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Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis
e Promoção da Saúde
Coordenação Geral de Vigilância de Doenças e Agravos não
Transmissíveis
Cheila Marina de Lima
Recife, 06 dezembro de 2018
Promoção da Saúde, Prevenção de
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Art. 1º Todos os seres humanos nascem livres e iguais
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Art. 2º Todos os seres humanos podem invocar os
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Mulheres Geral
Desigualdades em relação ao sexo
Análises de Gênero
Proporção de notificações de Violência Interpessoal e
autoprovocada, segundo raça/cor e sexo da vítima, Brasil,
2017*
Fonte: VIVA/SINAN
*dados preliminares, sujeitos a alterações
Desigualdades em relação à raça/cor
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Taxa padronizada mortalidade
(100 mil habitantes) agressões
contra homens raça/cor. Brasil e
Regiões, 2016
Razão raça-cor masculino
(negro/branco). Brasil e Regiões. 2016
Fonte: SIM/SVS/MS
Taxa padronizada mortalidade (100 mil habitantes) agressões contra
mulheres brancas. Brasil e Regiões, 2012 a 2016.
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil
2012 1,0 0,8 3,5 8,9 3,0 2,9
2013 1,1 0,9 3,7 7,6 2,8 2,9
2014 0,8 0,9 3,6 8,1 3,3 2,9
2015 0,8 0,7 3,3 7,8 2,9 2,7
2016 0,8 0,8 2,8 7,6 2,4 2,5
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Taxa padronizada mortalidade (100 mil habitantes) agressões contra mulheres
negras. Brasil e Regiões, 2012 a 2016.
Fonte: SIM/SVS/MS
• Desigualdade racial e violência
• A desigualdade racial no Brasil é expressa
claramente, resultado da produção e reprodução da
iniquidade que permeia a nossa sociedade. É com
base em evidências como essas que políticas
eficientes de prevenção da violência devem ser
desenhadas e focalizadas, garantindo o efetivo
direito à vida e à segurança da população negra no
Brasil.
• O número de agressões contra mulheres negras
ocorridos no Brasil captados pelo SIM aumentou
de 1.713 em 2000 para 2.999 em 2016.
• O número de agressões contra mulheres brancas
ocorridos no Brasil captados pelo SIM reduziu de
1.809 em 2000 para 1.432 em 2016.
• Mulheres negras: aumento de 4,1 homicídios/100
mil habitantes para 5,2/100 mil habitantes, em
2000 e 2016, respectivamente.
• Mulheres brancas: redução de 3,6 homicídios/100
mil habitantes para 2,5/100 mil habitantes, em
2000 e 2016, respectivamente
Proporção de notificações de Violência Interpessoal e autoprovocada, segundo
sexo e faixa etária da vítima, Brasil, 2017*
Fonte: VIVA/SINAN
*dados preliminares, sujeitos a alterações
Desigualdades em relação à faixa etária
Análises por ciclos de vida
Proporção de Notificação de Violência Interpessoal e
Autoprovocada segundo escolaridade.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Ign/Branco Analfabeto 1ª a 4ª série
incompleta
do EF
4ª série
completa do
EF
5ª a 8ª série
incompleta
do EF
Ensino
fundamental
completo
Ensino
médio
incompleto
Ensino
médio
completo
Educação
superior
incompleta
Educação
superior
completa
Não se aplica
Fonte: VIVA/SINAN
* dados preliminares sujeitos a alterações
Desigualdades em relação à escolaridade
Ensino Fundamental
Ensino
Superior
Ensino
Inferior
Desocultando a
determinação social no
enfrentamento às violências:
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Violência sexual contra crianças e
adolescentes
• 141.105 casos de 2011 a 2017
• Meninas principais vítimas (74% das crianças e 92% adolescentes)
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adolescentes)
• Agressor é da família ou amigo/conhecido para maioria das
crianças (64,4%)
• 3.805 casos nas escolas
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Fonte: Boletim Epidemiológico 27, vol. 49, jun/2018, SVS/MS
Determinantes Sociais da Saúde
SANEAMENTO
BÁSICO
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MACROECONÔMICO
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DE RENDA
MACHISMO
MEIO
AMBIENTE CONDIÇÕES DE
TRABALHO
RACISMO
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URBANA
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compromisso internacional
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ODS 5:
Alcançar a
igualdade
de gênero e
empoderar
todas as
mulheres e
meninas.
