Este documento resume vários livros de ficção e não ficção. Abrange temas como identidade, amizade, música, história, biografia e contos curtos. Menciona detalhes sobre enredos e personagens de cada obra literária resumida.
1. O Ano Sabático
De João Tordo
Edição/reimpressão: 2012
Editor: D.Quixote
É um magnífico romance sobre a identidade e o outro,
mas também sobre o amor fraternal e a amizade que
perdura mesmo quando tudo o resto parece ter ruído.
Depois de treze anos de vida desregrada no Québec,
Hugo, um contrabaixista de jazz, decide tirar um «ano
sabático» e regressar a Lisboa, onde espera reencontrar
o equilíbrio junto da família. Porém, logo numa das
primeiras noites, assiste ao concerto de Luís Stockman -
um pianista que se tornou recentemente famoso -, e a
almejada paz transforma-se no pior dos pesadelos:
Stockman toca um tema inédito que Hugo conhece bem
demais, pois é o mesmo que vem escrevendo há anos na
sua cabeça… Quando o começam a confundir na rua
com o pianista - e a própria mãe lança a dúvida sobre a
sua identidade -, Hugo encetará uma busca obsessiva da
verdade e do seu duplo, entrando num labirinto de
memórias e contradições que o conduzirá a um destino muito mais funesto do que
imaginara ao deixar Montreal. É nessa mesma cidade que Stockman desaparecerá,
curiosamente, mais tarde, segundo nos conta o seu melhor amigo - o narrador deste
romance - a quem cabe agora desmontar os acontecimentos, destrinçar fantasia e
realidade e enfrentar as assustadoras e macabras coincidências que unem, como
num espelho, a vida dos dois músicos.
O Tempo Entre Costuras
De María Dueñas
Edição/reimpressão: 2014
Editor: Porto Editora
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
Ensino Secundário - Leitura Autónoma.
"O Tempo entre Costuras" é a história de Sira Quiroga,
uma jovem modista empurrada pelo destino para um
arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e
alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para
missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour
e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e
derrotas, de conspirações históricas e políticas, de
espias. Um romance de ritmo imparável, costurado de
encontros e desencontros, que nos transporta, em
descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de
Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e
refugiados sem rumo. Mais de 450 000 livros vendidos em Espanha.
2. O Círculo Virtuoso
De Maria Isabel Barrento
Edição/reimpressão: 1996
Editor: Editorial Caminho
Cinco belos contos que Maria Isabel Barreno oferece aos
seus leitores. Este livro lê-se sem darmos conta que
chegámos ao fim. Para abrir o apetite aqui fica uma
passagem: «... num corpo jovem há uma alegria dos
ossos, uma alegria dos músculos, uma alegria da pele.
Uma alegria do movimento e uma alegria da imobilidade.
Para onde se esvai toda essa alegria, tão substancial,
tão essencial?»
***
Nunca se sabe qual é um e qual é outro, diziam as
vozes. Dizem que são apenas um só, ora homem ora
mulher, e um só permanecem mesmo quando estão
juntos.
***
Num corpo jovem há uma alegria dos ossos, uma alegria dos músculos, uma
alegria da pele. Uma alegria do movimento e uma alegria da imobilidade. Para
onde se esvai toda essa alegria, tão substancial, tão essencial?
O Dia Cinzento e Outros Contos
De Mário Dionísio
Edição/reimpressão: 2011
Editor: Europa-América
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, 9º
Ano de escolaridade - Leitura orientada na Sala de Aula -
Grau de dificuldade III
«Lembro-me perfeitamente de que, ao escrever O Dia
Cinzento, não me movia a mínima ambição ‘literária’, mas
outra, muito mais ambiciosa e mais ingénua, que era a de
acordar naqueles que o lessem a consciência da injustiça
social e a necessidade de agirem contra ela.» Eis as
palavras que Mário Dionísio nos deixa no prefácio desta
antologia e que resumem o espírito de uma obra pouco
ou nada aclamada, aquando da sua publicação, mas que
o passar do tempo tornou uma das mais aplaudidas da
nossa literatura.
