2. Electrostatica
A parte da eletricidade que estuda o comportamento
de cargas elétricas estáticas no espaço é conhecida pelo
nome de electrostática. Ela desenvolveu-se
precocemente dentro da história da ciência e se baseia
na observação das forças de atração ou repulsão que
aparecem entre as substâncias com carga elétrica.
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3. Campo elétrico
Define-se campo elétrico como uma alteração
introduzida no espaço pela presença de um corpo com
carga elétrica, de modo que qualquer outra carga de
prova localizada ao redor indicará sua presença.
Uma forma diferente de explicar a força eletrostática
entre duas partículas com carga consiste em admitir
que cada carga elétrica cria à sua volta um campo de
forças que atua sobre outras partículas com carga. Se
colocarmos uma partícula com carga num ponto onde
existe um campo elétrico
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4. A corrente elétrica
É o fluxo "ordenado" de partículas portadoras de carga
elétrica , ou também, é o deslocamento de cargas
dentro de um condutor, quando existe uma diferença
de potencial elétrico entre as extremidades. Tal
deslocamento procura restabelecer o equilíbrio
desfeito pela ação de um campo elétrico ou outros
meios (reação química, atrito, luz, etc.) .
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5. Noção de material condutor
Qualquer corpo pode possuir no seu interior um
determinado número de electrões livres. Esses
electrões livres podem existir em grande quantidade
ou serem em muito reduzido, dependendo do tipo de
material que constitui o corpo.
Quando se aplica um Campo Eléctrico exterior a um
dado corpo, as forças do Campo Eléctrico vão actuar
sobre os electrões livres desse corpo, deslocando-os
todos no mesmo sentido e então dois casos podem
ocorrer:
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6. Material (corpo) condutor, que é um material no
interior do qual há electrões livres que se movem
contínua e ordenadamente por acção de um Campo
Eléctrico exterior. Exemplos: prata, cobre, alumínio,
etc.
Material (corpo) isolante, que é um material no
interior do qual ou não existem electrões livres ou
existem em muito pequena quantidade; portanto,
quando se aplica a esse material um Campo Eléctrico
exterior muito poucas cargas se podem movimentar.
Exemplos: mica, certos plásticos, certas resinas, etc.
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7. Um qualquer isolante pode passar a comportar-se como
condutor, se a intensidade de Campo Eléctrico a que
estiver sujeito, ultrapassar certos limites, dá-se então a
perfuração do isolante. Haverá electrões que deixam de
estar ligados ao núcleo e que passam a comportar-se
como electrões livres.
Rigidez dieléctrica– é o máximo valor da intensidade de
Campo Eléctrico a que um isolante pode estar sujeito
sem perder as suas propriedades de isolante.
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8. A corrente eléctrica é portanto um movimento
ordenado, contínuo e estável de electrões livres, sob o
efeito de um Campo Eléctrico exterior aplicado a um
material condutor. A corrente cessará quando deixar de
actuar o Campo Eléctrico exterior que a originou.
Arbitrou-se que o sentido positivo da corrente eléctrica
é o sentido oposto ao do movimento dos electrões
livres; a corrente eléctrica tem portanto o sentido dos
potenciais decrescentes.
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9. A intensidade de corrente eléctrica
Consideremos um condutor, com a seguinte
forma, sob a acção de um campo eléctrico
exterior.
O valor da intensidade de corrente eléctrica
depende da “quantidade” de electrões livres que
atravessam uma secção recta do condutor, por
unidade de tempo.
Q = n . q0 ; q0= - 1,6 * 10-19C
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10. Resistencia Electrica
Os electrões livres ao moverem-se vão chocar com as
outras partículas estacionárias que formam a rede cristalina
do metal (protões, neutrões e electrões não livres); essas
colisões são a causa da resistência oferecida pelo material
condutor à passagem da corrente.
Quando se dá a colisão, o electrão perde parte da energia
cinética que o Campo Eléctrico lhe tinha fornecido (porque
perde velocidade); essa energia libertada é transmitida ao
metal e vai aumentar a energia térmica dos iões e portanto
aumentar a temperatura do material condutor (efeito de
Joule). Portanto, a passagem da corrente eléctrica provoca
um aumento da temperatura do material.
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11. Resistência e condutância de um condutor;
É a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de
corrente elétrica mesmo quando existe uma diferença de
potencial aplicada. Seu cálculo é dado pela Primeira Lei de
Ohm, e, segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), é
medida em ohms.
Resistencia Condutancia
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12. Codigo de cores
Os valores ôhmicos dos resistores podem
ser reconhecidos pelas cores das faixas
em suas superfícies, cada cor e sua
posição no corpo do resistor representam
um número.
A PRIMEIRA FAIXA em um resistor é
interpretada como o PRIMEIRO DÍGITO
do valor ôhmico da resistência Para o
resistor mostrado, a primeira faixa é
verde, assim o primeiro dígito é 5.
A SEGUNDA FAIXA dá o SEGUNDO
DÍGITO. Essa é uma faixa azul, então o
segundo dígito é 6.
A TERCEIRA FAIXA é chamada de
MULTIPLICADOR e não é interpretada
do mesmo modo. O número associado à
cor do multiplicador nos informa
quantos "zeros" devem ser colocados
após os dígitos que já temos. Aqui, uma
faixa amarela nos diz que devemos
acrescentar 4 zeros. O valor ôhmico
desse resistor é então 560000ohms, quer
dizer, 560000Ωou 560kΩ.
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13. Lei de Ohm
A lei de Ohm estabelece a relação entre, a queda de
tensão ou diferença de potencial (V) aplicada aos
terminais do condutor em estudo, a sua resistência (R)
e a intensidade de corrente (I) que então o percorrerá.
Assim, consideremos um dado condutor representado
pela sua resistência R, aos terminais do qual é aplicada
a diferença de potencial ou queda de tensão V.
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14. Variação da resistência de um condutor
com a temperatura
Consideremos um condutor de resistividade ρ e
resistência R. Para variações relativamente pequenas
da temperatura (por exemplo, variações de 10º C), a lei
de variação da resistividade e da resistência com a
temperatura são, respectivamente:
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15. Indutância
Em um sistema constituído de uma ou mais espiras,
formando uma bobina perfeita - (resistência interna
igual a zero) - quando percorrido por uma corrente
elétrica produz um campo magnético, campo este que
faz um fluxo que as atravessa.
Indutância pode ser definida como a razão entre o
enlace total do fluxo e a corrente elétrica envolvida.
A capacidade de uma bobina de espiras em criar o
fluxo com determinada corrente que percorre o
circuito é denominada Indutância (símbolo L)
medida em henry cujo símbolo é H
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16. Capacitância
A propriedade que os dispositivos têm de armazenar
energia elétrica sob a forma de um campo eletrostático
é chamada de capacitância ou capacidade (C) e é
medida pelo quociente da quantidade de carga (Q)
armazenada pela diferença de potencial ou tensão (V)
que existe entre as placas.
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17. Formas da corrente eléctrica
A energia eléctrica, sendo utilizada de múltiplas
maneiras, pode apresentar-te nos circuitos em
diferentes formas
Corrente contínua (CC ou DC - do inglês direct
current) é o fluxo ordenado de cargas elétricas no
mesmo sentido. Esse tipo de corrente é gerado por
baterias de automóveis ou de motos (6, 12 ou 24V),
pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e
1,5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação
de várias tecnologias, que retificam a corrente
alternada para produzir corrente contínua.
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19. Cont…
Corrente alternada
A corrente alternada (CA ou AC - do inglês alternating
current) é uma corrente elétrica cujo sentido varia no
tempo, ao contrário da corrente contínua cujo sentido
permanece constante ao longo do tempo. A forma de
onda usual em um circuito de potência CA é senoidal
por ser a forma de transmissão de energia mais
eficiente. Entretanto, em certas aplicações, diferentes
formas de ondas são utilizadas, tais como triangular ou
ondas quadradas.
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20. Associacao de resistencias
Em Serie
Todas as resistências (ligadas em série ) são percorridas
pela mesma corrente I; a diferença de potencial ou queda
de tensão nos terminais de cada uma das resistências é:
Vab= R1*I; Vbc= R2*I; Vcd= R3*I
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21. Circuito equivalente
Podemos substituir o conjunto das três resistências R1,
R2e R3(em série) por uma só resistência, desde que,
quando ambos os circuitos estiverem a ser percorridos
pela mesma corrente I, tenhamos nos seus terminais a
mesma d.d.p. ou queda de tensão V. Então teremos
Neste circuito V = R I, onde R é a resistência equivalente
à série de resistências R1, R2, R3.
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22. Em Paralelo
Todas as resistências ( ligadas em paralelo) apresentam
nos seus terminais a mesma queda de tensão V. Logo:
V = R1*I1 V = R2*I2 V = R3*I3
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23. Circuito equivalente
Podemos substituir o conjunto das três resistências R1, R2e R3(em
paralelo) por uma só resistência, desde que, quando ambos os circuitos
estiverem a ser percorridos pela mesma corrente I, tenhamos nos seus
terminais a mesma d.d.p. ou queda de tensão V. Então teremos
Neste circuito V = R I, onde R é a resistência equivalente à paralelo de
resistências R1, R2, R3.
A corrente Iserá igual à soma das correntes que percorrem as três
resistências R1, R2, R3 (lei dos nós de Kirchhoff) I = I1 + I2 + I3
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24. Caso se esteja a considerar apenas 2 resistências em
paralelo, teremos:
Associacao Mista.
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25. Amperímetros e Voltímetros
Os amperímetrossão instrumentos de muito baixa
resistência interna; os voltímetros, pelo contrário, tem
elevada resistência interna.
Sendo assim, num circuito, o modo de ligação, de um
amperímetro ou de um voltímetro tem de ser
diferente. Os amperímetros ligam-se em série e os
voltímetros em paralelo.
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26. Divisor de tensao
Consideremos o seguinte circuito; dados R, R’ e V,
determinar V’.
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27. Divisor de corrente
Consideremos o seguinte circuito; dados R, R’ e I,
determinar I’.
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28. Diodos Semicondutores
Semicondutor e um material que apresenta uma
resistividade elétrica intermediária. Como exemplo
temos o germânio e silício.
A partir da junção PN surge o diodo semicondutor.
O diodo semicondutor é um componente
unidirecional, ou seja, conduz a corrente somente em
um único sentido, de anodo(A) para o Katodo(K).
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29. Polarização do diodo
Na condição de condução do diodo é polarizado de
forma direta, como mostra o exemplo:
Com essa polarização as lacunas do cristal P são
empurradas contra a barreira de potencial, o mesmo
ocorre com os elétrons do cristal N. Com isso a barreira
de potencial sofre um estreitamento, permitindo uma
recombinação de cargas em maior escala, colocando o
diodo em condução
Na polarização reversa o anodo é conectado ao pólo (-)
da fonte e o katodo(+) da fonte, colocando o diodo em
corte. Neste caso a barreira de potencial sofre um
alargamento distanciando os elétrons e as lacunas.
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30. 30
Diodo Zener-Constituição
Um díodo zener é constituído por uma junção PN de material semicondutor
(silício ou germânio) e por dois terminais, o Ânodo (A) e o Cátodo (K).
Símbolo:
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Identificação visual dos terminais
O terminal que se encontra mais próximo do anel é o cátodo (K).
K
K
K
A
A
A
Tensão de zener (UZ= 27 V)
Tensão de zener (UZ= 8,2 V)
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Utilização
Se desejarmos alimentar uma carga qualquer com uma tensão invariável,
perfeitamente isenta de qualquer variação ou flutuação, nada mais há do que
montar o sistema constituído pelo díodo zener (polarizado inversamente) e a
resistência limitadora R, de tal modo que o díodo fique em paralelo com a carga.
R – Resistência que tem por
função limitar a corrente no
zener (IZ).
Rc – Resistência de carga
(receptor)
+
_
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Polarização
O díodo zener quando polarizado inversamente (ânodo a um potencial
negativo em relação ao cátodo) permite manter uma tensão constante aos
seus terminais (UZ) sendo por isso muito utilizado na
estabilização/regulação da tensão nos circuitos.
Saída
estabilizada
a 12 Volt
Entrada não
estabilizada de 15
a 17 Volt
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O díodo zener como estabilizador
de tensão
Para que o díodo zener estabilize a tensão nos seus terminais deve-se ter em atenção
o seguinte:
O díodo zener tem que se encontrar polarizado inversamente (A e K ).
A tensão de alimentação do circuito tem que ser superior à tensão de zener (UZ) do
díodo.
A carga ou cargas do circuito têm que estar ligadas em paralelo com o díodo zener.
