SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 125
Química Aplicada
Alexandra Nobre
2014/2015
Módulo 5 – Processos Celulares II (22 horas)
Técnico de Análise Laboratorial
Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Classificação
Autotróficos: Organismos
capazes de produzir o próprio
alimento (matéria orgânica) a
partir de fontes inorgânicas
(H2O, CO2 e matéria mineral).
Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Classificação
Heterotróficos: Não produzem o seu
próprio alimento e precisam de se
alimentar de autotróficos ou outros
heterotróficos para obter a energia
necessária à sua sobrevivência.
Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Classificação
Heterotróficos: Alimentam-se de matéria orgânica,
não sendo capazes de a produzir a partir de matéria
mineral.
Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Autotrofia
Seres
autotróficos
Energia
Luminosa
Energia
Química
(redox)
Fotossíntese
Quimiossíntese
Seres
fotoautotróficos
(plantas, algas e
cianobactérias)
Seres
quimioautotróficos
(bactérias)
Transporte de energia na
célula
Energia
Luminosa
Energia
Química
(redox)
Transporte de energia na
célula
Parte dessa energia é transferida para uma fonte de
energia química que é diretamente utilizável,
designada por ATP - adenosina trifosfato.
Moléculas de ATP  forma comum de circulação de
energia na célula
Transporte de energia na
célula
• Constituição do ATP
 Base azotada – Adenina
 Açúcar com 5 C – Ribose
 Compostos inorgânicos – 3 grupos fosfato
Transporte de energia na
célula
• Constituição do ATP
Ribose
Adenina
Fosfatos
Adenosina
Adenosina monofosfato - AMP
Adenosina difosfato - ADP
Adenosina trifosfato - ATP
Transporte de energia na
célula
• Constituição do ATP
Ribose
Adenina
Fosfatos
A energia encontra-se armazenada
nas ligações fosfato
Transporte de energia na
célula
As moléculas de ATP, fonte privilegiada de energia
química, estão constantemente a ser sintetizadas e a
ser desdobradas.
Admite-se que em cada segundo são utilizadas, numa
célula, cerca de 10 milhões de moléculas de ATP e é
sintetizado um número igual dessas moléculas.
As ligações entre os grupos fosfato são muito frágeis e
rompem-se facilmente por hidrólise.
• Reações de ATP
Transporte de energia na
célula
 Hidrólise de ATP – reação exoenergética: ocorre
libertação de energia que pode ser utilizada em diversas
reações celulares.
 Reação de desfosforilação: retirada de grupos fosfato.
• Hidrólise de ATP
Transporte de energia na
célula
• Hidrólise de ATP
Transporte de energia na
célula
 Síntese de ATP – reação endoenergética ou
endergónica: é necessário fornecer energia para que
ocorra.
 Reação de fosforilação: adição de grupos fosfato
• Síntese de ATP
Transporte de energia na
célula
 As células possuem uma certa quantidade de ATP, de
ADP e de AMP, não existindo armazenadas quantidades
elevadas de ATP.
 As transferências energéticas a nível celular
dependem, essencialmente, do ciclo de ADP  ATP.
• Reações de ATP
Transporte de energia na
célula
• Reações de ATP
Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Autotrofia
A fotossíntese é o mais comum dos processos
considerados e é particularmente importante para a
maioria dos sistemas vivos.
Captação de energia
• Fotossíntese
Energia luminosa
Energia química
Captação de energia
• Fotossíntese
Eucariontes Cloroplastos
Captação de energia
• Fotossíntese
Fragmentos de folhas colocados em água e
irradiados por luz solar  capacidade de libertar O2
e sintetizar amido como se fossem folhas íntegras.
Tal experiência demonstrou que a folha não é o
principal órgão fotossintetizador, já que a sua
fragmentação em pedaços não impede a atividade
fotossintética.
Captação de energia
• Fotossíntese
A utilização de técnicas adequadas permitiu detetar
que o processo completo da fotossíntese podia
ocorrer em cloroplastos isolados.
Captação de energia
• Fotossíntese - cloroplastos
• Organitos presentes nas células das plantas e de
outros organismos fotossintéticos, como as algas e
alguns protistas.
• Possuem clorofila (pigmento responsável pela sua
cor verde).
• São organitos constituídos por uma dupla
membrana.
Captação de energia
• Fotossíntese - cloroplastos
Captação de energia
• Fotossíntese - cloroplastos
• Estroma – Corresponde à matriz coloidal. É um
tecido conetivo, não funcional de sustentação.
• Tilacóides - Sistema membranoso em forma de
vesículas achatadas, onde se localizam as moléculas
de clorofila.
• Granum - Conjunto de tilacóides.
• Grana – Conjunto de vários granum.
Captação de energia
• Fotossíntese - cloroplastos
Pigmentos fotossintéticos
Nas plantas encontram-se dois tipos fundamentais de
pigmentos fotossintéticos:
•Clorofilas
•Carotenóides
Pigmentos fotossintéticos
Tipo de pigmento Cor Distribuição
Clorofilas
a Verde-intensa
Todas as plantas superiores,
algas e cianobactérias
b Verde-amarelada
Plantas superiores e algas
verdes
c Verde
Algas castanhas
e diatomáceas
d Verde Algumas algas vermelhas
Carotenóides
Carotenos Laranja
Todos os org.
fotossintéticos exceto as
bactérias
Xantofilas Amarela
Algas castanhas
e diatomáceas
Ficobilinas
Ficoeritrina Vermelha Algas vermelhas e
cianobactériasFicocianina Azul
Pigmentos fotossintéticos
Atividade Experimental n.º 1
Separação de Pigmentos fotossintéticos
Pigmentos fotossintéticos e a
captação de energia
Pigmentos absorvem energia luminosa
Energia química
Pigmentos fotossintéticos e a
captação de energia
A energia emitida pelo Sol estende-se por um largo
espectro de radiações com diferentes características.
Pigmentos fotossintéticos e a
captação de energia
Espectro da luz visível (entre 380 e 750 nm) que as
plantas usam na fotossíntese sendo diferentemente
absorvidas pelos pigmentos fotossintéticos.
Fotossíntese
• Processo de autotrofia
• Equação do processo fotossintético
12 H20 + 6 CO2  C6H12O6 + 6 H20 + 6 O2
Água + Monóxido de carbono  Glicólise + Água + Oxigénio
Fotossíntese
O ambiente fornece a água, o dióxido de carbono e a
luz.
As clorofilas e outras moléculas implicadas no
processo são sintetizadas pelas plantas.
Fotossíntese - Mecanismo
Determinação da origem do O2 libertado
Problema fundamental para a compreensão do
processo fotossintético
Provém do H2O??? Provém do CO2???
Fotossíntese - Mecanismo
Em 1930, Van Niel, um dos primeiros investigadores a
estudar aspetos comparativos em fotossíntese,
trabalhou com algumas bactérias sulfurosas e
verificou que:
• são anaeróbias;
• no processo fotossintético utilizam sulfureto de
hidrogénio (H2S), em vez de água;
• na presença de luz sintetizam compostos orgânicos
e libertam enxofre.
Fotossíntese - Mecanismo
Van Niel comparou as equações gerais da fotossíntese
em bactérias sulfurosas e em plantas.
Fotossíntese - Mecanismo
Van Niel propôs o seguinte raciocínio:
•Bactérias: a rutura da molécula de H2S ocorre na
presença de luz,
•Plantas: a luz também deve interferir na rutura da
molécula de H2O.
 Nesta hipótese o O2 libertado tem origem na água
e não no CO2.
Fotossíntese - Fases
A fotossíntese compreende duas fases sucessivas:
 Fase fotoquímica  depende da luz
 Fase química  não depende da luz Ciclo de Calvin
Fotossíntese - Fases
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
A captação da energia luminosa e a sua conversão em
energia biologicamente utilizável requer estruturas
organizadas.
Estas estruturas podem ser consideradas a vários níveis,
desde, por exemplo, os pigmentos fotossintéticos nos
tilacóides, aos cloroplastos e à própria folha.
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
A energia luminosa captada pelos pigmentos fotossintéticos
é transformada em energia química, que vai ser utilizada
na fase química.
Reações
fotoquímicas Tilacóides
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Nessa etapa, a clorofila, ao ser iluminada, perde
eletrões, o que origina "vazios" na molécula.
O destino dos eletrões perdidos e a reocupação
desses vazios podem obedecer a 2 mecanismos
distintos, chamados fotofosforilação cíclica e
fotofosforilação acíclica.
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação acíclica
Emprega dois sistemas fotossintetizantes: o
fotossistema I e o fotossistema II.
Fotossistema I  clorofila a
Fotossistema II  clorofila b
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação acíclica
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação cíclica
Forma de fosforilação que implica o transporte
cíclico de eletrões.
Os eletrões emitidos pela clorofila a por ação da luz
retornam à clorofila a via cadeia de transporte de
eletrões, permitindo a fotofosforilação de ADP.
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação cíclica
Desta maneira, as cargas elétricas positivas geradas
na estrutura das moléculas de clorofila a pela perda
de eletrões são anuladas e a energia de excitação
dos eletrões é transformada na energia química do
ATP.
A fotofosforilação química exige apenas o
funcionamento do fotossistema I.
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
 Fotólise da água
Em presença da luz há a dissociação da molécula de
água em oxigénio, que se liberta, e hidrogénio. A
água é o dador primário de eletrões.
2H2O  O2 + 4H+ + 4e-
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
 Oxidação da clorofila a
A clorofila a, excitada pela energia luminosa, emite
eletrões.
clorofila a  clorofila a excitada  clorofila a oxidada
