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Indicadores Econômicos
SPC Brasil e CNDL
Dados Nacionais
Dados referentes a dezembro de 2014
SUMÁRIO
Release de Imprensa Erro! Indicador não definido..2
Visão Geral 5
Dívidas em atraso na base do SPC Brasil 9
Pessoas Físicas Inadimplentes 14
Número Médio de Dívidas 20
Metodologia dos Indicadores 20
Informações Relevantes 26
Presidentes
Honório Pinheiro (CNDL)
Roque Pellizzaro Junior (SPC Brasil)
2
Número de inadimplentes em dezembro
cresce 3,45%, aponta indicador SPC Brasil
Cinco em cada dez dívidas no país têm como credor algum banco ou financeira. O
comércio concentra 21% dos atrasos, seguido pelo setor de comunicação (16%)
No mês de dezembro, o volume de consumidores com contas em atraso cresceu
3,45% frente ao mesmo período de 2013, segundo dados do Indicador de
Inadimplência calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Trata-se do menor
crescimento apresentado para os meses de dezembro, desde o início da série
histórica, revisada em 2011. Os números de dezembro mostram que a
inadimplência do consumidor cresceu em um ritmo menos intenso, após o pico
registrado no mês de agosto, quando a variação havia ficado em 5,09%. A partir
desses números o SPC Brasil estima que aproximadamente 54,5 milhões de
consumidores terminaram o ano de 2014 com restrições no CPF por não terem
quitado dívidas.
Pessoas Inadimplentes
Variação anual (contra mesmo mês do ano anterior)
Fonte: SPC Brasil
Os dados na comparação com novembro de 2014, sem ajuste sazonal, também
mostram a inadimplência em queda no mês: o recuo foi de 0,94%. Esta queda
confirma as expectativas do SPC, por conta de um comportamento típico deste
período do ano: a injeção de capital extra com o pagamento do 13º salário e
3
incremento de vagas temporárias no mercado de trabalho favorecem o pagamento
das dívidas.
Segundo os economistas, embora os dados de menor crescimento na comparação
anual sejam interpretados aparentemente como números positivos, o crescimento
da inadimplência num menor ritmo tem como causa principal a baixa atividade
econômica do país e a maior seletividade na concessão de crédito. Para o SPC
Brasil, os bancos e os estabelecimentos comerciais passaram a conceder menos
crédito, fato que tem como consequência a redução dos riscos de calotes nas
compras parceladas. “As vendas de itens essencialmente ligados a crédito, como
móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção têm apresentado
franca desaceleração, desde o início de 2013”, afirma a economista-chefe do SPC
Brasil, Marcela Kawauti.
“Os dados foram fortemente influenciados pela perda de dinamismo da economia
brasileira, que deve apresentar crescimento próximo de zero no fechamento do
ano. O cenário adverso afetou os indicadores de emprego e da confiança do
consumidor e dos empresários. Soma-se, ainda, as taxas de juros em patamar
elevado ― inclusive com retomada do ciclo de alta em novembro ― e a inflação
resistente, que flertou com o teto da meta ao longo de todo o ano de 2014,
limitando o poder de compra dos consumidores”, explica a economista-chefe do
SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Bancos, comércio e idosos lideram ranking
De acordo com o indicador do SPC Brasil, cinco em cada dez dívidas pendentes
(46%) entre pessoas físicas no país têm como credor algum banco ou instituição
financeira. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que
concentra 21% do total de dívidas não pagas, seguido pelo setor de comunicação
(16%) – que engloba serviços de internet, televisão e telefonia. Os débitos com as
empresas concessionárias de serviços básicos como água e luz representam 7%
das dívidas não pagas no Brasil. Os demais setores juntos somam 10% das contas
pendentes.
4
Apesar da menor representatividade no total de dívidas em atraso no mês de
dezembro, foram justamente os setores de comunicação (16%) e de água e luz
(7%) que apresentaram o maior crescimento na variação anual na quantidade de
dívidas. Para a economista-chefe do SPC Brasil, o resultado é reflexo de uma
tendência crescente entre as concessionárias em negativar os consumidores
inadimplentes. “É uma forma de receber o débito mais rápido, antes da suspensão do
serviço”, explica.
Cenário para 2015
Para 2015 os economistas do SPC Brasil projetam um crescimento do número de
inadimplentes semelhante ao observado no ano passado, mas com viés de alta,
caso a atividade econômica não esboce recuperação e o mercado de trabalho sofra
com o corte de vagas.
Baixe o material completo e a série histórica em:
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
Informações à imprensa:
Guilherme de Almeida
(61) 8350 3942 | (61) 3049 9558
guilherme.dealmeida@inpresspni.com.br
Vinícius Bruno
(11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181
vinicius.bruno@inpressoficina.com.br
5
Visão Geral
Em linha com a sazonalidade típica dos meses de dezembro a inadimplência apurada pelo SPC
Brasil mostrou uma queda no mês. De acordo com as bases às quais o SPC Brasil tem acesso, o
número de devedores em atraso, na comparação mensal, recuou 0,94%. O total de dívidas
pendentes apresentou retração ainda mais intensa, de 1,62% na comparação com o mês anterior.
Os gráficos abaixo evidenciam que o comportamento de recuo da inadimplência acontece em
todos os meses de dezembro da série histórica, principalmente por conta da injeção de capital na
economia advindo do pagamento do abono de Natal1
.
Quantidade de Devedores Quantidade de Dívidas
Gráfico 1 - variação mensal (meses de dezembro) Gráfico 2 - variação mensal (meses de dezembro)
Fonte: SPC Brasil
Com relação ao tempo de atraso da dívida, a queda mensal da inadimplência se concentrou
naquelas com pendências por até 90 dias, que recuaram 8,76% com relação ao mês anterior. O
destaque na queda mensal das dívidas mais novas se deu por conta da queda na inadimplência de
Comércio (-10,38%) e Bancos (-9,20%). Ainda assim, estas representam uma participação pequena
em relação ao total, de apenas 7,62%, e tiveram contribuição negativa de apenas 0,72 p.p. para a
queda total de 1,62%.
Na comparação anual, os indicadores do SPC Brasil mostraram perda de fôlego, tendência que vem
se repetindo a partir de meados de 2014. Após atingir o pico de crescimento anual de 5,43% em
agosto de 2014, o indicador de dívidas em atraso apresentou recuos recorrentes até atingir um
crescimento de 3,19% em dezembro de 2014. O indicador de devedores com pendências também
recuou, e passou a 3,45% no mês de dezembro (em agosto a alta neste indicador era de 5,09%).
1
De acordo com estimativas do DIEESE, até dezembro de 2014, o pagamento do 13º salário injetou cerca de R$ 158 bilhões, o que
representa aproximadamente 3% do PIB Brasileiro.
6
Quantidade de Devedores Quantidade de Dívidas
Gráfico 3 - Variação anual (dez/14 vs dez/13) Gráfico 4 - Variação anual (dez/14 vs dez/13)
Fonte: SPC Brasil
Como já ressaltamos, a tendência de recuo nas variações anuais de inadimplência é
essencialmente positiva, mas tem componentes fortemente ligados à perda de dinamismo da
economia brasileira. Os números de concessão de crédito bancário divulgados pelo Banco Central
(e que correspondem a 46,39% do total de dívidas em atraso nas bases às quais o SPC Brasil tem
acesso) mostram de maneira recorrente que há uma diminuição nos financiamentos que se
acentuou a partir de agosto de 20132
. Também as vendas de itens essencialmente ligados a
crédito, como móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção, tem apresentado
franca desaceleração a partir do início de 20133
. Tais movimentos fazem com que haja uma base
menor de dívidas, e com menos dívidas a pagar, o número de inadimplentes fica menor.
Do lado das notícias ruins, os dados de 2014 também foram fortemente influenciados pela perda
de dinamismo da economia brasileira, que apresentou crescimento muito próximo de zero no ano4
.
O cenário ruim afetou os indicadores de emprego e confiança do consumidor. A isso se somou a
taxas de juros em patamar elevado (inclusive com retomada do ciclo de alta em novembro) e a
inflação que flertou com o teto da meta (6,5%) ao longo de todo o período, dificultando o
pagamento das contas pelo consumidor brasileiro. Esses fatores fizeram com que os indicadores de
inadimplência se mantivessem acima do ano passado, mantendo as variações anuais positivas
apesar da perda de fôlego.
Na abertura por tempo de atraso da dívida, destaca-se a alta de 8,99% nas dívidas em atraso de
181 a 360 dias e de 11,30% naquelas pendentes de 3 a 5 anos (em ambas as faixas etárias as
dívidas foram concentradas em Bancos e Comércio).
2
O estoque de crédito para PF, que crescia a 16% em agosto de 2013, desacelerou para um crescimento de 13,3% em novembro de
2014. O endividamento das famílias (em % da renda nos últimos 12 meses), que vinha crescendo de forma recorrente desde o início da
série histórica em 2005, vem se mantendo próximo a 46%, sem alteração significativa desde novembro de 2013.
3
De acordo com o IBGE, as vendas no varejo de Móveis e Eletrodomésticos que cresciam 11,8% no acumulado em 12 meses em janeiro
de 2013 desaceleraram a 1,5% em outubro de 2014. Tal desaceleração também foi vista nas vendas de Veículos (de 7,33% para -7,44%)
e de Materiais de Construção (de 7,72% para 0,99%).
