2. Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Classificação
Autotróficos: Organismos
capazes de produzir o próprio
alimento (matéria orgânica) a
partir de fontes inorgânicas
(H2O, CO2 e matéria mineral).
3. Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Classificação
Heterotróficos: Não produzem o seu
próprio alimento e precisam de se
alimentar de autotróficos ou outros
heterotróficos para obter a energia
necessária à sua sobrevivência.
4. Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Classificação
Heterotróficos: Alimentam-se de matéria orgânica,
não sendo capazes de a produzir a partir de matéria
mineral.
5. Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Autotrofia
Seres
autotróficos
Energia
Luminosa
Energia
Química
(redox)
Fotossíntese
Quimiossíntese
Seres
fotoautotróficos
(plantas, algas e
cianobactérias)
Seres
quimioautotróficos
(bactérias)
7. Transporte de energia na
célula
Parte dessa energia é transferida para uma fonte de
energia química que é diretamente utilizável,
designada por ATP - adenosina trifosfato.
Moléculas de ATP forma comum de circulação de
energia na célula
8. Transporte de energia na
célula
• Constituição do ATP
Base azotada – Adenina
Açúcar com 5 C – Ribose
Compostos inorgânicos – 3 grupos fosfato
9. Transporte de energia na
célula
• Constituição do ATP
Ribose
Adenina
Fosfatos
Adenosina
Adenosina monofosfato - AMP
Adenosina difosfato - ADP
Adenosina trifosfato - ATP
10. Transporte de energia na
célula
• Constituição do ATP
Ribose
Adenina
Fosfatos
A energia encontra-se armazenada
nas ligações fosfato
11. Transporte de energia na
célula
As moléculas de ATP, fonte privilegiada de energia
química, estão constantemente a ser sintetizadas e a
ser desdobradas.
Admite-se que em cada segundo são utilizadas, numa
célula, cerca de 10 milhões de moléculas de ATP e é
sintetizado um número igual dessas moléculas.
As ligações entre os grupos fosfato são muito frágeis e
rompem-se facilmente por hidrólise.
• Reações de ATP
12. Transporte de energia na
célula
Hidrólise de ATP – reação exoenergética: ocorre
libertação de energia que pode ser utilizada em diversas
reações celulares.
Reação de desfosforilação: retirada de grupos fosfato.
• Hidrólise de ATP
14. Transporte de energia na
célula
Síntese de ATP – reação endoenergética ou
endergónica: é necessário fornecer energia para que
ocorra.
Reação de fosforilação: adição de grupos fosfato
• Síntese de ATP
15. Transporte de energia na
célula
As células possuem uma certa quantidade de ATP, de
ADP e de AMP, não existindo armazenadas quantidades
elevadas de ATP.
As transferências energéticas a nível celular
dependem, essencialmente, do ciclo de ADP ATP.
• Reações de ATP
17. Obtenção de energia pelos
seres vivos
• Autotrofia
A fotossíntese é o mais comum dos processos
considerados e é particularmente importante para a
maioria dos sistemas vivos.
20. Captação de energia
• Fotossíntese
Fragmentos de folhas colocados em água e
irradiados por luz solar capacidade de libertar O2
e sintetizar amido como se fossem folhas íntegras.
Tal experiência demonstrou que a folha não é o
principal órgão fotossintetizador, já que a sua
fragmentação em pedaços não impede a atividade
fotossintética.
21. Captação de energia
• Fotossíntese
A utilização de técnicas adequadas permitiu detetar
que o processo completo da fotossíntese podia
ocorrer em cloroplastos isolados.
22. Captação de energia
• Fotossíntese - cloroplastos
• Organitos presentes nas células das plantas e de
outros organismos fotossintéticos, como as algas e
alguns protistas.
• Possuem clorofila (pigmento responsável pela sua
cor verde).
• São organitos constituídos por uma dupla
membrana.
24. Captação de energia
• Fotossíntese - cloroplastos
• Estroma – Corresponde à matriz coloidal. É um
tecido conetivo, não funcional de sustentação.
• Tilacóides - Sistema membranoso em forma de
vesículas achatadas, onde se localizam as moléculas
de clorofila.
• Granum - Conjunto de tilacóides.
• Grana – Conjunto de vários granum.
