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AULA 3: COESÃO TEXTUAL: COESÃO
REFERENCIAL.
Objetivo: Introduzir o conceito básico de coesão referencial, aplicando-o ao texto “Um Apólogo”, de Machado
de Assis. Tendo em vista que as aulas anteriores já tratam do gênero apólogo e da temática do texto, nesta
aula o enfoque se dará apenas nos aspectos linguísticos do texto.
A aula inicia com a retomada do conceito de “coesão textual” a partir das considerações dadas por Koch
(2010, p. 13):
“pode-se afirmar que o conceito de coesão textual diz respeito a
todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam
recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos
que ocorrem na superfície textual.”
• Logo após a leitura e a explicação do conceito de coesão textual dado por Koch (2010), a professora irá
introduzir aspectos-chave do conteúdo de “coesão referencial" com foco nos seguintes mecanismos: pronomes
pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos e relativos. É importante ressaltar que não serão
trabalhados todos os mecanismos, tendo em vista o tempo em que o processo de assimilação se dará pelos
alunos. Portanto, não serão trabalhados, neste momento, advérbios de lugar, elipse, sinônimos e metonímia,
mas apenas com os pronomes.
• Após esse primeiro momento, será apresentado um vídeo sobre “coesão referencial”, de apenas seis
minutos, para enfatizar o conteúdo introduzido.
• Link do vídeo disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DugFGTzbs-s
•Em seguida, a professora irá retomar as categorias em que se inserem os elementos linguísticos
remissivos (pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos e relativos), demonstrando-os no
próprio texto, a partir dos elementos remissivos destacados, no fragmento do texto “Um Apólogo”, de
Machado de Assis, e do texto “Foguete Notável”, de Oscar Wilde, que serão apresentado logo abaixo, nos
anexos. Para concluir, a professora irá apresentar e explicar o conceito de coesão referencial, novamente
resgatado em Koch (2010, p. 19):
Chamo, pois, de coesão referencial aquela em que um componente da superfície do
texto faz remissão a outro(s) elemento(s) nela presentes ou inferíveis a partir do
universo textual. Ao primeiro denomino forma referencial ou remissiva e ao segundo,
elemento de referência ou referente textual.
• Fragmentos utilizados para mostrar o uso de elementos de coesão referencial:
Fragmento do texto I “Um Apólogo”, de Machado de Assis:
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa
de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do
pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos
de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha [...]
Fonte:
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/umapologo.htm
Fragmento do texto II “Foguete Notável”, de Oscar Wilde:
De modo que no fundo do jardim do Rei uma arquibancada foi construída, e logo que o Pirotécnico Real arrumou
tudo em seu lugar certo, os fogos começaram a conversar uns com os outros.
— O mundo certamente é muito bonito — disse uma Estrelinha. — Olhem só aquelas tulipas amarelas. Puxa! Se
elas fossem bombinhas de verdade não poderiam ser mais bonitas. Fico muito contente de ter viajado. A viagem
enriquece a mente, e acaba com nossos preconceitos.
— O jardim do Rei não é o mundo, sua estrelinha tola — disse um grande Repuxo. — O mundo é um lugar
enorme, e você levaria três dias para conhecê-lo por inteiro.
— Todo lugar em que se ama é o mundo para você — exclamou, pensativa, a Rodinha, que fora ligada a uma
velha caixa de pinho logo no início da vida e orgulhava-se de seu coração partido. — Mas o amor não está mais
em moda, os poetas o mataram. Escreveram tanto a respeito que ninguém acreditou mais neles, o que não me
surpreende. O verdadeiro amor sofre, e cala. Lembro que eu mesma, certa vez… mas não importa agora. O
romantismo pertence ao passado.
— Bobagem! — disse o Pistolão. — O romantismo nunca morre. É como a lua, que vive para sempre. A noiva e o
noivo, por exemplo, amam-se profundamente. Eu soube tudo a respeito deles, hoje de manhã, de um cartucho
comum, desses de papel pardo, que por acaso ficou na mesma gaveta que eu e me contou todas as novidades
da Corte.
Fonte: : https://nefasto.com.br/o-foguete-notavel-oscar-wilde/
BIBLIOGRAFIA:
ARRUDA, Janaína. Sabe o que é coesão sequencial e coesão referencial? (2016). Disponível em:
<https://jcconcursos.uol.com.br/noticia/concursos/coesao-sequencial-coesao-referencial-66611>. Acesso em: 06 abr. 2020.
ASSIS, Machado. Um Apólogo. Biblioteca Virtual. Coleção Prestígio: Contos consagrados: Ediouro. Disponível em:
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/umapologo.htm. Acesso em: 05
abr. 2020.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2020.
COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba: Intersaberes, 2013.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. – 22. ed. São Paulo: Contexto, 2010.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Editora Brasiliense/Editora Pallotti, 1994.
“O Carvalho e o Junco”. Fábula de Jean de La Fontaine. In: As Mais Belas Fábulas de La Fontaine; Ilustrações de Gauthier
Dosimont. São Paulo: Impala, 1998, pp. 16-21. Impresso na Itália. Citado aqui no Dia das Crianças 2012. Disponível em:
<https://institutopoimenica.com/2012/10/12/o-carvalho-e-o-junco-jean-de-la-fontaine/>. Acesso em: 06 abr. 2020.
“O Foguete Notável”. Oscar Wilde. Nefasto. Disponível em: <https://nefasto.com.br/o-foguete-notavel-oscar-wilde/>. Acesso em:
20 abr. 2021.

