
de Faria e Castro; Edição de Autor; Fun-
chal; 1963; pp. 41.Recortes de imprensa re-
gional nos seguintes tópicos: “Igreja paro-
quial”; “Freguesia que dá tudo” (ECO do
Funchal); “Um celeiro que dá tu-
do”/”História e números”, in Diário de Notí-
cias (12.10.94).
Diversos.
Edição nº. 21
72. Página 72
descobrindo Edição nº. 21
PERESTRELLOS PHOTOGRAPHOS
Vista costeira do Calhau da Lapa
(Campanário) | 1944
8,7 x 12,1 cm | Negativo simples, película |
Gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv. PER/2816
Em depósito na DRABM
Fonte:
Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vi-
cente’s
Partilhado nas redes sociais por João Nuno
Freitas
Data de ref.: 2021/08/02.
Texto em baixo (parte): https://www.madeira-
web.com/pt/locais/ribeira-brava/
CALHAU DA LAPA
Existem, à partida, duas boas razões para vi-
sitar o Calhau da Lapa: a garantia de encon-
trar águas cotadas entre as mais limpas da
Madeira e o silêncio que reina nesta praia.
Situada no Campanário e enterrada no fundo
de uma descida íngreme, oferece as águas co-
mo recompensa aos que desafiam as leis do
corpo e enveredam pelos trilhos difíceis.
Aconselhamos o uso de uns sapatos confortá-
veis e a exclusão total de sandálias quando
iniciar a descida para o Calhau da Lapa.
73. Página 73
descobrindo Edição nº. 21
Vista do vale da Ribeira Brava (2008 Riscos no Concelho da Ribeira Brava. Movimentos de Vertente. Inunda-
ções/Cheias Rápidas. Cap. III – Enquadramento Humano). A MADEIRA NA HISTÓRIA/Renato Camacho ·
partilhado em agosto de 2021
POVOAMENTO DO CAMPANÁRIO
O povoamento do Campanário apresentou
algumas particularidades. Os primeiros se-
nhores das terras tê-las-ão vendido porque a
produção não era muito vantajosa.
Ou, talvez por não quererem submeter-se ao
esforço que o arroteamento do solo exigia.
Na verdade, o problema do Campanário era a
falta de água para o regadio das primeiras
plantações e, consequentemente, quando o ano
não era chuvoso a produção poderia ser muito
escassa.
Ao contrário de outras localidades, surgem,
neste caso, “mulheres no seu povoamento o
que contraria um pouco a ocupação madeiren-
se habitual” (Ribeiro, J., 1998).
Para colmatar a falta de água, fizeram-se po-
ços para represar água e até abriram peque-
nas levadas de forma a aumentar a produtivi-
dade.
Poderíamos dizer que os primeiros povoado-
res do Campanário desistiram do arroteamen-
to das terras, porque este não foi lucrativo
“devido à falta de água para regadio, à falta
de um local próximo para moer a cana ou,
mesmo ainda, à falta de empenho dos traba-
lhadores” (Ribeiro, J., 1998). ...
74. Página 74
Foi no dia 21 de janeiro de 2021 que inicia-
mos as nossas pesquisas bibliotecárias e tra-
balho de campo na freguesia do Campaná-
rio.
Nas páginas seguintes vamos partilhar com os
leitores uma breve foto galeria , bastante re-
dutora, sobre a freguesia do .Campanário
descobrindo
Edição nº. 21
83. Página 83
descobrindo
Edição nº. 21
Freguesia do Campanário: A moda do lenço e da sala? Um pormenor a merecer mais pesquisa, na atualidade ou no futuro.
84. Página 84
A antiga igreja de Campanário, situada no
centro da freguesia, tinha no seu frontispício
a data de 1683, que devia ser a data da sua
reconstrução.
descobrindo Edição nº. 21
86. JANEIRO 2021
Por AJAP
Campanário, janeiro de 2021:
Um roteiro fotográfico a partir
da Estrada Regional que liga
Ribeira Brava aos concelhos
vizinhos de Câmara de Lobos e
Funchal.
descobrindo
Página 86
Edição nº. 21
88. Paróquia do Campanário
Produtor: Paróquia do Campanário
História administrativa/biográfica/
familiar: Integrada no concelho da Ri-
beira Brava desde 1914, esta paróquia
terá sido constituída por meados do
século XVI, ignorando-se contudo qual
a capela em que se estabeleceu a sua
sede. O Padre Fernando Augusto da
Silva conjetura que tivesse sido a ca-
pela da Vera Cruz, uma das mais anti-
gas da Madeira e que hoje pertence à
freguesia da Quinta Grande. Também
se desconhece o ano em que terá sido
edificada a antiga igreja paroquial de
São Brás, orago desta paróquia do
Campanário, lamentavelmente demoli-
da em meados deste século. Sabe-se
que foi reconstruída por 1683, sofren-
do posteriormente grandes remodela-
ções. D. Pedro II, por diploma de 12
de fevereiro de 1698, criou um curato
nesta freguesia. Henrique Henriques
de Noronha em 1722 a ela se refere
como sendo uma igreja moderna, com
um vigário.
História custodial e arquivística: Incorpo-
rações no Arquivo Regional da Madei-
ra em 20 de fevereiro de 1933; 13 de
agosto de 1980; 11 de junho de 1990;
10 de novembro de 1994 (duplicados);
11 de abril de 2007; 18 de janeiro de
2008; 28 de fevereiro de 2011.
Âmbito e conteúdo: Livros de registo de
batismos, casamentos, óbitos e crisma-
dos.
(https://arquivo-abm.madeira.gov.pt/
details?id=53059)
descobrindo Página 88
Edição nº. 21
89. Página 89
Centro da freguesia de Campanário, em
23 de janeiro de 2021, com destaque,
para a Igreja e o Cemitério locais:
A atual igreja paroquial, de cuja primiti-
va edificação se desconhece o ano, foi
reconstruída em 1683 e substituiu a en-
tão ermida existente, cujo teto em palha
de trigo abrigava os crentes.
descobrindo Edição nº. 21
90. Impasse: É o mesmo que beco sem saí-
da. O termo, que talvez tenha sido intro-
duzido na língua portuguesa na década
de 1940 teve origem na língua france-
sa. Do francês impasse, «rua sem saída;
situação difícil (ou sem solução; impe-
dimento). Nunca é demais repetir, pen-
samos nós, tendo em conta a diversida-
de dos nossos leitores, o seguinte:
Campanário: Esta pequena e antiga freguesia situa-se
entre o Cabo Girão e a Ribeira Brava. Campanário foi
fundado em 1556. O nome surgiu no século XV, devido a
um ilhéu no mar que, à distância e no ponto de vista dos
descobridores, lhes pareceu ter a forma de um campaná-
rio, isto é, uma torre. A partir da igreja é possível apreci-
ar a paisagem com casas construídas sobre enormes de-
clives, assim como a elegante arquitetura da Via Rápida
que atravessa a freguesia (https://www.madeira-a-
z.com/). Fotos: AJAP, janeiro 2021.
descobrindo Página 90
Edição nº. 21
91. Página 91
São Brás*: Terá vivido entre os séculos
III e IV. De acordo com a lenda, São
Brás era médico de Sebaste antes de
ocupar o cargo de bispo dessa diocese.