27. Pigmentos fotossintéticos
Tipo de pigmento Cor Distribuição
Clorofilas
a Verde-intensa
Todas as plantas superiores,
algas e cianobactérias
b Verde-amarelada
Plantas superiores e algas
verdes
c Verde
Algas castanhas
e diatomáceas
d Verde Algumas algas vermelhas
Carotenóides
Carotenos Laranja
Todos os org.
fotossintéticos exceto as
bactérias
Xantofilas Amarela
Algas castanhas
e diatomáceas
Ficobilinas
Ficoeritrina Vermelha Algas vermelhas e
cianobactériasFicocianina Azul
30. Pigmentos fotossintéticos e a
captação de energia
A energia emitida pelo Sol estende-se por um largo
espectro de radiações com diferentes características.
31. Pigmentos fotossintéticos e a
captação de energia
Espectro da luz visível (entre 380 e 750 nm) que as
plantas usam na fotossíntese sendo diferentemente
absorvidas pelos pigmentos fotossintéticos.
32. Fotossíntese
• Processo de autotrofia
• Equação do processo fotossintético
12 H20 + 6 CO2 C6H12O6 + 6 H20 + 6 O2
Água + Monóxido de carbono Glicólise + Água + Oxigénio
33. Fotossíntese
O ambiente fornece a água, o dióxido de carbono e a
luz.
As clorofilas e outras moléculas implicadas no
processo são sintetizadas pelas plantas.
34. Fotossíntese - Mecanismo
Determinação da origem do O2 libertado
Problema fundamental para a compreensão do
processo fotossintético
Provém do H2O??? Provém do CO2???
35. Fotossíntese - Mecanismo
Em 1930, Van Niel, um dos primeiros investigadores a
estudar aspetos comparativos em fotossíntese,
trabalhou com algumas bactérias sulfurosas e
verificou que:
• são anaeróbias;
• no processo fotossintético utilizam sulfureto de
hidrogénio (H2S), em vez de água;
• na presença de luz sintetizam compostos orgânicos
e libertam enxofre.
36. Fotossíntese - Mecanismo
Van Niel comparou as equações gerais da fotossíntese
em bactérias sulfurosas e em plantas.
37. Fotossíntese - Mecanismo
Van Niel propôs o seguinte raciocínio:
•Bactérias: a rutura da molécula de H2S ocorre na
presença de luz,
•Plantas: a luz também deve interferir na rutura da
molécula de H2O.
Nesta hipótese o O2 libertado tem origem na água
e não no CO2.
38. Fotossíntese - Fases
A fotossíntese compreende duas fases sucessivas:
Fase fotoquímica depende da luz
Fase química não depende da luz Ciclo de Calvin
40. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
A captação da energia luminosa e a sua conversão em
energia biologicamente utilizável requer estruturas
organizadas.
Estas estruturas podem ser consideradas a vários níveis,
desde, por exemplo, os pigmentos fotossintéticos nos
tilacóides, aos cloroplastos e à própria folha.
41. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
A energia luminosa captada pelos pigmentos fotossintéticos
é transformada em energia química, que vai ser utilizada
na fase química.
Reações
fotoquímicas Tilacóides
42. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Nessa etapa, a clorofila, ao ser iluminada, perde
eletrões, o que origina "vazios" na molécula.
O destino dos eletrões perdidos e a reocupação
desses vazios podem obedecer a 2 mecanismos
distintos, chamados fotofosforilação cíclica e
fotofosforilação acíclica.
43. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação acíclica
Emprega dois sistemas fotossintetizantes: o
fotossistema I e o fotossistema II.
Fotossistema I clorofila a
Fotossistema II clorofila b
45. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação cíclica
Forma de fosforilação que implica o transporte
cíclico de eletrões.
Os eletrões emitidos pela clorofila a por ação da luz
retornam à clorofila a via cadeia de transporte de
eletrões, permitindo a fotofosforilação de ADP.
46. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Fotofosforilação cíclica
Desta maneira, as cargas elétricas positivas geradas
na estrutura das moléculas de clorofila a pela perda
de eletrões são anuladas e a energia de excitação
dos eletrões é transformada na energia química do
ATP.
A fotofosforilação química exige apenas o
funcionamento do fotossistema I.
48. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
Fotólise da água
Em presença da luz há a dissociação da molécula de
água em oxigénio, que se liberta, e hidrogénio. A
água é o dador primário de eletrões.
2H2O O2 + 4H+ + 4e-
49. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
Oxidação da clorofila a
A clorofila a, excitada pela energia luminosa, emite
eletrões.
clorofila a clorofila a excitada clorofila a oxidada
50. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
Fluxo de eletrões
Os eletrões passam através de cadeias de
transportadores, ao longo das quais o nível energético
desses eletrões vai baixando. As transferências de
energia que ocorrem nas reações de oxirredução, ao
longo das cadeias de transportadores, permitem a
fosforilação da molécula de ADP, que passa a ATP
através de um processo chamado fotofosforilação.