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
 Fluxo de eletrões
Os eletrões passam através de cadeias de
transportadores, ao longo das quais o nível energético
desses eletrões vai baixando. As transferências de
energia que ocorrem nas reações de oxirredução, ao
longo das cadeias de transportadores, permitem a
fosforilação da molécula de ADP, que passa a ATP
através de um processo chamado fotofosforilação.
ADP + P + Energia  ATP + H2O
Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
 Redução do NADP+
Os protões provenientes da fotólise da água,
juntamente com os eletrões provenientes do fluxo
eletrónico da cadeia de transportadores, vão reduzir
uma molécula transportadora de hidrogénio chamada
NADP+ (nicotinamida adenina dinucleótido fosfato),
que se transforma em NADPH.
NADP+ + 2e- + 2H+ NADPH + H+
Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
No sentido de descobrirem o trajeto seguido pelo CO2
absorvido pelas plantas, Calvin e os seus
colaboradores, de 1946 a 1953, efetuaram uma série
de investigações.
Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
Estes investigadores conseguiram:
I – Identificar diferentes passos de fixação do carbono
radioativo.
II – Verificar que o carbono radioativo aparecia
integrado em moléculas de glicose 30 segundos depois
de se ter iniciado a fotossíntese.
III – Identificar os compostos intermediários, bem como
a sua relação com as fontes de energia química gerada
durante a fase fotoquímica, interrompendo o processo
em intervalos de tempo definidos.
Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
É possível seguir o percurso do CO2 desde a entrada no
processo até à sua integração em compostos orgânicos,
bem como os momentos em que intervêm o ATP e o
NADPH sintetizados durante a fase fotoquímica da
fotossíntese.
Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
• Combinação de CO2 com um composto de 5C (ribulose
disfosfato)
• Origina-se um composto instável com 6C
• Desdobramento em 2 moléculas de ácido fosfoglicérico,
com 3C cada uma
• O composto formado é fosforilado pelo ATP e reduzido
pelo NADPH
Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
• Origina-se um composto, o aldeído fosfoglicérico (3C)
daqui uma parte vai intervir na regeneração do composto
com cinco carbonos, ribulose difosfato; o resto é utilizado
para diversas sínteses no estroma, entre as quais se
destaca a síntese de glicose.
Estas reações desta fase da fotossíntese dão-se no
estroma no cloroplasto.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
 Água
 Intensidade luminosa
 Quantidade de CO2
 Temperatura
 Quantidade de oxigénio
 Nutrientes do solo
 Quantidade de pigmentos fotossintéticos
Fatores limitantes no processo
fotossintético
•A intensidade fotossintética pode ser avaliada pela
quantidade de materiais produzidos ou pela
quantidade de materiais utilizados.
•Quanto maior for a taxa de oxigénio, maior será a
intensidade fotossintética, assim como maior será o
consumo de dióxido de carbono.
•Qualquer variação na disponibilidade dos
intervenientes na fotossíntese implicará variações na
taxa fotossintética.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Água
A taxa de fotossíntese
aumenta com o aumento da
quantidade de água,
estabilizando num valor
máximo.
Tal facto deve-se à saturação
das enzimas e dos
fotossistemas intervenientes
no processo.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
CO2
A taxa de fotossíntese aumenta
proporcionalmente ao aumento
do dióxido de carbono
disponível, estabilizando a taxa
fotossintética num valor
máximo.
Este facto deve-se à saturação
das enzimas e dos fotossistemas
intervenientes no mecanismo
fotossintético.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Intensidade luminosa
Na ausência de luz a fotossíntese
não se realiza, mesmo que os outros
fatores sejam razoáveis. A taxa de
fotossíntese aumenta à medida que
aumenta a intensidade luminosa,
estabilizando no seu máximo de
intensidade. Tal facto deve-se à
saturação das enzimas e dos
fotossistemas intervenientes na
fotossíntese.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Temperatura
A taxa de fotossíntese depende da temperatura a que
esta se realiza.
A fotossíntese é um processo enzimático e, como tal,
dependente da temperatura.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Temperatura
A taxa de fotossíntese terá um
valor ótimo correspondente à
temperatura ótima enzimática.
A qualquer outra temperatura a
taxa fotossintética será menor,
anulando-se a baixa temperatura
por inativação das enzimas e a
alta temperatura por
desnaturação das enzimas
intervenientes no processo.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de oxigénio
A taxa de oxigénio no meio afeta a
taxa de fotossíntese, embora de
uma forma menos ativa que os
restantes fatores.
A taxa de oxigénio no meio é inversa à taxa de dióxido
de carbono. Logo, quanto maior o teor de oxigénio no
meio, menor será a taxa de fotossíntese e menor a taxa
de dióxido de carbono no meio.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Nutrientes no solo
A taxa de fotossíntese aumenta com
o aumento da quantidade de
nutrientes no solo, estabilizando
num valor máximo.
Tal facto deve-se à saturação da
enzimas e dos fotossistemas
intervenientes no processo.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
O tipo de planta também
influencia a taxa de
fotossíntese, quando a planta é
colocada a diferentes
intensidades luminosas.
Uma planta de sol aumenta a
sua taxa de fotossíntese com o
aumento da luminosidade, até
atingir o ponto de iluminação
ótimo.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
No entanto, uma planta de
sombra apenas aumenta a sua
taxa de fotossíntese para
baixas intensidades luminosas.
Se colocada a altas
intensidades luminosas o seu
rendimento fotossintético
diminui, já que ocorre a
desnaturação das enzimas por
aquecimento.
Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
A taxa de fotossíntese de uma
planta depende da quantidade
de clorofila que ela possui.
Quanto maior a quantidade de
clorofila, maior será a taxa
fotossintética pelo que as
plantas mais verdes e com mais
folhas terão uma maior taxa de
fotossíntese.
Respiração e Fermentação
alcoólica
• A formação de moléculas de ATP, fonte imediata de
energia para as células, ocorre, como já vimos, ao nível
da fotossíntese.
• É a oxidação de moléculas orgânicas que garante a
renovação constante de ATP nas células de todos os
seres vivos.
• Apesar de uma célula ser capaz de degradar várias
moléculas orgânicas, o principal composto orgânico
utilizado como fonte de energia química é a glicose.
Respiração e Fermentação
alcoólica
•No mundo biológico existem processos catabólicos que
permitem a transferência de energia de compostos
orgânicos para moléculas de ATP.
• Tais processos podem ocorrer:
Na presença de oxigénio, AEROBIOSE
Na ausência de oxigénio, ANAEROBIOSE
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
• Permitiu verificar que as leveduras tanto podem obter
energia na presença como na ausência de oxigénio.
• As leveduras são fungos unicelulares
que se multiplicam rapidamente em
condições favoráveis.
Saccharomyces cerevesiae
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
• A degradação da glicose permite-lhes obter energia,
que é utilizada para as diversas atividades das
leveduras, incluindo a sua multiplicação.
• Contudo, alguma dessa energia dissipa-se, sob a forma
de calor, conduzindo a uma elevação da temperatura.
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
A água de cal fica turva na presença de CO2.
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Respiração
(presença de O2)
Foi produzida mais energia
Dispositivo A Dispositivo B
Fermentação
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Condições do
meio
Quantidade de
glicose
consumida (g)
Quantidade de
leveduras
formadas (g)
Anaerobiose
(ausência de O2)
1 0,02
Aerobiose
(presença de O2)
1 0,60
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Aerobiose
(respiração)
Anaerobiose
(fermentação
alcoólica)
Degradação da glicose é completa,
há formação de compostos simples,
H2O e CO2 (pobres em energia).
Degradação da glicose é incompleta,
formando-se álcool etílico e CO2 (que
ainda contêm bastante energia
química potencial, não sendo
aproveitada pelas leveduras).
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Respiração e Fermentação
alcoólica
• Na respiração aeróbia e na fermentação ocorre uma 1ª
fase comum, a:
Oxidação da Glicólise
• As reações de Glicólise ocorrem no Hialoplasma, onde
se encontram as enzimas que catalisam as diversas
reações.
Respiração e Fermentação
alcoólica
Oxidação da
Glicólise a Piruvato
(ácido pirúvico)
Fasedeativação
Fasede
rendimento
Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de ativação
• Transformação da
glicose em 2 moléculas
de aldeído fosfoglicérico
(PGAL).
Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de ativação
• Ocorrem duas
fosforilações (ligação
de 2 fosfatos
provenientes de 2
moléculas de ATP à
molécula de glicose).
Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de ativação
• Estas reações
convertem a
molécula estável de
glicose numa
molécula reativa de
frutose-difosfato.
Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de rendimento
• As 2 moléculas de aldeído
fosfoglicérico (PGAL) são
