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ENSINAR E APRENDER |+Recursos Educativos
1.3.6 Recuperar com artes e humanidades
ROTEIRO
Espécies de espaços
Fernanda Fragateiro e alunos da E.S.Camões, Lisboa, 2021
O quê?
Aprender com diferentes tipos de espaços, através de processos artísticos, obras de arte e
diferentes patrimónios.
Proposta de 5 atividades (Cenários) que analisam e aproveitam a relação com diferentes
“espécies de espaços”, como lhes chamou Georges Perec: dos mais pequenos aos maiores, da
folha de papel à sala de aula, do pátio da escola à cidade ou ao campo, do espaço privado-
interno aos lugares públicos-externos...
Valorizar e aproveitar, através de diferentes pedagogias e processos artísticos, o corpo e os
espaços onde se ensina/aprende –, compreendendo que o próprio espaço condiciona a nossa
existência e molda as experiências de aprendizagem.
Para quê?
+ apoiar as diferentes disciplinas e o trabalho transdisciplinar
+ propor estratégias para organizar a sala ou dar início a uma aula
+ capacitar para a comunicação e participação, desenvolvendo a literacia, a oralidade e a
escrita
+ desenvolver a criatividade e o pensamento crítico
+ promover a socialização, a relação interpessoal e o trabalho cooperativo
+ valorizar o conhecimento de si, a expressão de sentimentos e de opiniões
+ aprender a debater, a respeitar diferentes opiniões, a valorizar a diversidade cultural e a
promover a cidadania cultural e o ativismo cívico e político
Como?
Cenário #1
A sala de aula – espaço, corpo e comunidade
(todas as disciplinas – início do ano)
1. Pedir aos alunos para olharem o espaço da sala: os móveis e objetos, a organização
das mesas, a disposição das coisas no espaço.
2. Debater: Como é que o espaço nos influencia? Como altera as nossas relações? O
que é que nos diz (mesmo inconscientemente) sobre o que julgamos ser
aprender/ensinar? O que significa a organização do espaço ao nível
ideológico/pedagógico/político? Como é que o espaço organiza relações sociais, de
poder, de participação ou de exclusão? É democrático ou autoritário? O espaço
molda relações e expetativas: o que se espera de quem se senta de determinada
forma ou de quem ensina de um determinado lugar? Os espaços indicam “quem
manda”, quem ensina e quem aprende, quem pode falar e quem deve escutar? E qual
o lugar do corpo na aprendizagem, numa sala de aula?
3. Ver o documentário “Os Espacialistas”: https://www.rtp.pt/play/p5644/e403767/atelier-
arquitetura
4. E como poderá ser esta sala? O que precisa para aprendermos/ensinarmos melhor?
Cada um desenha uma proposta e reflete sobre o que ela revela de pensamento
sobre o que é a escola, uma turma, ser aluno e ser professor, aprender... Fazer um
círculo com as cadeiras? Organizar ilhas com as mesas? Uma sala em U? O professor
inserido no meio ou afastado? De costas viradas uns para os outros ou de frente?
Diferentes pedagogias ou paradigmas exigem organizações distintas. Discutir com os
alunos. Envolvê-los na decisão.
5. Trabalho em grupos: discutir em grupo e apresentar um desenho alternativo da sala
e justificar a opção. Depois da apresentação à turma, eleger democraticamente uma
proposta ou experimentar várias.
6. Experimentar. Pensar uma “coreografia” que não envolva barulho de cadeiras e
mesas a arrastar, mas uma “dança” de móveis, de forma cuidada e racional: como
exemplo, ver a micropedagogia “Coreografia da sala em U”, na página 149 do livro
“10x10”: https://s3-eu-central-1.amazonaws.com/content.gulbenkian.pt/wp-
content/uploads/sites/16/2017/10/31124940/10x10_Ensaios_entre_Arte_Educacao.pdf
(esta proposta pode ser um ritual de início e de fim de aula: faz-se e desfaz-se em menos de
um minuto).