ADP + P + Energia ATP + H2O
51. Fotossíntese – Fase Fotoquímica
Reações importantes
Redução do NADP+
Os protões provenientes da fotólise da água,
juntamente com os eletrões provenientes do fluxo
eletrónico da cadeia de transportadores, vão reduzir
uma molécula transportadora de hidrogénio chamada
NADP+ (nicotinamida adenina dinucleótido fosfato),
que se transforma em NADPH.
NADP+ + 2e- + 2H+ NADPH + H+
52. Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
No sentido de descobrirem o trajeto seguido pelo CO2
absorvido pelas plantas, Calvin e os seus
colaboradores, de 1946 a 1953, efetuaram uma série
de investigações.
53. Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
Estes investigadores conseguiram:
I – Identificar diferentes passos de fixação do carbono
radioativo.
II – Verificar que o carbono radioativo aparecia
integrado em moléculas de glicose 30 segundos depois
de se ter iniciado a fotossíntese.
III – Identificar os compostos intermediários, bem como
a sua relação com as fontes de energia química gerada
durante a fase fotoquímica, interrompendo o processo
em intervalos de tempo definidos.
54. Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
É possível seguir o percurso do CO2 desde a entrada no
processo até à sua integração em compostos orgânicos,
bem como os momentos em que intervêm o ATP e o
NADPH sintetizados durante a fase fotoquímica da
fotossíntese.
56. Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
• Combinação de CO2 com um composto de 5C (ribulose
disfosfato)
• Origina-se um composto instável com 6C
• Desdobramento em 2 moléculas de ácido fosfoglicérico,
com 3C cada uma
• O composto formado é fosforilado pelo ATP e reduzido
pelo NADPH
57. Fotossíntese – Fase Química
Ciclo de Calvin
• Origina-se um composto, o aldeído fosfoglicérico (3C)
daqui uma parte vai intervir na regeneração do composto
com cinco carbonos, ribulose difosfato; o resto é utilizado
para diversas sínteses no estroma, entre as quais se
destaca a síntese de glicose.
Estas reações desta fase da fotossíntese dão-se no
estroma no cloroplasto.
58. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Água
Intensidade luminosa
Quantidade de CO2
Temperatura
Quantidade de oxigénio
Nutrientes do solo
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
59. Fatores limitantes no processo
fotossintético
•A intensidade fotossintética pode ser avaliada pela
quantidade de materiais produzidos ou pela
quantidade de materiais utilizados.
•Quanto maior for a taxa de oxigénio, maior será a
intensidade fotossintética, assim como maior será o
consumo de dióxido de carbono.
•Qualquer variação na disponibilidade dos
intervenientes na fotossíntese implicará variações na
taxa fotossintética.
60. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Água
A taxa de fotossíntese
aumenta com o aumento da
quantidade de água,
estabilizando num valor
máximo.
Tal facto deve-se à saturação
das enzimas e dos
fotossistemas intervenientes
no processo.
61. Fatores limitantes no processo
fotossintético
CO2
A taxa de fotossíntese aumenta
proporcionalmente ao aumento
do dióxido de carbono
disponível, estabilizando a taxa
fotossintética num valor
máximo.
Este facto deve-se à saturação
das enzimas e dos fotossistemas
intervenientes no mecanismo
fotossintético.
62. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Intensidade luminosa
Na ausência de luz a fotossíntese
não se realiza, mesmo que os outros
fatores sejam razoáveis. A taxa de
fotossíntese aumenta à medida que
aumenta a intensidade luminosa,
estabilizando no seu máximo de
intensidade. Tal facto deve-se à
saturação das enzimas e dos
fotossistemas intervenientes na
fotossíntese.
63. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Temperatura
A taxa de fotossíntese depende da temperatura a que
esta se realiza.
A fotossíntese é um processo enzimático e, como tal,
dependente da temperatura.
64. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Temperatura
A taxa de fotossíntese terá um
valor ótimo correspondente à
temperatura ótima enzimática.
A qualquer outra temperatura a
taxa fotossintética será menor,
anulando-se a baixa temperatura
por inativação das enzimas e a
alta temperatura por
desnaturação das enzimas
intervenientes no processo.
65. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de oxigénio
A taxa de oxigénio no meio afeta a
taxa de fotossíntese, embora de
uma forma menos ativa que os
restantes fatores.
