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MOTIVAÇÃO: A FALTA QUE ELA FAZ!
Não tenho a mínima ideia de quantos artigos, livros, vídeos e palestras que envolvem,
discutem e explicam o fator motivacional como combustível para as ações das pessoas.
Todos os dias somos bombardeados pelo tema e de alguma forma tomamos conhecimento
da importância de estarmos motivados em todas as áreas. Por isso, resolvi abordar esse
assunto para marcar meu retorno, depois de alguns anos, nos quais não consegui por
diversos motivos, escrever da forma como eu sempre gostei.
Poderia tentar explicá-los, pois sei perfeitamente o que ocorreu, seja na vida pessoal ou
profissional. Problemas ligados à saúde, perdas familiares, stress, falta de tempo, e tantos
outros, que ficaria difícil listar e explicar cada um. Porém, ao analisar o que me fez ficar
sem aquela energia que me impulsionava e enchia minha cabeça de temas que gostaria de
abordar, descobri que estava realmente sem motivação. Comecei a pensar na importância
dessa palavra quando realmente sua falta nos atinge de uma forma quase silenciosa, nos
paralisando e deixando totalmente sem ação para muitas coisas. Percebi que a gente
começa então a encontrar “desculpas” e vamos alimentando esse sentimento que passa a
ser natural, porém, pode ser muito perigoso se não conseguirmos resgatar a energia que
nos move.
Todos nós já sabemos o significado da palavra motivação, que é motivo para a ação, ou
seja, precisamos em todos os momentos de alguma coisa que nos faça ter vontade de agir,
saindo do estado de paralisia que a desmotivação pode nos colocar sem a gente perceber.
Comecei a pensar nos motivos que me impulsionavam sempre que eu tinha algum projeto
em mente e o colocava em prática, conquistando vitórias. Vasculhando um pouco a
“gaveta” da minha vida, encontrei algumas particularidades que me fizeram entender o que
se passava comigo, e que muitas vezes eu não tinha a mínima noção de que eu poderia
reverter a situação.
Muitas pessoas têm o péssimo hábito de colocar a culpa de sua desmotivação nas
pessoas que as cercam, no salário, na empresa na qual trabalha, nos colegas, na família,
na falta de tempo, no clima, e por aí vai. Enquanto isso deixa para trás uma grande
oportunidade de fazer coisas que lhes darão prazer e que renovarão a energia. Começam
a colocar a responsabilidade de sua felicidade nas mãos de outras pessoas, se frustrando
quando elas não correspondem a isso, cobrando do outro que as complete, que as façam
felizes, pensando que somente assim estarão vivas de verdade!
Com isso, deixam de investir seu tempo e energia naquilo que vale a pena, deixando de
vivenciar outras coisas que poderiam ser feitas, caindo em um estado de paralisia e
tristeza que são capazes de roubá-las delas mesmas.
Para ajudar no entendimento desse “sequestro” que sofremos em nossa vida, vou
comentar algumas partes de um livro que gosto muito pois ajuda-nos a compreender o
processo de culpa que temos nas coisas e pessoas que nos roubam de nossos objetivos:
QUEM ME ROUBOU DE MIM – O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa,
de Padre Fábio de Melo. Logo na primeira página, uma frase já chama a atenção: “Há
pessoas que nos roubam... Há pessoas que nos devolvem”. Antes de iniciar a leitura,
pensei no sentido dessa frase para as nossas relações pessoais e profissionais,
lembrando-me de pessoas que passaram por minha vida. Quantas foram importantes,
marcaram de fato e fizeram toda a diferença através de cada palavra e gestos que me
deixaram triste ou alegre. Continuando, o autor escreve na apresentação do livro, sobre as
dores da vida que são muitas, fazendo-o eleger uma delas: o sequestro da subjetividade.
“Um roubo silencioso que nos leva de nós; acontecimento comum, mas não noticiado, que
fragiliza e impossibilita o ser humano de viver a realização para a qual foi feito.” Aqui já
podemos verificar o perigo de tirarmos o foco de nossa vida, onde a coisa mais importante
a se fazer é não deixarmos que nada nos desmotive. O ano novo começou há poucos dias,
e as palavras mais escritas e ditas pelas pessoas foram: esperança, renovação, paz,
metas, desejos, renascimento, entre outas. Bastou que as festas terminassem para que o
foco das palavras mudasse para: tristeza, cansaço, desmotivação, etc, deixando de lado
toda a energia que havia sido canalizada tornando-se o combustível para levar adiante os
projetos e sonhos de uma vida inteira. Volto aqui a um capítulo do livro citado: - O
sequestro do corpo: a trama do esquecimento dos significados. - Nele, Padre Fábio de
Melo escreve que “o sequestro do corpo é uma privação total e absoluta daquilo que
chamamos de “horizonte de sentido”; o nosso mundo, esse particular, mas integrado ao
grande mundo, está solidificado a partir de significados e significantes que constituem o
nosso horizonte do sentido”.