Cenário #2
Ocupa o espaço da escola! – o poder das palavras
(Português, História, História da Arte, Educação Visual, Cidadania e Desenvolvimento,
Filosofia)
Fernanda Fragateiro e alunos da E.S.Camões, Lisboa, 2021
1. Ver o documentário da RTP-Ensina sobre a criação do Slogan da Coca-cola, por
Fernando Pessoa (https://ensina.rtp.pt/artigo/fernando-pessoa-e-a-coca-cola-a-
historia-de-um-slogan-iconico/).
2. Ver o documentário Dicionário de Abril – Letra C
(https://ensina.rtp.pt/artigo/censura-previa-a-mordaca-que-o-estado-novo-criou/).
3. Refletir sobre a democracia, a cidadania e a participação no espaço público; sobre a
liberdade de expressão e a importância da palavra e do discurso na construção do
mundo. O que faz a palavra no espaço público? Na política, nos discursos
inspiradores, na publicidade...
4. Sobre o tomar a palavra (“Using your voice is a political choice”), ver e escutar a
jovem poeta norte-americana Amanda Gorman:
https://www.youtube.com/watch?v=zaZBgqfEa1E
5. Debater e pensar: quais as inquietações, os problemas sentidos, os desejos pessoais e
colectivos? Que escola queremos, de que comunidade necessitamos, o que é preciso
mudar? Quais os valores, as palavras, as frases de ordem que queremos divulgar e
dispersar pela escola para inquietar/apaziguar/encantar a comunidade?
6. Criar frases, slogans, palavras de ordem que possam refletir as inquietações, os
desejos pessoais ou coletivos dos alunos.
7. Fazer cartazes, com cuidado gráfico e apoio profissional, que poderão culminar num
happening/manifestação na comunidade escolar. Espalhar os cartazes pela escola
(em locais designados para o efeito, enviados por email, deixados nos cacifos...).
Recursos:
Cartazes/serigrafias pop com mensagens inspiradoras de Corita Kent:
https://www.corita.org
https://www.youtube.com/watch?v=rjEOig94Xlw
https://www.youtube.com/watch?v=EaOWOULeH-0
e
Como fazer um poster?
https://designmuseum.org/digital-design-calendar/young-design-museum/lesson-
plans/lesson-plan-make-a-poster-during-lockdown
e
Fazer um cartaz de protesto – da Tate: https://www.tate.org.uk/kids/make/paint-draw/make-
protest-poster
Cenário #3
Património de proximidade e cidadania cultural
(Disciplinas: História, Geografia, Educação Artística, Cidadania e Desenvolvimento, Português)
1. Ver o filme/testemunho de Paula Moura Pinheiro sobre património de proximidade:
https://www.youtube.com/watch?v=kUrQ_Cr3pmI .
2. Promover o debate sobre o que se considera como património; que tipos de
património existem; o que valorizamos; a relatividade cultural e temporal desses
conceitos/preconceitos...
3. Ler/comentar a “Carta do Porto Santo”: democracia cultural / cidadania cultural / ser
agente cultural / responsabilizar-se pelo património:
https://portosantocharter.eu/wp-content/uploads/2021/05/CartaDoPortoSanto.pdf
4. Exemplo de ativismo patrimonial de jovens estudantes: “As gravuras não sabem
nadar!” (fazer um enquadramento e ver o filme a partir dos 15m:
https://www.youtube.com/watch?v=uLad6JqlOZg).
5. Trabalho em grupo: Que património na proximidade da escola se deve valorizar e
porquê? Imaterial, material, popular, erudito...
6. Promover: visitas guiadas pelos grupos a esses patrimónios escolhidos; encontros
com especialistas / agentes culturais / membros da comunidade / professores de
diferentes disciplinas para despertar um olhar transdisciplinar sobre esse património.
7. O que podemos fazer para preservar, renovar, inovar a partir desses patrimónios?
Fazer uma exposição, envolvendo a câmara municipal, o museu, espaços
patrimoniais..., com filmes/fotos/trabalhos de artes plásticas/entrevistas sobre esses
patrimónios? Fazer um podcast que reúna estórias sobre o património local (material
ou imaterial), contadas por pessoas que transmitam diferentes tipos de relação e de
abordagem? Escrever um artigo de jornal sobre os patrimónios a valorizar? Fazer
uma manifestação para alertar e reivindicar a salvaguarda desse património?