4
De acordo com a estimativa da Pesquisa Focus do Banco Central do Brasil, o crescimento do PIB em 2014 deve ter ficado em 0,15%, o
pior resultado desde 2009 quando o PIB recuou 0,33%.
7
O número de inadimplentes registrados em serviços de proteção ao crédito terminou o ano em
54,5 milhões de acordo com estimativas5
do SPC Brasil. Vale ressaltar que este total inclui
inadimplentes em relação a todos os setores credores, o que engloba além de bancos, comércio,
contas de serviços básicos e contas de telefone.
Dívidas em Atraso
5
É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de proteção ao
crédito existentes no país. Ver a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi feita e quais são suas premissas.
Faixa Etária
jan/00 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14
Total -1,30% 0,17% -1,62% 2,49% 3,53% 3,19% 100,00% 100,00%
18 a 24 -1,76% -1,73% -3,00% 0,54% -7,02% -8,19% 12,24% 10,89%
25 a 29 -1,37% -0,48% -1,98% 0,94% 1,50% 0,88% 15,02% 14,68%
30 a 39 -1,34% 0,23% -1,57% 1,63% 3,47% 3,23% 29,01% 29,02%
40 a 49 -1,44% 0,51% -1,53% 1,21% 3,77% 3,67% 19,89% 19,98%
50 a 64 -1,30% 0,69% -1,45% 3,92% 4,83% 4,68% 15,62% 15,84%
65 a 84 -0,83% 1,33% -0,84% 7,48% 7,89% 7,88% 5,91% 6,18%
85 a 94 0,76% 1,75% -0,05% 12,31% 11,01% 10,12% 0,60% 0,64%
Variação mensal (em relação
ao mês anterior)
Variação anual (em relação ao
mesmo mês do ano anterior)
Participação no total de
dívidas em atraso do Brasil
Tempo de Atraso
dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14
Total -1,30% 0,17% -1,62% 2,49% 3,53% 3,19% 100,00% 100,00%
Até 90 dias -10,09% 2,25% -8,76% 3,59% 3,02% 4,55% 7,52% 7,62%
91 a 180 dias 1,57% -3,05% -0,71% 2,37% 0,23% -2,03% 7,53% 7,15%
181 a 360 dias -1,04% 1,33% -1,09% -0,87% 9,04% 8,99% 13,76% 14,53%
361 dias a 3 anos -0,81% -0,46% -2,28% 11,75% -1,77% -3,22% 43,25% 40,56%
3 a 5 anos -0,32% 0,72% 0,80% -8,02% 10,07% 11,30% 27,94% 30,14%
Variação mensal (em relação
ao mês anterior)
Variação anual (em relação ao
mesmo mês do ano anterior)
Participação no total de
dívidas em atraso do Brasil
Tempo de Atraso
dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14
Total -1,30% 0,17% -1,62% 2,49% 3,53% 3,19% 100,00% 100,00%
Água e Luz 2,43% 5,47% -0,64% 13,98% 11,07% 7,73% 7,05% 7,36%
Comércio -0,41% -0,59% -1,13% -0,10% -0,28% -1,01% 21,42% 20,55%
Comunicação -0,43% 1,73% 0,89% 6,21% 14,59% 16,11% 14,15% 15,92%
Bancos -2,54% -0,88% -3,00% 1,69% 2,51% 2,03% 46,92% 46,39%
Outros -1,05% 0,64% -0,76% -0,26% -3,84% -3,55% 10,45% 9,77%
Variação mensal (em relação
ao mês anterior)
Variação anual (em relação ao
mesmo mês do ano anterior)
Participação no total de
dívidas em atraso do Brasil
8
Pessoas Inadimplentes
Número Médio de Dívidas por Pessoa Física Inadimplente
Faixa Etária
jan/00 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14
Total -1,02% 0,06% -0,94% 3,68% 3,37% 3,45% 100,00% 100,00%
18 a 24 -2,41% -1,92% -2,31% -2,37% -8,93% -8,83% 11,31% 9,97%
25 a 29 -1,25% -0,61% -1,31% 1,30% 0,67% 0,60% 14,26% 13,87%
30 a 39 -1,04% 0,09% -0,91% 2,71% 2,79% 2,93% 27,00% 26,86%
40 a 49 -1,00% 0,35% -0,87% 2,63% 3,33% 3,47% 19,44% 19,44%
50 a 64 -0,81% 0,52% -0,80% 5,66% 4,75% 4,76% 16,91% 17,12%
65 a 84 -0,41% 0,98% -0,37% 8,23% 6,94% 6,98% 7,48% 7,73%
85 a 94 0,84% 1,51% 0,29% 12,62% 9,99% 9,39% 0,94% 0,99%
Variação mensal (em relação
ao mês anterior)
Variação anual (em relação ao
mesmo mês do ano anterior)
Participação no total de
dívidas em atraso do Brasil
Tempo de Atraso
dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14
Total -1,02% 0,06% -0,94% 3,68% 3,37% 3,45% 100,00% 100,00%
Até 90 dias -8,11% 1,54% -6,43% 6,43% 3,54% 5,44% 7,33% 7,47%
91 a 180 dias 0,73% -3,78% -0,26% 2,64% -2,94% -3,90% 6,59% 6,12%
181 a 360 dias -1,53% 0,87% -0,93% -42,47% 8,97% 9,64% 11,74% 12,44%
361 dias a 3 anos -0,68% -0,29% -1,50% 45,45% -1,34% -2,16% 39,50% 37,36%
3 a 5 anos 0,06% 0,51% 0,72% -2,09% 7,97% 8,68% 34,84% 36,61%
Variação mensal (em relação
ao mês anterior)
Variação anual (em relação ao
mesmo mês do ano anterior)
Participação no total de
dívidas em atraso do Brasil
Faixa Etária
dez/13 nov/14 dez/14
Total 2,08 2,09 2,08
18 a 24 2,25 2,28 2,27
25 a 29 2,19 2,21 2,20
30 a 39 2,24 2,26 2,24
40 a 49 2,13 2,15 2,13
50 a 64 1,92 1,93 1,92
65 a 84 1,65 1,67 1,66
85 a 94 1,34 1,35 1,35
Nº Médio de Dívidas Tempo de Atraso
dez/13 nov/14 dez/14
Total 2,08 2,09 2,08
Até 90 dias 2,13 2,17 2,12
91 a 180 dias 2,38 2,44 2,42
181 a 360 dias 2,44 2,43 2,43
361 dias a 3 anos 2,28 2,27 2,25
3 a 5 anos 1,67 1,71 1,71
Nº Médio de Dívidas
9
Dívidas em atraso na base do SPC Brasil
As dívidas registradas nas bases às quais o SPC Brasil tem acesso mostraram, em
dezembro, um recuo mensal de 1,62%, o maior desde o início de 2012. A queda no
indicador, apesar de mais intensa do que aquela notada nos anos recentes, repete uma
tendência verificada em todos os meses de dezembro desde o início da série histórica em
2010: o recuo da inadimplência na comparação mensal, impulsionados principalmente
pela injeção de recursos na economia dos abonos de Natal. Em dezembro de 2013 a
queda mensal havia sido de 1,30%.
Com relação à variação anual, o mês de dezembro manteve a perda de fôlego no
indicador de inadimplência, ainda que as dívidas em atraso tenham se mantido acima do
que foi registrado em 2013. A alta neste caso foi de 3,19%, abaixo dos 3,53% registrados
no mês de novembro.
Quantidade de Dívidas
Gráfico 5 - Variação mensal Gráfico 6 - Variação anual
Fonte: SPC Brasil.
Dívidas por faixa de tempo de atraso
A análise da abertura por tempo de atraso da dívida mostra que houve retração do
número de dívidas de todas as categorias na passagem de novembro para dezembro, com
exceção das pendências com mais de 3 anos. Destaque para as dívidas mais recentes, com
até 90 dias de atraso, cuja retração apresentada foi de -8,76%. A queda mensal das dívidas
com até 90 dias foi concentrada principalmente no recuo da inadimplência no Comércio (-
10,88%) e Bancos (-9,20%).
10
Quantidade de Dívidas por tempo de atraso
Gráfico 7 - Variação mensal Gráfico 8 - Variação anual
Fonte: SPC Brasil.
Quando se trata da base de comparação anual, seguindo a tendência observada no último
mês, as categorias de 3 a 5 anos e 181 a 360 dias de atraso foram aquelas que mostraram
maior crescimento do número de dívidas: a primeira com alta de 8,99% e a segunda de
11,3%. Ambas as categorias têm concentração principalmente de dívidas devidas a bancos
e ao setor de comércio (vide abaixo). Merece destaque, ainda, a retração de 3,22% nas
dívidas entre 361 dias a 3 anos e de 2,03% para aquelas entre 91 a 180 dias. Para esta
última categoria, tivemos a primeira queda anual desde outubro do último ano.
Em termos de participação, assim como nos relatórios anteriores, as pendências mais
antigas representam a maior parte da base: enquanto as dívidas com tempo superior a 3
anos constituem 30,14% do total, aquelas entre 361 dias e 3 anos participam com 40,56%.
