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VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
MOSTRA FILATÉLICA
COMEMORATIVA DO DIA DA CIDADE
500 ANOS
DE
SANTO ANTÓNIO DE ARENILHA
(antiga Estação Telégrafo Postal de Vila Real de Santo António, construída em 1927 na Rua Eng.º Frederico Ramirez, desactivada
em 1978, quando da sua transferência para as actuais instalações. Foto gentilmente cedida por Foto Calé de Vila R. de Sto. António)
Catálogo
Organização da Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António
Centro Cultural António Aleixo – 11 a 30 de Maio de 2013
• ORGANIZAÇÃO
Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Vila Real de Santo António
• APOIOS E AGRADECIMENTOS
√ Câmara Municipal de Vila Real de Santo António
√ Câmara Municipal de Castro Marim
√ Correios de Portugal
√ Federação Portuguesa de Filatelia
√ Direcção e Comando da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Vila Real de Santo António
• O CARIMBO COMEMORATIVO
500 Anos de Santo António de Arenilha
Mostra Filatélica
Vila Real de Santo António CTT 2013.05.13
O Carimbo Comemorativo representa a Marca Pré-Filatélica usada em Vila
Real de Santo António no período compreendido entre 8/4/1810 a
14/7/1832 (datas comprovadamente conhecidas da primeira e última carta
que ostentam esta Marca Pré-Filatélica em Vila Real de Santo António).
• O LOCAL E O HORÁRIO
√ Posto de Correio
Dia 13 de Maio de 3012 das 14H30 às 17H30
Centro Cultural António Aleixo
Rua Teófilo de Braga
8900-303 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
√ Horário da Exposição
Diariamente das 10H00 às 12H00 e das 14H30 às 17H30
À descoberta da Marca Postal
de Santo António de Arenilha
O carimbo pré-filatélico de Santo António de Arenilha, com as
medidas (52 x 8,5 mm), que ilustramos neste artigo, já foi objecto de pelo
menos dois artigos, assinados por dois ilustres filatelistas com vasta
tradição na literatura filatélica, estou a falar do Dr. António Fragoso e do
Eng.º M. M. Andrade e Sousa.
Não resistimos em insistir no tema, até porque este ano,
comemoram-se os 500 anos da Carta de Privilégio concedida a António
Leite, por D. Manuel (ver artigo publicado no Jornal Baixo Guadiana, Ano
12, nº 153 de Fevereiro de 2013 que igualmente incluímos neste catálogo).
Concordamos perfeitamente com o Dr. António Fragoso que intitula
o seu artigo como “Topónimo que ressuscita num carimbo de Correio”, já
o mesmo não acontece com parte do seu conteúdo, até porque desde 1958,
data da sua publicação, até aos dias de hoje outros pormenores sobre a
existência de Santo António de Arenilha foram sendo conhecidos.
Começamos por aludir ao facto que o artigo publicado por Fragoso
ser consequência de uma carta enviada para Vila Real de Santo António,
aquando da Segunda Exposição Filatélica realizada nesta cidade, à data
ainda vila, e publicada posteriormente na revista “Mercado Filatélico”, nº
107, de Maio de 1958. Depois de algumas considerações baseadas em
documentos antigos, devidamente referenciados, sobre Santo António de
Arenilha e a sua nomenclatura, e, centradas as suas considerações numa
carta enviada a partir de Vila Real de Santo António em 1832 que é
pertença do acervo da Administração Geral dos CTT, propõe-nos que a
questão terá andado à volta de D. Miguel, que denominou paladino da
Contra-Revolução e que este rei queria reintegrar Portugal na linha das
tradições e daí a utilização da marca ( ) ou ainda, por que a
ressurreição toponímica de Arenilha terá sido mera consequência da
tradição local teimosamente arreigada!, inclinando-se aquele ilustre
filatelista por esta segunda hipótese. Também o cremos.
Outro autor, M. M. Andrade e Sousa, um autor que muito estudou o
correio no Algarve, em artigo publicado no Boletim do Jornalista Filatélico
(ano 1, nº 4 em 1976), podendo mesmo quase afirmar-se ser um
complemento do artigo anterior, é mais objectivo, afirmando que, crê-se
que esta povoação nasceu na Idade Média (Séculos XIII-XIV) e
praticamente nada se sabe sobre a sua história. É conhecido apenas que
desapareceu aí por 1590-1610 devido a vicissitudes humanas e naturais
várias… afirmando que Santo António de Arenilha deixou de existir cerca
de 1610.
Centraliza o seu artigo à volta de duas cartas, ambas com origem em
Espanha (Ayamonte e Cadiz), que tiveram o início do seu circuito postal
em Vila Real de Santo António, fazendo o paralelismo com uma outra,
proveniente também de Cadiz, mas cujo início do circuito postal teve
origem naquela cidade espanhola. Também está de acordo com Fragoso ao
afirmar que a utilização do topónimo se deve a uma tradição local
teimosamente arreigada, alvitrando ainda a hipótese de o primeiro Correio
Assistente ser certamente pessoa inimiga do Marquês de Pombal.
A. Fragoso e M. M. Andrade e Sousa estão pois de acordo com a
possível origem da marca ( ), tradição local.
Vejamos pois alguns factos históricos e naturais para depois nos
centralizarmos na MARCA EM ESTUDO.
Discute-se ainda a localização de Santo António de Arenilha. Não
cabendo no conteúdo deste artigo determinar esse local com exactidão,
mas, tratando-se de uma zona ribeirinha, na foz do Rio Guadiana, de solo
bastante arenoso e de fácil erosão, é natural o seu desaparecimento precoce,
quer por causas naturais, quer por intervenção humana. O certo é que
ocupou uma área que hoje faz parte de Vila Real de Santo António.
Visitámos o possível local; não nos dá qualquer pista, até porque está
completamente diferente do dos tempos de Arenilha.
O único testemunho não escrito que nos propõe a existência de Santo
António de Arenilha encontra-se actualmente no Museu do castelo de
Castro Marim. É um sino e, contém a seguinte inscrição “He das Câmaras
desta Villa de Castro Marim e da de Santo António de Arenilha – Anno de
1737”, que, pela data que apresenta, é posterior à existência das duas
edificações religiosas da localidade.