Organizar cartazes com cuidado gráfico / frases de ordem bem escritas (ver o Cenário
#2).
Cenário #4
Estátuas e monumentos no espaço público: presenças e ausências
(Disciplinas: História, Geografia, Educação Artística, Português, Ciência Política, Cidadania e
Desenvolvimento, Filosofia).
1. Mapear, no território de proximidade da escola, as estátuas/monumentos do espaço
público (ou nos nomes das ruas). Saber quem são/foram os homenageados e por
que tiveram essa homenagem. Levantar questões como “Porque foram escolhidos?”,
“Quem os escolheu?” e “O que revela essa homenagem sobre a comunidade”? O que
valorizamos enquanto comunidade no espçao comum? Refletir sobre a tipologia das
homenagens: se individuais ou coletivas, políticas ou culturais, militares ou
desportivas, homens ou mulheres, a diversidade social e étnica... Também: Quem são
os autores/as das esculturas, de que ano, quais as opções estéticas ou estilo...?
2. Fazer um ou mais mapas/guias de lugares/monumentos/nomes de ruas relevantes
para os alunos – pessoal e comunitariamente: ilustrar e apresentar o percurso com
pequenos textos, com excertos literários, citações... (pedir ajuda a um ilustrador ou
artista).
Exemplo:
https://www.pato-logico.com/editora/livros/beja#
https://largodoscorreios.wordpress.com/2017/03/26/a-minha-cidade/
3. Depois da pesquisa e do mapeamento, suscitar o debate e pensamento crítico sobre
as ausências, aqueles que não estão representados. Pensar: O que é o espaço
público? O que significa uma estátua/monumento no espaço comum? Quem são os
valorizados e quem são os invisíveis?
4. Propor novas homenagens: Quem queremos homenagear como comunidade? Quais
os feitos e porque lhes damos valor? Quem não está ou não se sente representado
no espaço público? É preciso repetir fórmulas antigas (a estátua?) ou podemos
procurar formas contemporâneas? Criar happenings, manifestos, exposições e outras
formas de expressão para apresentar as novas propostas?
5. Pensar, com a Câmara Municipal/Junta de Freguesia e outros parceiros
(artistas/associações culturais), a abertura de um processo para a realização e
concretização de novas homenagens no espaço público ou na escola.
Recursos:
Proposta do Museu da Paisagem: “O que há neste lugar?”
https://museudapaisagem.pt/expos/detail/1
Mapas pessoais de cidades:
https://www.pato-logico.com/editora/livros/beja#
https://largodoscorreios.wordpress.com/2017/03/26/a-minha-cidade/
A guerra cultural das estátuas:
https://www.youtube.com/watch?v=P-XIEMwj0GU
Cenário #5
Atenção | Explora um lugar onde passas todos os dias
(Disciplinas: Educação Artística, Filosofia, Psicologia, Português, Inglês
Centro Cultural de Belém - Fábrica das Artes (M.R.Moreira)
1. Ver o filme do canal The Art Assignment, “Explore a place you see every day. | Assaf
Evron | The Art Assignment”, que faz uma proposta de tarefa e o seu enquadramento
teórico: https://www.youtube.com/watch?v=_LKl36tuHwA
2. Debater, em turma, o filme: O que significa “olhar”? O que é a atenção? Porque
deixamos de ver o que é habitual? O que faz a fotografia?
3. Seguir a proposta do artista Assaf Evron: cada aluno escolhe um espaço que lhe é
habitual, olha para ele durante três minutos, volta no dia seguinte para fotografar,
trabalha a fotografia e escreve uma frase para acompanhar a fotografia final.
4. Apresentação, em turma, das fotografias e da frase que as acompanha – refletir sobre
o processo, mais do que sobre os resultados.
5. Voltar a debater e a refletir sobre a atenção e o hábito.
6. Organizar um site com as fotografias e dá-lo a conhecer à comunidade (com o jogo:
“Sabes onde esta fotografia foi tirada?”).
