SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
João Neves Página 1 
EXECUÇÃO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
O uso de vergas de madeira é bastante tradicional e comum na Ilha de Moçambique. 
É comum a sua utilização para vencer os vãos em vergas de portas e janelas e aberturas. 
São usadas vigas de madeira regional ou barrote, sendo de pau-ferro as mais encontradas. 
São em geral de forma rectangular, sendo as sus faces golpeadas com a machada ou com a enxó, destinando-se estes golpes a uma maior adesão das argamassas de revestimento, podendo-se pregar uns pregos para permitir uma maior aderência quando o revestimento vai ser executado em argamassa de cimento. 
As suas dimensões são variáveis, em função dos vão a vencer, sendo muito comum aparecerem com as dimensões de 30x40, mas sem haver medidas standarizadas. 
O seu uso é um pouco empírico, pois os perfis não são calculados, para as cargas a suportar sendo um pouco a olho que o profissional que as aplica também as escolhe, dependendo de como foram cortadas na floresta.
EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
João Neves Página 2 
Deveriam ser o mais rectas possível mas por vezes e dadas as características e morfologias das madeiras não o são. 
Quando as vigas não se apresentam completamente planas à que prepara-las para que estas fiquem os mais perpendiculares possíveis e possa formar uma verga com uma apresentação aceitável.
EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
João Neves Página 3 
EXECUÇÃO 
Após a elevação das ombreiras até ao nível definido da altura da vergas, mais uns dois centímetros para se poder executar o revestimento e das vigas escolhidas e falquejadas e preparadas, são colocadas sobre as mesmas, tendo o cuidado de deixar uma extensão de 30 a 40 cm, para cada lado dos apoios. 
É comum deixar um grande espaço lateral destinado ao revestimento, que é prejudicial a este mesmo revestimento sendo uma das anomalias que mais sem encontram devido à grande carga de argamassa sem sustentação que se aplica sobre a madeira este revestimento desprende-se ao fim de pouco tempo, sendo aconselhável que se deixe não mais de 2,5 a 3 centímetros para o revestimento. 
Para garantirem a cobertura de toda a largura da parede, são por vezes empregues várias peças que perfaçam a referida largura. 
Sobre estas depois de devidamente distribuídas e niveladas executa-se a continuação da parede projectada, (na Ilha de Moçambique geralmente em pedra e cal). 
Para corrigir anomalias provocadas por exemplo pelo tempo de uso podem- se substituir as vigas existente por outras novas ou com melhor capacidade para garantir o uso durante mais alguns anos.
EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
João Neves Página 4
EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
João Neves Página 5 
Nestes casos à que garantir a segurança na sua substituição tendo o cuidado de escorar parte da zona a substituir e ir inserindo as novas vigas e acompanhados com argamassa a fim de não virmos a ter problemas durante a sua instalação.
EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA 
João Neves Página 6 
Depois de devidamente acompanhadas as vigas estas devem ser revestidas com o reboco idêntico ao do paramento em que se encontra, tendo o cuidado de pregar alguns pregos e salpicar toda a zona da verga sobre as madeiras a argamassa de cimento ao traço de 1:3, bastante aguada. 
O reboco final pode ser efectuado passados três dias após o salpico, em argamassa de cal e areia sendo o traço de 1:3 o mais indicado para este tipo de trabalho é importante seguir todas as regras da boa construção, fazendo-se acompanhar de réguas metálicas, nível de bolha, fio de alinhamento quando se justifique.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação SHINGLE
Apresentação SHINGLEApresentação SHINGLE
Apresentação SHINGLERafa Villas
 
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasMetodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasargamassasantarita
 
Telhas de fibrocimento
Telhas de fibrocimentoTelhas de fibrocimento
Telhas de fibrocimentoJoao Freire
 
Tecnologia dos Materiais: revestimentos
Tecnologia dos Materiais: revestimentosTecnologia dos Materiais: revestimentos
Tecnologia dos Materiais: revestimentosWagner Rezende
 
Apresentação: Telhas Granville
Apresentação: Telhas GranvilleApresentação: Telhas Granville
Apresentação: Telhas Granvilleguisfranca
 
Muros de-pedra-seca
Muros de-pedra-secaMuros de-pedra-seca
Muros de-pedra-secaguest2c633b
 