Não há quaisquer vestígios de Santo António d’Arenilha, já que as
casas seriam feitas de material perecível e não resta absolutamente nada das
duas únicas construções religiosas em pedra, a Matriz da Trindade e a
Ermida de Santo António, além do citado sino, pertencente à primeira das
edificações. Meio submerso nas águas do Guadiana podemos ver, ainda
hoje, alguns vestígios em pedra de uma torre (de fortim?) do que poderá ter
sido uma guarda avançada na embocadura do Guadiana, que, alguns
estudiosos, dizem ser do tempo de Arenilha. Muitos testemunhos há, e
muitos haverão de existir, mas todos eles com origem em fontes gráficas ou
escritas e dos quais referimos alguns deles:
• Nos dias de hoje, é pelo Livro das Fortalezas, de Duarte de Armas
publicado entre 1508 e 1510, que é conhecido, pela primeira vez, o
topónimo Arenilha, aliada à fortificação de Castro Marim;
• A Carta de Privilégio concedida por D. Manuel e datada de 7 de
Fevereiro de 1513, diz textualmente: “nossa Villa darenilla que hora
mandamos fazer e edifycar (…) e que nos praz que ha dita Villa seja
couto assy e de maneira que ho he a nossa Villa de Castro Marym”;
• D. João III, confirma este Privilégio em 25 de Maio de 1526,
referindo o texto anterior;
• Em 21 de Maio de 1529, carta da D. João III isentando os moradores
da Villa darenilha para não pagarem sisa do vinho, que venderam a
torno, ou atavernado em suas casas;
• Em 1547, Diogo Fernandes das Povoas, Provedor e Feitor-mor das
Alfândegas do mar e terra dos Reinos de Portugal e dos Algarves,
tomam-se por Regimento (Lei que estabelece obrigações de tribunal,
magistrado ou oficial) que “… achey que a dita Villa de Santo
António (Villa de Arenilha) avia nececidade de huma pessoa que
olhasse pelos direitos das mercadorias e couzas outras que
pertencem despacharem-se na Alfandega de Tavira…“;
• Em 1554, foi efectuada uma Visitação da Igreja da Trindade de
Villa de Santo António e à Ermida de Santo António, situadas na
barra do Guadiana;
• Em 1555, Luís Leite, filho maior e barão lidimo, sucedeu a seu pai
António Leite, como senhor de Arenilha, após uma disputa do cargo
com Jerónimo de Melo, fidalgo da Casa Real e alcaide-mor de
Castro Marim, disputa esta que só acaba com a morte deste último;
• Um outro acontecimento histórico, ocorrido em Janeiro e Fevereiro
de 1573, foi a visita que El-rei D. Sebastião efectuou à parte oriental
do Algarve. Vindo de Évora, é recebido em Tavira por uma multidão
de portugueses e castelhanos (do outro lado do Guadiana havia
descontentamento com a governação de Filipe II), onde permaneceu
nos dias 1 e 2, deslocando-se no dia 3 para Castro Marim, fazendo
um desvio para observar a Fortaleza de Cacela, visitando nesse
mesmo dia um pequeno lugar na barra do rio a que chamavam de
Santo António e, desembarcando em seguida em Ayamonte, a
pedido do seu Corregedor, e regressando nesse mesmo a Castro
Marim, onde grande parte da sua população era degredada. Apesar
da insignificância de um povoado como o foi Santo António
d’Arenilha, teve honras de uma visita real. Haveria de ter uma outa,
mas agora já como Vila Real de Santo António;
• António Leite de Vasconcelos, habilita-se ao cargo de alcaide de
Arenilha por morte de seu pai, Luís Leite, mercê que lhe é conferida
em sua vida somente. Era alcaide em 1588, mercê que lhe é
concedida por Filipe I, recompensado-o pela sua fidelidade;
• Em 1601, é conhecido aquele que poderá ter sido o último donatário
de Arenilha, Francisco Pereira de Vasconcelos, irmão do anterior,
recebendo o cargo por uma vida, o qual foi dispensado por hum
breve apostoliquo do Santo Padre, Clemente VIII, feito em 26 de
Junho de 1600 para poder ter a dita alcaidaria mor, sem embargo
de não ser cavaleiro da ordem de Noso Senhor Jesus Cristo e não
ter servido em África na guerra contra os Mouros;
• Em 1607, Henrique Fernandes Sarrão, na sua “História do Reino do
Algarve”, conta-nos que neste ano habitavam Santo António de
Arenilha apenas dois vizinhos, o que deveria corresponder a 9 ou 10
almas;
• Cartografia do séculos XVIII, em nosso poder, atestam a existência
do núcleo histórico de Vila Real de Santo António, chamando-lhe
Vila Real de Santo António de Arenilha;
Há ainda outros testemunhos escritos que alteram, de uma forma
mais ou menos intermitente, a nomenclatura desta Villa. A permanência
dos seus habitantes parece ter sido sazonal, permanecendo neste local
apenas durante um período limitado a pouco mais de quatro meses por ano,
o tempo suficiente para a faina anual da pesca da sardinha e amanho das
vinhas.
• Em 1508/1510, Duarte de Armas quando a ilustra na fortificação de
Castro Marim denomina-a arenilha;
• Em 1513, D. Manuel, na Carta de Privilégio chama-lhe Villa
darenilha
• Em 1542, D. João III faz saber aos Juízes e vereadores, procurador
e homens bons da Villa de Arenilha que, ei por bem e meu serviço
que a dita Villa se nomee e chame daquy em diante a Villa de Santo
António e se nam nomei ne chame d’Arenilha
• Em 1774 (17 de Março), iniciaram-se as terraplanagens para a
edificação de Vila Real de Santo António;
• Em 1775, o Marquês de Pombal, quando a Villa Real de Santo
António se dava igualmente o nome de Villa Real de Santo António
de Arenilha, dirigiu à câmara uma carta proibindo-lhe que se désse à
nova villa o nome de Arenilha, por que, dizia, Arenilha é um palavra
hespanhola e Villa Real é uma povoação portuguesa.
Entre 1508 e 1775, Houve uma série de avanços e recuos na
utilização indiscriminada deste topónimo, escusando-me de as referir, por
nada acrescentar ao tema em estudo.
Depois de dissecados os artigos já publicados sobre o carimbo Santo
António d’Arenilha e, de apresentados alguns factos históricos, resta-nos
concluir apresentando mais algumas achegas aos artigos anteriores.
Em 8 de Abril de 1810, data da primeira carta conhecida com a
utilização da marca em estudo ( ), já Luís António de Vasconcelos
tinha sido investido no cargo de Assistente de Correio de Vila Real de
Santo António; o Alvará de confirmação para continuar no cargo, depois do
Correio voltar à posse da Coroa, havia sido elaborado em 5 de Março de
1806. Terá sido pois, Luís António de Vasconcelos o responsável pelo
aparecimento desta marca. Porque razão o fez, ainda não se descobriu e,
provavelmente nunca chegaremos a uma verdade plena. Foi um dos seus
sucessores e, eventualmente seu parente (estes cargos à época era normal
ficarem na mesma família), Primo Costa Guimarães, o primeiro a utilizar o
carimbo com a marca ( ).
Não se pense que Luís António de Vasconcelos terá sido familiar de
alguns dos Senhores de Arenilha; apesar da semelhança de nomes, o
apelido Vasconcelos era comum, já que não temos qualquer prova que o
confirme. Também não pomos de parte esta hipótese e, neste caso, poderia
aqui residir o enigma do aparecimento desta marca – razões familiares.
António Leite de Vasconcelos, neto do primeiro Senhor de Arenilha,
António Leite, nem sequer foi contemporâneo de Luís António de
Vasconcelos, já que este último viveu cerca de dois séculos depois.
Não foi por acaso que o Marquês de Pombal proibiu a utilização do
topónimo Arenilha. Era voz comum, que o antigo topónimo era utilizado de
forma oral pela sua população e a do seu termo, como o era também
quando lavrada em actas da vereação da câmara de Vila Real de Santo
António ou até, no que é mais estranho, nos novos decretos, que eram
emanados a partir de Lisboa, durante o reinado de D. José I, referentes à
extinção dos mais diversos serviços nas comarcas vizinhas de Cacela (em
decadência) e, de Castro Marim (que via nascer uma nova vila para passar
a viver à sua sombra), para as transferir para a nova Villa de Santo António
de Arenilha. Também as ordens dadas pelo Vigário Geral do Bispado do
Algarve utilizavam o topónimo Santo António de Arenilha.
Mesmo depois da ordem do Marquês de Pombal de proibir que se
désse à nova villa o nome de Arenilha continuou a utilizar-se este
topónimo. É a força da tradição a ditar a sua lei.
Será pois, a marca de ( ) consequência destes dois factos, ou
haverá outros que a eles se sobreponham?
