SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
Era uma vez uma manada de elefantes.
Elefantes velhos, elefantes altos ou
magros ou gordos. Elefantes assim,
elefantes assado, todos diferentes mas
todos felizes e todos da mesma cor.
Todos, quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente. O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e
cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
Era o Elmer que
mantinha os
elefantes felizes.
Às vezes era ele
que pregava
partidas aos outros
elefantes, às vezes
eram eles que
pregavam partidas.
Mas quando havia
um sorriso, mesmo
pequenino,
normalmente era o
Elmer que o tinha
causado.
Uma noite o Elmer não conseguia dormir;
estava a pensar, e o pensamento que ele estava
a pensar era que estava farto de ser diferente .
«Quem é que já ouviu falar de um elefante aos
quadrados», pensou ele. «Não admira que se
riam de mim.»
De manhã, enquanto os outros ainda estavam
meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de
mansinho, sem ninguém dar por isso.
Enquanto atravessava a floresta, o Elmer
encontrou outros animais..
Todos eles diziam: «Bom dia, Elmer.» E
de cada vez o Elmer sorria e dizia: «Bom
dia.»
Depois de muito andar, o Elmer
encontrou aquilo que procurava - um
grande arbusto. Um grande arbusto
coberto de frutos, um grande arbusto
coberto de frutos cor de elefante. O
Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o
e tornou a abaná-lo até os frutos terem
caído todos no chão.
Depois de o chão estar
todo coberto de frutos,
o Elmer deitou-se e
rebolou-se para um
lado e para o outro,
uma vez e outra vez.
Depois pegou em
cachos de frutos e
esfregou-se todo com
eles, cobrindo-se com o
sumo dos frutos, até
não haver sinais de
amarelo, nem de cor de
laranja, nem de
encarnado, nem de cor-
de-rosa, nem de roxo,
nem de azul, nem de
verde, nem de preto,
nem de branco. Quando
acabou, o Elmer estava
parecido com outro
elefante qualquer.
Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à
manada. De caminho voltou a passar
pelos outros animais.
Desta vez cada um deles disse-lhe: «Bom
dia, elefante.» E de cada vez o Elmer sorriu
e disse: «Bom dia», muito satisfeito por não
ser reconhecido.
Quando o Elmer se juntou aos outros
elefantes, eles estavam todos muito
quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer
enquanto ele se metia no meio da
manada.
Passado um bocado o Elmer sentiu que havia
qualquer coisa que não estava bem. Mas que
seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre,
o mesmo céu luminoso se sempre, a mesma
nuvem escura que aparecia de tempos a tempos,
e por fim os mesmos elefantes de sempre. O
Elmer olhou para eles.
Os elefantes estavam absolutamente
imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão
sérios. Quanto mais olhava para os
elefantes sérios, silenciosos, sossegados,
soturnos, mais vontade tinha de rir.
Por fim não conseguiu aguentar mais.
Levantou a tromba e berrou com quanta
força tinha:
Com a surpresa, os elefantes deram um
salto e caíram cada um para o seu lado. «São
Trombino nos valha!», disseram eles, e depois
viram o Elmer a rir perdidamente.
«Elmer», disseram eles. «Tem de ser o
Elmer.» E depois os outros elefantes
também se riram como nunca se tinham
rido.
Enquanto se estavam a rir a nuvem apareceu, e
quando a chuva começou a cair em cima do Elmer
os quadrados começaram a aparecer outra vez
começaram a aparecer outra vez. Ao elefantes não
paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores
do costume. «Oh Elmer», ofegou um velho elefante.
«Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a
melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as
tuas verdadeiras cores.»
«Temos de comemorar este dia todos os
anos», disse outro. «Vai ser o dia do Elmer.
Todos os elefantes vão ter de se pintar e o
Elmer vai-se pintar de cor de elefante.»
E é isto mesmo que os elefantes fazem.
Num certo dia do ano, pintam-se todos e
desfilam. Nesse dia, se vires um
elefante com a cor vulgar de um
elefante, já sabes que deve ser o Elmer.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O palhaco-tristoleto
O palhaco-tristoletoO palhaco-tristoleto
O palhaco-tristoletoSilvares
 
Que grande abóbora mimi!
Que grande abóbora mimi!Que grande abóbora mimi!
Que grande abóbora mimi!AVEOS
 