O culto a São Brás foi trazido para
a Europa e tornou-se um dos santos
mais populares da Idade Média, muito
provavelmente por ter sido médico e por
lhe terem sido atribuídas muitas curas
miraculosas.
Protetor contra as doenças da garganta
e outras afeções é o padroeiro dos larin-
gologistas, e também dos que trabalham
com lã e dos pedreiros. É festejado na
Igreja Latina a 3 de fevereiro, e, na Gre-
ga, a 11 do mesmo mês.
descobrindo
Edição nº. 21
92. Pertelha = Divisão (de
terrenos?), segundo
testemunho do agricul-
tor na imagem.
A condutora, sorriden-
te, foi nossa aluna,
disciplina de Sociolo-
gia na EBSPMA.
Janeiro de 2021, no Campanário. A Freguesia
do Campanário deriva da primeira exploração
através do litoral, os descobridores passaram
o Cabo Girão, depararam-se com um ilhéu
descobrindo Página 92
Edição nº. 21
93. Página 93
próximo da costa, que à distância lhes pareceu
ter a forma duma torre sineira ou campanário,
nome com que designaram aquela passagem e
que depois se estendeu aos terrenos vizinhos.
Esta freguesia foi outrora conhecida por
“celeiro das conquistas”, por ter sido um im-
portante centro produtor de cereais que eram
exportados para as costas do Norte de África.
Esse fator determinou a dispersão no seu edi-
ficado, nas habitações, quintas e solares um
pouco espalhados pelo território e onde algu-
mas das suas ruínas e as felizmente reabilita-
das continuam a dominar a paisagem, intima-
mente ligadas à atividade agrícola.
De acordo com documento técnico designado
“Área de Reabilitação Urbana de Campaná-
rio”, publicado em fevereiro de 2020, pela
CMRB, na freguesia de Campanário existe
um conjunto de edificações de especial inte-
resse para o Município, das quais se destaca a
Igreja do Campanário, situada no centro da
freguesia do Campanário, concelho da Ribeira
Brava, edificada no ano de 1683.
A malha edificada com maior densidade en-
contra-se junto à igreja paroquial, ao longo
dos caminhos existentes. O crescimento do seu
parque habitacional realizou-se junto dos
principais acessos pedonais e viários, onde a
orografia do terreno o proporcionava, nunca
assumindo a dimensão de núcleos propria-
mente ditos, mas a linearidade das infraestru-
turas que os serviam, derivando destas através
de veredas e percursos pedonais mais íngre-
mes .
Encontram-se também equipamentos e edifí-
cios pontualmente com uma escala desmesura-
da e dissonante das da característica da en-
volvente, como o posto de abastecimento de
combustível, de entre outros (http://www.cm-
ribeirabrava.pt/cmrb1/wp-content/uploads/2020/04/CM-
RIBEIRA-BRAVA_PERU_ORU-
CAMPAN%C3%81RIO_DP.pdf).
descobrindo
Edição nº. 21
94. descobrindo Página 94
Edição nº. 21
“O Calhau da Lapa fica lá ao fundo e a Via Rápida, imponente, passa por cima de tudo!”
95. Página 95
descobrindo Edição nº. 21
Campanário, janeiro de 2021: Flores, muitas flores; é hora de passear o cão ou a cadela” telhados antigos e modernos.
96. descobrindo Página 96
Edição nº. 21
Esta página é dedicada à Sra. Manuela
Abreu (EBSPMA), moradora no Campaná-
rio, na qualidade de colecionadora da Des-
cobrindo Data de referência: Janeiro de
97. Página 97
descobrindo Edição nº. 21
Campanário (Calhau da Lapa). Trabalho jornalístico do “Funchal
Notícias”, em 2018, disponível no seguinte endereço:
https://funchalnoticias.net/2018/09/11/calhau-da-lapa-do-paraiso-
a-terra-de-ninguem/
98. descobrindo Página 98
Edição nº. 21
Sabia que…? O concelho
da Rª. Brava foi um dos
concelhos da Madeira com
maior desenvolvimento
económico, graças ao culti-
vo da cana-de-açúcar na
freguesia de Campanário.
100. Edição nº 21
2023
DESCOBRINDO Página 100
A Festa de Nossa Senhora do Amparo
Por Isolda Abreu (à esquerda)
Paroquia de São João Batista,
situada em São João da Ribeira
Brava...em 2017.
Há alguns anos atras, numa con-
versa entre amigos e família, co-
mentávamos que dava pena ao
ponto que este arraial chegou,
então Luís Pestana (à esquerda)
teve a ideia de criar uma comis-
são atribuída a esta Santa, no qual
iriamos trabalhar em honra da N.ª
Sr.ª.
Após falar com várias pessoas,
nomeadamente uma de cada sitio,
surgiu a nossa comissão, em
2016, a qual é originada por 10
elementos (como podemos ver na
imagem superior do lado direito).
A coroa foi obtida através de do-
nativos vindos de vários países,
especialmente de um emigrante
da nossa paróquia.
2017
101. A nossa inspiração é o povo,
porque o arraial é feito para
eles. Este ano (2017) foi o nos-
so segundo arraial, tendo três
dias de animação e é feito no
primeiro fim de semana de
outubro.
Fazemos vários eventos anuais com o objetivo
de angariar fundos. Este arraial não tem ainda
muita projeção, contudo e felizmente já come-
çamos a notar que as pessoas estão a aderir
cada vez mais e a prova disso é que este ano
tivemos pessoas de vários concelhos.
descobrindo
Página 101
Edição nº. 21
103. Página 103
Em 2017 a Feira do Campanário foi
realizada nos dias 13 e 14 de maio. O
evento foi organizado pela Associação
Desportiva do Campanário e teve o
apoio de várias empresas do concelho.
Associação Desportiva do Campa-
nário foi fundada a 15 de Maio de
1997, data de realização da 1ª reu-
nião, por iniciativa e convite de Luís
Drumond, fundador e presidente desta
associação até à data, ocorrida no sa-
lão paroquial do Campanário. A ADC
tem vindo a crescer e a alargar a sua
influência, indo atualmente muito além
da orientação inicial de promover ex-
clusivamente o desporto de recreação
e lazer, entrando pelas áreas da edu-
cação (Espaço Net), da saúde
(múltiplas ações da sensibilização e
promoção da saúde através do exercí-
cio físico), do social (apoios vários no
transporte de idosos e crianças), do
património (núcleo do Calhau da La-
pa, antigo Quartel do Massapez e con-
curso de presépios), entre outras
áreas.
