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NICOLAU MAQUIAVEL 
1. (Enem) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente de outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levam ao assassinato e ao roubo. 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. 
No século XVI, Maquiavel escreveu "O Príncipe", reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. 
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na 
A) inércia do julgamento de crimes polêmicos. 
B) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. 
C) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. 
D) neutralidade diante da condenação dos servos. 
E) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 
2. ( IFRN) Nicolau Maquiavel foi diferente dos teólogos medievais e de seus contemporâneos ao fundamentar as suas teorias políticas porque partiu a) da Bíblia para fundamentar as suas teorias políticas. b) do direito romano para a construção do seu pensamento político. c) porque partiu das obras dos filósofos grecorromanos para construir a sua teoria política. d) da experiência real do seu tempo para fundamentar o seu pensamento político. 
3. ( IFRN) Segundo O príncipe, de Maquiavel, toda cidade está dividida em dois desejos opostos: a) o desejo dos grandes de oprimir e comandar e o desejo do povo de não ser oprimido nem comandado. b) o desejo do povo de ser bem guiado e o desejo dos grandes em ser um bom pastor para o povo. c) o desejo do povo por um herói que os salve e a falta de vontade dos grandes em serem heróis do povo. d) o desejo dos grandes em oprimir e comandar e o desejo do povo em participar um dia dessa opressão. 
4. (UEL) “O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe de Maquiavel, em particular a nterpretação segundo a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a conquista e conservação do Estado, é uma ação que não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade.” 
(BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant.Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: Editora da UNB, 1984. p. 14.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder político é: 
a) Independente da moral e da religião, devendo ser conduzido por critérios restritos ao âmbito político. 
b) Independente da conveniência e oportunidade, pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em sociedade. 
c) Dependente da religião, devendo ser conduzido por parâmetros ditados pela Igreja. 
d) Dependente da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universal e necessariamente. 
e) Independente das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado.
5. (UEL) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. 
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar: 
a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar. 
b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo. 
c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. 
d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito. 
e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros. 
6. Em O Príncipe, Maquiavel (1469-1527) formulou idéias e conceitos que firmaram a sua reputação de o fundador da Ciência Política moderna. Dentre elas, pode-se citar os aspectos relacionados às ações políticas dos governantes e à dominação das massas. Para ele, a política deveria ser compreendida pelo governante como uma esfera independente dos pressupostos religiosos que até então a impregnavam. Ao propor a autonomia da política (esfera da vida pública e da ação dos dirigentes políticos) sobre a ética (esfera da vida privada e da conduta moral dos indivíduos), é legítimo afirmar que Maquiavel não deixou, entretanto, de reconhecer e valorizar a religião como uma importante dimensão da vida em sociedade. Segundo Maquiavel, a religião dos súditos deveria ser objeto de análise atenta por parte do governante. Sobre a relação entre política e religião, de acordo com Maquiavel, é correto afirmar: 
a) A religião deve ser cultivada pelo governante para garantir que ele seja mais amado do que temido. 
b) Por se constituírem em personagens importantes na vida política de uma comunidade, os líderes religiosos devem formular as ações a serem executadas pelos príncipes. 
c) O sentimento religioso dos súditos é um valor moral e, portanto, deverá ser combatido pelo príncipe, uma vez que conduz ao fanatismo e prejudica a estabilidade do Estado. 
d) A religião dos súditos é sempre um instrumento útil nas mãos do Príncipe, o qual deve aparentar ser virtuoso em matéria religiosa. 
e) O dirigente político deve se esforçar para tornar-se, também, o dirigente religioso de seu povo, rompendo, assim, com o preceito do Estado laico. 
7. (UEL, 2003) “Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. (…) E há de se entender o seguinte: que um príncipe, e especialmente um príncipe novo, não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião.” 
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 74-75). 
A partir das metáforas propostas por Nicolau Maquiavel, pensador italiano renascentista, considere as afirmativas sobre a noção do poder próprio ao governante. 
I. A sabedoria e o uso da força fundamentam o poder. 
II. O poder encontra seu fundamento na bondade e na caridade. 
III. A sobrevivência do poder depende das virtudes da fé e da religião. 
IV. Os fins podem justificar os meios, para resolver conflitos na disputa pelo poder.
Estão de acordo com o pensamento de Maquiavel apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
8. (Faap) Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa obra: 
a) "Leviatã" 
b) "Do Direito da Paz e da Guerra" 
c) "República" 
d) "O Príncipe" 
e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras" 
9. (Mackenzie) O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que: 
a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado. 
b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política. 
c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro. 
d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor... 
e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder. 
10. (FUVEST)Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu: 
Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado. 
Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe. 
Indique qual das afirmações está claramente expressa no texto: 
a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar. 
b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristã medieval. 
c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante. 
d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo. 
e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las.
11. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. 
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na 
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. 
