O documento discute a ascensão da mulher na sociedade ocidental e o fenômeno da "Mulher Alpha". A autora descreve como as mulheres estão cada vez mais presentes em áreas de poder e como a terceira onda feminista enfatiza a competitividade entre mulheres. Ela também explica como as "Mulheres Alphas" adotam comportamentos semelhantes aos homens para ter sucesso em suas carreiras, colocando objetivos profissionais à frente da família.
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Buzzmedia Abril 2015. Poder da Mulher Alpha
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um-‐target-‐a-‐considerar-‐cada-‐vez-‐mais-‐seriamente
LUÍS RASQUILHA - CEO | AYR CONSULTING WORLDWIDE + INOVA BUSINESS SCHOOL
A
Mulher
Alpha
-‐
Um
target
a
considerar
cada
vez
mais
seriamente
A
subida
da
importância
das
mulheres
nas
mais
diversas
áreas
no
mundo
ocidental
é
um
facto
e
uma
Tendência
real.
Do
poder
político
ao
poder
empresarial,
a
mulher
está
cada
vez
mais
presente
e
influente.
Até
2024
as
mulheres
ganharão
em
média
mais
que
os
homens,
serão
responsáveis
por
83%
das
compras
e
51%
da
riqueza
produzida,
um
reflexo
claro
da
sua
cada
vez
maior
presença
relativa
no
ensino
superior
(56%)
e
na
área
na
gestão
(51,4%),
o
que
fará
também
com
que
a
sua
taxa
de
desemprego
seja
inferior
à
dos
homens.
Isto,
segundo
Charlotte
Krolokke
postula
no
seu
livro
Gender
Communication
Theories
and
Analyses:
From
Silence
to
Performance
(
Sage,
2005),
é
fruto
de
três
ondas,
nomeadamente:
•
1.a
onda:
Movimento
dos
séc.
XIX
e
XX
preocupado
sobretudo
com
o
direito
ao
voto
por
parte
das
mulheres.
•
2.a
onda:
Iniciada
nos
anos
60,
refere-‐se
à
luta
pela
igualdade
legal
e
social
entre
géneros.
•
3.a
onda:
Iniciada
na
década
de
1990
como
uma
uma
reação
às
falhas
da
onda
anterior.
Esta
3a
onda
tem
várias
vertentes
de
comportamento:
uns
que
defendem
a
discriminação
em
relação
ao
homem
e
outros
que
se
afastam
dessa
ideia
de
preconceito,
preocupando-‐se
primordialmente
com
a
discriminação
às
mulheres.
Mas
já
começa
a
se
fazer
sentir
claramente
mais
uma
vertente
de
comportamento,
que
é
a
da
competitividade
feminina
não
somente
com
relação
ao
homem,
mas
também
com
relação
às
demais
mulheres.
Ele
derruba
o
mito
da
“irmandade”
feminina
e
gera
o
fenómeno
da
“Mulher
Alpha”
e
que,
segundo
Alison
Wolf,
no
seu
brilhante
estudo
“The
XX
Factor”,
chega
mesmo
a
preferir
abdicar
do
sexo
na
adolescência
e
na
Universidade
para
concentrar-‐se
exclusivamente
na
aquisição
de
competências
que
lhe
permitam
a
entrada
numa
carreira
de
sucesso.
E,
ainda
segundo
Alison
Wolf,
uma
vez
embarcada
nesta
carreira,
o
seu
comportamento
–
é
cada
vez
mais
semelhante
ao
dos
“Homens
Alpha”
–
na
forma
de
vestir
e
na
linguagem
oral
e
gestual,
de
modo
a
demonstrar
poder
e
assertividade
e
na
busca
de
energia
e
sinais
externos
de
juventude,
de
forma
a
poder
ser
vista
e
reconhecida
como
tendo
a
força
e
as
condições
físicas
e
mentais
de
conseguir
cumprir
e
exceder
os
objectivos
pessais
e
profissionais
que
elas
mesmas,
mais
do
que
ninguém,
se
impõem.
E,
nesta
“jornada
de
poder”,
o
casamento
e
a
família
passam
a
ter
um
papel
verdadeiramente
secundário,
sendo
em
geral
somente
considerados
uma
vez
os
objectivos
profissionais
tendo
sido
cumpridos
de
tal
forma
que
as
obrigações
da
maternidade
não
lhes
cause
qualquer
problema
na
continuidade
da
carreira.
Isto
faz
com
que
no
Reino
Unido,
por
exemplo,
cerca
de
30%
das
mulheres
com
40
anos
que
tenham
completado
uma
Licenciatura
ou
mais
não
tenham
filhos,
por
comparação
com
cerca
de
15%
de
mulheres
da
mesma
faixa
etária
que
deixaram
os
estudos
aos
16
anos
ou
que
não
tenham
qualificações
profissionais.
Esta
situação
mudará
cada
vez
mais
e
de
forma
drástica
toda
uma
panóplia
de
planos
de
negócios,
que
causará
uma
redução
nos
chamados
“pacotes
familiares”
de
produtos
ou
serviços,
bem
como
nos
tipos
de
imóveis
à
venda
para
casais
com
mais
de
35
anos,
e
que
não
precisarão
de
tantas
assoalhadas.
E,
ainda,
terão
oportunidades
imensas
nos
planos
da
conservação
da
forma
e
da
aparência
física,
com
reflexos
marcados
nas
áreas
do
vestuário,
da
alimentação,
da
farmacologia
e,
ainda,
do
entretenimento
e
do
turismo.
A
“Mulher
Alpha”,
portanto,
já
é
uma
realidade,
e
vem
para
“mudar
as
regras
do
jogo”
e
gerar
um
conjunto
enorme
de
necessidades
e
oportunidades
que
representam
um
segmento
relativamente
reduzido
no
plano
geral
sociodemográfico,
mas
que
nem
por
isso
deixa
de
oferecer
oportunidades
de
desenvolvimento
de
produtos
e
serviços
de
alto
valor
e
com
margens
extremamente
interessantes
para
quem
se
dispuser
a
entendê-‐lo
e
explorá-‐lo.