Feira do Campanário
Fotos e texto: Carmo Olival e www.facebook.com/pg/Associação-Desportiva-do-Campanário
descobrindo Edição nº. 21
106. Página 106
descobrindo
Edição nº. 21
No topo da página:
Construção da Via
Rápida . Nó do
Campanário, entre
Funchal e a Rª Bra-
va. Data de referên-
cia: 1989/2005.
Fonte: “Foto Sol”
Campanário, maio de 2021. Fotos: CMRB
107. Página 107
descobrind
Edição nº. 21
5 – A Rª. BRAVA NATURAL E GENUÍNA
PICO, CRUZ , BANDA DE ALÉM
MURTEIRA E FAJÃ
B
ANDA DE ALÉM ou BANDA
D’ALÉM - Topónimo constituído
por composição de palavras, onde a
primeira significa, lado, margem e a
segunda expressa a ideia de para o lado de lá de,
no sentido óbvio à localização geográfica do lugar,
demarcado pela ribeira da Rª. Brava.
Fotos: AJAP, janeiro 2021.
108. descobrindo Página 108
Edição nº. 21
Banda de Além (Pico e Cruz da) e, lá ao fundo,
a vila, no início do vale da Ribeira Brava:
“(…)Eis a Ribeira Brava situada na foz de uma
ribeira do mesmo nome! Um lugar soalheiro,
situado numa encruzilhada de caminhos por
onde se deslocavam os povos das freguesias
mais recuadas em viagem ou com mercadorias
às costas, para tomarem o barco rumo
ao Funchal. Aquele vale é um esplendor! Na
realidade, a profunda ribeira recebe muitas
águas que , desde o Paul da Serra, se precipi-
tam por toda uma ampla bacia (…)A meio do
soberbo vale erguem-se penedos que são au-
tênticas eminências isoladas, que parecem su-
bir a pique para o céu. Texto (adaptado):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ribeira_Brava_(Madeira)
109. Página 109
descobrindo Edição nº. 21
Sítios da Murteira e da Fajã da Ribeira -
Janeiro 2021 - Uma questão de sobrevivên-
cia! Não nos esqueçamos, nunca, da a impor-
tância do agricultor para a civilização humana.
110. descobrindo Página 110
Edição nº. 21
Fajã da Ribeira, em janeiro de 2021: O ter-
mo “fajã” significa pequena extensão de ter-
reno plano localizado na base de um talude e
desenvolvida em anfiteatro, em direção ao
mar (Vieira, 2005).
A Madeira é um complexo e polifacetado
ambiente insular que resulta não só do mosai-
co climático gerado pelo gradiente altitudinal
e pela posição geográfica da ilha, mas ainda
das consideráveis modificações produzidas
pelo Homem durante cinco séculos de ocupa-
ção (Pena & Cabral (1997).
As imagens com as quais ilustramos estas
páginas, captadas na Rª. Brava, complemen-
tam as afirmações anteriores.
111. Página 111
descobrindo Edição nº. 21
A partir da Fajã da Ribeira, pode-se caminhar,
trilhando a respetiva vereda. Desta vez, janei-
ro de 2021, não nos atrevemos a chegar até ao
topo da Eira. Falta de forças físicas. Fizemo-lo
no passado…
Em www.somosmadeira.com o leitor pode ler
que a Eira do Mourão pertence à freguesia e
concelho da Ribeira Brava que devido ao difí-
cil acesso, permaneceu escondido durante
anos a fio, onde as pessoas viviam da agricul-
tura, praticamente isoladas do exteri-
or. Antigamente as pessoas desta zona iam pa-
ra o centro da Ribeira Brava através de uma
vereda que chega ao Sítio da Fajã da Ribei-
ra.
112. descobrindo Página 112
Edição nº. 21
Só em 2003, foi construída uma estrada de
acesso à Eira do Mourão. Atualmente pode-
mos encontrar muitas casas abandonadas, refle-
xo da procura duma vida melhor por parte das
população. Para os amantes das caminhadas, o
trajeto através da Levada do Norte passa junto
à Eira do Mourão. Como alternativa, também
pode aceder através da vereda que atravessa
este sítio até a Fajã da Ribeira em direção à Ri-
beira Brava.
Imagem e texto (adaptado):
http://www.somosmadeira.com/2015/06/eira-
do-mourao.html
Restantes imagens deste capítulo: AJAP
(Janeiro de 2021)
113. descobrindo Página 113
Edição nº. 21
EBSPMA, 19 de março de 2019: Estas imagens
foram captadas num espaço bem conhecido da Co-
munidade Educativa da Rª. Brava. A nossa retrata-
da, apesar da sua longa idade, não deixava de nos
surpreender pelo seu “discurso” algo fora da nor-
ma...Era uma figura bem conhecida por parte das
funcionárias mais antigas da Escola. Através dela,
aproveitamos a oportunidade para, uma vez mais,
homenagearmos as ribeirabravenses mais velhas.
(…) Não vejo o tempo como um inimigo e sim um
caminho só de ida e que nos premia com a sauda-
de, que nos deixa lembrar o que ficou para trás,
mas que inexorável segue em frente. Ele é eterno e
eu... Efémero*! Manhã chuvosa. (https://sitedepoesias.com/poesias/46571)
===================================
* Efémero?
[Figurado] De curta duração. = BREVE, PASSAGEIRO, TE
MPORÁRIO, TRANSITÓRIO ≠ DURADOURO, PERMAN
ENTE.
114. descobrindo Página 114
Edição nº. 21
Ribeira Brava em julho de 2020 e 2019 (à di-
reita). Foto: AJAP. A imagem da página an-
terior é de autoria de F. M.
Rº. Brava, se-
tembro 2021,
visto do mar,
por Orlanda
Filipe.
115. descobrindo Página 115
Edição nº. 21
Na hora da despedida de AJAP da Vi-
la da Rª. Brava (de cima p/baixo, da
esq. p/a direita): EBSPMA em obras;
Francisco Pestana, na sua casa, no sítio
da Murteira; Vanessa Rodrigues, por ela
própria, nas redes sociais; Flores do
Francisco; Arturo Padilla, na Rua dos
Moinhos; Mercado da Rª. Brava.
116. descobrindo Página 116
Edição nº. 21
Freguesia do Campanário, setembro 2021.
Imagens (página anterior e esta): Ricardo
Henriques e Débora Barros.
SABIA QUE?
As maiores propriedades que os jesuítas pos-
suíam na ilha ficavam dentro dos limites do
Campanário e constituíam principalmente a
chamada Quinta Grande?
(http://www.cm-ribeirabrava.pt/cmrb1/wp-
content/uploads/2017/03/arus_campanario_1.pdf).
117. Página 117
descobrindo Edição nº. 21
6 - ANTIGAMENTE ERA ASSIM
T
al como António, José Manuel
acha que o ensino da sua altura
era mais exigente do que o atual.
