1. Desenvolvimento de Séries de Não-Ficção
Documentário Docudrama Reality Doc-Reality
por
Carla Ponte
“It's going to take a lot longer than you think,
and don't give up. Just keep writing."
(John Wells – Executive Producer,
“ER” ”The West Wing” and others)
2. Da Ideia ao Produto Audiovisual
Contar histórias na TV dentro da realidade de um mercado audiovisual requer escolhas precisas e
um detalhado processo de trabalho seja na ficção ou na não-ficção. Sendo que, em ambos os
casos, o resultado deve ser um Produto que se encaixe em um canal específico e que, de
preferência, dê audência. Nesta aula, vamos tratar do universo dos Documentários, que também
abrange Docudrama, Doc-Reality, Reality, e das etapas para que uma Ideia se transforme em um
Produto na TV, com qualidade, tanto sob o ponto de vista de conteúdo quanto estético e técnico.
Passo a Passo
Transformar uma Ideia em um Projeto para que este tenha a chance de chegar a
um Canal e, posteriormente, se tornar um Produto de TV pressupõe alguns
passos essenciais. É claro que cada ideia/projeto tem suas particularidades e tais
passos podem/devem ganhar variações, mas em linhas gerais o processo
percorre o seguinte trajeto:
● A Escolha do Tema e como a História será contada
● Por que estaria no Canal A e não no Canal B?
● Pesquisa / Inclusive de Personagens
● Tratamento
● Pesquisa segue aprofundada + Escolha de Personagens
● ‘Outline’
● Pesquisa / Escolha de Personagens
● ‘Shooting Script’ ou Escaleta ( no caso de Reality e/ou Doc-Reality )
● Pré-Produção
● Produção / ‘Shooting’
● Montagem / ‘Editing Script’
● Pós-Produção
● Master
Mas antes de darmos os primeiros passos no desenvolvimento, uma observação
muito importante: encontre uma Produtora para se associar. Chegar a qualquer
Canal sem um parceiro produtor é missão para ‘showrunners’ e, com certeza, se
você está lendo este documento, você ainda não está nesta fase na sua carreira.
Agora sim, vamos ao desenvolvimento.
3. A) Primeiros Passos: Rumo ao Canal
● A Escolha do Tema e como a História será contada
● Por que estaria no Canal A e não no Canal B ?
● Pesquisa / Inclusive de Personagens
● Tratamento
Estes Passos são a lição de casa básica para qualquer professional que busca
emplacar um Programa na TV.
Ao escolher o Tema é fundamental estudar como tal Tema pode ser abordado, ou
seja, como a história será contada. Por exemplo, a escolha de um assunto
relevante pode parecer, de cara, uma decisão acertada. No entanto, o óbvio pode
incorrer num grave risco. Col Spector (*) - premiado Diretor de Documentário da
BBC e Channel 4 - ressalta que “assuntos relevantes geralmente são abordados
com frequência e por diferentes setores. Isto significa que talvez já tenham sido
exaustivamente expostos sem deixar brechas para novos enfoques”. Além disso,
Spector reforça a importância de levantar uma questão ou ter um foco claro que
tenha a força de guiar a narrativa.
(*) Obras de Col Spector: “Just Enough Distance” “The Lost Supper” "The Real Alan Clark” “Trouble
At The House”
A partir do momento em que este primeiríssimo passo é dado - A Escolha do
Tema e como a História será contada, o segundo passo - Por que estaria no
Canal A e não no Canal B? - fica mais claro. Muitas vezes, um Tema
inicialmente pensado para um determinado canal pode ganhar espaço em outro
por conta de como você decidiu contar tal história.
Uma vez, Tema-História-Foco-Canal engatilhados, o terceiro passo - Pesquisa /
Inclusive de Personagens - flui com naturalidade porque a pesquisa vai seguir
com mais assertividade. Afinal, você já consegue visualizar bem o caminho que
quer percorrer. Atenção: este não é um processo estanque e engessador, tudo
pode mudar ao longo do trajeto. Mas não esqueça de fazer o exercício acima para
garantir que seus passos serão dados com firmeza e consistência.
