Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Mocidade Espírita Chico Xavier - Psicofonia
1. Mocidade Espírita Chico Xavier
Psicofônia
22/05/2015
Facilitadoras:
Scheila Fássio Lima de Paiva
Tânia Mara Lima Dias
Endereço:
Rua Silviano Brandão, 419 – Centro
Machado – MG
2. O que é Psicofonia?
A psicofonia (A voz da alma )é a mediunidade que permite a comunicação oral de um espírito
através do médium.
Kardec a denominou “mediunidade falante”, ou seja, aquela faculdade que propicia o ensejo
para que os espíritos entrem em contato através da palavra, travando conversações.
3. O Espírito entra no corpo do médium?
A palavra “incorporar” nos induz a pensar que o espírito que se manifesta, se “incorpora” ao
médium, ou seja, "se apropria" do corpo do médium, ou "ocupa" o corpo do médium, para se
comunicar.
Mas não é absolutamente isso o que acontece.
Os fenômenos espíritas não derrogam as leis da física, portanto dois corpos não podem
ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.
Assim sendo, o espírito comunicante não “ocupa” o corpo do médium ao se manifestar - o
processo se dá através de SINTONIA psíquica, e o fenômeno é sempre de
PERSIPÍRITO A PERISPÍRITO.
4. A SINTONIA
Para melhor compreender o termo “padrão vibratório”, pensemos nas ondas do rádio:
Quando uma determinada música toca em uma estação, os aparelhos sincronizados com
aquela estação escutarão a mesma música.
A ligação que se processa nas comunicações mediúnicas, é uma ligação fluídica, onde os dois,
espírito e médium, encontram-se no mesmo padrão vibratório e podem comungar das
mesmas sensações ou pensamentos.
Mas essa sintonia se dá de “perispírito” a “perispírito”.
Explica Herculano Pires, no livro MEDIUNIDADE, cap.V, “O Ato Mediúnico”, parágrafo primeiro:
“O ato mediúnico é o momento em que o espírito comunicante e o médium se fundem na
unidade psico-afetiva da comunicação.
O espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais.
Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium.
A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do
médium.
Realiza-se a fusão fluídica.
Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos.
Cada um assimila um pouco do outro.”
E, mais adiante, diz Herculano:
“O que se dá não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a da luz
atravessando uma vidraça.”
5. O PERISPÍRITO
O perispírito é o que o Apóstolo Paulo chamava de “corpo espiritual”.
É o liame que liga o corpo ao espírito, e é através dele que as manifestações mediúnicas são
possíveis.
Todos os espíritos encarnados, e também os desencarnados ainda não completamente
purificados (ou seja, que ainda precisam reencarnar, seja na Terra ou não) são revestidos pelo
perispírito.
É através do perispírito que as manifestações mediúnicas se dão.
No caso da psicofonia, erroneamente descrita como “incorporação”, é o perispírito do
médium que entra em sintonia com o perispírito do espírito comunicante, e absorve assim
suas sensações e pensamentos.
O espírito não está, portanto, no “corpo” do médium.
A ligação de ambos é fluídica; em outras palavras, o que se fundem são sensações, e não
corpos.
6. SEMPRE A MENTE, NUNCA O CORPO
É através da ligação psíquica que os Espíritos nos transmitem suas sensações e pensamentos, seja nos
casos de manifestações mediúnicas, seja nos casos de obsessão.
Os Espíritos se ligam aos encarnados através da afinidade de interesses, gostos, pensamentos e ações.
É o que chamamos de “sintonia”.
Assim sendo, no caso das obsessões, fica claro perceber que os espíritos obsessores atuam sobre os
encarnados através de uma ligação psíquica, onde mentes afins comungam dos mesmos sentimentos.
Por isso se recomendam orações, nos tratamentos de desobsessão, pois é através da EVANGELIZAÇÃO de
ambos (encarnado e desencarnado) que o padrão mental se eleva, e a sintonia psíquica se dissolve.
No ato mediúnico da psicofonia, o médium empresta voz ao espírito, que lhe transmite seus
pensamentos e também sensações, através da ligação fluídica entre o seu perispírito, e o perispírito do
médium.