“Hoje em dia, do que me aperce-
bo, não se chumba ninguém. Na minha altura,
se fosse preciso chumbava-se na primária”, diz
ao i. Apesar de tudo, recorda esses tempos
com saudade: “Éramos miúdos, estudávamos e
brincávamos. A vida era só aquilo”.
Imagens: Redes sociais, maio2021.
Texto: https://ionline.sapo.pt/artigo/670492/como-era-a-escola-de-
antigamente-?seccao=Portugal_i/JOANA MARQUES AL-
VES08/09/2019 .
118. descobrindo Página 118
Edição nº. 21
Antigamente era assim: Um manuscrito de
1981. .Quem se lembra de na escola ter de fa-
zer, de vez em quando uma redação???
Esta que partilho guardo há mais de 40 anos ,
por achar muito engraçada .
Não sei quem foi o autor (Alzinda Loureiro).
119. descobrindo Página 119
Edição nº. 21
Antigamente era assim: Diploma partilhado por Irene Cardoso, em 18 maio de 2021.
120. descobrindo Página 120
Edição nº. 21
Antigamente era assim: Alguém se lembra? Livro da segunda classe (Olívia Bernardo)
121. “Furiosa Ribeira”?
Sim. Parece, também, pois, desde início, haver
uma consciência do risco! O homem instala-se,
mas está consciente de que a ribeira é
“furiosa”.
A freguesia da Ribeira Brava parece ser uma
das freguesias de mais remota criação da Ma-
deira. Gaspar Frutuoso fixa-a no ano de 1440
A imagem desta página tem, no seu original a
seguinte descrição:
“Vista sudeste/noroeste do sítio e freguesia da
Ribeira Brava, então concelho da Ponta do Sol
e atual concelho da Ribeira Brava.
Fontes:
i. Atelier Vicente's o qual assenta sobre um
dos dois únicos estúdios de fotografia oi-
tocentistas existentes em Portugal. Fun-
dado originalmente em 1865 por Vicente
Gomes da Silva, exibe agora, 2023, um
vasto património fotográfico.
ii. Riscos no Concelho da Ribeira Brava.
Movimentos de Vertente. Inunda-
ções/Cheias Rápidas. Cap. II – Enquadra-
mento Geográfico 18 2.1.Enquadramento
Geográfico da Região Autónoma da Ma-
deira .
descobrindo Página 121
Edição nº. 21
122. descobrindo Página 122
Edição nº. 21
Em cima - Hospital provisório instalado nas
margens da ribeira à Vila da Ribeira Brava
aquando da eclosão de um surto epidémico de
cólera (1910-1911). Fotografia partilhada em
2021, nas redes sociais, por João Nuno Freitas
.
Em baixo - Marginal da Rª Brava (janeiro
de 2021). Foto: AJAP.
123. descobrindo Página 123
Edição nº. 21
Dança das espadas, Ribeira Brava, 1946 .
Imagem: “A Madeira Na História” e Célia Jar-
dim, em 13 de agosto 2021.
A “Dança das Espadas” desde 1578, que se rea-
liza apenas uma vez por ano na ilha, é hoje exe-
cutada no âmbito das Festas de São Pedro, na
Rª. Brava.
"Esta dança medieval era executada pelos pes-
cadores do concelho da Ribeira Brava no dia de
São Pedro”, disse o impulsionador do grupo
“Dança das Espadas”, Danilo Fernandes, justi-
ficando o facto de a única atuação anual ser na-
quele dia e naquela vila.
O grupo ”Dança das Espadas”, pertencente à
associação Grupo de Folclore e Etnográfico da
Boa Nova, surgiu em 2000, com a intuição de
manter esta tradição
Os primeiros registos da existência desta dança
"surgem em 1578 e 1599, na Ponta de Sol", du-
rante o Corpo de Cristo…”
(https://www.rtp.pt/madeira/cultura/tradicao-
da-danca-das-espadas-mantem-se-no-sao-
pedro-da-ribeira-brava_3290).
124. Página 124
descobrindo Edição nº. 21
(Em cima, à direita): - Fonte: JOAQUIM
AUGUSTO DE SOUSA
Barco a sair da praia da Ribeira Brava com
mercadorias, freguesia da Ribeira Brava,
concelho da Ponta do Sol (atual concelho da
Ribeira Brava) | (1875-1905)
8,8 X 11,9 cm| Negativo simples, vidro| Ge-
latina sal de prata
MFM-AV, Inv. JAS/1116
Em depósito no ABM.
Das restantes imagens, chamamos atenção
ao nosso leitor para os primórdios dos trans-
portes (ambulância, autocarros e rede) indi-
viduais e coletivos de passageiros, de um
ponto para o outro, entre os vales e monta-
nhas na Rª. Brava.
125. descobrindo Página 125
Edição nº. 21
Ribeira Brava:
Foto de autor não identificado e de data des-
conhecida . Fonte: “Madeira Quase Esqueci-
da”, publicada em 2014.
Comentários nas redes sociais, em maio de
2021: Uma ilha com um território organizado,
uma época que espelha bem como o homem
conseguia integrar-se com a natureza. (Nuno
Rodrigues).
Ribeira Brava.
Sem data patente.
Autor não referenciado.
Fonte: “Madeira Quase
Esquecida”.
Esta foto deve ser dos
anos 60 do século XX.
126. Página 126
descobrindo Edição nº. 21
Nunca é demais repetir que...
Ribeira Brava foi um dos primei-
ros locais a serem povoados, ain-
da na primeira metade do século
XV, em 1440.
A sua toponímia deve-se ao fac-
to de ali passar uma ribeira com
um caudal muito forte.
Fotos: redes sociais.
127. Página 127
descobrindo Edição nº. 21
A CASA DO VISCONDE
Património secular, o Solar das Herédias foi a
antiga casa do fundador do concelho e Viscon-
de da Ribeira Brava e é atualmente a sede da
Câmara Municipal. O Solar das Herédias si-
tua-se no centro da cidade, junto para a Igreja
Matriz. Era a antiga casa do fundador do con-
celho e Visconde da Ribeira Brava, Francisco
Correia Herédia. Este edifício centenário do
final do século XVIII e início do século XIX,
possui no seu interior um magnífico jardim
com inúmeras espécies naturais. Desde a dé-
cada de oitenta é sede da Câmara Municipal
da Ribeira Brava, estando classificado como
Monumento de Interesse Municipal desde
1994. Fonte: “A MADEIRA NA HISTÓRIA “.
128. Página 128
descobrindo Edição nº. 21
O concelho foi fundado
em 1440. Antigamente, foi
um dos concelhos da Ma-
deira com maior desenvol-
vimento económico, gra-
ças ao cultivo da cana-de-
açúcar. A Ribeira Brava é
o ponto de encontro de
várias estradas, vindas da
parte norte, leste e oeste
da Ilha.
131. Página 131
descobrindo Edição nº. 21
Foto de inícios do século XX tirada muito
,provavelmente, do cais da Vila da Ribeira
Brava.