Meta nacional: Eliminar todas as
formas de violência de gênero nas
esferas pública e privada,
destacando a violência sexual, o
tráfico de pessoas e os homicídios,
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etnia, idade, deficiência, orientação
sexual, identidade de gênero,
territorialidade, cultura, religião e
nacionalidade, em especial para as
mulheres do campo, da floresta, das
águas e das periferias urbanas
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AÇÃO SOBRE OS
DETERMINANTES
SOCIAIS DA
VIOLÊNCIA
FINANCIAMENTO
DO SUS E OUTRAS
POLÍTICAS SOCIAIS
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DO ESTADO
BRASILEIRO COM
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PAZ
SUSTENTABILIDAD
E DAS POLÍTICAS
 Formação e educação permanente;
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 Enfrentamento ao uso do tabaco e seus derivados;
 Enfrentamento do uso abusivo do álcool e outras
drogas;
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 Promoção da cultura da paz e dos direitos
humanos;
 Promoção do desenvolvimento sustentável
8 temas prioritários:
Mas a cidade pode ser intencionalmente
educadora/saudável. Uma cidade pode ser considerada
como uma cidade que educa quando, além de suas
funções tradicionais (econômica, social, política e de
prestação de serviços), ela exerce uma nova função, cujo
objetivo é a formação para a e pela cidadania. Para uma
cidade ser considerada educadora, ela precisa promover e
desenvolver o protagonismo de todos e de todas –
crianças, jovens, adultos, idosos – na construção do direito
à cidade de educadora.
Moacir Gadotti
Revista Pátio, ano X, nº 39
www.saude.gov.br/svs
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Obrigada!
cheila.lima@saude.gov.br

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  • 1. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde Coordenação Geral de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis Cheila Marina de Lima Recife, 06 dezembro de 2018 Promoção da Saúde, Prevenção de Violência e Municípios Saudáveis Seminário de Promoção da Saúde, Municípios Saudáveis em diálogo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
  • 2. O que nós queremos? Constituição Federal do Brasil, 1988: • Um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, 1988, Art. 1º) é a dignidade da pessoa humana • Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (CF, 1988, Art. 3º): I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos(as), sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
  • 3. Cultura da Paz é promoção e respeito aos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948: Art. 1º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Art. 2º Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto (condição).
  • 4. Cultura da Paz é a promoção e o respeito aos Direitos Humanos Art. 3º Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Art. 4º Ninguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de escravos(as), sob qualquer forma, são proibidos. Art. 5º Ninguém será submetido a tortura nem a punição ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes. Quem poderia discordar que a promoção dos Direitos Humanos é o melhor para a humanidade?
  • 5. Definição de violência OMS, 2002 Uso da força física ou do poder real ou em ameaça si próprio(a), outra pessoa, grupo ou comunidade lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação X que resulte ou tenha qualquer possibilid ade de resultar em Fonte: Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (OMS, 2002)
  • 6. Desocultando a determinação social no enfrentamento às violências: Análises de Desigualdades
  • 7. Evolução da Notificações de violência interpessoal e autoprovocada. Brasil, 2011 a 2016. (N= 810.775) FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS. Os dados de 2016 são preliminares, sujeitos a alterações. Aumento de 154% Aumento de 145% 75.033 109.024 132.177 143.953 166.662 183.926 107.530 157.033 188.728 198.113 248.914 273.100 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Mulheres Geral Desigualdades em relação ao sexo Análises de Gênero
  • 8. Proporção de notificações de Violência Interpessoal e autoprovocada, segundo raça/cor e sexo da vítima, Brasil, 2017* Fonte: VIVA/SINAN *dados preliminares, sujeitos a alterações Desigualdades em relação à raça/cor Análises por raça/cor/etnia
  • 9. Taxa padronizada mortalidade (100 mil habitantes) agressões contra homens raça/cor. Brasil e Regiões, 2016 Razão raça-cor masculino (negro/branco). Brasil e Regiões. 2016 Fonte: SIM/SVS/MS