A taxa de oxigénio no meio é inversa à taxa de dióxido
de carbono. Logo, quanto maior o teor de oxigénio no
meio, menor será a taxa de fotossíntese e menor a taxa
de dióxido de carbono no meio.
66. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Nutrientes no solo
A taxa de fotossíntese aumenta com
o aumento da quantidade de
nutrientes no solo, estabilizando
num valor máximo.
Tal facto deve-se à saturação da
enzimas e dos fotossistemas
intervenientes no processo.
67. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
O tipo de planta também
influencia a taxa de
fotossíntese, quando a planta é
colocada a diferentes
intensidades luminosas.
Uma planta de sol aumenta a
sua taxa de fotossíntese com o
aumento da luminosidade, até
atingir o ponto de iluminação
ótimo.
68. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
No entanto, uma planta de
sombra apenas aumenta a sua
taxa de fotossíntese para
baixas intensidades luminosas.
Se colocada a altas
intensidades luminosas o seu
rendimento fotossintético
diminui, já que ocorre a
desnaturação das enzimas por
aquecimento.
69. Fatores limitantes no processo
fotossintético
Quantidade de pigmentos fotossintéticos
A taxa de fotossíntese de uma
planta depende da quantidade
de clorofila que ela possui.
Quanto maior a quantidade de
clorofila, maior será a taxa
fotossintética pelo que as
plantas mais verdes e com mais
folhas terão uma maior taxa de
fotossíntese.
70. Respiração e Fermentação
alcoólica
• A formação de moléculas de ATP, fonte imediata de
energia para as células, ocorre, como já vimos, ao nível
da fotossíntese.
• É a oxidação de moléculas orgânicas que garante a
renovação constante de ATP nas células de todos os
seres vivos.
• Apesar de uma célula ser capaz de degradar várias
moléculas orgânicas, o principal composto orgânico
utilizado como fonte de energia química é a glicose.
71. Respiração e Fermentação
alcoólica
•No mundo biológico existem processos catabólicos que
permitem a transferência de energia de compostos
orgânicos para moléculas de ATP.
• Tais processos podem ocorrer:
Na presença de oxigénio, AEROBIOSE
Na ausência de oxigénio, ANAEROBIOSE
72. Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
• Permitiu verificar que as leveduras tanto podem obter
energia na presença como na ausência de oxigénio.
• As leveduras são fungos unicelulares
que se multiplicam rapidamente em
condições favoráveis.
Saccharomyces cerevesiae
73. Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
• A degradação da glicose permite-lhes obter energia,
que é utilizada para as diversas atividades das
leveduras, incluindo a sua multiplicação.
• Contudo, alguma dessa energia dissipa-se, sob a forma
de calor, conduzindo a uma elevação da temperatura.
77. Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Condições do
meio
Quantidade de
glicose
consumida (g)
Quantidade de
leveduras
formadas (g)
Anaerobiose
(ausência de O2)
1 0,02
Aerobiose
(presença de O2)
1 0,60
78. Respiração e Fermentação
alcoólica
Experiência de Pasteur, séc. XIX
Aerobiose
(respiração)
Anaerobiose
(fermentação
alcoólica)
Degradação da glicose é completa,
há formação de compostos simples,
H2O e CO2 (pobres em energia).
Degradação da glicose é incompleta,
formando-se álcool etílico e CO2 (que
ainda contêm bastante energia
química potencial, não sendo
aproveitada pelas leveduras).
81. Respiração e Fermentação
alcoólica
• Na respiração aeróbia e na fermentação ocorre uma 1ª
fase comum, a:
Oxidação da Glicólise
• As reações de Glicólise ocorrem no Hialoplasma, onde
se encontram as enzimas que catalisam as diversas
reações.
84. Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de ativação
• Ocorrem duas
fosforilações (ligação
de 2 fosfatos
provenientes de 2
moléculas de ATP à
molécula de glicose).
86. Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de rendimento
• As 2 moléculas de aldeído
fosfoglicérico (PGAL) são
transformadas em 2
moléculas de ácido
pirúvico (produto final da
glicólise)
87. Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de rendimento
• Oxidação de cada molécula
de aldeído fosfoglicérico
(PGAL), por desidrogenação:
- remoção de 2 átomos de H+
- estes 2 H+ vão reduzir a
molécula coenzima NAD+
formando NADH + H+
(PGAL)
88. Respiração e Fermentação
alcoólica
Fase de rendimento
• As moléculas de NADH são moléculas de elevado
nível energético.
