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Edição: 365 - 25 de Janeiro de 2020
Toda Semana
nas Bancas
Governador do Rio de Janeiro anuncia R$ 23 milhões
especialmente para as áreas atingidas por inundações de Rios
O governador do rio de janeiro, Wilson witzel, anunciou a destinação de R$ 23 milhões para áreas
atingidas pelas inundações na tarde desse domingo. Foram 8 municipios atingidos do norte e noroeste
que ficaram inundados por conta da cheia dos rios, que deixou mais de 6 mil desalojados ou desabrigados.
Saiba mais na Página 04
Mortos pelo coronavírus
na China chegam a 56 e
hospitais entram em
c o l a p s o e m W u h a n
A China entrou neste sábado em um novo ano lunar, o do Rato, e não começou com
o pé direito. A crise pelo coronavírus de Wuhan parece estar ficando cada vez mais
grave e as próprias autoridades dessa cidade. Saiba mais na Página 02
Notas concentram até
3.000 tipos de micróbios
O fato de que uma bactéria consuma a figura da rainha da
Inglaterra ou a do George Washington impressa em uma nota foi o
que mais surpreendeu e inspirou Ken Rinaldo. Esse artista americano
de 62 anos expõe neste sábado sua obra Borderless Bacteria /
Colonialist Cash (“bactéria sem fronteiras/ dinheiro colonialista)
no Laboratório de Arte de Berlim. Saiba mais na Página 03
Edição 365 Jornal Opção do Noroeste
25 de Janeiro de 2020
02
“Falta de horas de descanso faz com que nossa
melancolia se torne raiva ou depressão”
Joke J. Hermsen (Middenmeer,
Holanda, 1961), doutora em Filosofia e
especialista na vida e na obra das
filósofas Hannah Arendt e Lou Andreas-
Salomé, analisa em seu último livro – La
Melancolía en Tiempos de Incertidumbre –
um sentimento humano que, diz ela, explica
em parte a ascensão da extrema direita.
Defende que a epidemia de depressão que
assola o mundo se deve ao fato de que não
soubemos deter a melancolia em sua versão
insana, o que leva o ser humano a cair no lado
escuro, na ira e no medo.
Pergunta. De que maneira os políticos
influenciam em nossa melancolia?
Resposta. Neste momento temos muitos
políticos que semeiam mais o medo do que a
esperança. E isso é perigoso. Nossa
melancolia precisa de esperança, de amor, de
luz, de amizade... e quando a cercamos de
medo corremos o risco de transformá-la em
depressão. A responsabilidade desses
políticos é grande. Existe o perigo, como dizia
Hannah Arendt, de cair de novo em
um sistema totalitário. Nunca devemos pensar
que isso não vai acontecer conosco.
P. E o que podemos fazer para ir nessa
direção?
R. Apontar a responsabilidade desses
políticos. Tudo o que podemos fazer é criticá-
los e fazer propostas esperançosas. Todos nós
sofremos de fadiga parlamentar, não
acreditamos mais em nossa democracia. Não
acreditamos mais que os políticos vão
consertar as coisas, temos que inventar outros
instrumentos. E o que eu proponho são
comitês de cidadãos. Pessoas escolhidas de
modo rotativo por sorteio que tenham dias
pagos por todos para se informar, debater e
tomar decisões. A principal vantagem é que
as pessoas se sentiriam mais responsáveis e
representadas. Sentiriam de novo sua
liberdade política, porque não devemos
esquecer que também somos seres
políticos. Temos que repensar nossa
democracia, experimentar. Não temos nada a
perder.
P. A senhora diz que a dificuldade que
temos hoje para encontrar a calma é uma das
causas da epidemia de depressão no Ocidente.
R. Tento readaptar a distinção feita por
Aristóteles entre a melancolia criativa e
solidária, a melancolia zen e a melancolia que
se transforma em uma depressão muito séria,
uma melancolia insana. Existem várias causas
para essa evolução; uma delas é a falta de
esperança que torna a melancolia cada vez
mais escura e que faz com que nos sintamos
ameaçados. E outra é a falta de horas de
descanso, de calma, de ataraxia, que faz com
que nossa melancolia se transforme em cólera
ou em medo, em depressão. E este é um
problema generalizado.
“Quando crescemos, é importante
reaprender a ser aquela criança que fomos,
que se sentia una com o mundo”
P. Outra causa de nossa melancolia,
como a senhora diz, está na nostalgia que
sentimos por nossos primeiros anos de vida,
de que não nos lembramos porque não
tínhamos desenvolvido a linguagem.
R. Escrevi minha tese em parte sobre
Lou Andreas-Salomé, que descobri através
de Nietzsche. Ela elaborou a ideia de que
durante a primeira infância temos a impressão
de sermos unos, uma unidade com tudo o que
nos rodeia. As crianças dizem sempre nós,
nunca eu. Se você se olhar no espelho com
um bebê nos braços, ele não verá diferenças
entre ambos. Nascemos em algo que nos
transcende. Por isso é tão importante quando
crescemos e nos tornamos esse eu, ou esse
ego completamente angustiado, reaprender a
ser aquela criança que fomos, que era mais
do que apenas ela mesma. É uma forma de
pensar sobre a transcendência do eu para o
nós. Sempre sentiremos melancolia por
aquela criança que fomos, por esse nós.
P. Em que momento começou a falar
sobre depressão?
R. Em praticamente todas as culturas
encontramos esse estado de alma melancólico
ao qual cantamos descrito na poesia, na
literatura, na arte... Mas a partir de Freud
passou a se chamar depressão. E o que
lamento é que percamos o lado positivo da
melancolia. A melancolia não é alegria nem
tristeza, é algo que combina essas duas
sensações. Quando queremos alcançar uma
verdade profunda, precisamos das
ambivalências, elas nos aproximam melhor
da verdade de nossa existência como seres
humanos. A condição humana se desenvolve
em uma ambivalência maior do que supomos
nesses momentos. Mas suportamos cada vez
menos as ambivalências. Quando vemos no
cinema que todo mundo chora ou todo mundo
ri... Pode ser muito divertido, mas existe algo
no fundo da alma que não se comove. Muitas
vezes o que nos chega realmente é algo
melancólico, uma tristeza que sorri ou uma
alegria por estar triste.
“Sofremos de fadiga parlamentar.