Partilhada por João Nuno Freitas, em
22/11/2021.
Comentário à foto, de autoria de João Inocên-
cio da Silva, na mesma data: Linda imagem da
pedra onde me sentei algumas vezes. A caldei-
ra que aparece na imagem, por detrás do pico
e a fajã, foram subidas e descidas inúmeras
por mim, a caminho da fazenda de Agostinho
Batata, ao lado da fazenda do meu tio José dos
Ramos.
Nota da Redação:
Ribeira Brava - Sendo uma dos mais antigos
locais da Região Autónoma da Madeira, esta
freguesia desde cedo assumiu-se como eixo de
ligação com a parte norte e oeste da ilha. Foi
dotada logo de início por um pequeno porto
que fazia as ligações de mercadorias para o
Funchal.
132. descobrindo Página 132
Edição nº. 21
No concelho predominam as atividades liga-
das ao setor terciário, nas áreas do comércio e
serviços de hotelaria e turismo, logo seguido
pelo setor secundário, com as indústrias de
serração, carpintaria, panificação e produção
de eletricidade.
Na agricultura, predomina o cultivo da batata,
de culturas hortícolas extensivas, a horta fami-
liar, os frutos subtropicais e a vinha. A pecuá-
ria tem também um peso importante na econo-
mia concelhia, nomeadamente na criação de
aves, suínos e caprinos. Somente cerca de
13% (138 ha) do seu território é coberto de
floresta e cerca de 510 ha correspondem a ter-
renos para a prática agrícola.
Texto: https://www.infopedia.pt/
Fotos: Redes sociais (Renato Camacho e outros).
134. 1
Foto de Marisa AJAP
AJAP
descobrindo Página 134
Edição nº. 21
EBSPMA– ano letivo 2013/2014 (da esquer-
da para a direita): Professora de Francês, Ma-
ria da Paz, Catarina, Firmino, Daniela e Ma-
risa, alunos finalista do Curso Profissional de
Ação Social, em abril de 2014, junto da anti-
ga entrada da Sala dos Professores (exterior),
durante uma das várias atividades práticas
desenvolvidas nesse ano.
Recorde-se que o projeto de visita a Lisboa
concretizou-se, tendo contribuído para maior
divulgação do Curso e enriquecimento curri-
cular dos alunos.
Com a qualificação obtida neste curso, a Ma-
risa, por exemplo, prosseguiu os seus estu-
dos noutras áreas de conhecimento.
135. Fig. 1) - Marisa Matias, na qualidade de aluna
do antigo Curso de Ação Social da EBSPMA,
que prosseguiu os estudos superiores no Conti-
nente e, depois, lá fixou a respetiva residência.
A foto é dela própria e partilhou-a, em exclusi-
vo para a Descobrindo, em fevereiro de 2021.
Foi captada no antigo pátio da EBSPMA, a
caminho do Centro de Atividades Ocupacio-
nais (CAO) local, no qual trabalhava, entre ou-
tras, à época, a Educadora Ana (fig. 2). Um
dos objetivos do referido curso era valorizar o
trabalho em equipa, nomeadamente com a po-
pulação-alvo e com os outros técnicos (fig.
3)..Fig. 2) - Ana Estevens, na qualidade de an-
tiga Educadora na Ribeira Brava (em cima e à
direita,): Em Beja, fevereiro 2021,4 meses
após ter deixado, com muitas saudades, a Vila
da Rª. Brava onde trabalhou durante mais de
15 anos. Fig. 3) Marisa Matias, numa reunião
de trabalho na CMRB, com o antigo Vereador
da Cultura e convidados, proporcionada pelo
então Diretor do Curso Tecnológico de Ação
Social: Preparação da Prova Final, em 2016.
Parte do “produto final” dessa prova ainda
continua na Biblioteca Municipal, em suporte
de painéis.
1
2
3
Foto de Marisa AJAP
AJAP
descobrindo Página 135
Edição nº. 21
136. F
oi no dia 3-11-2017 a Bênção das
Capas da Escola BSPMA com
alunos Setimanistas. A missa foi
ás 15h. Os alunos e professores
reuniram-se na Escola a partir das 2h e forma-
ram o cortejo.
Na foto de baixo: a direção da Escola BSPMA e a
comissão de finalistas deste ano letivo.
descobrindo Página 136
Bênção das capas (EBSPMA) 2017
Fonte: CMRB e Redação
Edição nº. 21
137. A Bênção das Capas 2017
Fotos: Olga Fernandes
descobrindo
Página 137
Edição nº. 21
139. Vais conseguir:
(…)
Vitorias sem derrotas, ninguém consegue ter
Cair e levantar, só me ajuda a crescer
Sem muito sacrifício, não vou poder ganhar
Tenta ser o primeiro, ter glória triunfar
Eu vou me empenhar, pois quero aprender
Ninguém me faz mudar
Vou ser eu a escolher
Ser doutora, professor
Bailarina ou pintor, astronauta, jogador
Ou a té ser o melhor cantor.
Nesta minha
caminhada, no sentido do saber, lado a lado
com os amigos, eu sei que poderei vencer.
Sou Finalista!
(As palavras não são nossas mas achamos que se
enquadram na mentalidade de alguns estudan-
tes).
descobrindo Página 139
Edição nº. 21
140. descobrindo Página 140
Parabéns aos finalistas da Escola Pe. Manuel
Álvares que participaram nas cerimónias da
com Bênção das Capas, na 6ª feira, 3 de no-
vembro de 2017, às 16h na igreja da Ribeira
Brava.
O Traje Académico tem origem nas velhas
lobas (batinas) eclesiásticas e sempre foi
composto por capa e batina. Tal facto vem
confirmar a influência que a Igreja sempre
teve no ensino. É preciso não esquecer que
até ao século XVIII, quem detinha o mono-
pólio do ensino era o clero, nomeadamente a
Companhia de Jesus. Só com a laicização do
Estado é que esse monopólio se começa a
desmoronar.
Fonte: http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?
news=aff35cc7-a3f1-4a89-bff7-
db022a126659&edition=55
Edição nº. 21
141. Página 141
Edição nº 21
2023
DESCOBRINDO
“O Bordado Madeira sempre
fez parte da minha vida”
Ilda Ferreira, em dezembro de 2017, residente na
Vila da Rª. Brava, perto do Quartel dos Bombeiros)
Por AJAP
No dia 5 de dezembro de 2017, no
centro da Vila da Ribeira Brava,
conversamos com uma bordadeira
nascida em 1936, com 81 anos, na
altura, a Ilda Ferreira, natural do
sítio de São João - Ribeira Brava.
Era bordadeira desde os sete anos
de idade, uma arte que aprendeu
com sua mãe.
Entre as muitas peças bordadas pela
Sra. Ilda, e por se estar em véspera
de Natal, a que mais destacou, num
exclusivo para a “Descobrindo…”,
foi o vestido que ela tinha acabado
de confecionar para “vestir o Meni-
no Jesus”, segundo palavras dela.
Levou meses a fazer porque, com a
idade, a visão vai sendo cada vez
menor. O “vestidinho do Menino”
é composto por um tecido de linho,
de cor branca, bordado a azul claro,
com os seguintes pontos: caseado,
ponto de corda (trata-se de um pon-
to utilizado nos contornos do dese-
nho, desenvolvido em espirais uni-
dos e uniformes), ilhó, bastido, viú-
va, rosa…
Edição nº. 21
142. descobrindo Página 142
2.ª FASE | REALIZAÇÃO DAS SESSÕES NOS
DISTRITOS E REGIÕES AUTÓNOMAS | 20 FE-
VEREIRO A 20 MARÇO.2017 . Alunas da
EBSPMA, do 3º. Ciclo representaram, a nível regio-
nal, o projeto nacional “Parlamento dos Jovens”. O
tema em debate foi o que consta da figura ao lado.
Recorde-se que a Constituição é a lei suprema do país. Consagra os direitos funda-
mentais dos cidadãos, os princípios essenciais por que se rege o Estado português e as
grandes orientações políticas a que os seus órgãos devem obedecer, estabelecendo
também as regras de organização do poder político;;foi aprovada em 1976 e, desde
então, foi revista sete vezes (até 2021…).
Edição nº. 21
143. Eu sou a Zélia Jardim*. Ando na Escola B+S
Padre Manuel Álvares, no curso de Técnico de
Vendas para completar o 12ºano. A primeira
vez que ouvi falar sobre a bênção das capas foi
há cerca de 7 anos atrás, quando o meu irmão
fez. A bênção das capas é um sentimento espe-
cial que experimentamos quando está a aconte-
cer connosco, não é como quando falamos por
falar, é um momento único, é uma honra ter
sido benzida. Todos aqueles que te conhecem
ficam orgulhosos de ti. Oficialmente neste ano
de 2017 fui “capada”.
*Zélia Jardim , nas duas últimas imagens desta página, trajada a
rigor. Foi a melhor aluna na turma dela. À esquerda, acompanhada
por mais elementos da Comunidade Educativa. À direita, pousou
ao lado de um dos seus professores e amigo para sempre.
descobrindo Página 143
Edição nº. 21
145. “WINTER FASHION SHOW, by IShare”
Partilhado nas redes sociais por Elisa Leitão
No dia 16 de dezembro de 2017 a loja
IShare, da Escola Básica e Secundária
Padre Manuel Álvares (EBSPMA), orga-
nizou no Centro Comercial
"Monumental Experience" um desfile de
moda solidário. A iniciativa contou da
atual Miss Queen Madeira, Alexandra
Garcês; alunos da EBSPMA; a modelo
Micaela Pereira; o jovem criador de mo-
da, Nuno Abreu; Luís David Nóbrega
(Make Up Artist) e Roberto Jardim que
nos presenteou com uma bonita atuação.
descobrindo
Página 145
Edição nº. 21
146. descobrindo Página 146
Edição nº. 21
À esquerda, no top da página, o Sr. João
(EBSPMA), num dos seus momentos livres, à noi-
te, pousando em exclusivo para um fotógrafo seu
amigo de longa data (José)., em 2013.
Imagens desta página e seguinte: José Ramos.
147. 1 AJAP
descobrindo Página 147
Edição nº. 21
O Carnaval é uma tradicional festa popu-
lar realizada em diferentes locais do mundo,
sendo, também, celebrada na Ribeira Brava,
claro. As imagens desta e da página anterior
são de autoria de José Ramos. Foram captadas
nas ruas da Ribeira Brava , no dia 24 de feve-
reiro de 2017—”Carnaval das Escolas”, orga-
nizada pelo Município local, anualmente
Sabia ...que?...
Apesar do forte secularismo presente no Car-
naval, a festa é tradicionalmente ligada
ao catolicismo, uma vez que sua celebração
antecede a Quaresma. O Carnaval não é uma
invenção ribeirabravense, pois sua origem re-
monta à Antiguidade?
A palavra Carnaval é originária do la-
tim, “carnis levale”, cujo significado é “retirar
a carne”?
Que esse sentido está relacionado ao jejum que
deveria ser realizado durante a Quaresma e
também ao controle dos prazeres mundanos.
Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católi-
ca de controlar os desejos dos fiéis.?
Também sabia que alguns estudiosos enten-
dem o Carnaval como uma festa cristã, pois
sua origem, na forma como entendemos a festa
atualmente, tem relação direta com o je-
jum quaresmal?
O que acabamos de dizer não impede que se-
jam traçadas as origens históricas que nos
mostram a influência que o Carnaval sofreu de
outras festas que existiam na Antiguidade.
148. 1
Foto de Marisa AJAP
AJAP
descobrindo Página 148
Edição nº. 21
A Descobrindo dedica esta página à Fátima
José, na primeira página, à direita de azul, pe-
la sua dedicação aos projetos e clubes da
EBSPMA. Obrigado Fátima!
De facto, a sra. Fátima, funcionária da Biblio-
teca da Escola sempre foi muito compreensi-
va para com os alunos, apoiando-os em tudo
que estava dentro das suas possibilidades.
Aqui, em 2014, numa visita de estudo ao Fun-
chal, no âmbito do Projeto Liga-te. Ela recor-
da-se de todos os alunos que, por acaso, no
meio de tantos outros, pousaram, em exclusi-
vo para a Descobrindo nesse “longínquo” ano
de 2014. Aqui vão algumas dicas: Camila,
Marisa…
No final da página, à direita, uma das inúme-
ras atividades do Liga-te, dedicada à preven-
ção: “Fumar para quê?”
149. descobrindo Página 149
Edição nº. 21
“Em 1972 numa Escola na Ribeira Brava.
QUERO DIZER QUE ÉS LIVRE !
Francisco Simões”
Partilhado por Martinho Macedo, em 2021/09/11
150. descobrindo Página 150
Disseram-me que os mu-
rais, pintados pelos alunos
e professores seriam repli-
cados na nova escola, ve-
remos terá sido apenas
uma promessa…
Textos e imagens de Nélio
Serrão, junho 2020.
Ref.: EBSPMA
Edição nº. 21
151. descobrindo
Página 151
O Ranking apenas serve para as estatísticas,
estas não refletem sentimentos.
Não podemos esquecer que esta escola já
existe desde a década de setenta do século
passado. São instalações com mais de 40
anos, que viram muitos alunos/docentes pas-
sar pelos seus corredores, cada um contribui-o
com um bocadinho de si para a história desta
escola e também absorveu um bocadinho dos
ensinamentos por esta transmitidos.
Uma escola não é apenas paredes, é toda a co-
munidade de alunos, funcionários, docentes.
Muitos recordam-se quando nesta escola estu-
davam alunos de toda a costa oeste e parte da
costa norte, tínhamos alunos desde a Ponta do
Pargo até Campanário, da Boaventura à santa
do Porto Moniz, era uma grande comunidade
escolar. Não foi do meu tempo, só me recordo
dos pré-fabricados (salas 27,28…), mas esta
escola teve uma estufa, uma horta, uma pocil-
ga, os patos…, é verdade estava degradada e
as obras sempre foram promessa, mas hoje
vejo metade da promessa cumprida, temos
obra feita. Desta escola saíram médicos, advo-
gados, juízes, professores, artistas, empresá-
rios, simples seres humanos, etc., etc., todos
nós já fomos jovens e também fomos irreve-
rentes.
Quando vi a demolição de parte dos pavi-
lhões, para a 1ª fase da construção da nova
escola, senti alguma nostalgia pois foram
bons e maus momentos ali passados com ami-
zades para uma vida.
Disseram-me que os murais, pintados pelos
alunos e professores seriam replicados na no-
va escola, veremos terá sido apenas uma pro-
messa…
Nélio Serrão .29 de junho de 2020
Nota da Redação
O texto e as imagens
desta páginas e das
duas seguintes foram
partilhadas pelo autor,
na imagem, ao topo
(Nélio), em janeiro de
2021.
Edição nº. 21
152. descobrindo Página 152
Nota de Redação: EBSPMA (Ribeira Brava)
- imagens captadas e divulgadas nas redes so-
ciais por Nélio Serrão. Data de referência: ju-
nho de 2020.
Com origem etimológica no latim murālis,
mural é um adjetivo que é usado em referên-
cia ao que diz respeito a um muro.
O termo também pode ser usado como subs-
tantivo para designar a pintura que se faz so-
bre uma parede. Exemplos: “Aquilo que mais
me chamou à atenção na igreja foi o seu mural
com alegorias religiosas”, “Precisamos de
contratar um especialista em reparações mu-
rais para sustentar a o longo da história,
o ser humano escolheu sempre os muros para
fazer manifestações artísticas.
A pintura rupestre, de facto, era realizada em
paredes das cavernas. O auge da arte mural
teve lugar durante o Renascimento, com gran-
des expoentes como Rafael. Entre os murais
mais famosos, destacam-se aqueles que pintou
na Capela Sistina do Vaticano (…).
Edição nº. 21
153. descobrindo Página 153
Nota de Redação: EBSPMA (Ribeira Brava)
- imagens captadas e divulgadas nas redes so-
ciais por Nélio Serrão. Data de referência: ju-
nho de 2020.
Hoje em dia, uma das modalidades mais fre-
quentes da arte mural é o grafiti. Esta técnica
consiste em pintar paredes urbanas com ae-
rossóis, o que muitas vezes constitui um deli-
to (quando se pinta sobre muros públicos ou
sobre muros que pertencem a uma proprieda-
de privada sem pedir autorização ao seu do-
no).
Por fim, mural é o nome que se dá ao espaço
na rede social Facebook no qual se partilham
conteúdos, pensamentos e emoções (https://
conceito.de/mural).
Edição nº. 21
154. Página 154
descobrindo Edição nº. 21
Realizaram-se no dias 19 de julho de 2019 as
apresentações das Provas de Aptidão Profis-
sional (PAP) dos alunos finalistas do Curso
Profissional Técnico de Gestão, da
EBSPMA, acompanhados por alguns elemen-
tos do júri e professores.
A PAP é a prova com a qual culminam os
cursos profissionais e que corresponde à
apresentação de um projeto que mobiliza as
capacidades e saberes que foram desenvolvi-
dos ao longo dos três anos da formação.
Estes alunos, além do cumprimento dos três
anos com atividades letivas (2016 a 2019),
antes das PAP´s haviam concluído, também,
os estágios em empresas e instituições.
Salienta-se o esforço e o envolvimento das
empresas, professores e alunos que deram
mostras da sua resiliência.
Estes alunos receberam, por parte dos respe-
tivos orientadores/tutores, os melhores elogi-
os pela qualidade dos trabalhos desenvolvi-
dos.
155. Descobrindo Página 155
Em baixo: Loja de Vendas– Produção Artesanal da
Bota Chã /Museu Etnográfico da Madeira/Ribeira Bra-
va/ 1997
Mercearia tradicional,
muito conhecida, na
Estrada de São João, em
2019, com destaque para
o seu proprietário, à
esquerda, carinhosamen-
te conhecido no meio
por “Cepa”. Simpático.
Edição nº. 21
156. A “Festa “aproxima-se a passos largos
A “Festa “aproxima-se a passos largos. Nos
lares dos madeirenses e porto-santenses não
pode faltar o tradicional pinheiro de Natal e a
“lapinha” ou presépio, para além das delicio-
sas iguarias típicas desta quadra.
Durante a preparação das festas de Natal é co-
mum enfeitar os presépios ou “lapinhas” com
ramos de azevinho, de “alegra-campo”,
“ensaião”, “cabrinhas”, musgos de várias es-
pécies.
Nesta página, fotografias captadas na casa de
Francisco Pestana, no sítio da Murteira (Vila
da Rª. Brava), há seis anos (2017/12/12).
descobrindo Página 156
Edição nº. 21
158. Página 158
descobrindo Edição nº. 21
As imagens desta pá-
gina e da anterior são
do tempo antes da
pandemia mundial
(COVID—19).
Fonte: Museu Etno-
gráfico da Madeira e
Olga Fernandes.
159. Página 159
descobrindo Edição nº. 21
Em jeito de síntese
Nos sítios da Achada e Pico Banda de Além, as
oferendas são colocadas num barco, devido ao
facto de São Pedro ser pescador.
Também oferecem dinheiro, cujas notas são
colocadas num ramo de uma árvore, que trans-
portam durante o cortejo, conforme imagens de
anos anteriores com as quais concluímos este
tema, em ano de pandemia.
Nunca é demais repetirmos que em 2020 e
2021, como se disse na página anterior, não
houve festa no sentido habitual do termo.
O “São Pedro” da Rª. Brava é um evento de
cariz popular em tributo a S. Pedro.
Antigamente, os transportes faziam-se muitas
vezes por mar.
A cabotagem, com ligações a quase todo o lito-
ral, desempenhou um papel fundamental na co-
municação entre alguns concelhos.
De toda a ilha vinham romeiros, de barco, para
as festas do S. Pedro, na Ribeira Brava.
O “Gavião”, o “Bútio”, o “Vitória” ou o
“Dekade II”, foram alguns dos barcos de cabo-
tagem que chegaram a realizar carreiras extra-
ordinárias, para transportar os romeiros que
chegavam durante a tarde, aumentando de nú-
mero pela noite dentro (Créditos: Museu Etno-
gráfico da Madeira).
Em baixo, à esquerda: Freguesia da Tabua (Rª:
Brava), em junho de 2017: Noite de São Pedro.
Da esquerda para a direita: Rita, Juliana e Cata-
rina. Fonte: Rita.