Nosso corpo é muito bem preparado para receber todas as informações internas e
externas que fazem com tudo funcionem bem ou não. Quando estamos motivados, tudo
parece fazer sentido, queremos acordar cedo, caminhar, fazer exercícios, estamos sempre
sorrindo e às vezes nos pegamos até falando sozinhos. Mas se alguma coisa não estiver
bem, fatalmente o corpo responde à essa carga negativa de energia e a tendência é nos
prostrarmos, deixando-nos levar à um estado de desânimo capaz de nos jogar na cama,
sem vontade de fazer nada.
Ainda nesse capítulo do livro está escrito que “na vida, estamos constantemente
descobrindo o que nos faz buscar nossa inteireza. A metáfora é interessante e pode nos
ajudar a compreender melhor: o mosaico é feito de partes; essas partes se conjugam e
compõem uma única peça. São inúmeros e pequenos significados que constroem a trama
do mosaico. A pequena peça é fundamental para a construção do todo, e por isso não
pode ser negada, separada. Assim somos nós”.
Com certeza, quando estamos desmotivados, parece realmente que falta um pedaço que
não está encaixado mais e ficamos “partidos”, fragilizados pelo desânimo que toma conta
de cada momento deixando-nos paralisados e sem vontade nenhuma de fazer alguma
coisa. Por isso, é muito importante reconhecer o que está causando isso, e tomar uma
atitude para que a carga de energia seja reativada, pois o tempo não para, não espera por
ninguém.
Devemos fazer de cada perda ou obstáculo um aprendizado, jogar fora o velho para dar
lugar ao novo, renascer das cinzas como a Fênix, gostar mais de nós mesmos, cuidar de
todos os aspectos: físicos, mental, espiritual e social, trazendo para nosso convívio
pessoas que realmente nos elevem, nos façam bem, nos façam sorrir, além de ter uma
grande certeza: nós somos responsáveis pela felicidade que tanto queremos, e enquanto
colocarmos isso como uma responsabilidade de terceiros, qualquer frustração será um
fator que nos desmotivará.
Temos que conseguir enxergar todos os dias um motivo para levantarmos bem cedo e
viver intensamente a oportunidade que nos foi dada, tendo uma visão de futuro e um plano
de ação para conquistarmos nossos objetivos, canalizando a energia necessária para nos
levar ao encontro de tudo aquilo que queremos para nossa plena felicidade.
Termino com a célebre de Joel Barker que acho essencial para pensarmos sobre a
importância de olharmos para frente, caminhando para o sucesso sempre: “Uma visão sem
ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo. Mas uma visão com
ação pode mudar o mundo”!

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  • 1. MOTIVAÇÃO: A FALTA QUE ELA FAZ! Não tenho a mínima ideia de quantos artigos, livros, vídeos e palestras que envolvem, discutem e explicam o fator motivacional como combustível para as ações das pessoas. Todos os dias somos bombardeados pelo tema e de alguma forma tomamos conhecimento da importância de estarmos motivados em todas as áreas. Por isso, resolvi abordar esse assunto para marcar meu retorno, depois de alguns anos, nos quais não consegui por diversos motivos, escrever da forma como eu sempre gostei. Poderia tentar explicá-los, pois sei perfeitamente o que ocorreu, seja na vida pessoal ou profissional. Problemas ligados à saúde, perdas familiares, stress, falta de tempo, e tantos outros, que ficaria difícil listar e explicar cada um. Porém, ao analisar o que me fez ficar sem aquela energia que me impulsionava e enchia minha cabeça de temas que gostaria de abordar, descobri que estava realmente sem motivação. Comecei a pensar na importância dessa palavra quando realmente sua falta nos atinge de uma forma quase silenciosa, nos paralisando e deixando totalmente sem ação para muitas coisas. Percebi que a gente começa então a encontrar “desculpas” e vamos alimentando esse sentimento que passa a ser natural, porém, pode ser muito perigoso se não conseguirmos resgatar a energia que nos move. Todos nós já sabemos o significado da palavra motivação, que é motivo para a ação, ou seja, precisamos em todos os momentos de alguma coisa que nos faça ter vontade de agir, saindo do estado de paralisia que a desmotivação pode nos colocar sem a gente perceber. Comecei a pensar nos motivos que me impulsionavam sempre que eu tinha algum projeto em mente e o colocava em prática, conquistando vitórias. Vasculhando um pouco a “gaveta” da minha vida, encontrei algumas particularidades que me fizeram entender o que se passava comigo, e que muitas vezes eu não tinha a mínima noção de que eu poderia reverter a situação. Muitas pessoas têm o péssimo hábito de colocar a culpa de sua desmotivação nas pessoas que as cercam, no salário, na empresa na qual trabalha, nos colegas, na família, na falta de tempo, no clima, e por aí vai. Enquanto isso deixa para trás uma grande oportunidade de fazer coisas que lhes darão prazer e que renovarão a energia. Começam a colocar a responsabilidade de sua felicidade nas mãos de outras pessoas, se frustrando quando