É um ato de amor e de caridade, e o médium psicofônico deve compreender a importância de sua
comunhão momentânea com os Espíritos elevados, que vem nos trazer conforto e ensinamentos, e com os
Espíritos sofredores ou obsessores, que através do ato mediúnico, podem compartilhar suas dores,
angústias e perturbação mental.
A mediunidade de psicofonia, comumente chamada de “incorporação”, deve portanto ser compreendida
pelo médium como uma oportunidade de exercer o amor e a caridade cristãs, num ato despretensioso de
doação fluídica, que deve ser acompanhado das mais sinceras preces, pelos irmãos que se encontram em
sofrimento do outro lado da vida.
Mas o médium deve se aplicar no estudo e na compreensão não apenas do fenômeno, mas também da
Doutrina Espírita, para melhor servir ao Plano Espiritual.
Os médiuns psicofônicos, trabalhadores das Casas Espíritas, devem então compreender queos Espíritos
comunicantes se ligam às suas mentes, transmitindo-lhes seus pensamentos, mas não dominam nem
controlam os seus corpos.
7. Mecanismo mediúnico da psicofonia
O mentor espiritual responsável pela preparação do fenômeno da psicofonia aproxima-se do
médium e lhe aplica forças magnéticas sobre seu chacra coronário, que sensibiliza e ativa a
glândula pineal, fazendo-a produzir um hormônio chamado melatonina.
A melatonina interage com os neurônios, tendo um efeito sedativo.
Em seguida, a melatonina é direcionada para a parte do córtex cerebral responsável pela fala
e que vai ficar sob seu efeito, ou seja, sedada. Assim, o médium perde o comando sobre os
órgãos da fala, permitindo que outro espírito se ligue a este sistema sensitivo e o utilize.
Posteriormente, os espíritos auxiliares aproximam o espírito que irá se manifestar pela
psicofonia e fazem a ligação perispiritual aos órgãos sensitivos da fala do médium, através do
chacra laríngeo.
O espírito comunicante temporariamente se apossa do órgão vocal do médium, apropriando-
se de seu mundo sensitivo e conseguindo se expressar através da fala.
8. Classificação da Psicofonia
Conforme a mecânica de desprendimento perispiritual que ocorre no processo mediúnico, o
médium psicofônico pode ser classificado como :
Consciente
Semi-consciente
Inconsciente
9. Consciente
A psicofonia consciente é a mais comum entre os médiuns psicofônicos (70% do total).
Nela, há uma exteriorização do perispírito do médium de apenas alguns centímetros.
O espírito comunicante se aproxima do médium sem manter contato perispiritual e transmite
telepaticamente as idéias que deseja enunciar.
É a mediunidade dos tribunos e pregadores, que manifestam a “inspiração momentânea”. O
espírito emite o pensamento e influi sobre o aparelho fonador do médium, que transmite as
idéias conforme as entende e usando seu próprio estilo, vocabulário e construção de frases.
Ou seja, a idéia é do espírito, mas o jeito de falar é do médium.
O médium sente a influência e capta o pensamento do espírito comunicante na origem, antes
de falar.
Desta forma, ele pode avaliar antes da manifestação, tendo fácil controle do fenômeno.
10. Semi-consciente
Fenômeno comum a 28% dos médiuns psicofônicos, na psicofonia semi-consciente existe uma
maior exteriorização do perispírito do médium, mas ainda não completa.
O espírito comunicante entra em contato com o perispírito do médium, que se semi-
exterioriza, e atua através deste sobre o corpo físico, ficando os órgãos vocais do médium
parcialmente sob o controle do espírito que faz a comunicação.
Desta forma, o espírito tem maior atuação no orgão fonador, conseguindo falar melhor, em
seu próprio estilo.
Ou seja, apenas as frases são do médium, mas o estilo e as idéias são do espírito.
Enquanto a mensagem é recebida, o médium sabe o que fala, sente o padrão vibratório e a
intenção do comunicante, podendo controlar e intervir se necessário.