Proponho criar comitês de cidadãos, pessoas
escolhidas de modo rotativo por sorteio”
P. A senhora acredita que para tratar a
atual epidemia de depressão o mundo precisa
de uma aproximação às pessoas afetadas que
integre o tratamento filosófico. Pode explicar
melhor?
R. Não proponho isso como remédio.
Quero ir mais longe. Nosso estado de alma é
melancólico porque estamos conscientes de
nossas perdas, estamos conscientes de que um
dia morreremos e estamos conscientes dos
anos e de tudo o que vamos deixando para
trás. E o que é importante é que criemos
horizontes de esperança em torno dessas
nuvens, à sombra da melancolia. A
melancolia precisa de esperança, amor,
música, amizade, luz, dança... para não se
tornar escura. Não é uma terapia, o que
proponho é que percebamos que
necessitamos, além da calma, também do
amor. Não apenas com relacionamentos
românticos, também o amor mundi, o amor
pelo mundo mencionado por HannahArendt.
Que nos sintamos em comunhão com o
mundo e que sintamos esse amor
compartilhado com ele. Necessitamo-nos
mutuamente.
P. As pessoas com depressão são párias
do sistema neoliberal?
R. Sim, elas são. O neoliberalismo é
quem as deixa doentes. O que é necessário
para que a melancolia seja saudável?
Descanso, e no capitalismo isso não existe.
O sistema faz com que as pessoas fiquem
deprimidas e, além disso, essas pessoas não
são cuidadas. Ele as afasta. A terapia que
proponho não custa dinheiro, mas tempo,
entretanto o tempo se tornou o produto de luxo
por excelência.
Fonte: El País
Mortos pelo coronavírus na China chegam a 56 e
h o s p i t a i s e n t r a m e m c o l a p s o e m Wu h a n
A China entrou neste sábado em um novo ano
lunar, o do Rato, e não começou com o pé direito.
A crise pelo coronavírus de Wuhan parece estar
ficando cada vez mais grave e as próprias autoridades
dessa cidade, o epicentro do contágio, reconhecem
que os suprimentos médicos estão atingindo níveis
alarmantemente baixos. O número de mortos na China
já chega a 56 e o de infectados passa de 1.700 “um
salto de mais de 500 pessoas em 24 horas”, um total
que pode ser muito maior, já que há outros 2.000 casos
suspeitos. Entre os mortos está um médico que tratava
esses pacientes em Wuhan, identificado como Liang
Wudong, de 62 anos.
Liang, um especialista em doenças respiratórias
do hospital Hubei Xinhua, começou a apresentar os
sintomas “tosse, febre alta, dificuldade para respirar”
há uma semana, disseram seus colegas à imprensa
local, e estava internado desde então.
A morte de Liang pôs em evidência os riscos
aos quais estão expostas as equipes médicas
de Wuhan e outras 13 cidades da província de Hubei,
nas quais 46 milhões de pessoas estão em quarentena.
As autoridades de saúde já tinham confirmado dias
atrás que entre os infectados estavam 15 médicos e
enfermeiros, 14 deles contagiados por um único
paciente, um homem submetido a uma cirurgia
cerebral. Na quinta-feira morreu outro médico, o
especialista em doenças infecciosas Jiang Jijun, que
teve uma parada cardíaca enquanto atendia pacientes.
Asobrecarga dos hospitais é evidente em vários
vídeos que circulam nas redes sociais, apesar da
censura. Em um deles, uma enfermeira chora de
esgotamento; em outro, uma mulher que se descreve
também como enfermeira denuncia a presença, em
um corredor, de três corpos que ninguém tem tempo
de retirar. Outros mostram salas de espera
superlotadas. Alguns hospitais começaram a recusar
pacientes devido à impossibilidade de atendê-los.
Não se trata apenas de esgotamento. Os níveis
de suprimentos para tratar os doentes estão caindo
para níveis alarmantes, o que levou os hospitais
públicos a lançar um apelo solicitando doações.
Pedem máscaras, aventais cirúrgicos, desinfetantes,
óculos de proteção. Os suprimentos atuais, segundo
o jornal estatal The Paper, chegam para no máximo
cinco dias. Um funcionário provincial citado pela
Reuters reconheceu que os estoques desses materiais
estão muito baixos e a crise continua em níveis graves.
Segundo esse funcionário, até o momento foram
recebidas doações de 1,2 milhão de máscaras e 30
milhões de yuans (mais de 18 milhões de reais).
Para tentar aliviar a situação o mais rápido
possível, e num sinal da urgência da situação, Wuhan
construirá às pressas um segundo hospital dedicado
exclusivamente a pacientes com coronavírus, com
1.300 leitos. Esse hospital, informou o Diário do
Povo, vai se somar ao que foi anunciado na sexta-
feira, que começou a ser erguido com módulos pré-
fabricados e deve ser concluído em apenas 10 dias,
com mil leitos.
Além disso, a Comissão Nacional de Saúde
enviou a Hubei mais de 1.200 profissionais de saúde
procedentes do resto do país. O Exército chinês
também deslocou um contingente de 450 médicos
militares, alguns deles especializados na luta contra o
ebola na África e contra o SARS, uma síndrome
respiratória que é causada por um coronavírus da
família do atual e matou mais de 700 pessoas em 2003.
Proibição de tráfego rodoviário
Para incentivar os 11 milhões de habitantes de
Wuhan a ficar em casa e evitar assim o contágio, o
governo municipal anunciou a proibição do tráfego
rodoviário na área central da cidade a partir da meia-
noite. Só poderão circular veículos especialmente
autorizados em casos de emergência ou encarregados
de transportar alimentos e remédios a pessoas
necessitadas, após a aprovação de um comitê de
moradores.
O contágio já se espalhou para uma dezena de
países em quatro continentes.AFrança, que confirmou
três casos em seu território, foi o primeiro país afetado
na Europa. Austrália e Malásia também confirmaram
seus primeiros casos, que, com os que já foram
registrados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão,
Taiwan, Vietnã, Nepal, Cingapura e Tailândia, somam
quase 30.
Os primeiros casos na Europa foram anunciados
sexta-feira em Paris pela ministra francesa da Saúde,
Agnès Buzyn. Dois foram diagnosticados em um
hospital da capital francesa e aparentemente estão
relacionados entre si, e o outro foi registrado em um
centro de saúde de Bordeaux, no sudoeste do país. Os
três pacientes estão internados, mas não foram
divulgados detalhes sobre seu estado de saúde. Buzyn
disse que provavelmente serão diagnosticados mais
casos na França nos próximos dias. Na Espanha, o
Ministério da Saúde descartou na manhã de sexta-feira
dois casos em estudo, mas à noite o Departamento de
Saúde do País Basco notificou que uma paciente com
alguns sintomas suspeitos, que visitou Wuhan
recentemente, estava sob vigilância. O ministro
espanhol da Saúde, Salvador Illa, pediu
“tranquilidade” e afirmou que a Espanha está
“preparada para enfrentar” a doença.
No Reino Unido, autoridades de saúde e agentes
de imigração uniram forças para localizar 2.000
pessoas que chegaram ao país procedentes de Wuhan
nas últimas duas semanas, informou a agência Efe. O
Ministério da Saúde confirmou neste sábado que as
autoridades britânicas procuram “o maior número
possível de passageiros” para verificar seu estado.
Na China, o coronavírus já se espalhou por todas
as províncias, exceto o Tibete. O paciente mais jovem
é um menino de dois anos na região de Guangxi, no
sul do país. Mas a grande maioria está na província de
Hubei. Lá foram registrados 729 casos e ocorreram
39 das 41 mortes.
Portadores sem sintomas clássicos
Na sexta-feira, o governador de Hubei, Jiang
Chaoliang, disse que Wuhan “fará todos os esforços”
para aumentar o número de leitos e de salas de
isolamento para os possíveis casos. A detecção é
complicada porque alguns dos portadores do vírus
não apresentam os sintomas clássicos de cansaço,
febre ou dificuldade para respirar, apontou um grupo
de cientistas em um estudo publicado sexta-feira na
revista médica The Lancet.
A situação ofuscou as celebrações do Ano
Novo lunar, o dia mais importante no calendário de
festividades da China. Com a grande maioria dos
eventos públicos cancelados, muitos locais de
recreação fechados e a recomendação das autoridades
de saúde de evitar aglomerações e deslocamentos, o
clima está muito longe do júbilo habitual. As ruas
das principais cidades estão encontram desertas; é
difícil encontrar pedestres sem máscara.
No total, 18 das 30 províncias da China
continental declararam o nível máximo de emergência
de saúde. Hong Kong, onde já foram registrados cinco
casos e há outros 107 suspeitos, somou-se neste
sábado a essa medida, que permite cancelar eventos
públicos e pôr em quarentena quem chega ao território
autônomo chinês. A chefa do Governo local, Carrie
Lam, anunciou que serão prolongadas por duas
semanas as férias escolares para evitar riscos de
contágio de crianças. Também ficarão suspensos até
nova ordem os voos e rotas ferroviárias entre a ex-
colônia britânica e Wuhan.
O coronavírus de Wuhan, conhecido
provisoriamente como 2019-nCoV, pode causar
sintomas semelhantes aos da gripe comum, como
tosse, febre e dificuldade para respirar, que podem
levar a uma pneumonia.
Fonte: El País
Edição 365
25 de Janeiro de 2020
Jornal Opção do Noroeste 03
03
Notas concentram até 3.000 tipos de micróbios
O fato de que
uma bactéria consuma a
figura da rainha da
Inglaterra ou a do George
Washington impressa em uma
nota foi o que mais
surpreendeu e inspirou Ken
Rinaldo. Esse artista
americano de 62 anos expõe
neste sábado sua
obra Borderless Bacteria /
Colonialist Cash (“bactéria
sem fronteiras/ dinheiro
colonialista) no Laboratório
de Arte de Berlim para
mostrar ao público um mundo
invisível e desconhecido: a
vida no interior de um pedaço
de papel que é manuseado
diariamente. Esse objeto é,
certamente, o que mais
concentra bactérias, e também
um veículo de transmissão.
Elas podem viver vários dias,
até mesmo semanas, fora do
sistema biológico que as
hospeda “como, por exemplo,
a pele. Ao se instalar em uma
nota, feita principalmente de
algodão, o micro-organismo
se adapta e encontra novos
nutrientes que o ajudam a
sobreviver.
Um estudo realizado por
pesquisadores do Centro de
Genoma e Biologia de
Sistemas da Universidade de
Nova York (NYU) e
publicado em 2017
demonstrou que os dólares de
um mesmo banco de
Manhattan contêm 3.000 tipos
de micróbios. A maioria vem
da pele, da boca e da vagina.
Esse número faz sentido, já
que o ser humano abriga 38
trilhões de bactérias, há
100.000 colônias por mililitro
de urina infectada e metade do
peso das fezes é de bactérias.
Além disso, as pessoas
trocam entre si esses micro-
organismos geralmente
inofensivos todos os dias, ao
beijar, ao dar a mão, no metrô,
ao abrir uma porta e, é claro,
ao usar dinheiro. Jane Cartlon,
autora do estudo e diretora do
centro de pesquisa de Nova
York, afirma que compreender
a distribuição e as interações
dos micróbios, componentes
importantes do ecossistema, é
fundamental para entender o
funcionamento do planeta, e
não devemos nos alarmar.
Obviamente, “as pessoas
devem continuar lavando as
mãos com frequência para
evitar a transferência de
organismos de um lugar para
outro”, ressalta.
Juan Fernando Alzate,
bacteriologista e diretor do
Centro Nacional de
Sequenciamento Genômico da
Colômbia, considera muito
interessante oferecer uma
imagem de algo que não se
pode ver. “As pessoas em geral
não têm conhecimento sobre
os micróbios e ao torná-los
tangíveis, é possível entender
melhor esses organismos.
Passam a ter consciência de
que, em um objeto
aparentemente morto, há
vida”, assinala, acrescentando
que, se morasse em Berlim,
levaria a seus filhos para ver a
exposição de Rinaldo.