transformadas em 2
moléculas de ácido
pirúvico (produto final da
glicólise)
Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de rendimento
• Oxidação de cada molécula
de aldeído fosfoglicérico
(PGAL), por desidrogenação:
- remoção de 2 átomos de H+
- estes 2 H+ vão reduzir a
molécula coenzima NAD+
formando NADH + H+
(PGAL)
Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de rendimento
• As moléculas de NADH são moléculas de elevado
nível energético.
• Nesta fase também ocorre a síntese de 4 moléculas
de ATP.
Fermentação alcoólica
• Foi o primeiro processo utlizado pelos seres vivos para
obter energia.
• Hoje em dia alguns seres Procariontes, mantêm como
único processo possível de obtenção de energia a
fermentação  ANAERÓBIOS OBRIGATÓRIOS.
• Outros seres vivos realizam a respiração aeróbia
(possuem as enzimas necessárias ATPases).
Fermentação alcoólica
• Os seres que utilizam normalmente a respiração
aeróbia, mas que no entanto podem recorrer à
fermentação, no caso de não existir oxigénio
disponível, designam-se ANAERÓBIOS FACULTATIVOS
(caso das leveduras).
Fermentação alcoólica
Fermentação alcoólica
O processo fermentativo ocorre no hialoplasma e o seu
mecanismo químico envolve duas etapas:
• GLICÓLISE (conjunto de reações que degradam a
glicose em piruvato)
• REDUÇÃO DO PIRUVATO (conjunto de reações que
levam à formação dos produtos da fermentação)
Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato (ácido pirúvico)
Cada molécula de ácido pirúvico é reduzida pelo
hidrogénio que é libertado pelo NADH produzido na
glicólise, originando, conforme o tipo de organismo
fermentativo, ácido láctico ou álcool etílico e
dióxido de carbono.
Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato (ácido pirúvico)
Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato
Neste processo ocorre a
descarboxilação do ácido
pirúvico, originando-se um
composto com dois átomos de
carbono – o aldeído acético – que
por redução origina o etanol,
regenerando-se
consequentemente o NAD+.
Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato
Durante esta fase não há formação de
ATP.
Equação global da fermentação
alcoólica:
Fermentação lática
• Redução do Piruvato
O ácido pirúvico, resultante da fase
glicolítica, sofre uma redução,
combinando-se com o hidrogénio
transportado pelo NADH, que se
forma na glicólise. Origina-se ácido
lático, ficando a coenzima NAD+
oxidada livre para outras reações de
desidrogenação.
Fermentação lática
• Redução do Piruvato
Também durante esta fase não
ocorre formação de ATP.
Equação global da fermentação
lática:
Respiração aeróbia
• Em termos de evolução, à medida que a
organização celular se foi tornando mais
complexa, os organismos tiveram necessidade de
encontrar um processo mais eficaz de
aproveitamento da energia contida nos
compostos orgânicos: RESPIRAÇÃO CELULAR
Respiração aeróbia
• Este processo foi possível devido ao
aparecimento das mitocôndrias nas células,
associadas à disponibilidade de oxigénio no
meio.
• Isto permitiu que nos organismos mais complexos
(organismos aeróbios) o ácido pirúvico resultante
da glicólise fosse totalmente oxidado em CO2 e
H2O, com a produção total de 36 ATP ou 38 ATP.
Respiração aeróbia
• A mitocôndria surge, assim, como o organito celular
especializado na produção de ATP, pois sem este
organito as células apenas poderiam retirar a energia
contida nos compostos orgânicos através do processo
de fermentação com um rendimento energético,
substancialmente mais reduzido (2 ATP).
• Este processo (respiração celular) permite a oxidação
total do ácido pirúvico resultante da glicólise em CO2
e H2O.
Respiração aeróbia
A respiração aeróbia, além da glicólise que
decorre no hialoplasma compreende as seguintes
etapas:
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do
piruvato
2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Respiração aeróbia
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato
Cada molécula de ácido pirúvico é descarboxilada
e oxidada devido a um complexo multienzimático.
Estas reações ocorrem na matriz mitocondrial.
Respiração aeróbia
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato
O CO2 difunde-se e é libertado, enquanto o H+ vai
reduzir uma molécula de NAD+ formando NADH. O
radical oxidado com dois átomos de carbono
ligados à coenzima A constitui acetil- CoA.
Respiração aeróbia
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato
Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Cada ciclo de Krebs
inicia-se com a
formação de ácido
cítrico (composto com
6 C), que resulta da
reação de uma
molécula de acetil-CoA
(2 C) com um composto
com 4 C (ácido
oxaloacético).
Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Depois ocorrem 2
descarboxilações,
sendo removidas duas
moléculas de CO2.
(Os dois carbonos que fazem
parte destas moléculas
provêm da acetil-CoA que
entra no ciclo de Krebs)
Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Quatro oxidações do
substrato, removendo-
se 8 hidrogénios (8e-
+8H+).
Seis dos hidrogénios
vão reduzir três
moléculas de NAD+,
formando-se 3 NADH;
Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Os outros 2
hidrogénios vão
reduzir uma molécula
de outro
transportador de
hidrogénio, o FAD
(flavina adenina
dinucleótido),
formando FADH2
Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
• Durante um ciclo
de Krebs, apenas se
constitui 1
molécula de ATP.
• No final de cada
ciclo regenera-se
ácido oxaloacético,
composto com 4 C,
podendo iniciar-se
novo ciclo.
Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
• Uma vez que por cada molécula de glicose se constituem
duas moléculas de ácido pirúvico e consequentemente duas
moléculas de acetil-CoA, podem sumariar-se as duas voltas
do ciclo de Krebs pela equação seguinte:
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
www.youtube.com/watch?v=8zJjoJgNV-g
Nas etapas anteriores da respiração, o rendimento
em termos de moléculas de ATP, por cada molécula
de glicose, é:
-Duas moléculas de ATP na glicólise
-Uma molécula de ATP em cada ciclo de Krebs
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Contudo, ocorre uma série de oxidações, por
desidrogenação de compostos orgânicos, quer
durante a glicólise quer na formação de acetil-CoA e
ainda no ciclo de Krebs.
Os hidrogénios removidos reduzem moléculas
transportadoras, as coenzimas NAD+ e FAD,
constituindo-se moléculas de elevado nível
energético – NADH e FADH2.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Todas estas moléculas transportam hidrogénios, que
vão ser dissociados pela ação de enzimas. Os
eletrões são então transferidos ao longo de cadeias
de transportadores – cadeias respiratórias – e os
protões são libertados.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Muitos transportadores de eletrões da cadeia
respiratória são proteínas ligadas a coenzimas que
podem aceitar e ceder eletrões, participando assim em
reações de oxirredução.
• A primeira molécula de uma cadeia respiratória recebe
hidrogénios do NADH, ficando este na forma oxidada,
NAD+. Os eletrões flúem através dos vários
transportadores. De entre esses transportadores
podem destacar-se os citocromos (cit.).
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Do último transportador os eletrões fluem para o
oxigénio, o qual capta um par de iões H+ da matriz,
formando-se água. O oxigénio é portanto o aceptor
final dos eletrões na respiração aeróbia.
• Por cada conjunto de duas moléculas de NADH é
reduzida uma molécula de O2, formando-se duas
moléculas de água.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Os diferentes transportadores de uma cadeia
respiratória estão inseridos na membrana interna das
mitocôndrias, existindo muitas cadeias respiratórias
numa só mitocôndria.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• A disposição das moléculas transportadoras de eletrões
na membrana interna condiciona o fluxo de eletrões.
• Cada transportador tem maior afinidade para os
eletrões do que o transportador anterior, de modo que
o fluxo de eletrões é unidirecional no sentido do
oxigénio.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• O fluxo de eletrões através das cadeias respiratórias
mobiliza muita energia. Se essa energia fosse
transferida toda de uma só vez, seria suficiente para
destruir a célula e dissipar-se sob a forma de calor.
• Mas não é isso que acontece, pois os eletrões ao serem
transferidos vão passando para níveis energéticos
sucessivamente mais baixos, havendo uma
transferência gradual de energia.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Parte da energia transferida vai permitir a síntese de
moléculas de ATP.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Por cada molécula de NADH, cujos eletrões são
transferidos para uma cadeia respiratória ao nível do
primeiro transportador, formam-se 3 moléculas de
ATP.
• Por cada molécula de FADH2, cujos eletrões entram na
cadeia respiratória a um nível energético mais baixo,
originam-se 2 moléculas de ATP.
Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Balanço energético da respiração aeróbia:
Etapa da respiração NADH FADH2
ATP
Gasto Produzido Saldo
Glicólise 2 - 2 4 2
Formação de acetil-CoA 2 - - - -
Ciclo de Krebs 6 2 - 2 2
Fosforilação oxidativa - - -
(10 x 3) +
(2 x 2) = 34
34
TOTAL 10 2 2 40 38
Respiração vs Fermentação