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O díodo zener como estabilizador
de tensão
A corrente que circula pela
resistência limitadora é a mesma
corrente que circula pelo díodo
zener e é dada pela expressão:
I = (VE – VZ) / R
I = (15 – 10) / 500
I = 10 mA
Para que ocorra o efeito estabilizador de tensão é necessário que o díodo
zener trabalhe dentro da zona de ruptura, respeitando-se as especificações
da corrente máxima.
500R
I
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Curva característica
Os díodos zener são
definidos pela sua tensão de
zener (UZ) mas para que
possa existir
regulação/estabilização de
tensão aos seus terminais a
corrente que circula pelo
díodo zener (IZ) deve
manter-se entre os valores
de corrente zener definidos
como máximo e mínimo,
pois se é menor que o valor
mínimo, não permite a
regulação da tensão e, se é
maior, pode romper a
junção PN por excesso de
corrente.
ZONA DE TRABALHO
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Curva característica
O gráfico de funcionamento do
zener mostra-nos que,
directamente polarizado (1º
quadrante), ele conduz por volta
de 0,7V, como um díodo comum.
Porém, na ruptura (3º quadrante),
o díodo zener apresenta um
joelho muito pronunciado,
seguido de um aumento de
corrente praticamente vertical. A
tensão é praticamente constante,
aproximadamente igual a Vz em
quase toda a região de ruptura. As
folhas de dados (data sheet)
geralmente especificam o valor de
Vz para uma determinada
corrente zener de teste Izt.
ZONA DE
TRABALHO
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38. 38
Curva característica
Quando um díodo zener
está a trabalhar na zona
de ruptura, um aumento
na corrente produz um
ligeiro aumento na
tensão. Isto significa que
o díodo zener tem uma
pequena resistência que
também é denominada
impedância zener (ZZ).
ZONA DE RUPTURA
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39. 39
Características técnicas
Variando-se o nível de dopagem dos díodos de silício, o fabricante pode
produzir díodos zener com diferentes tensões de zener.
A utilização do díodo zener é limitada pelos seguintes parâmetros:
Vz – Tensão de zener (este valor é geralmente especificado para uma determinada corrente de teste IZT)
Izmáx – Corrente de zener máxima
Izmin – Corrente de zener mínima
Pz – Potência de dissipação (PZ = VZ x IZ)
Desde que a potência não seja ultrapassada, o díodo zener pode trabalhar dentro
da zona de ruptura sem ser destruído.
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Díodo zener ideal
Na primeira aproximação, podemos
considerar a região de ruptura como uma
linha vertical. Isto quer dizer que a tensão de
saída (VZ) será sempre constante, embora
haja uma grande variação de corrente, o que
equivale a ignorar a resistência zener.
Isto significa que num circuito o díodo zener
pode ser substituído por uma fonte de tensão
com resistência interna nula.
V
I
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Díodo zener real
Na segunda aproximação deve ser levada
em consideração a resistência zener (RZ)
em série com uma bateria ideal. Isto
significa que quanto maior for a corrente,
esta resistência produzirá uma queda de
tensão maior.
Isto quer dizer que na região de ruptura a
linha é ligeiramente inclinada, isto é, ao
variar a corrente haverá uma variação,
embora muito pequena, da tensão de saída
(VZ). Essa variação da tensão de saída será
tanto menor quanto menor for a resistência
de zener.
V
I
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42. 42
Principio de funcionamento
Vimos que o díodo rectificador se comportava quase como isolador quando a
polarização era inversa. O mesmo se passa com o díodo zener até um
determinado valor da tensão (VZ), a partir do qual ele começa a conduzir
fortemente.
Qual será então o facto que justifica esta transformação de isolador em
condutor?
A explicação é-nos dada pela teoria do efeito de zener e o efeito de
avalanche.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas
43. Escola Superior de Ciencias Nauticas 43
Principio de funcionamento
Efeito de zener – ao aplicar ao díodo uma tensão inversa de determinado valor (VZ) é
rompida a estrutura atómica do díodo e vencida a zona neutra, originando assim a
corrente eléctrica inversa. Este efeito verifica-se geralmente para tensões inversas VR
<5 Volt e o seu valor pode ser variado através do grau de dopagem (percentagem de
impurezas) do silício ou do germânio.
Efeito de avalanche – Para tensões inversas VR >7 Volt, a condução do díodo é
explicada exclusivamente pelo efeito de avalanche. Quando se aumenta o valor da
tensão inversa, aumenta também a velocidade das cargas eléctricas (electrões). A
velocidade atingida pode ser suficiente para libertar electrões dos átomos
semicondutores, através do choque. Estes novos electrões libertados e acelerados
libertam outros, originando uma reacção em cadeia, à qual se dá o nome de efeito de
avalanche.