Porém, ao terminar a manifestação, só recordará do início e do final da mensagem, ficando
apenas com uma vaga lembrança do tema abordado.
11. Inconsciente
Na psicofonia inconsciente, que representa somente 2% dos casos de médiuns psicofônicos, há uma
exteriorização total do perispírito do médium, ficando apenas ligado pelo cordão fluídico.
Inexiste ligação entre o cérebro do médium e a mente do espírito manifestante e mesmo entre sua
própria mente perispiritual e o cérebro físico.
O fato do espírito do médium se exteriorizar do corpo físico temporariamente faz com que passe a
estar inteiramente à disposição e sob controle do espírito comunicante.
A atuação do espírito sobre o organismo físico do médium é mais direta, através do chacra laríngeo
e dos centros nervosos liberados.
Assim, o comunicante tem maior intervenção material, modificando estilo, gestos e entonação de
voz.
Ou seja, as frases, o estilo e as idéias são todas do espírito.
A mensagem é transmitida sem que o médium guarde consciência cerebral dela, porém, em
espírito, o mesmo está consciente.
Ao recobrar a consciência, o médium geralmente nada recorda da mensagem deixada.
A vantagem é que há maior liberdade para o espírito, que se identifica por gestos, entonação da voz
e atitudes.
12. MÉDIUNS DE PSICOFONIA POLIGLOTAS OU XENOGLÓTAS :
Incluem-se nesta forma de mediunidade os casos de xenoglossia
(o chamado Dom das línguas – xeno = estranha; glota/glossia = língua) tão interessantes e
convincentes para os incrédulos.
Os médiuns poliglotas ou xenoglótas são os que tem a faculdade de falar ou escrever em
línguas que lhe são desconhecidas e até em dialetos já extintos no mundo.
Muito raros.
PNEUMATOFONIA OU VOZ DIRETA:
Dado que podem produzir ruídos e pancadas, os Espíritos podem igualmente fazer se ouçam
gritos de toda espécie e sons vocais que imitam a voz humana, assim ao nosso lado, como nos
ares.
A este fenômeno é que damos o nome de pneumatofonia.
13. Psicofonia Sonambúlica
Para melhor compreendermos a mediunidade psicofônica sonambúlica, é importante que
saibamos fazer a distinção entre o sonambulismo propriamente dito [fenômeno anímico] e
a mediunidade sonambúlica, fenômenos que se assemelham, mas que não são iguais.
Sonambulismo é uma faculdade anímica caracterizada por «[…] um estado de independência
do Espírito, mais completo do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas
faculdades.»
Nessas circunstâncias, por se tratar de uma manifestação psíquica anímica, «[…] o
sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos momentos de
emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos.»
Na mediunidade sonambúlica ocorrem, simultaneamente, duas ordens de fenômenos: o
sonambulismo propriamente dito, que é o desdobramento da personalidade do médium, e a
manifestação de uma entidade espiritual, que utiliza o aparelho fonador do médium em
questão para se comunicar.
14. Reflexão
Os médiuns tem o dever de coibir o excesso de distúrbios da entidade comunicante.
Médium deve controlar o espírito que se comunica para que este lhe respeite a
instrumentalidade, mesmo porque o Espírito não entra no médium, a comunicação é sempre
através do perispírito, que vai ceder campo ao desencarnado.
Todavia, a diretriz é do encarnado.
Médium deverá ajustar-se ao esforço de vivenciar as lições evangélicas. O médium deverá
ater-se ao estudo, ao trabalho, à abnegação ao semelhante.
Mesmo médiuns inconscientes tem co-participação no fenômeno mediúnico.
Ao mesmo tempo exerce a fiscalização, o controle e coíbe, quando devidamente educado,
quaisquer abusos.
Para que um médium se torne um médium seguro, um instrumento confiável, é necessário que
evolua moral e intelectualmente, na razão que exercita sua faculdade.
Neófitos atraídos para a prática mediúnica, ansiosos pelos fenômenos e os médiuns
invigilantes respondem pelos desequilíbrios das manifestações mediúnicas.
Livro “Diretrizes de Segurança”