Para economistas, inflação, juros altos e desemprego comprometem a capacidade do consumidor em quitar as dívidas. Frente a 2014, queda acumulada é de 8,34%
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Dívidas em queda pela 6a vez
1. Regularização de dívidas cai pela sexta vez
seguida, mostra indicador do SPC Brasil
Para economistas, inflação, juros altos e desemprego comprometem a capacidade do
consumidor em quitar as dívidas. Frente a 2014, queda acumulada é de 8,34%
O agravamento do cenário macroeconômico tem impactado não somente na
capacidade de o brasileiro honrar seus compromissos financeiros em dia, mas
também na possibilidade de regularizar as dívidas atrasadas. De acordo com o
indicador de recuperação de crédito do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e
da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a quantidade de dívidas
regularizadas em julho recuou 8,34% na comparação com o mesmo mês do ano
passado. Trata-se da sexta queda consecutiva e do segundo recuo mais intenso
desde janeiro de 2013, início da série histórica do indicador.
Na comparação com junho de 2015, o número de pessoas inadimplentes que
regularizaram as suas pendências financeiras em atraso e, tiveram o CPF retirado
dos cadastros de negativação, registrou queda de 0,40%. No acumulado do ano, o
volume de consumidores que limparam o nome também é negativo: -5,39%.
Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a piora do indicador está
relacionada com o difícil cenário macroeconômico. “O consumidor tem sentido os
efeitos do menor crescimento da renda, do aumento da massa de trabalhadores
desempregados e do aperto fiscal, que contribuem para a piora no cenário
da recuperação de crédito”, diz a economista.
Os especialistas do SPC Brasil e da CNDL avaliam que ainda não será neste ano que
a economia brasileira deve esboçar reação. "A piora recorrente dos indicadores de
quitação de dívidas, vendas parceladas e de inadimplência revela que 2015 é um ano
que requer cautela do consumidor. Ele deve se precaver, fazendo uma reserva
financeira para lidar com imprevistos e optando sempre pelo pagamento à vista",
alerta a economista.
Acesse o material completo e a série histórica clicando em “baixar arquivos” no
link https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos