2. Entrevistas clínicas (coletar: dados pessoais, queixas, duração, fatores
desencadeantes, fatores de melhora e de piora, tratamentos realizados,
uso de medicações, etc., os antecedentes pessoais e familiares, outras
informações).
Avaliação nosológica/descritiva = psiquiátrica baseada no CID-10 ou
DSM-V.
Avaliação psicodinâmica (compreensão do funcionamento mental do
paciente: Id, Ego, Superego, Mecanismos de Defesa, Impulsos,Auto
estima, Relações objetais). Estrutura de Personalidade.
Avaliação do grau de sofrimento, da motivação, da capacidade de
estabelecer vínculo e de insight.
Selecionar o foco, os conflitos circunscritos, crises vitais ou situacionais,
patologias (nível neurótico, psicótico ou borderline).
Indicação terapêutica, embasada e com critérios.
Planejamento da psicoterapia (número de sessões, foco, manejo clínico).
Contrato terapêutico (frequência, horário, duração das sessões, faltas,
atrasos, mudanças de horário, sigilo, honorários).
3. Como está o teste de realidade do paciente?
Há capacidade de distinção entre o interno e o externo ou há um padrão
persistente de alteração delirante da percepção?
Há ego suficiente para adiar a descarga dos impulsos a ponto de colocar os
outros ou a si próprio em risco?
Com relação ao juízo critico, o paciente consegue prever adequadamente as
consequências de suas ações?
O paciente vê seus problemas como tendo origem interna ou todas as
dificuldades são projetadas e externas a ele?
Há capacidade de síntese?
Utiliza metáforas e analogias que permitem a integração entre os vários níveis
de abstração?
Quais são os desejos do paciente? Conscientemente e Inconscientemente.
O que teme? Quando tem medo como reage?
Quais são suas fantasias (de doença e de cura? )
Como o desejo vinha sendo evitado?
Uma ansiedade específica pode ser associada a um desejo, cuja defesa tem
sido ineficaz?
Se culpa com relação a um desejo ou a outra pessoa?
O superego é um fiscal rígido e implacável do ego? Há flexibilidade e
harmonia? As metas são realísticas ou fantásticas e inatingíveis? Existem
4. O quadro do paciente reflete os problemas conjugais dos pais?
O paciente é o porta-voz do conflito familiar?
Qual relação objetal está sendo repetida?
Que papel o paciente representa na família, o seu ou o de outrem?
O que os pais esperam do paciente? E o filho, o que deseja dos
pais?
A percepção corporal do paciente está intacta ou precisa mutilar-se
para definir tais fronteiras. O corpo e a mente são vistos de maneira
conectada ou há episódios de despersonalização, experiências
extracorpóreas? O paciente pode tolerar a separação de pessoas
significativas, convocando uma imagem interna tranquilizadora da
pessoa ausente?
O paciente vê a pessoa de maneira idealizada ou desvalorizada? O
paciente vê o outro como objetos parciais necessários a sua própria
gratificação?
8. Na avaliação é importante estabelecer:
Exame ou teste de realidade: capacidade em distinguir os
sentimentos, emoções como provenientes do seu mundo interno
ou como provenientes de fora: pela presença de alucinações ou
ilusões, pensamentos, condutas e afetos apropriados ou não, bem
como pela capacidade do paciente em empatizar com o terapeuta.
ID e Ego =Tolerância a ansiedade e a frustração (capacidade de
enfrentar dificuldades, tolerar perdas, separações).
Verificar os recursos do ego (funções especificas), forças e
fragilidades
Eficácia ou controle da expressão dos impulsos e dos afetos:
agressão, sexualidade, ansiedade.
9. CONFLITOS BÁSICOS:
IDXEGO ; IDX SUPEREGO ; EGO E O MUNDO EXTERNO.
Mecanismos de defesa mais primitivos: cisão, identificação projetiva,
controle, onipotência, desvalorização, idealização, negação, com
distorção da realidade.
Mecanismos de defesa mais adaptativos: repressão, racionalização,
intelectualização, anulação, formação reativa, sem distorção da
realidade.
ANGUSTIAS : SEPARAÇÃO, DESINTEGRAÇÃO, ANIQUILAMENTO OU
MORTE, CASTRAÇÃO.
10. Procura explicar os problemas ou sintomas a luz das teorias psicodinâmicas.
Verificar: relação dos sintomas com estressores ou eventos desencadeantes.
Ocorrência de estressores no passado e suas consequências no desenvolvimento
posterior ( perdas, separações, etc... Provocando inibições ou dificuldades para
enfrentar as tarefas evolutivas posteriores.
Identificar dificuldades mais marcantes e repetitivas nas relações com pessoas
significativas ( pais excessivamente rígidos, ou indulgentes, ausentes ou o contrário,
dificuldades de sentir amor, ódio, gratidão, reparação...)
Verificar se apresenta um conflito básico ou área problemática que se destaque entre
as sadias (foco).
Esboçar uma explanação psicodinâmica provisória do conflito central, descrevendo a
situação atual e sua gênese evolutiva.
Fazer uma previsão ou hipótese de como tal conflito manifestar-se-á na relação
transferencial.
11. A partir das informações da anamnese = ex. relação temporal entre o
aparecimento de um sintoma e o quadro sintomático = pode-se chegar a
uma hipótese do conflito inconsciente.
Hipótese Psicodinâmica: fases = desenvolvimento epigenético
(psicossexual)
Para cada fase uma tarefa específica a ser desenvolvida, habilidades e
competências a serem adquiridas.
Erick Erickson:
- Confiança básica, autonomia, internalização de normas, formação de
uma auto-imagem integrada e separada da imagem dos objetos,
consolidação da identidade, etc...
Lacunas = ao longo da vida = crises vitais = psicoterapia
Psicoterapias dinâmicas: base é o conflito psíquico inconsciente como
causa dos sintomas e o insight como estratégia básica para modifica-lo.
12. Combinações
Local, horários, honorários, faltas, previsão ou não de alta.
A dinâmica da sessão.
Postura do terapeuta:
Neutralidade, abstinência, anonimato X postura ativa
Construção do vínculo, da aliança terapêutica;
Acolhimento
Postura compreensiva
Associação livre de ideias
Transferência, Contratransferência
Resistência