Apresentação Grupo 8
Apresentação Grupo 8Apresentação Grupo 8
Apresentação Grupo 8Kaoanee
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
ApresentaçãoKaoanee
 
Apresentação GRAVICOLOR
Apresentação GRAVICOLORApresentação GRAVICOLOR
Apresentação GRAVICOLORRafa Villas
 
497 _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2
497  _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2497  _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2
497 _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2Nilson Levi Winter
 
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02TobiasAndrade
 
Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]
Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]
Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]Astenio Araujo
 

Mais procurados (20)

Argamassas
ArgamassasArgamassas
Argamassas
 
Revestimentos em argamassa
Revestimentos em argamassaRevestimentos em argamassa
Revestimentos em argamassa
 
Apresentação SHINGLE
Apresentação SHINGLEApresentação SHINGLE
Apresentação SHINGLE
 
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasMetodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
 
Telhas de fibrocimento
Telhas de fibrocimentoTelhas de fibrocimento
Telhas de fibrocimento
 
Tecnologia dos Materiais: revestimentos
Tecnologia dos Materiais: revestimentosTecnologia dos Materiais: revestimentos
Tecnologia dos Materiais: revestimentos
 
Apresentação: Telhas Granville
Apresentação: Telhas GranvilleApresentação: Telhas Granville
Apresentação: Telhas Granville
 
Muros de-pedra-seca
Muros de-pedra-secaMuros de-pedra-seca
Muros de-pedra-seca
 
Apresentação Grupo 8
Apresentação Grupo 8Apresentação Grupo 8
Apresentação Grupo 8
 
Construções em alvenaria
Construções em alvenariaConstruções em alvenaria
Construções em alvenaria
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Apresentação GRAVICOLOR
Apresentação GRAVICOLORApresentação GRAVICOLOR
Apresentação GRAVICOLOR
 
Técnica de execução de paredes de pedra
Técnica de execução de paredes de pedraTécnica de execução de paredes de pedra
Técnica de execução de paredes de pedra
 
497 _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2
497  _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2497  _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2
497 _catalogo_tecnico_shingle___brasilit___2
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Cobertura tesoura
Cobertura   tesouraCobertura   tesoura
Cobertura tesoura
 
Apresentação (1)
Apresentação (1)Apresentação (1)
Apresentação (1)
 
Agregados
AgregadosAgregados
Agregados
 
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
 
Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]
Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]
Telhado 3 de 3 [modo de compatibilidade]
 

Semelhante a Execução de vergas tradicionais de madeira

Semelhante a Execução de vergas tradicionais de madeira (20)

Fabrico e assentamento de lajetas
Fabrico e assentamento de lajetasFabrico e assentamento de lajetas
Fabrico e assentamento de lajetas
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Como construir paredes de taipa
Como construir paredes de taipaComo construir paredes de taipa
Como construir paredes de taipa
 
Curso de pedreiro
Curso de pedreiroCurso de pedreiro
Curso de pedreiro
 
Filme pastilhas jatobá
Filme pastilhas jatobáFilme pastilhas jatobá
Filme pastilhas jatobá
 
Dicas
DicasDicas
Dicas
 
Alvenarias
AlvenariasAlvenarias
Alvenarias
 
Grupo 09 construção civil
Grupo 09 construção civilGrupo 09 construção civil
Grupo 09 construção civil
 
Fasciculo 26 interiores e exteriores
Fasciculo 26 interiores e exterioresFasciculo 26 interiores e exteriores
Fasciculo 26 interiores e exteriores
 
8 apostila de gesseiro
8 apostila de gesseiro8 apostila de gesseiro
8 apostila de gesseiro
 
9 apostila de gesseiro
9 apostila de gesseiro9 apostila de gesseiro
9 apostila de gesseiro
 
Construção de alvenaria de tijolo cerâmico maciço
Construção de alvenaria de tijolo cerâmico maciçoConstrução de alvenaria de tijolo cerâmico maciço
Construção de alvenaria de tijolo cerâmico maciço
 
Apostila de gesseiro
Apostila de gesseiroApostila de gesseiro
Apostila de gesseiro
 
Manual técnico laje
Manual técnico lajeManual técnico laje
Manual técnico laje
 
Apostila curso de pedreiro
Apostila curso de pedreiroApostila curso de pedreiro
Apostila curso de pedreiro
 