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
Fotossíntesespondias
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntesemargaridabt
 
Aula fotossíntese quimiossíntese
Aula fotossíntese quimiossínteseAula fotossíntese quimiossíntese
Aula fotossíntese quimiossínteseedu.biologia
 
Microbiologia Geral - Metabolismo Microbiano
Microbiologia Geral - Metabolismo MicrobianoMicrobiologia Geral - Metabolismo Microbiano
Microbiologia Geral - Metabolismo MicrobianoMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Obtenção de matéria seres autotróficos
Obtenção de matéria   seres autotróficosObtenção de matéria   seres autotróficos
Obtenção de matéria seres autotróficosIsabel Lopes
 
Metabolismo celular - FOTOSSÍNTESE
Metabolismo celular - FOTOSSÍNTESEMetabolismo celular - FOTOSSÍNTESE
Metabolismo celular - FOTOSSÍNTESESilvana Sanches
 
Bg14 obtenção de matéria - fotossintese ii
Bg14   obtenção de matéria - fotossintese iiBg14   obtenção de matéria - fotossintese ii
Bg14 obtenção de matéria - fotossintese iiNuno Correia
 
Bioenergética II - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.
Bioenergética II  - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.Bioenergética II  - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.
Bioenergética II - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.Alpha Colégio e Vestibulares
 
Fotossíntese aplicada;
Fotossíntese aplicada;Fotossíntese aplicada;
Fotossíntese aplicada;IFRO
 
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13   obtenção de matéria - fotossintese iBg13   obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese iNuno Correia
 
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológicaMódulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológicaRaquel Rodrigues
 
Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
FotossínteseIFRO
 
Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese - Aulas 35 e 36
Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese  - Aulas 35 e 36Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese  - Aulas 35 e 36
Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese - Aulas 35 e 36Alpha Colégio e Vestibulares
 
Aula produção de energia final
Aula   produção de energia finalAula   produção de energia final
Aula produção de energia finalOdonto ufrj
 

Mais procurados (20)

Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
Fotossíntese
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntese
 
Aula fotossíntese quimiossíntese
Aula fotossíntese quimiossínteseAula fotossíntese quimiossíntese
Aula fotossíntese quimiossíntese
 
Microbiologia Geral - Metabolismo Microbiano
Microbiologia Geral - Metabolismo MicrobianoMicrobiologia Geral - Metabolismo Microbiano
Microbiologia Geral - Metabolismo Microbiano
 
Obtenção de matéria seres autotróficos
Obtenção de matéria   seres autotróficosObtenção de matéria   seres autotróficos
Obtenção de matéria seres autotróficos
 
Metabolismo celular - FOTOSSÍNTESE
Metabolismo celular - FOTOSSÍNTESEMetabolismo celular - FOTOSSÍNTESE
Metabolismo celular - FOTOSSÍNTESE
 
Bg14 obtenção de matéria - fotossintese ii
Bg14   obtenção de matéria - fotossintese iiBg14   obtenção de matéria - fotossintese ii
Bg14 obtenção de matéria - fotossintese ii
 
Bioenergética II - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.
Bioenergética II  - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.Bioenergética II  - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.
Bioenergética II - Fotossíntese e Quimiossíntese - Aulas 33 e 34.
 
Fotossíntese aplicada;
Fotossíntese aplicada;Fotossíntese aplicada;
Fotossíntese aplicada;
 
Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
Fotossíntese
 
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13   obtenção de matéria - fotossintese iBg13   obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese i
 
Bioquimica
BioquimicaBioquimica
Bioquimica
 
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológicaMódulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
 
Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
Fotossíntese
 
Módulo a2.1 digestão.resumo
Módulo a2.1   digestão.resumoMódulo a2.1   digestão.resumo
Módulo a2.1 digestão.resumo
 
Metabolismo e processos microbianos
Metabolismo e processos microbianosMetabolismo e processos microbianos
Metabolismo e processos microbianos
 
Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese - Aulas 35 e 36
Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese  - Aulas 35 e 36Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese  - Aulas 35 e 36
Bioenergética II - Fisiologia da Fotossíntese - Aulas 35 e 36
 
Aula12 fermentação e quimiossíntese
Aula12 fermentação e quimiossínteseAula12 fermentação e quimiossíntese
Aula12 fermentação e quimiossíntese
 
Curso trat-esgoto capitulo-4
Curso trat-esgoto capitulo-4Curso trat-esgoto capitulo-4
Curso trat-esgoto capitulo-4
 
Aula produção de energia final
Aula   produção de energia finalAula   produção de energia final
Aula produção de energia final
 

Semelhante a Processos celulares II

Processos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas célulasProcessos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas célulasMiryan Carneiro
 
Fotossíntese - Rose Lopes
Fotossíntese - Rose LopesFotossíntese - Rose Lopes
Fotossíntese - Rose Lopes7 de Setembro
 
Odis10 ppt obtencao_materia_autotroficos
Odis10 ppt obtencao_materia_autotroficosOdis10 ppt obtencao_materia_autotroficos
Odis10 ppt obtencao_materia_autotroficosCláudia Matias
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Felipe Cavalcante
 
Fotossintese e quimiossintese
Fotossintese e quimiossinteseFotossintese e quimiossintese
Fotossintese e quimiossinteseDaniel Gonçalves
 
Aula sobre fotossíntese fase clara e escura
Aula sobre fotossíntese fase clara e escuraAula sobre fotossíntese fase clara e escura
Aula sobre fotossíntese fase clara e escuraMiriamDantzger1
 
coleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.ppt
coleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.pptcoleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.ppt
coleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.pptVERONICA47548
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseProfessora Raquel
 
Tema 3 biologia pdf
Tema 3   biologia pdfTema 3   biologia pdf
Tema 3 biologia pdfSilvia Couto
 
Processos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas célulasProcessos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas célulasRoberto Bagatini
 
Processos energéticos que ocorrem nas células[1]
Processos energéticos que ocorrem nas células[1]Processos energéticos que ocorrem nas células[1]
Processos energéticos que ocorrem nas células[1]Roberto Bagatini
 
Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;
Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;
Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;s1lv1alouro
 
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaMod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaLeonor Vaz Pereira
 

Semelhante a Processos celulares II (20)

Processos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas célulasProcessos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas células
 
Ferramentas do metabolismo
Ferramentas do metabolismoFerramentas do metabolismo
Ferramentas do metabolismo
 
Fotossíntese.
Fotossíntese.Fotossíntese.
Fotossíntese.
 