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Aula 3

  • 1. AULA 3: COESÃO TEXTUAL: COESÃO REFERENCIAL.
  • 2. Objetivo: Introduzir o conceito básico de coesão referencial, aplicando-o ao texto “Um Apólogo”, de Machado de Assis. Tendo em vista que as aulas anteriores já tratam do gênero apólogo e da temática do texto, nesta aula o enfoque se dará apenas nos aspectos linguísticos do texto. A aula inicia com a retomada do conceito de “coesão textual” a partir das considerações dadas por Koch (2010, p. 13): “pode-se afirmar que o conceito de coesão textual diz respeito a todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual.”
  • 3. • Logo após a leitura e a explicação do conceito de coesão textual dado por Koch (2010), a professora irá introduzir aspectos-chave do conteúdo de “coesão referencial" com foco nos seguintes mecanismos: pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos e relativos. É importante ressaltar que não serão trabalhados todos os mecanismos, tendo em vista o tempo em que o processo de assimilação se dará pelos alunos. Portanto, não serão trabalhados, neste momento, advérbios de lugar, elipse, sinônimos e metonímia, mas apenas com os pronomes. • Após esse primeiro momento, será apresentado um vídeo sobre “coesão referencial”, de apenas seis minutos, para enfatizar o conteúdo introduzido. • Link do vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DugFGTzbs-s
  • 4. •Em seguida, a professora irá retomar as categorias em que se inserem os elementos linguísticos remissivos (pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos e relativos), demonstrando-os no próprio texto, a partir dos elementos remissivos destacados, no fragmento do texto “Um Apólogo”, de Machado de Assis, e do texto “Foguete Notável”, de Oscar Wilde, que serão apresentado logo abaixo, nos anexos. Para concluir, a professora irá apresentar e explicar o conceito de coesão referencial, novamente resgatado em Koch (2010, p. 19): Chamo, pois, de coesão referencial aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro(s) elemento(s) nela presentes ou inferíveis a partir do universo textual. Ao primeiro denomino forma referencial ou remissiva e ao segundo, elemento de referência ou referente textual.
  • 5. • Fragmentos utilizados para mostrar o uso de elementos de coesão referencial: Fragmento do texto I “Um Apólogo”, de Machado de Assis: Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha [...] Fonte: http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/umapologo.htm
  • 6. Fragmento do texto II “Foguete Notável”, de Oscar Wilde: De modo que no fundo do jardim do Rei uma arquibancada foi construída, e logo que o Pirotécnico Real arrumou tudo em seu lugar certo, os fogos começaram a conversar uns com os outros. — O mundo certamente é muito bonito — disse uma Estrelinha. — Olhem só aquelas tulipas amarelas. Puxa! Se elas fossem bombinhas de verdade não poderiam ser mais bonitas. Fico muito contente de ter viajado. A viagem enriquece a mente, e acaba com nossos preconceitos. — O jardim do Rei não é o mundo, sua estrelinha tola — disse um grande Repuxo. — O mundo é um lugar enorme, e você levaria três dias para conhecê-lo por inteiro. — Todo lugar em que se ama é o mundo para você — exclamou, pensativa, a Rodinha, que fora ligada a uma velha caixa de pinho logo no início da vida e orgulhava-se de seu coração partido. — Mas o amor não está mais em moda, os poetas o mataram. Escreveram tanto a respeito que ninguém acreditou mais neles, o que não me surpreende. O verdadeiro amor sofre, e cala. Lembro que eu mesma, certa vez… mas não importa agora. O romantismo pertence ao passado. — Bobagem! — disse o Pistolão. — O romantismo nunca morre. É como a lua, que vive para sempre. A noiva e o noivo, por exemplo, amam-se profundamente. Eu soube tudo a respeito deles, hoje de manhã, de um cartucho comum, desses de papel pardo, que por acaso ficou na mesma gaveta que eu e me contou todas as novidades da Corte. Fonte: : https://nefasto.com.br/o-foguete-notavel-oscar-wilde/
  • 7. BIBLIOGRAFIA: ARRUDA, Janaína. Sabe o que é coesão sequencial e coesão referencial? (2016). Disponível em: <https://jcconcursos.uol.com.br/noticia/concursos/coesao-sequencial-coesao-referencial-66611>. Acesso em: 06 abr. 2020. ASSIS, Machado. Um Apólogo. Biblioteca Virtual. Coleção Prestígio: Contos consagrados: Ediouro. Disponível em: http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/umapologo.htm. Acesso em: 05 abr. 2020. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2020. COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba: Intersaberes, 2013. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. – 22. ed. São Paulo: Contexto, 2010. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Editora Brasiliense/Editora Pallotti, 1994. “O Carvalho e o Junco”. Fábula de Jean de La Fontaine. In: As Mais Belas Fábulas de La Fontaine; Ilustrações de Gauthier Dosimont. São Paulo: Impala, 1998, pp. 16-21. Impresso na Itália. Citado aqui no Dia das Crianças 2012. Disponível em: <https://institutopoimenica.com/2012/10/12/o-carvalho-e-o-junco-jean-de-la-fontaine/>. Acesso em: 06 abr. 2020. “O Foguete Notável”. Oscar Wilde. Nefasto. Disponível em: <https://nefasto.com.br/o-foguete-notavel-oscar-wilde/>. Acesso em: 20 abr. 2021.