• Nesta fase também ocorre a síntese de 4 moléculas
de ATP.
89. Fermentação alcoólica
• Foi o primeiro processo utlizado pelos seres vivos para
obter energia.
• Hoje em dia alguns seres Procariontes, mantêm como
único processo possível de obtenção de energia a
fermentação ANAERÓBIOS OBRIGATÓRIOS.
• Outros seres vivos realizam a respiração aeróbia
(possuem as enzimas necessárias ATPases).
90. Fermentação alcoólica
• Os seres que utilizam normalmente a respiração
aeróbia, mas que no entanto podem recorrer à
fermentação, no caso de não existir oxigénio
disponível, designam-se ANAERÓBIOS FACULTATIVOS
(caso das leveduras).
92. Fermentação alcoólica
O processo fermentativo ocorre no hialoplasma e o seu
mecanismo químico envolve duas etapas:
• GLICÓLISE (conjunto de reações que degradam a
glicose em piruvato)
• REDUÇÃO DO PIRUVATO (conjunto de reações que
levam à formação dos produtos da fermentação)
93. Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato (ácido pirúvico)
Cada molécula de ácido pirúvico é reduzida pelo
hidrogénio que é libertado pelo NADH produzido na
glicólise, originando, conforme o tipo de organismo
fermentativo, ácido láctico ou álcool etílico e
dióxido de carbono.
95. Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato
Neste processo ocorre a
descarboxilação do ácido
pirúvico, originando-se um
composto com dois átomos de
carbono – o aldeído acético – que
por redução origina o etanol,
regenerando-se
consequentemente o NAD+.
96. Fermentação alcoólica
• Redução do Piruvato
Durante esta fase não há formação de
ATP.
Equação global da fermentação
alcoólica:
97. Fermentação lática
• Redução do Piruvato
O ácido pirúvico, resultante da fase
glicolítica, sofre uma redução,
combinando-se com o hidrogénio
transportado pelo NADH, que se
forma na glicólise. Origina-se ácido
lático, ficando a coenzima NAD+
oxidada livre para outras reações de
desidrogenação.
98. Fermentação lática
• Redução do Piruvato
Também durante esta fase não
ocorre formação de ATP.
Equação global da fermentação
lática:
99. Respiração aeróbia
• Em termos de evolução, à medida que a
organização celular se foi tornando mais
complexa, os organismos tiveram necessidade de
encontrar um processo mais eficaz de
aproveitamento da energia contida nos
compostos orgânicos: RESPIRAÇÃO CELULAR
100. Respiração aeróbia
• Este processo foi possível devido ao
aparecimento das mitocôndrias nas células,
associadas à disponibilidade de oxigénio no
meio.
• Isto permitiu que nos organismos mais complexos
(organismos aeróbios) o ácido pirúvico resultante
da glicólise fosse totalmente oxidado em CO2 e
H2O, com a produção total de 36 ATP ou 38 ATP.
101. Respiração aeróbia
• A mitocôndria surge, assim, como o organito celular
especializado na produção de ATP, pois sem este
organito as células apenas poderiam retirar a energia
contida nos compostos orgânicos através do processo
de fermentação com um rendimento energético,
substancialmente mais reduzido (2 ATP).
• Este processo (respiração celular) permite a oxidação
total do ácido pirúvico resultante da glicólise em CO2
e H2O.
102. Respiração aeróbia
A respiração aeróbia, além da glicólise que
decorre no hialoplasma compreende as seguintes
etapas:
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do
piruvato
2) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
103. Respiração aeróbia
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato
Cada molécula de ácido pirúvico é descarboxilada
e oxidada devido a um complexo multienzimático.
Estas reações ocorrem na matriz mitocondrial.
104. Respiração aeróbia
1) Formação de acetil-Coenzima A a partir do piruvato
O CO2 difunde-se e é libertado, enquanto o H+ vai
reduzir uma molécula de NAD+ formando NADH. O
radical oxidado com dois átomos de carbono
ligados à coenzima A constitui acetil- CoA.
106. Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Cada ciclo de Krebs
inicia-se com a
formação de ácido
cítrico (composto com
6 C), que resulta da
reação de uma
molécula de acetil-CoA
(2 C) com um composto
com 4 C (ácido
oxaloacético).
107. Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Depois ocorrem 2
descarboxilações,
sendo removidas duas
moléculas de CO2.