O sapo que queria beber leite
O sapo que queria beber leiteO sapo que queria beber leite
O sapo que queria beber leiteProfessora Cida
 
Os dedos luisa ducla soares
Os dedos luisa ducla soaresOs dedos luisa ducla soares
Os dedos luisa ducla soaresmmdaaraujo
 
A HistóRia De Uma Bruxa Alterada 2003
A HistóRia De Uma Bruxa   Alterada   2003A HistóRia De Uma Bruxa   Alterada   2003
A HistóRia De Uma Bruxa Alterada 2003TaniaRaquel
 
Animais do outono
Animais do outonoAnimais do outono
Animais do outonolsgrsantos
 
Uma HistóRia De Cores
Uma HistóRia De CoresUma HistóRia De Cores
Uma HistóRia De CoresBé E Alice
 
Histórias com direitos (2)
Histórias com direitos (2)Histórias com direitos (2)
Histórias com direitos (2)Ana Letra
 
Carlota barbosa a bruxa medrosa
Carlota barbosa a bruxa medrosa Carlota barbosa a bruxa medrosa
Carlota barbosa a bruxa medrosa Lara Gonçalves
 
O Sapo Encontra Um Amigo
O Sapo Encontra Um AmigoO Sapo Encontra Um Amigo
O Sapo Encontra Um Amigoanabraga
 

Mais procurados (20)

O palhaco-tristoleto
O palhaco-tristoletoO palhaco-tristoleto
O palhaco-tristoleto
 
Uma Arvore De Natal Muito Especial
Uma Arvore De Natal Muito EspecialUma Arvore De Natal Muito Especial
Uma Arvore De Natal Muito Especial
 
Quando a mãe grita...
Quando a mãe grita...Quando a mãe grita...
Quando a mãe grita...
 
Que grande abóbora mimi!
Que grande abóbora mimi!Que grande abóbora mimi!
Que grande abóbora mimi!
 
O sapo que queria beber leite
O sapo que queria beber leiteO sapo que queria beber leite
O sapo que queria beber leite
 
A que sabe a lua
A que sabe a luaA que sabe a lua
A que sabe a lua
 
Os dedos luisa ducla soares
Os dedos luisa ducla soaresOs dedos luisa ducla soares
Os dedos luisa ducla soares
 
Mãe, Querida Mãe!
Mãe, Querida Mãe!Mãe, Querida Mãe!
Mãe, Querida Mãe!
 
A HistóRia De Uma Bruxa Alterada 2003
A HistóRia De Uma Bruxa   Alterada   2003A HistóRia De Uma Bruxa   Alterada   2003
A HistóRia De Uma Bruxa Alterada 2003
 
O Palhacinho
O PalhacinhoO Palhacinho
O Palhacinho
 
Rafa girafa
Rafa girafaRafa girafa
Rafa girafa
 
Animais do outono
Animais do outonoAnimais do outono
Animais do outono
 
Uma HistóRia De Cores
Uma HistóRia De CoresUma HistóRia De Cores
Uma HistóRia De Cores
 
A princesa malcriada
 A princesa malcriada A princesa malcriada
A princesa malcriada
 
Histórias com direitos (2)
Histórias com direitos (2)Histórias com direitos (2)
Histórias com direitos (2)
 
Peixinho arco íris
Peixinho arco írisPeixinho arco íris
Peixinho arco íris
 
Carlota barbosa a bruxa medrosa
Carlota barbosa a bruxa medrosa Carlota barbosa a bruxa medrosa
Carlota barbosa a bruxa medrosa
 
O Sapo Encontra Um Amigo
O Sapo Encontra Um AmigoO Sapo Encontra Um Amigo
O Sapo Encontra Um Amigo
 
O sapo apaixonado
O sapo apaixonado O sapo apaixonado
O sapo apaixonado
 
Mamã maravilha
Mamã maravilhaMamã maravilha
Mamã maravilha
 

Semelhante a A História do Elefante Diferente Elmer

Semelhante a A História do Elefante Diferente Elmer (7)

Trabalhando as diferenças
Trabalhando as diferençasTrabalhando as diferenças
Trabalhando as diferenças
 
História elmer
História elmerHistória elmer
História elmer
 
Elmeroelefante
ElmeroelefanteElmeroelefante
Elmeroelefante
 
ELMER - livro para educação pré-escolar.pdf
ELMER - livro para educação pré-escolar.pdfELMER - livro para educação pré-escolar.pdf
ELMER - livro para educação pré-escolar.pdf
 
