1. Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior – ANDES-SN
InformANDES na UFRGS, nº 65, 13/09/2018
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Pauta:
1 – Privatização é objetivo dos ataques à UFRJ
2 – Marcha dos servidores em Brasília
3 – Encontro da Regional do ANDES-SN
4 – Voz Docente
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1 - Privatização é objetivo dos ataques à UFRJ e ao Museu Nacional
Um triste cenário tem tomado conta de canais de comunicação após a tragédia que
destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Representantes do governo constroem
um discurso para macular a imagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
e do reitor, Roberto Leher, valendo-se de argumentos falaciosos e de dados
manipulados. Tentam, assim, blindar o governo Michel Temer e a Emenda
Constitucional 95, que oficializa a precarização das instituições de ensino superior no
Brasil.
Paralelamente, o anúncio da criação da Agência Brasileira de Museus (Abram), através
de Medida Provisória no início desta semana, retira da UFRJ a responsabilidade pelas
reformas do museu e configura o passo inicial da desvinculação total da entidade com a
área de ensino.
Para a direção nacional do ANDES-SN, tais medidas visam a acelerar o processo de
privatização da educação e dos serviços públicos. “Sabemos que esses ataques têm por
objetivo desmoralizar a Universidade Pública brasileira, a exemplo dos ataques à UFSC,
à UFMG e a um conjunto de docentes em todos os cantos do Brasil”, afirma nota
pública divulgada pelo Sindicato Nacional, que se une à comunidade acadêmica e à
sociedade em apoio à UFRJ.
Entre as ações, ocorreu um abraço simbólico ao Museu Nacional, convocado pelo
ANDES-SN junto com outras entidades, e um ato na Cinelândia, que reuniu milhares de
pessoas, demonstrando verdadeira indignação ao contexto de descaso contra diversos
setores. Na última terça-feira (11/09), ex-reitores da universidade carioca
se reuniramcom a atual gestão para também manifestar solidariedade. “A UFRJ está
quase completando um século de existência e tem contribuído sempre, com suas
atividades de ensino, pesquisa e extensão, para a formação de profissionais altamente
qualificados, o avanço do conhecimento e a difusão e promoção da cultura. A garantia
do êxito nessas atividades, para tanto, se fundamenta na preservação da sua autonomia.
A atual crise impõe a união da comunidade acadêmica em torno da Reitoria e de
medidas que possibilitem a solução urgente dos muitos problemas que nos afligem. É
2. preciso continuar a cumprir nossa missão como instituição de ensino, pesquisa, difusão
e promoção cultural”, diz nota divulgada logo após o encontro.
Mentiras manipuladoras
Logo após as manifestações de apoio ao Museu Nacional, à UFRJ e à comunidade
acadêmica, começou a campanha caluniosa, dizendo que os sucessivos cortes
orçamentários não seriam significativos para os problemas do museu, e que os mesmos
seriam consequência de má administração. Se não bastasse, ainda se afirma que essa
suposta má administração decorreria de orientação e filiação política do reitor e de seus
pró-reitores.
O que acontece, na realidade, é que o orçamento da UFRJ (que contempla as despesas
com manutenção geral, obras de infraestrutura, compra de equipamentos e construção
de novos prédios) está passando há anos por cortes e contingenciamentos: foi de R$ 434
milhões em 2014 para R$ 421 milhões em 2017. A instituição prevê que encerrará este
ano com déficit de R$ 160 milhões. A ADUFRJ-SeçSind lançou, inclusive, um boletim
especial com os motivos que levaram ao incêndio.
A Emenda Constitucional (EC) 95, do Teto de Gastos, é parte importante desse cenário,
visto que, em 2018, passou a valer também para o Ministério da Educação (MEC) e
para as universidades federais. “Conhecemos, há muito tempo, a ‘receita podre’ do
neoliberalismo para as instituições públicas: transformar tudo em mercadoria para ser
rentável ao capital. Cortar recursos e forçar a privatização por dentro, através da venda
de serviços, das parcerias público-privadas, da terceirização e da inserção de
organizações sociais para gerir o bem público”, afirma a nota do Sindicato Nacional.
