Este documento descreve o tratamento de uma ferida em um paciente idoso utilizando magnetoterapia. A magnetoterapia ajudou a acelerar o processo de cicatrização, reduzindo a dor, inflamação e edema na ferida em cerca de 10 semanas de tratamento. A magnetoterapia é uma técnica alternativa promissora para o tratamento de feridas por ser indolor, de baixo custo e ter resultados rápidos.
Acupuntura estética corporal protocolo aplicado à redução abdominal
TRATAMENTO DE FERIDA COM MAGNETOTERAPIA
1. TRATAMENTO DE FERIDA
COM MAGNETOTERAPIA
SOARES: Tereza Cristina Marcelino¹
¹Enfermeira; pós graduada em pacientes criticos e Acupuntura;, Associada a ABENAH: Associação Brasileira de
Enfermeiros Acupunturista e Enfermeiros de Práticas Integrativas; membro do NUPESENF: Nucleo de pesquisa da UFRJ;
coordenadora da comissão de ética do COREN-RJ. e-mail: terezacriss@gmail.com
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RESUMO:
O tratamento de ferida com magnetoterapia está fundamentado no magnetismo, que é a parte
da física que estuda os fenômenos relacionados aos imãs e os corpos que lhe são afins,
equilibrando o PH do organismo. Ao criar um campo magnético de energia, este auxilia no
equilíbrio do corpo restaurando a cicatrização, que é um processo sistêmico que dependerá do
organismo como um todo de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Trata-se de
um relato de experiência, descrevendo a escolha por um curativo mais eficiente e a
implementação de procedimentos para a utilização da técnica alternativa com magnetoterapia,
com intuito de provar o aumento de sua eficácia, diminuindo o tempo de cicatrização e o
estresse do paciente. Um dos preceitos da enfermagem é ajudar o indivíduo e coletividade
cabendo ao mesmo esclarecer e orientar quanto ao uso da magnetoterapia em seu tratamento
que não necessita de tempo para recuperação, o custo é baixo e indolor, não possui efeitos
colaterais e os resultados são rápidos.
Palavras Chaves: Feridas, Terapias Alternativas, Enfermagem.
ABSTRAT
The treatment of wound with magnet therapy is based on magnetism, which is the part of
physics that studies the phenomena related to the imams and the bodies which are related,
guardian-brando the PH of the body. To create a magnetic field of energy, this helps in
equilí-brio of the body restoring the healing, which is a systemic process that depends on the
or-ganismo as a whole according to traditional Chinese medicine (TCM). This is an account
of experience, describing the choice by a bandage more efficient and the implementation of
procedures for the use of alternative technique with magnet therapy, in order to prove your
effectiveness increases, decreasing the time of healing and patient stress. One of the precepts
of nursing is to help the individual and collective and even clarify and guide on the use of
magnetotherapy in treatment that does not require your time for recovery, the cost is low and
painless, has no side effects and the results are fast.
Keywords: Wounds, Alternative Therapies, Nursing.
2. INTRODUÇÃO
A Pele é o maior órgão do corpo, indispensável para a vida humana e fundamental para o
perfeito funcionamento fisiológico do organismo. Como qualquer outro órgão, está sujeito a sofrer
agressões oriundas de fatores patológicos intrínsecos e extrínsecos que irão causar o
desenvolvimento de alterações na sua constituição como, por exemplo, as feridas cutâneas, podendo
levar à sua incapacidade funcional (BALAN, 2006).
A anatomia e fisiologia da pele são essenciais para a classificação de ferida segundo as fases
de estadiamento utilizado para avaliar e documentar o grau de destruição tecidual. A pele é
constituída de duas camadas principais a epiderme e a derme, cada uma é composta de tipos de
tecidos diferente e tem função diferente (HESS, 2002).
Para Souza (2005) o enfermeiro deve se concentrar na avaliação holística do paciente, ou
seja, em seu estado nutricional, emocional, psicossocial e ambiental evitando focar-se apenas na
ferida, cabendo-lhe tirar dúvidas e esclarecer a importância de hábitos de vida saudáveis como
higiene e controle rigoroso de doenças de base.
Com base na avaliação holística há várias técnicas de terapia alternativas, para o tratamento
de feridas como nesse estudo foi enfatizado a magnetoterapia, que consiste na utilização de
magnetos. O conceito de magnetismo é muito antigo, a mais ou menos 200 anos a.C., no Egito
antigo, China e Índia, sendo utilizado para a cura de doenças inflamatórias e enfermidades dolorosas.
Estudos sobre as propriedades dos magnetos continuaram por muitos séculos, com Aureolus
Philippus Paracelso (1493-1541), que utilizou os magnetos para a cura de muitos processos
inflamatórios (TAVARES, 2016).
No fim do século 18, Faraday abriu caminho para uma nova concepção científica da
associação da corrente elétrica e do magnetismo, estudando os efeitos dos campos eletromagnéticos
(SOUZA, 2005).
Os estudos relacionados aos campos eletromagnéticos aumentaram nos últimos 20 anos.
