1. O CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL 4ª REGIÃO
(PERNAMBUCO) REPUDIA O ATO AUTORITÁRIO DE AFASTAMENTO DA
ASSISTENTE SOCIAL LÚCIA LOPES DA SUA ATIVIDADE NA DIVISÃO DE
SERVIÇO SOCIAL DO INSS.
Viemos reafirmar nosso posicionamento, já colocado anteriormente através de nota
pública emitida pela Comissão de Seguridade Social, integrante deste conselho, na data
de 02/09/11. Através da referida nota, repudiamos o ato que coloca a assistente social
Maria Lúcia Lopes da Silva à disposição da Divisão Nacional de Recursos Humanos.
Consideramos que esse ato se deu de forma autoritária e intransigente, afastando a
profissional da sua aguerrida atuação na Divisão do Serviço Social do INSS em
desrespeito aos seus 35 anos de dedicação ao serviço público, em grande parte,
dedicados ao fortalecimento da Previdência Social como direito inalienável da classe
trabalhadora.
O afastamento de Lúcia Lopes se configura como mais uma tentativa de desconstrução
do Serviço Social na Previdência Social, categoria profissional que se coloca de forma
crítica, priorizando a garantia e expansão de direitos da população usuária desta política
social. Esta arbitrariedade simboliza ainda, uma direção concreta que tenta subjugar a
prática profissional do Serviço Social a uma dimensão burocratizada destoante de nosso
projeto ético-político.
Assim como a ameaça constante de desvio de função conferida, dentre outras razões,
pela eminência da habilitação do Benefício Assistencial para pessoas com deficiência
ser assumido como atribuição do Serviço Social, tal medida não possui outra função que
2. não encobrir o grave déficit de funcionários apresentado pelo INSS, isolando o trabalho
dos/das assistentes sociais da Previdência às demandas quase que exclusivas do BPC
para pessoa com deficiência, descaracterizando os 67 anos de história, resistência e
prática profissional do Serviço Social na Previdência.
Reivindicamos assim, a reintegração de Lúcia Lopes à Divisão do Serviço Social do
INSS, pois tal profissional representa veementemente o comprometimento ético-
profissional do Serviço Social brasileiro com o fortalecimento da Previdência Social
pública, na perspectiva do fortalecimento da classe trabalhadora enquanto sujeito de
direitos.
Não podemos aceitar calados/as essas manifestações tão extremadas de assédio moral e
desrespeito para com os/as profissionais que se dedicam cotidianamente ao
fortalecimento do INSS e à primazia da qualidade no atendimento e respeito aos
usuários da Previdência Social. Esse compromisso se contrapõe às metas arbitrárias e
desumanas, ao autoritarismo e recuso do diálogo com os/as trabalhadores/as desta
Instituição, que de sua parte não são consoantes com a tão almejada e propagada
qualidade no atendimento que busca a atual direção do INSS/MPS