Familiar – eventual ascendência parentesca entre os Senhores de
Arenilha e o do (primeiro) Assistente do Correio-mor de Vila Real de
Santo António e
Tradicional – continuação, na voz do povo, do antigo topónimo.
O certo é que não será por agora, que se chegará à resolução deste
enigma, inclinando-me mais para a segunda das hipóteses, corroborando a
opinião dos dois ilustres filatelistas citados neste artigo. É também a
opinião de um não filatelista, o Prof. Hugo Cavaco, que ao legendar uma
das figuras incluído no seu livro, Revisitando Santo António de Arenilha, a
carta de ilustramos em adenda datada de 27/6/1823, diz textualmente,
…”que atesta a teimosa permanência do topónimo”…
Francisco Matoso Galveias
Obras consultadas:
• Oliveira, Ataíde – Monografia do Concelho de Vila Real de Santo António, Ed. Algarve em
Foco, Outubro de 1999;
• Cavaco, Prof. Hugo – Revisitando Santo António de Arenilha, Ed. Da Câmara Municipal de Vila
Real de Santo António, Maio de 1995;
• Castelo Branco, Manuel da Silva, introdução de – Duarte de Armas, Livro das Fortalezas, Ed. de
Anquivo Nacional da torre de Tombo e Edições INAPA, 2ª Edição, Lisboa 1997;
• Jornal do Algarve – Suplemento – Ed. de 12 de Maio de 1988;
• Jornal do Baixo Guadiana – Ed. de Fevereiro de 2013;
• Boletim do Jornalista Filatélico, Ano 1, nº 4 – 1976;
• Revista Mercado Filatélico, nº 107, Maio de 1976;
• Frazão, Luís Brito – Pré-Filatelia Portuguesa, Marcas Postais utilizadas em Portugal Continental
na Época Pré-Adesiva (1799-1853), Ed. de Branca de Brito Sucª, Lda, Setembro de 2012;
• Catálogos de Leilões Filatélicos Paulo Dias, Ed. de Leilões P. Dias, Lda;
• Catálogos de Leilões do Clube Filatélico de Portugal;
• Catálogos de Leilões do Núcleo Filatélico do Ateneu Comercial do Porto.
Agradecimentos:
• Agradecemos à Fundação Portuguesa das Comunicações, na pessoa da D. Susana Afonso a
disponibilidade no fornecimento da digitalização de peça filatélica;
• Ao filatelista José Geada Sousa, pela revisão do texto;
• Ao filatelista, Dr. Pedro Vaz Pereira pelas informações prestadas;
• Ao filatelista Joaquim Manuel Cortes pelas informações prestadas;
• Ao filatelista, Prof. António Gonçalves Borralho, pela cedência de peça filatélicas
• Ao pessoal da Biblioteca Municipal Vicente Campinas, pela disponibilidade
ADENDA:
Não são muitas as cartas conhecidas com a marca ( ). Haverá
porventura mais algumas, em colecções particulares que são de conhecimento restrito.
Outras há que, por apareceram em leilões filatélicos, são de “domínio público”, por
constarem nos catálogos, quer informáticos, de que damos alguns exemplos. A sua
apresentação é feira por ordem cronológica em função da expedição da carta:
▲Santo António de Arenilha – , marca batida a sépia –
Catalogada por VRS1 em GM (Catálogo A. Guedes de Magalhães de M. Andrade e
Sousa) e LF (Luís Brito Frazão, na obra a seguir citada)., em carta datada de Cádis
(Espanha) de 8 de Abril de 1810 para Lisboa, com porte manuscrito de “60” (Reis),
marca ligeiramente sumida como habitualmente aparece. Peça filatélica Muito Boa/Boa.
É uma carta dirigida à Condessa de Alva, minha irmã e minha Senhora, para
Lisboa. Terá sido transportada em mão desde Cádis até Vila Real de Santo António. O
porte de 60Reis não estava de acordo com a tabela de portes então em vigor, já que
deveria ter pago 90Reis. Ainda segundo informação de Andrade e Sousa, no seu artigo
publicado no Boletim do Jornalista Filatélico esta carta encontrava-se, à data de
publicação do artigo (1976), no arquivo do Palácio da Anunciada, dos Marqueses de
Rio Maior em Lisboa.
Esta carta foi à Praça por 750€ no 42º Leilão Paulo Dias, realizado em Lisboa,
no Hotel Plaza no dia 3 de Novembro de 2007, tendo sido retirada do leilão.
.
(Digitalização obtida a partir do Catálogo do Leilão Paulo Dias nº 42)
▲Santo António de Arenilha – . Carta datada de 2 de Março de
1812 circulada para Lisboa e batida e sépia. Catalogada por VRS1 em GM e LF. Carta
inserida na obra Pré-Filatelia Portuguesa, Marcas Postais Utilizadas em Portugal
Continental na Época Pré-Adesiva (1799-1853) da autoria de Luís Brito Frazão, edição
de Branca de Brito Sucª, Lda. Peça Filatélica Muito Rara e Bom Estado.
Não temos informação sobre o seu interior.
▲Santo António de Arenilha – , marca batida a sépia –
Catalogada por VRS1 em GM e LF, em carta datada de Ayamonte de 27 de Junho de
1823 para Lisboa, com porte manuscrito de “35” (Reis). Alguns defeitos no interior,
reparados, que não afectam a marca. Peça filatélica Rara e em estado aceitável.
É uma carta dirigida a Francisco da Rosa (?) Madeyro, Lisboa e terá sido
transportada em mão desde Ayamonte para Vila Real de Santo António, onde iniciou o
seu circuito postal. Também a esta carta Andrade e Sousa se referiu, pois disse pertencer
à sua colecção particular e, ter sido oriunda dos arquivos dos Duques de Lafões.
Esta carta foi à Praça por 16.000$00 no 6º Leilão Paulo Dias, realizado em
Lisboa, no Hotel Roma nos dias 26 e 27 de Novembro de 1994, tendo sido retirada do
leilão. Não temos conhecimento se foi ou não arrematada. Igualmente volta a aparecer
no 41º Leilão Paulo Dias, realizado a 23 de Março de 2007, tendo ido à praça por 150€
e sido arrematado por 220€
(Digitalização obtida a partir do Catálogo do Leilão Paulo Dias nº 6)
▲Santo António de Arenilha – , marca batida provavelmente a
sépia (só tivemos acesso a uma cópia e preto e branco) – Catalogada por VRS1 em GM
e LF, em carta datada de Ayamonte de 27 de Setembro de 1827 para o Porto, com porte
manuscrito. É uma peça Rara e Bonita.
Esta carta foi à Praça por 40.000$00 no 4º Leilão Paulo Dias, realizado em
Lisboa, na Rua Dr. António Cândido, 17 (a São Sebastião). Desconhecemos se foi ou
não arrematada
A Carta é dirigida a João António Severino, secretário da Junta da Companhia
Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro – Porto e foi enviada pelo
Administrador da Junta em Vila Real de Santo António. Note-se que o remetente
utilizou a toponímica Vila Real de Santo António, contrastando com o carimbo utilizado
que é de Santo António d’Arenilha.
(Digitalização obtida a partir do Catálogo do Leilão Paulo Dias nº 4)
▲Santo António de Arenilha – , marca muito mal batida,
provavelmente a sépia (só tivemos acesso a uma cópia e preto e branco) – Catalogada
por VRS1 em GM e LF, em carta datada de 23 de Junho de 1832. É uma carta isenta de
franquia (R S – Real Serviço) e classificada como bastante Rara, diria mesmo Única.
A carta é dirigida ao Ilmo. Snr. Sub Inspector Geral dos Correios e Postas do
Reyno, Lisboa e é remedida pelo Correio Assistente de V.a R.al (Vila Real).