…
Exemplos
(…)

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  • 1. ENSINAR E APRENDER |+Recursos Educativos 1.3.6 Recuperar com artes e humanidades ROTEIRO Espécies de espaços Fernanda Fragateiro e alunos da E.S.Camões, Lisboa, 2021
  • 2. O quê? Aprender com diferentes tipos de espaços, através de processos artísticos, obras de arte e diferentes patrimónios. Proposta de 5 atividades (Cenários) que analisam e aproveitam a relação com diferentes “espécies de espaços”, como lhes chamou Georges Perec: dos mais pequenos aos maiores, da folha de papel à sala de aula, do pátio da escola à cidade ou ao campo, do espaço privado- interno aos lugares públicos-externos... Valorizar e aproveitar, através de diferentes pedagogias e processos artísticos, o corpo e os espaços onde se ensina/aprende –, compreendendo que o próprio espaço condiciona a nossa existência e molda as experiências de aprendizagem. Para quê? + apoiar as diferentes disciplinas e o trabalho transdisciplinar + propor estratégias para organizar a sala ou dar início a uma aula + capacitar para a comunicação e participação, desenvolvendo a literacia, a oralidade e a escrita + desenvolver a criatividade e o pensamento crítico + promover a socialização, a relação interpessoal e o trabalho cooperativo + valorizar o conhecimento de si, a expressão de sentimentos e de opiniões + aprender a debater, a respeitar diferentes opiniões, a valorizar a diversidade cultural e a promover a cidadania cultural e o ativismo cívico e político Como? Cenário #1 A sala de aula – espaço, corpo e comunidade (todas as disciplinas – início do ano)
  • 3. 1. Pedir aos alunos para olharem o espaço da sala: os móveis e objetos, a organização das mesas, a disposição das coisas no espaço. 2. Debater: Como é que o espaço nos influencia? Como altera as nossas relações? O que é que nos diz (mesmo inconscientemente) sobre o que julgamos ser aprender/ensinar? O que significa a organização do espaço ao nível ideológico/pedagógico/político? Como é que o espaço organiza relações sociais, de poder, de participação ou de exclusão? É democrático ou autoritário? O espaço molda relações e expetativas: o que se espera de quem se senta de determinada forma ou de quem ensina de um determinado lugar? Os espaços indicam “quem manda”, quem ensina e quem aprende, quem pode falar e quem deve escutar? E qual o lugar do corpo na aprendizagem, numa sala de aula? 3. Ver o documentário “Os Espacialistas”: https://www.rtp.pt/play/p5644/e403767/atelier- arquitetura 4. E como poderá ser esta sala? O que precisa para aprendermos/ensinarmos melhor? Cada um desenha uma proposta e reflete sobre o que ela revela de pensamento sobre o que é a escola, uma turma, ser aluno e ser professor, aprender... Fazer um círculo com as cadeiras? Organizar ilhas com as mesas? Uma sala em U? O professor inserido no meio ou afastado? De costas viradas uns para os outros ou de frente? Diferentes pedagogias ou paradigmas exigem organizações distintas. Discutir com os alunos. Envolvê-los na decisão. 5. Trabalho em grupos: discutir em grupo e apresentar um desenho alternativo da sala e justificar a opção. Depois da apresentação à turma, eleger democraticamente uma proposta ou experimentar várias.
  • 4. 6. Experimentar. Pensar uma “coreografia” que não envolva barulho de cadeiras e mesas a arrastar, mas uma “dança” de móveis, de forma cuidada e racional: como exemplo, ver a micropedagogia “Coreografia da sala em U”, na página 149 do livro “10x10”: https://s3-eu-central-1.amazonaws.com/content.gulbenkian.pt/wp- content/uploads/sites/16/2017/10/31124940/10x10_Ensaios_entre_Arte_Educacao.pdf (esta proposta pode ser um ritual de início e de fim de aula: faz-se e desfaz-se em menos de um minuto). Cenário #2 Ocupa o espaço da escola! – o poder das palavras (Português, História, História da Arte, Educação Visual, Cidadania e Desenvolvimento, Filosofia) Fernanda Fragateiro e alunos da E.S.Camões, Lisboa, 2021 1. Ver o documentário da RTP-Ensina sobre a criação do Slogan da Coca-cola, por Fernando Pessoa (https://ensina.rtp.pt/artigo/fernando-pessoa-e-a-coca-cola-a- historia-de-um-slogan-iconico/).