  • 10. Taxa padronizada mortalidade (100 mil habitantes) agressões contra mulheres brancas. Brasil e Regiões, 2012 a 2016. Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil 2012 1,0 0,8 3,5 8,9 3,0 2,9 2013 1,1 0,9 3,7 7,6 2,8 2,9 2014 0,8 0,9 3,6 8,1 3,3 2,9 2015 0,8 0,7 3,3 7,8 2,9 2,7 2016 0,8 0,8 2,8 7,6 2,4 2,5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
  • 11. Taxa padronizada mortalidade (100 mil habitantes) agressões contra mulheres negras. Brasil e Regiões, 2012 a 2016. Fonte: SIM/SVS/MS
  • 12. • Desigualdade racial e violência • A desigualdade racial no Brasil é expressa claramente, resultado da produção e reprodução da iniquidade que permeia a nossa sociedade. É com base em evidências como essas que políticas eficientes de prevenção da violência devem ser desenhadas e focalizadas, garantindo o efetivo direito à vida e à segurança da população negra no Brasil. • O número de agressões contra mulheres negras ocorridos no Brasil captados pelo SIM aumentou de 1.713 em 2000 para 2.999 em 2016. • O número de agressões contra mulheres brancas ocorridos no Brasil captados pelo SIM reduziu de 1.809 em 2000 para 1.432 em 2016. • Mulheres negras: aumento de 4,1 homicídios/100 mil habitantes para 5,2/100 mil habitantes, em 2000 e 2016, respectivamente. • Mulheres brancas: redução de 3,6 homicídios/100 mil habitantes para 2,5/100 mil habitantes, em 2000 e 2016, respectivamente
  • 13. Proporção de notificações de Violência Interpessoal e autoprovocada, segundo sexo e faixa etária da vítima, Brasil, 2017* Fonte: VIVA/SINAN *dados preliminares, sujeitos a alterações Desigualdades em relação à faixa etária Análises por ciclos de vida
  • 14. Proporção de Notificação de Violência Interpessoal e Autoprovocada segundo escolaridade. 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 Ign/Branco Analfabeto 1ª a 4ª série incompleta do EF 4ª série completa do EF 5ª a 8ª série incompleta do EF Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Educação superior incompleta Educação superior completa Não se aplica Fonte: VIVA/SINAN * dados preliminares sujeitos a alterações Desigualdades em relação à escolaridade Ensino Fundamental Ensino Superior Ensino Inferior
  • 15. Desocultando a determinação social no enfrentamento às violências: Revelando a Violência
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  • 20. Violência sexual contra crianças e adolescentes • 141.105 casos de 2011 a 2017 • Meninas principais vítimas (74% das crianças e 92% adolescentes) • Casa é onde acontece a violência (69% das crianças e 58% de adolescentes) • Agressor é da família ou amigo/conhecido para maioria das crianças (64,4%) • 3.805 casos nas escolas • 7.810 casos crianças/adol com deficiência Fonte: Boletim Epidemiológico 27, vol. 49, jun/2018, SVS/MS
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  • 31. Determinantes Sociais da Saúde SANEAMENTO BÁSICO SISTEMA MACROECONÔMICO DISTRIBUIÇÃO DE RENDA MACHISMO MEIO AMBIENTE CONDIÇÕES DE TRABALHO RACISMO MOBILIDADE URBANA MORADIA
  • 32. Enfrentamento da violência é um compromisso internacional ODS- Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
  • 33. ODS 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Meta nacional: Eliminar todas as formas de violência de gênero nas esferas pública e privada, destacando a violência sexual, o tráfico de pessoas e os homicídios, nas suas intersecções com raça, etnia, idade, deficiência, orientação sexual, identidade de gênero, territorialidade, cultura, religião e nacionalidade, em especial para as mulheres do campo, da floresta, das águas e das periferias urbanas
  • 34. Desafios AÇÃO SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA VIOLÊNCIA FINANCIAMENTO DO SUS E OUTRAS POLÍTICAS SOCIAIS COMPROMISSO DO ESTADO BRASILEIRO COM A CULTURA DE PAZ SUSTENTABILIDAD E DAS POLÍTICAS
  • 35.  Formação e educação permanente;  Alimentação adequada e saudável;  Práticas corporais e atividades físicas;  Enfrentamento ao uso do tabaco e seus derivados;  Enfrentamento do uso abusivo do álcool e outras drogas;  Promoção da mobilidade segura;  Promoção da cultura da paz e dos direitos humanos;  Promoção do desenvolvimento sustentável 8 temas prioritários:
  • 36. Mas a cidade pode ser intencionalmente educadora/saudável. Uma cidade pode ser considerada como uma cidade que educa quando, além de suas funções tradicionais (econômica, social, política e de prestação de serviços), ela exerce uma nova função, cujo objetivo é a formação para a e pela cidadania. Para uma cidade ser considerada educadora, ela precisa promover e desenvolver o protagonismo de todos e de todas – crianças, jovens, adultos, idosos – na construção do direito à cidade de educadora. Moacir Gadotti Revista Pátio, ano X, nº 39
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  • 38. www.saude.gov.br/svs Disque Saúde - 136 Obrigada! cheila.lima@saude.gov.br