A carta vem ilustrar o artigo de António Fragoso, dizendo-nos este ilustre
filatelista, que é pertença do Arquivo da Administração Geral dos CTT, podendo ler-se
no seu interior Deus Guarde a V. Sª., Vª Rª de Sº Antº 23 de Junho de 1832. Estamos
pois em presença de uma peça filatélica onde existe um contra-senso: no texto da carta
aparece Vila Real de Santo António, de forma abreviada e contem uma marca (carimbo)
de Santo António de Arenilha – uma incongruência de topónimos.
(Carta com deficiente legibilidade, retirada do Artigo do Dr. António Fragoso e publicada na revista o
“Mercado Filatélico”. Solicitámos nova digitalização à Fundação Portuguesa das Comunicações, à qual
agradecemos a disponibilidade, mas que não nos pode ceder, não tendo sido possível uma reprodução em
melhores condições)
▲Loulé – –Marca mal batida a sépia, Catalogada por LL1 em GM e LF,
em carta datada de Aljustrel de 24 de Março de 1823.
É uma carta isenta de franquia (S. N. R. – Serviço Nacional Real), enviada para
o Ilmo. Snr. Director dos Correios e Postas do Reyno e, remetida por Francisco António
S. Thyago, Major de Artª de Milícias de Évora, que à data era o comandante de
artilharia do regimento de Évora.
Segundo Pedro Vaz Pereira, tanto os Correios de Beja, como o de Santo António
de Arenilha, tinham o correio distribuído por um estafeta pago pela Fazenda Real e que
circulava entre estas duas povoações, com o seguinte trajecto: partia de Santo António
de Arenilha e passava por Tavira, Faro, Loulé, Almodôvar, Castro Verde, Aljustrel e
com chegada a Beja. Esta carta poderá ter sido trazida de Aljustrel para Loulé,
provavelmente, por um estafeta militar e, seguindo o trajecto indicado a partir de Loulé
até Beja, de onde foi (re-) expedida para Lisboa.
Porque a carta expressamente diz, Do Estafeta dos Corr.os de Beja até V.a Real
de S.to An.to d’Arenilha (Do estafeta dos Correios de Beja até Vila Real de Santo
António de Arenilha), competia a este estafeta transportá-la de Loulé para Beja e daqui
para Lisboa.
É uma peça interessantíssima e bastante rara, pertencente ao espólio da
Fundação Portuguesa das Comunicações que, gentilmente no-la cedeu.
(Digitalização de carta gentilmente cedida pela Fundação Portuguesa das Comunicações e que nos mostra
a existência de um estafeta em Vila Real de Santo António de Arenilha)
▲Santo António de Arenilha. Carta qualquer marca postal, eventualmente
transportada em mão por estafetas militares. Está dirigida “Ao ilustríssimo Comandante
e Armador Mor de Sua Magestade e do seu concelho Governador Militar e
Administrativo Vice Rei e Comandante Geral deste Reino Tavira” (Ao Ilmo Com.tt E
Arma dor Mor de Sua Mag.e. edoSeu Concelho Go.D.. M. A), sendo remetida pelo
Comandante do Destacamento de Santo António de Arenilha (DoComt. do Destacam.to
de.ta nova San.to Na.to darenilha).
(Digitalização gentilmente cedida pelo Prof. António Gonçalves Borralho de carta
pertencente à sua colecção particular.)
SANTO ANTÓNIO DE ARENILHA – FUNDADA HÁ 500 ANOS
Assinala-se, no presente mês de Fevereiro de 2013, os 500 anos da
fundação de Santo António de Arenilha. Apesar do respectivo topónimo já
aparecer no Livro das Fortalezas de Duarte de Armas – livro incumbido por
D. Manuel onde estão representados os castelos e fortalezas existentes na
fronteira portuguesa – não devemos contudo, partir do pressuposto de que
ali já existiria o dito povoado. Ora, o já mencionado Livro da Fortalezas foi
produzido nos primeiros anos do século XVI, talvez por volta de 1509, e
denuncia o topónimo de evidente origem castelhana que se refere
claramente às características arenosas da margem portuguesa da
desembocadura do Guadiana. Porém, só alguns anos mais tarde foi
elaborada a Carta de Privilégio concedida por D. Manuel, em 8 de
Fevereiro de 1513, documento régio que determinou a construção de
Arenilha: “nossa Villa darenilla que hora mandamos fazer e edifycar (…) e
que nos praz que ha dita Villa seja couto assy e de maneira que ho he a
nossa Villa de Castro Marym”. Desta maneira, pretendia o “Venturoso”
evitar as investidas da pirataria moura (bastante activa na centúria de
quinhentos) e o contrabando de mercadorias (prejudicial aos cofres da
Coroa), através da criação de um couto de homiziados. Não podemos
esquecer que toda a erma região entre Cacela e a foz do Guadiana
correspondia a um areal não protegido e pouco vigiado, pelo que se tornava
propício a incursões inimigas e outras actividades ilícitas. Porém, com a
criação do referido couto, forçava-se o povoamento de uma localidade que
pudesse vigiar as embarcações da pirataria magrebina que frequentemente
apareceriam no horizonte. E, por outro lado, também o monarca português
afirmava a sua soberania política e administrativa sobre aquele território,
para além de melhores proventos das pescarias do mar de Monte Gordo.
Com efeito, estas reformas levadas a cabo na margem portuguesa do
Guadiana, no reinado de D. Manuel, não podem nem devem ser atendidas
como um caso pontual ou isolado, mas sim contextualizados num quadro
mais ambicioso e abrangente; pretendia o soberano português o ser reino
política e administrativamente (vejam-se as reformas presentes nos forais
manuelinos), para além de assegurar a delimitação e manutenção das suas
fronteiras, (veja-se a incumbência do referido Livro das Fortalezas de
Duarte de Armas).
A verdade é que Santo António de Arenilha acabaria por ter vida
efémera; já em 1600 referia Henrique Fernandes Sarrão em História do
Reino do Algarve: “os vezinhos são tão poucos, que não passam de dous”
e, inevitavelmente, acabou por se despovoar nos princípios do século XVII.
Contudo, e não obstante a curta vida de Arenilha, torna-se impossível
deixar de referir a visão estratégica de D. Manuel no que se refere à defesa
dos interesses da Coroa portuguesa. Uma visão estratégica que, não se
pretendendo iluminada pelas luzes da razão, acabou por antecipar ao
Marquês de Pombal em mais de dois séculos e meio…
Fernando Pessanha
Formador de História do Algarve
*o autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico
(Artigo inserido no JORNAL DO BAIXO GUADIANA,
Jornal mensal, Ano 12, nº 153, de Fevereiro de 2013,
e com a devida vénia do seu autor).
Castro Marim, extraído do Livro de Fortalezas de Duarte de Armas.
Arenilha está representada entre os dois barcos que se vêm à esquerda.