O cientista explica que o
papel-moeda é um veículo de
transmissão e, certamente, seu
componente com maior
concentração de bactérias é o
algodão, daí seu interesse para
múltiplos pesquisadores. “Não
se deve criar alarmismo, é
claro, e se tirarmos esses
objetos de circulação,
certamente aparecerá um
substituto. No entanto,
precisamos cuidar da higiene
e mudar o comportamento”,
afirma. Um dia depois de
publicar seu estudo sobre as
cédulas colombianas, onde
foram encontrados 233
gêneros bacterianos, dos quais
12 correspondem a espécies
potencialmente patogênicas, e
de vários veículos de
comunicação falarem sobre
isso, Alzate foi tomar seu café
no bar de sempre. Pela
primeira vez, o garçom usava
luvas para lidar com o
dinheiro, e o especialista
considerou isso uma boa
iniciativa. “Acho fabuloso que
a microbiota circule em casa,
mas em um hospital ou em
centros que servem comida,
seria necessário restringir o
uso de notas ou, ao menos,
controlá-lo”, conclui.
Uma nota de 10 libras com
a figura da rainha da
InglaterraKEN RINALDO
O projeto de Ken Rinaldo,
destaca ele, também serve para
denunciar os conflitos
econômicos e políticos atuais.
“As bactérias são os primeiros
colonizadores e é engraçado
ver como são capazes de
apagar o símbolo do poder de
um país”, comenta. O artista e
cientista utiliza o cultivo
desses micro-organismos para
ilustrar a relação entre Europa
e Inglaterra, ou entre Estados
Unidos e México, e destacar as
semelhanças, mais que as
diferenças. “Adaptei minha
primeira coleção [de 12 pares]
de 2017 para nossa
atualidade”, conta ele.
A primeira ideia do artista
é que “antes de sermos
pessoas, somos
ecossistemas”. Suas obras
consistem em caixas
transparentes enriquecidas
com ágar (uma substância que
solidifica os meios de cultura
bacteriana), nas quais
coabitam duas notas. Com o
passar do tempo e dependendo
das condições, aparecem
manchas às vezes uniformes,
outras vezes de cores e formas
diferentes: o panorama
microbiano, embora
incompleto, cresce e se
estabelece depois de várias
semanas. “Ver as imagens das
bactérias e das reações
biológicas ajuda a pessoa a
entender como isso ocorre.
Além disso, e acima de tudo,
permite ver que estamos todos
conectados”, explica. O
projeto de Rinaldo, em suma,
é uma forma de saber se o
yuan chinês tem as mesmas
comunidades de fungos e
bactérias que o dólar
americano e de propor uma
visão divertida do conflito
entre os dois países. “No
universo das bactérias, não
existem barreiras. O dinheiro
é um vetor de cultivos
biológicos comercializados
mundialmente”, acrescenta o
artista.
Fonte: El País
Edição 365 Jornal Opção do Noroeste
25 de Janeiro de 2020
04
Governador do Rio de Janeiro anuncia R$ 23 milhões
especialmente para as áreas atingidas por inundações de Rios
O governador do rio de
janeiro, Wilson witzel,
anunciou a destinação de
R$ 23 milhões para áreas
atingidas pelas inundações
na tarde desse domingo
{26}. Foram 8 municipios
atingidos do norte e
noroeste que ficaram
inundados por conta da
cheia dos rios, que deixou
mais de 6 mil desalojados
ou desabrigados.
No auditório da
UNIG em itaperuna o
governador se reuniu com
vários prefeitos,
vereadores e secretários
dos municípios atingidos
pelas enchentes, sendo:
prefeito de laje do muriae,
José Eliezer; prefeito de
Miracema, clovinho
tostes; prefeito de bom
Jesus do itabapoana,
Roberto Elias tatu; prefeita
de italva, Margareth
soares; prefeito de são Jose
de ubá, marcionilio
Botelho; prefeito de
itaperuna, Marcus Vinicius
e deputado Estadual, Jair
Bittencourt.
“são R$ 10 milhoes
para a defesa civil e R$ 10
milhoes para a secretaria
de desenvolvimento
social. Estamos aqui pra
evitar que esse caos volte
acontecer novamente no
ano que vem e trabalhar
para que nos possamos
atender, neste momento, as
pessoas que estão
precisando mais”, afirma
witzel.
Acompanhado do
secretario de estado de
saúde, Edmar santos, o
governador explica que
outros R$ 3 milhoes vão
ser aplicados na área da
saúde para o tratamento de
possíveis doenças que
possam surgir em função
do contato da população
com a água da chuva .
Após maior cheia da
historia, porciúncula
tenta voltar a rotina;
m u n i c í p i o p e d e
a j u d a a t o d o s .
Cerca de 85% do
perímetro urbano da cidade
foi inundado; uma pessoa
morreu e 4.500 ficaram
desalojadas. Município teve
deslizamentos e
desabamentos.
Com uma população
estimada em pouco mais de
18 mil habitantes, o
município de porciúncula,
no noroeste fluminense,
tenta voltar a rotina, após
enfrentar a maior enchente
de sua historia.
Segundo a prefeitura,
85% do perímetro urbano
foi inundado pela cheia do
rio carangola, que
ultrapassou o limite de
transbordo no dia 21 e
seguiu subindo ate a
madrugada de domingo
{26}, quando atingiu seu
maior nível da historia da
cidade, marcando 8,22 m.A
cota de transbordo é de 5,20
m. “apenas um miolo do
centro, uma parte mais alta,
não foi inundado”, disse a
defesa civil.Ainda segundo
a prefeitura de porciúncula,
que decretou situação de
emergências, casas e
e s t a b e l e c i m e n t o s
comerciais ficaram debaixo
d’agua, desalojando 4.500
pessoas. Na cidade o
abastecimento de água foi
interrompido pela CEDAE,
que também foi atingida pela
cheia do rio, e foi retomado
dois dias depois.
Na noite de sábado
{25}, um musico acabou
morrendo afogado. Segundo
a defesa civil,Anderson Luis
Gomes porto, de 44 anos,
tentou atravessar uma rua
onde o nível do rio estava
muito alto. Ele chegou a ser
socorrido, mas não resistiu.
Ainda segundo a defesa civil,
as ruas já estão sem água e a
prefeitura iniciou o trabalho
de limpeza. As familias
desalojadas devem começar
a voltar para suas casas hoje.
Elas receberam um kit de
materiais de limpezas.
