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GÊNEROS TEXTUAIS ÉPICO DRAMÁTICO
Gêneros aristotélicos ÉPICO LÍRICO DRAMÁTICO Gênero é a forma de organização da arte literária ARISTÓTELES
Gênero épico Presença de um narrador  distante do assunto narrado,  contando histórias de outras personagens. Narram feitos de heróis, histórias de um povo ou de uma nação.  Referência a deuses ou elementos da natureza que garantiam aos guerreiros sua força e tenacidade. Exaltação das personagens e de seus comportamentos nas batalhas ou aventuras. Os poemas épicos são chamados de epopeias
Narrativas modernas Predominância da prosa. Descompromisso com o caráter laudatório. Apresenta-se como fábula,  conto, novela, romance ou crônica.
FÁBULA Narrativa curta. Geralmente um diálogo. Personagens são geralmente animais. Função didática. Enunciação de uma moral.
CONTO Unidade dramática. Unidade espacial. Unidade temporal. Número reduzido de personagens. Único episódio.
NOVELA Pluralidade dramática Sucessividade dramática Personagem principal  Liberdade espacial
ROMANCE Pluralidade drmática Simultaneidade dramática Número ilimitado de personagens Liberdade de espaço Liberdade de tempo
CRÔNICA Do grego "cronos" – tempo Narrativa curta Espaço e tempo limitados Fatos do cotidiano Visão periférica e subjetiva da realidade Intenção crítica, ensejo à reflexão, humanizar fatos ou satirizar situações
Elementos da narrativa Enredo Personagens Tempo Espaço Narrador
ENREDO Apresentação Conflito Complicação Clímax Desfecho
PERSONAGENS Caracterização física Caracterização psicológica Protagonista Antagonista Necessidade dramática
TEMPO Linearidade Flash back Flash foward Tempo cronológico Tempo psicológico
ESPAÇO Cenário Relação necessária com o enredo Ambiente social
NARRADOR Foco narrativo Narrador-personagem (1ª pessoa) Subjetividade Limitação espaço-temporal Narrador-observador (3ª pessoa) Objetividade Limitação espaço-temporal Narrador-onisciente (3ª pessoa) Liberdade narrativa
TIPOS DE DISCURSO Diversidade de vozes Graus de participação do narrador Liberdade ou subordinação de personagens Marcas gramaticais
DISCURSO DIRETO Livre expressão da personagem Reprodução fiel das palavras proferidas  No plano formal o discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar, responder e sinônimos, que podem introduzi-lo, fechá-lo ou nele se inserir. pontuação específica e recursos gráficos ­ tais como dois pontos, aspas, travessão e a mudança de linha ­ a função de indicar as falas das personagens. No plano expressivo capacidade de atualizar o episódio Vivacidade das personagens  exclamações, interrogações, interjeições, vocativos e imperativos
DISCURSO INDIRETO Incorporação do discurso da personagem ao discurso do narrador. Foco na transmissão do conteúdo.  No plano formal Introdução por verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder etc.) Falas como oração subordinada substantiva, em geral desenvolvida. No plano expressivo Relato de caráter predominantemente informativo O narrador subordina a si a personagem Foco no pensamento, na essência significativa do enunciado reproduzido.
INDIRETO LIVRE Aproximação entre narrador e personagem Fusão entre discursos No plano formal O emprego desse estilo pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida da personagem (fator estético). O discurso aparece liberado de qualquer fator subordinativo, embora mantenha as transposições características do discurso indireto. Conserva as interrogações, exclamações, palavras e as frases das personagens na forma em que teriam sido ditas. No plano expressivo Narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elaborados. Nem sempre aparece isolado em meio a uma narração. Sua riqueza aumenta quando relacionado aos outros discursos
Gênero dramático Drama - em grego, significa "ação" Texto para ser encenado Alternância nas falas Ausência de narrador Rubricas de interpretação Marcas de cenário e figurino

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Gêneros textuais

  • 2. Gêneros aristotélicos ÉPICO LÍRICO DRAMÁTICO Gênero é a forma de organização da arte literária ARISTÓTELES
  • 3. Gênero épico Presença de um narrador distante do assunto narrado, contando histórias de outras personagens. Narram feitos de heróis, histórias de um povo ou de uma nação. Referência a deuses ou elementos da natureza que garantiam aos guerreiros sua força e tenacidade. Exaltação das personagens e de seus comportamentos nas batalhas ou aventuras. Os poemas épicos são chamados de epopeias
  • 4. Narrativas modernas Predominância da prosa. Descompromisso com o caráter laudatório. Apresenta-se como fábula, conto, novela, romance ou crônica.
