O documento discute o problema crescente do doping no esporte olímpico, com atletas buscando resultados através do uso indevido de drogas. Detalha alguns dos medicamentos usados, como efedrina, EPO, testosterona e seus efeitos colaterais negativos na saúde. Também mostra imagens de antes e depois do uso de substâncias por atletas.
2. A busca desenfreada pelas medalhas de ouro faz do estádio olímpico um verdadeiro campo de guerra, uma arena romana onde a busca de resultados é mais importante do que competir, contrariando a máxima do Barão de Courbertin, idealizador e mentor dos Jogos Olímpicos modernos em 1896, ano da 1ª Olimpíada da Era Moderna.
3. Atualmente, o problema central com que nos deparamos é o aumento espantoso dos casos de doping nos esportes, problema que preocupa o Comitê Central dos Jogos. Uso de medicamentos em busca de resultados e aumento de desempenho.
4. Atletas que se dopam não são, infelizmente, uma novidade. Nos jogos de 1904, o americano Thomas Hicks, vencedor da Maratona Olímpica, tomou doses cavalares de estricnina e conhaque para suportar o desgaste físico. Em 1960 o ciclista dinamarquês Knut Jensen morreu durante uma das maiores competições internacionais de ciclismo, o Giro Dítália, nessa época iniciou-se a era moderna do uso de doping. Este fato foi tão importante que o COI (Comitê Olímpico Internacional) a partir dessa data estabeleceu como obrigatório exames para controle de doping a todos os atletas que participavam em competições oficiais e principalmente nos Jogos Olímpicos.
5. Atualmente o uso de drogas para aumentar o desempenho físico está muito avançado e é difícil para a comissão médica do COI conhecer todas as artimanhas usadas pelas atletas. Até mesmo controles realizados de surpresas não conseguem surpreender os atletas que estão muito bem orientados para o uso das drogas - isso gera uma corrida contra o tempo e contra a habilidade de equipes de químicos, médicos e laboratórios que lucram enormemente em cima dos resultados dos atletas, principalmente se estes conquistam uma medalha olímpica. E se essa medalha for de ouro, então os lucros valem qualquer esforço e gasto realizados.
7. Efedrina: É um alcalóide isolado pela primeira vez na China em 1885. Efeitos colaterais: hipertensão, taquicardia, paranóia psicótica e depressão. Eritropoietina (EPO): A Eritropoietina é um hormônio sintético. Estudos americanos mostram que a EPO foi responsável pela morte de mais de 35 ciclistas profissionais, em virtude de problemas cardiovasculares resultantes do aumento da viscosidade do sangue. Efeitos colaterais: aumenta muito a viscosidade do sangue e possibilita maiores chances de ataque cardíaco.
8. Testosterona: Hormônio sexual masculino. Efeitos colaterais: hipertensão, esterilidade e atrofia dos testículos. Stanozolol: Esteróide anabolizante sintético. Efeitos colaterais: hipertrofia da próstata, arteriosclerose, disfunção hepática, redução da libido, câncer de fígado e atrofia dos testículos.
9. Nandrolona: Esteróide anabolizante sintético. Efeitos colaterais: crescimento das glândulas mamárias, câncer, problemas no ciclo menstrual. Furosemida: Diurético. Efeitos colaterais: desidratação acentuada, cólicas, náuseas e dor de cabeça.
10. DHEA: hormônio produzido pelo sistema adrenal do homem e da mulher, tendo como função ser o precursor gonadal e periférico da testosterona e do estrógeno. Alguns atletas usam esta substância para tentar aumentar a síntese de testosterona. Entretanto, na realidade, não existe um aumento significativo nas concentrações de testosterona pelo uso da DHEA.