Segundo a prefeitura, a
inundação atingiu os bairros
centro, operário, ilha, João
Braz, nova caeté, nossa
senhora da penha, barra e
Olivia Peres. Uma casa foi
parcialmente demolida e
uma desabou. Seis casas
foram interditadas e 138
pessoas foram encaminhadas
para os abrigos. Três
grávidas foram transportadas
por helicópteros para
atendimento no hospital são
Jose doAvaí em itaperuna.A
produção de leite foi perdida
nos distritos de purilandia e
santa clara. No domingo o
governador Wilson witzel
esteve no município e
anunciou recursos para
ajudar os atingidos .
porciúncula cancelou as
comemorações de carnaval
neste ano. No perfil da
prefeitura, o município pede
doações de roupas,
alimentos, água, material de
limpeza e outros, já que
muitos moradores perderam
tudo.Ainda de acordo com a
prefeitura, entre os dias 23 e
26 de janeiro o município
registrou 27.4 mm de chuva,
mais que o esperado para
todo mês.
Fonte: Jornal A Folha

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EDIÇÃO 365 DE 25 DE JANEIRO DE 2020

  • 1. R$ 2,00 Atos Oficiais da Câmara Municipal de Pádua. Comprometido com a Verdade! Suplemento Especial Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua Facebook: Jornal Opção do Noroeste Email:jornalopcaodonoroeste@gmail.com Edição: 365 - 25 de Janeiro de 2020 Toda Semana nas Bancas Governador do Rio de Janeiro anuncia R$ 23 milhões especialmente para as áreas atingidas por inundações de Rios O governador do rio de janeiro, Wilson witzel, anunciou a destinação de R$ 23 milhões para áreas atingidas pelas inundações na tarde desse domingo. Foram 8 municipios atingidos do norte e noroeste que ficaram inundados por conta da cheia dos rios, que deixou mais de 6 mil desalojados ou desabrigados. Saiba mais na Página 04 Mortos pelo coronavírus na China chegam a 56 e hospitais entram em c o l a p s o e m W u h a n A China entrou neste sábado em um novo ano lunar, o do Rato, e não começou com o pé direito. A crise pelo coronavírus de Wuhan parece estar ficando cada vez mais grave e as próprias autoridades dessa cidade. Saiba mais na Página 02 Notas concentram até 3.000 tipos de micróbios O fato de que uma bactéria consuma a figura da rainha da Inglaterra ou a do George Washington impressa em uma nota foi o que mais surpreendeu e inspirou Ken Rinaldo. Esse artista americano de 62 anos expõe neste sábado sua obra Borderless Bacteria / Colonialist Cash (“bactéria sem fronteiras/ dinheiro colonialista) no Laboratório de Arte de Berlim. Saiba mais na Página 03
  • 2. Edição 365 Jornal Opção do Noroeste 25 de Janeiro de 2020 02 “Falta de horas de descanso faz com que nossa melancolia se torne raiva ou depressão” Joke J. Hermsen (Middenmeer, Holanda, 1961), doutora em Filosofia e especialista na vida e na obra das filósofas Hannah Arendt e Lou Andreas- Salomé, analisa em seu último livro – La Melancolía en Tiempos de Incertidumbre – um sentimento humano que, diz ela, explica em parte a ascensão da extrema direita. Defende que a epidemia de depressão que assola o mundo se deve ao fato de que não soubemos deter a melancolia em sua versão insana, o que leva o ser humano a cair no lado escuro, na ira e no medo. Pergunta. De que maneira os políticos influenciam em nossa melancolia? Resposta. Neste momento temos muitos políticos que semeiam mais o medo do que a esperança. E isso é perigoso. Nossa melancolia precisa de esperança, de amor, de luz, de amizade... e quando a cercamos de medo corremos o risco de transformá-la em depressão. A responsabilidade desses políticos é grande. Existe o perigo, como dizia Hannah Arendt, de cair de novo em um sistema totalitário. Nunca devemos pensar que isso não vai acontecer conosco. P. E o que podemos fazer para ir nessa direção? R. Apontar a responsabilidade desses políticos. Tudo o que podemos fazer é criticá- los e fazer propostas esperançosas. Todos nós sofremos de fadiga parlamentar, não acreditamos mais em nossa democracia. Não acreditamos mais que os políticos vão consertar as coisas, temos que inventar outros instrumentos. E o que eu proponho são comitês de cidadãos. Pessoas escolhidas de modo rotativo por sorteio que tenham dias pagos por todos para se informar, debater e tomar decisões. A principal vantagem é que as pessoas se sentiriam mais responsáveis e representadas. Sentiriam de novo sua liberdade política, porque não devemos esquecer que também somos seres políticos. Temos que repensar nossa democracia, experimentar. Não temos nada a perder. P. A senhora diz que a dificuldade que temos hoje para encontrar a calma é uma das causas da epidemia de depressão no Ocidente. R. Tento readaptar a distinção feita por Aristóteles entre a melancolia criativa e solidária, a melancolia zen e a melancolia que se transforma em uma depressão muito séria, uma melancolia insana. Existem várias causas para essa evolução; uma delas é a falta de esperança que torna a melancolia cada vez mais escura e que faz com que nos sintamos ameaçados. E outra é a falta de horas de descanso, de calma, de ataraxia, que faz com que nossa melancolia se transforme em cólera ou em medo, em depressão. E este é um problema generalizado. “Quando crescemos, é importante reaprender a ser aquela criança que fomos, que se sentia una com o mundo” P. Outra causa de nossa melancolia, como a senhora diz, está na nostalgia que sentimos por nossos primeiros anos de vida, de que não nos lembramos porque não tínhamos desenvolvido a linguagem. R. Escrevi minha tese em parte sobre Lou Andreas-Salomé, que descobri através de Nietzsche. Ela elaborou a ideia de que durante a primeira infância temos a impressão de sermos unos, uma unidade com tudo o que nos rodeia. As crianças dizem sempre nós, nunca eu. Se você se olhar no espelho com um bebê nos braços, ele não verá diferenças entre ambos. Nascemos em algo que nos transcende. Por isso é tão importante quando crescemos e nos tornamos esse eu, ou esse ego completamente angustiado, reaprender a ser aquela criança que fomos, que era mais do que apenas ela mesma. É uma forma de pensar sobre a transcendência do eu para o nós. Sempre sentiremos melancolia por aquela criança que fomos, por esse nós. P. Em que momento começou a falar sobre depressão? R. Em praticamente todas as culturas encontramos esse estado de alma melancólico ao qual cantamos