COLECÇÕES E EXPOSITORES
Filatelia
• Secção de Coleccionismo dos Bombeiros
1 a 2 – Vila Real de Santo António – Antigamente
• Luís Brito Frazão
3 a 5 – Período Pré-Adesivo no Algarve
• Pedro Miguel Vaz Pereira
6 a 10 – Inteiros Postais da Monarquia Portuguesa
• Francisco Jorge Geada Sousa
11 a 18 – Expansão Ultramarina Portuguesa
• Segundo Heredia Machado
19 a 26 – Veihículos automóviles
• Francisco Matoso Galveias
27 a 29 – Animais em Vias de Extinção
• Jorge Bomba
30 a 31 – Erros e defeitos em selos de Portugal
• António Gonçalves Borralho
32 a 34 – Pintores nos Inteiros Postais Portugueses
• Francisco Gómez Ponce
35 a 37 – Monarquías hispânicas
• Albano Parra Santos
38 a 40 – Palops e a Filatelia
Cartografia
• Cartas Geográficas do século XVIII
Cartofilia
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  • 1. VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO MOSTRA FILATÉLICA COMEMORATIVA DO DIA DA CIDADE 500 ANOS DE SANTO ANTÓNIO DE ARENILHA (antiga Estação Telégrafo Postal de Vila Real de Santo António, construída em 1927 na Rua Eng.º Frederico Ramirez, desactivada em 1978, quando da sua transferência para as actuais instalações. Foto gentilmente cedida por Foto Calé de Vila R. de Sto. António) Catálogo Organização da Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António Centro Cultural António Aleixo – 11 a 30 de Maio de 2013
  • 2. • ORGANIZAÇÃO Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António • APOIOS E AGRADECIMENTOS √ Câmara Municipal de Vila Real de Santo António √ Câmara Municipal de Castro Marim √ Correios de Portugal √ Federação Portuguesa de Filatelia √ Direcção e Comando da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António • O CARIMBO COMEMORATIVO 500 Anos de Santo António de Arenilha Mostra Filatélica Vila Real de Santo António CTT 2013.05.13 O Carimbo Comemorativo representa a Marca Pré-Filatélica usada em Vila Real de Santo António no período compreendido entre 8/4/1810 a 14/7/1832 (datas comprovadamente conhecidas da primeira e última carta que ostentam esta Marca Pré-Filatélica em Vila Real de Santo António). • O LOCAL E O HORÁRIO √ Posto de Correio Dia 13 de Maio de 3012 das 14H30 às 17H30 Centro Cultural António Aleixo Rua Teófilo de Braga 8900-303 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO √ Horário da Exposição Diariamente das 10H00 às 12H00 e das 14H30 às 17H30
  • 3. À descoberta da Marca Postal de Santo António de Arenilha O carimbo pré-filatélico de Santo António de Arenilha, com as medidas (52 x 8,5 mm), que ilustramos neste artigo, já foi objecto de pelo menos dois artigos, assinados por dois ilustres filatelistas com vasta tradição na literatura filatélica, estou a falar do Dr. António Fragoso e do Eng.º M. M. Andrade e Sousa. Não resistimos em insistir no tema, até porque este ano, comemoram-se os 500 anos da Carta de Privilégio concedida a António Leite, por D. Manuel (ver artigo publicado no Jornal Baixo Guadiana, Ano 12, nº 153 de Fevereiro de 2013 que igualmente incluímos neste catálogo). Concordamos perfeitamente com o Dr. António Fragoso que intitula o seu artigo como “Topónimo que ressuscita num carimbo de Correio”, já o mesmo não acontece com parte do seu conteúdo, até porque desde 1958, data da sua publicação, até aos dias de hoje outros pormenores sobre a existência de Santo António de Arenilha foram sendo conhecidos. Começamos por aludir ao facto que o artigo publicado por Fragoso ser consequência de uma carta enviada para Vila Real de Santo António, aquando da Segunda Exposição Filatélica realizada nesta cidade, à data ainda vila, e publicada posteriormente na revista “Mercado Filatélico”, nº 107, de Maio de 1958. Depois de algumas considerações baseadas em documentos antigos, devidamente referenciados, sobre Santo António de Arenilha e a sua nomenclatura, e, centradas as suas considerações numa carta enviada a partir de Vila Real de Santo António em 1832 que é pertença do acervo da Administração Geral dos CTT, propõe-nos que a questão terá andado à volta de D. Miguel, que denominou paladino da Contra-Revolução e que este rei queria reintegrar Portugal na linha das tradições e daí a utilização da marca ( ) ou ainda, por que a ressurreição toponímica de Arenilha terá sido mera consequência da tradição local teimosamente arreigada!, inclinando-se aquele ilustre filatelista por esta segunda hipótese. Também o cremos. Outro autor, M. M. Andrade e Sousa, um autor que muito estudou o correio no Algarve, em artigo publicado no Boletim do Jornalista Filatélico
  • 4. (ano 1, nº 4 em 1976), podendo mesmo quase afirmar-se ser um complemento do artigo anterior, é mais objectivo, afirmando que, crê-se que esta povoação nasceu na Idade Média (Séculos XIII-XIV) e praticamente nada se sabe sobre a sua história. É conhecido apenas que desapareceu aí por 1590-1610 devido a vicissitudes humanas e naturais várias… afirmando que Santo António de Arenilha deixou de existir cerca de 1610. Centraliza o seu artigo à volta de duas cartas, ambas com origem em Espanha (Ayamonte e Cadiz), que tiveram o início do seu circuito postal em Vila Real de Santo António, fazendo o paralelismo com uma outra, proveniente também de Cadiz, mas cujo início do circuito postal teve origem naquela cidade espanhola. Também está de acordo com Fragoso ao afirmar que a utilização do topónimo se deve a uma tradição local teimosamente arreigada, alvitrando ainda a hipótese de o primeiro Correio Assistente ser certamente pessoa inimiga do Marquês de Pombal. A. Fragoso e M. M. Andrade e Sousa estão pois de acordo com a possível origem da marca ( ), tradição local. Vejamos pois alguns factos históricos e naturais para depois nos centralizarmos na MARCA EM ESTUDO. Discute-se ainda a localização de Santo António de Arenilha. Não cabendo no conteúdo deste artigo determinar esse local com exactidão, mas, tratando-se de uma zona ribeirinha, na foz do Rio Guadiana, de solo bastante arenoso e de fácil erosão, é natural o seu desaparecimento precoce, quer por causas naturais, quer por intervenção humana. O certo é que ocupou uma área que hoje faz parte de Vila Real de Santo António. Visitámos o possível local; não nos dá qualquer pista, até porque está completamente diferente do dos tempos de Arenilha. O único testemunho não escrito que nos propõe a existência de Santo António de Arenilha encontra-se actualmente no Museu do castelo de Castro Marim. É um sino e, contém a seguinte inscrição “He das Câmaras desta Villa de Castro Marim e da de Santo António de Arenilha – Anno de 1737”, que, pela data que apresenta, é posterior à existência das duas edificações religiosas da localidade. Não há quaisquer vestígios de Santo António d’Arenilha, já que as casas seriam feitas de material perecível e não resta absolutamente nada das duas únicas construções religiosas em pedra, a Matriz da Trindade e a Ermida de Santo António, além do citado sino, pertencente à primeira das edificações. Meio submerso nas águas do Guadiana podemos ver, ainda hoje, alguns vestígios em pedra de uma torre (de fortim?) do que poderá ter sido uma guarda avançada na embocadura do Guadiana, que, alguns estudiosos, dizem ser do tempo de Arenilha. Muitos testemunhos há, e muitos haverão de existir, mas todos eles com origem em fontes gráficas ou escritas e dos quais referimos alguns deles:
  • 5. • Nos dias de hoje, é pelo Livro das Fortalezas, de Duarte de Armas publicado entre 1508 e 1510, que é conhecido, pela primeira vez, o topónimo Arenilha, aliada à fortificação de Castro Marim; • A Carta de Privilégio concedida por D. Manuel e datada de 7 de Fevereiro de 1513, diz textualmente: “nossa Villa darenilla que hora mandamos fazer e edifycar (…) e que nos praz que ha dita Villa seja couto assy e de maneira que ho he a nossa Villa de Castro Marym”; • D. João III, confirma este Privilégio em 25 de Maio de 1526, referindo o texto anterior; • Em 21 de Maio de 1529, carta da D. João III isentando os moradores da Villa darenilha para não pagarem sisa do vinho, que venderam a torno, ou atavernado em suas casas; • Em 1547, Diogo Fernandes das Povoas, Provedor e Feitor-mor das Alfândegas do mar e terra dos Reinos de Portugal e dos Algarves, tomam-se por Regimento (Lei que estabelece obrigações de tribunal, magistrado ou oficial) que “… achey que a dita Villa de Santo António (Villa de Arenilha) avia nececidade de huma pessoa que olhasse pelos direitos das mercadorias e couzas outras que pertencem despacharem-se na Alfandega de Tavira…“; • Em 1554, foi efectuada uma Visitação da Igreja da Trindade de Villa de Santo António e à Ermida de Santo António, situadas na barra do Guadiana; • Em 1555, Luís Leite, filho maior e barão lidimo, sucedeu a seu pai António Leite, como senhor de Arenilha, após uma disputa do cargo com Jerónimo de Melo, fidalgo da Casa Real e alcaide-mor de Castro Marim, disputa esta que só acaba com a morte deste último; • Um outro acontecimento histórico, ocorrido em Janeiro e Fevereiro de 1573, foi a visita que El-rei D. Sebastião efectuou à parte oriental do Algarve. Vindo de Évora, é recebido em Tavira por uma multidão de portugueses e castelhanos (do outro lado do Guadiana havia descontentamento com a governação de Filipe II), onde permaneceu nos dias 1 e 2, deslocando-se no dia 3 para Castro Marim, fazendo um desvio para observar a Fortaleza de Cacela, visitando nesse mesmo dia um pequeno lugar na barra do rio a que chamavam de Santo António e, desembarcando em seguida em Ayamonte, a pedido do seu Corregedor, e regressando nesse mesmo a Castro Marim, onde grande parte da sua população era degredada. Apesar da insignificância de um povoado como o foi Santo António d’Arenilha, teve honras de uma visita real. Haveria de ter uma outa, mas agora já como Vila Real de Santo António; • António Leite de Vasconcelos, habilita-se ao cargo de alcaide de Arenilha por morte de seu pai, Luís Leite, mercê que lhe é conferida
  • 6. em sua vida somente. Era alcaide em 1588, mercê que lhe é concedida por Filipe I, recompensado-o pela sua fidelidade; • Em 1601, é conhecido aquele que poderá ter sido o último donatário de Arenilha, Francisco Pereira de Vasconcelos, irmão do anterior, recebendo o cargo por uma vida, o qual foi dispensado por hum breve apostoliquo do Santo Padre, Clemente VIII, feito em 26 de Junho de 1600 para poder ter a dita alcaidaria mor, sem embargo de não ser cavaleiro da ordem de Noso Senhor Jesus Cristo e não ter servido em África na guerra contra os Mouros; • Em 1607, Henrique Fernandes Sarrão, na sua “História do Reino do Algarve”, conta-nos que neste ano habitavam Santo António de Arenilha apenas dois vizinhos, o que deveria corresponder a 9 ou 10 almas; • Cartografia do séculos XVIII, em nosso poder, atestam a existência do núcleo histórico de Vila Real de Santo António, chamando-lhe Vila Real de Santo António de Arenilha; Há ainda outros testemunhos escritos que alteram, de uma forma mais ou menos intermitente, a nomenclatura desta Villa. A permanência dos seus habitantes parece ter sido sazonal, permanecendo neste local apenas durante um período limitado a pouco mais de quatro meses por ano, o tempo suficiente para a faina anual da pesca da sardinha e amanho das vinhas. • Em 1508/1510, Duarte de Armas quando a ilustra na fortificação de Castro Marim denomina-a arenilha; • Em 1513, D. Manuel, na Carta de Privilégio chama-lhe Villa darenilha • Em 1542, D. João III faz saber aos Juízes e vereadores, procurador e homens bons da Villa de Arenilha que, ei por bem e meu serviço que a dita Villa se nomee e chame daquy em diante a Villa de Santo António e se nam nomei ne chame d’Arenilha • Em 1774 (17 de Março), iniciaram-se as terraplanagens para a edificação de Vila Real de Santo António; • Em 1775, o Marquês de Pombal, quando a Villa Real de Santo António se dava igualmente o nome de Villa Real de Santo António de Arenilha, dirigiu à câmara uma carta proibindo-lhe que se désse à nova villa o nome de Arenilha, por que, dizia, Arenilha é um palavra hespanhola e Villa Real é uma povoação portuguesa.
  • 7. Entre 1508 e 1775, Houve uma série de avanços e recuos na utilização indiscriminada deste topónimo, escusando-me de as referir, por nada acrescentar ao tema em estudo. Depois de dissecados os artigos já publicados sobre o carimbo Santo António d’Arenilha e, de apresentados alguns factos históricos, resta-nos concluir apresentando mais algumas achegas aos artigos anteriores. Em 8 de Abril de 1810, data da primeira carta conhecida com a utilização da marca em estudo ( ), já Luís António de Vasconcelos tinha sido investido no cargo de Assistente de Correio de Vila Real de Santo António; o Alvará de confirmação para continuar no cargo, depois do Correio voltar à posse da Coroa, havia sido elaborado em 5 de Março de 1806. Terá sido pois, Luís António de Vasconcelos o responsável pelo aparecimento desta marca. Porque razão o fez, ainda não se descobriu e, provavelmente nunca chegaremos a uma verdade plena. Foi um dos seus sucessores e, eventualmente seu parente (estes cargos à época era normal ficarem na mesma família), Primo Costa Guimarães, o primeiro a utilizar o carimbo com a marca ( ). Não se pense que Luís António de Vasconcelos terá sido familiar de alguns dos Senhores de Arenilha; apesar da semelhança de nomes, o apelido Vasconcelos era comum, já que não temos qualquer prova que o confirme. Também não pomos de parte esta hipótese e, neste caso, poderia aqui residir o enigma do aparecimento desta marca – razões familiares. António Leite de Vasconcelos, neto do primeiro Senhor de Arenilha, António Leite, nem sequer foi contemporâneo de Luís António de Vasconcelos, já que este último viveu cerca de dois séculos depois. Não foi por acaso que o Marquês de Pombal proibiu a utilização do topónimo Arenilha. Era voz comum, que o antigo topónimo era utilizado de forma oral pela sua população e a do seu termo, como o era também quando lavrada em actas da vereação da câmara de Vila Real de Santo António ou até, no que é mais estranho, nos novos decretos, que eram emanados a partir de Lisboa, durante o reinado de D. José I, referentes à extinção dos mais diversos serviços nas comarcas vizinhas de Cacela (em decadência) e, de Castro Marim (que via nascer uma nova vila para passar a viver à sua sombra), para as transferir para a nova Villa de Santo António de Arenilha. Também as ordens dadas pelo Vigário Geral do Bispado do Algarve utilizavam o topónimo Santo António de Arenilha. Mesmo depois da ordem do Marquês de Pombal de proibir que se désse à nova villa o nome de Arenilha continuou a utilizar-se este topónimo. É a força da tradição a ditar a sua lei. Será pois, a marca de ( ) consequência destes dois factos, ou haverá outros que a eles se sobreponham?