Pronto. Você já tem todos os elementos para escrever um Tratamento e levá-lo a
um Canal. O Tratamento não precisa ser extenso. Lembre-se: executivos de
canais têm tempo restrito. Em duas páginas você precisa ser capaz de mostrar o
Objetivo do Programa, a História que será contada e Como tal história será
contada. E é claro estar sempre à disposição de comentários e sugestões que
possam adequar o programa ao Canal para que de fato se transfrome em um
produto audiovisual para aquele público.
4. A partir deste momento, com o Tratamento no Canal, podemos indicar algumas
possibilidades. Entre elas, as três mais prováveis:
a) O Canal pode aprovar como está: vc acertou em cheio!
b) O Canal pode pedir ajustes e/ou adequacões.
c) O Canal pode retornar com um “muito obrigado, mas não é o projeto que
procuramos no momento”.
Vamos começar pela Alternativa c): Não desanime e procure entender o que não
se encaixa e, se houver críticas, tome nota, repense e trabalhe. Sendo que, você
pode levar o Tratamento para outro Canal que, diante das observações, venha a
ter mais afinidade com o seu Projeto.
Alternativa b) : Ótimo! O canal se interessou pelo projeto, mas gostaria de
mudanças. Nesta situação, o Canal vai poder experimentar duas características
importantes sobre o seu trabalho: a capacidade de absorver críticas e ser flexivel
quanto ao seu Projeto ( sim, ele ainda é seu ) e a sua agilidade em entender e
responder às demandas do Canal. Uma vez encaminhado o novo Tratamento e
com uma resposta positiva, o Projeto não é mais seu: ele é um produto e que deve
servir ao Canal e ao público do Canal. Será um trabalho a quatro mãos cujo foco é
deixar o Produto cada vez melhor!
Alternativa c): Como disse, você acertou em cheio! Agora é seguir o rumo
estabelecido, tendo em mente os passos do desenvolvimento. Mas não se ilude:
tem chão!
B) Passos Seguintes: Rumo ao ‘Shooting Script’/Escaleta
● Pesquisa segue aprofundada + Escolha de Personagens
● ‘Outline’
● Pesquisa / Escolha de Personagens
● ‘Shooting Script’ ou Escaleta ( no caso de Reality e/ou Doc-Reality )
Tratamento aprovado. A partir de agora o seu Projeto começa a ganhar a forma de
um Produto Audiovisual. Junto com o Canal ( e/ou coprodutor ), você vai dar os
próximos passos para chegar à fase de produção com tudo afinado.
A Pesquisa passa a ter um aprofundamento maior porque o foco está mais
claro. Conforme indicado no início desta nossa conversa, foco não quer dizer
engessamento. Durante a pesquisa, o leque de opções pode se abrir e é essencial
estar atento a estas possibilidades e dividí-las com o Canal, reforçando a
importância de ajustar rumos pré-estabelecidos.
5. Esta pesquisa envolve não só o estudo do Tema em si, mas também os
personagens que vão permear a história a ser contada. Tais personagens, alguns
previamente contactados ainda na fase de Tratamento, vão trazer novas
perspectivas e devem nos levar a outros personagens. Neste processo, será
possível enxergar melhor os espaços de cada personagem, avaliar quem é de fato
essencial, quem agrega mais, quem agrega menos.
Observação: A Pesquisa de personagens tem características específicas de
acordo com o formato sobre o qual estamos falando. Seguem alguns pontos
básicos. (** abaixo, alugmas referências )
Documentário: estamos falando de entrevistas “on camera”. É importante que os
personagens falem bem e se sintam à vontade. É possível tabalhar isto na pré-
entrevista e na direção, mas tudo tem limite. Se o personagem é muito travado
e/ou não consegue se expressar dificilmente você conseguirá um bom resultado.
Talvez seja melhor buscar alternativas.
Docudrama: neste caso, estamos falando de pessoas que vão contar suas
histórias de maneira que tal “contação” deve ser o elemento principal da narrativa.
Por mais incrível que seja a história, se os personagens que a viveram não
tiverem a capacidade de expor os fatos, suas sensações e seus sentimentos de
maneira clara – envolvente – cativante, nao vai funcionar. E isto é perfeitamente
detectátvel nas entrevistas prévias por telefone, skype ou num primeiro contato
pessoalmente.
Doc-Reality: além de tudo o que está descrito acima, estes personagens têm que
ser carismáticos. Lembre-se, nestes casos, o objetivo é que o telespectador passe
a seguir este/s personagem/ens.