Fotossíntese - Rose Lopes
Fotossíntese - Rose LopesFotossíntese - Rose Lopes
Fotossíntese - Rose Lopes
 
Odis10 ppt obtencao_materia_autotroficos
Odis10 ppt obtencao_materia_autotroficosOdis10 ppt obtencao_materia_autotroficos
Odis10 ppt obtencao_materia_autotroficos
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
 
Fotossintese e quimiossintese
Fotossintese e quimiossinteseFotossintese e quimiossintese
Fotossintese e quimiossintese
 
Aula sobre fotossíntese fase clara e escura
Aula sobre fotossíntese fase clara e escuraAula sobre fotossíntese fase clara e escura
Aula sobre fotossíntese fase clara e escura
 
metabolismo vegetal
metabolismo vegetalmetabolismo vegetal
metabolismo vegetal
 
coleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.ppt
coleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.pptcoleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.ppt
coleguiummetabolismoenergtico-110803141349-phpapp02-140917185522-phpapp01.ppt
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntese
 
Tema 3 biologia pdf
Tema 3   biologia pdfTema 3   biologia pdf
Tema 3 biologia pdf
 
Processos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas célulasProcessos energéticos que ocorrem nas células
Processos energéticos que ocorrem nas células
 
Processos energéticos que ocorrem nas células[1]
Processos energéticos que ocorrem nas células[1]Processos energéticos que ocorrem nas células[1]
Processos energéticos que ocorrem nas células[1]
 
Fotossíntese
FotossínteseFotossíntese
Fotossíntese
 
Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;
Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;
Fluxo de Energia e Ciclo de matéria; Sucessões Ecológicas;
 
Metabolismo celular alpha
Metabolismo celular alphaMetabolismo celular alpha
Metabolismo celular alpha
 
Metabolismo celular
Metabolismo celularMetabolismo celular
Metabolismo celular
 
FOTOSSÍNTESE FUTURO DOUTOR.ppt
FOTOSSÍNTESE FUTURO DOUTOR.pptFOTOSSÍNTESE FUTURO DOUTOR.ppt
FOTOSSÍNTESE FUTURO DOUTOR.ppt
 
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaMod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energia
 

Último

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...EvandroAlvesAlves1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1Michycau1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 

Último (20)