Curso de pedreiro
Curso de pedreiroCurso de pedreiro
Curso de pedreiro
 
Manual técnico laje
Manual técnico lajeManual técnico laje
Manual técnico laje
 
Aula 02 alvenaria
Aula 02   alvenariaAula 02   alvenaria
Aula 02 alvenaria
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica
 
Assoalhos de Tábuas corridas (Tabuão), tacos de madeira e parquet, decks em g...
Assoalhos de Tábuas corridas (Tabuão), tacos de madeira e parquet, decks em g...Assoalhos de Tábuas corridas (Tabuão), tacos de madeira e parquet, decks em g...
Assoalhos de Tábuas corridas (Tabuão), tacos de madeira e parquet, decks em g...
 

Último

Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasrfmbrandao
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...AnaAugustaLagesZuqui
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)Centro Jacques Delors
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 

Execução de vergas tradicionais de madeira

  • 1. EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA João Neves Página 1 EXECUÇÃO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA O uso de vergas de madeira é bastante tradicional e comum na Ilha de Moçambique. É comum a sua utilização para vencer os vãos em vergas de portas e janelas e aberturas. São usadas vigas de madeira regional ou barrote, sendo de pau-ferro as mais encontradas. São em geral de forma rectangular, sendo as sus faces golpeadas com a machada ou com a enxó, destinando-se estes golpes a uma maior adesão das argamassas de revestimento, podendo-se pregar uns pregos para permitir uma maior aderência quando o revestimento vai ser executado em argamassa de cimento. As suas dimensões são variáveis, em função dos vão a vencer, sendo muito comum aparecerem com as dimensões de 30x40, mas sem haver medidas standarizadas. O seu uso é um pouco empírico, pois os perfis não são calculados, para as cargas a suportar sendo um pouco a olho que o profissional que as aplica também as escolhe, dependendo de como foram cortadas na floresta.
  • 2. EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA João Neves Página 2 Deveriam ser o mais rectas possível mas por vezes e dadas as características e morfologias das madeiras não o são. Quando as vigas não se apresentam completamente planas à que prepara-las para que estas fiquem os mais perpendiculares possíveis e possa formar uma verga com uma apresentação aceitável.
  • 3. EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA João Neves Página 3 EXECUÇÃO Após a elevação das ombreiras até ao nível definido da altura da vergas, mais uns dois centímetros para se poder executar o revestimento e das vigas escolhidas e falquejadas e preparadas, são colocadas sobre as mesmas, tendo o cuidado de deixar uma extensão de 30 a 40 cm, para cada lado dos apoios. É comum deixar um grande espaço lateral destinado ao revestimento, que é prejudicial a este mesmo revestimento sendo uma das anomalias que mais sem encontram devido à grande carga de argamassa sem sustentação que se aplica sobre a madeira este revestimento desprende-se ao fim de pouco tempo, sendo aconselhável que se deixe não mais de 2,5 a 3 centímetros para o revestimento. Para garantirem a cobertura de toda a largura da parede, são por vezes empregues várias peças que perfaçam a referida largura. Sobre estas depois de devidamente distribuídas e niveladas executa-se a continuação da parede projectada, (na Ilha de Moçambique geralmente em pedra e cal). Para corrigir anomalias provocadas por exemplo pelo tempo de uso podem- se substituir as vigas existente por outras novas ou com melhor capacidade para garantir o uso durante mais alguns anos.
  • 4. EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA João Neves Página 4
  • 5. EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA João Neves Página 5 Nestes casos à que garantir a segurança na sua substituição tendo o cuidado de escorar parte da zona a substituir e ir inserindo as novas vigas e acompanhados com argamassa a fim de não virmos a ter problemas durante a sua instalação.
  • 6. EXECUÇAO DE VERGAS TRADICIONAIS DE MADEIRA João Neves Página 6 Depois de devidamente acompanhadas as vigas estas devem ser revestidas com o reboco idêntico ao do paramento em que se encontra, tendo o cuidado de pregar alguns pregos e salpicar toda a zona da verga sobre as madeiras a argamassa de cimento ao traço de 1:3, bastante aguada. O reboco final pode ser efectuado passados três dias após o salpico, em argamassa de cal e areia sendo o traço de 1:3 o mais indicado para este tipo de trabalho é importante seguir todas as regras da boa construção, fazendo-se acompanhar de réguas metálicas, nível de bolha, fio de alinhamento quando se justifique.