  • 5. 2. Ver o documentário Dicionário de Abril – Letra C (https://ensina.rtp.pt/artigo/censura-previa-a-mordaca-que-o-estado-novo-criou/). 3. Refletir sobre a democracia, a cidadania e a participação no espaço público; sobre a liberdade de expressão e a importância da palavra e do discurso na construção do mundo. O que faz a palavra no espaço público? Na política, nos discursos inspiradores, na publicidade... 4. Sobre o tomar a palavra (“Using your voice is a political choice”), ver e escutar a jovem poeta norte-americana Amanda Gorman: https://www.youtube.com/watch?v=zaZBgqfEa1E 5. Debater e pensar: quais as inquietações, os problemas sentidos, os desejos pessoais e colectivos? Que escola queremos, de que comunidade necessitamos, o que é preciso mudar? Quais os valores, as palavras, as frases de ordem que queremos divulgar e dispersar pela escola para inquietar/apaziguar/encantar a comunidade? 6. Criar frases, slogans, palavras de ordem que possam refletir as inquietações, os desejos pessoais ou coletivos dos alunos. 7. Fazer cartazes, com cuidado gráfico e apoio profissional, que poderão culminar num happening/manifestação na comunidade escolar. Espalhar os cartazes pela escola (em locais designados para o efeito, enviados por email, deixados nos cacifos...). Recursos: Cartazes/serigrafias pop com mensagens inspiradoras de Corita Kent: https://www.corita.org https://www.youtube.com/watch?v=rjEOig94Xlw https://www.youtube.com/watch?v=EaOWOULeH-0 e Como fazer um poster? https://designmuseum.org/digital-design-calendar/young-design-museum/lesson- plans/lesson-plan-make-a-poster-during-lockdown e Fazer um cartaz de protesto – da Tate: https://www.tate.org.uk/kids/make/paint-draw/make- protest-poster
  • 6. Cenário #3 Património de proximidade e cidadania cultural (Disciplinas: História, Geografia, Educação Artística, Cidadania e Desenvolvimento, Português) 1. Ver o filme/testemunho de Paula Moura Pinheiro sobre património de proximidade: https://www.youtube.com/watch?v=kUrQ_Cr3pmI . 2. Promover o debate sobre o que se considera como património; que tipos de património existem; o que valorizamos; a relatividade cultural e temporal desses conceitos/preconceitos... 3. Ler/comentar a “Carta do Porto Santo”: democracia cultural / cidadania cultural / ser agente cultural / responsabilizar-se pelo património: https://portosantocharter.eu/wp-content/uploads/2021/05/CartaDoPortoSanto.pdf 4. Exemplo de ativismo patrimonial de jovens estudantes: “As gravuras não sabem nadar!” (fazer um enquadramento e ver o filme a partir dos 15m: https://www.youtube.com/watch?v=uLad6JqlOZg). 5. Trabalho em grupo: Que património na proximidade da escola se deve valorizar e porquê? Imaterial, material, popular, erudito... 6. Promover: visitas guiadas pelos grupos a esses patrimónios escolhidos; encontros com especialistas / agentes culturais / membros da comunidade / professores de diferentes disciplinas para despertar um olhar transdisciplinar sobre esse património. 7. O que podemos fazer para preservar, renovar, inovar a partir desses patrimónios? Fazer uma exposição, envolvendo a câmara municipal, o museu, espaços patrimoniais..., com filmes/fotos/trabalhos de artes plásticas/entrevistas sobre esses patrimónios? Fazer um podcast que reúna estórias sobre o património local (material ou imaterial), contadas por pessoas que transmitam diferentes tipos de relação e de