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 

Processos celulares II

  • 1. Química Aplicada Alexandra Nobre 2014/2015 Módulo 5 – Processos Celulares II (22 horas) Técnico de Análise Laboratorial
  • 2. Obtenção de energia pelos seres vivos • Classificação Autotróficos: Organismos capazes de produzir o próprio alimento (matéria orgânica) a partir de fontes inorgânicas (H2O, CO2 e matéria mineral).
  • 3. Obtenção de energia pelos seres vivos • Classificação Heterotróficos: Não produzem o seu próprio alimento e precisam de se alimentar de autotróficos ou outros heterotróficos para obter a energia necessária à sua sobrevivência.
  • 4. Obtenção de energia pelos seres vivos • Classificação Heterotróficos: Alimentam-se de matéria orgânica, não sendo capazes de a produzir a partir de matéria mineral.
  • 5. Obtenção de energia pelos seres vivos • Autotrofia Seres autotróficos Energia Luminosa Energia Química (redox) Fotossíntese Quimiossíntese Seres fotoautotróficos (plantas, algas e cianobactérias) Seres quimioautotróficos (bactérias)
  • 6. Transporte de energia na célula Energia Luminosa Energia Química (redox)
  • 7. Transporte de energia na célula Parte dessa energia é transferida para uma fonte de energia química que é diretamente utilizável, designada por ATP - adenosina trifosfato. Moléculas de ATP  forma comum de circulação de energia na célula
  • 8. Transporte de energia na célula • Constituição do ATP  Base azotada – Adenina  Açúcar com 5 C – Ribose  Compostos inorgânicos – 3 grupos fosfato
  • 9. Transporte de energia na célula • Constituição do ATP Ribose Adenina Fosfatos Adenosina Adenosina monofosfato - AMP Adenosina difosfato - ADP Adenosina trifosfato - ATP
  • 10. Transporte de energia na célula • Constituição do ATP Ribose Adenina Fosfatos A energia encontra-se armazenada nas ligações fosfato
  • 11. Transporte de energia na célula As moléculas de ATP, fonte privilegiada de energia química, estão constantemente a ser sintetizadas e a ser desdobradas. Admite-se que em cada segundo são utilizadas, numa célula, cerca de 10 milhões de moléculas de ATP e é sintetizado um número igual dessas moléculas. As ligações entre os grupos fosfato são muito frágeis e rompem-se facilmente por hidrólise. • Reações de ATP
  • 12. Transporte de energia na célula  Hidrólise de ATP – reação exoenergética: ocorre libertação de energia que pode ser utilizada em diversas reações celulares.  Reação de desfosforilação: retirada de grupos fosfato. • Hidrólise de ATP
  • 13. Transporte de energia na célula • Hidrólise de ATP
  • 14. Transporte de energia na célula  Síntese de ATP – reação endoenergética ou endergónica: é necessário fornecer energia para que ocorra.  Reação de fosforilação: adição de grupos fosfato • Síntese de ATP
  • 15. Transporte de energia na célula  As células possuem uma certa quantidade de ATP, de ADP e de AMP, não existindo armazenadas quantidades elevadas de ATP.  As transferências energéticas a nível celular dependem, essencialmente, do ciclo de ADP  ATP. • Reações de ATP
  • 16. Transporte de energia na célula • Reações de ATP
  • 17. Obtenção de energia pelos seres vivos • Autotrofia A fotossíntese é o mais comum dos processos considerados e é particularmente importante para a maioria dos sistemas vivos.
  • 18. Captação de energia • Fotossíntese Energia luminosa Energia química
  • 19. Captação de energia • Fotossíntese Eucariontes Cloroplastos
  • 20. Captação de energia • Fotossíntese Fragmentos de folhas colocados em água e irradiados por luz solar  capacidade de libertar O2 e sintetizar amido como se fossem folhas íntegras. Tal experiência demonstrou que a folha não é o principal órgão fotossintetizador, já que a sua fragmentação em pedaços não impede a atividade fotossintética.
  • 21. Captação de energia • Fotossíntese A utilização de técnicas adequadas permitiu detetar que o processo completo da fotossíntese podia ocorrer em cloroplastos isolados.
  • 22. Captação de energia • Fotossíntese - cloroplastos • Organitos presentes nas células das plantas e de outros organismos fotossintéticos, como as algas e alguns protistas. • Possuem clorofila (pigmento responsável pela sua cor verde). • São organitos constituídos por uma dupla membrana.
  • 23. Captação de energia • Fotossíntese - cloroplastos
  • 24. Captação de energia • Fotossíntese - cloroplastos • Estroma – Corresponde à matriz coloidal. É um tecido conetivo, não funcional de sustentação. • Tilacóides - Sistema membranoso em forma de vesículas achatadas, onde se localizam as moléculas de clorofila. • Granum - Conjunto de tilacóides. • Grana – Conjunto de vários granum.
  • 25. Captação de energia • Fotossíntese - cloroplastos
  • 26. Pigmentos fotossintéticos Nas plantas encontram-se dois tipos fundamentais de pigmentos fotossintéticos: •Clorofilas •Carotenóides
  • 27. Pigmentos fotossintéticos Tipo de pigmento Cor Distribuição Clorofilas a Verde-intensa Todas as plantas superiores, algas e cianobactérias b Verde-amarelada Plantas superiores e algas verdes c Verde Algas castanhas e diatomáceas d Verde Algumas algas vermelhas Carotenóides Carotenos Laranja Todos os org. fotossintéticos exceto as bactérias Xantofilas Amarela Algas castanhas e diatomáceas Ficobilinas Ficoeritrina Vermelha Algas vermelhas e cianobactériasFicocianina Azul
  • 28. Pigmentos fotossintéticos Atividade Experimental n.º 1 Separação de Pigmentos fotossintéticos
  • 29. Pigmentos fotossintéticos e a captação de energia Pigmentos absorvem energia luminosa Energia química
  • 30. Pigmentos fotossintéticos e a captação de energia A energia emitida pelo Sol estende-se por um largo espectro de radiações com diferentes características.
  • 31. Pigmentos fotossintéticos e a captação de energia Espectro da luz visível (entre 380 e 750 nm) que as plantas usam na fotossíntese sendo diferentemente absorvidas pelos pigmentos fotossintéticos.
  • 32. Fotossíntese • Processo de autotrofia • Equação do processo fotossintético 12 H20 + 6 CO2  C6H12O6 + 6 H20 + 6 O2 Água + Monóxido de carbono  Glicólise + Água + Oxigénio
  • 33. Fotossíntese O ambiente fornece a água, o dióxido de carbono e a luz. As clorofilas e outras moléculas implicadas no processo são sintetizadas pelas plantas.
  • 34. Fotossíntese - Mecanismo Determinação da origem do O2 libertado Problema fundamental para a compreensão do processo fotossintético Provém do H2O??? Provém do CO2???
  • 35. Fotossíntese - Mecanismo Em 1930, Van Niel, um dos primeiros investigadores a estudar aspetos comparativos em fotossíntese, trabalhou com algumas bactérias sulfurosas e verificou que: • são anaeróbias; • no processo fotossintético utilizam sulfureto de hidrogénio (H2S), em vez de água; • na presença de luz sintetizam compostos orgânicos e libertam enxofre.
  • 36. Fotossíntese - Mecanismo Van Niel comparou as equações gerais da fotossíntese em bactérias sulfurosas e em plantas.
  • 37. Fotossíntese - Mecanismo Van Niel propôs o seguinte raciocínio: •Bactérias: a rutura da molécula de H2S ocorre na presença de luz, •Plantas: a luz também deve interferir na rutura da molécula de H2O.  Nesta hipótese o O2 libertado tem origem na água e não no CO2.
  • 38. Fotossíntese - Fases A fotossíntese compreende duas fases sucessivas:  Fase fotoquímica  depende da luz  Fase química  não depende da luz Ciclo de Calvin
  • 40. Fotossíntese – Fase Fotoquímica A captação da energia luminosa e a sua conversão em energia biologicamente utilizável requer estruturas organizadas. Estas estruturas podem ser consideradas a vários níveis, desde, por exemplo, os pigmentos fotossintéticos nos tilacóides, aos cloroplastos e à própria folha.
  • 41. Fotossíntese – Fase Fotoquímica A energia luminosa captada pelos pigmentos fotossintéticos é transformada em energia química, que vai ser utilizada na fase química. Reações fotoquímicas Tilacóides
  • 42. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Nessa etapa, a clorofila, ao ser iluminada, perde eletrões, o que origina "vazios" na molécula. O destino dos eletrões perdidos e a reocupação desses vazios podem obedecer a 2 mecanismos distintos, chamados fotofosforilação cíclica e fotofosforilação acíclica.
  • 43. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Fotofosforilação acíclica Emprega dois sistemas fotossintetizantes: o fotossistema I e o fotossistema II. Fotossistema I  clorofila a Fotossistema II  clorofila b
  • 44. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Fotofosforilação acíclica
  • 45. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Fotofosforilação cíclica Forma de fosforilação que implica o transporte cíclico de eletrões. Os eletrões emitidos pela clorofila a por ação da luz retornam à clorofila a via cadeia de transporte de eletrões, permitindo a fotofosforilação de ADP.
  • 46. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Fotofosforilação cíclica Desta maneira, as cargas elétricas positivas geradas na estrutura das moléculas de clorofila a pela perda de eletrões são anuladas e a energia de excitação dos eletrões é transformada na energia química do ATP. A fotofosforilação química exige apenas o funcionamento do fotossistema I.
  • 47. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
  • 48. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Reações importantes  Fotólise da água Em presença da luz há a dissociação da molécula de água em oxigénio, que se liberta, e hidrogénio. A água é o dador primário de eletrões. 2H2O  O2 + 4H+ + 4e-
  • 49. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Reações importantes  Oxidação da clorofila a A clorofila a, excitada pela energia luminosa, emite eletrões. clorofila a  clorofila a excitada  clorofila a oxidada
