A Revista de Antropofagia teve duas fases, sob a direção de Alcântara Machado e Raul Bopp na primeira, e de Geraldo Ferraz na segunda. Surgiu após o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade para questionar as bases culturais impostas pelo colonizador e "deglutir" o legado cultural europeu sob uma arte brasileira. Reuniu importantes nomes do modernismo brasileiro e propôs uma crítica à sociedade e cultura do Brasil.
3. • A antropofagia oswaldiana deve
ser vista como uma estratégia
criativa, cujo intuito era
questionar as bases político-
econômico-culturais impostas
pelo colonizador em nosso
meio artístico e intelectual. A
reivindicação antropofágica
podia ser vista como a metáfora
do que deveria ser repudiado,
assimilado e superado em favor
da independência cultural do
país.
4. • Escrito por Oswald de Andrade
• Surgida como consequência
do Manifesto Antropófago,
Oswald afirma no seu
manifesto que "só a
antropofagia nos une",
propondo "deglutir" o legado
cultural europeu e "digeri-lo"
sob a forma de uma arte
tipicamente brasileira.
• Teve duas fases ou
"dentições", como queriam os
seus participantes.
5. A PRIMEIRA "DENTIÇÃO"
• Sob a direção de Alcântara Machado e Raul Bopp
• Teve dez números publicados
• Nessa primeira fase os principais colaboradores foram Plínio
Salgado, Mário de Andrade, Jorge de Lima, Carlos Drummond
de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia, Oswaldo
Costa, entre outros.
• Como se pode ver, os autores que escreveram nessa primeira
fase da Revista de Antropofagia representam a "nata" do
primeiro momento modernista.
6. • Não tinha uma linha ideológica
bem definida
• Em seus exemplares eram
encontrados artigos de Oswald
de Andrade e de Mário de
Andrade que "contrastavam"
com poesias típicas da Escola
das Antas.
"A revista de antropofagia não tem
orientação ou pensamento de
espécie alguma: só tem
estômago"
7. A SEGUNDA "DENTIÇÃO"
• Sob liderança de Geraldo Ferraz
• Teve 15 números publicados no jornal "Diário de São Paulo“
• Linha ideológica mais definida
• Críticas agressivas a literatos e artistas modernistas.
• Os "antropófagos" passaram a direcionar suas críticas contra: à
sociedade, à cultura em geral e à história do Brasil.
"Não fazemos crítica literária. Intriga, sim!"
Freuderico - pseudônimo de Oswald de
Andrade.