  • 5. FÁBULA Narrativa curta. Geralmente um diálogo. Personagens são geralmente animais. Função didática. Enunciação de uma moral.
  • 6. CONTO Unidade dramática. Unidade espacial. Unidade temporal. Número reduzido de personagens. Único episódio.
  • 7. NOVELA Pluralidade dramática Sucessividade dramática Personagem principal Liberdade espacial
  • 8. ROMANCE Pluralidade drmática Simultaneidade dramática Número ilimitado de personagens Liberdade de espaço Liberdade de tempo
  • 9. CRÔNICA Do grego "cronos" – tempo Narrativa curta Espaço e tempo limitados Fatos do cotidiano Visão periférica e subjetiva da realidade Intenção crítica, ensejo à reflexão, humanizar fatos ou satirizar situações
  • 10. Elementos da narrativa Enredo Personagens Tempo Espaço Narrador
  • 11. ENREDO Apresentação Conflito Complicação Clímax Desfecho
  • 12. PERSONAGENS Caracterização física Caracterização psicológica Protagonista Antagonista Necessidade dramática
  • 13. TEMPO Linearidade Flash back Flash foward Tempo cronológico Tempo psicológico
  • 14. ESPAÇO Cenário Relação necessária com o enredo Ambiente social
  • 15. NARRADOR Foco narrativo Narrador-personagem (1ª pessoa) Subjetividade Limitação espaço-temporal Narrador-observador (3ª pessoa) Objetividade Limitação espaço-temporal Narrador-onisciente (3ª pessoa) Liberdade narrativa
  • 16. TIPOS DE DISCURSO Diversidade de vozes Graus de participação do narrador Liberdade ou subordinação de personagens Marcas gramaticais
  • 17. DISCURSO DIRETO Livre expressão da personagem Reprodução fiel das palavras proferidas No plano formal o discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar, responder e sinônimos, que podem introduzi-lo, fechá-lo ou nele se inserir. pontuação específica e recursos gráficos ­ tais como dois pontos, aspas, travessão e a mudança de linha ­ a função de indicar as falas das personagens. No plano expressivo capacidade de atualizar o episódio Vivacidade das personagens exclamações, interrogações, interjeições, vocativos e imperativos
  • 18. DISCURSO INDIRETO Incorporação do discurso da personagem ao discurso do narrador. Foco na transmissão do conteúdo.  No plano formal Introdução por verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder etc.) Falas como oração subordinada substantiva, em geral desenvolvida. No plano expressivo Relato de caráter predominantemente informativo O narrador subordina a si a personagem Foco no pensamento, na essência significativa do enunciado reproduzido.
  • 19. INDIRETO LIVRE Aproximação entre narrador e personagem Fusão entre discursos No plano formal O emprego desse estilo pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida da personagem (fator estético). O discurso aparece liberado de qualquer fator subordinativo, embora mantenha as transposições características do discurso indireto. Conserva as interrogações, exclamações, palavras e as frases das personagens na forma em que teriam sido ditas. No plano expressivo Narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elaborados. Nem sempre aparece isolado em meio a uma narração. Sua riqueza aumenta quando relacionado aos outros discursos
  • 20. Gênero dramático Drama - em grego, significa "ação" Texto para ser encenado Alternância nas falas Ausência de narrador Rubricas de interpretação Marcas de cenário e figurino