Dessa forma, a maior contribuição para a alta anual de 3,19% da quantidade de dívidas no
país adveio das pendências com mais de 3 anos de atraso, que impactaram em 3,16 p.p..
O resultado se deve ao fato de a categoria ter apresentado o maior crescimento no
período, além de possuir a segunda maior participação junto ao total. A categoria de 181 a
360 dias de atraso mostrou a segunda maior contribuição, com um impacto de 1,24 p.p.
para o resultado final. Tal divisão apresentou a terceira maior participação e segunda
maior alta anual. Nesse sentido, destaca-se ainda o impacto positivo exercido pelas
dívidas com atraso entre 361 dias e 3 anos: ela reduziu em -1,39 p.p. a alta anual do
número de pendências no país.
11
Quantidade de Dívidas por tempo de atraso
Gráfico 9 - Participação junto ao total de dívidas Tabela 1 - Impactos sobre a variação anual total
em pontos percentuais
Total 3,19
Até 90 dias 0,34
91 a 180 dias -0,15
181 a 360 dias 1,24
361 a 3 anos -1,39
Mais de 3 anos 3,16
Fonte: SPC Brasil.
Dívidas em atraso por faixa etária do devedor
A abertura por faixa etária do inadimplente mostra, da mesma maneira que nos meses
anteriores, a retração anual do número de dívidas ligadas aos mais jovens, com idade
entre 18 e 24 anos, e aumento da quantidade de pendências de todas as demais
categorias. As variações tendem, ainda, a ser maiores conforme aumenta a idade dos
devedores, de forma que as dívidas ligadas às pessoas com mais de 85 anos mostraram a
maior variação, com uma alta de 10,12%, na comparação com dezembro de 2013.
Quantidade de Dívidas por faixa etária do devedor
Gráfico 10 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior)
Fonte: SPC Brasil.
Em se tratando de participação, a maior parte das dívidas registradas pertence a pessoas
com idade entre 30 e 39 anos (29,02%), já que é durante este período que se costuma ter
maiores gastos com filhos, carro, casa própria, etc. A segunda maior representatividade
7,62%
7,15%
14,53%
40,56%
30,14%
Até 90 dias
91 a 180 dias
181 a 360 dias
361 dias a 3 anos
3 a 5 anos
12
fica por conta das pendências de inadimplentes entre 40 e 49 anos (19,98% do total),
seguidas por aqueles com idade entre 50 e 64 anos (15,84%).
Assim, a análise da representatividade de cada divisão mostra que o maior impacto para a
alta anual de 3,19% do total de pendências no Brasil veio das dívidas pertencentes a
pessoas com idade entre 30 e 39 anos, cuja contribuição foi de 0,94 p.p.. Em seguida,
aparecem as categorias de 40 a 49 anos e 50 a 64 anos, ambas com um impacto de 0,73
p.p.. A divisão de 18 a 24 anos contribuiu positivamente para o resultado, reduzindo a alta
anual em 1 p.p..
Quantidade de Dívidas por faixa etária do devedor
Gráfico 11 - Participação em Dezembro/14* Tabela 2 - Impactos sobre a variação anual total**
(em pontos percentuais)
Total 3,19
18 a 24 anos -1,00
25 a 29 anos 0,13
30 a 39 anos 0,94
40 a 49 anos 0,73
50 a 64 anos 0,73
65 a 84 anos 0,47
85 a 94 anos 0,06
Fonte: SPC Brasil.
*Os percentuais não somam 100% devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos.
** As contribuições não somam 6,13 devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos.
Dívidas em atraso por segmento credor
A análise por segmento credor da dívida mostra comunicação como a divisão com a maior
alta anual do número de pendências (+16,11%), tendência que vem se repetindo desde
setembro de 2014. Em segundo lugar, aparece a alta de 7,73% do número de dívidas cujo
setor credor é o segmento de água e luz. Destaca-se, ainda, a retração de 1,01% do
número de dívidas ligadas ao comércio, a segunda queda anual consecutiva da categoria.
10,89%
14,68%
29,02%
19,98%
15,84%
6,18% 0,64%
18 a 24
25 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 64
65 a 84
85 a 94
13
Quantidade de Dívidas por setor credor
Gráfico 12 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior)
Fonte: SPC Brasil.
Em se tratando de participação, o segmento de bancos continua sendo aquele com maior
participação no total de pendências: 46,39% destas tem o setor como sendo seu credor. A
segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 20,55% do total de
pendências. Apesar de representar 15,92% do total de dívidas do país, devido a grande alta anual,
o setor de comunicação foi aquele que teve maior impacto sobre o crescimento geral de 3,19%,
contribuindo com 2,28 p.p. desta variação. Bancos, por sua vez mostrou a segunda maior
contribuição para a alta anual, contribuindo com 0,95 p.p..
Quantidade de Dívidas por setor credor
Gráfico 13 – Participação em Dezembro/14* Tabela 3 – Impactos sobre a variação anual total**
(em pontos percentuais)
Total 3,19
Água e Luz 0,55
Comércio -0,22
Comunicação 2,28
Bancos 0,95
Outros -0,37
Fonte: SPC Brasil.
7,36%
20,55%
15,92%
46,39%
9,77%
Água e Luz
Comércio
Comunicação
Bancos
Outros
14
A análise do cruzamento entre o tempo de atraso e o setor credor (gráfico abaixo) mostra
que o segmento de bancos é destaque entre todas as faixas, ficando em primeiro lugar em
todas elas. A diferença entre as faixas acaba ficando, portanto, no segundo segmento com
maior participação. Neste caso é destaque, portanto, o segmento de água e luz que tem
participação de 22% nas dívidas em atraso mais novas (até 90 dias) e participação mais
moderada nas demais faixas. Destaca-se também o segmento de comunicação nas dívidas
com atraso entre 181 a 360 dias (participação de 21%) e do comércio nas dívidas
atrasadas entre 3 e 5 anos (participação de 24%).
Quantidade de Dívidas por tempo de atraso e setor de atraso
Gráfico 14 - Participação por setor credor e tempo de atraso
Pessoas Físicas Inadimplentes
Em dezembro, o número de pessoas devedoras registradas nas bases às quais o SPC Brasil
tem acesso cresceu 3,45% frente ao mesmo mês de 2013. Apesar de maior do que a alta
apresentada em novembro pelo indicador (3,37%), o crescimento da quantidade de
devedores mostrou em dezembro de 2014 a menor variação anual para o mês desde o
início da série histórica. Desta forma, o resultado de dezembro corrobora a tendência de
acomodação do aumento da inadimplência vista nos últimos meses.
22%
11% 7% 6% 6% 7%
59%
54%
46% 45% 44% 46%
11%
16%
17% 22% 24% 21%
1%
11%
21% 18% 16% 16%
6% 8% 9% 11% 11% 10%
Até 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360
dias
361 dias a 3
anos
3 a 5 anos Total
Outros
Comunicação
Comércio
Bancos
Água e Luz
15
Pessoas Inadimplentes
Gráficos 15 e 16 - Variação anual (contra mesmo mês do ano anterior)
Fonte: SPC Brasil
Já na base de comparação mensal, o resultado apresentado em dezembro seguiu a
mesma tendência daquele observado nos demais anos para o mês: retração do número
de devedores. Tal movimento pode ser explicado pelos pagamentos de décimo terceiro e
bônus, típicos do final de ano.
Pessoas Inadimplentes
Gráfico 17 - Variação mensal (contra mês imediatamente anterior)
Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil,
mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.
16
Abertura por tempo de atraso da dívida
Analisando a abertura por tempo de atraso da dívida, é possível notar que quando se trata
da comparação com novembro de 2014, o mês de dezembro mostrou retração do número
de devedores em todas as faixas, com exceção daqueles detentores de pendências com
tempo de atraso superior a 3 anos, cuja variação apresentada foi de +0,72% (gráfico 18).
Ainda em se tratando da comparação mensal, destaca-se a categoria ‘até 90 dias’, cuja
queda do número de devedores foi de 6,43%, a maior retração dentre as faixas
pesquisadas.
A comparação anual, por sua vez, mostra retração da quantidade de devedores com
dívidas tanto de ‘91 a 180 dias’, quanto de ‘361 dias a 3 anos’ – com retrações de -3,90% e
-2,16%, respectivamente. As demais categorias mostraram alta anual de inadimplentes,
com destaque para ‘181 a 360 dias’ com crescimento de 9,64% (gráfico 19).
Pessoas Inadimplentes por tempo de atraso da dívida
Gráfico 18 – Variação mensal Gráfico 19 – Variação anual
Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil,
mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.
Em termos de participação, é possível perceber que os inadimplentes com dívidas mais
antigas correspondem à maioria do total de devedores: aqueles com pendências
atrasadas entre 361 dias e 3 anos representam 3,61% da base, enquanto que os
detentores de dívidas com tempo de atraso entre 3 e 5 anos representam 37,36% do total
(gráfico 19).
Dessa forma, a partir do cruzamento entre a variação e a participação de cada categoria,
pode-se notar que, em termos de contribuição, a tendência observada nos últimos meses
foi mantida: o maior impacto para a alta anual de 3,45% do total de devedores adveio
daqueles que possuem pendências com mais de 3 anos de atraso (3,02 p.p.). Os
17
inadimplentes com dívidas atrasadas entre 181 e 360 dias foram responsáveis pela
segunda maior contribuição para o total (1,13 p.p.).