Para tensões inversas VR, entre 5V e 7V, a condução do díodo é explicada
cumulativamente pelos dois efeitos (efeito de zener e efeito de avalanche).
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44. RETIFICADORES MONOFÁSICOS
A maioria dos circuitos eletrônicos necessita de uma tensão
de alimentação em corrente contínua para trabalhar
adequadamente. Como a tensão residencial e industrial são
do tipo alternada, deve-se converter tensão alternada (CA)
em tensão contínua (CC), que é a função básica dos
circuitos retificadores.
RETIFICADOR MONOFÁSICO DE MEIA ONDA
Teoricamente o retificador monofásico de meia onda é o
mais simples das estruturas empregadas em eletrônica
industrial. Ele é comumente utilizado para fazer
alimentação da armadura de pequenos motores de corrente
contínua, alimentação de enrolamentos de excitação de
máquinas elétricas, carregamento de baterias e
alimentação de circuitos eletrônicos.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 44
46. RETIFICADORES MONOFÁSICOS DE ONDA COMPLETA À DIODO.
A estrutura é composta basicamente de um
transformador com ponto médio no secundário, dois
diodos e uma carga. A carga pode ser resistiva,
capacitiva, indutiva ou mista. Em aplicações de
potência normalmente alimenta-se um carga RL.
Pode também ser empregada na alimentação dos
motores de corrente contínua, alimentação de circuitos
eletrônicos, enrolamento de campo de máquinas
elétricas, carregadores de baterias, etc.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 46
47. CARGA E DESCARGA DO CAPACITOR
No primeiro semiciclo positivo de tensão no
secundário, o diodo conduz e liga os terminais do
capacitor diretamente aos extremos do enrolamento
secundário. Durante a primeira metade do semiciclo
positivo, a tensão no secundário vai aumentando até
atingir o pico positivo, acontecendo o mesmo com a
tensão no capacitor. A figura a seguir mostra o
capacitor carregado
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 47
48. Cont…
Observe que a tensão no capacitor tem a mesma polaridade
da tensão no secundário. Se o diodo for considerado ideal,
quando a tensão no secundário atingir o pico positivo, a
tensão no capacitor também será igual à Vp.
Logo depois que a tensão no secundário atinge o valor de
pico ela começa a diminuir, e o diodo então para de
conduzir. Porque?
Observe que a tensão que chega nos terminais do diodo é a
diferença entre as tensões no secundário do transformador
e no capacitor, devidos as suas polaridades. Quando a
tensão no secundário começa a diminuir após o pico
positivo, a tensão no capacitor se torna ligeiramente maior
que a tensão no secundário porque a tensão no mesmo não
diminui na mesma velocidade. Isto que faz com que
prevaleça a polaridade da tensão no capacitor, o que
polariza o diodo inversamente.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 48
49. No retificador de onda completa a ondulação é bem
menor. Os dois semiciclos são aproveitados e, em
conseqüência disto, o capacitor se descarrega durante
um intervalo de tempo duas vezes menor, o que
significa que a ondulação é duas vezes menor. A seguir
vemos a fórmula para calcular a tensão de ondulação
de pico a pico( Vpp(ond)) no capacitor de filtro.
A freqüência de ondulação é igual à freqüência de
entrada se o retificador for de meia onda, e o dobro da
freqüência de entrada se for de onda completa. O
gráfico a seguir mostra a tensão ondulada na carga com
todas as indicações importantes
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 49
50. Circuito multiplicador
Um circuito multiplicador de tensão é um arranjo de
capacitores e diodos retificadores que é
frequentemente usado para gerar altas tensões de. Este
tipo de circuito usa o princípio de carregar capacitores
em paralelo, de uma entrada CA, e adicionar as tensões
acopladas em série para obter tensões CC mais altas
que a tensão da fonte. Podem ser conectados em série
circuitos individuais de multiplicadores de tensão
(frequentemente chamados estágios) para obter
tensões de saída ainda mais altas.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 50
52. Transistores
De todos os componentes eletrônicos, talvez o mais
importante seja o transistor bipolar ou simplesmente
transistor. O transistor pode amplificar sinais, gerar
sinais ou ainda funcionar como uma chave eletrônica,
ligando e desligando circuitos. Em outras palavras,
colocando um transistor num circuito ele pode
controlar este circuito a partir de sinais de comando.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 52
53. Cont.
Existem dois tipos de transistores que são
diferenciados pelo modo como sua estrutura de silício
é determinada. Se usarmos dois pedaços de silício N e
um de silício P teremos um transistor NPN. Por outro
lado, usando dois pedaços de silício P e um de N,
teremos um transistor PNP.