Reality: neste caso, carisma e total intimidade com a câmera são os itens
principais. Estamos falando de personagens que terão suas vidas expostas
(mesmo que sob controle) de maneira muito intensa.
(**) Exemplos de programas em que se pode observar as características específicas que buscamos
nos personagens conforme o formato:
• Documentário: “O Índice da Maldade” – Discovery Channel; “São Paulo sob Ataque” -
Discovery Channel;
• Docudrama: Episódios da Série “Viver para Contar” – Discovery Channel; “I Shouldn’t be
Alive” – Discovery Channel; “Locked Abroad” – Nat Geo;
• Doc-Reality: “Bear Grylls” – Discovery Channel; “Mundo Selvagem” de Richard Rassmussen
– Nat Geo; “Border Wars” – Nat Geo; “Águias da Cidade” – Discovery Channel ; “Desafio em
Dose Dupla” – Discovery Channel ;
• Reality: “Super Nanny” – H&H; “Cake Boss” – H&H ; “Irmãos a Obra” – H&H; “Acumuladores”
– H&H; “Santa Ajuda” - GNT; “The World Strictest Parents” – H&H; “Infiltrados” – THC;
Com Tratamento e Pesquisa aprofundada, você já tem como trabalhar o ‘Outline’:
é hora de começar a pensar no Programa Bloco a Bloco. Mas lembre-se que esta
primeira estrutura proposta, com certeza, sofrerá uma série de mudanças até você
chegar ao ‘Shooting Script’ e depois ao ‘Editing Script’. E você deve estar
preparado/a para seguir neste processo de constante aperfeiçoamento com
prazer. Como disse John Wells: “It's going to take a lot longer than you think, and
don't give up. Just keep writing.". Por isso, ao invés de sofrer, curta o processo.
6. O ‘Outline’, obviamente, já vai indicar os elementos e personagens que você
considera mais relevantes e mais fortes para a história a ser contada. No entanto,
é exatamente ao visualizar a estrutura proposta que você deve questionar se este
é mesmo o melhor caminho. Ou seja, o ‘Outline’ deve servir como um momento
de reflexão diante de tudo o que você tem em mãos. Momento em que o próprio
Canal e a Produtora com quem você está produzindo, vão poder também dar um
retorno sobre a estrutura pensada. É um ponto de partida rumo ao ‘Shooting
Script’ ou Escaleta, em que você e todos os envolvidos na execução deste
Programa de TV ( lembre-se, não é mais o seu projeto e sim um produto ) devem
aprofundar ainda mais a seleção de informação e de personagens para definir o
que e quem de fato agregam para a história. Ou seja, entre o ‘Outline’ e o
‘Shooting Script’ ou ‘Escaleta”, é essencial aprofundar ainda mais a
pesquisa, para que você chegue ao Roteiro de Gravação com o máximo de
precisão. Afinal, cada minuto é muito caro e escolhas equivocadas podem
comprometer o orçamento. Mas atenção, precisão não quer dizer certeza
absoluta: estamos falando de não-ficção e, neste caso, flexibilidade é uma
característica que percorre todas as fases do processo.
Com o ‘Outline’ aprovado, já incluindo todas as anotações e modificações
necessárias, é hora de encarar o ‘Shooting Script’ (roteiro de gravação) ou
Escaleta (no caso de reality e/ou docureality).
Em geral, os programas de uma hora de grade têm cerca de 43 – 45 minutos de
arte divididos em Teaser + 06 Blocos. Sendo que, muitas vezes os canais pedem
que o 1º Bloco tenha pelo menos 10minutos e o 2ª Bloco, em média, 08minutos
por conta da estratégia de prender a audiência. Note que estes dois primeiros
blocos somam quase metade da duração do programa. Já os programas que
ocupam a grade de meia-hora, em geral nos de canais de variedades ( H&H GNT
Fox Life, etc ) pedem cerca de 22 – 24 minutos de arte divididos em 03 Blocos.
Mas estas são apenas indicações genéricas. Cada canal tem as especificidades
de grade que serão passadas e devem ser seguidas.