Fonte: SPC Brasil.
Abertura por faixa etária do devedor
Assim como na abertura por tempo de atraso, a análise da idade do devedor está de
acordo com a tendência observada nos últimos relatórios: o número de inadimplentes
mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, caiu 8,83% em comparação a dezembro de
2013, enquanto que a quantidade de devedores mais velhos mostrou a maior variação
entre as categorias (+9,39%). É interessante notar que quanto maior a faixa etária dos
devedores, maior é a variação anual apresentada pela categoria.
Pessoas Inadimplentes – Abertura por tempo de atraso da dívida
Gráfico 20 - Participação em dez/14 Tabela 4 - Impacto sobre a variação anual total
(em pontos percentuais)
Total 3,45%
Até 90 dias 0,40 p.p.
91 a 180 dias -0,26 p.p.
181 a 360 dias 1,13 p.p.
361 a 3 anos -0,85 p.p.
Mais de 3 anos 3,02 p.p.
7,47%
6,12%
12,44%
37,36%
36,61%
Até 90 dias
91 a 180 dias
181 a 360 dias
361 dias a 3 anos
3 a 5 anos
Formatado: Justificado
18
Pessoas Inadimplentes por faixa etária do devedor
Gráfico 21 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior)
Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas
também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.
A partir do cruzamento entre crescimento anual e participação junto ao total, é possível
afirmar que a maior contribuição para a alta observada em dezembro adveio dos
devedores com idade entre 50 e 64 anos (0,81 p.p.), que apesar de não mostrarem a
maior alta, representam 19,44% do total (terceira maior participação) e mostraram o
terceiro maior crescimento anual (+4,76%). O segundo maior impacto para o resultado
total ficou por conta da categoria de 30 a 39 anos, cuja contribuição foi de 0,79 p.p.
Pessoas Inadimplentes por faixa etária do devedor
Gráfico 22 - Participação em dez/14* Tabela 5 - Impacto sobre a variação anual total**
(em pontos percentuais)
Total 3,45%
18 a 24 anos -1,00 p.p.
25 a 29 anos 0,09 p.p.
30 a 39 anos 0,79 p.p.
40 a 49 anos 0,68 p.p.
50 a 64 anos 0,81 p.p.
65 a 84 anos 0,52 p.p.
85 a 94 anos 0,09 p.p.
9,97%
13,87%
26,86%19,44%
17,12%
7,73%
0,99%
18 a 24
25 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 64
65 a 84
85 a 94
19
Fonte: SPC Brasil.
*Os percentuais não somam 100% devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos.
** As contribuições não somam 3,37 devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos.
20
Número Médio de Dívidas
O número médio de dívidas por pessoa inadimplentes foi menor do que aquele de
novembro: 2,076 dívidas em dezembro, contra 2,090 no mês anterior. Em comparação ao
mês de dezembro dos demais anos, 2014 foi o ano que apresentou o menor número
médio de pendências por devedor. O resultado se deve à retração mais expressiva da
quantidade de dívidas do que de inadimplentes na margem.
Número Médio de Dívidas por Pessoa Inadimplente
Gráfico 23 – Quantidade total de dívidas sobre número total de inadimplentes
Fonte: SPC Brasil.
21
Metodologia dos Indicadores
Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações
disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases
de dados do SPC Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior
de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal.
Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta
de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode
(mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras
costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30
dias do vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento
ou mais de um ano após o vencimento.
O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar
a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da
base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver
outras pendências.
Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com
um devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC
Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso
quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma
dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ).
Cada pessoa física inadimplente é classificada, mensalmente, de acordo com sua idade no último dia do
mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil). Por
exemplo, suponha que o consumidor inadimplente João tinha 24 anos em fevereiro e completa 25 anos
no começo de março. Tudo o mais constante, a faixa etária “18 a 24 anos” mostrará queda do número
de inadimplentes entre fevereiro e março, enquanto a faixa “25 a 29 anos” mostrará alta.
Para cerca de 4% dos CPFs, o SPC Brasil não tem informação sobre a data de nascimento. No futuro, se
um cliente do SPC Brasil cadastrar essa informação na base de dados, as séries históricas com abertura
por faixa etária podem sofrer revisões. Nesse caso, a categoria “faixa etária ignorada” sofrerá redução
e a faixa etária correspondente sofrerá aumento do número de CPFs. Esse processo visa aumentar
continuamente a acurácia da informação.
As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.
22
Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil
Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC
Brasil. Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas
que tenha em atraso.
Exemplo: na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem
inadimplentes na base do SPC Brasil. Pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da seguinte forma:
É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC
Brasil não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.
 A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem
outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este
indicador.
 Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus
clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa
data com a empresa.
 Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o
vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de
negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro,
mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil.
As pessoas físicas inadimplentes são classificadas de acordo com:
 Sua faixa etária no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam
os indicadores do SPC Brasil).
 Sua faixa de tempo de atraso, que é igual ao atraso da dívida em atraso mais antiga registrada
no SPC. Por exemplo, suponha que:
o A empresa B registre o consumidor João em janeiro de 2013 por dívida vencida em
dezembro. Ao final de janeiro, a dívida estará atrasada 40 dias. Se a dívida não for
paga em fevereiro, ao final de fevereiro ela estará atrasada 68 dias (=40+28 dias de
fevereiro).
o A empresa A registre o consumidor João em fevereiro de 2013, por dívida vencida há
bastante tempo (seis meses antes). Tentou negociar com o consumidor, mas não
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13
João Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
Pedro Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
Número de pessoas físicas
inadimplentes
2 2 1 1 2 2
Indicador "pessoas inadimplentes
PF" - variação mensal
------ 0% -50% 0% 100% 0%
23
conseguiu, e por isso decidiu registrar a inadimplência. Ao fim de fevereiro, a dívida
estava atrasada 181 dias.
Dívidas em atraso na base do SPC Brasil
Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas
físicas.
Exemplo: Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro, as duas pessoas físicas do
exemplo do indicador 1,devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia,
energia, fornecimento de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade
total de dívidas da base do SPC Brasil.
As dívidas em atraso são classificadas de acordo com:
 A faixa etária do devedor no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que
embasam os indicadores do SPC Brasil).
 A faixa de atraso da dívida, que é igual a diferença entre a data de vencimento e o último dia
do mês de referência. Por exemplo, se a dívida venceu em 1º de março, o resultado de março,
extraído no dia 31, informará que essa dívida está vencida há 30 dias.
 Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades
Econômicas). As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por
letras), conforme tabela abaixo.
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13
Credor A Adimplente 181 dias Adimplente Adimplente Adimplente 20 dias
Credor B 40 dias 68 dias 99 dias Adimplente Adimplente 25 dias
Credor C Adimplente Adimplente Adimplente Adimplente 361 dias Adimplente
40 dias 181 dias 99 dias -------- 361 dias 25 dias
De 31 a 60 dias
De 181 a 360
dias
De 91 a 180
dias
Nenhuma
De 361 dias a 2
anos
De 14 a 30 dias
Vencimento mais antigo
Credor
Dias em atraso (intervalo entre data de vencimento e o último dia do mês de referência)
Faixa de tempo de atraso
Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
credor A Inadimplente Inadimplente
credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor C Inadimplente
Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2
credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente
credor C Inadimplente Inadimplente
Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1
2 4 1 3 2 3
-------- 100% -75% 200% -33% 50%
João
Pedro
Quantidade de dívidas em atraso
(João + Pedro)
Indicador "Dívidas em atraso PF" -
variação mensal
24
Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas
Este indicador mostra o número médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da
quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas
inadimplentes no mês de referência.
Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela
quantidade de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas
mensalmente.
As pessoas inadimplentes e as dívidas são classificadas de acordo com a faixa etária do inadimplente,
de maneira a permitir uma abertura desse indicador por faixa etária.
Seção Descrição da seção CNAE Classificação utilizada no texto e nos
A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Outros
B Indústrias extrativas Outros
C iIndústrias de transformação Outros
D Eletricidade e gás Água, luz, esgoto e gás
E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminaçãoÁgua, luz, esgoto e gás
F Construção Outros
G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio
H Transporte, armazenagem e correio Outros
I Alojamento e alimentação Outros
J Informação e comunicação Comunicação
K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Bancos, seguradoras e planos de saúde
L Atividades imobiliárias Contador, advogado, arquiteto etc
M Atividades profissionais, científicas e técnicas Outros
N Atividades administrativas e serviços complementares Outros
O Administração pública, defesa e seguridade social Outros
P Educação Outros
Q Saúde humana e serviços sociais Outros
R Artes, cultura, esporte e recreação Outros
S Outras atividades de serviços Outros
T Serviços domésticos Outros
U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Outros
? Empresa sem CNAE classificado Outros
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
2 4 1 3 2 3
2 2 1 1 2 2
1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500
Quantidade de dívidas em atraso
Quantidade de pessoas físicas
inadiplentes
Numero médio de dívidas em atraso
por pessoa inadimplente
25
Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil
A estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país parte da base de
dados do SPC Brasil. Em seguida, dada uma amostra aleatória de CPFs, é feita a consulta no SPC
Brasil e nos demais bureaus de crédito para verificar a proporção de inadimplentes em cada uma
das bases. Esse resultado é aplicado sobre o número de adultos na população brasileira em 2014
(projeção do IBGE). Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a
pessoas já falecidas, aplicou-se um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas
informações do DataSUS.