À direita, também em baixo, mais uma imagem
da “charola” da Fajã da Ribeira (anos anterio-
res).
Festa de São
Pedro da
Ribeira Bra-
va , antes da
pandemia
mundial.
160. descobrindo Página 160
7 – SOCIEDADE A MORTE E A VIDA
JANEIRO 2021
Era uma vez, um cacho de bananas de
São João e a companhia de gato.
Por Rufino Matias , no topo desta página em
janeiro de 2021), na qualidade de leitor da
Descobrindo.
C
omo se constata na foto, é um
magnífico cacho de bananas.
Este nasceu duma bananeira, o
qual teve o privilégio/
amabilidade, na sua nascença, de evoluir em
cima do telhado da nossa casa. Este cacho
tem cerca de seis meses, na gíria do agricul-
tor, diz-se ser devido ao São João, daí a de-
signação “banas de São João”.
Com o histórico do CACHO em cima de um
telhado, já resumido, prosseguimos com o
GATÃO, que se encontra junto deste, por
sua iniciativa, ali permaneceu, mostrando,
que este TROFÉU, também faz parte da sua
vida, visto que todos os dias, passava e fica-
va vigilante junto dele!
Este cacho, já foi despencado, isto é, retirado
da haste principal, para ser mais fácil a des-
locação e o amadurecimento das suas bana-
nas!
Valeu a pena tratar desta planta, na sua adu-
bação, na rega em diversos períodos do seu
crescimento, o Sol, que é outra fonte de ma-
turação e desenvolvimento, até ao seu corte
no dia de hoje, (30-11-2017).
O seu peso ultrapassava os quarenta e cinco
quilos!...
Edição nº. 21
161. 1. Até Já!
Percorria a estrada da vida quando o venda-
val me arrancou de ti! Passei em tua vida pa-
ra te indicar o mais além, ia contigo, seguia a
teu lado, por vezes numa distância que
aprendemos a ler perto, e celebrávamos as
conquistas. Não quis que fosses antes ou de-
pois, mas agora que habitas no novo espaço
e no novo tempo quero somente dizer-te bai-
xinho: sei que chegaste bem e sei que estare-
mos juntos. O tempo é outro, o espaço é ou-
tro mas quem se preparou para a chegada vi-
ve agora acima do mundo. Sei que chegaste
bem, sei que estaremos juntos e sei que a
partir desse dia teremos muitos mais motivos
para celebrar. Assim é! Quando não senti-
mos o adeus este passa a ser um até já.
(Mensagem inteiramente dedicada ao meu grande
Amigo, meu Padrasto, Rufino Figueira. Que a pri-
mavera se manifeste sempre, seja na estação do in-
verno ou no inverno da vida. Até já.)
2. A vida
Este ano não haverá estações do ano. O in-
verno passou e levou a quem a nós pertencia!
Brevemente a Primavera chegará mas se a
sentir será somente para dedicar a quem foi.
Como sempre, as flores desabrocharão, os
aromas pairarão no ar, as borboletas dança-
rão e o canto das aves soará. Mas, toda esta
festa de manifestação servirá somente para
nos indicar que além deste nosso comum
olhar a primavera habitou naquele inverno
que o levou. Somente nesta certeza a prima-
vera nos arrancará um novo sorrir. Se esta
nos fizer saber que por detrás de cada esta-
ção existe a eterna primavera então voltare-
mos a celebrar... a vida.
Sandra Serôdio , 6 de fevereiro de 2021.
Fonte: “Brisas do Silêncio”
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=250
descobrindo Página 161
Edição nº. 21
162. Cemitério da Ribeira Brava, em janeiro de
2021 - Visita de trabalho (Parte I). Por AJAP.
Portugal foi o Estado da Europa, detentor de
colónias, que mais tarde procedeu à descoloni-
descobrindo Página 162
Edição nº. 21
163. zação. Essa demora em acompanhar o movi-
mento que se começou a impor logo após o
fim da 2.ª Guerra Mundial deveu-se a vários
fatores (…)
(…) O golpe militar de 25 de abril, que der-
rubou sem grande dificuldade o velho Estado
Novo, foi o começo de uma revolução que,
inevitavelmente, transportava no seu seio,
como objetivo mais ansiado, o fim da guerra
e com ela a independência das colónias.
Aquilo que o Estado Novo teimosamente ne-
gou durante mais de uma década, a Revolu-
ção tornou a oferecer à História e à Humani-
dade, em poucos meses: a imensa capacidade
de Portugal dar mundos ao mundo. (A
GUERRA COLONIAL (1961 – 1974) , por
Luís Alves de Fraga .
Recordamos ainda que mais de 30 mil madei-
renses foram mobilizados para a "Guerra do
Ultramar".
Entre 1961 e 1974, milhares de madeirenses
foram obrigados a lutar pela pátria nas ex-
colónias. Fala-se em 30 mil mas os ex-
combatentes desconfiam que foram muitos
mais, atendendo a que vários seguiram direta-
mente do continente e não foram incluídos
nas estatísticas como madeirenses.
descobrindo Página 163
Edição nº. 21
164. Morreram 269 militares madeirenses na
Guerra do Ultramar (Vídeo)
Um número avançado pelo Coronel Capelão
António Simões, este domingo, numa cerimó-
nia de homenagem aos militares que perece-
ram em combate.
Sara Fernandes | Publicado 01 nov. 2020,
“https://www.rtp.pt/madeira/sociedade/morreram-269-militares-
madeirenses-na-guerra-do-ultramar-video_47675”
descobrindo Página 164
Edição nº. 21
165. Visita de trabalho ao cemitério da R. Brava
Por AJAP, janeiro 2021
descobrindo
Página 165
Edição nº. 21
166. Com a morte de cada homem termina um uni-
verso cultural específico, mais ou menos rico
mas sempre original e irrepetível. O que o ho-
mem deixa quando morre – os seus escritos,
os objetos culturais que criou, a memória da
sua palavra, dos seus gestos ou do seu sorriso
naqueles que com ele viveram, os filhos que
gerou – tudo exprime uma realidade que está
para além do corpo físico, de um certo corpo
físico que esse homem usou para viver o seu
limitado tempo pessoal de ser homem.”
Daniel Serrão (www.danielserrão.com) .
Daniel dos Santos Pinto Serrão GCSE • GCIH (Vila Real, São
Dinis, 1 de março de 1928 – Trofa, 8 de janeiro de 2017) foi um
médico português.
descobrindo Página 166
Edição nº. 21
167. Ribeira Brava, janeiro de 2021: Vi-
sita de trabalho ao cemitério local.
Desde os primórdios da civilização
que o nascimento e a morte desper-
tam no ser humano uma grande curi-
osidade e inquietação. A morte, as-
sim como a doença e o sofrimento,
são partes integrantes da condição
humana. (Cilena Canastra; 2007)
descobrindo
Página 167
Edição nº. 21