Em 1944, O Dia Cinzento surge numa época de medo,
desalento e desesperança, em que as palavras eram censuradas e os sonhos
reprimidos. Talvez por isso estas histórias de vidas banais tenham passado
despercebidas e o seu verdadeiro propósito não tenha sido reconhecido. Já em
1967, O Dia Cinzento é de novo publicado, mas desta vez com Outros Contos,
escritos na mesma década e que completam este volume de pequenas
narrativas sobre pessoas comuns e dispersas, mas que, sem o saberem,
partilham a mesma angústia, a mesma tristeza e a mesma frustração de uma
vida desencantada, profundamente cinzenta…
3. Morreste-me
De José Luís Peixoto
Edição/reimpressão: 2009
Editor: Quetzal Editores
"Morreste-me", texto que deu a conhecer o jovem escritor
José Luís Peixoto, é uma obra intensa, avassaladora e
comovente: é o relato da morte do pai, o relato do luto, e
ao mesmo tempo uma homenagem, uma memória
redentora. Um livro de culto há muito tempo indisponível
no mercado português.
O Filósofo e o Lobo
De Mark Rowlands
Edição/reimpressão: 2008
Editor: Lua de Papel
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, 3º
Ciclo-Leitura Autónoma.
No dia em que Mark Rowlands comprou um lobo, teve a
sua primeira grande lição sobre a espécie: os lobos não
gostam de ficar sozinhos. Ao regressar a casa, encontrou-a
completamente destruída: dos forros do sofá, às tubagens
do ar condicionado, nada restava inteiro. Naquele dia, Mark
fez um pacto com Brenin: nunca mais o abandonaria.
Começava assim a estranha amizade de um professor de
filosofia, misógino e alcoólico, e o seu imponente lobo de
70 quilos. Não mais se separaram. Iam juntos para todo o
lado: os jogos de râguebi, as festas na universidade, e até
às aulas - onde Brenin ocasionalmente uivava, ao ouvir dissertações chatas
sobre filósofos herméticos. "O Filósofo e o Lobo" é a história real de uma
relação de doze anos entre um homem e um lobo. É um ensaio sobre o que
nos separa (e aproxima) dos animais, um tratado sobre a lealdade, o
companheirismo e o amor. Mas é também, acima de tudo, uma narrativa
comovedora, pungente, sobre o que significa ser-se humano - e sobre o que
podemos aprender com os lobos.
4. Meu Irmão
De Afonso Reis Cabral
Edição/reimpressão: 2014
Editor: Leya
Com a morte dos pais, é preciso decidir com quem fica
Miguel, o filho de 40 anos que nasceu com síndrome de
Down. É então que o irmão - um professor universitário
divorciado e misantropo - surpreende (e até certo ponto
alivia) a família, chamando a si a grande responsabilidade.
Tem apenas mais um ano do que Miguel, e a recordação do
afeto e da cumplicidade que ambos partilharam na infância
leva-o a
acreditar que a nova situação acabará por resgatá-lo da aridez em que se
transformou a sua vida e redimi-lo da culpa por tantos anos de afastamento.
Porém, a chegada de Miguel traz problemas inesperados - e o maior de todos
chama-se Luciana.
Numa casa de família, situada numa aldeia isolada do interior de Portugal, o
leitor assistirá à rememoração da vida em comum destes dois irmãos, incluindo
o estranho episódio que ameaçou de forma dramática o seu relacionamento.
O Meu Irmão, vencedor do Prémio LeYa 2014 por unanimidade, é um romance
notável e de grande maturidade literária que, tratando o tema sensível da
deficiência, nunca cede ao sentimentalismo, oferecendo-nos um retrato social
objetivo e muitas vezes até impiedoso.
A Nave de Pedra
De Fernando Namora
Edição: 1998
Editor: Publicações Europa-América
O País está emocionalmente exausto. A fadiga, ensina-o a
fisiologia, é um somatório de excessos, uma acumulação
de toxinas resultantes dos processos de desgaste. A
participação vibrante, que pode ser e é uma festa
realentadora, o motor que nos impulsionaria para rasgos de
que nos julgaríamos incapazes, a atmosfera solidarizante
que mistura o individuo no grupo, tecendo pontes entre
ilhéus de egoísmo, arrisca-se à degenerescência se, por
fim, se desbarata no gesto inútil, no verbo sonoroso mas
vazio, na deceção, ou naquele estado de confusionismo aturdidor onde já não
se distingue a boa da má semente. O ardor depressa descai no
desnorteamento ou na abulia, tal um coração corre do ímpeto à síncope,
quando passa do uso tonificante ao abuso letal. O sol e a chuva são a vida de
uma seara - ou a sua morte.
