Luís de Sttau Monteiro foi um escritor português nascido em 1926 em Lisboa. Mudou-se para Londres aos 10 anos e regressou a Portugal em 1943, onde se formou em Direito. Destacou-se como dramaturgo e romancista, retratando ironicamente a burguesia lisboeta e a sociedade portuguesa. Sua peça Felizmente há Luar! denunciava a situação política em Portugal mas só foi encenada após a Revolução de 1974. Faleceu em 1993 em Lisboa.
1. Luís de Sttau Monteiro
Luís Infante de Lacerda de Sttau Monteiro, escritor português do
século XX, nasceu a 3 de Abril de 1926 em Lisboa, cidade onde viria a
morrer a 23 de Julho de 1993. Com dez anos de idade mudou-se para
Londres com seu pai, embaixador de Portugal. Em 1943 regressou a
Portugal e já em Lisboa, licenciou-se em Direito na Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, tendo trabalhado como advogado
por um curto período de tempo, dedicando-se depois ao jornalismo.A
sua estadia em Inglaterra, durante a juventude, pô-lo em contacto com
alguns movimentos de vanguarda da literatura anglo-saxónica. Na sua
obra narrativa retrata ironicamente certos estratos da burguesia lisboeta
e aspectos da sociedade portuguesa sua contemporânea.
Ao regressar a Portugal colabora em diversas publicações destacando-se
a revista Almanaque e o suplemento A Mosca do Diário de Lisboa.
Neste último, cria a secção Guidinha.Estreou-se, em 1960, com Um
Homem não Chora, a que se seguiu em 1961Angústia Para o Jantar,
obra que revela alguma influência de escritores ingleses da geração dos
angry young men, que o consagrou, e em 1966 E Se For Rapariga
Chama-se Custódia .
Destacou-se, sobretudo, como dramaturgo, com Felizmente há Luar! ,
peça que, sob influência do teatro de Brecht e recuperando
acontecimentos da anterior história portuguesa, procurava fazer uma
denúncia da situação sua contemporânea. Esta peça foi publicada em
1962, tendo sido galardoada com o Grande Prémio de Teatro. A sua
representação foi, no entanto, proibida pela censura.
Só em 1978 após a Revolução do 25 de Abril, a célebre peça foi
apresentada nos palcos nacionais no Teatro Nacional .Em 1985, o seu
romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão serviu de
argumento à telenovela Chuva na Areia.
A 9 de Junho de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de
Sant'Iago da Espada a título póstumo.
OBRAS
Ficção
1960 - Um Homem não Chora
1961 - Angústia para o Jantar.
1966 - E se for Rapariga Chama-se Custódia
1965 - A mulher que queria o fim do mundo
teatro
1961 - Felizmente Há Luar!
1963 - Todos os Anos, pela Primavera
1965 - O Barão (1965, adaptação teatral da novela de Branquinho
da Fonseca)
1966 - Auto da Barca do Motor fora da Borda
1967 - A Guerra Santa
1967 - A Estátua
1968 - As Mãos de Abraão Zacut
1971 - Sua Excelência
1980 - Crónica Aventurosa do Esperançoso Fagundes