elas não correspondem a isso, cobrando do outro que as complete, que as façam felizes, pensando que somente assim estarão vivas de verdade! Com isso, deixam de investir seu tempo e energia naquilo que vale a pena, deixando de vivenciar outras coisas que poderiam ser feitas, caindo em um estado de paralisia e tristeza que são capazes de roubá-las delas mesmas. Para ajudar no entendimento desse “sequestro” que sofremos em nossa vida, vou comentar algumas partes de um livro que gosto muito pois ajuda-nos a compreender o processo de culpa que temos nas coisas e pessoas que nos roubam de nossos objetivos: QUEM ME ROUBOU DE MIM – O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa, de Padre Fábio de Melo. Logo na primeira página, uma frase já chama a atenção: “Há pessoas que nos roubam... Há pessoas que nos devolvem”. Antes de iniciar a leitura, pensei no sentido dessa frase para as nossas relações pessoais e profissionais, lembrando-me de pessoas que passaram por minha vida. Quantas foram importantes, marcaram de fato e fizeram toda a diferença através de cada palavra e gestos que me deixaram triste ou alegre. Continuando, o autor escreve na apresentação do livro, sobre as dores da vida que são muitas, fazendo-o eleger uma delas: o sequestro da subjetividade. “Um roubo silencioso que nos leva de nós; acontecimento comum, mas não noticiado, que fragiliza e impossibilita o ser humano de viver a realização para a qual foi feito.” Aqui já podemos verificar o perigo de tirarmos o foco de nossa vida, onde a coisa mais importante
  • 2. a se fazer é não deixarmos que nada nos desmotive. O ano novo começou há poucos dias, e as palavras mais escritas e ditas pelas pessoas foram: esperança, renovação, paz, metas, desejos, renascimento, entre outas. Bastou que as festas terminassem para que o foco das palavras mudasse para: tristeza, cansaço, desmotivação, etc, deixando de lado toda a energia que havia sido canalizada tornando-se o combustível para levar adiante os projetos e sonhos de uma vida inteira. Volto aqui a um capítulo do livro citado: - O sequestro do corpo: a trama do esquecimento dos significados. - Nele, Padre Fábio de Melo escreve que “o sequestro do corpo é uma privação total e absoluta daquilo que chamamos de “horizonte de sentido”; o nosso mundo, esse particular, mas integrado ao grande mundo, está solidificado a partir de significados e significantes que constituem o nosso horizonte do sentido”. Nosso corpo é muito bem preparado para receber todas as informações internas e externas que fazem com tudo funcionem bem ou não. Quando estamos motivados, tudo parece fazer sentido, queremos acordar cedo, caminhar, fazer exercícios, estamos sempre sorrindo e às vezes nos pegamos até falando sozinhos. Mas se alguma coisa não estiver bem, fatalmente o corpo responde à essa carga negativa de energia e a tendência é nos prostrarmos, deixando-nos levar à um estado de desânimo capaz de nos jogar na cama, sem vontade de fazer nada. Ainda nesse capítulo do livro está escrito que “na vida, estamos constantemente descobrindo o que nos faz buscar nossa inteireza. A metáfora é interessante e pode nos ajudar a compreender melhor: o mosaico é feito de partes; essas partes se conjugam e compõem uma única peça. São inúmeros e pequenos significados que constroem a trama do mosaico. A pequena peça é fundamental para a construção do todo, e por isso não pode ser negada, separada. Assim somos nós”. Com certeza, quando estamos desmotivados, parece realmente que falta um pedaço que não está encaixado mais e ficamos “partidos”, fragilizados pelo desânimo que toma conta de cada momento deixando-nos paralisados e sem vontade nenhuma de fazer alguma coisa. Por isso, é muito importante reconhecer o que está causando isso, e tomar uma atitude para que a carga de energia seja reativada, pois o tempo não para, não espera por ninguém. Devemos fazer de cada perda ou obstáculo um aprendizado, jogar fora o velho para dar lugar ao novo, renascer das cinzas como a Fênix, gostar mais de nós mesmos, cuidar de todos os aspectos: físicos, mental, espiritual e social, trazendo para nosso convívio pessoas que realmente nos elevem, nos façam bem, nos façam sorrir, além de ter uma grande certeza: nós somos responsáveis pela felicidade que tanto queremos, e enquanto colocarmos isso como uma responsabilidade de terceiros, qualquer frustração será um fator que nos desmotivará. Temos que conseguir enxergar todos os dias um motivo para levantarmos bem cedo e viver intensamente a oportunidade que nos foi dada, tendo uma visão de futuro e um plano de ação para conquistarmos nossos objetivos, canalizando a energia necessária para nos levar ao encontro de tudo aquilo que queremos para nossa plena felicidade. Termino com a célebre de Joel Barker que acho essencial para pensarmos sobre a importância de olharmos para frente, caminhando para o sucesso sempre: “Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo. Mas uma visão com ação pode mudar o mundo”!