5. O Portão do Corvo
De Anthony Horowitz
Edição: 2007
Editor: Edições Gailivro
Matt Freeman é apanhado pela polícia durante um assalto
e enviado para Yorkshire, ao abrigo de um programa
governamental de recuperação de jovens delinquentes -
LEAA. Desde o primeiro momento, Matt sente que algo
muito estranho envolve a sua nova tutora e toda a aldeia.
Entretanto, o jovem rapaz descobre a existência de Os
Velhos, forças do mal tão antigas como a própria
Humanidade, que pretendem destruí-la. E só Matt os pode
impedir... Esta é a sua missão... é o preço por ser diferente...
e por ter o poder. Ninguém o quer ajudar, ninguém acredita nele, e quem o
faz... morre. Esta história dá corpo a uma perfeita fusão entre o Fantástico, o
Paranormal e o mais atual universo da Era atómica. Há ainda o dinamismo de
incursões através da Pré-História e ao fascinante mundo de criaturas tão
perigosas como os dinossauros. Da primeira à última página, ""O Portão do
Corvo"" envolve o leitor numa teia frenética de perguntas e respostas, como é o
ritmo da vida de Matt Freeman e da própria Humanidade. Em 2006, com O
Portão do Corvo, Horowitz recebeu três prémios: Lancashire Children`s Book of
the Year, Big Bishop Book Award e o Redbridge Children`s Book Award."
O centenário que fugiu pela janela e
desapareceu
de Jonas Jonasson
Edição/reimpressão: 2011
Editor: Porto Editora
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para os 7º, 8º e 9º anos de
escolaridade, destinado a leitura autónoma. Um romance
hilariante e um fenómeno internacional de vendas a
ler sem qualquer moderação!
No dia em que Allan Karlsson celebra 100 anos, toda a
cidade o aguarda para uma grande festa em sua honra.
Mas Allan tem outros planos... Morrer de velho? Sim, mas
não ali!
Munido de um par de chinelos gastos, joelhos empenados
e uma ousadia tremenda, Allan lança-se numa extraordinária aventura,
arrastado numa torrente de equívocos e golpes de sorte.
E ao mesmo tempo que acompanhamos a sua última viagem (ou será que
não?), conhecemos o seu passado, perdido entre guerras, explosões e
mulheres fatais - qual delas a mais perigosa!
Uma estreia literária impressionante que conquistou centenas de milhares de
fãs.
Críticas de imprensa
Humor negro, história do século XX e protagonistas irónicos capazes do
impossível: fazer-nos ansiar pela velhice! Uma receita absolutamente viciante.
Luís Filipe Borges
6. Novas Cartas Portuguesas
(Edição Anotada)
de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da
Costa, Maria Teresa Horta
Edição/reimpressão: 2010
Editor: Dom Quixote
«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da
freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como
um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril
(denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a
emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se
de uma invulgar originalidade e atualidade, do ponto de vista literário e social.
Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias
feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria quer), uma
vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros
narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»
Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução»
A Feira dos Assombrados e outras estórias
verdadeiras e inverosímeis
de José Eduardo Agualusa
Edição/reimpressão: 2010
Editor: Leya
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão
de leitura.
Publicado pela primeira vez em 1992, tem como cenário a
velha cidade do Dondo, às margens do rio Quanza, em Angola,
nos últimos dias do século XIX. Tudo começa com a descoberta de um
misterioso cadáver no rio Quanza e a partir desta descoberta, o Dondo, lugar
inteiramente apartado do mundo, vai mergulhar num estranho pesadelo. Uma
alegoria sobre a situação política e social de Angola.
7. Paisagem sem Barcos
de Maria Judite de Carvalho
Edição/reimpressão: 1990
Editor: Publicações Europa-América
Coleção: Século XX
A ideia nuclear na novelística de Maria Judite de Carvalho é a
de que a vida constitui «uma corrente sem fim de palavras
ditas e de palavras poupadas», noção que explica a
singularidade de cada criatura e o carácter dramático da
existência. Sendo inapreensível o verdadeiro ser de cada
homem, toda a vida humana é um conflito insanável em busca
de uma impossível felicidade».
A História da Astronomia e do Espaço
de Louie Stowell
Edição/reimpressão: 2011
Editor: Texto Editores
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º ciclo e Ensino Secundário,
destinado a leitura autónoma de Temas Científicos.
Quando olhas para o céu à noite, não estás só a ver estrelas.
A escuridão do espaço do espaço está repleta de objetos de
todos os tamanhos e formas, desde gigantescas e incandescentes estrelas a
minúsculas partículas de pó. Este livro explora os mistérios do espaço e
partilha os segredos da astronomia - a ciência que estuda os céus.