  • 8. Familiar – eventual ascendência parentesca entre os Senhores de Arenilha e o do (primeiro) Assistente do Correio-mor de Vila Real de Santo António e Tradicional – continuação, na voz do povo, do antigo topónimo. O certo é que não será por agora, que se chegará à resolução deste enigma, inclinando-me mais para a segunda das hipóteses, corroborando a opinião dos dois ilustres filatelistas citados neste artigo. É também a opinião de um não filatelista, o Prof. Hugo Cavaco, que ao legendar uma das figuras incluído no seu livro, Revisitando Santo António de Arenilha, a carta de ilustramos em adenda datada de 27/6/1823, diz textualmente, …”que atesta a teimosa permanência do topónimo”… Francisco Matoso Galveias Obras consultadas: • Oliveira, Ataíde – Monografia do Concelho de Vila Real de Santo António, Ed. Algarve em Foco, Outubro de 1999; • Cavaco, Prof. Hugo – Revisitando Santo António de Arenilha, Ed. Da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Maio de 1995; • Castelo Branco, Manuel da Silva, introdução de – Duarte de Armas, Livro das Fortalezas, Ed. de Anquivo Nacional da torre de Tombo e Edições INAPA, 2ª Edição, Lisboa 1997; • Jornal do Algarve – Suplemento – Ed. de 12 de Maio de 1988; • Jornal do Baixo Guadiana – Ed. de Fevereiro de 2013; • Boletim do Jornalista Filatélico, Ano 1, nº 4 – 1976; • Revista Mercado Filatélico, nº 107, Maio de 1976; • Frazão, Luís Brito – Pré-Filatelia Portuguesa, Marcas Postais utilizadas em Portugal Continental na Época Pré-Adesiva (1799-1853), Ed. de Branca de Brito Sucª, Lda, Setembro de 2012; • Catálogos de Leilões Filatélicos Paulo Dias, Ed. de Leilões P. Dias, Lda; • Catálogos de Leilões do Clube Filatélico de Portugal; • Catálogos de Leilões do Núcleo Filatélico do Ateneu Comercial do Porto. Agradecimentos: • Agradecemos à Fundação Portuguesa das Comunicações, na pessoa da D. Susana Afonso a disponibilidade no fornecimento da digitalização de peça filatélica; • Ao filatelista José Geada Sousa, pela revisão do texto; • Ao filatelista, Dr. Pedro Vaz Pereira pelas informações prestadas; • Ao filatelista Joaquim Manuel Cortes pelas informações prestadas; • Ao filatelista, Prof. António Gonçalves Borralho, pela cedência de peça filatélicas
  • 9. • Ao pessoal da Biblioteca Municipal Vicente Campinas, pela disponibilidade ADENDA: Não são muitas as cartas conhecidas com a marca ( ). Haverá porventura mais algumas, em colecções particulares que são de conhecimento restrito. Outras há que, por apareceram em leilões filatélicos, são de “domínio público”, por constarem nos catálogos, quer informáticos, de que damos alguns exemplos. A sua apresentação é feira por ordem cronológica em função da expedição da carta: ▲Santo António de Arenilha – , marca batida a sépia – Catalogada por VRS1 em GM (Catálogo A. Guedes de Magalhães de M. Andrade e Sousa) e LF (Luís Brito Frazão, na obra a seguir citada)., em carta datada de Cádis (Espanha) de 8 de Abril de 1810 para Lisboa, com porte manuscrito de “60” (Reis), marca ligeiramente sumida como habitualmente aparece. Peça filatélica Muito Boa/Boa. É uma carta dirigida à Condessa de Alva, minha irmã e minha Senhora, para Lisboa. Terá sido transportada em mão desde Cádis até Vila Real de Santo António. O porte de 60Reis não estava de acordo com a tabela de portes então em vigor, já que deveria ter pago 90Reis. Ainda segundo informação de Andrade e Sousa, no seu artigo publicado no Boletim do Jornalista Filatélico esta carta encontrava-se, à data de publicação do artigo (1976), no arquivo do Palácio da Anunciada, dos Marqueses de Rio Maior em Lisboa. Esta carta foi à Praça por 750€ no 42º Leilão Paulo Dias, realizado em Lisboa, no Hotel Plaza no dia 3 de Novembro de 2007, tendo sido retirada do leilão.
  • 10. . (Digitalização obtida a partir do Catálogo do Leilão Paulo Dias nº 42) ▲Santo António de Arenilha – . Carta datada de 2 de Março de 1812 circulada para Lisboa e batida e sépia. Catalogada por VRS1 em GM e LF. Carta inserida na obra Pré-Filatelia Portuguesa, Marcas Postais Utilizadas em Portugal Continental na Época Pré-Adesiva (1799-1853) da autoria de Luís Brito Frazão, edição de Branca de Brito Sucª, Lda. Peça Filatélica Muito Rara e Bom Estado. Não temos informação sobre o seu interior. ▲Santo António de Arenilha – , marca batida a sépia – Catalogada por VRS1 em GM e LF, em carta datada de Ayamonte de 27 de Junho de 1823 para Lisboa, com porte manuscrito de “35” (Reis). Alguns defeitos no interior, reparados, que não afectam a marca. Peça filatélica Rara e em estado aceitável. É uma carta dirigida a Francisco da Rosa (?) Madeyro, Lisboa e terá sido transportada em mão desde Ayamonte para Vila Real de Santo António, onde iniciou o seu circuito postal. Também a esta carta Andrade e Sousa se referiu, pois disse pertencer à sua colecção particular e, ter sido oriunda dos arquivos dos Duques de Lafões. Esta carta foi à Praça por 16.000$00 no 6º Leilão Paulo Dias, realizado em Lisboa, no Hotel Roma nos dias 26 e 27 de Novembro de 1994, tendo sido retirada do leilão. Não temos conhecimento se foi ou não arrematada. Igualmente volta a aparecer no 41º Leilão Paulo Dias, realizado a 23 de Março de 2007, tendo ido à praça por 150€ e sido arrematado por 220€
  • 11. (Digitalização obtida a partir do Catálogo do Leilão Paulo Dias nº 6) ▲Santo António de Arenilha – , marca batida provavelmente a sépia (só tivemos acesso a uma cópia e preto e branco) – Catalogada por VRS1 em GM e LF, em carta datada de Ayamonte de 27 de Setembro de 1827 para o Porto, com porte manuscrito. É uma peça Rara e Bonita. Esta carta foi à Praça por 40.000$00 no 4º Leilão Paulo Dias, realizado em Lisboa, na Rua Dr. António Cândido, 17 (a São Sebastião). Desconhecemos se foi ou não arrematada A Carta é dirigida a João António Severino, secretário da Junta da Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro – Porto e foi enviada pelo Administrador da Junta em Vila Real de Santo António. Note-se que o remetente utilizou a toponímica Vila Real de Santo António, contrastando com o carimbo utilizado que é de Santo António d’Arenilha.
  • 12. (Digitalização obtida a partir do Catálogo do Leilão Paulo Dias nº 4) ▲Santo António de Arenilha – , marca muito mal batida, provavelmente a sépia (só tivemos acesso a uma cópia e preto e branco) – Catalogada por VRS1 em GM e LF, em carta datada de 23 de Junho de 1832. É uma carta isenta de franquia (R S – Real Serviço) e classificada como bastante Rara, diria mesmo Única. A carta é dirigida ao Ilmo. Snr. Sub Inspector Geral dos Correios e Postas do Reyno, Lisboa e é remedida pelo Correio Assistente de V.a R.al (Vila Real). A carta vem ilustrar o artigo de António Fragoso, dizendo-nos este ilustre filatelista, que é pertença do Arquivo da Administração Geral dos CTT, podendo ler-se no seu interior Deus Guarde a V. Sª., Vª Rª de Sº Antº 23 de Junho de 1832. Estamos pois em presença de uma peça filatélica onde existe um contra-senso: no texto da carta aparece Vila Real de Santo António, de forma abreviada e contem uma marca (carimbo) de Santo António de Arenilha – uma incongruência de topónimos.