  • 50. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Reações importantes  Fluxo de eletrões Os eletrões passam através de cadeias de transportadores, ao longo das quais o nível energético desses eletrões vai baixando. As transferências de energia que ocorrem nas reações de oxirredução, ao longo das cadeias de transportadores, permitem a fosforilação da molécula de ADP, que passa a ATP através de um processo chamado fotofosforilação. ADP + P + Energia  ATP + H2O
  • 51. Fotossíntese – Fase Fotoquímica Reações importantes  Redução do NADP+ Os protões provenientes da fotólise da água, juntamente com os eletrões provenientes do fluxo eletrónico da cadeia de transportadores, vão reduzir uma molécula transportadora de hidrogénio chamada NADP+ (nicotinamida adenina dinucleótido fosfato), que se transforma em NADPH. NADP+ + 2e- + 2H+ NADPH + H+
  • 52. Fotossíntese – Fase Química Ciclo de Calvin No sentido de descobrirem o trajeto seguido pelo CO2 absorvido pelas plantas, Calvin e os seus colaboradores, de 1946 a 1953, efetuaram uma série de investigações.
  • 53. Fotossíntese – Fase Química Ciclo de Calvin Estes investigadores conseguiram: I – Identificar diferentes passos de fixação do carbono radioativo. II – Verificar que o carbono radioativo aparecia integrado em moléculas de glicose 30 segundos depois de se ter iniciado a fotossíntese. III – Identificar os compostos intermediários, bem como a sua relação com as fontes de energia química gerada durante a fase fotoquímica, interrompendo o processo em intervalos de tempo definidos.
  • 54. Fotossíntese – Fase Química Ciclo de Calvin É possível seguir o percurso do CO2 desde a entrada no processo até à sua integração em compostos orgânicos, bem como os momentos em que intervêm o ATP e o NADPH sintetizados durante a fase fotoquímica da fotossíntese.
  • 55. Fotossíntese – Fase Química Ciclo de Calvin
  • 56. Fotossíntese – Fase Química Ciclo de Calvin • Combinação de CO2 com um composto de 5C (ribulose disfosfato) • Origina-se um composto instável com 6C • Desdobramento em 2 moléculas de ácido fosfoglicérico, com 3C cada uma • O composto formado é fosforilado pelo ATP e reduzido pelo NADPH
  • 57. Fotossíntese – Fase Química Ciclo de Calvin • Origina-se um composto, o aldeído fosfoglicérico (3C) daqui uma parte vai intervir na regeneração do composto com cinco carbonos, ribulose difosfato; o resto é utilizado para diversas sínteses no estroma, entre as quais se destaca a síntese de glicose. Estas reações desta fase da fotossíntese dão-se no estroma no cloroplasto.
  • 58. Fatores limitantes no processo fotossintético  Água  Intensidade luminosa  Quantidade de CO2  Temperatura  Quantidade de oxigénio  Nutrientes do solo  Quantidade de pigmentos fotossintéticos
  • 59. Fatores limitantes no processo fotossintético •A intensidade fotossintética pode ser avaliada pela quantidade de materiais produzidos ou pela quantidade de materiais utilizados. •Quanto maior for a taxa de oxigénio, maior será a intensidade fotossintética, assim como maior será o consumo de dióxido de carbono. •Qualquer variação na disponibilidade dos intervenientes na fotossíntese implicará variações na taxa fotossintética.
  • 60. Fatores limitantes no processo fotossintético Água A taxa de fotossíntese aumenta com o aumento da quantidade de água, estabilizando num valor máximo. Tal facto deve-se à saturação das enzimas e dos fotossistemas intervenientes no processo.
  • 61. Fatores limitantes no processo fotossintético CO2 A taxa de fotossíntese aumenta proporcionalmente ao aumento do dióxido de carbono disponível, estabilizando a taxa fotossintética num valor máximo. Este facto deve-se à saturação das enzimas e dos fotossistemas intervenientes no mecanismo fotossintético.
  • 62. Fatores limitantes no processo fotossintético Intensidade luminosa Na ausência de luz a fotossíntese não se realiza, mesmo que os outros fatores sejam razoáveis. A taxa de fotossíntese aumenta à medida que aumenta a intensidade luminosa, estabilizando no seu máximo de intensidade. Tal facto deve-se à saturação das enzimas e dos fotossistemas intervenientes na fotossíntese.
  • 63. Fatores limitantes no processo fotossintético Temperatura A taxa de fotossíntese depende da temperatura a que esta se realiza. A fotossíntese é um processo enzimático e, como tal, dependente da temperatura.
  • 64. Fatores limitantes no processo fotossintético Temperatura A taxa de fotossíntese terá um valor ótimo correspondente à temperatura ótima enzimática. A qualquer outra temperatura a taxa fotossintética será menor, anulando-se a baixa temperatura por inativação das enzimas e a alta temperatura por desnaturação das enzimas intervenientes no processo.
  • 65. Fatores limitantes no processo fotossintético Quantidade de oxigénio A taxa de oxigénio no meio afeta a taxa de fotossíntese, embora de uma forma menos ativa que os restantes fatores. A taxa de oxigénio no meio é inversa à taxa de dióxido de carbono. Logo, quanto maior o teor de oxigénio no meio, menor será a taxa de fotossíntese e menor a taxa de dióxido de carbono no meio.
  • 66. Fatores limitantes no processo fotossintético Nutrientes no solo A taxa de fotossíntese aumenta com o aumento da quantidade de nutrientes no solo, estabilizando num valor máximo. Tal facto deve-se à saturação da enzimas e dos fotossistemas intervenientes no processo.
  • 67. Fatores limitantes no processo fotossintético Quantidade de pigmentos fotossintéticos O tipo de planta também influencia a taxa de fotossíntese, quando a planta é colocada a diferentes intensidades luminosas. Uma planta de sol aumenta a sua taxa de fotossíntese com o aumento da luminosidade, até atingir o ponto de iluminação ótimo.
  • 68. Fatores limitantes no processo fotossintético Quantidade de pigmentos fotossintéticos No entanto, uma planta de sombra apenas aumenta a sua taxa de fotossíntese para baixas intensidades luminosas. Se colocada a altas intensidades luminosas o seu rendimento fotossintético diminui, já que ocorre a desnaturação das enzimas por aquecimento.
  • 69. Fatores limitantes no processo fotossintético Quantidade de pigmentos fotossintéticos A taxa de fotossíntese de uma planta depende da quantidade de clorofila que ela possui. Quanto maior a quantidade de clorofila, maior será a taxa fotossintética pelo que as plantas mais verdes e com mais folhas terão uma maior taxa de fotossíntese.
  • 70. Respiração e Fermentação alcoólica • A formação de moléculas de ATP, fonte imediata de energia para as células, ocorre, como já vimos, ao nível da fotossíntese. • É a oxidação de moléculas orgânicas que garante a renovação constante de ATP nas células de todos os seres vivos. • Apesar de uma célula ser capaz de degradar várias moléculas orgânicas, o principal composto orgânico utilizado como fonte de energia química é a glicose.
  • 71. Respiração e Fermentação alcoólica •No mundo biológico existem processos catabólicos que permitem a transferência de energia de compostos orgânicos para moléculas de ATP. • Tais processos podem ocorrer: Na presença de oxigénio, AEROBIOSE Na ausência de oxigénio, ANAEROBIOSE
  • 72. Respiração e Fermentação alcoólica Experiência de Pasteur, séc. XIX • Permitiu verificar que as leveduras tanto podem obter energia na presença como na ausência de oxigénio. • As leveduras são fungos unicelulares que se multiplicam rapidamente em condições favoráveis. Saccharomyces cerevesiae
  • 73. Respiração e Fermentação alcoólica Experiência de Pasteur, séc. XIX • A degradação da glicose permite-lhes obter energia, que é utilizada para as diversas atividades das leveduras, incluindo a sua multiplicação. • Contudo, alguma dessa energia dissipa-se, sob a forma de calor, conduzindo a uma elevação da temperatura.
  • 75. Respiração e Fermentação alcoólica Experiência de Pasteur, séc. XIX A água de cal fica turva na presença de CO2.
  • 76. Respiração e Fermentação alcoólica Experiência de Pasteur, séc. XIX Respiração (presença de O2) Foi produzida mais energia Dispositivo A Dispositivo B Fermentação
  • 77. Respiração e Fermentação alcoólica Experiência de Pasteur, séc. XIX Condições do meio Quantidade de glicose consumida (g) Quantidade de leveduras formadas (g) Anaerobiose (ausência de O2) 1 0,02 Aerobiose (presença de O2) 1 0,60
  • 78. Respiração e Fermentação alcoólica Experiência de Pasteur, séc. XIX Aerobiose (respiração) Anaerobiose (fermentação alcoólica) Degradação da glicose é completa, há formação de compostos simples, H2O e CO2 (pobres em energia). Degradação da glicose é incompleta, formando-se álcool etílico e CO2 (que ainda contêm bastante energia química potencial, não sendo aproveitada pelas leveduras).
  • 81. Respiração e Fermentação alcoólica • Na respiração aeróbia e na fermentação ocorre uma 1ª fase comum, a: Oxidação da Glicólise • As reações de Glicólise ocorrem no Hialoplasma, onde se encontram as enzimas que catalisam as diversas reações.
  • 82. Respiração e Fermentação alcoólica Oxidação da Glicólise a Piruvato (ácido pirúvico) Fasedeativação Fasede rendimento
  • 83. Respiração e Fermentação alcoólica Fase de ativação • Transformação da glicose em 2 moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL).
  • 84. Respiração e Fermentação alcoólica Fase de ativação • Ocorrem duas fosforilações (ligação de 2 fosfatos provenientes de 2 moléculas de ATP à molécula de glicose).
  • 85. Respiração e Fermentação alcoólica Fase de ativação • Estas reações convertem a molécula estável de glicose numa molécula reativa de frutose-difosfato.
  • 86. Respiração e Fermentação alcoólica Fase de rendimento • As 2 moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL) são transformadas em 2 moléculas de ácido pirúvico (produto final da glicólise)