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54. Cont.
Abaixo vamos identificar a base, coletor e emissor de
alguns tipos de transistores bipolar. Isso é muito
importante para que você saiba utiliza-los
corretamente em uma montagem ou até mesmo em
substituição durante o reparo de algum equipamento.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 54
55. Cont…
Através da simbologia do transistor não é possível
saber qual é o seu encapsulamento, temos que
identificar no circuito através da descrição qual o tipo
do transistor que esta sendo utilizado. Geralmente os
fabricantes identificam os transistores em um circuito
utilizando letras como Q , T , TR, acrescentando um nº
conforme a ordem .
Em um esquema eletrônico identificamos os
transistores bipolares pelo seu símbolo, pode ser um
transistor NPN ou um transistor PNP.
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56. Tiristores
São diodos especiais destinados ao controle de
corrente intensas com um terminal para o disparo do
componente, havendo dois tipos principais que podem
se encontrados. Os SCRs são usados em corrente
contínua e os TRIACs são usados em corrente
alternada. Abaixo veremos os seus aspectos físicos e o
símbolo destes dois tipos de componentes:
SCR (Silicon Controlled Rectfier) ou Diodo Controlado
de Silício.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 56
57. Cont…
Trata-se de um dispositivo semicondutor de 4 camada
destinado ao controle de correntes intensas nos
circuitos. Este dispositivo possui um anodo e um
catodo entre os quais passa a corrente principal, e um
elemento de disparo denominado gate. Abaixo você
encontra alguns modelos reais de SCRs.
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58. TRIACs
Os TRIACs conduzem corrente nos dois sentidos
quando disparados, e por isso são indicados para o
controle de dispositivos em circuitos de corrente
alternada. São usados para controlar a passagem da
corrente alternada em lâmpadas incandescentes,
motores, resistências de chuveiros, etc. Este tipo de
circuito controlador recebe o nome de "dimmer". O
TRIAC é um componente formado basicamente por
dois SCRs internos ligados em paralelo, um ao
contrário do outro. Ele possui três terminais: MT1
(anodo 1), MT2 (anodo 2) e gate (G).
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59. Os relés são dispositivos comutadores
eletromecânicos. Nas proximidades de um eletroímã é
instalada uma armadura móvel que tem por finalidade
abrir ou fechar um jogo de contatos. Quando a bobina
é percorrida por uma corrente elétrica é criado um
campo magnético que atua sobre a armadura,
atraindo-a. Nesta atração ocorre um movimento que
ativa os contatos, os quais podem ser abertos, fechados
ou comutados, dependendo de sua posição, conforme
mostra a figura.
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Relés
60. Cont…
Podemos controlar circuitos de características
completamente diferentes usando relés: um relé, cuja
bobina seja energizada com apenas 5, 6 ou 12V, pode
perfeitamente controlar circuitos de tensões mais altas
como 110V ou 220V. Abaixo você encontra alguns
modelos reais de relés.
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61. Cont…
Em um esquema eletrônico identificamos os relés pelo
seu símbolo, conforme o número de pinos e contatos
NA e NF. Os relés são dotados de contatos, que podem
ser do tipo normalmente abertos NA e do tipo
normalmente fechado NF. Abaixo você encontra
algumas formas simbólicas para os relés
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62. Aula pratica
Identificando os componentes eletrônicos em um
circuito
Agora vamos colocar em prática o conteúdo visto até
aqui, utilizando alguns exemplos de circuitos
eletrônicos, iremos identificar os componentes em
seus respectivos circuitos.
O objetivo principal desta etapa é fazer com que você
se familiarize com os componentes eletrônicos em um
esquema eletrônico real, aprendendo a identificar os
componentes e compreendendo as conexões do
esquema, para que posteriormente você possa utiliza-
lo nas montagens eletrônicas.
01-03-2017 Escola Superior de Ciencias Nauticas 62