O Horizonte
de Patrick Modiano
Prémio Nobel da Literatura 2014
Edição/reimpressão: 2015
Editor: Porto Editora
Idioma: Português
O Horizonte - um horizonte carregado de esperança que faz
deste romance belíssimo uma obra peculiar dentro do universo
hipnótico de Patrick Modiano.
Jean Bosmans, um homem frágil perseguido pelo fantasma da
mãe, recorda a sua juventude e as pessoas que entretanto perdeu. Sobretudo
a enigmática Margaret Le Coz, a jovem mulher por quem se apaixonou nos já
longínquos anos 60 e que um dia misteriosamente desapareceu. Quarenta
anos depois, Bosmans parte à procura desse amor que a memória
teimosamente conservou.
8. Histórias Falsas
Livro de Bolso
de Gonçalo M. Tavares
Edição/reimpressão: 2010
Editor: BIS
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão
de leitura.
"Descia Mercator umas pequenas escadas quando deparou
com o filósofo, pobremente vestido, sentado no chão, contra a
parede, a comer lentilhas. Arrogante, mais do que era seu
costume, cheio de vaidade pela riqueza que ostentava, e pelo estômago farto,
disse, para Diógenes: - Se tivesses aprendido a bajular o rei, não precisavas de
comer lentilhas. E riu-se depois, troçando da pobreza evidenciada por
Diógenes. O filósofo, no entanto, olhou-o ainda com maior arrogância e altivez.
Já tivera à sua frente Alexandre, o Grande, quem era este, agora? Um simples
homem rico? Diógenes respondeu. À letra: - E tu - disse o filósofo - se tivesses
aprendido a comer lentilhas, não precisavas de bajular o rei."
O OUTRO QUE ERA EU
Novela
de Ruben Alves
Edição: Junho/1991
Editor: Assírio & Alvim
Para “Eu”, num mundo em que “a felicidade é tão relativa que
as pessoas comem sem gostar, amam sem saber,
envelhecem dentro de uma lei natural a que não podem fugir,
mesmo ao invocarem a tomada da cidade aos mouros”, não se
deveria estranhar que ser dois seja a sua maneira de estar no
mundo.
Em O Outro que Era Eu caracteriza-se uma pessoa que se
desintegrou, destituindo-se de si ao embarcar num outro, exatamente igual à
sua pessoa, mas com uma casa, um trabalho e uma amante em Lyon. Para
esta maleita não encontram cura os vários médicos especialistas, e a cidade,
sem uma explicação para tão estranho fenómeno, começa a perseguir o
doente, revistando-o, avisando o “Outro” dos seus movimentos e pedindo o
restabelecimento da pena de morte. A pouco e pouco, os amigos vão
abandonando “Eu” e a sua família retira-se discretamente, residindo a sua
última esperança na possibilidade de extradição do “Outro”.
9. 20 poemas de amor y una
canción desesperada
Pablo Neruda
Edição/reimpressão: 2012
Editor: Alianza editorial
En Veinte poemas de amor y una canción desesperada,
Neruda explora a us amada en el sexo y el placer, hasta
llegar a los límites de la hipérbole. Este poemario sensual
se divide en el presente del Eros y su evocación, al llegar a la desesperación
por la pérdida de la amada ideal al final del poemario.
Neruda se pregona como un cumplido y sabio amante, capaz de recrear
proezas sexuales y mantenerlas atemporalmente mientras su deseo sea
infinito.
Peregrinação Interior - Volume I
António Alçada Baptista
9ªedição 2002
Editor: Editorial Presença
Publicado pela primeira vez em 1971, este texto de
reflexões de António Alçada Baptista obteria de imediato
um sucesso invulgar. Em tom confessional Alçada Baptista
reflete, num livro que se lê como um romance, sobre si
mesmo, os outros, a sociedade, a política, a ideologia e a
religião, através de uma profunda ironia e de um
impressionante sentido afetivo. Desde há muito
ansiosamente aguardada, esta reedição surge agora
integrada na coleção «Grandes Narrativas» com um novo tratamento gráfico.
Uma obra indispensável a qualquer biblioteca…
Publicado pela primeira vez em 1971, este texto de reflexões de António
Alçada Baptista obteria de imediato um sucesso invulgar. Em tom confessional
Alçada Baptista reflete, num livro que se lê como um romance, sobre si mesmo,
os outros, a sociedade, a política, a ideologia e a religião, através...