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. 
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. 
d) neutralidade diante da condenação dos servos. 
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 
12. Em termos filosóficos, Nicolau Maquiavel é apresentado como o descobridor da política como categoria independente da moral teológica. A ruptura de Maquiavel com a moralidade do cristianismo significa que: A) a virtude (virtù) política está associada à maldade e ao uso indiscriminado da força bruta. B) a ética ou a moral da política moderna deve ser a do mundo pagão, que se destina à realização do bem público, antes de tudo. C) a ação política deve estar pautada nos preceitos da razão humana, que determinam a priori o que é bom ou mal, justo ou injusto. D) as virtudes cristãs - a humildade, a misericórdia, a fé em Deus, o amor ao próximo - são, em si mesmas, ruins e sem importância. E) o elemento decisório da política não é Deus, mas sim a força incontrolável do acaso, a eventualidade da "fortuna". 
13. (Fuvest 2008) No início do século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe - uma célebre análise do poder político, apresentada sob a forma de lições, dirigidas ao príncipe Lorenzo de Médicis. Assim justificou Maquiavel o caráter professoral do texto: 
Não quero que se repute presunção o fato de um homem de baixo e ínfimo estado discorrer e regular sobre o governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] que desenham os contornos dos países se colocam na planície para considerar a natureza dos montes, e para considerar a das planícies ascendem aos montes, assim também, para conhecer bem a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para conhecer a dos príncipes é necessário ser do povo. Tradução de Lívio Xavier, adaptada. 
Ao justificar a autoridade com que pretende ensinar um príncipe a governar, Maquiavel compara sua missão à de um cartógrafo para demonstrar que 
a) 
Temendo ser qualificado de presunçoso, Maquiavel achou por bem defrontar sua autoridade intelectual, tipo um cartógrafo habilitado a desenhar os contrastes de uma região. 
b) 
Maquiavel, embora identificando-se como um homem de baixo estado, não deixou de justificar sua autoridade diante do príncipe, em cujos ensinamentos lhe poderiam ser de grande valia. 
c) 
Manifestando uma compreensão dialética das relações de poder, Maquiavel não hesita em ministrar ao príncipe, já ao justificar o livro, uma objetiva lição de política. 
d) 
Maquiavel parece advertir aos poderosos de que não se menospreze as lições de quem sabe tanto analisar quanto ensinar o comportamento de quem mantenha relações de poder. 
e) 
Maquiavel, apesar de jamais ter sido um governante em seu livro tão perspicaz, soube se investir nesta função, e assim justificar-se diante de um príncipe autêntico.

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Exercícios sobre política em nicolau maquiavel

  • 1. NICOLAU MAQUIAVEL 1. (Enem) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente de outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levam ao assassinato e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. No século XVI, Maquiavel escreveu "O Príncipe", reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na A) inércia do julgamento de crimes polêmicos. B) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. C) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. D) neutralidade diante da condenação dos servos. E) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 2. ( IFRN) Nicolau Maquiavel foi diferente dos teólogos medievais e de seus contemporâneos ao fundamentar as suas teorias políticas porque partiu a) da Bíblia para fundamentar as suas teorias políticas. b) do direito romano para a construção do seu pensamento político. c) porque partiu das obras dos filósofos grecorromanos para construir a sua teoria política. d) da experiência real do seu tempo para fundamentar o seu pensamento político. 3. ( IFRN) Segundo O príncipe, de Maquiavel, toda cidade está dividida em dois desejos opostos: a) o desejo dos grandes de oprimir e comandar e o desejo do povo de não ser oprimido nem comandado. b) o desejo do povo de ser bem guiado e o desejo dos grandes em ser um bom pastor para o povo. c) o desejo do povo por um herói que os salve e a falta de vontade dos grandes em serem heróis do povo. d) o desejo dos grandes em oprimir e comandar e o desejo do povo em participar um dia dessa opressão. 4. (UEL) “O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe de Maquiavel, em particular a nterpretação segundo a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a conquista e conservação do Estado, é uma ação que não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade.” (BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant.Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: Editora da UNB, 1984. p. 14.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder político é: a) Independente da moral e da religião, devendo ser conduzido por critérios restritos ao âmbito político. b) Independente da conveniência e oportunidade, pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em sociedade. c) Dependente da religião, devendo ser conduzido por parâmetros ditados pela Igreja. d) Dependente da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universal e necessariamente. e) Independente das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado.