O ‘Shooting Script’ e/ou Escaleta são o guia para a gravação/filmagem e, é
claro, devem refletir as condições orçamentárias e o cronograma. Tudo precisa
andar junto e alinhado. Diante de necessidade de mudança, as várias partes
precisam se falar ( roteirista – diretor – produtor – canal ) para adequar possíveis
ajustes. Quanto melhor executado o passo a passo acima, menor a chance de
ajustes radicais.
O ‘Shooting Script’ já deve indicar o que se prentende gravar/filmar em cada
uma das locações e o que se pretende tirar de cada um dos personagens a serem
entrevistados, inclusive, com aspas do que já disseram nas entrevistas por
telefone e/ou skype feitas durante o desenvolvimento. Aliás, este é um ponto
importante para abrirmos um “parênteses”: as entrevistas feitas durante a fase de
pesquisa precisam ser bastante profundas para avaliar o tipo de informação a ser
trazida à tona e o carisma do personagem, mas sem eliminar a surpresa a ser
alcançada no momento da entrevista valendo. Tal “parênteses” vale para todos os
fomatos de não-ficção. O processo de pesquisa não pode “matar” a
espontaneidade do personagem escolhido.
7. A Escaleta, comum em projetos de Reality e Doc-Reality, em geral, traz uma
descrição dos personagens com o que eles têm de mais relevante a oferecer e as
situações que se prentende gravar. Sendo que, é muito importante indicar um
número muito maior de situações possíveis/provocadas do que o que de fato será
gravado. Como estamos falando de Reality e Doc-Reality, tais situações podem ou
não ocorrer e muitas outras, não programadas, podem surgir. Reality e Doc-
Reality são formatos, usualmente chamados de “non-scripted”… Mas isto de fato
não existe. Todo e qualquer formato de TV precisa ter um guideline para garantir
que ao final do cronograma teremos algo na mão: a produção não fica ao bel
prazer do acaso. Nunca! Bem, a não ser que estejamos falando de um projeto
pessoal/autoral sem compromisso de entrega e data-ar com um canal.
A Partir do Desenvolvimento…
A partir dos passos seguintes, considera-se que o desenvolvimento em si está encerrado.
Afinal, o Programa já está em pré-produção e de prefência em voo de cruzeiro. Claro que
imprevistos e mudanças vão acontecer e o Plano A poderá sofrer ajustes. Isto é absolutamente
normal. Por isso, a partir dos próximos passos, teremos apenas uma breve descrição dos itens que
compõem cada um dos Passos das Fases de
Pré-Produção Produção Pós-Produção Master.
C) Passos da Produção: Rumo à Gravação/Filmagem
● Pré – Produção: é o momento em que tudo é preparado e alinhado para as
gravações/filmagens, sendo que, cada formato e cada projeto tem suas
especificidades. Mas, em geral, locação e personagens são elementos
presentes sempre. No caso de Documentários com reencenações, há ainda
casting, figurino, locações específicas e diretor de cena/dramaturgia e às
vezes direção de arte – principalmente, nas reconstituições que envolvem
épocas específicas. No caso de Docudramas, estes itens ganham um peso
ainda maior porque a quantidade de reencenações será muito maior.
Em relação ao casting e locações para reencenações em formatos
documentais a semelhança entre personagens reais e atores é algo a ser
muito considerado para que as passagens fluam sem quebras: afinal, o
telespectador estará assistindo ao personagem contando sua história e/ou
um fato do qual participou e na sequência veremos a reencenação daquele
momento… Ou seja, é importante que haja similaridade. O mesmo em
relação às locações: é preciso que sejam verossímeis em relação aos
locais onde o fato ocorreu.
8. ● Gravação/Filmagem: quando saberemos se todo o trabalho anterior foi
bem dimensionado, pesquisado, elaborado, planejado. O momento em que
o Diretor também estará atento às surpresas positivas que podem surgir a
qualquer momento e agregar novos elementos ao Documentário, seja no
formato que for. Por mais que tenhamos calculado cada passo, a gravação
sempre tem o frescor do factual e isso é essencial.
Vale destacar mais uma orientação de Col Spector – o premiado Diretor de
Documentário da BBC e Channel 4 – já citado neste documento. “Ao prever
dramatização em formatos de documentário há que se prever orçamento de
dramaturgia e não algo ‘quase lá’.”