26
Informações Relevantes
Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações
sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação foram
apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas, não
tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo deste
documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais
responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento, sem
aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis
econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração,
tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por
eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às
fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo,
sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou
implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente.
Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou
extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento de
todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a reprodução
total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e expressa do SPC
Brasil ou com a citação integral da fonte.
Sobre a CNDL
Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade
representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e
câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a
defesa e o fortalecimento da livre iniciativa.
Sobre o SPC Brasil
O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em informações
creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas.
A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne
informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne
informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de
inadimplência ou não.
Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos,
maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção
de negócios e gestão de carteira.

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Número de inadimplentes em dezembro cresce 3,45%

  • 1. Indicadores Econômicos SPC Brasil e CNDL Dados Nacionais Dados referentes a dezembro de 2014 SUMÁRIO Release de Imprensa Erro! Indicador não definido..2 Visão Geral 5 Dívidas em atraso na base do SPC Brasil 9 Pessoas Físicas Inadimplentes 14 Número Médio de Dívidas 20 Metodologia dos Indicadores 20 Informações Relevantes 26 Presidentes Honório Pinheiro (CNDL) Roque Pellizzaro Junior (SPC Brasil)
  • 2. 2 Número de inadimplentes em dezembro cresce 3,45%, aponta indicador SPC Brasil Cinco em cada dez dívidas no país têm como credor algum banco ou financeira. O comércio concentra 21% dos atrasos, seguido pelo setor de comunicação (16%) No mês de dezembro, o volume de consumidores com contas em atraso cresceu 3,45% frente ao mesmo período de 2013, segundo dados do Indicador de Inadimplência calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Trata-se do menor crescimento apresentado para os meses de dezembro, desde o início da série histórica, revisada em 2011. Os números de dezembro mostram que a inadimplência do consumidor cresceu em um ritmo menos intenso, após o pico registrado no mês de agosto, quando a variação havia ficado em 5,09%. A partir desses números o SPC Brasil estima que aproximadamente 54,5 milhões de consumidores terminaram o ano de 2014 com restrições no CPF por não terem quitado dívidas. Pessoas Inadimplentes Variação anual (contra mesmo mês do ano anterior) Fonte: SPC Brasil Os dados na comparação com novembro de 2014, sem ajuste sazonal, também mostram a inadimplência em queda no mês: o recuo foi de 0,94%. Esta queda confirma as expectativas do SPC, por conta de um comportamento típico deste período do ano: a injeção de capital extra com o pagamento do 13º salário e
  • 3. 3 incremento de vagas temporárias no mercado de trabalho favorecem o pagamento das dívidas. Segundo os economistas, embora os dados de menor crescimento na comparação anual sejam interpretados aparentemente como números positivos, o crescimento da inadimplência num menor ritmo tem como causa principal a baixa atividade econômica do país e a maior seletividade na concessão de crédito. Para o SPC Brasil, os bancos e os estabelecimentos comerciais passaram a conceder menos crédito, fato que tem como consequência a redução dos riscos de calotes nas compras parceladas. “As vendas de itens essencialmente ligados a crédito, como móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção têm apresentado franca desaceleração, desde o início de 2013”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Os dados foram fortemente influenciados pela perda de dinamismo da economia brasileira, que deve apresentar crescimento próximo de zero no fechamento do ano. O cenário adverso afetou os indicadores de emprego e da confiança do consumidor e dos empresários. Soma-se, ainda, as taxas de juros em patamar elevado ― inclusive com retomada do ciclo de alta em novembro ― e a inflação resistente, que flertou com o teto da meta ao longo de todo o ano de 2014, limitando o poder de compra dos consumidores”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Bancos, comércio e idosos lideram ranking De acordo com o indicador do SPC Brasil, cinco em cada dez dívidas pendentes (46%) entre pessoas físicas no país têm como credor algum banco ou instituição financeira. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 21% do total de dívidas não pagas, seguido pelo setor de comunicação (16%) – que engloba serviços de internet, televisão e telefonia. Os débitos com as empresas concessionárias de serviços básicos como água e luz representam 7% das dívidas não pagas no Brasil. Os demais setores juntos somam 10% das contas pendentes.
  • 4. 4 Apesar da menor representatividade no total de dívidas em atraso no mês de dezembro, foram justamente os setores de comunicação (16%) e de água e luz (7%) que apresentaram o maior crescimento na variação anual na quantidade de dívidas. Para a economista-chefe do SPC Brasil, o resultado é reflexo de uma tendência crescente entre as concessionárias em negativar os consumidores inadimplentes. “É uma forma de receber o débito mais rápido, antes da suspensão do serviço”, explica. Cenário para 2015 Para 2015 os economistas do SPC Brasil projetam um crescimento do número de inadimplentes semelhante ao observado no ano passado, mas com viés de alta, caso a atividade econômica não esboce recuperação e o mercado de trabalho sofra com o corte de vagas. Baixe o material completo e a série histórica em: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos Informações à imprensa: Guilherme de Almeida (61) 8350 3942 | (61) 3049 9558 guilherme.dealmeida@inpresspni.com.br Vinícius Bruno (11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181 vinicius.bruno@inpressoficina.com.br
  • 5. 5 Visão Geral Em linha com a sazonalidade típica dos meses de dezembro a inadimplência apurada pelo SPC Brasil mostrou uma queda no mês. De acordo com as bases às quais o SPC Brasil tem acesso, o número de devedores em atraso, na comparação mensal, recuou 0,94%. O total de dívidas pendentes apresentou retração ainda mais intensa, de 1,62% na comparação com o mês anterior. Os gráficos abaixo evidenciam que o comportamento de recuo da inadimplência acontece em todos os meses de dezembro da série histórica, principalmente por conta da injeção de capital na economia advindo do pagamento do abono de Natal1 . Quantidade de Devedores Quantidade de Dívidas Gráfico 1 - variação mensal (meses de dezembro) Gráfico 2 - variação mensal (meses de dezembro) Fonte: SPC Brasil Com relação ao tempo de atraso da dívida, a queda mensal da inadimplência se concentrou naquelas com pendências por até 90 dias, que recuaram 8,76% com relação ao mês anterior. O destaque na queda mensal das dívidas mais novas se deu por conta da queda na inadimplência de Comércio (-10,38%) e Bancos (-9,20%). Ainda assim, estas representam uma participação pequena em relação ao total, de apenas 7,62%, e tiveram contribuição negativa de apenas 0,72 p.p. para a queda total de 1,62%. Na comparação anual, os indicadores do SPC Brasil mostraram perda de fôlego, tendência que vem se repetindo a partir de meados de 2014. Após atingir o pico de crescimento anual de 5,43% em agosto de 2014, o indicador de dívidas em atraso apresentou recuos recorrentes até atingir um crescimento de 3,19% em dezembro de 2014. O indicador de devedores com pendências também recuou, e passou a 3,45% no mês de dezembro (em agosto a alta neste indicador era de 5,09%). 1 De acordo com estimativas do DIEESE, até dezembro de 2014, o pagamento do 13º salário injetou cerca de R$ 158 bilhões, o que representa aproximadamente 3% do PIB Brasileiro.
  • 6. 6 Quantidade de Devedores Quantidade de Dívidas Gráfico 3 - Variação anual (dez/14 vs dez/13) Gráfico 4 - Variação anual (dez/14 vs dez/13) Fonte: SPC Brasil Como já ressaltamos, a tendência de recuo nas variações anuais de inadimplência é essencialmente positiva, mas tem componentes fortemente ligados à perda de dinamismo da economia brasileira. Os números de concessão de crédito bancário divulgados pelo Banco Central (e que correspondem a 46,39% do total de dívidas em atraso nas bases às quais o SPC Brasil tem acesso) mostram de maneira recorrente que há uma diminuição nos financiamentos que se acentuou a partir de agosto de 20132 . Também as vendas de itens essencialmente ligados a crédito, como móveis e eletrodomésticos, veículos e materiais de construção, tem apresentado franca desaceleração a partir do início de 20133 . Tais movimentos fazem com que haja uma base menor de dívidas, e com menos dívidas a pagar, o número de inadimplentes fica menor. Do lado das notícias ruins, os dados de 2014 também foram fortemente influenciados pela perda de dinamismo da economia brasileira, que apresentou crescimento muito próximo de zero no ano4 . O cenário ruim afetou os indicadores de emprego e confiança do consumidor. A isso se somou a taxas de juros em patamar elevado (inclusive com retomada do ciclo de alta em novembro) e a inflação que flertou com o teto da meta (6,5%) ao longo de todo o período, dificultando o pagamento das contas pelo consumidor brasileiro. Esses fatores fizeram com que os indicadores de inadimplência se mantivessem acima do ano passado, mantendo as variações anuais positivas apesar da perda de fôlego. Na abertura por tempo de atraso da dívida, destaca-se a alta de 8,99% nas dívidas em atraso de 181 a 360 dias e de 11,30% naquelas pendentes de 3 a 5 anos (em ambas as faixas etárias as dívidas foram concentradas em Bancos e Comércio). 2 O estoque de crédito para PF, que crescia a 16% em agosto de 2013, desacelerou para um crescimento de 13,3% em novembro de 2014. O endividamento das famílias (em % da renda nos últimos 12 meses), que vinha crescendo de forma recorrente desde o início da série histórica em 2005, vem se mantendo próximo a 46%, sem alteração significativa desde novembro de 2013. 3 De acordo com o IBGE, as vendas no varejo de Móveis e Eletrodomésticos que cresciam 11,8% no acumulado em 12 meses em janeiro de 2013 desaceleraram a 1,5% em outubro de 2014. Tal desaceleração também foi vista nas vendas de Veículos (de 7,33% para -7,44%) e de Materiais de Construção (de 7,72% para 0,99%). 4 De acordo com a estimativa da Pesquisa Focus do Banco Central do Brasil, o crescimento do PIB em 2014 deve ter ficado em 0,15%, o pior resultado desde 2009 quando o PIB recuou 0,33%.