Hoje, as nações industrializadas de todo o mundo, bem como as universidades e institutos científicos,
empreendem a pesquisa no magnetismo e em sua exploração terapêutica (TAVARES,2016).
O presente estudo teve como objetivo descrever e avaliar a realização de curativo utilizando a
magnetoterapia, apoiando-se na recomendação do Ministério da Saúde, que e 2006, instituiu a
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), sobre a adoção de práticas
envolvendo justificativas de natureza política, técnica, econômica, sociocultural, atuando nos campos
3. da prevenção de agravos e da promoção da saúde baseada no modelo de atenção humanizada e
integralizada, contribuindo para o fortalecimento dos princípios fundamentais do Sistema Único de
Saúde (BRASIL, 2006).
METODOLOGIA
Relato de experiência descrevendo a escolha por um curativo mais eficiente e a
implementação de procedimentos para a utilização da técnica alternativa com magnetoterapia, com
intuito de provar o aumento de sua eficácia, diminuindo o tempo de cicatrização e o estresse do
paciente.
Esse trabalho foi realizado com a permissão do paciente e apresenta fragilidades por ser o
primeiro caso em que foi aplicado a técnica de magnetoterapia pela autora.
O tratamento é feito através da aplicação de campo magnético (colocação de imãs, seja de
ferrite ou neodímio), nas áreas afetadas, nas extremidades do corpo ou ainda em pontos de
acupunturas. A magnetoterapia regenera as células lesionadas melhorando a cinética enzimática e
repolarizando as membranas celulares, produzindo uma ação antistress promovendo uma aceleração
de todos os fenômenos reparadores com nítida ação bio-regenerante, anti-inflamatória,
anti-edematosa, antálgica e sem efeitos colaterais. É uma forma de tratamento que utiliza a energia
magnética para uma cura eficaz, segura e não invasiva, com o intuito de recuperar e manter a saúde,
bem como aliviar um quadro de dor crônica ou aguda ou ainda um desequilíbrio energético que
culmine com uma determinada patologia (TAVARES,20016).
É indicada nos casos que sejam necessários a regeneração tecidual por lesões de natureza
diversas, beneficiando com alivio a dor atuando como analgésico potente, acelerando em 50% a
cicatrização, estimulando reações bioquímicas intra e intercelular, oxigenando e nutrindo os tecidos,
reduzindo as inflamações, reduzindo o edema e melhorando a fluxo capilar, reduzindo o hematoma
causado por traumas, regenerando as células sem energias. A magnetoterapis atua ainda nos sistemas
ósseo, muscular, respiratório, nervoso e circulatório, produzindo um efeito curativo e analgésico
(TAVARES,20016). .
4. DISCUSSÃO
O paciente S.R.T.A de 68 anos, compareceu ao consultório em fevereiro de 2017, com uma
ferida em membro inferior direito, relatando que a mais ou menos vinte dias atrás uma taboa caiu
acidentalmente sobre sua perna, apresentou um sangramento intenso, encaminhado ao hospital. Foi
imediatamente atendido porque o ferimento sangrava muito, sendo suturada e o médico prescreveu
um anti-inflamatório “noraflaxacino” e curativo local com soro fisiológico e a pomada “nebacitim”.
Retornado com dez dias para retirada dos pontos que aparentemente estava cicatrizado. Após
três dias da retirado dos pontos o ferimento abriu com muita secreção, odor fétido e sinal flogistico,
foi encaminhado para comissão de curativo que avaliou e iniciando um processo de curativos
complementares. Um amigo do paciente orientou que ele procurasse um tratamento alternativo
como, por exemplo, acupuntura. Ao avalia-lo, na anamnese, relatou não ser diabético só hipertenso,
sua preocupação é por ser portador de insuficiência venosa profunda por ter sido fumante a mais de
quarenta anos e já parou de fumar há trinta anos, faz acompanhamento com um cirurgião vascular e
toma a medicação “vasogard” para revascularizar os membros inferiores. Esse relato foi
determinante para iniciar o tratamento com magnetoterapia.
Realiza-se o curativo convencional que é o conjunto de medidas destinadas a tratar a ferida,
para absorver drenagens, controlar sangramento, proteger contra danos externos. Mantendo os
medicamentos lacais prescritos, o local úmido, ocluindo com gaze, os magnetos e atadura3
. Fazendo
com que regenere as células lesionadas melhorando a cinética enzimática e repolarizando as
membranas celulares; além disso, produz uma aceleração de todos os fenómenos reparadores com
nítida ação, anti-inflamatória, antiedematosa, antálgica, sem efeitos colaterais. É uma cura eficaz,
segura e não invasiva. Os campos magnéticos interagem com as células promovendo a recuperação
das condições fisiológicas de equilíbrio. É indicada nos casos em que é necessário estimular a
regeneração dos tecidos após eventos lesivos de natureza diferente.
Segundo Tavares (20016), o magneto ativa a circulação e a oxigenação do sangue – reduz os
íons de hidrogênio normalizando o PH, atraindo o oxigênio, inibindo a proliferação de bactéria.