● Elementos de Pós: ao longo de todo o processo, enquanto se define
roteiro, pré-produção, etc… Outros elementos também estão sendo
pensados pela Equipe da Direção/Roteirista/Produção : Arte – CGI –
Gráficos; Música; Narradores, Vinhetas, Imagens de Arquivo e outros que
sejam necessários para o programa.
D) Passos da Pós-Produção: Rumo à Master
● Montagem / ‘Editing Script’: neste momento o ‘Shooting Script’ vira
‘Editing Script’ . Ou seja, todo o material gravado/filmado começa a
ganhar voz própria e vemos o que realmente funcionou melhor, o que deve
ser valorizado e o que não rendeu tanto quanto imaginávamos. O ideal é
que o vai-volta com o canal não gere mais do que 03 ou 04 versões. No
entanto, isto não é regra e às vezes esta troca de “notes” pode se estender
mais do que gostaríamos. Por isso, é importante que tal troca seja precisa e
sempre buscando entender/atender às observações do canal ao mesmo
tempo em que os pontos-de-vista diferentes sejam bem defendidos. Vale
reforçar que o ‘Editing Script’ é a transcrição da versão montada. E isto
não é preciosismo, e sim processo de trabalho que facilita a troca de
informações entre todos os envolvidos com precisão. Ou seja, cada nova
montagem é acompanhada do respectivo ‘Editing Script’.
● Pós-Produção: finalmente, as peças do quebra-cabeças começam a se
encaixar. Enquanto a montagem final segue em processo, os outros
elementos também já entram em fase de definição: Música, Narração,
Edição de Som, Efeitos, Arte, Vinheta de Abertura, Bumps, Créditos, Estudo
de Correção de Cor, etc.
9. ● Finalização: aqui o ‘Picture Lock’ já existe. Ou seja, já temos o corte final
aprovadíssimo em que ninguém mais coloca a mão para que o “Picture
Lock” siga para o processo de correção de cor, gravação da locução final,
mixagem, efeitos e qualquer outro elemento que faça parte desta fase.
● Master: pronto, o arquivo segue para o Canal! E junto com ele, o Script
Final 100% transcrito de acordo com tal Corte Final.
Destaco que o processo descrito neste documento não se apresenta como
regra absoluta. Trata-se apenas de um processo de trabalho que pode
ajudar na organização das ideias e do passo a passo para transformar o seu
projeto em um programa audiovisual, indicando os principais momentos e
desafios que vão surgir nesta jornada. Espero que ajude!
Boa Sorte e ‘Keep Writing’…
Carla Ponte.
Carla Ponte Jornalista com mais de 20 anos de experiência em TV, Carla Ponte marca sua
trajetória acreditando no poder de contar histórias. Atualmente, é Produtora Associada na Primo
Filmes onde também atua como Produtora Executiva para Projetos de TV de ficção e não-ficção.
Entre seus trabalhos recentes, está a Supervisão de Produção da Série Infantil “Que Monstro de
Mordeu?”. A Série, criada por Cao Hamburger e Teo Poppovic (50 x 22’ – TV e 50 x 3’ – Web) é
uma coprodução da Primo Filmes e da Caos Produções. Desde 2013, Carla também faz parte da
equipe de avaliadores do NETLABTV, que seleciona projetos destinados a canais da TV por
assinatura entre milhares de inscritos. Ainda no ano passado, foi consultora para o 1° Programa
Globosat de Desenvolvimento de Roteiristas que trouxe para o Brasil o Seminário Story com
Robert McKee e o Laboratório de Roteiros com Marta Kauffman, Dan Halsted e Barry Schkolnick,
além de Master Classes com Marta Kauffman e Anthony Zuiker.
De 2008 a 2012, como Supervisora de Produção e Desenvolvimento para a Discovery Networks
Latin America/US Hispanic, desenvolveu e supervisionou dezenas de produções originais, entre
elas a série “Águias da Cidade”, cuja estreia em Outubro de 2012 colocou o Discovery na #1 em
toda a TV Paga no Brasil e que já está na 3ª Temporada, a série Viver para Contar, cujo episódio
Soterrados foi Prata do Festival de Nova York – 2012; o especial “O Assassinato de Jean Charles”,
indicado ao Emmy International 2011. Sua carreira inclui passagens pela MTV Brasil, Rede Globo
Rede Bandeirantes, TV Cultura, TV1, Discovery Networks, Globosat.
Carla Ponte é formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo - USP.