  • 7. 7 O número de inadimplentes registrados em serviços de proteção ao crédito terminou o ano em 54,5 milhões de acordo com estimativas5 do SPC Brasil. Vale ressaltar que este total inclui inadimplentes em relação a todos os setores credores, o que engloba além de bancos, comércio, contas de serviços básicos e contas de telefone. Dívidas em Atraso 5 É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de proteção ao crédito existentes no país. Ver a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi feita e quais são suas premissas. Faixa Etária jan/00 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14 Total -1,30% 0,17% -1,62% 2,49% 3,53% 3,19% 100,00% 100,00% 18 a 24 -1,76% -1,73% -3,00% 0,54% -7,02% -8,19% 12,24% 10,89% 25 a 29 -1,37% -0,48% -1,98% 0,94% 1,50% 0,88% 15,02% 14,68% 30 a 39 -1,34% 0,23% -1,57% 1,63% 3,47% 3,23% 29,01% 29,02% 40 a 49 -1,44% 0,51% -1,53% 1,21% 3,77% 3,67% 19,89% 19,98% 50 a 64 -1,30% 0,69% -1,45% 3,92% 4,83% 4,68% 15,62% 15,84% 65 a 84 -0,83% 1,33% -0,84% 7,48% 7,89% 7,88% 5,91% 6,18% 85 a 94 0,76% 1,75% -0,05% 12,31% 11,01% 10,12% 0,60% 0,64% Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de dívidas em atraso do Brasil Tempo de Atraso dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14 Total -1,30% 0,17% -1,62% 2,49% 3,53% 3,19% 100,00% 100,00% Até 90 dias -10,09% 2,25% -8,76% 3,59% 3,02% 4,55% 7,52% 7,62% 91 a 180 dias 1,57% -3,05% -0,71% 2,37% 0,23% -2,03% 7,53% 7,15% 181 a 360 dias -1,04% 1,33% -1,09% -0,87% 9,04% 8,99% 13,76% 14,53% 361 dias a 3 anos -0,81% -0,46% -2,28% 11,75% -1,77% -3,22% 43,25% 40,56% 3 a 5 anos -0,32% 0,72% 0,80% -8,02% 10,07% 11,30% 27,94% 30,14% Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de dívidas em atraso do Brasil Tempo de Atraso dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14 Total -1,30% 0,17% -1,62% 2,49% 3,53% 3,19% 100,00% 100,00% Água e Luz 2,43% 5,47% -0,64% 13,98% 11,07% 7,73% 7,05% 7,36% Comércio -0,41% -0,59% -1,13% -0,10% -0,28% -1,01% 21,42% 20,55% Comunicação -0,43% 1,73% 0,89% 6,21% 14,59% 16,11% 14,15% 15,92% Bancos -2,54% -0,88% -3,00% 1,69% 2,51% 2,03% 46,92% 46,39% Outros -1,05% 0,64% -0,76% -0,26% -3,84% -3,55% 10,45% 9,77% Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de dívidas em atraso do Brasil
  • 8. 8 Pessoas Inadimplentes Número Médio de Dívidas por Pessoa Física Inadimplente Faixa Etária jan/00 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14 Total -1,02% 0,06% -0,94% 3,68% 3,37% 3,45% 100,00% 100,00% 18 a 24 -2,41% -1,92% -2,31% -2,37% -8,93% -8,83% 11,31% 9,97% 25 a 29 -1,25% -0,61% -1,31% 1,30% 0,67% 0,60% 14,26% 13,87% 30 a 39 -1,04% 0,09% -0,91% 2,71% 2,79% 2,93% 27,00% 26,86% 40 a 49 -1,00% 0,35% -0,87% 2,63% 3,33% 3,47% 19,44% 19,44% 50 a 64 -0,81% 0,52% -0,80% 5,66% 4,75% 4,76% 16,91% 17,12% 65 a 84 -0,41% 0,98% -0,37% 8,23% 6,94% 6,98% 7,48% 7,73% 85 a 94 0,84% 1,51% 0,29% 12,62% 9,99% 9,39% 0,94% 0,99% Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de dívidas em atraso do Brasil Tempo de Atraso dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 nov/14 dez/14 dez/13 dez/14 Total -1,02% 0,06% -0,94% 3,68% 3,37% 3,45% 100,00% 100,00% Até 90 dias -8,11% 1,54% -6,43% 6,43% 3,54% 5,44% 7,33% 7,47% 91 a 180 dias 0,73% -3,78% -0,26% 2,64% -2,94% -3,90% 6,59% 6,12% 181 a 360 dias -1,53% 0,87% -0,93% -42,47% 8,97% 9,64% 11,74% 12,44% 361 dias a 3 anos -0,68% -0,29% -1,50% 45,45% -1,34% -2,16% 39,50% 37,36% 3 a 5 anos 0,06% 0,51% 0,72% -2,09% 7,97% 8,68% 34,84% 36,61% Variação mensal (em relação ao mês anterior) Variação anual (em relação ao mesmo mês do ano anterior) Participação no total de dívidas em atraso do Brasil Faixa Etária dez/13 nov/14 dez/14 Total 2,08 2,09 2,08 18 a 24 2,25 2,28 2,27 25 a 29 2,19 2,21 2,20 30 a 39 2,24 2,26 2,24 40 a 49 2,13 2,15 2,13 50 a 64 1,92 1,93 1,92 65 a 84 1,65 1,67 1,66 85 a 94 1,34 1,35 1,35 Nº Médio de Dívidas Tempo de Atraso dez/13 nov/14 dez/14 Total 2,08 2,09 2,08 Até 90 dias 2,13 2,17 2,12 91 a 180 dias 2,38 2,44 2,42 181 a 360 dias 2,44 2,43 2,43 361 dias a 3 anos 2,28 2,27 2,25 3 a 5 anos 1,67 1,71 1,71 Nº Médio de Dívidas
  • 9. 9 Dívidas em atraso na base do SPC Brasil As dívidas registradas nas bases às quais o SPC Brasil tem acesso mostraram, em dezembro, um recuo mensal de 1,62%, o maior desde o início de 2012. A queda no indicador, apesar de mais intensa do que aquela notada nos anos recentes, repete uma tendência verificada em todos os meses de dezembro desde o início da série histórica em 2010: o recuo da inadimplência na comparação mensal, impulsionados principalmente pela injeção de recursos na economia dos abonos de Natal. Em dezembro de 2013 a queda mensal havia sido de 1,30%. Com relação à variação anual, o mês de dezembro manteve a perda de fôlego no indicador de inadimplência, ainda que as dívidas em atraso tenham se mantido acima do que foi registrado em 2013. A alta neste caso foi de 3,19%, abaixo dos 3,53% registrados no mês de novembro. Quantidade de Dívidas Gráfico 5 - Variação mensal Gráfico 6 - Variação anual Fonte: SPC Brasil. Dívidas por faixa de tempo de atraso A análise da abertura por tempo de atraso da dívida mostra que houve retração do número de dívidas de todas as categorias na passagem de novembro para dezembro, com exceção das pendências com mais de 3 anos. Destaque para as dívidas mais recentes, com até 90 dias de atraso, cuja retração apresentada foi de -8,76%. A queda mensal das dívidas com até 90 dias foi concentrada principalmente no recuo da inadimplência no Comércio (- 10,88%) e Bancos (-9,20%).