  • 13. (Carta com deficiente legibilidade, retirada do Artigo do Dr. António Fragoso e publicada na revista o “Mercado Filatélico”. Solicitámos nova digitalização à Fundação Portuguesa das Comunicações, à qual agradecemos a disponibilidade, mas que não nos pode ceder, não tendo sido possível uma reprodução em melhores condições) ▲Loulé – –Marca mal batida a sépia, Catalogada por LL1 em GM e LF, em carta datada de Aljustrel de 24 de Março de 1823. É uma carta isenta de franquia (S. N. R. – Serviço Nacional Real), enviada para o Ilmo. Snr. Director dos Correios e Postas do Reyno e, remetida por Francisco António S. Thyago, Major de Artª de Milícias de Évora, que à data era o comandante de artilharia do regimento de Évora. Segundo Pedro Vaz Pereira, tanto os Correios de Beja, como o de Santo António de Arenilha, tinham o correio distribuído por um estafeta pago pela Fazenda Real e que circulava entre estas duas povoações, com o seguinte trajecto: partia de Santo António de Arenilha e passava por Tavira, Faro, Loulé, Almodôvar, Castro Verde, Aljustrel e com chegada a Beja. Esta carta poderá ter sido trazida de Aljustrel para Loulé, provavelmente, por um estafeta militar e, seguindo o trajecto indicado a partir de Loulé até Beja, de onde foi (re-) expedida para Lisboa. Porque a carta expressamente diz, Do Estafeta dos Corr.os de Beja até V.a Real de S.to An.to d’Arenilha (Do estafeta dos Correios de Beja até Vila Real de Santo António de Arenilha), competia a este estafeta transportá-la de Loulé para Beja e daqui para Lisboa. É uma peça interessantíssima e bastante rara, pertencente ao espólio da Fundação Portuguesa das Comunicações que, gentilmente no-la cedeu.
  • 14. (Digitalização de carta gentilmente cedida pela Fundação Portuguesa das Comunicações e que nos mostra a existência de um estafeta em Vila Real de Santo António de Arenilha) ▲Santo António de Arenilha. Carta qualquer marca postal, eventualmente transportada em mão por estafetas militares. Está dirigida “Ao ilustríssimo Comandante e Armador Mor de Sua Magestade e do seu concelho Governador Militar e Administrativo Vice Rei e Comandante Geral deste Reino Tavira” (Ao Ilmo Com.tt E Arma dor Mor de Sua Mag.e. edoSeu Concelho Go.D.. M. A), sendo remetida pelo Comandante do Destacamento de Santo António de Arenilha (DoComt. do Destacam.to de.ta nova San.to Na.to darenilha). (Digitalização gentilmente cedida pelo Prof. António Gonçalves Borralho de carta pertencente à sua colecção particular.)
  • 15. SANTO ANTÓNIO DE ARENILHA – FUNDADA HÁ 500 ANOS Assinala-se, no presente mês de Fevereiro de 2013, os 500 anos da fundação de Santo António de Arenilha. Apesar do respectivo topónimo já aparecer no Livro das Fortalezas de Duarte de Armas – livro incumbido por D. Manuel onde estão representados os castelos e fortalezas existentes na fronteira portuguesa – não devemos contudo, partir do pressuposto de que ali já existiria o dito povoado. Ora, o já mencionado Livro da Fortalezas foi produzido nos primeiros anos do século XVI, talvez por volta de 1509, e denuncia o topónimo de evidente origem castelhana que se refere claramente às características arenosas da margem portuguesa da desembocadura do Guadiana. Porém, só alguns anos mais tarde foi elaborada a Carta de Privilégio concedida por D. Manuel, em 8 de Fevereiro de 1513, documento régio que determinou a construção de Arenilha: “nossa Villa darenilla que hora mandamos fazer e edifycar (…) e que nos praz que ha dita Villa seja couto assy e de maneira que ho he a nossa Villa de Castro Marym”. Desta maneira, pretendia o “Venturoso” evitar as investidas da pirataria moura (bastante activa na centúria de quinhentos) e o contrabando de mercadorias (prejudicial aos cofres da Coroa), através da criação de um couto de homiziados. Não podemos esquecer que toda a erma região entre Cacela e a foz do Guadiana correspondia a um areal não protegido e pouco vigiado, pelo que se tornava propício a incursões inimigas e outras actividades ilícitas. Porém, com a criação do referido couto, forçava-se o povoamento de uma localidade que pudesse vigiar as embarcações da pirataria magrebina que frequentemente apareceriam no horizonte. E, por outro lado, também o monarca português
  • 16. afirmava a sua soberania política e administrativa sobre aquele território, para além de melhores proventos das pescarias do mar de Monte Gordo. Com efeito, estas reformas levadas a cabo na margem portuguesa do Guadiana, no reinado de D. Manuel, não podem nem devem ser atendidas como um caso pontual ou isolado, mas sim contextualizados num quadro mais ambicioso e abrangente; pretendia o soberano português o ser reino política e administrativamente (vejam-se as reformas presentes nos forais manuelinos), para além de assegurar a delimitação e manutenção das suas fronteiras, (veja-se a incumbência do referido Livro das Fortalezas de Duarte de Armas). A verdade é que Santo António de Arenilha acabaria por ter vida efémera; já em 1600 referia Henrique Fernandes Sarrão em História do Reino do Algarve: “os vezinhos são tão poucos, que não passam de dous” e, inevitavelmente, acabou por se despovoar nos princípios do século XVII. Contudo, e não obstante a curta vida de Arenilha, torna-se impossível deixar de referir a visão estratégica de D. Manuel no que se refere à defesa dos interesses da Coroa portuguesa. Uma visão estratégica que, não se pretendendo iluminada pelas luzes da razão, acabou por antecipar ao Marquês de Pombal em mais de dois séculos e meio… Fernando Pessanha Formador de História do Algarve *o autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico (Artigo inserido no JORNAL DO BAIXO GUADIANA, Jornal mensal, Ano 12, nº 153, de Fevereiro de 2013, e com a devida vénia do seu autor). Castro Marim, extraído do Livro de Fortalezas de Duarte de Armas. Arenilha está representada entre os dois barcos que se vêm à esquerda.
  • 17. COLECÇÕES E EXPOSITORES Filatelia • Secção de Coleccionismo dos Bombeiros 1 a 2 – Vila Real de Santo António – Antigamente • Luís Brito Frazão 3 a 5 – Período Pré-Adesivo no Algarve • Pedro Miguel Vaz Pereira 6 a 10 – Inteiros Postais da Monarquia Portuguesa • Francisco Jorge Geada Sousa 11 a 18 – Expansão Ultramarina Portuguesa • Segundo Heredia Machado 19 a 26 – Veihículos automóviles • Francisco Matoso Galveias 27 a 29 – Animais em Vias de Extinção • Jorge Bomba 30 a 31 – Erros e defeitos em selos de Portugal • António Gonçalves Borralho 32 a 34 – Pintores nos Inteiros Postais Portugueses • Francisco Gómez Ponce 35 a 37 – Monarquías hispânicas • Albano Parra Santos 38 a 40 – Palops e a Filatelia Cartografia • Cartas Geográficas do século XVIII Cartofilia • Reprodução de Postais Ilustrados antigos de Vila Real de Santo António