  • 87. Respiração e Fermentação alcoólica Fase de rendimento • Oxidação de cada molécula de aldeído fosfoglicérico (PGAL), por desidrogenação: - remoção de 2 átomos de H+ - estes 2 H+ vão reduzir a molécula coenzima NAD+ formando NADH + H+ (PGAL)
  • 88. Respiração e Fermentação alcoólica Fase de rendimento • As moléculas de NADH são moléculas de elevado nível energético. • Nesta fase também ocorre a síntese de 4 moléculas de ATP.
  • 89. Fermentação alcoólica • Foi o primeiro processo utlizado pelos seres vivos para obter energia. • Hoje em dia alguns seres Procariontes, mantêm como único processo possível de obtenção de energia a fermentação  ANAERÓBIOS OBRIGATÓRIOS. • Outros seres vivos realizam a respiração aeróbia (possuem as enzimas necessárias ATPases).
  • 90. Fermentação alcoólica • Os seres que utilizam normalmente a respiração aeróbia, mas que no entanto podem recorrer à fermentação, no caso de não existir oxigénio disponível, designam-se ANAERÓBIOS FACULTATIVOS (caso das leveduras).
  • 92. Fermentação alcoólica O processo fermentativo ocorre no hialoplasma e o seu mecanismo químico envolve duas etapas: • GLICÓLISE (conjunto de reações que degradam a glicose em piruvato) • REDUÇÃO DO PIRUVATO (conjunto de reações que levam à formação dos produtos da fermentação)
  • 93. Fermentação alcoólica • Redução do Piruvato (ácido pirúvico) Cada molécula de ácido pirúvico é reduzida pelo hidrogénio que é libertado pelo NADH produzido na glicólise, originando, conforme o tipo de organismo fermentativo, ácido láctico ou álcool etílico e dióxido de carbono.
  • 94. Fermentação alcoólica • Redução do Piruvato (ácido pirúvico)
  • 95. Fermentação alcoólica • Redução do Piruvato Neste processo ocorre a descarboxilação do ácido pirúvico, originando-se um composto com dois átomos de carbono – o aldeído acético – que por redução origina o etanol, regenerando-se consequentemente o NAD+.
  • 96. Fermentação alcoólica • Redução do Piruvato Durante esta fase não há formação de ATP. Equação global da fermentação alcoólica:
  • 97. Fermentação lática • Redução do Piruvato O ácido pirúvico, resultante da fase glicolítica, sofre uma redução, combinando-se com o hidrogénio transportado pelo NADH, que se forma na glicólise. Origina-se ácido lático, ficando a coenzima NAD+ oxidada livre para outras reações de desidrogenação.
  • 98. Fermentação lática • Redução do Piruvato Também durante esta fase não ocorre formação de ATP. Equação global da fermentação lática:
  • 99. Respiração aeróbia • Em termos de evolução, à medida que a organização celular se foi tornando mais complexa, os organismos tiveram necessidade de encontrar um processo mais eficaz de aproveitamento da energia contida nos compostos orgânicos: RESPIRAÇÃO CELULAR
  • 100. Respiração aeróbia • Este processo foi possível devido ao aparecimento das mitocôndrias nas células, associadas à disponibilidade de oxigénio no meio. • Isto permitiu que nos organismos mais complexos (organismos aeróbios) o ácido pirúvico resultante da glicólise fosse totalmente oxidado em CO2 e H2O, com a produção total de 36 ATP ou 38 ATP.
  • 101. Respiração aeróbia • A mitocôndria surge, assim, como o organito celular especializado na produção de ATP, pois sem este organito as células apenas poderiam retirar a energia contida nos compostos orgânicos através do processo de fermentação com um rendimento energético, substancialmente mais reduzido (2 ATP). • Este processo (respiração celular) permite a oxidação total do ácido pirúvico resultante da glicólise em CO2 e H2O.
  • 102. Respiração aeróbia A respiração aeróbia, além da glicólise que decorre no hialoplasma compreende as seguintes etapas: 1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa)
  • 103. Respiração aeróbia 1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato Cada molécula de ácido pirúvico é descarboxilada e oxidada devido a um complexo multienzimático. Estas reações ocorrem na matriz mitocondrial.
  • 104. Respiração aeróbia 1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato O CO2 difunde-se e é libertado, enquanto o H+ vai reduzir uma molécula de NAD+ formando NADH. O radical oxidado com dois átomos de carbono ligados à coenzima A constitui acetil- CoA.
  • 105. Respiração aeróbia 1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato
  • 106. Respiração aeróbia 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico Cada ciclo de Krebs inicia-se com a formação de ácido cítrico (composto com 6 C), que resulta da reação de uma molécula de acetil-CoA (2 C) com um composto com 4 C (ácido oxaloacético).
  • 107. Respiração aeróbia 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico Depois ocorrem 2 descarboxilações, sendo removidas duas moléculas de CO2. (Os dois carbonos que fazem parte destas moléculas provêm da acetil-CoA que entra no ciclo de Krebs)
  • 108. Respiração aeróbia 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico Quatro oxidações do substrato, removendo- se 8 hidrogénios (8e- +8H+). Seis dos hidrogénios vão reduzir três moléculas de NAD+, formando-se 3 NADH;
  • 109. Respiração aeróbia 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico Os outros 2 hidrogénios vão reduzir uma molécula de outro transportador de hidrogénio, o FAD (flavina adenina dinucleótido), formando FADH2
  • 110. Respiração aeróbia 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico • Durante um ciclo de Krebs, apenas se constitui 1 molécula de ATP. • No final de cada ciclo regenera-se ácido oxaloacético, composto com 4 C, podendo iniciar-se novo ciclo.
  • 111. Respiração aeróbia 2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico • Uma vez que por cada molécula de glicose se constituem duas moléculas de ácido pirúvico e consequentemente duas moléculas de acetil-CoA, podem sumariar-se as duas voltas do ciclo de Krebs pela equação seguinte:
  • 112. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) www.youtube.com/watch?v=8zJjoJgNV-g Nas etapas anteriores da respiração, o rendimento em termos de moléculas de ATP, por cada molécula de glicose, é: -Duas moléculas de ATP na glicólise -Uma molécula de ATP em cada ciclo de Krebs
  • 113. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) Contudo, ocorre uma série de oxidações, por desidrogenação de compostos orgânicos, quer durante a glicólise quer na formação de acetil-CoA e ainda no ciclo de Krebs. Os hidrogénios removidos reduzem moléculas transportadoras, as coenzimas NAD+ e FAD, constituindo-se moléculas de elevado nível energético – NADH e FADH2.
  • 114. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) Todas estas moléculas transportam hidrogénios, que vão ser dissociados pela ação de enzimas. Os eletrões são então transferidos ao longo de cadeias de transportadores – cadeias respiratórias – e os protões são libertados.
  • 115. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa)
  • 116. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • Muitos transportadores de eletrões da cadeia respiratória são proteínas ligadas a coenzimas que podem aceitar e ceder eletrões, participando assim em reações de oxirredução. • A primeira molécula de uma cadeia respiratória recebe hidrogénios do NADH, ficando este na forma oxidada, NAD+. Os eletrões flúem através dos vários transportadores. De entre esses transportadores podem destacar-se os citocromos (cit.).
  • 117. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • Do último transportador os eletrões fluem para o oxigénio, o qual capta um par de iões H+ da matriz, formando-se água. O oxigénio é portanto o aceptor final dos eletrões na respiração aeróbia. • Por cada conjunto de duas moléculas de NADH é reduzida uma molécula de O2, formando-se duas moléculas de água.
  • 118. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • Os diferentes transportadores de uma cadeia respiratória estão inseridos na membrana interna das mitocôndrias, existindo muitas cadeias respiratórias numa só mitocôndria.
  • 119. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa)
  • 120. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • A disposição das moléculas transportadoras de eletrões na membrana interna condiciona o fluxo de eletrões. • Cada transportador tem maior afinidade para os eletrões do que o transportador anterior, de modo que o fluxo de eletrões é unidirecional no sentido do oxigénio.
  • 121. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • O fluxo de eletrões através das cadeias respiratórias mobiliza muita energia. Se essa energia fosse transferida toda de uma só vez, seria suficiente para destruir a célula e dissipar-se sob a forma de calor. • Mas não é isso que acontece, pois os eletrões ao serem transferidos vão passando para níveis energéticos sucessivamente mais baixos, havendo uma transferência gradual de energia.
  • 122. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • Parte da energia transferida vai permitir a síntese de moléculas de ATP.
  • 123. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) • Por cada molécula de NADH, cujos eletrões são transferidos para uma cadeia respiratória ao nível do primeiro transportador, formam-se 3 moléculas de ATP. • Por cada molécula de FADH2, cujos eletrões entram na cadeia respiratória a um nível energético mais baixo, originam-se 2 moléculas de ATP.
  • 124. Respiração aeróbia 3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e fosforilação oxidativa) Balanço energético da respiração aeróbia: Etapa da respiração NADH FADH2 ATP Gasto Produzido Saldo Glicólise 2 - 2 4 2 Formação de acetil-CoA 2 - - - - Ciclo de Krebs 6 2 - 2 2 Fosforilação oxidativa - - - (10 x 3) + (2 x 2) = 34 34 TOTAL 10 2 2 40 38