  • 10. 10 Quantidade de Dívidas por tempo de atraso Gráfico 7 - Variação mensal Gráfico 8 - Variação anual Fonte: SPC Brasil. Quando se trata da base de comparação anual, seguindo a tendência observada no último mês, as categorias de 3 a 5 anos e 181 a 360 dias de atraso foram aquelas que mostraram maior crescimento do número de dívidas: a primeira com alta de 8,99% e a segunda de 11,3%. Ambas as categorias têm concentração principalmente de dívidas devidas a bancos e ao setor de comércio (vide abaixo). Merece destaque, ainda, a retração de 3,22% nas dívidas entre 361 dias a 3 anos e de 2,03% para aquelas entre 91 a 180 dias. Para esta última categoria, tivemos a primeira queda anual desde outubro do último ano. Em termos de participação, assim como nos relatórios anteriores, as pendências mais antigas representam a maior parte da base: enquanto as dívidas com tempo superior a 3 anos constituem 30,14% do total, aquelas entre 361 dias e 3 anos participam com 40,56%. Dessa forma, a maior contribuição para a alta anual de 3,19% da quantidade de dívidas no país adveio das pendências com mais de 3 anos de atraso, que impactaram em 3,16 p.p.. O resultado se deve ao fato de a categoria ter apresentado o maior crescimento no período, além de possuir a segunda maior participação junto ao total. A categoria de 181 a 360 dias de atraso mostrou a segunda maior contribuição, com um impacto de 1,24 p.p. para o resultado final. Tal divisão apresentou a terceira maior participação e segunda maior alta anual. Nesse sentido, destaca-se ainda o impacto positivo exercido pelas dívidas com atraso entre 361 dias e 3 anos: ela reduziu em -1,39 p.p. a alta anual do número de pendências no país.
  • 11. 11 Quantidade de Dívidas por tempo de atraso Gráfico 9 - Participação junto ao total de dívidas Tabela 1 - Impactos sobre a variação anual total em pontos percentuais Total 3,19 Até 90 dias 0,34 91 a 180 dias -0,15 181 a 360 dias 1,24 361 a 3 anos -1,39 Mais de 3 anos 3,16 Fonte: SPC Brasil. Dívidas em atraso por faixa etária do devedor A abertura por faixa etária do inadimplente mostra, da mesma maneira que nos meses anteriores, a retração anual do número de dívidas ligadas aos mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, e aumento da quantidade de pendências de todas as demais categorias. As variações tendem, ainda, a ser maiores conforme aumenta a idade dos devedores, de forma que as dívidas ligadas às pessoas com mais de 85 anos mostraram a maior variação, com uma alta de 10,12%, na comparação com dezembro de 2013. Quantidade de Dívidas por faixa etária do devedor Gráfico 10 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior) Fonte: SPC Brasil. Em se tratando de participação, a maior parte das dívidas registradas pertence a pessoas com idade entre 30 e 39 anos (29,02%), já que é durante este período que se costuma ter maiores gastos com filhos, carro, casa própria, etc. A segunda maior representatividade 7,62% 7,15% 14,53% 40,56% 30,14% Até 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias 361 dias a 3 anos 3 a 5 anos
  • 12. 12 fica por conta das pendências de inadimplentes entre 40 e 49 anos (19,98% do total), seguidas por aqueles com idade entre 50 e 64 anos (15,84%). Assim, a análise da representatividade de cada divisão mostra que o maior impacto para a alta anual de 3,19% do total de pendências no Brasil veio das dívidas pertencentes a pessoas com idade entre 30 e 39 anos, cuja contribuição foi de 0,94 p.p.. Em seguida, aparecem as categorias de 40 a 49 anos e 50 a 64 anos, ambas com um impacto de 0,73 p.p.. A divisão de 18 a 24 anos contribuiu positivamente para o resultado, reduzindo a alta anual em 1 p.p.. Quantidade de Dívidas por faixa etária do devedor Gráfico 11 - Participação em Dezembro/14* Tabela 2 - Impactos sobre a variação anual total** (em pontos percentuais) Total 3,19 18 a 24 anos -1,00 25 a 29 anos 0,13 30 a 39 anos 0,94 40 a 49 anos 0,73 50 a 64 anos 0,73 65 a 84 anos 0,47 85 a 94 anos 0,06 Fonte: SPC Brasil. *Os percentuais não somam 100% devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos. ** As contribuições não somam 6,13 devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos. Dívidas em atraso por segmento credor A análise por segmento credor da dívida mostra comunicação como a divisão com a maior alta anual do número de pendências (+16,11%), tendência que vem se repetindo desde setembro de 2014. Em segundo lugar, aparece a alta de 7,73% do número de dívidas cujo setor credor é o segmento de água e luz. Destaca-se, ainda, a retração de 1,01% do número de dívidas ligadas ao comércio, a segunda queda anual consecutiva da categoria. 10,89% 14,68% 29,02% 19,98% 15,84% 6,18% 0,64% 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 a 84 85 a 94
  • 13. 13 Quantidade de Dívidas por setor credor Gráfico 12 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior) Fonte: SPC Brasil. Em se tratando de participação, o segmento de bancos continua sendo aquele com maior participação no total de pendências: 46,39% destas tem o setor como sendo seu credor. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 20,55% do total de pendências. Apesar de representar 15,92% do total de dívidas do país, devido a grande alta anual, o setor de comunicação foi aquele que teve maior impacto sobre o crescimento geral de 3,19%, contribuindo com 2,28 p.p. desta variação. Bancos, por sua vez mostrou a segunda maior contribuição para a alta anual, contribuindo com 0,95 p.p.. Quantidade de Dívidas por setor credor Gráfico 13 – Participação em Dezembro/14* Tabela 3 – Impactos sobre a variação anual total** (em pontos percentuais) Total 3,19 Água e Luz 0,55 Comércio -0,22 Comunicação 2,28 Bancos 0,95 Outros -0,37 Fonte: SPC Brasil. 7,36% 20,55% 15,92% 46,39% 9,77% Água e Luz Comércio Comunicação Bancos Outros
  • 14. 14 A análise do cruzamento entre o tempo de atraso e o setor credor (gráfico abaixo) mostra que o segmento de bancos é destaque entre todas as faixas, ficando em primeiro lugar em todas elas. A diferença entre as faixas acaba ficando, portanto, no segundo segmento com maior participação. Neste caso é destaque, portanto, o segmento de água e luz que tem participação de 22% nas dívidas em atraso mais novas (até 90 dias) e participação mais moderada nas demais faixas. Destaca-se também o segmento de comunicação nas dívidas com atraso entre 181 a 360 dias (participação de 21%) e do comércio nas dívidas atrasadas entre 3 e 5 anos (participação de 24%). Quantidade de Dívidas por tempo de atraso e setor de atraso Gráfico 14 - Participação por setor credor e tempo de atraso Pessoas Físicas Inadimplentes Em dezembro, o número de pessoas devedoras registradas nas bases às quais o SPC Brasil tem acesso cresceu 3,45% frente ao mesmo mês de 2013. Apesar de maior do que a alta apresentada em novembro pelo indicador (3,37%), o crescimento da quantidade de devedores mostrou em dezembro de 2014 a menor variação anual para o mês desde o início da série histórica. Desta forma, o resultado de dezembro corrobora a tendência de acomodação do aumento da inadimplência vista nos últimos meses. 22% 11% 7% 6% 6% 7% 59% 54% 46% 45% 44% 46% 11% 16% 17% 22% 24% 21% 1% 11% 21% 18% 16% 16% 6% 8% 9% 11% 11% 10% Até 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias 361 dias a 3 anos 3 a 5 anos Total Outros Comunicação Comércio Bancos Água e Luz
  • 15. 15 Pessoas Inadimplentes Gráficos 15 e 16 - Variação anual (contra mesmo mês do ano anterior) Fonte: SPC Brasil Já na base de comparação mensal, o resultado apresentado em dezembro seguiu a mesma tendência daquele observado nos demais anos para o mês: retração do número de devedores. Tal movimento pode ser explicado pelos pagamentos de décimo terceiro e bônus, típicos do final de ano. Pessoas Inadimplentes Gráfico 17 - Variação mensal (contra mês imediatamente anterior) Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.