Lutar pela UFRJ e pelo Museu Nacional
A diretoria do ANDES-SN ressalta a importância de manter a mobilização em defesa da
UFRJ e do Museu Nacional. Também reafirma sua posição contra a criminalização e a
privatização da universidade. “O Museu Nacional, assim como todos os equipamentos
das instituições públicas de ensino, precisa de recursos, e um dos principais
investimentos deve ser feito em pessoal e infraestrutura, por isso repudiamos também o
ataque da grande mídia e de parcela do empresariado à(o)s funcionário(a)s público(a)s,
nos rotulando como ‘gasto’. Sem funcionário(a) público(a) não existe serviço público
de qualidade”, completa a nota.
Uma Greve Geral em defesa dos serviços públicos de qualidade está em pauta, e pode
ser definida após a marcha a Brasília nesta quinta-feira (13/09).
Saiba mais
2 - Servidores públicos farão marcha ao STF nesta quinta
Esta quinta-feira (13/09) será de grande mobilização em Brasília. Servidores públicos
federais, municipais e estaduais estarão reunidos em frente ao Supremo Tribunal
Federal (STF) para pressionar os ministros a votarem pela revogação da Emenda
Constitucional (EC) 95/16, que limita os gastos sociais, incluindo os investimentos em
educação, até 2036.
O ato, que acontece no dia da posse do ministro Dias Toffoli como presidente do
Tribunal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também exigirá que os ministros
votem a favor da revisão anual dos salários do funcionalismo, dentro da data-base. “A
luta é em defesa dos nossos direitos, pela revogação da EC 95, e por um STF que
respeite os direitos dos cidadãos, assegurados na Constituição Federal”, afirmou
Jacqueline Lima, 2ª secretária do ANDES-SN.
3. Os servidores públicos ainda exigirão a revogação das contrarreformas Trabalhista e da
Terceirização, que precarizam as condições de trabalho e sucateiam os serviços
públicos, o direito à greve e à negociação coletiva.
Saiba mais
3 – Encontro da Regional do ANDES-SN começa nesta sexta-feira (14)
A XIX edição do encontro da Regional RS do ANDES-SN começa nesta sexta-feira, dia
14 de setembro, no Campus Porto Alegre do IFRS (Cel Vicente, 281). O tema do evento
é “Em defesa dos IFs e das universidades públicas”, e estarão presentes a
Direção Regional do ANDES-SN no RS e as seis seções sindicais do Sindicato
Nacional no Estado: ANDES/UFRGS, Adufpel, Aprofurg, Sedufsm, Sesunipampa e
Sindoif. A programação inclui mesas sobre os ataques financeiros e ideológicos que as
instituições de ensino vêm sofrendo e sobre paridade de gênero no ANDES-SN (debate
que está sendo feito em todas as Seções Sindicais e deve culminar com alterações no
Estatuto do ANDES-SN no próximo Congresso), além da plenária das seções sindicais.
O encontro é aberto à participação de docentes e de toda a comunidade acadêmica, para
debater a organização sindical e os caminhos da luta em defesa da educação pública.
Veja detalhes da programação
4 - Ouça o Voz Docente pela Internet
Ouça AQUI o programa nº 37/2018, do dia 12 de setembro de 2018
No Roteiro
- Lembramos o triste 11 de setembro do golpe militar contra o presidente do
Chile, Salvador Allende;
- Nosso comentarista Conde Pie apresenta um poema do professor da UFRJ Mauro Iasi
que resume bem o nosso momento;
Notícias Expressas
1 - IFRS recebe encontro do ANDES no RS nos dias 14 e 15 de setembro
2 - Marcha de Servidores protesta em frente ao STF nesta quinta, dia 13
3 - A promessa da terceirização: atrasos, assédio moral, salários defasados e empresas
que somem
4 - Em meio a incêndio do Museu Nacional, servidores e voluntários conseguem salvar
peças
Voz Docente é um programa semanal, produzido pela Seção ANDES/UFRGS ,
em parceria com as Seções Sindicais da UFPEL, da FURG e a Regional/RS do ANDES-SN, e
radiodifundido às quartas-feiras, às 13h, na Rádio da Universidade, 1080 AM ou on-
line: http://www.ufrgs.br/radio/
O programa é também veiculado três vezes por semana em Pelotas:
pela Rádio Federal FM 107,9, emissora da UFPel, e pela RádioCom 104.5 FM.
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Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!
4. Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!
10% do PIB para Educação Pública, já!
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