descrito na poesia, na literatura, na arte... Mas a partir de Freud passou a se chamar depressão. E o que lamento é que percamos o lado positivo da melancolia. A melancolia não é alegria nem tristeza, é algo que combina essas duas sensações. Quando queremos alcançar uma verdade profunda, precisamos das ambivalências, elas nos aproximam melhor da verdade de nossa existência como seres humanos. A condição humana se desenvolve em uma ambivalência maior do que supomos nesses momentos. Mas suportamos cada vez menos as ambivalências. Quando vemos no cinema que todo mundo chora ou todo mundo ri... Pode ser muito divertido, mas existe algo no fundo da alma que não se comove. Muitas vezes o que nos chega realmente é algo melancólico, uma tristeza que sorri ou uma alegria por estar triste. “Sofremos de fadiga parlamentar. Proponho criar comitês de cidadãos, pessoas escolhidas de modo rotativo por sorteio” P. A senhora acredita que para tratar a atual epidemia de depressão o mundo precisa de uma aproximação às pessoas afetadas que integre o tratamento filosófico. Pode explicar melhor? R. Não proponho isso como remédio. Quero ir mais longe. Nosso estado de alma é melancólico porque estamos conscientes de nossas perdas, estamos conscientes de que um dia morreremos e estamos conscientes dos anos e de tudo o que vamos deixando para trás. E o que é importante é que criemos horizontes de esperança em torno dessas nuvens, à sombra da melancolia. A melancolia precisa de esperança, amor, música, amizade, luz, dança... para não se tornar escura. Não é uma terapia, o que proponho é que percebamos que necessitamos, além da calma, também do amor. Não apenas com relacionamentos românticos, também o amor mundi, o amor pelo mundo mencionado por HannahArendt. Que nos sintamos em comunhão com o mundo e que sintamos esse amor compartilhado com ele. Necessitamo-nos mutuamente. P. As pessoas com depressão são párias do sistema neoliberal? R. Sim, elas são. O neoliberalismo é quem as deixa doentes. O que é necessário para que a melancolia seja saudável? Descanso, e no capitalismo isso não existe. O sistema faz com que as pessoas fiquem deprimidas e, além disso, essas pessoas não são cuidadas. Ele as afasta. A terapia que proponho não custa dinheiro, mas tempo, entretanto o tempo se tornou o produto de luxo por excelência. Fonte: El País Mortos pelo coronavírus na China chegam a 56 e h o s p i t a i s e n t r a m e m c o l a p s o e m Wu h a n A China entrou neste sábado em um novo ano lunar, o do Rato, e não começou com o pé direito. A crise pelo coronavírus de Wuhan parece estar ficando cada vez mais grave e as próprias autoridades dessa cidade, o epicentro do contágio, reconhecem que os suprimentos médicos estão atingindo níveis alarmantemente baixos. O número de mortos na China já chega a 56 e o de infectados passa de 1.700 “um salto de mais de 500 pessoas em 24 horas”, um total que pode ser muito maior, já que há outros 2.000 casos suspeitos. Entre os mortos está um médico que tratava esses pacientes em Wuhan, identificado como Liang Wudong, de 62 anos. Liang, um especialista em doenças respiratórias do hospital Hubei Xinhua, começou a apresentar os sintomas “tosse, febre alta, dificuldade para respirar” há uma semana, disseram seus colegas à imprensa local, e estava internado desde então. A morte de Liang pôs em evidência os riscos aos quais estão expostas as equipes médicas de Wuhan e outras 13 cidades da província de Hubei, nas quais 46 milhões de pessoas estão em quarentena. As autoridades de saúde já tinham confirmado dias atrás que entre os infectados estavam 15 médicos e enfermeiros, 14 deles contagiados por um único paciente, um homem submetido a uma cirurgia cerebral. Na quinta-feira morreu outro médico, o especialista em doenças infecciosas Jiang Jijun, que teve uma parada cardíaca enquanto atendia pacientes. Asobrecarga dos hospitais é evidente em vários vídeos que circulam nas redes sociais, apesar da censura. Em um deles, uma enfermeira chora de esgotamento; em outro, uma mulher que se descreve também como enfermeira denuncia a presença, em um corredor, de três corpos que ninguém tem tempo de retirar. Outros mostram salas de espera superlotadas. Alguns hospitais começaram a recusar pacientes devido à impossibilidade de atendê-los. Não se trata apenas de esgotamento. Os níveis de suprimentos para tratar os doentes estão caindo para níveis alarmantes, o que levou os hospitais públicos a lançar um apelo solicitando doações. Pedem máscaras, aventais cirúrgicos, desinfetantes, óculos de proteção. Os suprimentos atuais, segundo o jornal estatal The Paper, chegam para no máximo cinco dias. Um funcionário provincial citado pela Reuters reconheceu que os estoques desses materiais estão muito baixos e a crise continua em níveis graves. Segundo esse funcionário, até o momento foram recebidas doações de 1,2 milhão de máscaras e 30 milhões de yuans (mais de 18 milhões de reais). Para tentar aliviar a situação o mais rápido possível, e num sinal da urgência da situação, Wuhan construirá às pressas um segundo hospital dedicado exclusivamente a pacientes com coronavírus, com 1.300 leitos. Esse hospital, informou o Diário do Povo, vai se somar ao que foi anunciado na sexta- feira, que começou a ser erguido com módulos pré- fabricados e deve ser concluído em apenas 10 dias, com mil leitos. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde enviou a Hubei mais de 1.200 profissionais de saúde procedentes do resto do país. O Exército chinês também deslocou um contingente de 450 médicos militares, alguns deles especializados na luta contra o ebola na África e contra o SARS, uma síndrome respiratória que é causada por um coronavírus da família do atual e matou mais de 700 pessoas em 2003. Proibição de tráfego rodoviário Para incentivar os 11 milhões de habitantes de Wuhan a ficar em casa e evitar assim o contágio, o governo municipal anunciou a proibição do tráfego rodoviário na área central da cidade a partir da meia- noite. Só poderão circular veículos especialmente autorizados em casos de emergência ou encarregados de transportar alimentos e remédios a pessoas necessitadas, após a aprovação de um comitê de moradores. O contágio já se espalhou para uma dezena de países em quatro continentes.AFrança, que confirmou três casos em seu território, foi o primeiro país afetado na Europa. Austrália e Malásia também confirmaram seus primeiros casos, que, com os que já foram registrados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Vietnã, Nepal, Cingapura e Tailândia, somam quase 30. Os primeiros casos na Europa foram anunciados sexta-feira em Paris pela ministra francesa da Saúde, Agnès Buzyn. Dois foram diagnosticados em um hospital da capital francesa e aparentemente estão relacionados entre si, e o outro foi registrado em um centro de saúde de Bordeaux, no sudoeste do país. Os três pacientes estão internados, mas não foram divulgados detalhes sobre seu estado de saúde. Buzyn disse que provavelmente serão diagnosticados mais casos na França nos próximos dias. Na Espanha, o Ministério da Saúde descartou na manhã de sexta-feira dois casos em estudo, mas à noite o Departamento de Saúde do País Basco notificou que uma paciente com alguns sintomas suspeitos, que visitou Wuhan recentemente, estava sob vigilância. O ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa, pediu “tranquilidade” e afirmou que a Espanha está “preparada para enfrentar” a doença. No Reino Unido, autoridades de saúde e agentes de imigração uniram forças para localizar 2.000 pessoas que chegaram ao país procedentes de Wuhan nas últimas duas semanas, informou a agência Efe. O Ministério da Saúde confirmou neste sábado que as autoridades britânicas procuram “o maior número possível de passageiros” para verificar seu estado. Na China, o coronavírus já se espalhou por todas as províncias, exceto o Tibete. O paciente mais jovem é um menino de dois anos na região de Guangxi, no sul do país. Mas a grande maioria está na província de Hubei. Lá foram registrados 729 casos e ocorreram 39 das 41 mortes. Portadores sem sintomas clássicos Na sexta-feira, o governador de Hubei, Jiang Chaoliang, disse que Wuhan “fará todos os esforços” para aumentar o número de leitos e de salas de isolamento para os possíveis casos. A detecção é complicada porque alguns dos portadores do vírus não apresentam os sintomas clássicos de cansaço, febre ou dificuldade para respirar, apontou um grupo de cientistas em um estudo publicado sexta-feira na revista médica The Lancet. A situação ofuscou as celebrações do Ano Novo lunar, o dia mais importante no calendário de festividades da China. Com a grande maioria dos eventos públicos cancelados, muitos locais de recreação fechados e a recomendação das autoridades de saúde de evitar aglomerações e deslocamentos, o clima está muito longe do júbilo habitual. As ruas das principais cidades estão encontram desertas; é difícil encontrar pedestres sem máscara. No total, 18 das 30 províncias da China continental declararam o nível máximo de emergência de saúde. Hong Kong, onde já foram registrados cinco casos e há outros 107 suspeitos, somou-se neste sábado a essa medida, que permite cancelar eventos públicos e pôr em quarentena quem chega ao território autônomo chinês. A chefa do Governo local, Carrie Lam, anunciou que serão prolongadas por duas semanas as férias escolares para evitar riscos de contágio de crianças. Também ficarão suspensos até nova ordem os voos e rotas ferroviárias entre a ex- colônia britânica e Wuhan. O coronavírus de Wuhan, conhecido provisoriamente como 2019-nCoV, pode causar sintomas semelhantes aos da gripe comum, como tosse, febre e dificuldade para respirar, que podem levar a uma pneumonia. Fonte: El País
  • 3. Edição 365 25 de Janeiro de 2020 Jornal Opção do Noroeste 03 03 Notas concentram até 3.000 tipos de micróbios O fato de que uma bactéria consuma a figura da rainha da Inglaterra ou a do George Washington impressa em uma nota foi o que mais surpreendeu e inspirou Ken Rinaldo. Esse artista americano de 62 anos expõe neste sábado sua obra Borderless Bacteria / Colonialist Cash (“bactéria sem fronteiras/ dinheiro colonialista) no Laboratório de Arte de Berlim para mostrar ao público um mundo invisível e desconhecido: a vida no interior de um pedaço de papel que é manuseado diariamente. Esse objeto é, certamente, o que mais concentra bactérias, e também um veículo de transmissão. Elas podem viver vários dias, até mesmo semanas, fora do sistema biológico que as hospeda “como, por exemplo, a pele. Ao se instalar em uma nota, feita principalmente de algodão, o micro-organismo se adapta e encontra novos nutrientes que o ajudam a sobreviver. Um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Genoma e Biologia de Sistemas da Universidade de Nova York (NYU) e publicado em 2017 demonstrou que os dólares de um mesmo banco de Manhattan contêm 3.000 tipos de micróbios. A maioria vem da pele, da boca e da vagina. Esse número faz sentido, já que o ser humano abriga 38 trilhões de bactérias, há 100.000 colônias por mililitro de urina infectada e metade do peso das fezes é de bactérias. Além disso, as pessoas trocam entre si esses micro- organismos geralmente inofensivos todos os dias, ao beijar, ao dar a mão, no metrô, ao abrir uma porta e, é claro, ao usar dinheiro. Jane Cartlon, autora do estudo e diretora do centro de pesquisa de Nova York, afirma que compreender a distribuição e as interações dos micróbios, componentes importantes do ecossistema, é fundamental para entender o funcionamento do planeta, e não devemos nos alarmar. Obviamente, “as pessoas devem continuar lavando as mãos com frequência para evitar a transferência de organismos de um lugar para outro”, ressalta. Juan Fernando Alzate, bacteriologista e diretor do Centro Nacional de Sequenciamento Genômico da Colômbia, considera muito interessante oferecer uma imagem de algo que não se pode ver. “As pessoas em geral não têm conhecimento sobre os micróbios e ao torná-los tangíveis, é possível entender melhor esses organismos. Passam a ter consciência de que, em um objeto aparentemente morto, há vida”, assinala, acrescentando que, se morasse em Berlim, levaria a seus filhos para ver a exposição de Rinaldo. O cientista explica que o papel-moeda é um veículo de transmissão e, certamente, seu componente com maior concentração de bactérias é o algodão, daí seu interesse para múltiplos pesquisadores. “Não se deve criar alarmismo, é claro, e se tirarmos esses objetos de circulação, certamente aparecerá um substituto. No