Usada largamente no tratamento de patologias vasculares e musculoesqueléticas, incluindo lesões de
tecidos moles. Já foi constatado através de estudos que a exposição ao campo magnético estático
pode ter um efeito imediato de modulação na micro vascularização, agindo para normalizar a função
vascular aliviando a dor por ser um método não medicamentoso, rápido e fácil que pode
5. potencialmente ajudar em tratamentos de doenças aguda ou crônicas; atuando no nível das
membranas celulares tornando-as mais receptivas. Isto conduz a restaurar o correto potencial de
membrana que é fundamental para assegurar o aporte de nutrientes no interior da célula; a nível de
órgãos e estruturas anatômicas estes efeitos traduzem-se em analgesia, redução da inflamação,
estímulo para a reabsorção dos edemas e além disso, os campos magnéticos de baixa frequência têm
um efeito especial de estimulação da migração dos íons de Cálcio no interior dos tecidos ósseos,
conseguindo promover a consolidação da massa óssea e promover a reparação das fraturas.
Os Magnetos são determinados por GAUSS de varias potencias e é determinante ao
tratamento, o profissional tem que ter amplo conhecimento dessas potências para não causar lesões
ao paciente. Há dois tipos de imãs o de Ferrite e o Neodímio cria um campo de energia ajudando a
restaurar o sincronismo ou estado de equilíbrio energético do corpo, de acordo com a Medicina
Chinesa Tradicional, o polo norte é Yin, sedação vaso contricção, inibe a proliferação de bactéria e o
polo sul e Yang, tonificação vaso dilatação fortalece o processo biológico, estímulo energético
(HESS, 2002).
INICIO DO TRATAMENTO:
● Fotos apresentada pelo paciente, antes da infecção, ainda com a sutura e após os três dias já
com a infecção.
● Dia 15/02/2017. Primeiro dia da consulta. Foi realizado um desbridamento mecânico e após,
tratamento com magnetoterapia com a utilização do magneto “mega” polo norte por oito
horas diárias por uma semana. Por ser vaso constritor, alivia a dor e relaxava a musculatura,
diminuindo a inflamação clássica os sinais flogísticos, bem como o edema (TAVARES,
2016).
6. ● Dia 22/02/2017, após uma semana do tratamento com o magneto “mega”, diminuiu o
processo inflamatório, iniciou a formação do tecido granulação, dando continuidade com o
magneto “Gold” ainda no polo norte agora ao redou da ferida, por mais uma semana. O
paciente não se queixava mais de dor local e não havia mais sinal flogístico.
● Dia 01/03/2017, após a terceira semana sem presença de infecção iniciei o tratamento com o
polo sul, com o mesmo protocolo já citado anteriormente, magneto “mega” por mais uma
semana, oito horas por dia e posteriormente o magneto “Gold” polo Sul, ao redor da ferida
por mais uma semana.
7. ● Todo o tratamento durou aproximadamente dez semanas.
8. CONCLUSÃO
O Estudo demonstrou que os profissionais de enfermagem vêm elaborando rotinas cada vez
mais aperfeiçoadas de cuidados com a pele as feridas, buscando adequá-las às melhores práticas
clínicas e aos diversos ambientes de cuidados e populações de paciente.
A estrutura dessas rotinas exige considerações e reflexão cuidadosas, pois é necessário que
elas incorporem tanto a arte quanto a ciência do cuidado. A arte e a ciência são os requinto básicos
para a resolução de uma ferida, têm impacto direto sobre os resultados para o paciente, sejam eles
clínicos ou financeiros. Paralelamente ao tratamento da ferida, o paciente pode apresentar problemas
que interferem no processo de cicatrização como idade e o seu estado nutricional, que se estiver
comprometido dificulta o processo de cicatrização prolongando seu tratamento.
A assistência de enfermagem se alicerça no desenvolvimento de ajuda ao indivíduo e
coletividade, cabendo esclarecer e orientar quanto ao uso da magnetoterapia em seu tratamento, que
além de ser praticamente indolor, não necessita de tempo para recuperação o custo é baixo, não
possui efeitos colaterais e os resultados são rápidos.
Porém novos estudos ainda precisam ser produzidos para servir de subsídios para a prática do
cuidar em magnetoterapia.
REFERÊNCIAS:
1 - BALAN, M. Guia Terapêutico para Tratamento de Feridas: Editora Difusão, 1º edição
2006.
2 – SOUZA, M. M. Uma Maneira Natural para manter e recuperar a saúde: Editora
IBRAQUI, 2º edição, 2005.
3 – HESS, C.T. Tratamento de Feridas e Úlceras: Editora Reichmann & Affonso, 4º adição,
2002.
4 - TAVARES , L.J.R. Magnetoterapia clínica: Uma alternativa eficaz para tratamento
diverso: Editora Comunnicar, 2016.
5- BRASIL. Política Nacional de Prática Integrada e Complementares (PNPIC) no
Sistema Única de Saúde. Instituída pela Portaria do Ministério da Saúde: Nº 971, de 03 de
maio de 2006. Brasília 2006.