  • 2. 5. (UEL) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar: a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar. b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo. c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito. e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros. 6. Em O Príncipe, Maquiavel (1469-1527) formulou idéias e conceitos que firmaram a sua reputação de o fundador da Ciência Política moderna. Dentre elas, pode-se citar os aspectos relacionados às ações políticas dos governantes e à dominação das massas. Para ele, a política deveria ser compreendida pelo governante como uma esfera independente dos pressupostos religiosos que até então a impregnavam. Ao propor a autonomia da política (esfera da vida pública e da ação dos dirigentes políticos) sobre a ética (esfera da vida privada e da conduta moral dos indivíduos), é legítimo afirmar que Maquiavel não deixou, entretanto, de reconhecer e valorizar a religião como uma importante dimensão da vida em sociedade. Segundo Maquiavel, a religião dos súditos deveria ser objeto de análise atenta por parte do governante. Sobre a relação entre política e religião, de acordo com Maquiavel, é correto afirmar: a) A religião deve ser cultivada pelo governante para garantir que ele seja mais amado do que temido. b) Por se constituírem em personagens importantes na vida política de uma comunidade, os líderes religiosos devem formular as ações a serem executadas pelos príncipes. c) O sentimento religioso dos súditos é um valor moral e, portanto, deverá ser combatido pelo príncipe, uma vez que conduz ao fanatismo e prejudica a estabilidade do Estado. d) A religião dos súditos é sempre um instrumento útil nas mãos do Príncipe, o qual deve aparentar ser virtuoso em matéria religiosa. e) O dirigente político deve se esforçar para tornar-se, também, o dirigente religioso de seu povo, rompendo, assim, com o preceito do Estado laico. 7. (UEL, 2003) “Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. (…) E há de se entender o seguinte: que um príncipe, e especialmente um príncipe novo, não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião.” (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 74-75). A partir das metáforas propostas por Nicolau Maquiavel, pensador italiano renascentista, considere as afirmativas sobre a noção do poder próprio ao governante. I. A sabedoria e o uso da força fundamentam o poder. II. O poder encontra seu fundamento na bondade e na caridade. III. A sobrevivência do poder depende das virtudes da fé e da religião. IV. Os fins podem justificar os meios, para resolver conflitos na disputa pelo poder.
  • 3. Estão de acordo com o pensamento de Maquiavel apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. 8. (Faap) Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa obra: a) "Leviatã" b) "Do Direito da Paz e da Guerra" c) "República" d) "O Príncipe" e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras" 9. (Mackenzie) O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que: a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado. b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política. c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro. d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor... e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder. 10. (FUVEST)Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu: Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado. Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe. Indique qual das afirmações está claramente expressa no texto: a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar. b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristã medieval. c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante. d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo. e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las.
  • 4. 11. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009. No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas. d) neutralidade diante da condenação dos servos. e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe. 12. Em termos filosóficos, Nicolau Maquiavel é apresentado como o descobridor da política como categoria independente da moral teológica. A ruptura de Maquiavel com a moralidade do cristianismo significa que: A) a virtude (virtù) política está associada à maldade e ao uso indiscriminado da força bruta. B) a ética ou a moral da política moderna deve ser a do mundo pagão, que se destina à realização do bem público, antes de tudo. C) a ação política deve estar pautada nos preceitos da razão humana, que determinam a priori o que é bom ou mal, justo ou injusto. D) as virtudes cristãs - a humildade, a misericórdia, a fé em Deus, o amor ao próximo - são, em si mesmas, ruins e sem importância. E) o elemento decisório da política não é Deus, mas sim a força incontrolável do acaso, a eventualidade da "fortuna". 13. (Fuvest 2008) No início do século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe - uma célebre análise do poder político, apresentada sob a forma de lições, dirigidas ao príncipe Lorenzo de Médicis. Assim justificou Maquiavel o caráter professoral do texto: Não quero que se repute presunção o fato de um homem de baixo e ínfimo estado discorrer e regular sobre o governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] que desenham os contornos dos países se colocam na planície para considerar a natureza dos montes, e para considerar a das planícies ascendem aos montes, assim também, para conhecer bem a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para conhecer a dos príncipes é necessário ser do povo. Tradução de Lívio Xavier, adaptada. Ao justificar a autoridade com que pretende ensinar um príncipe a governar, Maquiavel compara sua missão à de um cartógrafo para demonstrar que a) Temendo ser qualificado de presunçoso, Maquiavel achou por bem defrontar sua autoridade intelectual, tipo um cartógrafo habilitado a desenhar os contrastes de uma região. b) Maquiavel, embora identificando-se como um homem de baixo estado, não deixou de justificar sua autoridade diante do príncipe, em cujos ensinamentos lhe poderiam ser de grande valia. c) Manifestando uma compreensão dialética das relações de poder, Maquiavel não hesita em ministrar ao príncipe, já ao justificar o livro, uma objetiva lição de política. d) Maquiavel parece advertir aos poderosos de que não se menospreze as lições de quem sabe tanto analisar quanto ensinar o comportamento de quem mantenha relações de poder. e) Maquiavel, apesar de jamais ter sido um governante em seu livro tão perspicaz, soube se investir nesta função, e assim justificar-se diante de um príncipe autêntico.