(Os dois carbonos que fazem
parte destas moléculas
provêm da acetil-CoA que
entra no ciclo de Krebs)
108. Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Quatro oxidações do
substrato, removendo-
se 8 hidrogénios (8e-
+8H+).
Seis dos hidrogénios
vão reduzir três
moléculas de NAD+,
formando-se 3 NADH;
109. Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
Os outros 2
hidrogénios vão
reduzir uma molécula
de outro
transportador de
hidrogénio, o FAD
(flavina adenina
dinucleótido),
formando FADH2
110. Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
• Durante um ciclo
de Krebs, apenas se
constitui 1
molécula de ATP.
• No final de cada
ciclo regenera-se
ácido oxaloacético,
composto com 4 C,
podendo iniciar-se
novo ciclo.
111. Respiração aeróbia
2) Ciclo de Krebs
ou ciclo do ácido cítrico
• Uma vez que por cada molécula de glicose se constituem
duas moléculas de ácido pirúvico e consequentemente duas
moléculas de acetil-CoA, podem sumariar-se as duas voltas
do ciclo de Krebs pela equação seguinte:
112. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
www.youtube.com/watch?v=8zJjoJgNV-g
Nas etapas anteriores da respiração, o rendimento
em termos de moléculas de ATP, por cada molécula
de glicose, é:
-Duas moléculas de ATP na glicólise
-Uma molécula de ATP em cada ciclo de Krebs
113. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Contudo, ocorre uma série de oxidações, por
desidrogenação de compostos orgânicos, quer
durante a glicólise quer na formação de acetil-CoA e
ainda no ciclo de Krebs.
Os hidrogénios removidos reduzem moléculas
transportadoras, as coenzimas NAD+ e FAD,
constituindo-se moléculas de elevado nível
energético – NADH e FADH2.
114. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Todas estas moléculas transportam hidrogénios, que
vão ser dissociados pela ação de enzimas. Os
eletrões são então transferidos ao longo de cadeias
de transportadores – cadeias respiratórias – e os
protões são libertados.
116. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Muitos transportadores de eletrões da cadeia
respiratória são proteínas ligadas a coenzimas que
podem aceitar e ceder eletrões, participando assim em
reações de oxirredução.
• A primeira molécula de uma cadeia respiratória recebe
hidrogénios do NADH, ficando este na forma oxidada,
NAD+. Os eletrões flúem através dos vários
transportadores. De entre esses transportadores
podem destacar-se os citocromos (cit.).
117. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Do último transportador os eletrões fluem para o
oxigénio, o qual capta um par de iões H+ da matriz,
formando-se água. O oxigénio é portanto o aceptor
final dos eletrões na respiração aeróbia.
• Por cada conjunto de duas moléculas de NADH é
reduzida uma molécula de O2, formando-se duas
moléculas de água.
118. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Os diferentes transportadores de uma cadeia
respiratória estão inseridos na membrana interna das
mitocôndrias, existindo muitas cadeias respiratórias
numa só mitocôndria.
120. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• A disposição das moléculas transportadoras de eletrões
na membrana interna condiciona o fluxo de eletrões.
• Cada transportador tem maior afinidade para os
eletrões do que o transportador anterior, de modo que
o fluxo de eletrões é unidirecional no sentido do
oxigénio.
121. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• O fluxo de eletrões através das cadeias respiratórias
mobiliza muita energia. Se essa energia fosse
transferida toda de uma só vez, seria suficiente para
destruir a célula e dissipar-se sob a forma de calor.
• Mas não é isso que acontece, pois os eletrões ao serem
transferidos vão passando para níveis energéticos
sucessivamente mais baixos, havendo uma
transferência gradual de energia.
122. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Parte da energia transferida vai permitir a síntese de
moléculas de ATP.
123. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
• Por cada molécula de NADH, cujos eletrões são
transferidos para uma cadeia respiratória ao nível do
primeiro transportador, formam-se 3 moléculas de
ATP.
• Por cada molécula de FADH2, cujos eletrões entram na
cadeia respiratória a um nível energético mais baixo,
originam-se 2 moléculas de ATP.
124. Respiração aeróbia
3) Cadeia respiratória (transporte de eletrões e
fosforilação oxidativa)
Balanço energético da respiração aeróbia:
Etapa da respiração NADH FADH2
ATP
Gasto Produzido Saldo
Glicólise 2 - 2 4 2
Formação de acetil-CoA 2 - - - -
Ciclo de Krebs 6 2 - 2 2
Fosforilação oxidativa - - -
(10 x 3) +
(2 x 2) = 34
34
TOTAL 10 2 2 40 38