  • 7. abordagem? Escrever um artigo de jornal sobre os patrimónios a valorizar? Fazer uma manifestação para alertar e reivindicar a salvaguarda desse património? Organizar cartazes com cuidado gráfico / frases de ordem bem escritas (ver o Cenário #2). Cenário #4 Estátuas e monumentos no espaço público: presenças e ausências (Disciplinas: História, Geografia, Educação Artística, Português, Ciência Política, Cidadania e Desenvolvimento, Filosofia). 1. Mapear, no território de proximidade da escola, as estátuas/monumentos do espaço público (ou nos nomes das ruas). Saber quem são/foram os homenageados e por que tiveram essa homenagem. Levantar questões como “Porque foram escolhidos?”, “Quem os escolheu?” e “O que revela essa homenagem sobre a comunidade”? O que valorizamos enquanto comunidade no espçao comum? Refletir sobre a tipologia das homenagens: se individuais ou coletivas, políticas ou culturais, militares ou desportivas, homens ou mulheres, a diversidade social e étnica... Também: Quem são os autores/as das esculturas, de que ano, quais as opções estéticas ou estilo...? 2. Fazer um ou mais mapas/guias de lugares/monumentos/nomes de ruas relevantes para os alunos – pessoal e comunitariamente: ilustrar e apresentar o percurso com pequenos textos, com excertos literários, citações... (pedir ajuda a um ilustrador ou artista). Exemplo: https://www.pato-logico.com/editora/livros/beja# https://largodoscorreios.wordpress.com/2017/03/26/a-minha-cidade/
  • 8. 3. Depois da pesquisa e do mapeamento, suscitar o debate e pensamento crítico sobre as ausências, aqueles que não estão representados. Pensar: O que é o espaço público? O que significa uma estátua/monumento no espaço comum? Quem são os valorizados e quem são os invisíveis? 4. Propor novas homenagens: Quem queremos homenagear como comunidade? Quais os feitos e porque lhes damos valor? Quem não está ou não se sente representado no espaço público? É preciso repetir fórmulas antigas (a estátua?) ou podemos procurar formas contemporâneas? Criar happenings, manifestos, exposições e outras formas de expressão para apresentar as novas propostas? 5. Pensar, com a Câmara Municipal/Junta de Freguesia e outros parceiros (artistas/associações culturais), a abertura de um processo para a realização e concretização de novas homenagens no espaço público ou na escola. Recursos: Proposta do Museu da Paisagem: “O que há neste lugar?” https://museudapaisagem.pt/expos/detail/1 Mapas pessoais de cidades: https://www.pato-logico.com/editora/livros/beja# https://largodoscorreios.wordpress.com/2017/03/26/a-minha-cidade/ A guerra cultural das estátuas: https://www.youtube.com/watch?v=P-XIEMwj0GU
  • 9. Cenário #5 Atenção | Explora um lugar onde passas todos os dias (Disciplinas: Educação Artística, Filosofia, Psicologia, Português, Inglês Centro Cultural de Belém - Fábrica das Artes (M.R.Moreira) 1. Ver o filme do canal The Art Assignment, “Explore a place you see every day. | Assaf Evron | The Art Assignment”, que faz uma proposta de tarefa e o seu enquadramento teórico: https://www.youtube.com/watch?v=_LKl36tuHwA 2. Debater, em turma, o filme: O que significa “olhar”? O que é a atenção? Porque deixamos de ver o que é habitual? O que faz a fotografia? 3. Seguir a proposta do artista Assaf Evron: cada aluno escolhe um espaço que lhe é habitual, olha para ele durante três minutos, volta no dia seguinte para fotografar, trabalha a fotografia e escreve uma frase para acompanhar a fotografia final. 4. Apresentação, em turma, das fotografias e da frase que as acompanha – refletir sobre o processo, mais do que sobre os resultados. 5. Voltar a debater e a refletir sobre a atenção e o hábito. 6. Organizar um site com as fotografias e dá-lo a conhecer à comunidade (com o jogo: “Sabes onde esta fotografia foi tirada?”). …