  • 16. 16 Abertura por tempo de atraso da dívida Analisando a abertura por tempo de atraso da dívida, é possível notar que quando se trata da comparação com novembro de 2014, o mês de dezembro mostrou retração do número de devedores em todas as faixas, com exceção daqueles detentores de pendências com tempo de atraso superior a 3 anos, cuja variação apresentada foi de +0,72% (gráfico 18). Ainda em se tratando da comparação mensal, destaca-se a categoria ‘até 90 dias’, cuja queda do número de devedores foi de 6,43%, a maior retração dentre as faixas pesquisadas. A comparação anual, por sua vez, mostra retração da quantidade de devedores com dívidas tanto de ‘91 a 180 dias’, quanto de ‘361 dias a 3 anos’ – com retrações de -3,90% e -2,16%, respectivamente. As demais categorias mostraram alta anual de inadimplentes, com destaque para ‘181 a 360 dias’ com crescimento de 9,64% (gráfico 19). Pessoas Inadimplentes por tempo de atraso da dívida Gráfico 18 – Variação mensal Gráfico 19 – Variação anual Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil. Em termos de participação, é possível perceber que os inadimplentes com dívidas mais antigas correspondem à maioria do total de devedores: aqueles com pendências atrasadas entre 361 dias e 3 anos representam 3,61% da base, enquanto que os detentores de dívidas com tempo de atraso entre 3 e 5 anos representam 37,36% do total (gráfico 19). Dessa forma, a partir do cruzamento entre a variação e a participação de cada categoria, pode-se notar que, em termos de contribuição, a tendência observada nos últimos meses foi mantida: o maior impacto para a alta anual de 3,45% do total de devedores adveio daqueles que possuem pendências com mais de 3 anos de atraso (3,02 p.p.). Os
  • 17. 17 inadimplentes com dívidas atrasadas entre 181 e 360 dias foram responsáveis pela segunda maior contribuição para o total (1,13 p.p.). Fonte: SPC Brasil. Abertura por faixa etária do devedor Assim como na abertura por tempo de atraso, a análise da idade do devedor está de acordo com a tendência observada nos últimos relatórios: o número de inadimplentes mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, caiu 8,83% em comparação a dezembro de 2013, enquanto que a quantidade de devedores mais velhos mostrou a maior variação entre as categorias (+9,39%). É interessante notar que quanto maior a faixa etária dos devedores, maior é a variação anual apresentada pela categoria. Pessoas Inadimplentes – Abertura por tempo de atraso da dívida Gráfico 20 - Participação em dez/14 Tabela 4 - Impacto sobre a variação anual total (em pontos percentuais) Total 3,45% Até 90 dias 0,40 p.p. 91 a 180 dias -0,26 p.p. 181 a 360 dias 1,13 p.p. 361 a 3 anos -0,85 p.p. Mais de 3 anos 3,02 p.p. 7,47% 6,12% 12,44% 37,36% 36,61% Até 90 dias 91 a 180 dias 181 a 360 dias 361 dias a 3 anos 3 a 5 anos Formatado: Justificado
  • 18. 18 Pessoas Inadimplentes por faixa etária do devedor Gráfico 21 - Variação anual (mesmo mês do ano anterior) Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil. A partir do cruzamento entre crescimento anual e participação junto ao total, é possível afirmar que a maior contribuição para a alta observada em dezembro adveio dos devedores com idade entre 50 e 64 anos (0,81 p.p.), que apesar de não mostrarem a maior alta, representam 19,44% do total (terceira maior participação) e mostraram o terceiro maior crescimento anual (+4,76%). O segundo maior impacto para o resultado total ficou por conta da categoria de 30 a 39 anos, cuja contribuição foi de 0,79 p.p. Pessoas Inadimplentes por faixa etária do devedor Gráfico 22 - Participação em dez/14* Tabela 5 - Impacto sobre a variação anual total** (em pontos percentuais) Total 3,45% 18 a 24 anos -1,00 p.p. 25 a 29 anos 0,09 p.p. 30 a 39 anos 0,79 p.p. 40 a 49 anos 0,68 p.p. 50 a 64 anos 0,81 p.p. 65 a 84 anos 0,52 p.p. 85 a 94 anos 0,09 p.p. 9,97% 13,87% 26,86%19,44% 17,12% 7,73% 0,99% 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 a 84 85 a 94
  • 19. 19 Fonte: SPC Brasil. *Os percentuais não somam 100% devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos. ** As contribuições não somam 3,37 devido à exclusão das faixas inferiores a 18 anos e superiores a 94 anos.
  • 20. 20 Número Médio de Dívidas O número médio de dívidas por pessoa inadimplentes foi menor do que aquele de novembro: 2,076 dívidas em dezembro, contra 2,090 no mês anterior. Em comparação ao mês de dezembro dos demais anos, 2014 foi o ano que apresentou o menor número médio de pendências por devedor. O resultado se deve à retração mais expressiva da quantidade de dívidas do que de inadimplentes na margem. Número Médio de Dívidas por Pessoa Inadimplente Gráfico 23 – Quantidade total de dívidas sobre número total de inadimplentes Fonte: SPC Brasil.
  • 21. 21 Metodologia dos Indicadores Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal. Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta de água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias do vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de um ano após o vencimento. O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver outras pendências. Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC Brasil. Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida, já que os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ). Cada pessoa física inadimplente é classificada, mensalmente, de acordo com sua idade no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil). Por exemplo, suponha que o consumidor inadimplente João tinha 24 anos em fevereiro e completa 25 anos no começo de março. Tudo o mais constante, a faixa etária “18 a 24 anos” mostrará queda do número de inadimplentes entre fevereiro e março, enquanto a faixa “25 a 29 anos” mostrará alta. Para cerca de 4% dos CPFs, o SPC Brasil não tem informação sobre a data de nascimento. No futuro, se um cliente do SPC Brasil cadastrar essa informação na base de dados, as séries históricas com abertura por faixa etária podem sofrer revisões. Nesse caso, a categoria “faixa etária ignorada” sofrerá redução e a faixa etária correspondente sofrerá aumento do número de CPFs. Esse processo visa aumentar continuamente a acurácia da informação. As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.
  • 22. 22 Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC Brasil. Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha em atraso. Exemplo: na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem inadimplentes na base do SPC Brasil. Pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da seguinte forma: É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.  A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador.  Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data com a empresa.  Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro, mas o aumento do número de devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil. As pessoas físicas inadimplentes são classificadas de acordo com:  Sua faixa etária no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil).  Sua faixa de tempo de atraso, que é igual ao atraso da dívida em atraso mais antiga registrada no SPC. Por exemplo, suponha que: o A empresa B registre o consumidor João em janeiro de 2013 por dívida vencida em dezembro. Ao final de janeiro, a dívida estará atrasada 40 dias. Se a dívida não for paga em fevereiro, ao final de fevereiro ela estará atrasada 68 dias (=40+28 dias de fevereiro). o A empresa A registre o consumidor João em fevereiro de 2013, por dívida vencida há bastante tempo (seis meses antes). Tentou negociar com o consumidor, mas não jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 João Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Pedro Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Número de pessoas físicas inadimplentes 2 2 1 1 2 2 Indicador "pessoas inadimplentes PF" - variação mensal ------ 0% -50% 0% 100% 0%
  • 23. 23 conseguiu, e por isso decidiu registrar a inadimplência. Ao fim de fevereiro, a dívida estava atrasada 181 dias. Dívidas em atraso na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas. Exemplo: Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro, as duas pessoas físicas do exemplo do indicador 1,devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia, energia, fornecimento de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade total de dívidas da base do SPC Brasil. As dívidas em atraso são classificadas de acordo com:  A faixa etária do devedor no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil).  A faixa de atraso da dívida, que é igual a diferença entre a data de vencimento e o último dia do mês de referência. Por exemplo, se a dívida venceu em 1º de março, o resultado de março, extraído no dia 31, informará que essa dívida está vencida há 30 dias.  Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme tabela abaixo. jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 Credor A Adimplente 181 dias Adimplente Adimplente Adimplente 20 dias Credor B 40 dias 68 dias 99 dias Adimplente Adimplente 25 dias Credor C Adimplente Adimplente Adimplente Adimplente 361 dias Adimplente 40 dias 181 dias 99 dias -------- 361 dias 25 dias De 31 a 60 dias De 181 a 360 dias De 91 a 180 dias Nenhuma De 361 dias a 2 anos De 14 a 30 dias Vencimento mais antigo Credor Dias em atraso (intervalo entre data de vencimento e o último dia do mês de referência) Faixa de tempo de atraso Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho credor A Inadimplente Inadimplente credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor C Inadimplente Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2 credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente credor C Inadimplente Inadimplente Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1 2 4 1 3 2 3 -------- 100% -75% 200% -33% 50% João Pedro Quantidade de dívidas em atraso (João + Pedro) Indicador "Dívidas em atraso PF" - variação mensal
  • 24. 24 Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas Este indicador mostra o número médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas inadimplentes no mês de referência. Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela quantidade de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas mensalmente. As pessoas inadimplentes e as dívidas são classificadas de acordo com a faixa etária do inadimplente, de maneira a permitir uma abertura desse indicador por faixa etária. Seção Descrição da seção CNAE Classificação utilizada no texto e nos A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Outros B Indústrias extrativas Outros C iIndústrias de transformação Outros D Eletricidade e gás Água, luz, esgoto e gás E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminaçãoÁgua, luz, esgoto e gás F Construção Outros G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio H Transporte, armazenagem e correio Outros I Alojamento e alimentação Outros J Informação e comunicação Comunicação K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Bancos, seguradoras e planos de saúde L Atividades imobiliárias Contador, advogado, arquiteto etc M Atividades profissionais, científicas e técnicas Outros N Atividades administrativas e serviços complementares Outros O Administração pública, defesa e seguridade social Outros P Educação Outros Q Saúde humana e serviços sociais Outros R Artes, cultura, esporte e recreação Outros S Outras atividades de serviços Outros T Serviços domésticos Outros U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Outros ? Empresa sem CNAE classificado Outros Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2 4 1 3 2 3 2 2 1 1 2 2 1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500 Quantidade de dívidas em atraso Quantidade de pessoas físicas inadiplentes Numero médio de dívidas em atraso por pessoa inadimplente
  • 25. 25 Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil A estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país parte da base de dados do SPC Brasil. Em seguida, dada uma amostra aleatória de CPFs, é feita a consulta no SPC Brasil e nos demais bureaus de crédito para verificar a proporção de inadimplentes em cada uma das bases. Esse resultado é aplicado sobre o número de adultos na população brasileira em 2014 (projeção do IBGE). Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a pessoas já falecidas, aplicou-se um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas informações do DataSUS.
  • 26. 26 Informações Relevantes Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas, não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento, sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração, tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo, sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente. Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte. Sobre a CNDL Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Sobre o SPC Brasil O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas. A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de inadimplência ou não. Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos, maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção de negócios e gestão de carteira.