entanto, precisamos cuidar da higiene e mudar o comportamento”, afirma. Um dia depois de publicar seu estudo sobre as cédulas colombianas, onde foram encontrados 233 gêneros bacterianos, dos quais 12 correspondem a espécies potencialmente patogênicas, e de vários veículos de comunicação falarem sobre isso, Alzate foi tomar seu café no bar de sempre. Pela primeira vez, o garçom usava luvas para lidar com o dinheiro, e o especialista considerou isso uma boa iniciativa. “Acho fabuloso que a microbiota circule em casa, mas em um hospital ou em centros que servem comida, seria necessário restringir o uso de notas ou, ao menos, controlá-lo”, conclui. Uma nota de 10 libras com a figura da rainha da InglaterraKEN RINALDO O projeto de Ken Rinaldo, destaca ele, também serve para denunciar os conflitos econômicos e políticos atuais. “As bactérias são os primeiros colonizadores e é engraçado ver como são capazes de apagar o símbolo do poder de um país”, comenta. O artista e cientista utiliza o cultivo desses micro-organismos para ilustrar a relação entre Europa e Inglaterra, ou entre Estados Unidos e México, e destacar as semelhanças, mais que as diferenças. “Adaptei minha primeira coleção [de 12 pares] de 2017 para nossa atualidade”, conta ele. A primeira ideia do artista é que “antes de sermos pessoas, somos ecossistemas”. Suas obras consistem em caixas transparentes enriquecidas com ágar (uma substância que solidifica os meios de cultura bacteriana), nas quais coabitam duas notas. Com o passar do tempo e dependendo das condições, aparecem manchas às vezes uniformes, outras vezes de cores e formas diferentes: o panorama microbiano, embora incompleto, cresce e se estabelece depois de várias semanas. “Ver as imagens das bactérias e das reações biológicas ajuda a pessoa a entender como isso ocorre. Além disso, e acima de tudo, permite ver que estamos todos conectados”, explica. O projeto de Rinaldo, em suma, é uma forma de saber se o yuan chinês tem as mesmas comunidades de fungos e bactérias que o dólar americano e de propor uma visão divertida do conflito entre os dois países. “No universo das bactérias, não existem barreiras. O dinheiro é um vetor de cultivos biológicos comercializados mundialmente”, acrescenta o artista. Fonte: El País
  • 4. Edição 365 Jornal Opção do Noroeste 25 de Janeiro de 2020 04 Governador do Rio de Janeiro anuncia R$ 23 milhões especialmente para as áreas atingidas por inundações de Rios O governador do rio de janeiro, Wilson witzel, anunciou a destinação de R$ 23 milhões para áreas atingidas pelas inundações na tarde desse domingo {26}. Foram 8 municipios atingidos do norte e noroeste que ficaram inundados por conta da cheia dos rios, que deixou mais de 6 mil desalojados ou desabrigados. No auditório da UNIG em itaperuna o governador se reuniu com vários prefeitos, vereadores e secretários dos municípios atingidos pelas enchentes, sendo: prefeito de laje do muriae, José Eliezer; prefeito de Miracema, clovinho tostes; prefeito de bom Jesus do itabapoana, Roberto Elias tatu; prefeita de italva, Margareth soares; prefeito de são Jose de ubá, marcionilio Botelho; prefeito de itaperuna, Marcus Vinicius e deputado Estadual, Jair Bittencourt. “são R$ 10 milhoes para a defesa civil e R$ 10 milhoes para a secretaria de desenvolvimento social. Estamos aqui pra evitar que esse caos volte acontecer novamente no ano que vem e trabalhar para que nos possamos atender, neste momento, as pessoas que estão precisando mais”, afirma witzel. Acompanhado do secretario de estado de saúde, Edmar santos, o governador explica que outros R$ 3 milhoes vão ser aplicados na área da saúde para o tratamento de possíveis doenças que possam surgir em função do contato da população com a água da chuva . Após maior cheia da historia, porciúncula tenta voltar a rotina; m u n i c í p i o p e d e a j u d a a t o d o s . Cerca de 85% do perímetro urbano da cidade foi inundado; uma pessoa morreu e 4.500 ficaram desalojadas. Município teve deslizamentos e desabamentos. Com uma população estimada em pouco mais de 18 mil habitantes, o município de porciúncula, no noroeste fluminense, tenta voltar a rotina, após enfrentar a maior enchente de sua historia. Segundo a prefeitura, 85% do perímetro urbano foi inundado pela cheia do rio carangola, que ultrapassou o limite de transbordo no dia 21 e seguiu subindo ate a madrugada de domingo {26}, quando atingiu seu maior nível da historia da cidade, marcando 8,22 m.A cota de transbordo é de 5,20 m. “apenas um miolo do centro, uma parte mais alta, não foi inundado”, disse a defesa civil.Ainda segundo a prefeitura de porciúncula, que decretou situação de emergências, casas e e s t a b e l e c i m e n t o s comerciais ficaram debaixo d’agua, desalojando 4.500 pessoas. Na cidade o abastecimento de água foi interrompido pela CEDAE, que também foi atingida pela cheia do rio, e foi retomado dois dias depois. Na noite de sábado {25}, um musico acabou morrendo afogado. Segundo a defesa civil,Anderson Luis Gomes porto, de 44 anos, tentou atravessar uma rua onde o nível do rio estava muito alto. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Ainda segundo a defesa civil, as ruas já estão sem água e a prefeitura iniciou o trabalho de limpeza. As familias desalojadas devem começar a voltar para suas casas hoje. Elas receberam um kit de materiais de limpezas. Segundo a prefeitura, a inundação atingiu os bairros centro, operário, ilha, João Braz, nova caeté, nossa senhora da penha, barra e Olivia Peres. Uma casa foi parcialmente demolida e uma desabou. Seis casas foram interditadas e 138 pessoas foram encaminhadas para os abrigos. Três grávidas foram transportadas por helicópteros para atendimento no hospital são Jose doAvaí em itaperuna.A produção de leite foi perdida nos distritos de purilandia e santa clara. No domingo o governador Wilson witzel esteve no município e anunciou recursos para ajudar os atingidos . porciúncula cancelou as comemorações de carnaval neste ano. No perfil da prefeitura, o município pede doações de roupas, alimentos, água, material de limpeza e outros, já que muitos moradores perderam tudo.Ainda de acordo com a prefeitura, entre os dias 23 e 26 de janeiro o município registrou 27.4 mm de chuva, mais que o esperado para todo mês. Fonte: Jornal A Folha