Elmer o Elefante
Elmer o ElefanteElmer o Elefante
Elmer o Elefante
 
Elmeroelefante 120716094111-phpapp01
Elmeroelefante 120716094111-phpapp01Elmeroelefante 120716094111-phpapp01
Elmeroelefante 120716094111-phpapp01
 
Elmer o elefante
Elmer o elefanteElmer o elefante
Elmer o elefante
 

Último

Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 

Último (20)

Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 

A História do Elefante Diferente Elmer

  • 1.
  • 2. Era uma vez uma manada de elefantes. Elefantes velhos, elefantes altos ou magros ou gordos. Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos, quer dizer, menos o Elmer.
  • 3. O Elmer era diferente. O Elmer era aos quadrados. O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco. O Elmer não era cor de elefante.
  • 4. Era o Elmer que mantinha os elefantes felizes. Às vezes era ele que pregava partidas aos outros elefantes, às vezes eram eles que pregavam partidas. Mas quando havia um sorriso, mesmo pequenino, normalmente era o Elmer que o tinha causado.
  • 5. Uma noite o Elmer não conseguia dormir; estava a pensar, e o pensamento que ele estava a pensar era que estava farto de ser diferente . «Quem é que já ouviu falar de um elefante aos quadrados», pensou ele. «Não admira que se riam de mim.» De manhã, enquanto os outros ainda estavam meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de mansinho, sem ninguém dar por isso.
  • 6. Enquanto atravessava a floresta, o Elmer encontrou outros animais.. Todos eles diziam: «Bom dia, Elmer.» E de cada vez o Elmer sorria e dizia: «Bom dia.»
  • 7. Depois de muito andar, o Elmer encontrou aquilo que procurava - um grande arbusto. Um grande arbusto coberto de frutos, um grande arbusto coberto de frutos cor de elefante. O Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o e tornou a abaná-lo até os frutos terem caído todos no chão.
  • 8. Depois de o chão estar todo coberto de frutos, o Elmer deitou-se e rebolou-se para um lado e para o outro, uma vez e outra vez. Depois pegou em cachos de frutos e esfregou-se todo com eles, cobrindo-se com o sumo dos frutos, até não haver sinais de amarelo, nem de cor de laranja, nem de encarnado, nem de cor- de-rosa, nem de roxo, nem de azul, nem de verde, nem de preto, nem de branco. Quando acabou, o Elmer estava parecido com outro elefante qualquer.
  • 9. Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à manada. De caminho voltou a passar pelos outros animais. Desta vez cada um deles disse-lhe: «Bom dia, elefante.» E de cada vez o Elmer sorriu e disse: «Bom dia», muito satisfeito por não ser reconhecido.
  • 10. Quando o Elmer se juntou aos outros elefantes, eles estavam todos muito quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer enquanto ele se metia no meio da manada.
  • 11. Passado um bocado o Elmer sentiu que havia qualquer coisa que não estava bem. Mas que seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre, o mesmo céu luminoso se sempre, a mesma nuvem escura que aparecia de tempos a tempos, e por fim os mesmos elefantes de sempre. O Elmer olhou para eles.
  • 12. Os elefantes estavam absolutamente imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão sérios. Quanto mais olhava para os elefantes sérios, silenciosos, sossegados, soturnos, mais vontade tinha de rir. Por fim não conseguiu aguentar mais. Levantou a tromba e berrou com quanta força tinha:
  • 13.
  • 14. Com a surpresa, os elefantes deram um salto e caíram cada um para o seu lado. «São Trombino nos valha!», disseram eles, e depois viram o Elmer a rir perdidamente. «Elmer», disseram eles. «Tem de ser o Elmer.» E depois os outros elefantes também se riram como nunca se tinham rido.
  • 15. Enquanto se estavam a rir a nuvem apareceu, e quando a chuva começou a cair em cima do Elmer os quadrados começaram a aparecer outra vez começaram a aparecer outra vez. Ao elefantes não paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores do costume. «Oh Elmer», ofegou um velho elefante. «Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as tuas verdadeiras cores.» «Temos de comemorar este dia todos os anos», disse outro. «Vai ser o dia do Elmer. Todos os elefantes vão ter de se pintar e o Elmer vai-se pintar de cor de elefante.»
  • 16. E é isto mesmo que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer.